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Pequeno guia de brinquedos e brincadeiras

para promover as aprendizagens socioemocionais

Com o apoio:
EXPEDIENTE
Bora brincar?
Pequeno guia de brinquedos e brincadeiras para promover
as aprendizagens socioemocionais

Belo Horizonte
Setembro de 2022

REALIZAÇÃO: PARCEIROS:
O
ChildFund Brasil TEXTOS:
Bianca Pereira
DIRETOR DE PAÍS: cami oliveira
MaurIcio Cunha Cris Lima
D

GERENTE DE PROGRAMAS REVISÃO:


E ADVOCACY: Tomás Bastian
Gabriel Barbosa
ILUSTRAÇÃO:
GERENTE DO PROJETO Agência Up Business | Bruno Marconi
BRINCA E APRENDE COMIGO:
Sofia Rebehy PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:
Agência Up Business | Thainá Társila
EQUIPE DO PROJETO
BRINCA E APRENDE COMIGO:
Rafael Davi Santos
Rossana Fortes
Suiane Rosa
Vanessa Pataro
Sumário

02
O brincar e as aprendizagens socioemocionais 02
04
Dicas para apoiar as aprendizagens socioemocionais 05
06
07
09

11
19
27
35
45
54
55
2
INTRODUÇÃO
Tam
be
O BRINCAR E AS APRENDIZAGENS SOCIOEMOCIONAIS en

Alé
ças
Você sabia que brincar é o jeito das crianças de aprender, conhecer o mundo, lidar com
au
as próprias emoções e contar para a gente algumas coisas que elas não sabem explicar
de outros jeitos? Além de trazer momentos de alegria e bem-estar, com as brincadeiras
Co
as crianças aprendem coisas que vão ajudá-las pela vida todinha!
aju
cab
O Pequeno guia de brinquedos e brincadeiras para promover as aprendizagens
socioemocionais, foi desenvolvido pelo projeto Brinca e Aprende Comigo, uma
iniciativa do ChidlFund Brasil com o apoio da The Lego Foundation. O material tem
V
como objetivo apoiar pais, mães, cuidadores e cuidadoras, bem como profissionais que
trabalham para a promoção do desenvolvimento infantil, na criação de ambientes
Is
lúdicos que estimulem o brincar através da confecção de brinquedos e repertório de
b
brincadeiras adequadas para a infância.
es

Você já parou para matutar que quando uma criança brinca de esconde-esconde ela
S
pode aprender muitas coisas? Além de conhecer o próprio corpo, suas forças e limites,
ap
ela precisa pensar, criar estratégias, imaginar soluções, relacionar-se com outras crian-
m
ças, entender as regras e respeitá-las. Mesmo que a criança não seja a mais rápida da
o
brincadeira, ou a que tem a melhor estratégia, toda vez que ela brinca, ela pode ir
aprendendo cada vez mais outras habilidades. Além disso, ao brincar ela vai aprender a
Ta
ganhar de vez em quando e perder outras vezes. Saber lidar com esse tipo de emoção é
d
muito importante na nossa vida, não é mesmo? A brincadeira de esconde-esconde é
im
apenas um exemplo entre tantos, que nos ajuda a perceber o quanto as brincadeiras
(todas elas!) podem ser grandes aliadas do desenvolvimento infantil.
O
en
As crianças desenvolvem muitos aspectos ao mesmo tempo: o cognitivo, o emocional,
co
o físico, o artístico etc. É difícil separar essas dimensões mesmo que seja por questão
re
didática, mas queremos aqui falar sobre um aspecto muito importante para a infância:
as aprendizagens socioemocionais. vttv
Ta
se
re
Mas o que são aprendizagens socioemocionais?
P
te
São habilidades fundamentais aprendidas ao longo da vida, mas que quando estimula- en
das se desenvolvem com muita intensidade durante a infância. Por causa delas desco- p
brimos quem somos, do que gostamos, do que não gostamos e como administramos e ap
comunicamos tudo isso.
3

Também por causa dessas aprendizagens a gente vai descobrindo como se relacionar
bem com outras pessoas, e a ter empatia, nos colocando no lugar dos outros para tentar
entender o que estão sentindo, ou como estão pensando.

Além disso, nos possibilita ter e usar a criatividade, e aprender a lidar bem com mudan-
ças, descobrindo jeitos de fazer boas escolhas quando acontecem imprevistos e de ter
om
autocontrole diante de situações desagradáveis.
car
ras
Como se não bastassem tantas coisas importantes, as aprendizagens socioemocionais nos
ajudam a desenvolver a memória, que é o que nos permite, por exemplo, fazer contas de
cabeça, cantar cantigas e descobrir o que tem de parecido entre dois assuntos diferentes.
ens
ma
em
Você acredita que tudo isso as crianças podem aprender brincando?
que
tes
Isso mesmo! O brincar é a linguagem da infância e é principalmente por meio das
de
brincadeiras que as crianças conhecem a si mesmas e ao mundo e desenvolvem todos
esses aspectos emocionais.

ela
Se voltarmos ao esconde-esconde, um exemplo de algo importante que a criança
tes,
aprende brincando é seguir as regras combinadas pelo grupo. E – se for da vontade da
an-
maioria – poder mudar as regras também, caso algum participante tenha sugestão de
da
outro jeito de brincar.
e ir
er a
Tanto a capacidade de compreender e seguir as regras da brincadeira, quanto apren-

der a usar a flexibilidade quando necessário, aceitando as novas regras do jogo, são

importantes habilidades para viver em sociedade.
ras
Outro exemplo de aprendizagem importantíssima que a criança pode desenvolver
enquanto brinca de esconde-esconde é: aprender a perder no jogo. Aprender a lidar
nal,
com a frustração ajuda a criança a se preparar para lidar com as insatisfações que ocor-
tão
rerão ao longo da sua vida.
cia:
Também é fundamental que as crianças possam brincar com outras crianças e ampliar
seu convívio social, aprendendo aos pouquinhos a lidar com as outras pessoas e a
respeitá-las.

Pensando em tudo isso, criamos este pequeno guia de brinquedos e brincadeiras para
te inspirar com algumas possibilidades que podem ser vividas junto com as crianças,
ula- enriquecendo a rotina da família com mais momentos afetivos e brincantes, e que
sco- podem favorecer o desenvolvimento saudável da criança, além de fortalecer suas
os e aprendizagens socioemocionais.
4

Desejamos que você aproveite e se lembre de outras brincadeiras de que você gostava
na sua infância, ou peça para que as crianças te ensinem outras brincadeiras de que
elas gostam. Trocar brincadeiras pode ser muito divertido!
DI
É importante dizer que todas as brincadeiras fortalecem as aprendizagens socioemo-
cionais, uma vez que brincar é (e deve ser!) sempre um ato de liberdade. A criança SO
precisa gostar da brincadeira, sentir vontade e prazer em estar ali. E ela vai saber se
gosta ou não de algo ou de alguma brincadeira… brincando e explorando as possibili-
dades que tiver ao seu alcance!

Por isso, sempre que possível, brinque também! E fique tranquilo(a): pode ser que você 01.
nem goste de pega-pega ou de pular amarelinha, mas pode gostar de cantar, contar e Apo
ouvir histórias, cozinhar junto, dançar, fazer atividades com artes, construir um brinque- esfo
do com a criança. Existem mil e uma possibilidades de brincar, encontre as suas!

E, se nada disso for possível em algum momento do seu dia, observe a criança brincan-
do, a incentive a brincar sozinha ou com outras crianças!
02.
Reconhecer que o brincar é um direito das crianças e favorecer que elas brinquem cada Est
vez mais é um ato valioso e pode contribuir muito para o seu desenvolvimento. dei
que
Um abraço brincante! lida

Como organizamos este material para você:

Iniciamos com 7 dicas para apoiar as aprendizagens socioemocionais.


03.
Faç
Trazemos uma reflexão sobre a importância de o brincar ser para todas as pessoas.
nha
Além disso, sugerimos algumas possibilidades de adaptações das brincadeiras.
inst
que
As brincadeiras estão divididas por idade, mas sabemos que nenhuma brincadeira
é exclusiva para uma determinada faixa etária. Só não podemos esquecer de consi-
derar as questões relacionadas à segurança das crianças.

Escolhemos brincadeiras simples e com materiais de fácil acesso, que você pode ter
em casa. 04.
Per
São 3 brincadeiras por faixa etária, mas sabemos que brincar é um universo infinito. de
Aproveite e crie seu próprio repertório!

Ao final, trazemos dicas de vídeos, textos e sites muito bacanas, aproveite para dar
uma olhadinha!
5

ava
que

DICAS PARA APOIAR AS APRENDIZAGENS


mo-
nça SOCIOEMOCIONAIS
se
bili-

ocê 01.
ar e Apoie e elogie as tentativas e o processo das crianças. Exemplo: “Percebi que você se
ue- esforçou bastante para colocar o suco no copo sem deixar cair. Muito bem!”.

an-

02.
ada Estimule conversas sobre os sentimentos, pergunte como a criança está se sentindo e
deixe-a responder da sua maneira. Acolha sua resposta com respeito e carinho, mesmo
que sejam sentimentos com os quais muitas vezes nós adultos temos dificuldade de
lidar, como a raiva e a tristeza.

03.
Faça boas perguntas, que a criança precise pensar para responder. Durante uma cami-
oas.
nhada pelo bairro, por exemplo, diante de uma semente caída na calçada você pode
instigá-la com perguntas do tipo: “como será que essa semente veio parar aqui?” ou “o
que será que aconteceu com essa semente que ela caiu no chão?”.
eira
nsi-

ter
04.
Permita que a criança faça algumas escolhas, por exemplo, a roupa que usará ou o livro
ito. de histórias que quer ouvir.

dar
6

Tam
05. exp
As crianças aprendem muito observando os adultos. Quando for o caso, peça descul-
tos
pas, diga que você também erra e que às vezes também não sabe lidar com algumas
de i
situações.
ver

Um
cad
Por
06. algu
Aceite o erro como parte das aprendizagens. Errar é uma forma valiosa de aprender, exis
para a criança e para os adultos também!
Prec
men
ses
qua
07. cois
que
Estimule a criança a explorar o mundo, a brincar livremente através da imaginação, do
faz de conta, com outras crianças, com elementos da natureza, animais de estimação,
mesmo que esteja em local pequeno e sem brinquedos especiais. O brincar é simples e Qua
profundo. E pode trazer muitos benefícios para as crianças – e também para os adultos! ses
cres
sab

Além
Brinquemos! Cria
pod
par

BRINCAR É PARA TODO MUNDO

Nenhuma criança pode ficar de fora! As brincadeiras são importantes para as pessoas CO
criarem vínculos, se aproximarem, construírem relações de afeto e carinho. Ou seja, se
alguém fica de fora da brincadeira, perdemos a chance de criar ou ampliar os vínculos.
Não
Mas como fazer as brincadeiras serem para todo mundo? Não existe uma fórmula imp
mágica, o segredo está em perceber as características de cada criança e considerar cam
essas características na hora de propor as brincadeiras, preparar os espaços, escolher os
brinquedos que serão usados.
7

Também é muito importante pensar no direito de todas as crianças de poderem


experimentar as brincadeiras de forma livre de preconceitos, violências, julgamen-
ul-
tos e opressões. Pessoas adultas devem estar atentas e, se necessário, fazer algum tipo
as
de intervenção caso apareçam conflitos ou situações que as crianças não possam resol-
ver sozinhas.

Um grande perigo, que infelizmente ainda acontece muito, é aparecerem nas brin-
cadeiras situações de violência como racismo, machismo, gordofobia, bullying etc.
Por isso, mesmo nos momentos de brincar livre, precisamos estar bem atentos(as). Caso
alguma situação de violência aconteça, precisamos intervir na hora. Se algo violenta a
er, existência de alguém, jamais será brincadeira!

Precisamos lembrar também que muitas pessoas agem como se houvesse cores de
menino e cores de menina, brinquedos de menino e brinquedos de menina, ou interes-
ses que deveriam ser só de meninos, ou só de meninas. Mas cada vez mais sabemos o
quanto isso não faz sentido. Por exemplo, tem gente que diz que brincar de casinha é
coisa só de menina. Mas a casa não é algo de mulheres e homens? Tem gente que diz
que carrinhos são só para meninos. Mas as mulheres não dirigem carros?
do
ão,
se Quando criamos essas separações que não são verdadeiras e não respeitam os interes-
s! ses efetivos das crianças, podemos criar situações complicadas. Não é ruim os meninos
crescerem achando que não precisam cuidar de casa? Ou as meninas achando que
saber coisas ligadas à ciência não é para elas?

Além disso, brincar é um espaço de experimentar, conhecer, investigar e se divertir.


Criar regras que fazem as brincadeiras serem só para algumas pessoas e não para outras
pode impedir que muita diversão aconteça. Os critérios para não deixar alguém partici-
par de uma brincadeira devem estar ligados à segurança física e emocional!

as COMO FAZER SER PARA TODO MUNDO?


se
os.
Não tem um jeito único de adaptar as brincadeiras, e nem sempre é fácil. Mas, se é
ula importante para nós que todas as crianças possam brincar, vamos achando os
rar caminhos que nossa criatividade permitir!
os
8
PEN

Algumas dicas:
Cria
tido
Não tenha medo de propor mudanças nas regras das brincadeiras. Use
que
Observe as interações que a criança faz com objetos, espaços e outras crianças, isso pod
pode ajudar a pensar nas adaptações. ada

É muito importante ouvir a criança e pensar junto com ela possíveis adaptações. Cria
mas
Diversificar o tipo de brincadeira, os desafios e as formas de acolhimento pode com
ajudar muito.
Cria
Devemos dar mais atenção às habilidades e potências de cada criança do que aos a do
seus desafios. te p
das
Se a criança está desconfortável com alguma brincadeira, abra espaço para que part
vocês possam conversar sobre isso. É preciso tentar descobrir junto com a criança que
se o desconforto está relacionado a algum problema com o grupo, a desafios que pod
a brincadeira traz em sua essência, ou se falta algum tipo de adaptação que permi-
ta que a criança participe de forma confortável. Cria
ções
imp
Algumas crianças precisam de ajuda para lidar com emoções que aparecem nos jogos, tos,
como ficar triste quando perde, ficar chateado(a) porque tentou fazer algo e não conse- tos
guiu, saber esperar a vez, saber dizer o que pensa de forma respeitosa e, ao mesmo dife
tempo, ouvir as ideias de outras pessoas e saber abrir mão de alguns desejos. Lidar com ou q
os jeitos diferentes de sentir as emoções pode ser um grande aprendizado para todo
mundo! Cria
senv
ada
as re
IMPORTANTE!
expl
Infelizmente, às vezes acontece de crianças com deficiência terem tido poucas oportunidades de que
brincar com grupos maiores, participando das brincadeiras coletivas. Então é muito importante
ima
criarmos oportunidades para essas crianças se sentirem protegidas e cuidadas. Elas precisam estar
seguras de que não permitiremos que sejam ridicularizadas, e de que não vão ficar de fora, só der
observando a brincadeira, esperando as outras brincarem. perc
mun
cria
var
incô
9
PENSANDO SOBRE ALGUMAS PARTICULARIDADES

Crianças cegas: usar objetos que tenham texturas diferentes (ou que possam ser reves-
tidos para ganharem essas texturas), que façam sons (guizos, palmas, instrumentos).
Use orientações faladas ou músicas como guias para movimentos. Use o braile com
quem souber lê-lo. Crie desafios, instruções, guias de movimento com alto relevo, que
sso pode ser feito, por exemplo, com tinta plástica ou barbante. Tudo que não puder ser
adaptado e seja essencial para a brincadeira deve ser descrito de forma falada.

s. Crianças com baixa visão: as adaptações para crianças cegas podem contemplá-las,
mas é possível também usar materiais grandes (dados e cartelas grandes, por exemplo),
ode com cores fortes e com poucos detalhes.

Crianças surdas: podemos usar Libras (Língua Brasileira de Sinais) com as crianças que
aos a dominam, ou, no caso das que fazem leitura labial, devemos falar olhando diretamen-
te para elas. É possível também passar instruções por escrito para crianças alfabetiza-
das em português, ou usar imagens e outros recursos que não dependam do som para
que participar da brincadeira, como por exemplo optar por brincadeiras visuais, não verbais,
nça que exploram gestos, mímicas etc. Lembre-se de que os sons geram vibrações, e esse
que pode ser um recurso muito bacana de ser explorado.
mi-
Crianças com deficiência física: assim como em qualquer outra deficiência, as adapta-
ções nesse caso dependem muito da pessoa para a qual elas estão sendo criadas, e é
importante buscar o maior grau possível de autonomia. Em uma brincadeira com obje-
gos, tos, eles podem ser presos no corpo da criança de forma confortável, podem ser dispos-
nse- tos em lugares mais altos ou mais baixos para serem mais facilmente acessados por
smo diferentes partes do corpo. É importante utilizar materiais que não deslizem facilmente
com ou que não exijam da criança mais força do que ela pode utilizar.
odo
Crianças neurodivergentes: são muitas as possibilidades de alterações do neurode-
senvolvimento, portanto, são inúmeras também as possibilidades ou necessidades de
adaptações. Tendo em mente cada criança em suas especificidades, é possível adaptar
as regras dos jogos e brincadeiras, repetir a explicação mais de uma vez, falar devagar,
explicar o passo a passo de diferentes maneiras. Deixar a criança experimentar, mesmo
que pareça ainda não ter entendido. Oferecer diferentes recursos para explicar, como
imagens ou vídeos. E ficar tranquilo(a) com a ideia de que algumas crianças vão enten-
der de um jeito diferente da maioria do grupo! Essa pode ser uma forma muito legal de
perceber que nem sempre o jeito que parecia ser o “certo” é o melhor jeito para todo
mundo. Para algumas crianças é importante evitar abraços e toques, a não ser que a
criança se mostre confortável com esse tipo de aproximação. Devemos também obser-
var se sons muito altos, luzes fortes ou muitos estímulos ao mesmo tempo geram
incômodos para alguma criança.
PARA CRIANÇAS
DE 0 A 1 ANO
09
12

Banho com chás


que acalmam
1

Pa
ca
De
ca
am
qu
ap
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
13

Como brincar:

1 A temperatura da água 2 Prepare um chazinho com


deve estar bem morninha. ervas calmantes de seu quintal e
acrescente na água do banho,
como capim-cidreira ou erva-doce.
Sugestões:

Para os bebês se desenvolverem de forma saudável, é fundamental sentirem-se


calmos e tranquilos, e isso é possível com uma rotina organizada e previsível.
Dentro da rotina, o banho é um momento de interação e carinho. Aproveite para
cantar aquela cantiga que você gosta. Você também pode dizer como o bebê é
amado e bem-vindo neste mundo. Estes gestos aprofundam o vínculo e fazem com
que o bebê se sinta seguro. Sentir-se seguro é muito importante para as diversas
aprendizagens socioemocionais.

Cuidado e proteção

Nunca deixe o bebê sozinho no banho.

Organize com antecedência o que vai precisar para evitar imprevistos.

Verifique se o chá não causou algum desconforto na pele do bebê.


14
Co

Brincando
com tecidos

Ess
cri
con
os
Materiais: na

Tecidos variados e com texturas


diferentes, como fraldinha de
pano, uma toalhinha, um lenço
etc.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
15
Como brincar:

1 Passe o tecido sobre a pele da criança de forma bem leve. Passe


nos braços, pernas, barriga, rosto.

2 Vá trocando os tecidos e observe as expressões e gestos que


a criança faz.

Sugestões:

Essa é uma brincadeira sensorial que contribui para a estimulação dos sentidos da
criança. Aproveite para nomear as partes do corpo enquanto passa o tecido,
contribuindo para o autoconhecimento da criança. Deixe também a criança explorar
os tecidos por si mesma, de forma livre. A autonomia pode ser estimulada desde o
nascimento.

Cuidado e proteção

Não deixe o bebê sozinho com os tecidos para evitar sufocamento.


16

Expressões no espelho

Como fazer?

1 Leve a criança para a frente do espelho.

Su
2 Converse com ela e faça a expressão de algumas emoções
básicas, por exemplo: alegria, tristeza, nojo, raiva e medo.
Oe
no
3 Nomeie cada emoção e varie a forma de mostrá-las. faç
adu
os a
4 Você pode inventar uma historinha que passe por cada uma
das emoções, fazendo as expressões na parte em que elas Pa
aparecem na história. Um
ae
e te
faz
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
17

Sugestões:

O espelho ajuda a criança a reconhecer suas expressões e a identificar sua imagem


no seu reflexo. Caso você não tenha espelho em casa, sente-se na frente da criança e
faça as expressões das emoções. O importante nessa brincadeira é a interação com o
adulto. Uma das várias formas de as crianças aprenderem sobre as emoções é imitando
os adultos.

Para ser para todo mundo:


Uma variação desta brincadeira para crianças cegas ou com baixa visão é descrever
a expressão e deixar que a criança toque seu rosto. Ela pode também tocar seu rosto
e tentar descobrir qual emoção você está expressando, assim como ela mesma pode
fazer expressões para que você adivinhe.

Cuidados gerais
Espelhos podem ser perigosos e quebrar facilmente, nunca deixe a criança
sozinha perto desse material.
PARA CRIANÇAS
DE 1 A 2 ANOS
20
C

Pote da
calma
1

4
Materiais:

Um pote ou garrafa de plástico


transparente com tampa. Su
Algum corante natural que você Op
possa ter em casa, como açafrão, ate
colorau (urucum). se a
qu
lem
Objetos pequeninos que possam
chamar a atenção da criança,
sementinhas, miçangas, folhas
secas etc.

Água.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
21
Como fazer:

1 Acrescente os objetos 2 Coloque a água no pote deixando


que você escolheu. um espaço na parte de cima. Esse
espaço é necessário para poder
agitar o pote da calma.

3 Finalize com um pouquinho do corante que você tem; se não


tiver, tudo bem, deixe sem.

4 Feche bem até ter certeza de que está seguro e de que não
irá derramar.

Sugestões:
ê O pote da calma é simples. Os objetos dentro da água têm um efeito que chama a
o, atenção das crianças, assim, elas tendem a se concentrar no movimento e aos poucos
se acalmam. Quando as crianças estão mais calmas, fica mais fácil para elas dizer o
que estão sentindo e ouvir o adulto. Depois do uso do pote da calma, guarde-o e
lembre-se sempre de usar para aliviar os momentos mais agitados de estresse.
m

Cuidados gerais
Se puder, feche a tampa com cola quente ou passe fita adesiva para que a
tampa não se solte caso a criança tente abri-la.
22

Brincadeiras
de movimentos
Serra, serra, serrador,
Serra o papo do vovô… 1
Serra Serra Serrador Quantas tábuas já serrou?
Serrei 1, serrei 2, serrei 3 etc.

Sente-se e coloque o
bebê em seu colo de
frente para você.

2
S
Segure as mãos do bebê e
de forma suave comece um Exi
movimento de vai e vem, pa
cantando a cantiga “Serra, pe
serra, serrador”. eo
3 Ess

Entre uma rodada e


outra, deixe o bebê
descansar uns
segundinhos e comece
de novo a brincadeira.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
23

Macaco Pisa o Milho

1 Sente-se e coloque a 2 Cante a cantiga “Macaco pisa o


criança em seu colo, de milho” e na parte do “plô, plô, plô”,
frente para você. erga e abaixe a perna, fazendo
movimentos no ritmo da música.
Macaco pisa o milho
plô, plô, plô
No pilão da Sapucaia
Acesse o vídeo “Macaco Pisa
plô, plô, plô
o Milho”, de Lydia Hortélio, e
Ele pisa, ele cessa
aprenda como se canta essa
plô, plô, plô
cantiga:
Na barra da sua saia
https://youtu.be/UlYfGy3qbuY
plô, plô, plô

Sugestões:
m Existem várias versões dessas cantigas populares pelo Brasil afora, cante sua versão
para a criança ou outras músicas da infância que você conheça. Você pode também
perguntar para pessoas da sua família. A música é muito potente e fortalece o vínculo
e os laços afetivos entre o bebê e seus cuidadores.
Essas brincadeiras também podem ser adaptadas e feitas em grupo.

Cuidados gerais

Não faça essa brincadeira após mamadas ou refeições do bebê.

Faça movimentos suaves e delicados.


24

Co

Caça
Objetos

Su

Ent
nom
cria

Materiais:
C
Separe alguns objetos do dia a
dia da criança. Devem ser coisas
que a criança conheça, como a
escova de cabelos que você usa
para penteá-la, a colher que ela
usa para comer, potinhos,
brinquedos etc.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
25

Como brincar:

1 Espalhe os vários objetos pelo chão


e peça para a criança pegar.

2 Quando a criança pegar o objeto,


repita o nome dele e diga para que
serve e como se usa.

Sugestões:

Entre 1 e 2 anos, as crianças conhecem vários objetos de seu dia a dia. Reconhecer e
nomear os objetos estimula a memória, o aprendizado de novas palavras e a fala das
crianças.

Cuidados gerais
Não ofereça objetos que as coloquem em risco, tais como objetos cortantes,
pontiagudos, de vidro etc.

Não deixe a criança sozinha durante a brincadeira.


PARA CRIANÇAS
DE 2 A 4 ANOS
28
Co

Fantoche
de meia 1

Materiais: S
Meia. O
div
Retalhos. his
pa
Tesoura comum.

Linha e agulha.

Caneta ou canetinha.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
29
Como fazer:

1 Vista a meia na sua mão, faça


os olhos com a caneta.
.

3 Costure o cabelinho na meia.

2 Com os retalhos, corte


tirinhas, junte-as e faça
um pompom, que será o
cabelinho do fantoche.

Sugestões:

O fantoche não precisa ficar perfeito, experimente e invente. Você também vai se
divertir fazendo. A magia do fantoche é o movimento da boca dele. Você pode criar
histórias e estimular conversas, bem como reviver situações do dia a dia e recontá-las
para a criança.

Cuidados gerais

Não deixe tesouras e agulhas ao alcance das crianças.


30

Boliche de
garrafa PET 3

Materiais:
2
10 garrafas PET limpas.

Papel, revista velha ou jornal.

Se tiver, material para decorar,


como canetinhas, fita adesiva
S
colorida, papel colorido etc.
Um
as
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
31

Como fazer a bolinha:

1 Pegue o papel e amasse-o bem,


dando a forma de uma bolinha.

2 Para que a bola de papel fique


maior, vá adicionando várias camadas
de papel amassado até ficar no
tamanho adequado para derrubar
as garrafas.

3 Caso tenha materiais decorativos, como canetinhas, fita adesiva


colorida, papel colorido etc., você pode enfeitar as garrafas e a
bolinha.

Como jogar:

1 Organize as garrafas em fileiras. Coloque 4 garrafas em uma fileira,


depois 3 garrafas em outra, depois 2 e por fim 1.

2 Marque uma distância para que a criança possa jogar a bolinha


e acertar as garrafas.

Sugestões:

Uma variação dessa brincadeira é fazer argolas com o papel e usá-las para acertar
as garrafas. Para crianças cegas, coloque algo que faça barulho nas garrafas.
32

Co
Pega-pega
“rabo”

S
A
al
Materiais: cr
co
Uma fita, tecido ou pano para
cada participante, que deve ser
colocado na parte de trás da
roupa, como se fosse um
“rabinho”.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
33

Como brincar:

1 Os participantes devem tirar o tecido “rabinho” um do outro.

Sugestões:
As crianças pequenas adoram brincar de correr, não é mesmo? Essa brincadeira,
além de estimular o movimento e despertar a alegria, promove a socialização, a
criatividade e a elaboração de estratégias. Ótima para ser feita em lugares abertos,
como praças e parques.
PARA CRIANÇAS
DE 4 A 6 ANOS
36

PA

Detetives de miudezas:
coleção dos sentidos

P
Materiais:

Rolo de papel higiênico ou papel


toalha que acabou (cuidado com
a higiene do material).

Materiais para enfeitar o rolo.

Fita adesiva ou cola branca.

Pedaços de papelão (para a lupa).

Pedaços de papel (para o


caderninho). P
Algum material para prender o
caderninho: grampeador, fita
adesiva, cola, barbante.

Lanterna, se tiver (pode ser a do


celular).

Caixa de papelão, das de sapato,


ou outra caixa de tamanho
parecido.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
37

PARTE 1 - Como fazer o binóculo:

1 Juntar os dois rolinhos com fita adesiva


nas duas pontas, ou colando uma faixa de
papel por toda a volta dos rolinhos juntos.

2 Enfeitar dois rolinhos de papel higiênico


junto com a criança.

PARTE 2 - Como fazer o caderninho:

l
1 Juntar pequenos pedaços de papel cortados
m
na forma de retângulo e prender as folhas.

2 Para prender, é possível grampear ou colar as


pontas, ou fazer dois furinhos por todas as folhas
e passar um barbante, ou outro fio, amarrando
). com um laço.

PARTE 3 - Como fazer a lupa:

1 Em um papel ou papelão, desenhe um círculo.


Você pode usar um molde para ajudar no
desenho.
2 Dentro desse círculo, desenhe outro menor.

3 Desenhe um cabo, por onde a lupa será segurada.

4 Depois é só recortar sua lupa.

Se quiser, você pode enfeitá-la.


38

PARTE 4 - Como fazer a "caixa de miudezas"

1 Separe uma caixa de papelão ou


outro material semelhante e
enfeite-a junto com a(s) criança(s).

2 Se desejarem, é possível fazer


divisórias na caixa usando pedaços
de papelão para guardar cada tipo
de miudeza em um lugarzinho
separado.

Como brincar:

A primeira parte da brincadeira é construir o kit detetive:


fazer o binóculo, a lupa e o caderninho.

Depois devemos preparar a caixa para guardar a coleção de


miudezas.

É muito interessante preparar com a criança o caderninho de


registro, deixando espaço para ela anotar o que encontrar,
usando letras, desenhos ou fazendo colagens.

Depois de os materiais estarem prontos é feito o convite:


que tal buscarmos preciosidades? Usando o kit detetive,
a(s) criança(s) deve(m) procurar rastros ou objetos que se
conectem com os diferentes sentidos: tato, visão, paladar,
olfato e audição.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
39

Se encontrarem uma folha com textura gostosa, podem


desenhar ou colar a folha na parte de registros de texturas.

Se encontrarem um inseto ou outros pequenos animaizinhos


bem coloridos, podem escrever ou desenhar no caderno na
parte de “visão”, com cores e formatos.

Se encontrarem uma erva muito cheirosa, podem desenhar


o cheiro, coar a erva, ou o que mais a criatividade sugerir.
s
o É possível usar uma bacia ou balde para coletar os materiais
e só depois registrar e guardar na caixinha de miudezas.

Sugestões:
Se você tiver papéis coloridos meio transparentes, como papel celofane, você
pode colocar no binóculo ou na lupa.

Se quiser, você pode fazer um monóculo, ao invés de um binóculo, usando


apenas um rolinho de papel higiênico ou papel toalha.

Cuidados gerais

No caso de crianças cegas, elas podem descrever o que estão encontrando e


fazer uma coleção com diferentes cheiros e texturas. No caso de crianças com
pouca mobilidade, ajude-as, seja acompanhando com a cadeira de rodas,
no colo, ou como for mais adequado para cada criança.
40

C
De onde vem o som?

Su
Um
dife
qua

Materiais:
01 Venda de tecido.

Qualquer tipo de instrumento


musical ou objeto que faça som.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
41

Como brincar:

1 As crianças devem ficar com


os olhos fechados (é possível
só fechar os olhos ou improvisar
uma venda com pedaços de
tecido ou lenço).

2 Brincadeira: uma pessoa


começa a fazer um som e todas
as crianças de olhos fechados
devem se locomover para o
lugar de onde vem o som.

Sugestões:
Uma possibilidade para deixar a brincadeira mais desafiante é fazer dois sons
diferentes ao mesmo tempo (vindos de lugares diferentes) e dizer para a criança
qual especificamente deve seguir.

Cuidados gerais
Como as crianças estarão vendadas, é preciso tomar cuidado com o espaço, para que
não tenham obstáculos nos quais possam tropeçar, ou objetos onde possam bater.
Para uma criança surda, o que deve comandar os movimentos são toques. Se alguém
toca levemente no ombro direito, a criança dá dois passos para a direita. No ombro
esquerdo, dois passos para a esquerda. Nas costas, dois passos para trás. E, se alguém
toca suavemente na testa, ela dá dois passos para frente.
42

Sacy tá aqui?
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
43

Materiais:
Objetos do cômodo onde for
acontecer a brincadeira.

Como brincar:

1 Nessa brincadeira, cada pessoa será o(a) sacy da rodada


uma vez. Todo mundo que estiver brincando deve olhar bem
para o espaço da brincadeira reparando onde estão os objetos.

2 Em seguida, essas pessoas devem sair do cômodo ou fechar


os olhos, enquanto o(a) sacy da vez escolhe alguns objetos para
trocar de lugar e esconder.

3 As outras pessoas então devem tentar descobrir tudo o


que mudou.

Cuidados gerais

Para crianças cegas ou com baixa visão, é possível fazer uma versão da
brincadeira com objetos menores, dispostos em uma superfície “limitada”,
como uma mesa ou um tecido no chão. A criança deverá tocar os objetos
reconhecendo onde estão localizados e em que posição. Em seguida,
alguém troca os objetos de lugar ou posição e a partir do toque a criança
terá que identificar quais “bagunças o(a) sacy aprontou”.
PARA CRIANÇAS
DE 6 A 8 ANOS
46
Co

Brincadeira da 1

palavra proibida
2

Su

Se
ter

Esc
pod
est
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
47
Como fazer:

1 A cada rodada, vocês vão decidir um assunto.


Pode ser: como foi o dia de cada um(a), feira livre, comidas
preferidas, brincadeiras preferidas, uma viagem que gostaria
de fazer, os bichos preferidos ou qualquer outro assunto.

2 A pessoa que estiver contando na rodada deve começar a


falar sobre o assunto e as outras começam a fazer perguntas,
mas quem está contando não pode falar de jeito nenhum a
palavra “não” e nem a palavra “sim”.

Sugestões:

Se ficar muito fácil, é possível ir incluindo outras palavras “proibidas” que podem
ter relação com o assunto de cada rodada.

Escolham assuntos de que todo mundo conheça pelo menos um pouquinho para
poder fazer perguntas, mas que principalmente sejam confortáveis para quem
estiver contando.
48
Co

Brincadeira do
espelho

S
e
s
q
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
49
Como brincar:

1 Uma pessoa fica na frente da outra. Elas devem se olhar


nos olhos.

2 Uma delas começa a fazer movimentos com os braços, as


pernas, a boca ou qualquer parte do corpo.

3 A pessoa que está em frente deve ir seguindo os movimentos


como se fosse um espelho.

Sugestões:

Não fazer movimentos muito rápidos e nem ficar de costas.

Se o jogo for feito com alguém que usa cadeira de rodas, a outra pessoa deve
estar sentada também. Atenção para não realizar movimentos impossíveis de
serem realizados pela outra pessoa, por exemplo movimentando um membro
que a pessoa não tenha.
50

Bom dia, P

Dona Rosa

PA

Materiais:
Giz ou pedra para riscar o chão.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
51

Como se brinca:

PARTE 1 - organizando a rodada:

1 Trace duas linhas no chão deixando um


vão grande entre elas (será o espaço
do pega-pega).

2 Escolha quem será a criança pegadora,


ou seja, a Dona Rosa da rodada. As
outras crianças serão as “visitas” da
Dona Rosa.

3 As crianças que serão as “visitas” da Dona Rosa devem combinar


o nome de alguma fruta sem que a Dona Rosa escute.

4 Dona Rosa ficará atrás de uma linha. As “visitas” ficarão atrás de


outra linha.

PARTE 2 - começou a brincadeira:

1 As visitas irão até Visitas dizem juntas: Bom dia, Dona Rosa!
a linha onde está Dona Rosa responde: Bom dia, como
Dona Rosa, vocês estão?
onde ocorrerá o Visitas respondem juntas: Assim, assim e
seguinte diálogo: assim (a cada palavra “assim” as crianças
vão fazer uma pose divertida).
Dona Rosa pergunta: E o que vocês
trouxeram pra mim?
4 Visitas dizem juntas: Uma fruta.
Dona Rosa pergunta: E qual é essa fruta?
Visitas respondem juntas: Adivinha!
52

PARTE 3 - adivinhando a fruta:

1 A partir desse momento, as “visitas” ficam na porta da Dona Rosa,


que vai fazendo perguntas, tentando adivinhar qual é a fruta.

2 As “visitas” só podem responder “sim” ou “não”.

3 Quando Dona Rosa adivinhar qual é a fruta, vai sair correndo atrás
das “visitas”, que se forem pegas também serão do time da Dona
Rosa, ou seja, passarão a ser pegadores(as).

4 A cada rodada as “visitas” devem escolher uma nova fruta. S

5 A brincadeira só acaba quando Dona Rosa e seus pegadores(as) S


fr
pegarem todas as crianças.
b
g
c
Um exemplo: N
li
Vamos supor que a fruta escolhida seja melancia: p
a
c
Dona Rosa pergunta: A fruta é pequena?
Visitas respondem: Não!
Dona Rosa pergunta: A fruta tem caroço pequeno?
Visitas respondem: Sim!
Dona Rosa pergunta: Ela é verde por fora?
Visitas respondem: Sim!
Dona Rosa pergunta: É uma melancia?
Visitas respondem: Sim! (e saem correndo da área de pega
para não serem
alcançadas pela Dona Rosa).
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
53

Todas as crianças que Dona Rosa pegar passarão a ser do seu


grupo, e irão ficar ao lado dela, tentando adivinhar qual a próxima
fruta, uma de cada vez.
sa,
Quando essa rodada acabar, o grupo de “visitas” vai escolher outra
fruta e recomeçar o diálogo.

Quando todas as crianças forem pegas e se tornarem pegadoras,


rás a brincadeira acaba. Podem escolher outra Dona Rosa e recomeçar.
a

Sugestões:

) Se no grupo tiver alguma criança cega, pergunte se ela sabe quais as cores das
frutas (sim, elas podem saber!). Caso ela não saiba, evite usar as cores durante a
brincadeira. Use outras características: tamanho, textura, tipos de sementes,
gosto (azeda, doce etc.). Na hora de correr, ela pode correr sempre em dupla
com outra criança.

No caso de crianças surdas, comunique-se em libras ou peça ajuda de quem fala


libras para ser o intérprete durante a brincadeira. Respeite o tempo da tradução
para que ninguém fique de fora da rodada. É possível também fazer cartelas com
as imagens das frutas e que sinalizam características como grande e pequena,
com caroço ou sem caroço, com as cores etc.
54

Para brincar mais e mais! Di


Escreva ou desenhe aqui outras brincadeiras de que você ou as crianças gostem.
1. S
Assim, terão várias opções à mão quando quiserem brincar!
htt
OM
reú
reg
da
bri

2. S
htt
Os
de
am

3. V
htt
Em
ate
ela
ple

4. V
htt
Em
Fab
em
da

5. V
htt
Em
ap
fun
de
55

Dicas de vídeos, sites e materiais inspiradores

1. Site “Mapa do brincar”:


https://mapadobrincar.folha.com.br
O Mapa do Brincar é uma iniciativa da “Folhinha”, do jornal Folha de S. Paulo. O site
reúne hoje 750 brincadeiras ensinadas por crianças de todo o país. Cada brincadeira
registrada no site traz a indicação de sua origem, o que não quer dizer que ela seja só
daquele lugar. A origem indica a cidade em que mora o participante que mandou a
brincadeira.

2. Site “Criança e natureza”


https://criancaenatureza.org.br
O site do projeto Criança e Natureza tem muitos vídeos, textos e exemplos de ativida-
des que favorecem que as crianças cresçam e se desenvolvam em contato direto com
ambientes naturais.

3. Vídeo “Desemparedando as crianças na escola”


https://youtu.be/CB1qg43k05A
Em entrevista ao programa Criança e Natureza, a professora Léa Tiriba chama a
atenção para a importância de “desemparedar” as crianças na escola, permitindo que
elas se relacionem com os elementos do mundo natural para que possam realizar
plenamente seu potencial, indo ao encontro de sua própria natureza.

4. Vídeo “Benefícios de uma infância rica em natureza”


https://youtu.be/euUD3hEMrT4
Em entrevista ao programa Criança e Natureza, o instrutor de atividades ao ar livre,
Fabio Raimo, apresenta de forma simples e objetiva os benefícios de uma infância rica
em natureza para o desenvolvimento físico e psíquico da criança, ampliando a curiosi-
dade e o conhecimento sobre o mundo, sobre si própria e sobre o outro.

5. Vídeo “Educação infantil e o livre brincar na natureza”


https://youtu.be/GT7gdlgSDfA
Em entrevista ao programa Criança e Natureza, a educadora Márcia Halembach conta,
a partir de sua experiência em Educação Infantil em uma escola pública, o quanto é
fundamental garantir à criança, no espaço escolar, o brincar livre na natureza para seu
desenvolvimento cognitivo, social e psíquico.
56

6. Vídeo “Quando o risco vale a pena”


https://youtu.be/DCULd07RzpQ
É fundamental para o desenvolvimento integral da criança aprender a correr –
e avaliar – riscos, para tornar-se um adulto resiliente e capaz de explorar o mundo,
em vez de temê-lo. E a natureza é o ambiente ideal para que a criança se depare
com situações que a ajudarão a aprender sobre seus limites e possibilidades.

7. Vídeo “Tempo do brincar”


https://youtu.be/NqK147AfJnA
A importância do brincar livre na natureza, no tempo da criança, e sua relevância na
constituição de relações entre as crianças e no estímulo à criatividade e à autonomia.
a
a.

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