Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FÍSICA
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
III
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
IV
Carga Horária
Áreas Componentes
Semanal 1.ª Série
Língua Portuguesa 3
História 2
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Geografia 2
Biologia 2
Química 2
TOTAL 24
FÍSICA
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 24.
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
VI
QR code de abertura
Videoaulas referentes aos conteú-
dos trabalhados nos módulos.
FÍSICA
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
VII
Terceira coluna
Aproveita-se a lateral das páginas para complementar o trabalho com as seguintes informações:
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
VIII
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
IX
Cartão-resposta
Aqui, os alunos devem preencher os gabari-
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
Estabelecimento
Tratamento
Tema Situação- de relações
das
-problema
Formulação informações
de hipóteses
Elaboração de Apresentação
proposta de Avaliação
FÍSICA
Publicação
intervenção
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
XII
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
XIII
Eletrostática: uma Carga elétrica: uma história • Princípios da eletrostática • Condutores e EM13CNT101
1 2
introdução isolantes elétricos EM13CNT301
Matéria e Energia
Campo elétrico: algumas O que é campo elétrico? • Linhas de força • Vetor campo elétrico EM13CNT101
3 2
noções • Campo elétrico: carga puntiforme • Campo elétrico uniforme EM13CNT301
EM13CNT101
Como as forças atuam:
6 Força-peso • Força normal • Força de atrito • Plano inclinado EM13CNT204 2
interação entre corpos
EM13CNT301
EM13CNT101
Como as forças atuam:
7 Força de tração • Elevadores • Polias • Força elástica EM13CNT204 2
outras aplicações
EM13CNT301
EM13CNT101
Como as forças atuam: Força centrípeta • Dinâmica circular: plano vertical • Dinâmica circular:
8 EM13CNT204 2
trajetórias curvilíneas plano horizontal
EM13CNT301
EM13CNT101
Circuitos elétricos: quais Primeira lei de Ohm • Associação de resistores • Elementos de um
11 EM13CNT301 2
os elementos? circuito elétrico • Instrumentos de medida elétrica
EM13CNT308
Potência elétrica: algumas Segunda lei de Ohm • O que é potência elétrica? • Consumo de energia EM13CNT101
12 2
noções elétrica EM13CNT106
2
EM13CNT101
Energia: tudo se Tipos de energia • Energia cinética • Energia potencial
13 EM13CNT204 2
transforma? • Energia mecânica
EM13CNT301
Vida, Terra e Cosmos
EM13CNT101
Trabalho e potência: Trabalho • Teorema da energia cinética • Potência e rendimento
14 EM13CNT204 2
algumas noções • Sistemas não conservativos
EM13CNT301
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
Termodinâmica: Gases ideais • Transformações gasosas • Lei Geral dos Gases • Equação EM13CNT101
17 2
estudando os gases de Clapeyron EM13CNT301
Matéria e Energia
Termodinâmica: ainda Teoria cinética dos gases • Trabalho em transformação gasosa • Energia EM13CNT101
18 2
estudando os gases interna de um gás perfeito EM13CNT301
EM13CNT101
Geradores elétricos: onde O que são geradores elétricos? • Força eletromotriz • Potência e EM13CNT106
20 2
se aplicam? rendimento • Lei de Pouillet • Associação de geradores EM13CNT107
EM13CNT301
3
EM13CNT101
Receptores elétricos: O que são receptores elétricos? • Força contraeletromotriz • Lei de Ohm EM13CNT106
21 2
onde se aplicam? Generalizada • Leis de Kirchhoff EM13CNT107
EM13CNT301
Vida, Terra e Cosmos
EM13CNT101
Eletromagnetismo: um Um pouco de história • Os ímãs • Campo magnético: características •
22 EM13CNT107 2
introdução Campo magnético terrestre
EM13CNT301
EM13CNT101
Campo magnético: onde O experimento de Oersted • Campo magnético em condutor retilíneo •
23 EM13CNT107 2
se aplicam? Campo magnético em espira circular • Campo magnético em solenoide
EM13CNT301
EM13CNT101
Força magnética: onde se Força magnética em partículas eletrizadas • Força magnética em
24 EM13CNT107 2
aplica? condutor retilíneo • Força magnética em condutores paralelos
EM13CNT301
EM13CNT101
Ondas eletromagnéticas: O que são ondas eletromagnéticas? • Espectro eletromagnético
26 EM13CNT103 2
onde se aplicam? • Características e utilizações das ondas eletromagnéticas
EM13CNT301
EM13CNT101
A física moderna se Um pouco de história • A unificação do eletromagnetismo • O universo
28 EM13CNT201 2
despede da clássica newtoniano cai por terra
EM13CNT301
4
EM13CNT101
Teoria da relatividade • O tempo e o espaço são relativos?
Física moderna: um EM13CNT103
29 • Massa relativística • Equivalência entre massa e energia 2
introdução EM13CNT201
• Quantidade de movimento relativístico
EM13CNT301
EM13CNT101
Vida, Terra e Cosmos
Física quântica: uma Um pouco de história • Radiação de um corpo negro • Efeito fotoelétrico EM13CNT103
30 2
introdução • Efeito Compton • Modelo atômico de Bohr • Princípio da incerteza EM13CNT201
EM13CNT301
EM13CNT101
EM13CNT103
Física nuclear: uma Um pouco de história • Composição do núcleo • Decaimento nuclear •
31 EM13CNT104 2
FÍSICA
PI_EM23_2_FIS_L1_LP
EM13CNT101
EM13CNT205
32 As fronteiras da Física O que já se sabe? • Qual é o papel da divulgação científica? 2
EM13CNT301
EM13CNT303
XV
arigato/Shutterstock/Editoria de arte
ETAPA 1
edição projetos
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos, por meio dos conceitos trabalha-
e
ob
dos até o momento, reflitam sobre sua identidade e listem três característi-
d
k.a
EM23_2S_CC_L1_01
EM23_2S_CC_L1_01
8
PROF
(1871-1941) lo
Guillermo Kah
Além da identidade biológica, é possível definir as características de um indivíduo por meio de traços
relacionados aos ambientes que ele frequenta. Em redes sociais, por exemplo, os nicknames adotados e
as publicações realizadas ajudam na construção da identidade subjetiva, está, por sua vez, varia confor-
me o contexto em que cada pessoa está inserida: o idioma que fala, o estilo de vida que segue, as áreas
de interesse etc.
Um elemento recorrentemente presente na construção da identidade é a aparência: selfies e retratos
são formas de registro das características que compõem a identidade de uma pessoa e o que ela deseja
mostrar aos demais. Sobre o assunto, leia os textos a seguir e observe a imagem ao lado.
ARTUR. Margareth. A selfie como autorretrato e seus significados. Portal de Revistas SOUZA, Olivia de. Imagem: do autorretrato às selfies. Revista Continente,
da USP, 25 nov. 2021. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/wp/noticias/a- 1 fev. 2015. Disponível em: https://revistacontinente.com.br/edicoes/170/
selfie-como-o-autorretrato-e-seus-significados/. Acesso em: 23 maio 2022. imagem--do-autorretrato-as-selfies. Acesso em: 23 maio 2022.
Novgorodskaya/Shutterstock
1. Compare o retrato fotográfico de Frida Kahlo apresentado acima
com as obras de arte dela disponíveis no QR Code que está junto
da ilustração ao lado. Quais características da artista observadas
na fotografia também podem ser identificadas nas pinturas?
Espera-se que os alunos observem a forma como a artista retratava a si
mesma, comparem o retrato com as obras de arte e reflitam sobre os prová-
veis sentimentos e impressões que Frida Kahlo intencionava apresentar por
meio de suas obras.
EM23_2S_CC_L1_01
o QR Code ao lado.
9
PROF
objetivas
Embora seja possível, até certo ponto, construir a identidade subjetiva, há contextos de
identificação que não permitem o exercício da subjetividade. Sobre o assunto, reflita com os
colegas: Em quais situações a identificação é objetiva?
Uma maneira de identificar objetivamente um indivíduo é por meio da biometria, que é
um método para aferir a identidade de uma pessoa com base em uma de suas características
singulares. A elaboração dos sistemas de identificação biométrica é bastante complexa e en-
volve conhecimentos de Biologia, Física, Matemática e Informática, por exemplo. Afinal, como
a biometria funciona?
Transformação
Criação de um dessa informação em Certificação em
dispositivo que iden- dados matemáticos e sistema, por meio de
tifica o atributo. Um cruzamento destes com inteligência artificial, da
exemplo é o sensor de um banco de dados (o correspondência dos da-
smartphones que capta sistema de registros dos captados com aque-
a impressão digital. de pessoas de um les no banco de dados.
país, por exemplo).
Biometria Biometria
fisiológica comportamental
2. Com base nas informações encontradas na pesquisa, você considera essa forma de
identificação segura? Ela poderia ser burlada? Se sim, como? Justifique suas respostas.
EM23_2S_CC_L1_02
10
PROF
por favor
Code para obter mais informa-
ções a esse respeito.
arte
ria de
Resposta pessoal.
/Edito
be.com
ck.ado /Sto
studio
2. Qual a relação entre as tecnologias de
stock-
biometria e o desenvolvimento de do-
es, Pro
cumentos digitais?
EM23_2S_CC_L1_02
11
PROF
arigato/Shutterstock/Editoria de arte
ETAPA 3
“indocumentados”
Atualmente, ainda há um número significativo de pessoas no Bra- Além desse fator, a falta de documentação pode ser relacionada
sil que não têm um documento que as identifique perante o Estado. ao gênero dos cidadãos. Observe:
Observe as informações a seguir, que apresentam o perfil de pessoas
indocumentadas e alguns dos fatores que contribuem para que essa Percentual de indocumentados por gênero
situação ainda exista. 45,40%
37,90%
No mundo todo, em torno de 1 bilhão 30,10%
1.º quintil 2.º quintil 3.º quintil 4.º quintil 5.º quintil
Países desenvolvidos
ock.adob
EM23_2S_CC_L1_03
12
PROF
BestPolygon/Stock.adobe.com
Analise os dados publicados pelo IBGE em 2019, Agora, observe dados de sub-registro de crianças no
sobre crianças que não receberam certidão de nasci- Brasil durante duas décadas.
mento no 1.º ano de vida por região brasileira.
Percentual de crianças que não receberam certidão de Percentual de sub-registros de crianças no Brasil
nascimento no 1.º ano de vida por região 25%
7,50%
20%
15%
10%
2,50%
1,23% 5%
1,10%
0,28%
0%
Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte 2000 2005 2010 2015 2020
O sub-registro civil de nascimento, apresentado nos gráficos com dados do IBGE, é o conjunto de nascimentos não registrados no
primeiro ano de vida.
Perceba que, conforme mostra o segundo gráfico, em duas décadas houve uma diminuição na taxa de sub-registro, a qual pode ter sido
motivada por programas sociais que exigem que o beneficiário seja registrado e políticas públicas como instalação de cartórios em maternida-
des e a não necessidade da presença do pai para registro.
Saiba mais
1. Pesquise e debata com os colegas e o professor os tópicos a seguir e registre Como fica a iden
tificação das com
em seu caderno suas conclusões. nidades indígena u-
a) Qual é o perfil das pessoas sem documento no Brasil e no mundo? s?
No caso dos povo
b) Quais são os possíveis fatores que impossibilitam o acesso dessas pes- s indígenas que
território brasileiro vivem no
, a identificação de
soas a documentos? Estado ocorre por les perante o
meio do Registro
c) Quais são os prejuízos enfrentados por essas pessoas por não possuí- de Nascimento de Administrativo
Indígena (RANI),
rem documentos? dido pela Funai ao que é conce-
s membros dess
o requererem. Po es povos que
d) No Brasil, que medidas já foram realizadas e quais ainda podem ser r meio desse reg
solicitar a emissão istro, é possível
implementadas para que todos os brasileiros tenham certidão de de outros docume
certidões de nasc ntos, como
nascimento? imento e óbito.
No entanto, os me
mbros de comunid
EM23_2S_CC_L1_03
EM23_2S_CC_L1_03
2. Com base na pesquisa e no debate das questões, escolha um dos tópicos e genas não são ob ades indí-
construa um gráfico ou um infográfico, como os das páginas anteriores, para rigados por lei a ter
documentos.
apresentar os dados obtidos.
Para desenvolver essas atividades, consulte a página 6 do Livro
do professor.
13
PROF
Agora que você pesquisou informações relacionadas a documentos e formas de identificação, bem como a respeito de dados e perfis dos
indocumentados no Brasil e no mundo, está na hora de você e os colegas contribuírem para facilitar o acesso igualitário da população à docu-
mentação. Para isso, é necessário articular as diferentes áreas do conhecimento.
Roteiro de atividade
Reúna-se em pequenos grupos com os colegas. A proposta é que ● Argumento de autoridade: citação de especialistas no assunto
vocês produzam uma petição online, uma solicitação direcionada a em questão, com pontos de vista semelhantes aos dos autores
uma autoridade pública para resolver um problema individual ou cole- da petição. Pode-se utilizar dados do Instituto Brasileiro de
tivo. Essa petição deverá ser dirigida à esfera pública governamental Geografia e Estatística (IBGE) e de sites oficiais do governo e
e requisitar o acesso facilitado a documentos pessoais àqueles que amparar a argumentação na legislação vigente, por exemplo.
ainda não os possuem, ação que pode ser executada por meio de mu- ● Argumento de consenso: proposições consensualmente
tirões, campanhas de cidadania em bairros afastados etc. Para isso, aceitas como verdadeiras e indiscutíveis. Por exemplo: “A
estas etapas devem ser seguidas: educação é indispensável para o desenvolvimento social”.
● Selecionem o conteúdo da petição e decidam o que será defen- Perceba que não há uma fonte única que embase a afirmação,
dido no documento. Pontos que podem ser abordados: mas sua legitimidade é comprovada e consensual.
● conscientização de uma parcela da população sobre a obten- ● Argumento lógico: conclusões baseadas em dados, ou seja,
ção de um documento específico (sugestão: campanha para informações de fontes confiáveis que permitem chegar a
jovens entre 16 e 17 anos tirarem o título de eleitor, na qual se uma conclusão. Por exemplo: “O IBGE tem avançado em
explica, além do procedimento para conseguir o documento, estudos que vão além do pareamento das bases de registros
a importância do voto); vitais (nascimentos e óbitos), aplicando métodos de captura
e recaptura que objetivam estimar a parcela dos eventos
● problemas enfrentados por uma pessoa que não tem docu-
totais de nascimentos e óbitos no Brasil e, por conseguinte,
mentos ou um registro específico (serviços aos quais ela não
o indicativo de sub-registro desses eventos vitais”. Com base
consegue ter acesso, oportunidades que ela pode perder etc.);
nesses dados, é possível dizer com segurança que o IBGE
● quais ações ou procedimentos a esfera pública pode oportu- é o órgão responsável pela coleta, pelo pareamento e pela
nizar para que a população tenha mais facilidade para adquirir calibragem de dados referentes a pesquisas de sub-registro
os documentos pessoais. e registro civil no Brasil.
● Definam o tipo de argumento a ser utilizado para defender o ponto
● Argumento de comparação: análise de dois fatos com base
de vista do grupo. A seguir, há algumas possibilidades de argu-
em suas semelhanças e/ou diferenças, com o objetivo
mentos que podem ser utilizados para embasar a escrita:
de favorecer a defesa do posicionamento adotado. Por
exemplo: “É muito complexo para as autoridades bloquear
páginas falsas na internet. Da mesma forma, é difícil para
a população diferenciar um site confiável de um duvidoso”.
Login/Stock.adobe.com
EM23_2S_CC_L1_04
EM23_2S_CC_L1_04
14
PROF
documentos etc.;
● tecnologias de identificação
envolvidas nos registros – fotos,
assinatura, biometria.
EM23_2S_CC_L1_04
15
PROF
uma introdução
A partir do que foi apresentado no texto e de seus conhecimentos prévios, responda às questões a seguir e levante
Eletrostática:
hipóteses.
1. Como ocorre o funcionamento das máscaras N95/PFF2? Como as propriedades eletrostáticas atuam nesse processo?
Por que não é recomendável lavar as máscaras N95/PFF2?
Esta seção tem o objetivo de desenvolver a habilidade EM13CNT301 da BNCC por meio da aplicação da eletrostática em uma situação do
cotidiano. Sugere-se trabalhar a seção em sala de aula, preferencialmente em grupos. Como é uma atividade interdisciplinar, pode ser feita com
o professor de Biologia, de forma a ampliar a compreensão dos alunos a respeito dos mecanismos de proteção e prevenção ao vírus
SARS-CoV-2. Espera-se que os alunos indiquem que as partes internas das máscaras, devido ao tipo de material e por ser possível induzir cargas
elétricas nas tramas desses objetos, atraem as partículas que estão suspensas no ar. Sugere-se que seja apresentada aos alunos uma imagem de
microscopia eletrônica do filtro das máscaras N95/PFF2. Essa imagem e mais informações podem ser encontradas no link
https://www.blogs.unicamp.br/covid-19/como-funcionam-as-mascaras-n95/. Ainda, espera-se que os alunos indiquem que a lavagem desse
tipo de máscara pode danificar o sistema de proteção, pois espaça a trama, prejudicando a atuação das cargas eletrostáticas das fibras da
máscara. Nesse momento, é possível que a questão seja resolvida junto ao professor de Química, de forma a ampliar a compreensão dos alunos
a respeito dos conceitos envolvidos na situação sob o viés do componente curricular de Química.
SSSSSSSS
S SS
S
SS
SS
S
sobre eletricidade, que está presente em fenômenos naturais, como raios, nos animais (por meio da
condução nervosa), na iluminação dos ambientes, no funcionamento de automóveis, nos aparelhos
celulares e em outros elementos presentes no dia a dia.
O conhecimento sobre a eletricidade e seus fenômenos teve início na Antiguidade, mas não é pos-
sível determinar sua origem exata. O que se sabe atualmente é que na época da Grécia Antiga foram
EM23_2_FIS_01
realizados os primeiros registros e explicações sobre esses fenômenos. A seguir, serão apresentadas
as principais descobertas em relação à eletricidade e o início dos estudos sobre as interações entre FÍS
cargas elétricas em repouso. 265
época na qual a diferenciação entre as duas áreas ainda não era perceptível. Na
obra, Gilbert descreveu que outros materiais, como o diamante, o vidro e o enxo-
fre, também se comportavam como o âmbar, quando friccionados. Foi, então, o
primeiro que utilizou a denominação corpos elétricos para designar os materiais
Retrato de
William Gilbert.
que se comportavam como o âmbar.
Anos depois dos estudos de William
Gilbert, em 1660, o alemão Otto von
Wellcome Library, London. Wellcome Images
EM23_2_FIS_01
Gravura da máquina de
266
Hauksbee.
CC
CCC
tricidade de natureza oposta que dependiam das características do corpo: a ví-
CC
CCCC
trea e a resinosa. Os corpos sólidos e os transparentes, como vidro, cristal, lã,
C
CCCCCC
pedras preciosas e pele animal, quando eletrizados, adquiriam eletricidade ví-
trea. Já os corpos resinosos e os betuminosos, por exemplo, âmbar, goma-laca e
cera, ao serem eletrizados, adquiriam eletricidade resinosa. Du Fay então definiu Gravura de
que alguns corpos repeliam objetos que adquiriam o mesmo tipo de eletricidade Charles du Fay.
e atraíam objetos que adquiriam eletricidade de natureza diferente.
O cientista holandês Pieter van Musschenbroek (1692-1761), professor na
Universidade de Leiden, descobriu, em 1746, uma forma de armazenar o fluido
elétrico gerado por atrito em um dispositivo, que ficou conhecido como garrafa
de Leiden. Na época, os estudiosos atribuíam a perda do fluido elétrico ao fe- CC
nômeno da evaporação e, com isso, buscavam uma maneira de condensar esse C
CC
CC
fluido.
CCC
CCCCC
Foi realizado, então, um experimento no qual uma garrafa era preenchida
CCC
com água e em seguida vedada com uma rolha. Nessa rolha, foi inserido um pre-
go e uma de suas extremidades entrava em contato com água. Em seguida, a Retrato de
outra extremidade do objeto era colocada em contato com uma máquina respon- Pieter van
Musschenbroek.
sável por carregá-lo eletricamente. Após carregado, quando tocava-se no prego,
sentia-se um choque por conta de o condutor interno (água) induzir uma carga
oposta no condutor externo (parte do corpo que tocasse no prego). Esse dispo-
sitivo fez com que os cientistas conseguissem acumular grandes quantidades de
eletricidade para utilizá-las em diferentes experimentos, inclusive para investigar
NNNNN
seus efeitos em seres vivos. N NNNN
N NNN
Por volta de 1750, o cientista estadunidense Benjamin Franklin (1706-1790),
NN
NNN
ao contrário de Charles du Fay, acreditava que apenas um tipo de fluido elétrico
NNN
N NN
passava de um corpo para outro após a fricção de ambos. Tendo essa ideia em
NNNNNN
vista, ele postulou que o corpo que acumulava o fluido era positivamente carre-
NN
gado, enquanto o corpo que perdia fluido era negativamente carregado. Além
disso, Franklin observou que a movimentação da eletricidade entre diferentes Retrato de
tipos de corpos ocorria como uma forma de a natureza equilibrar a falta ou o Benjamin
Franklin.
excesso do fluido elétrico neles. Com isso, o cientista conseguiu explicar satis-
fatoriamente o funcionamento da garrafa de Leiden e foi o primeiro a propor o
princípio de conservação de cargas elétricas.
Em 1753, o físico britânico John Canton (1718-1772) descobriu por meio de
NNNNN
experimentos que era possível carregar eletricamente um corpo isolado mesmo N NNNN
N NNN
que esse não fosse colocado em contato direto com outro corpo eletricamente
NN
NNN
carregado. Para isso, Canton atritou um pedaço de vidro, deixando-o carregado
NNN
N NN
positivamente, e o aproximou de dois corpos metálicos neutros que estavam em
NNNNNN
contato. Após afastar o vidro e separar os corpos, Canton observou que o cor- NN
Enquanto a estrutura atômica era discutida nos séculos XIX e XX, ocorreram
P PP
PPPP
EM23_2_FIS_01
267
Carga elementar
Inkoly/OSweetNature/Coffeemill/Shutterstock
Representação simplificada da estrutura de um átomo de modelo Em que C é a unidade de carga elétrica no Sistema
planetário. Atualmente foi proposta uma nova estrutura para o Internacional de Unidades (SI), denominada Coulomb em
átomo, baseada nos estudos da Física Quântica. (Cores-fantasia.
Fora de escala.)
homenagem a Charles Augustin de Coulomb.
Assim, define-se que:
Segundo o modelo planetário do átomo, os prótons e
nêutrons estão fortemente ligados na região do núcleo, en- ● Carga elétrica do próton ⇒ +e = +1,6 · 10–19 C
quanto os elétrons estão dispersos em volta desse núcleo e ● Carga elétrica do elétron ⇒ –e = –1,6 · 10–19 C
orbitam a região da eletrosfera.
FÍSICA
EM23_2_FIS_01
EM23_2_FIS_01
268
Após ceder
elétrons
A quantidade de carga
elétrica equivalente a 1 C,
em módulo, corresponde
a 6,25 · 1018 unidades de
carga elementar.
Corpo neutro Corpo positivamente
carregado
De forma semelhante, diz-se que um corpo está negativamente carregado quando o número
de prótons presentes nele é menor que o número de elétrons, o que indica que ele recebeu elé-
trons de outro corpo, como representado no esquema a seguir.
Como há situações em que
Antes Depois a quantidade de partículas
transferida entre corpos é
menor que 1 C, é comum
adotarem-se submúltiplos
Após receber dessa unidade.
elétrons
• Milicoulomb (mC) ⇒
1 mC = 10–3 C
• Microcoulomb (µC) ⇒
1 µC = 10–6 C
• Nanocoulomb (nC) ⇒
1 nC = 10–9 C
Corpo neutro Corpo negativamente • Picocoulomb (pC) ⇒
carregado 1 pC = 10–12 C
Já no caso em que o corpo está neutro, o número de prótons nele é igual ao número de elé-
trons, o que não significa ausência de carga elétrica.
Q=±n·e
Em que Q é a medida da quantidade de carga elétrica presente no corpo (C), n é a medida da di-
ferença entre o número de prótons e o número de elétrons presentes no corpo e e é a medida da
carga elementar (1,6 · 10 –19 C).
Princípios da eletrostática
FÍSICA
Na Eletrostática, estuda-se a interação entre cargas, situação que pode ser explicada por meio
de dois princípios, o da atração e repulsão e o da conservação de cargas elétricas.
Segundo o princípio de atração e repulsão, as partículas eletrizadas com cargas de sinais
EM23_2_FIS_01
EM23_2_FIS_01
Condutores e
dos materiais condutores e isolantes e observe o que ocorre
com os elétrons desses materiais. Na sequência, inverta o
isolantes elétricos
estado de eletrização do corpo e repita o experimento. Ao
final, faça anotações sobre o que você observou e discuta os
Os condutores, de modo geral, têm como característica resultados com os colegas.
a capacidade de permitir que os elétrons livres dos átomos Realize a atividade em sala, preferencialmente em grupo. Estimule, em um
que os constituem tenham a mobilidade facilitada no interior primeiro momento, a troca de ideias entre os alunos, e, após terem feito as
anotações e elaborado hipóteses, detalhe os conceitos apresentados pelo
de sua estrutura. É essa mobilidade a responsável por uma aplicativo, comparando-os com as anotações dos alunos. Espera-se que os
boa condução de eletricidade. São exemplos de condutores estudantes identifiquem o movimento das cargas elétricas negativas no
os metais, como o ferro, o cobre, o alumínio, a grafite, as solu- condutor à medida que o material carregado é aproximado e afastado,
bem como notem a ausência desses comportamentos no isolante.
ções salinas, as soluções aquosas ácidas e os gases ionizados.
Já os isolantes têm como característica não apresenta-
rem elétrons livres na estrutura do material, ou seja, suas
cargas elétricas não conseguem se movimentar, o que evita
a condução de eletricidade. São exemplos de isolantes as
cerâmicas, as rochas, os plásticos, as borrachas e os mate-
riais orgânicos, como madeira e cabelo.
LINHA DE CHEGADA
Embora as máscaras N95/PFF2 sejam consideradas as mais eficientes em relação à proteção contra diversas partículas, incluindo o vírus
SARS-CoV-2, elas não são eficientes em todos os casos. Com base nos conceitos abordados neste módulo, responda ao que se pede.
1. Como a eletricidade estática atua na eficiência da proteção das máscaras N95/PFF2?
Esta seção tem o objetivo de retomar a situação proposta na seção Ponto de partida e aprofundar os conhecimentos sobre os princípios da eletrostática empregados
como mecanismo de defesa nas máscaras de proteção N95/PFF2. Sugere-se que a atividade seja resolvida em sala, com a turma organizada em grupos, e que, em
seguida, as respostas sejam compartilhadas entre todos. No item 1, espera-se que os alunos indiquem que a eletricidade estática está aplicada na trama interna das
máscaras e auxilia na captura de partículas suspensas no ar por meio de atração.
2. Por que lavar as máscaras com água e sabão ou borrifar álcool para a limpeza delas pode torná-las menos eficientes contra o SARS-CoV-2?
No item 2, espera-se que os alunos indiquem que um dos diferenciais desse modelo de máscara é sua barreira eletrostática. Desse modo, lavá-la ou borrifar
álcool nela altera as estruturas atômicas do material, anulando a barreira eletrostática criada e fazendo com que a máscara perca sua eficácia.
FÍSICA
EM23_2_FIS_01
EM23_2_FIS_01
270
Fácil
I. ( ) Caso um corpo neutro perca elétrons, ele poderá ser que a carga elétrica elementar (= módulo da carga do elétron, ou
atraído por um corpo carregado positivamente. do próton) vale 1,6 × 10–16 C, é correto afirmar-se que o corpo
II. ( ) Em um condutor de eletricidade, considera-se que seus a) perdeu 5 × 104 elétrons.
elétrons livres se encontram fortemente atraídos pelo b) ganhou 5 × 103 elétrons.
núcleo. c) perdeu 5 × 103 elétrons.
III. ( ) Em um corpo isolante de eletricidade, todos os elétrons d) perdeu 2,5 × 104 elétrons.
encontram-se fortemente atraídos pelo núcleo.
e) ganhou 2,5 × 103 elétrons.
IV. ( ) A massa do próton é maior que a massa do elétron, e suas
cargas são iguais, em módulo. 2. C5:H18 (Cesgranrio) Uma pequena esfera de isopor, aluminizada,
suspensa por um fio “nylon”, é atraída por um pente plástico
Fácil
2. Em uma indústria são realizados diversos procedimentos de sepa- negativamente carregado. Pode-se afirmar que a carga elétrica
ração de materiais. Um deles consiste na separação de fragmentos da esfera é:
metálicos submetidos a diferentes processos de eletrização.
a) apenas negativa;
Considere que, em um desses processos, pretende-se medir a
massa de um pequeno fragmento metálico de massa m = 7 · 10–5 g, b) apenas nula;
inicialmente neutro. Esse fragmento é eletrizado e adquire uma c) apenas positiva;
carga negativa de Q = – 4,8 · 104 C. Sabendo que a massa do elé- d) negativa, ou então nula;
tron equivale, aproximadamente, a 1 · 10–31 kg após o processo
e) positiva, ou então nula.
de eletrização, determine em seu caderno as grandezas a seguir.
Dado: e = –1,6 · 10–19 C. 3. C5:H18 (Cesgranrio) Um corpo adquire uma carga elétrica igual a
+1C. Podemos afirmar, então, que a ordem de grandeza do número
a) A massa, em gramas, correspondente ao número total de
Fácil
de elétrons no corpo é de:
elétrons transferidos ao fragmento.
a) 10–19 perdidos.
b) A massa final, em gramas, do fragmento metálico após o
processo de eletrização. b) 10–19 ganhos.
3. O sal de cozinha comum, utilizado para temperar e conservar c) 1018 perdidos.
alimentos, constitui-se da ligação entre átomos de sódio e cloro, d) 1019 ganhos.
como representado no esquema abaixo. e) 1019 perdidos.
Na Cl 4. C5:H18 (FCM-2017) Um corpo originalmente neutro perde elétrons
e passa a apresentar uma carga de 2x107 C. Quantos elétrons foram
Fácil
e) 101.
EM23_2_FIS_01
EM23_2_FIS_01
271
Médio
Fácil
Médio
8. C5:H18 (Unifor) Sabemos que a eletrostática é a parte da Física uma quantidade de carga negativa de 3,2 μC.
responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso. A história Sabendo-se que a carga elementar vale 1,6 ·10–19 C, para se con-
Fácil
nos conta que grandes cientistas como Tales de Mileto consegui- seguir a eletrização desejada será preciso
ram verificar a existência das cargas elétricas. a) retirar do objeto 20 trilhões de prótons.
Analise as afirmações abaixo acerca do assunto.
b) retirar do objeto 20 trilhões de elétrons.
I. Um corpo é chamado neutro quando é desprovido de cargas
c) acrescentar ao objeto 20 trilhões de elétrons.
elétricas.
d) acrescentar ao objeto cerca de 51 trilhões de elétrons.
II. A eletrostática é descrita pela conservação das cargas elétricas,
a qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas e) retirar do objeto cerca de 51 trilhões de prótons.
as cargas existentes será sempre constante. 13. C5:H18 (FMJ) O cobalto é um elemento químico muito utilizado na
III. A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga medicina, principalmente em radioterapia. Seu número atômico
Médio
encontrada na natureza. é 27 e cada elétron tem carga elétrica de –1,6 × 10–19 C. A carga
IV. No processo de eletrização por atrito, a eletrização não de- elétrica total dos elétrons de um átomo de cobalto é, em valor
pende da natureza do material. absoluto e em C, igual a
É CORRETO apenas o que se afirma em: a) 1,68 x 10–18.
a) I e II b) 4,32 x 10–19.
b) III e IV c) 4,32 x 10–20.
c) I e IV d) 4,32 x 10–18.
d) II e III e) 1,68 x 10–19.
e) II e IV 14. C5:H18 (UFRGS) Considere dois balões de borracha, A e B. O balão B
tem excesso de cargas negativas; o balão A, ao ser aproximado do
Médio
9. C5:H18 (Fuvest) A lei de conservação da carga elétrica pode ser balão B, é repelido por ele. Por outro lado, quando certo objeto me-
enunciada como segue: tálico isolado é aproximado do balão A, este é atraído pelo objeto.
Fácil
a) A soma algébrica dos valores das cargas positivas e negativas Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do
em um sistema isolado é constante. enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.
b) Um objeto eletrizado positivamente ganha elétrons ao ser A respeito das cargas elétricas líquidas no balão A e no objeto,
aterrado. pode-se concluir que o balão A só pode ........ e que o objeto só
c) A carga elétrica de um corpo eletrizado é igual a um número pode ........ .
inteiro multiplicado pela carga do elétron. a) ter excesso de cargas negativas – ter excesso de cargas
d) O número de átomos existentes no universo é constante. positivas
e) As cargas elétricas do próton e do elétron são, em módulo, b) ter excesso de cargas negativas – ter excesso de cargas posi-
iguais. tivas ou estar eletricamente neutro
10. C6:H20 (UFMG-2015) Em um dia muito seco, é normal sentirmos c) ter excesso de cargas negativas – estar eletricamente neutro
um pequeno choque elétrico ao colocarmos a mão na carroceria d) estar eletricamente neutro – ter excesso de cargas positivas
Médio
metálica de um carro que acabou de estacionar, após se deslocar ou estar eletricamente neutro
por algum tempo. Isso ocorre porque o carro, durante o seu e) estar eletricamente neutro – ter excesso de cargas positivas
movimento, adquire um excesso de carga elétrica. O contato da
mão faz com que parte do excesso de carga seja transferida entre
Enem e vestibulares + Desafio
o carro e o corpo da pessoa.
As cargas que se movimentam na carroceria metálica do carro 15. C5:H18 (PUC-MG) Em uma experiência de laboratório,
são constituídas por constatou-se que um corpo de prova estava eletrica-
Difícil
EM23_2_FIS_01
Adote:
Massa do elétron: me = 1 · 10–31 kg.
Carga do elétron: e = 1,6 · 10–19 C.
a) 2,1 · 10–4 g.
b) 3,0 · 10–4 g.
c) 2,6 · 1017 g.
d) 1,0 · 104 g.
e) 2,0 · 104 g.
18. C5:H18 (Fuvest-2016) Os centros de quatro esferas
idênticas, I, II, III, e IV, com distribuições uniformes de
Difícil
GABARITO ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de QR Code.
QR Code.
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte a câmera
a câmera para
para um dosoQR
QRCodes
Code ao lado.
3. Oaogabarito
lado paradeste
acessar o gabarito
módulo será ou o solucionário
exibido deste
em sua tela.
módulo.
1 A B C D E 6 A B C D E 11 A B C D E 15 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 7 A B C D E 12 A B C D E 16 A B C D E
3 A B C D E 8 A B C D E 13 A B C D E 17 A B C D E
4 A B C D E 9 A B C D E 14 A B C D E 18 A B C D E
EM23_2_FIS_01
EM23_2_FIS_01
5 A B C D E 10 A B C D E
273
02/32
Interação entre cargas: como ocorre?
Garfield, Jim Davis © 1981 Paws, Inc. All Rights Reserved / Dist. by Andrews McMeel Syndication
Processos de eletrização
Os corpos, quando eletricamente neutros, apresentam o mesmo número de prótons e elétrons.
Quando os corpos neutros cedem ou recebem elétrons, eles se tornam positiva ou negativamente
carregados. No dia a dia, corpos são eletrizados em diferentes situações, como quando se penteia o
cabelo, arrasta o pé no chão enquanto anda, limpa alguma superfície com um pano ou apaga algo que
se escreveu em um papel com a borracha.
A eletrização dos corpos pode ocorrer de três maneiras diferentes: por atrito, contato ou indução.
Flanela de vidro
corpos neutros, estes ficam com cargas
de sinais opostos, ou seja, um deles fica
positivamente carregado (aquele que ce-
deu elétrons) e outro fica negativamente
eletrizado (aquele que recebeu elétrons).
EM23_2_FIS_02
EM23_2_FIS_02
ferência de elétrons da esfera 1 para a esfera 2 apresentam mesmo tamanho e forma, deter-
2, como representado nos esquemas a seguir. mina-se a carga final de ambas, após o contato,
da seguinte maneira:
EM23_2_FIS_02
EM23_2_FIS_02
Q1 Q2
Qfinal
2
275
– – + –
– + –
– FE + – FE Disco metálico
– 1 2 condutor
– + –
– + –
– – + –
Representação dos corpos 1 e 2 na primeira etapa da eletrização por
indução.
● Na presença do indutor, é realizado o aterramento do indu-
zido para que o excesso de elétrons da face oposta do in-
duzido em relação ao indutor seja descarregado na terra, Folhas de ouro
SAE DIGITAL S/A
– –
EM23_2_FIS_02
– – +
fio isolante e fica livre para oscilar como um pêndulo.
Q1 < 0 Q2 > 0
tir dos conceitos da eletrostática, o que aconteceu com os elétrons e prótons do cano e dos materiais Prática.
utilizados para atritá-lo.
SAE DIGITAL S/A
2. Por que uma das latas foi posicionada em cima de um acetato? Qual é a importância do acetato para o
experimento?
EM23_2_FIS_02
EM23_2_FIS_02
3. Por qual motivo o lacre pendurado se aproxima das duas latas e se movimenta lateralmente? Explique
detalhadamente os processos que ocorrem em cada lata.
277
Lei de Coulomb
O comportamento da variação da força elétrica em fun-
Considere a situação em que duas cargas pontuais (que
ção da distância d entre as cargas também pode ser analisa-
têm dimensões desprezíveis em relação às distâncias envol-
do por meio do gráfico a seguir.
vidas na situação), 1 e 2, com cargas Q1 e Q2, respectivamente,
estão separadas por uma distância d, como representado no FE (N)
esquema a seguir. De acordo com a Terceira Lei de Newton,
as forças elétricas FE1,2 e FE2,1 formam um par ação-reação, o
F
que significa que elas têm mesmo módulo, mesma direção e
sentidos opostos.
Q1 FE12, Q2
FE2 ,1
– +
FE2 ,1 Q1 Q2 FE12,
+ + F/4
F/9
F/16
d
d 2d 3d 4d d (m)
Representação das forças elétricas atuantes em cargas elétricas de
sinais opostos e em cargas de mesmo sinal. Representação gráfica do comportamento da força elétrica (FE) em
função da distância (d) entre as cargas.
Coulomb também relacionou a intensidade da força elé-
trica com a distância que separa as cargas puntiformes na A partir do gráfico, é possível observar a relação de pro-
chamada Lei de Coulomb, sintetizada a seguir. porcionalidade entre a força elétrica (F E) e a distância (d).
Perceba que, quando a distância entre as cargas dobra, a
As forças elétricas que surgem da interação entre duas força elétrica entre elas é dividida pelo quadrado da distân-
cargas pontuais eletrizadas têm intensidade diretamente cia, nesse caso, 4, resultando em FE = F . Quando a distância
proporcional ao produto dos módulos das cargas e in- 4
triplica, a força é dividida por 9, resultando em FE = F . Se a
versamente proporcional ao quadrado da distância que 9
as separa. distância é reduzida pela metade, a força aumenta 4 vezes,
resultando em F E = 4F, e assim por diante.
Algebricamente, a relação anterior é expressa, em mó- A força elétrica está presente em processos industriais
dulo, por: e do cotidiano. Alguns exemplos de sua aplicação são a pin-
tura eletrostática de automóveis, as impressões a laser e as
Q1 Q2 blindagens eletrostáticas.
FE k
d2 9 Exemplo
Considere que, em um dos experimentos de Coulomb para
Em que F E é a medida da intensidade da força elétrica (N), Q1
estudar o comportamento das cargas elétricas, ele utilizou
e Q 2 são as medidas das cargas elétricas (C) e k é uma cons-
3 esferas; destas, a 1 e a 2 estavam inicialmente neutras e a 3
tante de proporcionalidade, conhecida como constante de
estava eletrizada com uma carga de – 4 µC. Então, Coulomb
Coulomb ou constante eletrostática. Essa constante de-
executou o seguinte procedimento:
pende do meio em que as cargas se encontram e seu valor
máximo, obtido no vácuo, corresponde a aproximadamente
k0 ≈ 9 · 109 N · m2 · C–2.
FÍSICA
EM23_2_FIS_02
EM23_2_FIS_02
278
LINHA DE CHEGADA
A eletrostática é um fenômeno amplamente presente no cotidiano. Ela se manifesta no ato de andar, no contato do pneu com o asfalto,
no atrito entre a pele e blusas de lã, e no choque que surge do toque entre as pessoas, por exemplo. Com base nas hipóteses levantadas e
nas reflexões a respeito dos conceitos de eletrostática abordadas neste módulo, responda às questões a seguir.
1. Na tirinha da seção Ponto de partida, que tipo de processo de eletrização é realizado por Garfield? Por que, ao esfregar as patas no carpete,
ele consegue dar choques nos demais personagens?
Esta seção tem o objetivo de retomar a situação proposta na seção Ponto de partida e aprofundar os conhecimentos sobre os processos de eletrização observados na natureza
e em processos tecnológicos. Para a questão 1, espera-se que os alunos indiquem que o processo realizado por Garfield é o da eletrização por atrito, e que ao esfregar as patas
no carpete, tanto as patas do gato quanto o carpete ficarão eletrizados, com cargas de mesmo módulo, porém com sinais opostos.
2. Se Garfield pudesse escolher entre a lã, a seda e um piso emborrachado para esfregar as patas, qual deles geraria maior eletrização?
Justifique sua resposta.
Espera-se que os alunos identifiquem materiais que se encontram afastados entre si, de acordo com a tabela da série triboelétrica, para que a diferença de cargas elétricas
seja maior.
FÍSICA
EM23_2_FIS_02
EM23_2_FIS_02
279
Fácil
de diferentes materiais são atritados, alguns eletrizam-se nega- contato, que, inicialmente, estavam eletricamente neutras.
tivamente, outros positivamente. A chamada série triboelétrica
define essa propriedade.
A tabela a seguir apresenta alguns materiais dessa série em ordem
crescente de eletronegatividade, de cima para baixo.
+
Vidro
Lã
Seda
Conforme mostrado na figura, os balões estão próximos, mas
Papel
jamais chegam a tocar as latas. Nessa configuração, as latas 1, 2 e
Aço 3 terão, respectivamente, carga total:
Madeira Note e adote:
Vinil (PVC) O contato entre dois objetos metálicos permite a passagem
de cargas elétricas entre um e outro.
Teflon®
– Suponha que o ar no entorno seja um isolante perfeito.
São atritados, em quatro diferentes situações, os seguintes
materiais: a) 1: zero; 2: negativa; 3: zero.
I. Seda e madeira. b) 1: positiva; 2: zero; 3: positiva.
II. Papel e Teflon®. c) 1: zero; 2: positiva; 3: zero.
III. Vidro e vinil. d) 1: positiva; 2: negativa; 3: positiva.
IV. Aço e lã. e) 1: zero; 2: zero; 3: zero.
Com base na tabela, escreva em seu caderno com qual carga os 2. C5:H18 (FAMEMA-2021) Em determinado meio, uma carga elétrica
materiais irão ficar, para cada uma das quatro situações. q é colocada a uma distância de 1,2 x 10–2 m de outra carga Q,
Fácil
2. Em uma aula experimental de Física, o professor propõe aos alunos ambas pontuais. A essa distância, a carga q é submetida a uma
uma atividade sobre eletricidade estática. No experimento 1, o força repulsiva de intensidade 20 N. Se a carga q for reposicionada
professor pede que os alunos aproximem um bastão carregado a 0,4 x 10–2 m da carga Q no mesmo meio, a força repulsiva entre
positivamente da esfera de um eletroscópio de folhas, isolado e as cargas terá intensidade de:
disposto sobre uma superfície. No experimento 2, o bastão, ainda a) 360 N.
carregado positivamente, deve ser encostado na esfera do eletros-
cópio. A partir do que foi exposto, represente ilustrativamente o b) 480 N.
que ocorre com os elementos do conjunto (eletroscópio e bastão) c) 180 N.
em cada um dos dois experimentos. d) 520 N.
Experimento 1 Experimento 2 e) 660 N.
3. C5:H17 (UEA-2017) Considere um condutor elétrico inicialmente
neutro e um corpo isolante carregado positivamente. O condutor
Fácil
EM23_2_FIS_02
Médio
Fácil
–10 μC e +12 μC. A esfera A é colocada em contato com a esfera B entre elas é F0. Se a distância entre as cargas for reduzida pela
e, em seguida, as duas são afastadas. Após um intervalo de tempo metade, o módulo da força de interação entre as cargas será:
a esfera A é posta em contato com a esfera C. Considerando que a) 4F0
as esferas trocam cargas apenas entre si, ao final do processo, a
b) 2F0
carga elétrica de A será:
c) F0
a) +6 μC
F
b) +3 μC d) 0
2
c) 0 μC
F0
d) –3 μC e)
4
e) –6 μC
5. C5:H18 (FCM-2018) Dois corpos A e B de cargas elétricas 3 · 104C Enem e vestibulares + Desafio
e –2 · 104 C respectivamente, sofrem força de interação elétrica
Fácil
estando a 3 metros de distância um do outro. Determine o valor 9. C5:H17 (EFOMM-2021) Duas esferas condutoras idên-
dessa força de interação. Dado: Constante eletrostática igual a ticas de carga q = 2,0 μC estão penduradas em fios não
Difícil
9 · 109 N · m2/C2. condutores de comprimento D = 30,0 cm, conforme
a) 5,4 · 1018 N apresentado na figura abaixo. Se o ângulo entre os fios
vale θ = 90°, qual é o valor das massas das esferas?
b) 3 · 1015 N
Dado: constante dielétrica k = 9,0 x 109 N.m2/C2; aceleração da
c) 5 · 1010 N gravidade g = 10,0 m/s2
d) 6 · 1017 N
e) 1 N
6. C5:H18 (UDESC-2015) Uma das principais contribuições para os
estudos sobre eletricidade foi a da definição precisa da natureza da
Fácil
10kQ2
a) eF =
d2
EM23_2_FIS_02
Difícil
dos vértices de um triângulo equilátero de lado L.
Sabendo que QA < 0, QB > 0, QC = 2 QB e que a constante
eletrostática do meio é K, o módulo da força elétrica resultante
em QA devido à interação com QB e QC é:
Dados: considere sen60° = cos30° = 0,86 e cos60° = sen30° = 0,50
d) eF =
2kQ2 a)
7KQA QC / 2L2
d2
b) 6KQ Q / 2L
A C
2
c) 5KQ Q / 2L
A C
2
2
d) 3KQ Q / 2L
A C
2
4kQ
e) eF =
d2 e) 2KQ Q / 2L
A C
2
Difícil
partícula A é qA = 0,003C, e a carga da partícula B é
qB = 0,006C. A carga de B sente uma força eletrostática
FB da carga A. De maneira similar, a carga A sente uma força ele-
11. C5:H17 (EFOMM-2022) A figura mostra um pêndulo em trostática FA da carga B. Assinale o que for correto.
equilíbrio com outra pequena esfera carregada B.
Difícil
Suponha que a esfera B tenha, em módulo, o dobro de (1) As duas cargas sentem a mesma força, em módulo.
carga que a esfera A, e que a esfera A possua massa (2) A força sentida pela partícula A é FA = – 24N.
180 3x10–3kg. Qual é a carga da esfera A? (3) Se a distância entre as cargas for reduzida pela metade, a
Dados: k = 9x109 N.m2/C2; g = 10 m/s2 força entre elas aumenta quatro vezes.
1 3 3 (4) Se a carga da partícula B for dobrada, a força entre as cargas
sen 30° = sen 30 ; cos 30 ; tan 30
2 2 3 diminui pela metade.
(5) As forças eletrostáticas sentidas pelas cargas seguem a
terceira lei de Newton.
Soma ( )
a) 1 μC
b) 2 μC
c) 4 μC GABARITO ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
d) 6 μC 1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de QR Code.
QR Code.
e) 8 μC 2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte a câmera
a câmera para
para um dosoQR
QRCodes
Code ao lado.
3. Oaogabarito
lado paradeste
acessar o gabarito
módulo será ou o solucionário
exibido deste
em sua tela.
módulo.
1 A B C D E 4 A B C D E 7 A B C D E 10 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 5 A B C D E 8 A B C D E 11 A B C D E
3 A B C D E 6 A B C D E 9 A B C D E 12 A B C D E
EM23_2_FIS_02
282
Com base no texto e em seus conhecimentos prévios, responda às questões a seguir formulando hipóteses.
1. Como as ampolas de Lorenzini dos tubarões detectam sinais elétricos de animais distantes? Como o conceito de
katatonia82/Shutterstock
com o professor de Biologia. Na questão, espera-se que os alunos indiquem que as cargas elétricas podem ser identificadas a distância por
formarem uma região (campo) à sua volta, a qual se expande no espaço.
Matt9122/Shutterstock
FE q E
A força elétrica exercida sobre as cargas pode ser do tipo atrativa ou repulsiva. Por exemplo, considere o caso em que
duas cargas de prova, q1 e q2 , são colocadas em um campo elétrico gerado por uma carga q > 0. Nessa situação, a carga q1 é
menor do que zero e a carga q2 é maior do que zero. Assim, a força elétrica F 1 da carga q1 será atrativa e a força elétrica F 2 da
carga q2 será repulsiva em relação ao campo elétrico gerado pela carga q, como representado no esquema a seguir.
–q1
F1
+q2
F2
Representação esquemática do comportamento das forças elétricas sobre diferentes cargas submetidas à ação de um campo elétrico. (Fora
de escala. Cores-fantasia.)
Perceba que, da mesma maneira que a carga q exerce uma força elétrica sobre as cargas q1 e q2 , de acordo com a Terceira
Lei de Newton, as cargas q1 e q2 exercem força sobre a carga q devido à interação entre os três campos elétricos.
Após a análise da equação utilizada para determinar a intensidade do campo elétrico, apresentada anteriormente, é possí-
vel estabelecer a seguinte relação: se uma carga elétrica for 2q, a intensidade da força elétrica sobre ela seria 2F; se uma carga
elétrica for 3q, a intensidade da força elétrica sobre ela seria 3F; e assim sucessivamente. Dessa maneira, a razão entre a intensi-
F 2F Fn
dade da força elétrica e a carga de prova é constante para um certo ponto P do campo elétrico. Assim,= = = ... = Econstante.
q 2q qn
● Se Q > 0 e q > 0, o campo elétrico tem mesma direção e ● Se Q > 0 e q < 0, o campo elétrico tem mesma direção
sentido da força elétrica. Se a força elétrica é repulsiva, da força elétrica e sentido contrário em relação a essa
de modo a ser orientada para fora da carga q, o campo força. Nesse caso, a força elétrica é atrativa, de modo
elétrico também tem essa orientação. que é orientada para o centro da carga Q, e o campo
elétrico tem orientação para fora da carga q.
E FE
E
+q
–q
FE
+Q
+Q
FÍSICA
EM23_2_FIS_03
EM23_2_FIS_03
284
+q
E -q
FE
E
-Q
-Q
Q
E k
d2
N m2
Em que k é a medida da constante eletrostática do meio 2 .
C
A partir da equação acima, são estabelecidas três relações:
Sendo o módulo do campo elétrico proporcional ao inverso do quadrado da distância entre a carga
e o ponto P, tem-se a seguinte representação gráfica para a variação do campo elétrico em função da
distância:
E (N/C)
E
FÍSICA
E/4
E/9
E/16
EM23_2_FIS_03
EM23_2_FIS_03
d 2d 3d 4d d (m)
EB
Representação esquemática de diferentes cargas puntiformes
posicionadas em torno de um ponto P. (Fora de escala.
Cores‑fantasia.)
Linhas de força
O conceito de campo elétrico foi proposto no século XIX
pelo cientista britânico Michael Faraday (1791-1867). Em
EA sua concepção, todo corpo eletricamente carregado preen-
chia o espaço ao seu redor com o que ele denominou linhas
de força ou linhas de campo elétrico. Embora essas linhas
não tenham sentido físico real, elas representam geometri-
ER camente o campo elétrico.
P
FÍSICA
EM23_2_FIS_03
elétricos para a determinação do campo elétrico resultante. (Fora de os vetores campo elétrico analisam o comportamento do
escala. Cores‑fantasia.) campo elétrico em cada ponto do espaço de maneira indivi-
286
Mais intenso
Menos intenso
Representação das linhas de força que atuam sobre uma carga
elétrica positiva. (Fora de escala. Cores-fantasia.) Representação das diferentes intensidades do campo elétrico
em função da concentração das linhas de força. (Fora de escala.
● As linhas de força se estendem para dentro das cargas ne- Cores‑fantasia.)
gativas, como representado a seguir.
● Quando uma carga positiva e uma carga negativa são colo-
cadas próximas, as linhas de campo se originam na carga
E positiva e se estendem até a carga negativa, como repre-
sentado a seguir.
3
2
E2
Representação do comportamento do vetor campo elétrico em Representação das linhas de campo elétrico em cargas de sinais
relação às linhas de força. (Fora de escala. Cores-fantasia.) opostos e com mesmo módulo. (Fora de escala. Cores-fantasia.)
● A força elétrica (FE ) que atua sobre as cargas de prova tem ● Quando cargas de mesmo sinal são aproximadas, devido à
seu vetor tangente e com orientação variável: se q > 0, o força de repulsão elétrica existente entre elas, as linhas de
vetor tem o mesmo sentido da linha de força, e se q < 0, o campo na região entre as cargas se curvam, de modo que
vetor tem sentido contrário, como representado a seguir. não se tocam, como representado a seguir.
FE Linha de força
Linha de força
FE
FÍSICA
EM23_2_FIS_03
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
Representação das linhas de campo elétrico em cargas de sinais + –
opostos e com módulos diferentes. (Fora de escala. Cores-fantasia.) + –
+ –
● Duas ou mais linhas de campo jamais se cruzam.
σ+ σ-
Até o momento, o campo elétrico foi apresentado em
Representação esquemática de um campo elétrico uniforme gerado
uma configuração na qual o vetor campo elétrico apresen- por duas superfícies eletrizadas. (Fora de escala. Cores-fantasia.)
tava módulos, sentidos e direções diferentes nos pontos
pertencentes ao campo. Em seguida, será apresentada uma Observe que, na região entre as placas, as linhas de
configuração de campo elétrico em que o comportamento campo são todas paralelas e equidistantes e o vetor campo
dos vetores é uniforme. elétrico Eint. tem a mesma característica em todos os pon-
tos, isto é, possui mesma direção e mesmo sentido. Já nas
Campo elétrico uniforme regiões à esquerda da placa positiva e à direita da placa
negativa, os campos elétricos têm a mesma direção, mas
O campo elétrico uniforme é um tipo de campo em que
sentidos opostos. Portanto, na região exterior às placas, o
os vetores campo elétrico têm sempre os mesmos sentido,
campo elétrico resultante é nulo e, na região interior, ele
direção e módulo em todos os pontos. A representação des-
possui módulo constante, caracterizando um fenômeno
se campo é feita por meio de linhas de força paralelas, que
utilizado em alguns dispositivos, como os capacitores, e em
são espaçadas e orientadas uniformemente.
algumas máquinas, como os aceleradores de partículas.
LINHA DE CHEGADA
O estudo do campo elétrico permitiu o desenvolvimento de tecnologias aplicadas em diferentes áreas – como Medicina, Informática e
Engenharia –, bem como promoveu a compreensão do comportamento de determinados animais, como o funcionamento das ampolas
de Lorenzini em tubarões. Com base nas hipóteses levantadas na seção Ponto de partida e nas reflexões sobre os conceitos de eletrostática,
responda ao que se pede.
1. Com base nos elementos que compõem o conceito de campo elétrico, explique como os tubarões conseguem localizar suas presas por
meio das ampolas de Lorenzini.
Espera-se que os alunos relacionem a detecção das presas por meio das ampolas de Lorenzini ao campo elétrico gerado pelas cargas elétricas presente nos animais.
Neste momento, é importante que os alunos utilizem os conceitos de vetor campo elétrico e linhas de força.
2. Alguns peixes apresentam mecanismos de proteção contra predadores, como a capacidade de imitar a coloração do ambiente e de se
esconder sob a areia do fundo do oceano. Por que esses comportamentos podem não apresentar eficácia na proteção contra tubarões?
FÍSICA
Espera-se que os alunos indiquem que o campo elétrico emitido pelos animais é contínuo; logo, ainda que não os localize os peixes por meio dos demais sentidos, o
tubarão é capaz de captar o campo emitido por eles.
EM23_2_FIS_03
EM23_2_FIS_03
288
Fácil
elétrico produzido na região entre duas placas defletoras, com baixo. Pode-se afirmar que a força elétrica atuante sobre ela é:
cargas de sinais opostos. a) nula.
Considere uma carga q = –2 · 10–6 C, de massa desprezível, que se b) para baixo.
encontra em um determinado ponto situado nessa região sob a
ação do campo elétrico. Sabendo que essa carga se encontra sub- c) para cima.
metida a uma força de 15 N para o norte, responda em seu caderno: d) horizontal para esquerda.
a) Quais são as características (módulo, direção e sentido) do e) horizontal para direita.
campo elétrico gerado pela impressora? 2. C6:H21 (UECE-2016) Precipitador eletrostático é um equipamento
b) Caso a carga tivesse mesmo módulo, mas sinal negativo, qual que pode ser utilizado para remoção de pequenas partículas pre-
Fácil
seria a direção e o sentido de seu deslocamento? sentes nos gases de exaustão em chaminés industriais. O princípio
2. O ponto de Lagrange é uma região no espaço em que os campos básico de funcionamento do equipamento é a ionização dessas
gravitacionais dos astros ao seu redor possuem mesmo módulo, e partículas, seguida de remoção pelo uso de um campo elétrico na
qualquer corpo nessa região não sofre a ação de forças de atração região de passagem delas. Suponha que uma delas tenha massa m,
ou repulsão. Em um laboratório de Física, um aluno resolveu reali- adquira uma carga de valor q e fique submetida a um campo elé-
zar um experimento para encontrar o ponto P, análogo ao ponto trico de módulo E. A força elétrica sobre essa partícula é dada por:
de Lagrange, em que o campo elétrico resultante é nulo entre a) mqE.
duas cargas elétricas. Para isso, dispôs as cargas a uma distância mE
de 1 m, conforme a representação abaixo. b) .
q
q1 P q2
q
c) .
E
d) qE.
d1 d2 3. C5:H17 (IFMT-2019) As linhas de força de campo elétrico foram
descobertas pelo físico experimentalista Michael Faraday, no
Fácil
EM23_2_FIS_03
(http://bioquimica.org.br. Adaptado.)
Médio
e) dentro da célula, com intensidade constante. campo elétrico ao seu redor, representado pelos vetores EF e E G,
nos pontos F e G, respectivamente.
5. C5:H17 (FPS-2017) Duas cargas elétricas pontuais de mesmo valor
QA = QB = –10–10 C são fixadas nos vértices A e B do triângulo equilá-
Fácil
a) d)
6. C5:H17 (UEA-2017) Duas cargas elétricas A e B contêm 1,0 coulomb 9. C5:H17 (UEFS-2018) Duas cargas elétricas puntiformes, Q1 e Q2, es-
cada e estão separadas 1,0 metro uma da outra, como mostra a figura. tão fixas sobre uma circunferência de centro O, conforme a figura.
Médio
Fácil
EM23_2_FIS_03
290
Difícil
Considere que apenas a força elétrica e a força peso atuam sobre
a bolinha.
a) 3,5 · 10–2 C. d) 2,5 · 10–3 C.
b) –3,5 · 10–2 C. e) –3,5 · 10–3 C.
c) –2,5 · 10–3 C. Duas cargas puntiformes desconhecidas (Q0, Q1) estão fixas em
11. C5:H17 (UFPR-2022) O comportamento gráfico para o módulo pontos distantes, d0 e d1, do ponto P, localizado sobre a reta que
do campo elétrico E numa dada região do espaço, em função da une as cargas (ver figura). Supondo que, se um elétron é cuida-
Médio
posição x dentro dessa região, é linear e está representado na dosamente colocado em P e liberado do repouso, ele se desloca
figura a seguir. para direita (no sentida da carga Q1), sendo assim, pode-se afirmar
que, se Q0 e Q1:
a) são positivas, então d1 < d0.
b) são negativas, então d0 < d1.
c) têm sinais contrários, Q1 é a carga negativa.
d) têm sinais contrários, Q0 é a carga positiva.
e) têm o mesmo sinal, o campo elétrico resultante em P aponta
para a esquerda.
Considerando as informações apresentadas no enunciado e na 14. C5:H18 (UESB-2017)
figura, assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor
Difícil
quadrado, de modo que |Q1| = |Q2| = |Q3| = |Q4|. As retângulo, conforme mostra a figura. Considerando-se a constante
posições das cargas e seus respectivos sinais estão eletrostática igual a 9,0.109N.m2/C2 e as distâncias a e b, respec-
indicados na figura. tivamente iguais a 5,0cm e 3,0cm, é correto afirmar que o valor
aproximado da intensidade da força resultante sobre a carga Q3,
em kN, é igual a:
a) 0,11. d) 0,17.
b) 0,13. e) 0,19.
c) 0,15.
GABARITO ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de QR Code.
QR Code.
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte a câmera
a câmera para
para um dosoQR
QRCodes
Code ao lado.
3. Oaogabarito
lado paradeste
acessar o gabarito
módulo será ou o solucionário
exibido deste
em sua tela.
módulo.
1 A B C D E 5 A B C D E 9 A B C D E 12 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 6 A B C D E 10 A B C D E 13 A B C D E
3 A B C D E 7 A B C D E 11 A B C D E 14 A B C D E
EM23_2_FIS_03
EM23_2_FIS_03
4 A B C D E 8 A B C D E
291
04/32
A natureza dos raios
Os raios são fenômenos elétricos que permaneceram incompreendidos por muito tempo. Em
1752, Benjamin Franklin propôs a concepção da natureza elétrica desse fenômeno. Para isso, ideali-
zou uma experiência que consistia em pendurar uma pipa de seda com uma ponta de metal a um fio
de algodão úmido e, em seguida, empiná-la durante uma tempestade. Nesse experimento, a outra
extremidade do fio estaria inserida em uma garrafa de Leiden, responsável por armazenar eletricida-
de. Benjamin Franklin acreditava que, se a pipa fosse atingida por um raio, a eletricidade fluiria pelo
fio de algodão até a garrafa, onde seria armazenada. Embora não haja certeza de que esse experi-
mento chegou, de fato, a ser realizado, as hipóteses de Franklin em relação à natureza elétrica dos
raios se mostraram corretas.
1. Com base no texto e em seus conhecimentos prévios, responda: O que são os raios? Por que eles ocorrem? Quais
Potencial elétrico: algumas noções
S6Wigj/Shutterstock
elétrico?
que, caso a atleta solte a massa m, esta vai se mo-
ver se mover espontaneamente de volta ao solo
Para definir potencial elétrico, é possível rea- devido à ação da força gravitacional. Nesse pro-
lizar uma analogia entre algumas características cesso de queda, a energia potencial gravitacional
dos corpos na presença dos campos gravitacio- é convertida em energia cinética.
nais terrestre e elétrico. Considere, por exemplo, O movimento das cargas em um campo elé-
que determinada atleta levanta uma massa (m) trico é, de certo modo, análogo ao movimento de
do solo até certa altura (h). Durante todo o mo- um corpo que se move entre duas posições do
vimento, o campo gravitacional terrestre exerce campo gravitacional terrestre. Por exemplo, se
sobre a massa m uma força vertical para baixo uma carga de prova negativa (q) for colocada na
de módulo P = m · g. Desse modo, para levantá-la região do campo elétrico de uma carga-fonte po-
com velocidade constante, a atleta deve aplicar sitiva (Q), a carga q irá se deslocar em direção à
sobre a massa uma força vertical para cima. carga Q devido à força elétrica de atração, como
Ao deslocar a massa, a atleta precisa gastar representado no esquema a seguir.
determinada quantidade de energia, que está q
armazenada em seus músculos, denominada tri- –
fosfato de adenosina (ATP). Devido ao princípio
da conservação da energia, sabe-se que a energia
não pode ser destruída, apenas transformada de d
uma modalidade em outra. Nesse sentido, o que
Escola Digital
FE
acontece com a energia gasta pela atleta durante
a execução do movimento para elevar a massa?
Essa questão pode ser respondida com base
Q
no fato de a Terra criar ao redor de si um cam-
po gravitacional (g ) que armazena energia. Desse +
EM23_2_FIS_04
EM23_2_FIS_04
9 Exemplo
Potencial elétrico:
Considere um sistema composto de três cargas puntiformes
posicionadas nos vértices de um triângulo equilátero, confor-
carga puntiforme
me exemplificado no esquema a seguir. Assim como o campo elétrico, o potencial elétrico também
é uma propriedade dos pontos no espaço. Desse modo, o po-
q2
tencial elétrico não depende da carga de prova, e sim da car-
ga-fonte. Logo, a fim de calcular o potencial elétrico de uma
FÍSICA
EM23_2_FIS_04
Qq
E k
V PE V d
q q
293
q1 q3
d
Q Q2
VP k
d
Q Q1
● Se Q > 0, VP k . d2
d
Q d1
● Se Q < 0, VP k .
d
As relações apresentadas acima podem ser expressas P
de maneira gráfica por meio de uma curva, como represen-
tado no gráfico seguir.
Representação de um sistema composto de três cargas elétricas
Vp (V) puntiformes. (Fora de escala. Cores-fantasia.)
Vp = V1 + V2 + ... + VN
Q<0
9 Exemplo
Determine o potencial elétrico criado pelo núcleo de um áto-
mo de hidrogênio à distância de 5,3 · 10–11 m e para o núcleo
de um átomo de hélio à mesma distância. Adote para a carga
elementar o valor e = 1,6 · 10–19 C e para a constante eletros-
Gráfico do potencial elétrico em função da distância para cargas
positivas e negativas. tática k0 = 9,0 · 109 N · m2 · C–2.
Aplicando a fórmula para o potencial elétrico do núcleo de
Observe que, se a carga-fonte for positiva (Q > 0), o valor hidrogênio, tem-se:
do potencial elétrico aumenta à medida que o ponto P se k Q
aproxima dela, e diminui à medida que esse ponto se afasta Vhidrogênio
d
dela. Entretanto, se a carga-fonte for negativa (Q < 0), o pro- 9 · 109 1,6 10 19
cesso inverso ocorre: o valor do potencial elétrico diminui à Vhidrogênio
5 , 3 10 11
medida que o ponto P se aproxima da carga, e aumenta à
Vhidrogênio ≈ 27,2 V
medida que ele se afasta dela.
O núcleo do átomo de hélio tem um próton a mais do que o
Em ambos os casos, quando o ponto P está muito dis-
do hidrogênio, portanto:
tante das cargas, o valor potencial elétrico tende a zero. Em
k Q k Q
uma situação ideal, quando d cresce indefinidamente, o va- Vhélio
lor do potencial tende a zero (Vp → 0). Portanto, adota-se o d d
infinito como referencial para o potencial elétrico nulo. 9 · 109 1,6 10 19
Vhélio 2
5 , 3 10 11
Potencial elétrico: sistema Vhélio = 2 · Vhidrogênio = 2 · 27,2
de cargas puntiformes Vhélio = 54,4 V
Também é possível determinar o valor do potencial
Perceba que o potencial elétrico é diretamente proporcional
elétrico em certo ponto P para sistemas com mais de duas
à carga elétrica. Desse modo, como a distância calculada é a
FÍSICA
EM23_2_FIS_04
294
1. Campo elétrico e potencial elétrico são duas grandezas que Para descrever o gasto de energia ao movimentar corpos
uma carga elétrica pode gerar em um ponto P qualquer do entre dois pontos de um campo, utiliza-se uma grandeza es-
espaço. A depender da configuração de cargas de um sis- calar denominada trabalho (τ). Essa grandeza relaciona a
tema, é possível obter no ponto P tanto um campo elétrico
força aplicada sobre um corpo e o deslocamento que ele
nulo como um potencial nulo. Com base nessas informações,
construa um sistema de cargas em que: sofre, e é expressa algebricamente por:
a) o campo elétrico seja nulo em um ponto do espaço, mas τ = F · d · cos θ
o potencial elétrico não seja nulo.
b) o potencial elétrico seja nulo em um ponto do espaço, Em que τ é a medida do trabalho (J), F é a medida da intensi-
mas o campo elétrico não seja nulo. dade da força (N), d é a medida do deslocamento (m) e θ é a
c) tanto o potencial elétrico como o campo elétrico sejam medida do ângulo que a força resultante forma em relação
nulos em um mesmo ponto do espaço. ao vetor deslocamento.
Registre suas respostas. Para que ocorra deslocamento de cargas elétricas em
um campo elétrico, por exemplo, é necessário que uma for-
Esta seção objetiva a aplicação, por meio de representações
esquemáticas, dos conceitos de campo elétrico e potencial elétrico,
ça atue sobre elas e que certa quantidade de energia seja
pois, embora sejam conceitos distintos, nem sempre são gasta no movimento. Como as cargas elétricas têm massa
compreendidos desse modo. Organize os alunos em grupos e realize a muito pequena, a força-peso que atua sobre elas é des-
resolução da situação-problema em sala. Após a finalização da
considerada. Portanto, a única força que interfere em sua
atividade, solicite aos grupos que compartilhem os esquemas feitos
por eles e expliquem a estratégia de resolução. movimentação é a força elétrica, seja por atração, seja por
repulsão.
EPE = q · V
EM23_2_FIS_04
Diferença de potencial em
ção do potencial elétrico, por meio da qual pode ser obser-
vado que pontos com mesmo potencial elétrico devem estar
campo elétrico uniforme posicionados a uma mesma distância da carga-fonte.
Considere que em uma região de campo elétrico unifor- Linhas de força
me está inserida uma carga puntiforme q. Em determinado
momento, essa carga, por meio de uma força elétrica, des-
loca-se de um ponto A para um ponto B, como representado
no esquema a seguir.
Superfícies
equipotenciais
q Fe
A B
τFE = q · E · d
Superfícies
equipotenciais
Com base na relação apresentada, define-se que a equa-
ção da diferença de potencial elétrico para o campo elétrico
qE d
uniforme é: U FE U . Então:
q q
FÍSICA
U=E·d
EM23_2_FIS_04
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
+ –
LINHA DE CHEGADA
O Brasil, hoje, é o país com maior incidência de raios no mundo. Estima-se que atualmente haja mais de 70 milhões de incidência por ano.
Para que esse fenômeno elétrico ocorra, são necessárias condições favoráveis, como elevadas temperaturas, altitude, umidade do ar e
quantidade de nuvens. Considerando o caso em que os raios saem das nuvens em direção ao solo, responda às questões a seguir.
1. Explique o processo de formação de um raio. Qual é a relação entre esse fenômeno e a diferença de potencial?
Na questão 1, espera-se que os alunos indiquem que as nuvens são formadas por átomos e que, em razão do atrito que estes sofrem com o ar, elas ficam eletrizadas.
Além disso, eles devem explicar que, devido à diferença de potencial entre as cargas da nuvem e as cargas do solo, ao campo elétrico das cargas e às forças elétricas
envolvidas, há deslocamento das cargas da nuvem em direção ao solo, o que forma o raio.
FÍSICA
EM23_2_FIS_04
Fácil
elétricos, que assumem diferentes configurações. Observe a figura se movimentar com velocidades impressionantes. Essas cargas
a seguir, que ilustra algumas linhas de diferentes superfícies em aparecem em situações cotidianas, quando menos se espera. Por
uma região de campo elétrico, gerada ao redor de uma carga exemplo, ao se movimentar rapidamente em dia muito seco e,
elétrica puntiforme negativa. em seguida, ao tocar a maçaneta metálica da porta de um carro,
é possível observar um fenômeno eletrostático.
A respeito da eletricidade, analise as assertivas a seguir:
N
I. Basicamente, os átomos são constituídos de um núcleo con-
tendo prótons carregados, nêutrons neutros e elétrons leves
que orbitam o núcleo em altas velocidades. Tanto os prótons
quanto os nêutrons possuem a mesma grandeza de carga,
M que é 8,85 · 10–12 C.
II. A energia potencial elétrica é a energia armazenada em
campos elétricos. Em um capacitor de placas paralelas, as
linhas de campo do campo elétrico saem das cargas negati-
vas em direção às cargas positivas, então, uma carga positiva
X abandonada entre essas placas adquire energia potencial
movendo-se entre elas.
Y III. A lei de Coulomb fornece a grandeza da força elétrica entre
duas cargas. Embora a força seja uma grandeza vetorial,
quando as cargas possuem o mesmo sinal, interpretamos
Sabendo que os pontos M, N, X e Y estão situados na região sob a força entre elas como positiva, significando que elas se
influência desse campo, faça uma avaliação sobre as afirmativas repelem. Se as cargas possuírem sinais opostos, a força entre
abaixo, apresentando uma justificativa, caso a afirmação seja falsa. elas é interpretada como negativa, indicando que há uma
I. O potencial elétrico no ponto X é maior que no ponto M. atração entre elas.
II. O campo elétrico é menos intenso no ponto Y, quando se Em relação às assertivas analisadas, assinale a única alternativa
compara àquele gerado no ponto N. correta:
III. O ponto M apresenta o mesmo potencial elétrico que o a) I e III apenas.
ponto N. b) II apenas.
IV. O trabalho realizado pela força elétrica, no transporte de uma c) II e III apenas.
carga de prova positiva (+q), inserida na região, de Y até M é d) III apenas.
negativo.
2. C6:H20 (UPF-2022) Em eletricidade, é considerado essencial o
2. Considere a ilustração a seguir, de uma carga puntiforme positiva, estudo do movimento de cargas elétricas sob efeito de campos
de intensidade Q = + 4 µC, que gera uma região de campo elétrico
Fácil
energia potencial elétrica necessária para que ela se desloque a figura a seguir, é igual a
até o ponto A.
EM23_2_FIS_04
EM23_2_FIS_04
298
I E Imagem de Marte obtida a partir do telescópio espacial Hubble. Foto:
+ – Nasa.
+ – http://blogs.diariodonordeste.com.br/diariocientifico/astronomia/
marte-esta-na-menor-distancia-da-terra-desde-2010/ (adaptado)
+ –
II III a) zero d) –1x109
+ –
b) –1x10 6
e) 1x106
+ – c) 1x10 9
+ – 7. C5:H17 (UNIPÊ-2019)
IV
+ –
+ – Médio
+ –
A
Uma partícula de massa desprezível e carga positiva adquire a
maior energia potencial elétrica possível se for colocada no ponto:
a) I B
b) II
c) III 25V 20V 15V 10V 5V 0V
d) IV
A figura mostra as superfícies equipotenciais de um campo elé-
5. C5:H18 (PUC-Rio-2022) Considere um sistema inicial composto trico uniforme, em que uma carga q = 6 μC se desloca do ponto
de, apenas, duas partículas carregadas eletricamente, fixas em A ao ponto B.
Fácil
suas posições, que apresenta energia potencial elétrica positiva Nessas condições, o trabalho realizado pela força elétrica sobre a
de 15 mJ. A partir desse arranjo inicial, traz-se uma terceira partí- carga, nesse deslocamento, em joule, é igual a:
cula, carregada com carga não nula, desde o infinito, que passa a
a) 6.10–5 d) 3.10–5
compor um novo sistema de três partículas fixas.
A energia potencial eletrostática desse novo sistema b) 5.10–5 e) 2.10–5
a) será maior que 15 mJ se a terceira partícula tiver carga de c) 4.10 –5
mesmo sinal que as outras duas. 8. C5:H18 (FCMSCSP-2022) Uma esfera metálica homogênea, de raio
b) será menor que 15 mJ se a terceira partícula tiver carga de 30 cm e eletricamente isolada, foi eletrizada até que seu potencial
Médio
mesmo sinal que as outras duas. elétrico atingisse o valor de 3,0 × 105 V, considerando-se nulo o
potencial no infinito. Após a eletrização, faz-se contato dessa
c) será maior que 15 mJ se a terceira partícula tiver carga de sinal
esfera com outra esfera idêntica, inicialmente neutra e também
oposto ao das outras duas.
eletricamente isolada. Considerando a constante eletrostática
d) será 15 mJ. igual a 9 × 109 N · m2/C2, a quantidade final de carga elétrica em
6. C5:H17 (CESUMAR-2017) A menor distância entre a Terra e o plane- excesso em cada esfera, depois do contato, é de
ta Marte foi registrada em agosto de 2003: “apenas” 55,7 milhões a) 8,0 μC. d) 1,0 μC.
Médio
de quilômetros. Em julho de 2018, em plena Copa do Mundo b) 10,0 μC. e) 2,0 μC.
da Rússia, haverá uma nova superaproximação: 57,6 milhões de
quilômetros. Se, em julho de 2018, uma carga de – 6,4x106 C fosse c) 5,0 μC.
distribuída uniformemente sobre a superfície de Marte por algum 9. C5:H18 (FGV-2021) Uma esfera metálica oca, cujo raio da super-
evento astronômico improvável, qual seria o valor do potencial fície externa é R, está eletrizada com carga positiva e localizada
Médio
elétrico, em volts, produzido sobre a superfície da Terra devido no vácuo. Considere o ponto X, localizado no centro da esfera, e
a essa carga? Considere nulo o potencial elétrico criado por essa dois pontos, Y e Z, localizados fora da esfera e distando, respec-
carga no infinito. tivamente, R e 3R da superfície externa da esfera. Adotando-se o
Dado: k0 = 9x109 N · m2 · C–2. potencial elétrico como nulo a uma distância infinita da esfera e
FÍSICA
EM23_2_FIS_04
Difícil
uma circunferência de raio r e centro C, em uma região onde a cons- aresta R, conforme mostra a figura abaixo.
tante eletrostática é igual a k0, conforme representado na figura.
a uma distância de d = 1,0 m uma da outra. As locali- objetos carregados eletricamente depende do meio no qual
zações A e B estão a 40 cm e 60 cm da origem onde se eles estão localizados.
encontra a carga q1. Qual o valor da diferença de potencial, em (2) As forças de interação eletrostática entre duas cargas formam
volts, entre os pontos A e B, VB – VA? um par de ação e reação e, portanto, tem módulos iguais,
mesma direção e sentidos contrários; logo, irão se anular.
(3) Numa região onde existe um campo elétrico uniforme, con-
forme figurado abaixo, abandona-se, em repouso, no ponto
a) 10,0 d) 80,0 A, uma partícula de carga elétrica q = –5e. Sendo o módulo
b) 30,0 e) 120,0 do campo elétrico igual a 5 N/C e a distância entre os pontos
A e B igual a 40 cm, pode-se afirmar que quando a partícula
c) 50,0
atingir o ponto B, sua energia cinética será igual a 10 eV.
12. C5:H18 (ITA-2021) Três esferas metálicas maciças E1, E2
e E3, feitas de um mesmo material e de raios R1, R2 e R3,
Difícil
1 A B C D E 5 A B C D E 9 A B C D E 12 A B C D E
2 A B C D E 6 A B C D E 10 A B C D E 13 A B C D E
3 A B C D E 7 A B C D E 11 A B C D E
EM23_2_FIS_04
4 A B C D E 8 A B C D E
300
A.RICARDO/Shutterstock
Você pode se perguntar: Como os skatistas dominam manobras tão complexas?
No caso do ollie, por exemplo, o esportista, ao mesmo tempo, bate a parte traseira da
prancha do skate (tail) até tocar o chão, enquanto salta e tira as rodas traseiras do chão,
arrastando o pé até a parte frontal (nose) para que o skate caia na superfície com as
quatro rodas juntas. De fato, é possível concluir que os atletas precisam empregar as leis
físicas para realizar tais manobras e não cair do skate.
Com base no que foi apresentado e em seus conhecimentos prévios, responda à questão a seguir.
1. Como a Física explicaria o salto ollie realizado pelos atletas?
Esta seção tem o objetivo de desenvolver as habilidades EM13CNT101, EM13CNT204 e EM13CNT301 da BNCC. Para isso, o
esporte skate é apresentado como objeto de investigação e levantamento de hipóteses a respeito das possíveis
explicações físicas para as manobras realizadas. Espera-se que os alunos relacionem as manobras com os movimentos
estudados em Cinemática, com os conceitos de equilíbrio e com as forças exercidas sobre os corpos. Caso necessário,
faça uma retomada em conjunto com os alunos dos conceitos envolvidos na Estática.
ssa Leal
Imagem da esportista Ray
uio 2020.
nos Jogos Olímpicos de Tóq
O que é força?
Leis de Newton:
A força é a grandeza que altera o estado de movimento de um corpo, variando sua velocidade e,
consequentemente, sua aceleração. Dessa maneira, ao aplicar uma força sobre um corpo, ele pode ini-
ciar um movimento, ser posto em repouso, ter sua direção alterada ou simplesmente ser deformado.
descobrindo
Considere, por exemplo, a situação que, devido à ação de uma força, um corpo em repouso inicia
um movimento
e passa a se mover com determinada velocidade, direção e sentido. Isso ocorre porque
a força (F ) é uma grandeza vetorial, assim, as condições do movimento do corpo, após sua aplicação,
as forças
dependem do seu módulo, da sua direção e do seu sentido.
Por ser um agente que produz ou modifica um estado de movimento, a força é especialmente
abordada na Dinâmica, pois nessa área o movimento e suas causas são considerados na investigação,
e não somente o movimento, como ocorre na Cinemática.
Forças fundamentais
As forças fundamentais, responsáveis pelos fenômenos da natureza, são classificadas em: força
gravitacional, força eletromagnética, força nuclear forte e força nuclear fraca.
A força gravitacional é do tipo atrativa e atua entre partículas com massa. Apesar de ser conside-
rada a força menos intensa entre os quatro tipos, ela tem um alcance que tende ao infinito, sendo o
maior entre as forças. É responsável, por exemplo, por manter os satélites artificiais e a Lua em órbita.
A força eletromagnética, também com longo alcance e com intensidade maior que a força gravitacio-
nal, atua sobre partículas eletrizadas, fazendo com que elas se atraiam ou sejam repelidas. Um exemplo
são os elétrons que orbitam os prótons e que, juntos, fazem parte dos átomos que constituem a matéria.
A força nuclear forte, como o próprio nome sugere, é a que tem maior intensidade, porém tem
Escola Digital
curto alcance. Ela atua nas partículas formadoras de prótons e nêutrons, que constituem o núcleo
atômico. Sem ela, haveria repulsão entre os prótons presentes no núcleo e, com isso, os átomos não
conseguiriam se formar, o que resultaria na não existência de matéria.
A força nuclear fraca, diferentemente do que sugere seu nome, não tem a menor intensidade,
EM23_2_FIS_05
contudo, tem o menor alcance entre as quatro forças. Ela atua sobre as partículas que compõem os
elétrons, os prótons e os nêutrons, sendo responsável pelo decaimento radioativo, ou seja, sem ela
não ocorreriam, por exemplo, as reações de fusão nuclear no Sol, responsáveis pela energia necessá- FÍS
ria para a existência de grande parte da vida na Terra. 301
udaix/Shutterstock
F1
permanece em repouso,
como no caso de pontes sultante, obtém-se a soma vetorial das n forças
e prédios. atuantes sobre o corpo. Assim:
• Equilíbrio dinâmico:
ocorre quando a FR F1 F 2 F 3 ... Fn
força resultante
sobre um corpo é
nula e sua velocidade É importante notar que, quando a força
vetorial é não nula e resultante é não nula, ou seja, diferente de zero, F2
constante ao longo ela produz variações na velocidade do corpo.
do
tempo (F R =0 e Todavia, há situações em que a somatória de
v constante 0), logo, todas
as forças atuantes sobre um corpo é nula
o corpo encontra-se em ( F 0). Nesse caso, diz-se que o corpo está
movimento retilíneo
uniforme (MRU), como em equilíbrio.
no caso dos carros que Um método para organizar e analisar as forças
FÍSICA
EM23_2_FIS_05
caixa.
caixa para mantê-la em repouso.
Leis de Newton
fundamental da dinâmica
(F = m · a) adequada a
essas circunstâncias. A
Os primeiros estudos sobre as causas dos movimentos foram feitos no período de 384 a.C. teoria da relatividade
a 322 a.C. pelo filósofo Aristóteles, que acreditava que o repouso era um estado natural de um também determina que a
objeto e, para que ele se mantivesse em movimento, dependeria da ação contínua de uma força. velocidade da luz no vácuo
é limite para a transmissão
Somente no século XVI essa ideia foi refutada com os estudos experimentais de Galileu Galilei de qualquer informação e,
(1564-1642), que percebeu a tendência natural dos corpos em manter o estado de repouso ou de portanto, é equivocada a
movimento retilíneo uniforme na ausência da ação de forças. Essa constatação permitiu com- simultaneidade da atuação
preender a propriedade dos corpos conhecida como inércia. entre forças de campo a
longa distância, presumida
No entanto, somente no século XVII as investigações sobre este tema foram sistematizadas. pelo princípio da ação e
O responsável foi o físico Isaac Newton (1643-1727), que publicou, em 1687, na sua obra intitu- reação, sendo necessário
lada Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, três importantes leis que regem os fenômenos certo tempo para a
propagação da interação.
físicos relacionados aos movimentos e que se tornaram a base da Mecânica Clássica.
Com isso, Einstein mostrou
Primeira Lei de Newton uma brecha nas leis de
Este conteúdo é abordado nas questões
1, 2 e 10 da seção Enem e vestibulares. Newton, contudo, são
Desenvolvendo a ideia proposta por Galileu, Newton pôde enunciar sua elas as utilizadas para
primeira lei, também conhecida como princípio da inércia, da seguinte descrever os movimentos
dos corpos na experiência
maneira: cotidiana.
stock
sobre ele.
EM23_2_FIS_05
EM23_2_FIS_05
tem-se que: Por que um skate se movimenta? Por que dói quando as
FR F1 (F 2 F 3 ) m a pessoas esbarram em algum objeto? Como é possível se loco-
mover? Essas são perguntas que podem ser respondidas pelo
FR F1 F 2 F 3 m a
princípio da ação e reação, enunciado da seguinte maneira:
Assim, a atua na direção horizontal e com sentido para
a direita. Para toda força de ação que um corpo A exerce sobre
um corpo B, este também exerce sobre A uma força de
9 Exemplo
reação de mesma natureza, direção e módulo, mas em
Suponha que dois trabalhadores precisam transportar um sentido oposto.
caixote de massa mA = 300 kg sobre um carrinho de massa
mB = 30 kg, e que, para isso, eles apliquem forças de mesma Isso significa que, toda vez que dois corpos interagem
intensidade. Um deles puxa o carrinho por uma haste entre si, seja por meio de forças de contato ou de campo,
formando um ângulo α = 45° com a horizontal, e o outro eles exercem simultaneamente,
um sobre o outro, forças de
empurra o caixote horizontalmente e com sentido para a mesma natureza F A e FB que constituem um par de forças, ou
esquerda, como no esquema a seguir. um par ação-reação.
Um exemplo de forças de ação e reação é o caso do mo-
Heavypong/Shutterstock
EM23_2_FIS_05
305
Os métodos mais comuns para conseguir a pressão que impulsiona o foguete são a utilização de uma solução de vinagre com
bicarbonato de sódio e de uma bomba de compressão de ar. Discuta com seu professor qual método utilizar em seu lançamento.
Realize o lançamento onde não tenha perigo de atingir pessoas, animais ou causar acidentes. É muito importante que a base seja
adequadamente fixada no chão. Mantenha uma distância segura do foguete ao realizar o lançamento.
● Relatório de observação e tomada de dados Esta seção tem o objetivo de desenvolver as habilidades
EM13CNT101, EM13CNT204 e EM13CNT301 da BNCC. Para
Ferramentas: balança, cronômetro e fita métrica. isso, é proposta a construção de um foguete que seja
I. Com o auxílio da balança, meça a massa do seu foguete antes do lançamento. lançado e analisado com base nos conceitos de força e
movimento, retomando também os conceitos do
II. No lançamento, tenha em mãos o cronômetro e meça o tempo de voo.
lançamento oblíquo. Esse experimento pode ser realizado
III. Após o foguete tocar o solo, meça a distância percorrida por ele com a fita métrica. em forma de projeto interdisciplinar com as aulas de
Química, explorando proporções e soluções adequadas à
IV. Explique como o princípio da ação e reação atua no lançamento do foguete. propulsão.
V. Calcule a aceleração do foguete por meio da expressão da função horária do deslocamento para o movimento retilíneo
uniformemente variado.
VI. Esboce o diagrama de corpo livre com as forças que atuam no foguete e explique como elas agem para que ocorra o lançamento.
VII. Determine a força resultante que atuou no lançamento do foguete.
LINHA DE CHEGADA
Rayssa Leal viralizou na internet após um vídeo dela, aos 7 anos de idade, ser compartilhado por Tony Hawk, o skatista mais conhecido do
mundo. Hoje, a skatista já acumula, entre outros títulos, duas medalhas do Campeonato Mundial de Skate e uma medalha olímpica, que é
uma de suas maiores conquistas no esporte.
Além da pouca idade e da roupa de fadinha que vestia, a manobra que a atleta realizou sobre uma escada no vídeo que a deixou popular na
internet foi a heelflip. Nessa manobra o skatista utiliza um dos pés para saltar como em um ollie e, com o outro, chuta o nose (a extremidade
do skate) com o calcanhar para realizar a rotação do skate, como ilustra o esquema a seguir.
Lopris/Shutterstock
FÍSICA
1. Retomando a questão da seção Ponto de Partida e empregando os conceitos das leis de Newton discutidos neste módulo, explique em seu
EM23_2_FIS_05
EM23_2_FIS_05
caderno as relações entre força e movimento para Esta seção tem o objetivo de retomar a questão da seção Ponto de Partida, para que os alunos, após o
estudo do módulo, possam manter, modificar ou refutar as hipóteses elaboradas para as interações
a) a realização da manobra ollie
físicas nas manobras de skate. A resposta é pessoal, mas espera-se que os alunos analisem a situação
306
b) a realização da manobra heelflip. proposta, identifiquem as forças e as organizem em um diagrama de forças, por fim, relacionando
esses dados com as três leis de Newton.
carregando um objeto. A figura a seguir representa as forças das explicações da Lei da Inércia, que corresponde à
coplanares e de mesmo módulo F aplicadas por elas sobre o objeto.
a) 1ª Lei de Ohm. d) 2ª Lei de Newton.
b) 2ª Lei de Ohm. e) 3ª Lei de Newton.
EM23_2_FIS_05
EM23_2_FIS_05
c) 1ª Lei de Newton.
307
aplicando uma força horizontal F ao primeiro carrinho da fila, que d) Quando um corpo de massa m exerce uma força F sobre um
por sua vez empurra o segundo carrinho da fila, que por sua vez corpo de massa 2m, o segundo corpo exerce sobre o primeiro
empurra o terceiro carrinho da fila e assim sucessivamente até o uma força igual a 2F, uma vez que sua massa é maior.
último carrinho. Desprezando todos os atritos e considerando a
e) Quando um corpo gira com velocidade angular constante, a
superfície horizontal, a força aplicada ao último carrinho da fila é
força que atua sobre ele é nula.
a) F. c) F/N.
9. C6:H20 (UFRGS-2017) Aplica-se uma força de 20 N a um corpo de
b) NF. d) FN.
massa m. O corpo desloca-se em linha reta com velocidade que
Médio
4. C6:H20 (UEMG-2016) ‘’Kimbá caminhava firme, estava chegando. aumenta 10 m/s a cada 2 s.
Parou na porta do prédio, olhando tudo. Sorriu para o porteiro. O Qual o valor, em kg, da massa m?
Fácil
elevador demorou.’’
a) 5. d) 2.
EVARISTO, 2014, p. 94.
b) 4. e) 1.
Ao ler o texto, dois candidatos fizeram as seguintes afirmações: c) 3.
Candidato 1: Kimbá caminhava firme, mas diminuiu sua velocidade,
pois estava chegando. Enquanto ele parava, a força resultante e
10. C5:H17 (Enem-2017) Em uma colisão frontal entre dois automóveis,
a força que o cinto de segurança exerce sobre o tórax e abdômen do
a aceleração de Kimbá tinham a mesma direção e sentido, mas
Médio
motorista pode causar lesões graves nos órgãos internos. Pensando
sentido contrário à sua velocidade.
na segurança do seu produto, um fabricante de automóveis realizou
Candidato 2: Kimbá parou em frente à porta do prédio. Nessa testes em cinco modelos diferentes de cinto. Os testes simularam
situação, a velocidade e a aceleração dela são nulas, mas não a força uma colisão de 0,30 segundo de duração, e os bonecos que
resultante, que não pode ser nula para manter Kimbá em repouso. representavam os ocupantes foram equipados com acelerômetros.
Fizeram afirmações CORRETAS: Esse equipamento registra o módulo da desaceleração do boneco
a) Os candidatos 1 e 2. em função do tempo. Os parâmetros como massa dos bonecos,
b) Apenas o candidato 1. dimensões dos cintos e velocidade imediatamente antes e após o
impacto foram os mesmos para todos os testes. O resultado final
c) Apenas o candidato 2.
obtido está no gráfico de aceleração por tempo.
d) Nenhum dos dois candidatos.
5. C5:H18 (FCMSCSP-2021) Em 1687, em sua famosa obra Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural, o físico inglês Isaac Newton
Fácil
ampère (A), mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Outras unidades,
chamadas derivadas, são obtidas a partir da combinação
destas. Por exemplo, o coulomb (C) é uma unidade derivada, e
a representação em termos de unidades básicas é 1 C = 1 A.s. A
unidade associada a forças, no SI, é o newton (N), que também
é uma unidade derivada. Assinale a alternativa que expressa
corretamente a representação do newton em unidades básicas.
a) 1 N = 1 kg.m/s². d) 1 N = 1 kg/s.
b) 1 N = 1 kg.m2/s². e) 1 N = 1 kg.m².
c) 1 N = 1 kg/s².
FÍSICA
8. C6:H20 (UPF-2019) Sobre as leis da Mecânica, é correto afirmar: Sabendo que o ângulo entre o vetor força de módulo B e o eixo x,
a) Quando uma força horizontal de valor variável e diferente de horizontal, é igual a 30°, determine o instante de tempo em que a
Médio
zero atua sobre um corpo que desliza sobre uma superfície força resultante vertical sobre o míssil é nula.
EM23_2_FIS_05
EM23_2_FIS_05
Difícil
12. C5:H17 (UDESC-2017) Em uma bola pesada são respectivamente, a dois blocos A e B, de mesma massa
conectadas duas cordas, como mostra a Figura 3. m, que se encontram sobre uma superfície horizontal
Difícil
Considere as duas cordas iguais e as seguintes sem atrito. A força FB forma um ângulo θ com a horizontal, sendo
situações: sen θ = 0,6 e cos θ = 0,8.
I. Um puxão rápido na corda inferior fará com que ela se parta.
II. Um puxão lento na corda inferior fará com que a corda superior
se parta.
Difícil
d) A bola tem muita energia.
em contato apenas com o bloco A (ver figura). As
e) A inércia da bola. massas dos blocos A e B valem respectivamente 12 kg
e 6,0 kg. Quanto vale, em newtons, a força de contato entre os
13. C6:H20 (UEA) Um bloco de massa m1, inicialmente em
blocos? Despreze a resistência do ar.
repouso, recebe a ação exclusiva de uma força F
Difícil
1 A B C D E 5 A B C D E 9 A B C D E 13 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 6 A B C D E 10 A B C D E 14 A B C D E
3 A B C D E 7 A B C D E 11 A B C D E 15 A B C D E
4 A B C D E 8 A B C D E 12 A B C D E
EM23_2_FIS_05
EM23_2_FIS_05
309
06/32 Localizado na área centro-sul de Belo Horizonte, o bairro Mangabeiras é um local que recebe turistas
o ano todo para ver, entre seus diferentes pontos turísticos, a rua Professor Otávio Coelho Magalhães,
mais conhecida como Rua do Amendoim. Essa rua chama a atenção desde o final dos anos 70, quando
ocorria a pavimentação do bairro. Nesse período, os operários desligaram as máquinas e as estaciona-
ram na Rua do Amendoim. O que eles não esperavam observar é que, ao tirar o pé do freio, mesmo a
rua aparentando ser um declive, as máquinas sozinhas pareciam subi-la em vez de descê-la.
Na tentativa de explicar o que motiva esse fenômeno, alguns moradores e turistas acreditam que
pode haver alta concentração de minérios imantados na região, o que originaria um tipo de mag-
netismo responsável por mover os carros desligados ou em ponto morto. No entanto, será essa a
explicação real para a ocorrência do fenômeno ou há outra explicação física para ele?
Andrevruas/W.Commons
Com base no texto apresentado e em seus conhecimentos prévios, responda às questões a seguir
elaborando hipóteses e discutindo-as com os colegas.
1. Como é possível explicar o fenômeno natural dos carros descerem uma ladeira quando estão
em ponto morto? O que se observa na Rua do Amendoim ocorre também em pelo menos oito
pontos do Brasil e 20 países ao redor do mundo. Como você explicaria o fenômeno que faz com
que os carros subam em vez de descer a ladeira?
Esta seção tem o objetivo de desenvolver, por meio da textualidade e oralidade, as habilidades EM13CNT101 e
EM13CNT301 da BNCC. Na questão, espera-se que os alunos verbalizem elementos como a ação da força gravitacional em
suas respostas, com base em seus conhecimentos prévios e no estudo das forças de campo no módulo anterior. É possível
que eles tragam elementos relacionados à força-peso, conceito que será desenvolvido ao longo deste módulo. Poderão
surgir hipóteses variadas, inclusive algumas relacionadas à força magnética, como sugere o texto de abertura. No
entanto, podem ser levantadas outras hipóteses que expliquem o fenômeno, o qual ocorre devido ao relevo da região e
cria uma ilusão de ótica natural, o que faz com que a descida seja percebida como uma subida.
oim.
Imagem da Rua do Amend
atuam: interação
Centro da Fg = P
ssss
terra
Escola Digital
sss
ss submetido, com base na Segunda Lei de Newton (F = m · a), define-se
a força-peso, em módulo, como:
Representação esquemática P=m·g
de um corpo sob a ação da
EM23_2_FIS_06
EM23_2_FIS_06
Centro da
N
sss
terra
s ss
N N'
que representa o valor da inércia de N'
um corpo, ou seja, representa a di-
FÍSICA
EM23_2_FIS_06
onde eles estejam localizados. corpo em repouso em uma superfície horizontal. (Cores-fantasia. Fora de escala.)
FN = 55 N com os alunos o esquema vetorial. mento, a força de atrito é necessária em algumas situações
Note que a igualdade da força-peso com a força normal para que os corpos se movam. Por exemplo, quando uma
ocorre somente em casos em que o corpo tem aceleração pessoa caminha, os pés empurram o chão para trás. Em de-
nula e está sobre uma superfície horizontal. Em outros ca- corrência da Terceira Lei de Newton, esta ação irá gerar uma
EM23_2_FIS_06
EM23_2_FIS_06
sos, é preciso fazer uma análise vetorial das forças aplicadas força de reação, no caso para frente, do chão para o pé. Dessa
sobre o corpo e determinar suas intensidades com base na maneira, o atrito possibilita que as pessoas se locomovam, o
312
decomposição dessas forças. que torna possível variar a rapidez e a direção do passo.
A
contato e da intensidade da força normal exercida por uma
S/
L
TA
Força de
GI
superfície sobre a outra. Assim, pode-se estabelecer que o
DI
atrito
E
SA
módulo da força de atrito não depende da área de contato
entre as superfícies.
Representação esquemática ampliada das superfícies de diferentes
materiais em contato, o que dificulta o movimento.
HABILIDADES NA PRÁTICA
Atrito na prática
Materiais: objeto com, pelo menos, 1 kg; barbante; tesoura.
Passo a passo: a atividade deve ser realizada em grupo.
I. Apoie o objeto sobre uma superfície lisa e horizontal, como sua carteira.
II. Amarre o barbante no objeto. Deixe uma extremidade do barbante livre para que o objeto possa ser puxado e arrastado.
III. Puxe o objeto horizontalmente por meio da extremidade livre do barbante, até que ele saia do estado de repouso e se movimente
pela superfície. Repita esse passo para diferentes intensidades de força.
Após realizar as etapas do passo a passo, responda à questão a seguir.
1. Em qual das situações foi necessária a aplicação de uma força com maior intensidade: quando o objeto ainda estava parado ou quando
ele começou a se mover? Por que isso ocorre?
O objetivo desta seção é abordar de maneira prática e introdutória os tipos de atrito. Espera-se que os alunos, com a elaboração de hipóteses, indiquem que a
intensidade da força aplicada foi maior ao puxar o objeto em repouso, e diminuiu quando o objeto iniciou o movimento.
Com base na atividade anterior, foi possível perceber que, dependendo do estado de movimento do objeto, é necessário
aplicar uma força de menor ou maior intensidade para movê-lo. Essa relação pode ser explicada por conta do atrito está-
tico e do atrito dinâmico exercidos pelas superfícies de contato.
Atrito estático
Considere o exemplo do livro em repouso sobre a super- atrito estático (não tem unidade de medida), e N é a medida
fície de uma mesa. Para movê-lo, é necessário exercer uma da intensidade da força normal (N).
força horizontal que seja superior ao módulo da força de
atrito, ou seja, enquanto o objeto estiver em repouso, a for-
A força de atrito estático tem sentido contrário à ten-
ça aplicada e a força de atrito se equilibram. Por exemplo,
dência do movimento e pode variar sua intensidade de
considerando que o somatório das forças atuantes no livro zero até seu valor máximo, ou seja, 0 ≤ Fate ≤ Fatemáx.
é igual a zero, se for aplicada uma força de 1 N sobre o ob-
jeto e ele se manter em repouso, a força de atrito também É possível explicar o funcionamento das
Atrito de rolamento
tem intensidade igual a 1 N. rodas com e sem tração, e demonstrar os
sentidos do atrito nas diferentes rodas.
Contudo, caso a intensidade da força aplicada continue
Quando um corpo redondo rígido rola sobre uma super-
aumentando, a força de atrito estático também terá sua in-
fície horizontal (também rígida) e cada ponto da periferia
tensidade aumentada, até atingir seu valor máximo no qual
FÍSICA
EM23_2_FIS_06
Fatemáx. = µe · N
a velocidade resultante seja nula. Dessa maneira, como não
Em que Fatemáx. é a medida da intensidade da força má- há velocidade de escorregamento entre o corpo e a superfí-
313
xima de atrito estático (N), µe é a medida do coeficiente de cie, o atrito existente entre eles é necessariamente estático.
P θ
Iminência de
movimento Representação esquemática das forças que atuam sobre
Fatemáx. um bloco em um plano inclinado sem atrito.
Com isso, tem-se, em módulo, que:
Px = P · sen θ e Py = P · cos θ
Note que, com base nas equações apresentadas, é pos-
Fatd
Movimento sível determinar que:
o
us
P x = FR e P y = N
po
Re
inclinado.
para as superfícies e diferentes configurações para as for- Em que a é a medida da aceleração do bloco (m/s2), g é a
ças nesses casos. medida da aceleração da gravidade (m/s2), e θ é a medida do
Para identificar e compreender as variadas situações em ângulo entre a superfície inclinada e a superfície horizontal.
EM23_2_FIS_06
EM23_2_FIS_06
● Corpo em movimento
Para esse corpo, como há deslizamento, o atrito deixa
de ser estático e torna-se dinâmico. Dessa maneira, encon-
tram-se as seguintes relações:
Px
I. Movimento com velocidade constante
Fatd = Px
Py θ
II. Movimento de descida com aceleração
P θ F R = Px – Fatd e a = g · (sen θ – µd · cos θ)
Representação esquemática das forças que atuam sobre um bloco Observe que há diferentes configurações em que um
em iminência de movimento em um plano inclinado com atrito.
corpo pode estar submetido sobre um plano inclinado. Para
Dessa maneira, tem-se: que elas possam ser analisadas corretamente e com maior
facilidade, é fundamental utilizar o diagrama de forças e as
Fatemáx. = Px = P · sen θ e N = Py = P · cos θ
leis de Newton.
LINHA DE CHEGADA
Na seção Ponto de partida deste módulo, foi apresentada a Rua do Amendoim, que pode ser caracterizada como uma Gravity ou Magnetic
hill (ladeira gravitacional ou magnética). Essas são regiões em que há a sensação visual de os corpos estarem subindo quando, na verdade,
estão descendo, o que dá a percepção de atração para o topo do lugar. Isso ocorre devido a um conjunto de fatores que inclui a obstrução
visual do horizonte, a existência de um declive e a presença de planícies elevadas na região. Esses elementos, em conjunto, produzem uma
ilusão de ótica, o que faz com que a descida seja percebida como uma subida.
1. Com base no que foi exposto acima e no que foi apresentado neste módulo, faça o diagrama de forças para um carro que esteja descendo
uma ladeira e explique por que eles realizam esse movimento se colocados em ponto morto.
que os carros subam em vez de descer a ladeira?”. Oriente os alunos para que
comparem as hipóteses levantadas no primeiro momento com o que eles
responderão agora.
Por fim, se achar pertinente, exiba o vídeo indicado no QR Code ao lado, o qual
EM23_2_FIS_06
EM23_2_FIS_06
Fácil
2. O sistema de freios ABS (Anti-lock Braking System) representa um dos de uma mesma altura, o mais pesado chegaria mais rápido
importante equipamento de segurança presente em veículos. ao solo. Essa ideia está apoiada em algo que é difícil de refutar, a
Quando o pedal do freio é acionado, esse dispositivo exerce a observação direta da realidade baseada no senso comum.
função de impedir o travamento das rodas de um veículo em Após uma aula de física, dois colegas estavam discutindo
uma situação de frenagem, no instante em que ele se encontra sobre a queda dos corpos, e um tentava convencer o outro de
na iminência do deslizamento, o que diminui a distância de fre- que tinha razão:
nagem. Observe, a seguir, dois gráficos da relação entre a força Colega A: “O corpo mais pesado cai mais rápido que um menos
de atrito (FAt) de interação dos pneus com a pista, em função da pesado, quando largado de uma mesma altura. Eu provo, largando
pressão (p) aplicada sobre o pedal de freio. uma pedra e uma rolha. A pedra chega antes. Pronto! Tá provado!”.
Gráfico 1 Colega B: “Eu não acho! Peguei uma folha de papel esticado
FAt (N) e deixei cair. Quando amassei, ela caiu mais rápido. Como isso é
possível? Se era a mesma folha de papel, deveria cair do mesmo
jeito. Tem que ter outra explicação!”.
HÜLSENDEGER, M. Uma análise das concepções dos
alunos sobre a queda dos corpos. Caderno Brasileiro
de Ensino de Física, n. 3, dez. 2004 (adaptado).
O aspecto físico comum que explica a diferença de comportamen-
to dos corpos em queda nessa discussão é o(a)
a) peso dos corpos. d) densidade dos corpos.
p (N/m2)
Gráfico 2 b) resistência do ar. e) aceleração da gravidade.
FAt (N) c) massa dos corpos.
2. C6:H20 (PUC-Rio-2022) Uma bola, quando disparada na Terra com
um ângulo de 45 graus em relação ao solo e com uma velocidade
Fácil
a) Faça o diagrama de forças do sistema. Sob a posse da fruta, colocou na balança para obter sua massa,
que
foi de 4000 g. Com base no texto acima, qual a força peso (P) desta
fruta no Planeta Júpiter, no SI?
Adote g = 26 , 5 m/s2
EM23_2_FIS_06
EM23_2_FIS_06
a) 106 N d) 200 N
b) 250 N e) 80 N
316
c) 39,24 N
Médio
Fácil
que atua(m) no carrinho de supermercado, nos instantes imedia- rodas não travem em freadas bruscas, evitando, assim, o desliza-
tamente após o impulso (empurrão): mento dos pneus sobre o pavimento e a consequente perda de
aderência do veículo ao solo.
a) O esquema da situação A está adequado ao fenômeno físico
descrito.
b) O esquema da situação B está adequado ao fenômeno físico
descrito.
c) O esquema da situação C está adequado ao fenômeno físico
descrito.
d) O esquema da situação D está adequado ao fenômeno físico
descrito.
e) O esquema da situação E está adequado ao fenômeno físico
descrito. (jeep.com.br)
6. C5:H18 (CEDERJ-2020) Sobre uma mesa parada se encontra um
Imagine um veículo como o da figura, equipado com freios ABS,
livro e sobre esse repousa um caderno. Considerando as forças (em
carregado e com massa total de 1 600 kg, distribuída igualmente
Médio
Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$ 1,00? c) 9 600 N e 0,4 para esta massa do veículo e estes pneus apenas.
a) 0,04 N d) 4 800 N e 0,8 para esta massa do veículo e estes pneus apenas.
b) 0,05 N e) 4 800 N e 0,6 para esta massa do veículo apenas, mas para
EM23_2_FIS_06
EM23_2_FIS_06
e) 0,14 N
Após certo tempo de trabalho, as mercadorias recolhidas ocupam B está sendo solicitado por uma força horizontal F, conforme o
quatro carrinhos, interligados pelas correntes I, II e III para facilitar desenho abaixo.
a locomoção, como ilustra a imagem. Ao deslocar os carrinhos, o Os coeficientes de atrito estático entre o bloco A e o bloco B é 0,3
funcionário exerce uma força F de intensidade igual a 8 N. e do bloco B e o solo é 0,2.
A intensidade da força horizontal |F| aplicada ao bloco B nas con-
dições abaixo, capaz de tornar iminente o movimento é:
Dados: cos θ = 0,6
sen θ = 0,8
Difícil
mA = 30 kg e mB = 40 kg, sobre um carrinho de massa
medir a aceleração de um sistema. Um acelerômetro
Difícil
1 A B C D E 4 A B C D E 7 A B C D E 10 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 5 A B C D E 8 A B C D E 11 A B C D E
3 A B C D E 6 A B C D E 9 A B C D E 12 A B C D E
EM23_2_FIS_06
318
Vladimir Sukhachev/Shutterstock
A Física na academia
Nas academias, pode-se encontrar uma máquina multifuncio-
nal utilizada para realizar exercícios que abrangem diferentes
partes do corpo, conhecida como crossover. Ela é composta de
07/44
duas partes iguais que contêm, basicamente, suporte para a
mão, polias fixas e móveis, cabos inextensíveis, placas metáli-
cas em repouso que proporcionam resistência quando aplicada
uma força sobre elas, haste metálica responsável por prender
as placas que se deseja elevar e outra haste metálica na qual é
posicionado o componente que contém a polia fixa.
Ao analisar somente uma das partes do aparelho, percebe-se
que, para seu correto funcionamento, apenas um cabo passa
por toda essa parte da máquina. Esse cabo começa no supor-
te utilizado para tracioná-lo, estende-se em direção a uma polia
fixa, passa por um sistema de polias móveis, em que estão lo-
calizadas as placas metálicas, e termina no componente fixo
que contém o suporte para a tração.
Uma vantagem desse aparelho é que, devido ao deslocamento da polia fixa na haste metálica verti-
cal, é possível exercitar tanto os músculos superiores quanto os inferiores. O crossover torna-se, assim,
uma opção para as pessoas que não se sentem confortáveis ao utilizar a modalidade de peso livre.
Com base no que foi apresentado no texto e em seus conhecimentos prévios, responda às questões a seguir
outras aplicações
movimento. No entanto, nesse momento, possivelmente eles trarão as próprias concepções prévias. Nesse caso, discuta os conceitos
envolvidos de maneira introdutória. Também espera-se que os alunos entendam a relação entre a tração e a transmissão da força aplicada e
que eles respondam que o cabo deve ser inextensível para não prejudicar a transmissão da força e o movimento correto do exercício.
Força de tração
A grandeza vetorial conhecida como força de N N
tração ou de tensão é uma força de contato trans-
mitida por uma corda, um cabo ou outro meio
T2 T1 F
físico capaz de tracionar, tensionar ou puxar ou-
tros corpos, como exposto no esquema a seguir.
Assim, quando um corpo é tracionado, significa SAE DIGITAL S/A
que foi aplicada uma força na extremidade do fio
com o qual ele está em contato. P P
SAE DIGITAL S/A
Por causa da força aplicada na extremidade atuantes para que, com base na Segunda Lei de
da corda, as caixas começam a se movimentar Newton e na força resultante, seja possível deter-
sobre uma superfície com atrito desprezível. minar o módulo da força de tração. FÍS
Observe a representação dessa situação a seguir. 319
retilíneo uniforme descida, ele apresenta aceleração com mesmo sentido do mo-
vimento e realiza um movimento acelerado. A pessoa dentro
Para elevadores em repouso ou em movimento retilíneo dele fica submetida à ação de uma força resultante no mesmo
uniforme, de acordo com a Segunda Lei de Newton, tem-se que: sentido da força-peso, o que faz com que a força normal per-
cebida seja menor e, consequentemente, o valor exibido na
F 0 N P a 0 balança também seja menor. Portanto, para esse caso:
Polias
As polias, também conhecidas como roldanas, são dis-
positivos mecânicos comumente utilizados para elevar um
corpo verticalmente, pois conferem vantagens mecânicas
para o movimento de objetos com massa elevada. Para isso,
são compostas de rodas que giram em torno de um mesmo
eixo com espaço para a passagem de uma corda ou um fio,
P que, neste módulo, são considerados inextensíveis e com
Representação esquemática das forças envolvidas no repouso ou no massa desprezível.
movimento retilíneo uniforme de um elevador. (Fora de escala.) Uma polia pode ser utilizada de modo fixo ou móvel,
Movimento acelerado
conforme o objetivo pretendido. Analise, a seguir, o que
muda em cada configuração.
Ao iniciar o movimento de subida de maneira acelerada,
o elevador faz uma força com sentido também para cima, Polia fixa
o que faz com que uma pessoa em seu interior comprima
FÍSICA
EM23_2_FIS_07
P
F= T=
Representação esquemática das forças envolvidas em um corpo 2
sendo suspenso por uma corda e uma polia fixa. (Fora de escala.)
De acordo com a Segunda Lei de Newton, como durante Com base nas relações anteriores, define-se que:
a elevação do corpo a velocidade é constante, ou seja, a ace-
As polias móveis têm a função de reduzir a intensidade
leração é nula, a força resultante que atua sobre
esse corpo da força necessária para mover o corpo.
também é nula. Com isso, determina-se que T P 0, ou seja:
T =P
HABILIDADES NA PRÁTICA
Como o sistema está em equilíbrio, pode-se, ainda, deter-
minar que a força F aplicada pela mulher sobre o corpo tem a 1. A fim de facilitar o deslocamento dos corpos, muitas vezes
mesma intensidade que a força de tração e, consequentemen- utiliza-se uma associação de polias fixas e móveis. Por exem-
te, que a força-peso. Assim: plo, considere que uma mulher fez a associação de uma polia
fixa no teto e uma polia móvel para elevar, com velocidade
constante, um corpo de massa m. Com base nesse caso,
F= T= P responda às questões a seguir.
a) Por que a associação das polias é uma escolha melhor
Com base nas relações apresentadas anteriormente, de-
do que as utilizar separadamente?
fine-se que:
O objetivo da seção Habilidades na prática desta página é que os
As polias fixas têm a função de variar a direção e o sentido alunos indiquem que a polia fixa tem a função de alterar a direção e o
sentido da força, a fim de elevar o corpo por meio da força aplicada
da força aplicada sem alterar, no entanto, sua intensidade. para baixo na corda, e que a polia móvel tem a função de diminuir o
módulo da força aplicada. Assim, a associação entre as duas é uma
Nesse caso, mesmo que a força aplicada por meio da polia opção melhor do que utilizá-las separadamente.
fixa tenha a mesma intensidade que a força exercida para le-
vantar um corpo diretamente com as mãos, ao utilizar a polia, b) Em seu caderno, desenhe o sistema e insira a força-peso
tem-se como vantagem a facilidade de posicionar esse corpo e a força de tração, assim como os respectivos valores em
no local desejado. cada trecho da corda.
Polia móvel
Considere agora a situação em que uma mulher deseja Talha exponencial
elevar, com velocidade constante, um corpo com massa m Esse sistema consiste em uma associação de polias mó-
e, para isso, utiliza uma polia móvel, a qual tem um eixo livre veis com apenas uma polia fixa. Por exemplo, considere um
que a possibilita executar movimentos de rotação e trans- conjunto composto de uma polia fixa e três polias móveis,
lação. Do mesmo modo que na polia fixa, atuam sobre o como representado no esquema a seguir. Ao exercer uma
corpo a força de tração e a força-peso ao suspendê-lo, como força para elevar, com velocidade constante, um corpo de
demonstrado no seguinte diagrama de forças: massa m, tem-se o seguinte diagrama de forças:
P P P
8 4 2
P P
P 8 8
F F=
8 P
P
4
4
SAE DIGITAL S/A
P
T T P
SAE DIGITAL S/A
2
FÍSICA
2
2T P
m m
P
EM23_2_FIS_07
EM23_2_FIS_07
P
Representação esquemática das forças envolvidas em um corpo
Representação esquemática das forças envolvidas em um corpo sendo suspenso por uma corda, uma polia fixa e três polias móveis.
321
sendo suspenso por uma corda e uma polia móvel. (Fora de escala.) (Fora de escala.)
40
20
O L0
10
Esticada
Fel
3 6 12 x (m)
F
Gráfico da força elástica em função da deformação.
O x L
Observe que, com base nos pontos da reta, é possível
FÍSICA
EM23_2_FIS_07
rio um sistema que utiliza três caixas (1, 2 e 3), uma mesa e
EM23_2_FIS_07
x = 0,57 m
323
Indicador
de escala
Escala
Gancho
Quando não há a presença de forças, a mola fica em seu P
estado natural. No entanto, se for exercida uma força, essa
Quando o sistema estiver em equilíbrio, tem-se Fel = P e,
mola será deformada e a intensidade dessa força será indi-
assim, determina-se o peso do corpo de acordo com o valor
cada na escala.
indicado na escala. Com base nesse valor, é possível deter-
Comumente, o dinamômetro é utilizado para medir o minar a massa do corpo.
peso e a massa dos corpos. Por exemplo, considere que um
LINHA DE CHEGADA
Na seção Ponto de partida, foram apresentados alguns elementos do aparelho crossover, os quais têm a explicação de seu funcionamento
com base em alguns conceitos da Física. Nesse momento, foram levantadas hipóteses sobre a função das polias fixas e móveis, assim como
a característica dos cabos utilizados na máquina crossover.
Agora, retome as hipóteses que você elaborou no início deste módulo e compare-as com os conceitos desenvolvidos ao longo do módulo:
Elas estavam corretas? Se sim, explique aos colegas como você elaborou essa hipótese e, se não, explique em que sua hipótese divergiu
do que foi apresentado neste módulo. Por fim, discutam sobre como é possível relacionar o aparelho crossover com a força de tração, com
a força-peso, com a força elástica e com as polias.
Esta seção tem o objetivo de resgatar as hipóteses elaboradas na seção Ponto de partida para que os alunos possam confirmá-las ou refutá-las de acordo com os conceitos
apresentados neste módulo. Para isso, promova uma discussão em que toda a turma possa participar, de modo que todos os alunos exponham as próprias hipóteses, além da
resolução do problema proposto. Espera-se que eles embasem a discussão nos conteúdos dos módulos anteriores, como as leis de Newton e a força-peso, além de utilizarem
os conceitos de forças e elementos estudados neste módulo. Para isso, é possível exibir um vídeo em que uma pessoa esteja realizando algum exercício com o uso do
crossover, como o chamado “crucifixo”. A partir do que for observado, solicite aos alunos que, em conjunto, desenhem o diagrama das forças relacionadas ao aparelho e à
pessoa durante a realização do exercício.
FÍSICA
EM23_2_FIS_07
EM23_2_FIS_07
324
a) Suponha que você faça parte do grupo de estudantes. fiscalização nesses equipamentos, especialmente em relação à
Assim, determine a constante elástica da mola utilizada no superlotação. A partir desse fato, um professor de Física resolve
procedimento. explorar o tema em sala de aula e apresenta aos alunos a seguinte
situação: um homem de massa 70 kg está apoiado numa balança
b) Caso as duas esferas fossem conectadas à mola ao mesmo calibrada em newtons no interior de um elevador que desce à
tempo, qual seria a deformação sofrida por ela? razão de 2 m/s². Considerando g = 10 m/s², pode-se afirmar que a
2. Para garantir o bom funcionamento de um elevador e a se- intensidade da força indicada pela balança será, em newtons, de:
gurança dos usuários, devem ser cumpridas algumas regras a) 560.
e recomendações, por exemplo, o respeito ao limite de peso,
b) 840.
como na placa a seguir.
c) 700.
AVISO
d) 140.
e) 480.
3. C5:H18 (EEAR-2020) Uma mola está suspensa verticalmente
CARGA MÁXIMA próxima à superfície terrestre, onde a aceleração da gravidade
DO ELEVADOR
Fácil
Com base nas informações apresentadas no aviso anterior e no elástica k = 9,0 N/m, quantas bolinhas é preciso acrescentar à
enunciado, qual deve ser o módulo da força de tração máxima cesta para que a mola estique exatamente 5 cm?
que pode ser aplicada sobre o cabo que sustenta esse elevador,
no intervalo de tempo em que ele se desloca com velocidade a) 1
EM23_2_FIS_07
EM23_2_FIS_07
d) 10
Médio
Fácil
de massa M. Se o mesmo motor foi usado em um sistema de duas ilustra uma situação em que uma caixa de 10,0 kg é levantada
roldanas, como ilustrado na figura à direita, com a mesma força F a partir do repouso. Uma força de tração constante de módulo
ele será capaz de erguer uma massa igual a T = 180 N é aplicada na extremidade da corda que faz um ângulo
θ com a horizontal. Considere que a corda é ideal e desliza sem
atrito na roldana. Sabe-se que sen(θ) = 0,600 e cos(θ) = 0,800. A
aceleração da gravidade é g = 10,0 m/s2. Qual é a aceleração de
subida da caixa?
a) M/2.
g
b) M.
c) 2M.
d) 4M. T
elevador x
←
.
← piso
a Desenho Ilustrativo-Fora de Escala
a) 800 N e 16 cm.
b) 400 N e 8 cm.
desenho ilustrativo-fora de escala c) 600 N e 7 cm.
d) 800 N e 8 cm.
a) 160 N e) 950 N e 10 cm.
b) 640 N
FÍSICA
c) 800 N
d) 960 N
e) 1600 N
EM23_2_FIS_07
EM23_2_FIS_07
326
Difícil
9. C5:H18 (Unesp-2016) Algumas embalagens trazem, gulo de inclinação de 30° em relação à horizontal, sobre
impressas em sua superfície externa, informações sobre a qual um bloco de 5 kg de massa desliza sem atrito.
Difícil
a quantidade máxima de caixas iguais a ela que podem Também não há atrito entre a plataforma e o chão, de modo que
ser empilhadas, sem que haja risco de danificar a em- poderia haver movimento relativo entre o sistema e o solo.
balagem ou os produtos contidos na primeira caixa da pilha, de Entretanto, a plataforma é mantida em repouso em relação ao
baixo para cima. Considere a situação em que três caixas iguais chão por meio de uma corda horizontal que a prende ao ponto A
estejam empilhadas dentro de um elevador e que, em cada uma de uma parede fixa. A tração na referida corda possui módulo de:
delas, esteja impressa uma imagem que indica que, no máximo,
seis caixas iguais a ela podem ser empilhadas.
25 25
a) N. d) N.
6 2 4
b) 25 N. 25
e) 3 N.
6 c) 25 3 N. 2
Difícil
alunos. Ele puxa um bloco de 400 kg a partir do repou-
Suponha que esse elevador esteja parado no andar térreo de um so, aplicando sobre a corda uma força constante de
edifício e que passe a descrever um movimento uniformemente 350 N, como mostra a figura a seguir.
acelerado para cima. Adotando g = 10 m/s², é correto afirmar que O sistema é constituído por fios inextensíveis e duas roldanas, to-
a maior aceleração vertical que esse elevador pode experimentar, dos de massa desprezível. Existe atrito entre a superfície horizontal
de modo que a caixa em contato com o piso receba desse, no e o bloco. Os coeficientes de atrito estático e de atrito cinético são
máximo, a mesma força que receberia se o elevador estivesse 0,30 e 0,25, respectivamente.
parado e, na pilha, houvesse seis caixas, é igual a
a) 4 m/s². d) 6 m/s².
M
b) 8 m/s². e) 2 m/s².
c) 10 m/s².
10. C5:H17 (UDESC-2018) Os blocos de massa m1 e m2 estão Com base no que foi exposto, é CORRETO afirmar que:
conectados por um fio ideal, que passa por uma polia (1) a força de tração no fio ligado ao bloco é de 1 400 N.
Difícil
ideal, como mostra a Figura 2. Os blocos, que possuem (2) o bloco adquire uma aceleração de 2,0 m/s².
a mesma massa de 4,0 kg, são liberados do repouso com
(3) apenas três forças atuam sobre o bloco: o peso, a força de
m1 a meio metro da linha horizontal. O plano possui inclinação de
atrito e a tração.
30° com a horizontal. Todas as forças de atrito são desprezáveis.
(4) a força resultante sobre o bloco é de 400 N.
(5) a força mínima que o professor deve aplicar sobre a corda
para movimentar o bloco é de 290 N.
Soma ( )
Figura 2
GABARITO ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
Assinale a alternativa que corresponde ao valor aproximado do
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de
tempo para m1 atingir a linha horizontal. 1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de QR Code.
QR Code.
a) 0,32 s d) 0,95 s 2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte a câmera
a câmera para
para um dosoQR
QRCodes
Code ao lado.
3. Oaogabarito
lado paradeste
acessar o gabarito
módulo será ou o solucionário
exibido deste
em sua tela.
b) 0,16 s e) 0,47 s módulo.
c) 0,63 s
1 A B C D E 4 A B C D E 7 A B C D E 10 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 5 A B C D E 8 A B C D E 11 A B C D E
3 A B C D E 6 A B C D E 9 A B C D E
EM23_2_FIS_07
EM23_2_FIS_07
327
08/32
A física nos exames de sangue
Exames de sangue são realizados para investigar problemas de saúde. Após o sangue ser retirado
do corpo, ele parece uma mistura homogênea; no entanto, ao analisar microscopicamente a compo-
sição dele, percebe-se que, na verdade, é uma mistura heterogênea. O sangue é composto de plasma
(55%), de hemácias (44%) e de plaquetas e leucócitos (1%), e cada um desses elementos fornece di-
ferentes dados para análise.
Em exames bioquímicos, a depender do que precisa ser analisado, separa-se a
k
/Shutterstoc
parte líquida da parte sólida do sangue pelo método de centrifugação. Por exem-
plo, para a análise do plasma sanguíneo, realiza-se a coleta de uma amostra de
sangue em um tubo a vácuo que contém anticoagulante e coloca-se essa amos-
rld
Connect wo
tra em um aparelho que rotaciona em alta velocidade, o qual pode atingir 4 000
rotações por minuto.
Após a centrifugação, os componentes do sangue ficam concentrados em
diferentes partes do tubo de ensaio: o plasma (parte líquida) fica na parte su-
perior, os leucócitos e as plaquetas, no meio e as hemácias, na parte inferior
do tubo. Por fim, com base nos dados obtidos das análises, pode-se iniciar um
tratamento para o paciente, se necessário.
ndo
amostras se
Imagem de ra se paração dos
as pa
centrifugad
do sangue. Com base no que foi apresentado no texto e em seus conhecimentos prévios, responda às
componentes
questões a seguir elaborando hipóteses.
1. Como o processo de centrifugação separa os diferentes componentes do sangue? Que outros eventos do cotidiano
Como as forças atuam:
Esta seção tem o objetivo de desenvolver as habilidades EM13CNT101 e EM13CNT301 da BNCC. Para isso, é apresentado, de maneira
introdutória, o processo de centrifugação como tema de reflexão para o levantamento de hipóteses a respeito da atuação de forças em
movimentos circulares. Nesta questão, espera-se que os alunos retomem e relacionem os conceitos de densidade, movimento circular e força.
Pode-se citar como exemplo a centrifugação de roupas nas máquinas de lavar, que separa a água das roupas. A situação-problema desta seção
pode ser analisada e resolvida em grupos. Nesse contexto, é possível solicitar aos alunos que compartilhem suas hipóteses com os colegas.
Força centrípeta
nt
F2
e
Movim
m m
F1
Quando um objeto realiza uma trajetória F3
circular, diz-se que ele está realizando um movi-
O v
mento circular. Considere, por exemplo, um obje-
to de massa m preso a um fio no qual está sendo Representação esquemática de um objeto em
aplicada uma força F para girar o objeto em uma movimento circular.
trajetória circular vertical. Com base no exemplo anterior, é possível
Caso o fio se rompa, a força deixará de atuar, afirmar que, quando um corpo realiza um mo-
e o objeto seguirá uma trajetória retilínea na di- vimento circular, mesmo que sua velocidade es-
reção em que o vetor velocidade estava atuando calar seja constante, o movimento é acelerado
no momento anterior ao rompimento. Contudo, devido à mudança de direção da velocidade. Essa
quando o fio não se rompe, a força aplicada deve aceleração sempre aponta para a direção radial e
ser mantida durante todo o movimento para que tem sentido para o centro de rotação. De acordo
a velocidade mude sua direção e continue reali- com o princípio fundamental da dinâmica, para
zando uma trajetória circular. que um corpo que realiza um movimento circular
Escola Digital
EM23_2_FIS_08
v
Representação esquemática das acelerações
no movimento circular.
Representação esquemática das forças envolvidas no sistema Terra-Lua. (Fora de escala.)
Com base na Segunda Lei de
Newton, é possível representar alge- Perceba que, durante o movimento da Lua, o vetor velocidade muda conti-
bricamente as forças centrípeta e tan- nuamente de direção devido à força gravitacional exercida sobre o astro, o que
gencial, respectivamente, como: o mantém em órbita. Com isso, determina-se que nesse caso a força resultante
centrípeta é igual em módulo à força gravitacional exercida pela Terra.
Fcp = m · acp e F T = m · aT No sistema Sol-Terra, o mesmo acontece, o que faz com que a Terra orbite o
FÍSICA
Sol continuamente.
Sabe-se que o módulo da acelera-
ção centrípeta (a cp) depende da veloci- Corpo tracionado
EM23_2_FIS_08
EM23_2_FIS_08
HABILIDADES NA PRÁTICA
1. Um carro, principalmente quando está em alta velocidade, pode derrapar durante uma curva. Para que isso não aconteça, a velocidade
do carro deve estar dentro de determinado limite, conhecido como velocidade linear máxima. Ao encontrar as forças envolvidas no
movimento, é possível utilizar a Segunda Lei de Newton e os conceitos de movimento circular para definir a equação utilizada para
que o módulo da velocidade máxima seja determinado. Dessa maneira:
a) Com base nas forças envolvidas no movimento de um carro b) Quais fatores influenciam o módulo da velocidade máxima e
durante uma curva plana, determine a equação utilizada para quais fatores não interferem nesse valor? Explique.
definir o módulo da velocidade máxima. Explique textual e
Na questão b, espera-se que os alunos analisem a equação determinada na
algebricamente o passo a passo escolhido por você. questão a e percebam que o módulo da velocidade máxima é influenciado
Esta seção tem o objetivo de aplicar os conceitos da Segunda Lei de Newton e do pelo coeficiente de atrito, pelo raio da curva e pela aceleração da
movimento circular em uma situação-problema abordada com frequência ao estudar gravidade. A massa do veículo não influencia a velocidade máxima.
dinâmica do movimento circular. É possível resolvê-la em grupos, que depois podem
compartilhar suas respostas com os outros alunos. Na questão a, espera-se que os
alunos analisem as forças envolvidas, a fim de que percebam quais são equivalentes
em módulo e, com base nisso, apliquem os conceitos do movimento circular para
determinar a velocidade máxima por meio da equação v2 = μ · g · R.
EM23_2_FIS_08
R
P Fcp Representação esquemática das forças atuantes no sistema quando
ele se encontra na parte inferior do globo.
FÍSICA
v
Nesse caso, a intensidade da força resultante centrípeta,
Representação esquemática das forças que atuam sobre um
pêndulo cônico. definida como a soma de todas as intensidades das forças
que atuam na direção radial e sentido para o centro da cir-
EM23_2_FIS_08
EM23_2_FIS_08
vmín. R g
Lombadas e depressões
R
P
Assim como os globos da morte, as lombadas e depres-
sões também podem ser analisadas a partir da dinâmica
Representação esquemática das forças atuantes no sistema quando do movimento circular para o plano vertical. Ao passar por
ele se encontra nas laterais do globo. uma lombada, os veículos iniciam um movimento circular.
De acordo com a definição, entende-se que a força resul- Assim, um carro com massa m, ao passar por uma lombada
tante centrípeta é igual a: de raio R, fica submetido a uma força resultante centrípeta
vertical e com sentido orientado para baixo, para o centro
Fcp = N da circunferência, conforme o esquema a seguir.
Ponto mais alto do globo N
Nesse momento, as forças peso e normal atuam sobre
v
o sistema moto-motociclista com a mesma direção vertical
e com o mesmo sentido orientado para baixo. Observe o
esquema a seguir, que representa essa situação. Fcp
P
R
N
SAE DIGITAL S/A
P
Fcp Representação esquemática de um carro passando por uma lombada.
Nesse caso, como a força centrípeta aponta para baixo,
a força normal tem menor intensidade que a força-peso; por
R
isso, tem-se a sensação de que os corpos são mais “leves” ao
realizar esse movimento. Algebricamente, a intensidade da
força resultante centrípeta é expressa como:
Representação esquemática das forças atuantes no sistema quando Fcp = P – N
ele se encontra na parte superior do globo.
De acordo com a definição, entende-se que a força resul- Quando um corpo passa em uma depressão, também
tante centrípeta é igual a: ocorre um movimento circular. Porém, nesse caso, a resul-
tante centrípeta tem sentido para cima e direção vertical.
Fcp = N + P No esquema a seguir, é possível analisar essa situação.
Ao analisar os esquemas anteriores, perceba que, quanto
maior o módulo da velocidade do sistema moto-motociclista, R
maior é a compressão que ele faz sobre o globo, o que resul-
N
ta em uma força normal com maior intensidade.
Fcp
Já no caso contrário, quando o sistema diminui o módu- v
lo da velocidade, a compressão sobre o globo é menor, o que
resulta na diminuição da intensidade da força normal. Nessa
situação, para que o sistema moto-motociclista não caia, a P
diminuição do módulo da velocidade pode ocorrer até deter-
Representação esquemática de um carro passando por uma depressão.
minada situação-limite, em que as rodas da moto estão em
FÍSICA
contato com o globo, mas na iminência de perder esse contato. Note que, como a força centrípeta aponta para cima,
Nesse momento, a força normal é nula e só resta a força-peso a força normal tem maior intensidade que a força-pe-
atuando no sistema, fazendo com que a intensidade da força so; por isso, ao passar por uma depressão, tem-se a sen-
sação de que somos pressionados no assento do veículo.
EM23_2_FIS_08
EM23_2_FIS_08
Fcp = N – P
Rotor
F at
Os rotores são elementos constituídos de um cilindro oco de raio R e que
giram em torno do próprio eixo de rotação vertical. Para exemplificar seu funcio-
namento, considere que, dentro do rotor, há uma pessoa em pé, em contato com
o chão e encostada na parede interna. R N P
Quando esse rotor começa a girar com velocidade angular constante, pode-se
considerar que os pés da pessoa não precisam tocar a superfície inferior para
que a pessoa permaneça na posição vertical. Observe no esquema a seguir as
forças atuantes no sistema rotor-pessoa.
Perceba que, no rotor em movimento, a força normal é igual à força centrípe-
ta (Fcp = N), e a força de atrito, em decorrência da velocidade angular, será igual à
força-peso (Fat = P). Dessa maneira, garante-se que o sistema fique em equilíbrio
Representação esquemática das forças
vertical e que o objeto que estiver dentro de um rotor fique preso à sua parede aplicadas sobre uma pessoa dentro de
sem escorregar. um rotor em rotação.
LINHA DE CHEGADA
Na seção Ponto de partida, foram desenvolvidas hipóteses a respeito da centrifugação feita em exames de sangue. Esse processo envolve
misturas heterogêneas compostas de líquidos e sólidos de diferentes densidades que são inseridos em uma máquina de rotação. Os
materiais de maior densidade ficam na parte inferior dos tubos rotacionados, enquanto os de menor densidade ficam na parte superior.
Além da área de análises clínicas, esse processo pode ser utilizado no processamento de alimentos, como ocorre na produção de leite e
derivados, em que a centrifugação pode produzir leite desnatado e nata a partir do leite integral.
Com base nos conteúdos apresentados no texto e neste módulo, responda às questões a seguir.
1. Analise suas hipóteses sobre o processo de centrifugação elaboradas na seção Ponto de partida. Que elementos de sua explicação estavam
corretos? Há algum elemento que não estava correto? Caso haja, explique-os.
Esta seção tem o objetivo de desenvolver as habilidades EM13CNT101 e EM13CNT301 da BNCC. Para isso, são retomadas as questões da seção Ponto de partida, a fim de
que os alunos possam analisar as hipóteses levantadas anteriormente para afirmar ou retificar os possíveis conceitos com base no estudo sobre a dinâmica de
movimentos circulares. As questões 1 e 2 têm respostas de caráter pessoal.
2. Que informações desenvolvidas ao longo do módulo podem ser inseridas em suas hipóteses para que elas fiquem de modo que sua ex-
plicação fique cientificamente completas?
FÍSICA
3. Ainda sobre o processo de centrifugação das amostras de sangue, como é possível classificar a máquina que realiza esse processo? Explique.
EM23_2_FIS_08
EM23_2_FIS_08
Na questão 3, espera-se que os alunos identifiquem a centrífuga de amostras de sangue como um rotor, uma vez que ela rotaciona em torno do próprio eixo para separar
dentro do tubo os elementos do sangue com diferentes densidades.
333
Jovanovic Dejan/Shutterstock
R P
P
N
lhor solução que os engenheiros responsáveis pela revitalização plano horizontal, em movimento circular de raio 5,0 m. Em dado
do circuito encontraram para que os pilotos consigam atingir intervalo de tempo, o movimento é circular e uniforme, de perío-
velocidades maiores e possam realizar ultrapassagens, diante da do 3,0 s. Nessa situação, qual é o módulo da aceleração a que o
inviabilidade de estender a pista. astronauta está submetido? Considere π = 3,0 nos seus cálculos e
motorsports Photographer/Shutterstock
EM23_2_FIS_08
b) T = 2,0 h. d) T = 4,0 h.
Médio
Fácil
a Física de maneira divertida. Um deles é a base giratória usada exigem muito da condição física dos pilotos. Capaz de atingir uma
para explicar situações nas quais as grandezas físicas se relacionam velocidade máxima de 2 400 km/h, o Gripen possui autonomia de
no movimento circular. 1 300 km quando completamente carregado de armas e 4 000 km
sem armas. Durante os testes para pilotar o Gripen, os pilotos
brasileiros foram submetidos a acelerações centrípetas 9 vezes
maior do que a aceleração da gravidade.
(Adaptado) Pilotos do Brasil lideram combate aéreo pela 1.ª vez com
Gripen, novo caça do país. Disponível em: <http://g1.globo.com/
mundo/noticia/pilotos-do-brasil-lideram-combate-aereo-pela-1-vez-
com-gripen-novo-caca-do-pais.ghtml>. Acesso em 06 de mar. 2017.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. superfície da Lua, enquanto seu colega Michael Collins permane-
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. ceu a bordo do módulo de comando Columbia em órbita lunar.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. Considerando que o Columbia estivesse em uma órbita perfei-
tamente circular a uma altitude de 260 km acima da superfície
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. da Lua, o tempo decorrido (em horas terrestres - h) entre duas
5. C6:H20 (UPE-2016) Em um filme de ficção científica, uma nave espa- passagens do Columbia exatamente acima do mesmo ponto da
cial possui um sistema de cabines girantes que permite ao astronau- superfície lunar seria de
Fácil
b) 2mRω2 e) 8mRω2
c) mRω2/2 R
6. C6:H20 (EEAR-2019) Uma criança gira, no plano horizontal, uma
pedra com massa igual a 40 g presa em uma corda, produzindo
Fácil
EM23_2_FIS_08
b) 12 d) 36
de raio R. Prevendo situações como essa, em que o atrito 12. C6:H20 (EEAR-2021) Uma aerovia é definida como um
dos pneus com a pista praticamente desaparece, a pista conjunto de trajetórias possíveis utilizadas por aviões.
Difícil
é construída com uma sobre-elevação externa de um ângulo α Em viagens internacionais é comum o avião utilizar
como mostra a figura. A aceleração da gravidade no local é g. trajetórias circulares durante o deslocamento no cha-
R carro visto mado voo de cruzeiro. Mais precisamente, essas trajetórias são
de frente setores circulares com raio partindo do centro da Terra. Se em uma
dessas viagens o avião inicia o voo de cruzeiro na posição 20° e
pista termina na posição 50° (as duas posições angulares foram definidas
em relação a uma mesma origem). Então o deslocamento linear,
A máxima velocidade que o automóvel, tido como ponto material, em km, realizado pelo avião é igual a π km.
poderá desenvolver nesse trecho, considerando ausência total de Considere:
atrito, sem derrapar, é dada por I. o raio da Terra (distância do centro à superfície do planeta)
a) m g R tg . d) g R cos. igual a 6 400 km.
II. a altitude de cruzeiro (distância da superfície do planeta até
b) m g R cos. e) g R sen. a trajetória do avião) igual a 14 km.
III. o menor arco formado pelas posições angulares.
c) g R tg .
a) 712 c) 5 345
11. C6:H20 (Fuvest-2022) O canhão de Newton, esquema- b) 1 069 d) 7 483
tizado na figura, é um experimento mental imaginado
Difícil
por Isaac Newton para mostrar que sua lei da gravitação 13. C5:H17 (URCA-2022) Um corpo de 200 gramas sobre
era universal. Disparando o canhão horizontalmente uma mesa horizontal de atrito desprezível é conectado
Difícil
do alto de uma montanha, a bala cairia na Terra em virtude da a uma das extremidades de um fio inextensível de
força da gravidade. Com uma maior velocidade inicial, a bala iria massa desprezível. O fio se estende de modo retilíneo
mais longe antes de retornar à Terra. Com a velocidade certa, o pela mesa até entrar num orifício de modo que, a partir daí, ele
projétil daria uma volta completa em torno da Terra, sempre possui um trecho vertical abaixo da mesa com sua outra extremi-
“caindo” sob ação da gravidade, mas nunca alcançando a Terra. dade a ser conectada a um outro corpo, este de massa 1 quilogra-
Newton concluiu que esse movimento orbital seria da mesma ma (ver figura adiante). Para que este segundo corpo fique em
natureza do movimento da Lua em torno da Terra. equilíbrio suspendido pelo fio, qual deve ser (aproximadamente)
a velocidade angular do primeiro corpo girando sobre a mesa em
torno do orifício com um raio de trajetória de 29,58 centímetros?
Considere a aceleração da gravidade local com valor aproximado
de g = 10 m/s2 e que não há atrito entre o orifício e o fio.
200 gramas
1 quilograma
a) 14 rad/segundo. d) 13 rad/segundo.
Qual deveria ser a velocidade inicial de um projétil lançado hori-
b) 12 rad/segundo. e) 10 rad/segundo.
zontalmente do alto do Everest (a uma distância aproximada de
6.400 km do centro da Terra) para colocá-lo em órbita em torno c) 11 rad/segundo.
da Terra?
GABARITO ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
a) 8 km/s d) 112 km/s 1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de
1. Faça o download de qualquer aplicativo de leitura de QR Code.
QR Code.
b) 11,2 km/s e) 8.000 km/s
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte a câmera
a câmera para
para um dosoQR
QRCodes
Code ao lado.
c) 80 km/s 3. Oaogabarito
lado paradeste
acessar o gabarito
módulo será ou o solucionário
exibido deste
em sua tela.
módulo.
1 A B C D E 5 A B C D E 8 A B C D E 11 A B C D E
FÍSICA
2 A B C D E 6 A B C D E 9 A B C D E 12 A B C D E
3 A B C D E 7 A B C D E 10 A B C D E 13 A B C D E
4 A B C D E
EM23_2_FIS_08
336
FÍSICA
337
FÍSICA
339