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A coleção Histórias que rendem boas conversas destina-se ao público infantil de 6 a 10 anos
de idade. Cada história foi cuidadosamente pensada, levando em consideração o desenvolvimento
sócio-cognitivo e os temas de interesse dessas faixas etárias.
O objetivo das histórias é provocar o prazer de manusear e de ler o livro, de conversar sobre
fenômenos e curiosidades que põem a criança em contato consigo mesma, com o mundo e com os outros.
Os contos fazem referências a uma ou mais histórias de domínio popular, estimulando o
professor a trazer essas outras leituras para a sala de aula, ampliando o repertório fantástico e
criativo, necessário para o exercício do pensamento filosófico nessa fase de tantas e
surpreendentes descobertas.
Cada volume apresenta três histórias independentes1, mas com um nó, apresentado na
primeira história, que só se resolve na terceira e última. A opção por esse formato baseia-se no fato
de que cada volume deverá ser tratado como história–eixo, e, como tal, além de manter a
curiosidade quanto a um problema inicial, deve apresentar unidades curtas.O formato de contos
possibilita a fruição sem que se esvazie o encantamento e o prazer pelo texto.
O texto é em prosa–poética: o cuidado com a melodia e a sonoridade das palavras
fundamenta-se no prazer que essa criança tem pela musicalidade.
Aproveitando-se dessa característica é que este material vem propor a repetição da leitura
por várias vezes, em momentos distintos, em respeito ao apelo incondicional que vem da própria
criança quando ouve uma história “bem contada”:“Conta de novo!”
Nessa repetição a criança vai se apropriando da história e pontuando suas questões e
hipóteses.
Os temas abordados propõem experimentação sensorial, visto que as sensações permeiam
todas as tramas, como eixo temático principal, aliado à amizade e à identidade.
Os títulos da coleção estão apresentados quanto aos temas específicos:
• Uma história de Joaninha – 6 anos – Identidade, sensações, amizade, natureza
• Um peixe fora d’água – 7 anos – Identidade, sensações, amizade, fantasia
• O menino e o dragão – 8 anos – Identidade, sensações, amizade, coragem
• Tem mesmo uma bruxa dentro de mim? – 9 anos – Identidade , sensações, descobertas,
amizade, convivência
• Como formigas caminhando numa trilha – 10 anos – Identidade, sensações , amizade,
convivência, cidadania, mídia
Como já dito,
1.No volume Uma história de Joaninha, há duas histórias porque a terceira será construída pela(s) criança(s). 3
No primeiro encontro, o professor lê a história A hora do dragão, explorando a expressividade
da fala, dos gestos, de materiais diversos. Pode-se propor a montagem de uma maquete ou de um mural
com a paisagem que se imagina a partir da pequena descrição do vilarejo.
A criança recebe seu livro após a leitura pela professora e poderá ter um tempo só para
exploração deste. É importante deixar que vejam e que expressem suas sensações ao manusearem
o livro.
Após a exploração de cada nó, o professor deve entregar os livros para as crianças
acompanharem a leitura que ele fará novamente. Essa retomada da história visa garantir o
eixo narrativo e permitir o encantamento, degustação e confronto da criança com o texto,
enquanto provoca sempre novas conversas.
Filme:
• A bela e a fera
Disney
Após o filme, conversar sobre o que as personagens diziam umas das outras: o que era “fofoca”
e o que era fato.
Por exemplo: A fera era cruel e impiedosa (fofoca)
A fera sofria e vivia infeliz (fato)
Outros textos:
• Pedro e o Lobo
Fábula ( texto ou cd da coleção “Disquinho”)
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Ler para as crianças o texto e refletir sobre a atitude do menino que zombou do perigo e da
iniciativa de socorro. Propor a reescrita da história de modo a dar outros finais possíveis, a critério
das crianças.
Refletir em debate: todo final de história é feliz? Deixar que se manifestem através das
possibilidades desse tema.
Filme:
• ET, o extraterrestre
Pode-se assistir ao filme para se discutir o medo do que é desconhecido, como ocorre com
as personagens centrais.
Filme:
• O jovem Einstein
As crianças assistem ao filme até onde o professor considerar de interesse do grupo, depois
conversam sobre as relações entre natureza, observação e descoberta.
Outro texto:
• A roupa nova do rei
Coleção Disquinho
Após ouvir a história, conversar sobre a curiosidade e o bom-senso: o que levou o rei e
expor-se de maneira ridícula? O que você faria no lugar do rei, diante de um tecido que não
enxergava?
• Experimentar por curiosidade pode ter conseqüências boas ou ruins. Exemplificar essas
situações através de desenhos.
Acreditar:
• Há coisas em que você acredita e que nunca viu?
• Há coisas em que você não acredita porque nunca viu?
• Só se pode acreditar naquilo que se vê? Dê exemplos.
• É possível acreditar no que não se vê? Dê exemplos.
Pode-se propor uma listagem de seres e de fatos em que há quem acredite e há quem não
acredite. Em grupos, as crianças procurarão listar argumentos que comprovem, ou não, sua existência.
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Exemplos:
• O homem pisou na Lua.
• Deus
• Papai Noel
• Alma
• Anjo
• Saci Pererê
Esta será uma conversa bastante rica cujo objetivo é identificar a consistência dos
argumentos e o confronto de opiniões.
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Outro texto:
• Kiriku
Desenho animado
Propor que observem o medo, as virtudes da personagem principal, os perigos e riscos que
enfrenta . Qual era o inimigo? Como ele o conheceu?
Propor um painel-síntese com recortes de revistas que mostrem um mundo onde todos
deveriam ter espaço. Esse debate pode se estender e gerar outras pesquisas de opinião conforme a
maturidade de cada turma.
Outro texto:
• Shrek (filme – Dreamworks):
Discutir os modelos com os quais ele rompe:
• O que se esperava de um ogro? O que este nos revela sobre si?
• O que se esperava da “princesa”? O que ela revela sobre sua identidade e características?
Por exemplo, sobre a beleza exterior da princesa: O que se esperava? O que ela revelou?
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19º NÓ: A cidade se mobilizava para salvar o menino...
Gente quando está em turma faz coisas de se estranhar!
• Caco teme pelo amigo e resolve protegê-lo.
Você faria o mesmo?
E se Caco estivesse enganado?
E se Frederico estivesse em fase de crescimento?
E se não vivesse sozinho?
O que fez com que Caco sentisse carinho por Frederico?
• Deixar que as crianças vasculhem no próprio texto elementos que respondam a essas
questões.
• Propor a reflexão sobre a força de se estar em grupo:
Quando isso pode ser bom?
Quando isso pode ser ruim?
• Se pertenço a um grupo que tomou uma atitude bacana, sou responsável pelo que
fizemos?Em que medida?
• Se pertenço a um grupo que tomou uma atitude inadequada, sou responsável pelo que
fizemos?Em que medida?
• Discutir a relação atitude/culpa. Propor criação de histórias em que se perceba essa relação.
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