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cadernos
CADERNO DO PROFESSOR
língua
portuguesa
3 ANO
º
1º BIMESTRE
Parceria Técnica
2016
Todos os direitos desta edição reservados à
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE SALVADOR
Avenida Anita Garibaldi, 2981 – Rio Vermelho
40170-130 Salvador BA
Telefone (71) 3202-3160
www.educacao.salvador.ba.gov.br
Os textos extraídos de sites, blogs e livros foram adaptados conforme as regras gramaticais e as novas regras de ortografia.
ÍNDICE
um material com a identidade da rede 6
realizando um sonho possível 8
como é... o caderno do aluno 10
como é... o seu caderno 11
ler e escrever com competência 12
como trabalhar com as sequências e os blocos 16
jogo da memória e mural de curiosidades 17
poemas sobre animais 37
análise e reflexão sobre a língua 45
sondagem 66
mapa de acompanhamento da evolução da escrita dos alunos 68
anexos
ficha de curiosidades 70
letras móveis 71
jogo da memória 75
apresentação
1º BIMESTRE 7
parceria
Manuela Cavadas
Transformar a educação Fazer com que todas as crianças Secretaria Municipal da Educação de
de Salvador é o ideal tenham uma educação pública de qua- Salvador (SMED) nas tarefas de: revi-
de todos os educadores lidade. Esse é o sonho – e também são das Diretrizes Curriculares dos
que aqui atuam a missão – do Instituto Chapada de Anos Iniciais do Ensino Fundamental I
Educação e Pesquisa (Icep), organiza- (do 1º ao 5º ano); produção dos Cader-
ção sem fins lucrativos que iniciou sua nos Pedagógicos de Língua Portugue-
atuação em 2001, no interior da Bahia, sa e Matemática para estudantes e
formando professores. Logo percebe- professores desse segmento; e forma-
mos que uma escola não muda somen- ção continuada de educadores dessa
te com a atuação docente e partimos mesma etapa.
para a formação de coordenadores pe- Não havia a possibilidade de rejeitar
dagógicos, diretores escolares e equi- um convite dessa magnitude. Afinal,
pes técnicas das secretarias de Educa- ajudar a transformar a educação da
ção. Assim, o Icep foi se tornando uma capital do nosso estado é mais do que
instituição de referência no trabalho uma honra: é o ideal de todos os edu-
em redes colaborativas – conceito de cadores que aqui atuam. Além disso,
formação profissional que envolve todo tivemos total apoio da SMED para que,
o conjunto de atores da educação, aí nesse projeto, fosse mantida nossa
incluídos pais, estudantes e represen- metodologia de trabalho colaborativo
tantes da sociedade civil –, na busca em rede, promovendo a formação con-
das transformações desejadas para a tinuada de educadores aliada à mobili-
melhoria do ensino nos territórios em zação social.
que atuamos. Para criar os cadernos pedagógicos
Recebemos, no ano de 2015, o con- que agora você tem em mãos, ocorre-
vite para nos tornarmos parceiros da ram dezenas de encontros, em várias
Dos grupos de trabalho até a sala de aula, a construção Cybele Amado de Oliveira
dos cadernos aliou formação e mobilização Presidente do Icep
1º BIMESTRE 9
como é...
do aluno
que serão trabalhadas no bimestre. A caderno e por um ícone (leia a legenda
ilustração de página inteira marca o iní- abaixo). Essa organização da turma per-
cio da sequência. A maneira como os manece até que outro ícone apareça.
para fazer
em dupla
para fazer
em grupo
para fazer
em casa
roda de
conversa
roda de
leitura
leitura pelo
professor
o seu caderno
Olá! Em seguida, vêm as sequências didá-
Você tem em mãos o primeiro Cader- ticas. Na abertura de cada uma delas,
no de Língua Portuguesa de 2016! No são apresentadas as justificativas das
total, são quatro (um por bimestre), que propostas a ser desenvolvidas, o que
trazem o material de que precisa para se espera que os estudantes aprendam
ensinar o conteúdo correspondente a com elas e o tempo estimado para rea-
este ano letivo. lizá-las. O Caderno do aluno (página
Antes de tudo, leia o texto Ler e Es- à esquerda), aqui reproduzido, vem
crever com competência (página 12). acompanhado de uma série de orien-
Nele você encontra o embasamento teó- tações pedagógicas para que você
rico que norteia as propostas destes ca- trabalhe com o conteúdo em questão
dernos e uma sugestão para organizar da melhor maneira possível.
a rotina da semana com as sequências Veja como o material está organiza-
propostas. do e boa aula!
Na seta colorida,
você tem a
indicação da O ícone que
página em que mostra a maneira
está a atividade de organizar a
no Caderno classe aparece ao
do aluno. lado da atividade,
orientação que
deve ser mantida
até outro ícone
aparecer.
As respostas
corretas estão
em vermelho,
logo após o As orientações
enunciado. Caso pedagógicas
haja mais de vêm logo após
uma, as opções a atividade.
aparecerão em É interessante
um texto lateral, lê-las durante
também em o planejamento
vermelho. da aula.
Espaço em
branco para
você fazer seus
registros e
observações.
1º BIMESTRE 11
ensinar e aprender língua portuguesa
Manuela Cavadas
do com a especialista em alfabetização
Telma Weisz, em artigo publicado pela
Secretaria da Educação do Estado de
São Paulo, as boas situações de apren-
dizagem ocorrem quando:
• Os estudantes põem em jogo o que
sabem e pensam sobre o conteúdo da
tarefa organizada pelo professor.
• Os alunos têm problemas a resolver e
decisões a tomar em função do que se
propõem a produzir.
• A organização da tarefa garante total
circulação de informação entre todos.
• O conteúdo trabalhado mantém as
características de objeto sociocultural
e real.
o objeto de ensino
Quando a escrita é concebida como
um código, o ensino se resume a uma O aluno é protagonista do próprio processo de aprendizagem
1º BIMESTRE 13
ensinar e aprender língua portuguesa
língua oral, que se fala cotidianamente. que levam os alunos a mobilizar dife-
Essa modelização é fundamental para rentes capacidades de leitura.
o desenvolvimento e qualificação da
produção de textos escritos.
• Leitura colaborativa a ortografia
O objetivo desse tipo de atividade é A ortografia é uma convenção so-
oferecer aos alunos referências sobre cial que unifica a escrita das palavras
as diferentes possibilidades de com- numa determinada cultura, funcionando
preender um mesmo texto. Aqui o pro- como um recurso que facilita a atribui-
fessor também lê em voz alta; porém, ção de sentido aos textos e a interação
vai realizando paradas durante a leitura em linguagem escrita em todo o país.
para comentar e discutir. Com esse O trabalho com o ensino de ortogra-
procedimento, os alunos têm a oportu- fia pressupõe que as crianças estejam
nidade de reler trechos para compre- escrevendo alfabeticamente e sejam
endê-los melhor e antecipar situações colocadas para refletir sobre aspectos
com base nos indícios percebidos na ligados às convenções da língua. Para
As crianças produzem textos primeira leitura. Nessa leitura colabo- o professor, é fundamental saber que
considerando os diferentes leitores rativa, o professor apresenta questões os erros têm causas distintas, o que
requer estratégias de ensino e apren-
Manuela Cavadas
as sequências didáticas
As sequências didáticas, elaboradas
em parceria pela rede municipal de edu-
1º BIMESTRE 15
gestão do tempo
Leitura em voz alta Leitura em voz alta de Leitura em voz alta Leitura em voz alta de
Poemas sobre animais
de poemas diversos outros textos literários de poemas diversos outros textos literários
Jogo da memória e mural Jogo da memória e mural Jogo da memória e mural Jogo da memória e mural
Roda de leitura
de curiosidades de curiosidades de curiosidades de curiosidades
1º BIMESTRE 17
mória, a serem recortadas do caderno ou omissões (BALEA); ou a presença de camente produzirão, em duplas, curio-
dos alunos. um R em BAR, som que podem escutar sidades sobre um desses animais.
• Conjuntos de letras móveis. sem ter clareza da posição que deve E para que conheçam melhor os
• Enciclopédias de animais, contendo ocupar na palavra, com possibilidades animais e tenham fontes de informação
alguns dos que serão trabalhados. como BRA, BAR ou a própria omissão para a curiosidade, a parte inicial do
• Dicionários para consulta de vocabu- da letra. A grafia de fragata-comum traz caderno traz propostas envolvendo pe-
lário específico presente nos textos in- desafios similares: FRA pode resultar quenos textos com função informativa,
formativos. em FARA, FAR ou na omissão do R; o além de imagens. Também nesse caso,
• Cartolina para produzir as fichas de mesmo poderá ocorrer com MUM, de será possível diversificar os trabalhos
curiosidades sobres os animais mari- comum, com a omissão do M final. em classe, tendo parte do grupo atuan-
nhos que comporão o mural. Como parte integrante das situa- do de forma coletiva, com seu apoio
ções propostas na sequência, há uma direto, e outra parte em duplas, con-
introdução série de discussões, encaminhadas siderando nelas aqueles alunos que já
Envolver as crianças em propostas por você no quadro, nas quais a grafia podem se apoiar na leitura e na escrita
lúdicas, como a construção de um dos nomes de animais será discutida. com mais autonomia do que é propos-
jogo ou a escrita de curiosidades, é O objetivo é eleger duas ou três de to. Conversas com moradores podem
sempre uma forma de concentrar o um mesmo nome e discuti-las com o ser fonte de informações para as fichas
interesse delas. Enquanto se ocupam grupo, pedindo o apoio, em especial, de curiosidades que farão parte do mu-
do propósito comunicativo de elaborar de crianças que pensem de uma forma ral sobre animais marinhos.
um jogo e um mural para colegas do 1º mais próxima sobre a escrita. Por fim, a sequência supõe a produ-
ano, lidam com conteúdos importantes Os alunos que já produzem alfabe- ção coletiva – e aí, sim, considerando
envolvendo a leitura e a escrita. ticamente e se iniciam como leitores todos os alunos – de regras do jogo
Nesse sentido, outra justificativa lidarão com demandas ortográficas ao da memória, com o objetivo de ensinar
para a proposta encontra-se nas pró- produzir as cartelas do jogo, também os colegas do 1º ano. Nesse caso, as
prias situações em que os alunos terão podendo compor grafias distintas para discussões não serão sobre a escrita
o desafio de ler e de escrever. Consi- uma mesma palavra: marlim-azul pode- de palavras, mas a forma como dizer
derando aqueles que não escrevem de rá ser escrito sem o M ou o L finais algo para outras crianças, explicando
forma alfabética, produzir as cartas do ou ainda com N, no lugar do M final. o funcionamento do jogo. Ou seja, o
jogo permitirá inúmeras reflexões so- Colocá-los em pequenos grupos com foco estará no texto em si, na lingua-
bre o sistema de escrita. Os animais colegas que também produzem alfa- gem, na estrutura e no seu propósito.
escolhidos demandaram uma seleção beticamente, para comparar e discutir Vale salientar que o bloco Análise e
criteriosa, com nomes compostos e grafias, permitirá bons espaços de re- reflexão sobre a língua traz algumas
que apresentassem diferentes combi- flexão sobre questões ortográficas. atividades que podem ser utilizadas,
nações de letras em suas grafias. Além da produção das cartelas, ainda, como fontes de informação.
Sabe-se hoje, por pesquisas coor- você encaminhará a escrita de uma Daí, mais um motivo para que os di-
denadas pela investigadora argentina curiosidade no estilo Você Sabia? Aqui, ferentes blocos sejam encaminhados
Emilia Ferreiro, que crianças que produ- a proposta é realizar uma produção paralelamente.
zem silabicamente ou de forma quase coletiva, tendo os alunos que não es- Em síntese, a sequência criará
alfabética enfrentam problemas ante a crevem convencionalmente ditando a amplas reflexões sobre o sistema de
tarefa de grafar duas vezes uma mes- curiosidade para você, podendo dessa escrita e a composição de textos com
ma palavra e, por causa das próprias forma discutir como compor o texto propósitos comunicativos, o que au-
combinações de letras em jogo, podem e enquanto observam um modelo de menta a importância de discussões e
apresentar duas escritas distintas. As- escritor. Já os que escrevem alfabeti- revisões que integram essa proposta.
sim, por exemplo, tendo de compor
duas cartelas de um mesmo animal, te-
rão de escrever duas vezes seu nome.
E nomes com combinações de letras • Mais informações sobre o tema no
que exigem mais reflexão. Baleia jubar-
te, para citar um exemplo, pode apre-
quer saber mais? capítulo A desestabilização das escritas
silábicas: alternâncias e desordem
sentar vários desafios, como a combi- com pertinência, do livro O ingresso na
nação seguida de três vogais (EIA), algo escrita e nas culturas do escrito, Emilia
que pode gerar trocas entre elas (IAE) Ferreiro (org), Ed. Cortez
4 Produção final das cartas do jogo da memória 4 Atividades de escrita em duplas ou quartetos
5 Planejamento e produção das regras do jogo da memória 5 Lista de itens que não podem faltar nas regras
6 Produção das regras do jogo 6 Produção de texto coletivo com as regras do jogo
7 Encerramento: apresentação do jogo e do mural ao 1º ano 7 Leitura de textos do mural e jogo com os colegas
1º BIMESTRE 19
pág. 12
pág. 13
1º BIMESTRE 21
pág. 14
pág. 14
1B Pesquisa familiar sobre animais Além de ler e explicar o enunciado, retome a lista coletiva de animais inicia-
marinhos você também pode definir a quantidade da na atividade 1A e a amplie com os
Esta será uma tarefa a ser feita em de animais e informar as crianças. A novos animais.
casa. Lembre os alunos de pesquisar sugestão é pedir entre dois e cinco, de- Essa atividade não exige uma cor-
apenas animais marinhos que circulam pendendo das possibilidades do grupo. reção individual feita por você. É im-
na costa baiana. A proposta é ampliar Na correção coletiva, não se con- portante manter as escritas conforme
o repertório da turma. centre na grafia das palavras. Apenas compostas pelas crianças.
págs. 15 a 17
1º BIMESTRE 23
pág. 17
pág. 18
ETAPA 2 - Produção do jogo da Proponha as escritas dos nomes pares de cartas já elaborados. Cada
memória e de textos informativos de cada animal na carta. Durante a criança escreverá novamente os mes-
curtos atividade, o caderno não deverá ficar mos nomes de animais, mas em novas
disponível, para evitar cópias. Porém, é cartas. Não se preocupe com a sobra
2A Escrita de nomes de animais fundamental que a criança saiba o nome de cartas nos cadernos, pois elas se-
nas peças do jogo do animal com o qual trabalhará. Para rão utilizadas quando passarem a lim-
Esta é uma atividade de escrita indi- isso, informe sempre que for pedido. Se po. Cada criança terá as cartas neces-
vidual, apesar de ser feita em duplas, avaliar que escrever os nomes nas cin- sárias para passar a limpo no caderno
e que poderá ser usada como um ma- co cartas será uma demanda grande, do parceiro: os cinco pares que não
peamento da turma em relação às hi- proponha três num dia e duas no outro. foram utilizados nas primeiras escritas.
póteses de escrita. A organização e o Circule entre a classe e provoque Concluídas essas atividades, você
encaminhamento dela demandarão um reflexões, chamando a atenção para pode se dedicar a analisar as escritas
bom planejamento da sua parte. a possibilidade de as crianças consul- produzidas, não apenas mapeando as
Cada criança da dupla será respon- tarem o nome dos amigos ou mesmo hipóteses de cada um mas também
sável pela escrita de cinco pares de car- outras palavras familiares, como os comparando as duas escritas do nome
tas, diferentes das do colega. Assim, meses do ano. Sugira que leiam o que do mesmo animal. Essa análise dará a
ao juntar todos os pares, a dupla terá estão escrevendo para que as que você muitas informações a respeito de
o jogo completo. Solicite que recortem escrevem silabicamente controlem a como cada aluno está pensando sobre
uma carta por vez (no Caderno do alu- quantidade de letras a usar. Por exem- a escrita neste momento. Como se tra-
no, pág. 55; neste caderno, pág. 75). plo: “Em tartaruga, para fazer o GA, o O ta de cópia, circule pela sala e chame
Atribua o número 1 para uma da dupla e é uma boa letra?”; ou “Você já colocou a atenção de crianças que não tenham
o número 2 para a outra. Ao final, você o A para fazer o TA de tartaruga. Será copiado convencionalmente, sugira
terá o grupo 1 e o grupo 2. Peça que o que precisa de mais alguma letra?”. comparações relacionadas à ordem
grupo 1 recorte uma carta do animal X, Ao final, recolha as cartas produzi- das letras e a possíveis trocas ou omis-
enquanto o 2 destaca uma carta do ani- das tendo o cuidado de não misturá-las sões. Se quiser, proponha que algumas
mal Y. Siga assim com as cinco cartas com as dos colegas. Em outro dia, digam os três animais que conheceram
de cada integrante da dupla. repita a atividade, trabalhando com os na atividade.
pág. 18
2B Discussão coletiva sobre preciso tomar cuidado para não expor Não será necessário trabalhar des-
grafias de forma negativa quem for até o qua- sa maneira com os dez nomes. Discuta
Esta atividade reúne várias discus- dro. Todos os alunos, certamente, pen- seis deles, por exemplo, considerando
sões coletivas sobre grafias de pala- saram sobre a escrita ao produzir os três escritos pelos alunos do grupo 1 e
vras que você escreverá no quadro. nomes dos animais e poderão falar so- outros três pelo grupo 2. Assim, você
Dela participarão apenas as crianças bre isso. A depender de características encaminhará três sessões de discus-
que não escrevem de forma alfabética. da turma, vale a pena uma conversa sões como essa, cada qual analisando
Adiante, estão as sugestões de traba- antes de iniciar a atividade, chamando grafias para dois nomes de animais.
lho para as que produzem alfabetica- a atenção para o respeito necessário Para as crianças que produzem al-
mente. com cada colega. fabeticamente, organize pequenos gru-
Selecione duas ou três grafias para Chegando à terceira grafia, chame pos, quartetos se possível, e ofereça,
o nome de um animal. Considere gra- a criança que a compôs e peça que registradas em um papel, duas ou três
fias que tenham sido mais apresenta- explique como pensou. Em seguida, grafias que apresentaram para um di-
das pelas crianças. Escreva-as no qua- instigue o grupo com novas questões: ferente nome. Estarão em jogo, aqui,
dro, como no exemplo: “Aqui, o U está fazendo o RU de tarta- questões de trocas de letras, desor-
ruga. Será que precisa de mais alguma dem (como o exemplo de fragata: FAR,
letra?”; “Além do U, que outra letra é FARA) e aspectos vinculados a regulari-
A A U G O I A boa para fazer o RU de tartaruga?”; “E dades ortográficas.
até onde será que está escrito tartaru- Enquanto você encaminha as ses-
T T U A O I V ga?”; “Onde termina tartaruga e onde sões de discussão com o restante do
começa oliva?”; “Que letra precisa para grupo de alunos, deixe essas crianças
T A T A U G O L V A
terminar tartaruga?” etc. atuando nos pequenos grupos e propo-
Você deve prestar muita atenção nha que discutam as diferentes grafias,
nas justificativas apresentadas pelas tentem justificá-las e, ao final, cheguem
Em seguida, pergunte ao grupo crianças e ajustar as intervenções a um acordo sobre a que consideram
qual das escritas melhor representa (comparações entre palavras, novas mais adequada.
tartaruga-oliva. Caso as respostas re- perguntas etc.) ao que explicitam. É possível que as sessões de dis-
caiam nas duas primeiras opções, faça Não será necessário, nesse momen- cussão que você realiza com as de-
questões similares às feitas enquanto to, chegar a uma escrita convencio- mais crianças tomem mais tempo do
escreviam: “Será que o A sozinho faz o nal de cada nome, já que as crianças que essas conversas dos grupos com
TA?”; “Aqui, oliva terminou com a letra aprendem, e muito, durante a discus- produções alfabéticas. Se isso acon-
V. Com qual letra será que termina oli- são e não somente ao final, quando tecer, você pode propor que realizem
va?” etc. Conforme as crianças mudam expostas à escrita correta. atividades do bloco Análise e reflexão
a escrita, você registra essas mudan- Caso avalie que a turma tem condi- sobre a língua, sejam elas de segmen-
ças ao lado de cada opção do quadro, ções de se concentrar por mais tempo, tação do texto em palavras, sejam as
ainda que sejam pequenas. a cada dia você poderá encaminhar a primeiras da sequência, de uso de G,
Durante a discussão, vale a pena discussão envolvendo grafias para dois GU e J. Vale considerar que a tarefa
chamar as crianças que tenham feito nomes de animais do jogo da memória. para essas crianças precisa ser dife-
essas escritas para que as justifiquem. Se preferir, discuta a cada vez que tra- renciada, já que não faz nenhum sen-
Todas as justificativas precisam ser balhar esta sequência apenas a grafia tido tê-las participando da discussão
bem aceitas e acolhidas por você. É de um dos nomes. sobre grafias não alfabéticas.
1º BIMESTRE 25
Uma opção interessante para todas seja possível ver esses animais, como
as atividades desta etapa 2 é encami- o Projeto Tamar; assistir a vídeos; con-
nhá-las coletivamente com as crianças sultar enciclopédias, impressas ou digi-
que não produzem escritas alfabéticas, tais etc. Avalie se é possível trazer um
pois elas terão você lendo os textos e especialista para uma entrevista em
apoiando-as de modo direto na realiza- classe. As escolas situadas na região
ção das tarefas. Enquanto trabalha com costeira ou que contem com museus
esse grupo, forme duplas ou quartetos marinhos por perto devem aproveitar
de alunos já leitores e com produção esses contextos para gerar novas si-
alfabética. Para essa opção ser viável é tuações de aprendizagem. Conversas
importante que as crianças aprendam com moradores dessas regiões tam-
a trabalhar em duplas ou pequenos gru- bém podem ser uma valiosa fonte de
pos. Não deixe de ensiná-las, pois essa informações.
é uma excelente situação para apren- No caso de saídas a campo, é interes-
der. Sugira que o leitor mais experiente sante propor um registro coletivo dessas
de cada grupo leia para os outros. situações. Retoma-se a visita feita e as
Esse conjunto de propostas visa crianças ditam para você o que obser-
formar um repertório para a produção varam e aprenderam. Esses registros
dos textos do mural. Você também podem permanecer no mural durante o
pode programar visitas a locais onde desenvolvimento de toda a sequência.
págs. 18 e 19
pág. 19
50 a 60.
2,5 metros.
Até 30 anos.
Um filhote.
Leia à direita. Peixes, lulas, polvos e camarões.
1º BIMESTRE 27
pág. 20
pág. 21
Fragata-comum.
42 quilos.
1º BIMESTRE 29
pág. 22
CABEÇA
PRIMEIRA BARBATANA DORSAL
OLHO
BOCA
BARBATANA CAUDAL
FOCINHO
BARBATANA PEITORAL
2G Leitura e interpretação de na lista. Durante esse momento, circu- indica olho) está escrito focinho. E aqui
imagem le pela sala, sobretudo entre as duplas em cima (indicando focinho), o que
Para que essa proposta se torne, que não produzem alfabeticamente, pode estar escrito?”.
além de informativa, um bom momento e instigue reflexões: “Como se inicia Quando forem copiar, assegure-
de reflexão sobre a escrita, você pode boca?”; “Como termina peitoral?”; e -se de que todos tenham localizado a
organizar os alunos em duplas, sempre “Algum nome de amigo pode ajudar a parte correta. Desenhe o corpo do tu-
considerando os critérios de escolha já descobrir onde está escrito cabeça?”. barão no quadro ou use uma imagem
apresentados na orientação que está Observe que a ordem dos itens na semelhante à do caderno. Assim que
no início da segunda etapa. lista foi intencional, permitindo que as boa parte dos alunos localizar o item,
Leia a lista de partes do corpo, mas crianças lidem com alguns problemas. chame um dos que já produzem alfabe-
numa ordem distinta da que está, ape- A palavra focinho para algumas crian- ticamente para escrevê-lo no quadro.
nas para aproximar as crianças dos ças pode iniciar com O e, logo acima, As palavras devem ser escritas con-
termos. Em seguida, indique uma seta colocamos a palavra olho. Use essa vencionalmente. Por isso, essa criança
e converse sobre qual parte do corpo proximidade para promover compara- pode copiar do caderno. Em seguida,
ela indica. Peça, então, que a localizem ções: “Vocês estão dizendo que aqui (e todos copiam no próprio material.
pág. 23
2H Leitura de notícias,
interpretação e debate
Os dois textos foram extraídos da
internet e não de veículos impressos.
Essa é uma das razões para que não
se realize um trabalho vinculado ao por-
tador da informação (jornal). Importa
apenas que ouçam sua leitura das notí-
cias e conversem sobre as informações
nelas presentes. Vincule-as ao que a tur-
ma aprendeu nas atividades anteriores,
em possíveis visitas a outros espaços
e com a observação de vídeos, livros e
revistas informativas sobre os animais.
Essa é uma atividade para realizar
com toda a turma, de forma coletiva,
e centrada na leitura que você fará.
Leia a primeira notícia e, em seguida,
faça uma releitura, parando em alguns
pontos e conversando com as crianças
sobre o tema do texto e o entendimento
das informações. Proceda do mesmo
modo com a segunda notícia.
1º BIMESTRE 31
pág. 24
ETAPA 3 - Produção e revisão dos caminhe a proposta com todos os que Se resultar muito extenso, digite e im-
textos de Você sabia? não produzem escritas alfabéticas. prima-o, para que colem no espaço re-
Leia o enunciado. Retome com eles servado no caderno, ou ainda escreva
3A Escrita de texto os animais marinhos do jogo e, igual- de forma manuscrita para cada aluno. A
informativo curto mente, a estrutura de um texto no esti- cópia de textos extensos por parte de
Encaminhe a atividade separada- lo Você sabia? Eleja com as crianças o crianças que ainda não escrevem alfa-
mente. Forme duplas com os alunos animal que será foco do texto e releia beticamente pode representar um gran-
que produzem escritas alfabéticas, informações sobre ele, tanto presentes de desafio para elas, sem que favoreça
leia o enunciado, peça que escolham no caderno quanto em outros registros aprendizagens significativas.
um animal e busquem informações no eventualmente coletados. Dependendo do tempo que você
caderno ou em outras fontes. Depois Proponha que o grupo decida sobre tenha, nesse dia ou na aula seguinte,
de selecionada a informação desejada, o que escrever e solicite que ditem o organize uma rodada de leitura dos
é preciso escrevê-la. Dependendo da texto a você. Não se trata de pedir que textos produzidos. Você pode escrever
competência escritora do grupo, enca- ditem letras ou mesmo de discutir com todos no quadro e discuti-los, pergun-
minhe a produção de dois textos. Cada que letras se escreve cada palavra. O tando, por exemplo, se os alunos têm
um pode ser registrado no caderno de desafio é compor um texto, consideran- sugestões para dar aos colegas, bus-
um dos integrantes da dupla. do-se o conteúdo escolhido. Enquanto cando aprimorá-los. As dicas devem
Com o restante do grupo, encami- as crianças ditam, vá escrevendo no ser registradas por você, como em
nhe uma produção coletiva. Caso se- quadro e lendo em voz alta, retomando uma situação de revisão coletiva. Caso
jam muitos os alunos que ainda não o texto do início: “Vocês já escreveram a sugestão seja uma troca de palavras,
escrevem alfabeticamente, e tendo ‘Você sabia que a baleia jubarte pesa...’ risque a que deve ser excluída e insira
você essa oportunidade, divida-os em e agora, como continuamos?” É impor- a nova; se uma palavra foi omitida, use
dois grandes grupos. Um deles realiza tante ajudar as crianças nessa compo- uma chave em V no local em que deve-
a produção coletiva enquanto outro faz sição, de forma a assegurar que usem ria estar e a escreva ali. Dessa forma,
uma atividade possível de ser feita com termos corretos, bem como recuperem você estará apresentando aos alunos
mais autonomia por duplas de alunos. os dados precisamente. Exemplos: “Vo- procedimentos e marcas de revisão.
Depois, trocam de tarefa. Essa estraté- cês falaram ‘nascem os filhos’. É me- Cada dupla deve incorporar ao texto
gia permitirá que um grupo menor de lhor dizer filhos ou filhotes?” ou “Vamos do caderno as dicas que receber. Mais
alunos participe da produção coletiva olhar de novo na informação para ver adiante, o texto será passado a limpo
de cada vez, o que cria a possibilidade se o peso é esse mesmo?”. na ficha que irá para o mural. Veja um
de instigar mais a atuação de todas as Ao final, proponha que copiem a lá- modelo para ser entregue aos alunos
crianças. Caso isso não seja viável, en- pis o texto composto coletivamente. na página 70 deste caderno.
pág. 24
1º BIMESTRE 33
pág. 25
pág. 25
ETAPA 5 - Planejamento e
produção das regras do jogo
da memória
1º BIMESTRE 35
pág. 26
ETAPA 6 - Produção das regras Registre no quadro as sugestões. A cada palavra. Caberá a você, como
do jogo lista pode resultar em materiais neces- escritor experiente, compor um texto
sários, quantos jogadores, organização convencional. A tarefa das crianças é
6 Produção de texto coletivo com das cartas, como jogar, quem ganha se concentrar no modo de explicar, cla-
as regras do jogo etc. Todos copiam a lista no caderno. ramente, a dinâmica do jogo.
Todos participarão desta atividade Relembre com a turma o passo a O texto não deve ser extenso, pois
coletiva de produção de texto de gê- passo, desde a organização das car- há poucas regras e o jogo é de nature-
nero instrucional. Explique que as crian- tas sobre a mesa ou o chão. Proceda, za bem simples. As crianças não preci-
ças terão de escrever os materiais então, completando cada item com sam copiá-lo no caderno. Peça que alu-
necessários (quantas cartas compõem informações detalhadas sobre as eta- nos que já produzem alfabeticamente
cada jogo), o número de participantes, pas a serem seguidas pelos jogadores. copiem, cada qual, um pequeno trecho
como organizar as cartas na mesa e Consulte sempre as crianças sobre o num cartaz ou projetor multimídia. As
de que forma jogar. Leia novamente as que dizer e com que palavras explicar. regras serão entregues ao professor
regras para que compreendam melhor Também aqui a tarefa não será ditar dos colegas do 1º ano e lidas no dia do
o tipo de texto que será composto. letras ou pensar sobre a escrita de lançamento do jogo.
pág. 26
TEMPO ESTIMADO
• Oito aulas (com atividades do cader-
no realizadas ao menos uma vez na
semana, leituras diárias em voz alta
feitas pelo professor e roda de leitura
semanal pelos alunos).
MATERIAIS
• Livros diversos de poemas, conside-
rando a qualidade dos textos e a pre-
sença de autores renomados.
• Lápis de cor ou giz de cera, para
ilustrar algumas atividades, para cada
criança ou pequenos grupos de alunos.
INTRODUÇÃO
Já que estamos conhecendo animais
marinhos para produzir o jogo da me-
mória, que tal trabalhar também poe-
mas que falam de animais?
Neste bloco de atividades estão reu-
nidos vários poemas com essa temáti-
ca, de autores diversos. O texto poéti-
co, sobretudo rimado e apresentando
brincadeiras com as palavras, como
comparações e metáforas, tende a ins-
tigar bastante o interesse dos alunos.
A proposta é apresentar ao menos
uma atividade semanal deste bloco ao
longo do primeiro bimestre. Vale a pena
também organizar com as crianças ses-
sões de leitura de poemas ao menos
COM ESTE BLOCO, • Ampliem as possibilidades de apre-
ciação de poemas, conhecendo novos
duas vezes por semana, nas quais você
lê para eles em voz alta outros poemas
ESPERA-SE QUE OS ALUNOS autores, observando a temática de um sobre animais, sempre se preocupando
poema e conhecendo estilos poéticos em diversificar autores, mas cuidando
• Participem de uma comunidade de distintos, como narrativas e haicais. de observar a qualidade literária das
leitores de literatura na sala de aula, es- • Brinquem com rimas. obras apresentadas.
pecialmente envolvendo poemas. • Avancem em suas capacidades de Nesses momentos de leitura com
• Apreciem os poemas apresentados, acompanhar um texto lido oralmente a turma, instigue apreciações, pro-
comentando-os e explicitando suas opi- por outra pessoa. pondo diferentes conversas: sobre as
niões e preferências. • Avancem em suas possibilidades de imagens que surgem quando se ouve
1º BIMESTRE 37
um poema; sobre as comparações e leitores podem realizar essa tarefa) e leva os livros para casa, devolvendo-os
metáforas usadas; sobre as razões apreciem os textos. na semana seguinte.
pelas quais foram propostas (“Por As leituras podem ser feitas apenas Sempre é importante, no retorno
que o autor diz que o gato parece um em classe ou, o que é mais interessan- das obras, organizar conversas sobre
mandarim?”; “Por que o compara com te, incluir retiradas de livros por parte o que leram, do que mais gostaram,
tinta nanquim?”; e “De que cor é esse dos alunos, que ficam com eles em com quem dividiram a leitura ou de
gato?”); e sobre gostos e preferências. casa por uma semana, podendo ler, quem a ouviram. As crianças também
Sugerimos, ainda, que organize reler ou ouvir uma diversidade de poe- podem dizer, quando levam livros de
rodas semanais de leitura com livros mas. Caso não seja possível que todos poemas, qual o mais apreciado, sem a
diversos, incluindo de poesias, para façam retiradas semanais, organize-os necessidade de lê-los em voz alta. Se
que as crianças os folheiem, leiam ou em três ou até quatro grupos e, a cada avaliar pertinente, você mesmo realiza
ouçam poemas (os próprios colegas já ocasião, um desses agrupamentos essa leitura para o grupo.
pág. 28
pág. 29
2 Mais uma vez, leia o enunciado e os citam, com as que repetem os versos
poemas para o grupo. Você pode con- com você e com as que já leem.
vidar uma ou mais crianças que são Quando avaliar que a turma já tem
leitores experientes para apresentá-los os textos de memória, organize um
em voz alta aos colegas. Sugira a cada pequeno recital interno. O grupo que
aluno que escolha o poema de que mais memorizou um mesmo poema o apre-
gostou, lembrando a turma de que ele sentará em voz alta para os próprios
será ouvido ou lido várias vezes para colegas. Se preferirem, aqueles que
ser memorizado. optaram pelo mesmo poema podem
Feitas as escolhas, proponha que os recitá-lo num coletivo.
estudantes levem o caderno para casa Se houver possibilidade, brinque um
e leiam o texto escolhido ou ouçam a pouco com os alunos, propondo que
leitura dele. Faça isso mais de um dia se ilustrem o poema, num papel grande,
avaliar pertinente. Como são curtos, a que possa ser mostrado ou mesmo co-
memorização será realizada facilmente. lado em suas roupas enquanto recitam.
Em classe, proponha também mo- Podem, ainda, fazer um desenho gran-
mentos de novas escutas: você lê os de e coletivo, em um papel comprido,
textos junto com as crianças que já re- que todos seguram enquanto recitam.
Luis Jeorge
EM Olga Figueiredo de Azevedo
1º BIMESTRE 39
págs. 29 e 30
Itaparica Salvador
pág. 30
4 Vale a pena apresentar para as crian-
ças as explicações sobre a estrutura e
a temática dos haicais, que estão no
quadro abaixo, para que procurem ver
os poemas selecionados deste modo:
como breves momentos para guardar
na memória.
Leia cada um para o grupo e con-
verse sobre o que imaginam, que cena
surge quando o escutam. Como são
curtos, podem ser lidos várias vezes.
Chame também a atenção para as ca-
racterísticas dos animais retratados,
pois conhecê-los é importante para que
atribuam sentido aos textos: o quero-
-quero, cujo som que emite se asseme-
lha a um grito forte e inesperado; a gai-
vota, uma ave mergulhadora, capaz de
pegar peixes em voos rasantes sobre a
água; o sabiá, com seu canto em gru-
po; e o pavão e sua cauda magnífica.
haicais
Haicais são textos curtos compostos no máximo de três linhas e 17
sílabas poéticas, raramente pontuados. Versam sempre sobre temas
da natureza e tendem a ser comparados com cenas, momentos e ima-
gens fotografadas, que ficam na memória.
1º BIMESTRE 41
pág. 31
Sereia
Baleia também.
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1º BIMESTRE 43
pág. 33
Cachorro.
Touro ou besouro.
Minhoca ou muriçoca.
Cascavel.
Joaninha ou abelhinha.
Gralha.
7 Mais uma vez, esta é uma atividade com você. Leia para eles a primeira es- podem ser compostas de palavras de
que favorece o contato com poemas trofe e sugira que pensem em animais grafias diferentes, desde que combi-
e permite refletir sobre o sistema de que rimam. É sempre possível que exis- nem em sonoridade. Caso surja uma
escrita. Leia o enunciado para as crian- ta mais de um animal para cada opção. opção desse tipo, cabe a você explicar
ças, já organizadas em duplas produti- Escreva cada um no quadro – mes- isso ao grupo e validá-la, destacando
vas (as mesmas parcerias da sequência mo os que não rimam, caso apareçam que na rima o que importa é o som,
do jogo da memória ou outras que le- – e pergunte para as crianças que par- ainda que com grafias distintas. Faça o
vem em conta critérios similares). te rima com a palavra anterior, que des- mesmo com as demais estrofes, sem-
As que produzem alfabeticamente creve a casa. Por exemplo: joaninha. pre convidando os estudantes a refletir
e leem de forma convencional podem Ao lado, escreva branquinha e propo- sobre as rimas.
atuar nas próprias duplas e caminhar nha a comparação: “Que parte de joa- Ao final, é importante também confe-
na atividade sem sua orientação dire- ninha rima com branquinha?”; “Onde ela rir as produções das duplas com escri-
ta, lendo as estrofes, elegendo animais está escrita?”; “Onde começa e onde ta alfabética, para verificar se as rimas
que rimem e escrevendo os nomes. termina inha?”. existem e se todas foram grafadas da
Os demais alunos atuam juntamente Importante lembrar que as rimas forma correta.
TEMPO ESTIMADO
• 16 aulas.
INTRODUÇÃO
Neste bloco, encontram-se mais al-
gumas atividades que implicam reflexão
sobre o sistema de escrita, propostas
envolvendo regularidades ortográficas
(como segmentação e usos de G, GU e
J) e propostas iniciais de análise de pon-
tuação. Além disso, o final do bloco traz
propostas de atividades de retomada de
conteúdos já visitados pelos alunos.
É fundamental considerar que as
atividades envolvendo regularidades or-
tográficas – no caso, G, GU e J e seg-
mentação – não devem ser trabalhadas
com as crianças que ainda não produzem
escritas alfabéticas. Por isso, o encami-
nhamento dessas propostas supõe um
trabalho diversificado na sala de aula: en-
COM ESTE BLOCO, mente em suas hipóteses.
• Consultem outras palavras para es-
quanto parte do grupo se dedica a ativida-
des centradas na escrita alfabética, outra
ESPERA-SE QUE OS ALUNOS crever ou para ler as que desejam. parte realiza propostas envolvendo esses
• Utilizem pistas diversas (extensão do dois conteúdos.
Considerando somente aqueles que texto, partes iniciais e finais e partes Não representa um problema o fato
ainda não se apropriaram da escrita al- internas) para identificar onde uma pa- de que, ao final do bimestre, essas ati-
fabética: lavra pode estar escrita. vidades não tenham sido realizadas por
• Reflitam sobre a escrita alfabética e Considerando somente aqueles com uma parte dos estudantes. Eles podem
analisem escritas, convencionais e não escrita alfabética: retomá-las em outro momento do ano le-
convencionais, avançando significativa- • Observem regularidades na grafia de tivo. Importa, agora, priorizar uma con-
1º BIMESTRE 45
quista prévia a essas análises e, de fato, a apropriação das bases do sistema de
bem mais importante, sobretudo se con- escrita alfabética.
siderarmos que eles já estão no 3º ano:
pág. 35
pág. 36
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3 Depois de ler o enunciado e explicar escrita alfabética. Cada uma pode regis- Ao final, oralmente, faça uma roda-
o que devem fazer, coletivamente, per- trar, se quiser, até duas opções e deve da de alimentos citados: cada criança
gunte a algumas crianças qual é, entre escrevê-las de acordo com as próprias pode falar o que colocou. Se a ideia
peixes e frutos do mar, o que preferem. hipóteses. Caso algum estudante men- é utilizar essa atividade para fazer um
Instigue produções individuais, pois essa cione não gostar de alimentos desta or- mapeamento das hipóteses, é preciso
também é uma proposta que permitirá dem, sugira que consulte um colega e que você também registre o que cada
a você mapear como elas estão avan- registre os preferidos dele, anotando, ao uma escreveu, o que permitirá retomar
çando na conquista ou consolidação da lado, o nome desse amigo. as escritas posteriormente.
1º BIMESTRE 47
pág. 37
4 Esta é uma atividade para ser feita com suas hipóteses quanto copiá-los,
como tarefa para casa e, preferencial- com base na escrita feita por um escri-
mente, tendo um final de semana para tor experiente de sua casa.
sua realização, quando é mais viável Em classe, faça uma rodada do que
ter um familiar disponível para acom- os alunos listaram e componha um
panhar a criança a uma feira. Ela pode cartaz com todos os animais citados,
tanto escrever os alimentos de acordo afixando-o no mural.
pág. 38
pág. 38
Baleia-azul
Baleia cinzenta
Baleia-franca
6 Esta atividade pode ser realizada baleia, incluindo algumas que nem se-
com a turma inteira. Utilizar todas as quer fazem parte da atividade. Indague
letras para compor um nome é desa- a turma se poderia ser essa, consideran-
fiador também para as crianças com do as letras de que precisam para escre-
escrita alfabética, pois há problemas vê-la. Veja algumas possibilidades: ba-
ortográficos em jogo, algo que pode leia-branca, baleia-azul, baleia cinzenta,
mobilizar a atenção de todos. Você baleia-piloto, baleia-franca etc. Pergunte
também pode formar duplas, agrupa- ao grupo: “Nesta opção, poderia ser ba-
das por proximidade de hipóteses. leia-azul?”; “Há todas as letras para com-
Leia o enunciado, explique a ativida- por azul?”; “Sobram letras?”; “Não pode
de e, em seguida, a primeira leva de ser azul, mas pode ser cinzenta?”; “Há
informações. Não se espera que descu- todas as letras para compor cinzenta?”.
bram a qual baleia se referem os dados. Sempre que as crianças descobrirem a
Sugira, de início, que usem as letras ne- resposta, peça que escrevam na linha,
cessárias para compor a palavra baleia, no caderno, riscando as letras usadas.
escrevam na linha e risquem todas as Ao final, corrija todas as grafias no qua-
letras utilizadas. As que sobram serão dro. Se preferir, convide algumas crian-
usadas para o restante do nome. ças para fazer essas escritas para a
Sugira um conjunto de espécies de classe.
1º BIMESTRE 49
pág. 39
Tartaruga-de-pente Tubarão-tigre
Caravela-portuguesa Badejo-quadrado
Fragata-comum Caranguejo-uçá
7 Trata-se de uma situação de leitura: peça que localizem onde está de-pen-
todas as palavras que os alunos pre- te, parte necessária para completar o
cisam usar para compor os nomes primeiro nome. Como já destacado em
corretos estão listadas na atividade; é orientações anteriores, instigue análi-
preciso que as localizem. Caso prefira, ses de partes (como começa, como
separe a turma entre aqueles alunos termina, que letras são necessárias
com escrita alfabética, que atuam em etc.). Sendo nomes compostos, tam-
duplas com a mesma hipótese, e os bém interessa questionar a ocorrência
que ainda não fizeram essa conquista. do hífen e onde começa e onde termi-
Para estes, procure formar parcerias na cada palavra: “Bem, aqui, vocês já
produtivas, ou seja, juntar colegas em descobriram que tem de ser tartaruga-
hipóteses próximas: pré-silábicos com -de-pente. Então, até onde está escrito
silábicos, silábicos com silábico-alfabé- tartaruga?”; e “Que parte teremos de
ticos e silábico-alfabéticos com recém- tirar porque está escrito uçá?”.
-alfabéticos. Integram este último grupo Assim que algumas crianças loca-
as crianças que ainda não se apropria- lizarem os nomes, promova novas re-
ram plenamente da escrita alfabética. flexões para que justifiquem suas op-
Você pode ler o enunciado fora de ções e se certifiquem de que são as
ordem. Os nomes foram compostos corretas. Escreva palavras no quadro:
de maneira equivocada, permitindo que se acham que em jubarte está escrito
as crianças observem as trocas. Em de-pente porque termina com E ou com
seguida, proponha que as localizem. TE, escreva essa palavra no quadro e
As duplas que ainda não escrevem de chame a atenção do grupo para o iní-
forma alfabética atuam mais com base cio: “De-pente pode começar com es-
nos encaminhamentos que você faz, sas letras?”; e “Que letras eu preciso
enquanto as demais seguem discutindo para escrever DE?”.
com o colega de dupla. Siga desse modo em todos os no-
Ao encaminhar com o grupo de alu- mes listados, procurando fomentar vá-
nos em diferentes hipóteses, mas não rias análises e reflexões sobre a grafia
alfabéticas, leia o nome do primeiro das palavras. Sempre que acertarem,
animal e pergunte o que está errado. registre no quadro o nome correto,
Assim que descobrirem o problema, aquele que deve ser escrito na linha.
pág. 39
USOS DE G, GU E J
J J G G G
J G G J J
G G G G J
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pág. 39
pág. 40
10 Organize duplas de alunos, sempre Você pode solicitar que, para cada ção entre J e G e as diferentes vogais.
considerando que apenas aqueles com palavra, a leitura seja feita por uma das Você pode provocar reflexões sobre es-
escrita alfabética participam das ativi- crianças do grupo. Em seguida, realce sas interações do J e do G com a letra
dades de análise ortográfica. Leia para cada uma delas, ajustando-as à catego- A com perguntas como estas: “O que
eles o enunciado, explicando a atividade ria correta, decidida pelo grupo. acontece em galinha?”; e “Esta parte é
e chamando a atenção para a necessi- Faça o mesmo com todas as palavras o GA, como ficará com J e A?”.
dade da leitura atenta de cada palavra. da lista, mas não é preciso proceder à Uma boa discussão com a turma de
Em seguida, solicite que cada dupla rea- análise considerando a ordem da lista. como são lidas palavras com J ou G
lize o trabalho. É mais interessante analisar duplas de permitirá que observem as diferenças,
Liste todas as palavras no quadro e palavras nas quais J e G estão com uma tendo em vista as vogais que as acom-
faça uma análise coletiva neste caso. mesma vogal (como em galinha e jabuti- panham. Por isso, será possível propor
Proponha a leitura em voz alta de cada caba), conforme explicado a seguir. um registro coletivo a que chegaram
palavra, mantendo a letra original (J ou Ao longo da discussão, chame a até aqui, algo que será proposto na
G) e substituindo pela outra. atenção das crianças para a combina- próxima atividade.
pág. 40
QUADRO 1
- G e J possuem o mesmo som quando usados com
QUADRO 2
- Sempre que o G for usado em combinação com
Esta questão possui mais de uma possibilidade de resposta.
o UE e UI, resultará num som diferente: gelo e
Leia à direita.
guepardo; girafa e guitarra.
11 Caso seja possível, encaminhe o texto não fique extenso e resulte bem
registro coletivo no mesmo dia, logo claro para todos. Inserir exemplos de
após a atividade 10. Retomando a lis- palavras é sempre importante.
ta de palavras, convide as crianças a Esse registro deve ocupar os qua-
observar o que acontece com as letras dros presentes no Caderno do aluno.
em combinação com diferentes vo- Se tiver possibilidade, reproduza o re-
gais: “Como eu leio a combinação de gistro coletivo para todas as crianças
J e A?”; “Que palavras posso escrever que participaram da atividade e entre-
com essa combinação?”; “E com G e A, gue a elas para que colem no espaço
como eu leio?”; e “Que palavras posso destinado a isso. Se não contar com
escrever com essa combinação?”. essa possibilidade, peça que copiem
Proponha que registrem essas ob- do quadro. Neste caso, é fundamental
servações para voltar a elas sempre que você verifique cada caderno, a fim
que tiverem dúvidas sobre o uso de de analisar se a cópia foi feita correta-
tais letras: “Como podemos anotar o mente. Afinal, esses são registros de
que observamos para não esquecer?”. regularidades ortográficas e precisam
Escreva no quadro conforme os alunos estar corretos para favorecer retoma-
sugerirem, mas cuidando para que o das futuras.
1º BIMESTRE 53
pág. 41
Guirlanda Agora
Guincho Gato
Guerra Guloso
Guindaste Gavião
Guia Gota
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J GU J J GU
GU GU J GU GU
G/J J G J G
G G G/J
pág. 42
1º BIMESTRE 55
As atividades de 15 a 20 abordam os textos que produzem. Por isso, é in- Vale lembrar aqui que está em jogo
a segmentação do texto em palavras. teressante encaminhar as atividades de não apenas compreender uma regra
Assim como ocorreu com a sequência separação das palavras paralelamente da nossa ortografia, mas o significado
de G, GU e J, esse conjunto de propos- à sequência do jogo da memória e mu- de palavra. No caso da nossa língua,
tas também deverá ser encaminhado ral. Assim, na produção dos textos de isso nem sempre é tão simples, consi-
apenas com as crianças com escrita Você Sabia? em duplas, essas crianças derando, em especial, palavras monos-
alfabética. Observar a necessidade de poderão ser convidadas a revisar seus sílabas que também, com igual grafia
separação entre as palavras demanda textos cuidando da separação entre as e som, compõem sílabas em outras
uma atividade leitora, ou seja, apenas palavras. palavras, tais como: de, que, da, em
as crianças que são capazes de ler pe- Não se espera, no caso desse texto etc. Por isso, separações e junções
quenos textos de forma convencional e de outros que eventualmente produzi- indevidas são comuns nas produções
podem, de fato, aproveitar essas aná- rem neste período, que separem as pa- dos alunos do 3º ano.
lises de forma significativa. lavras de forma convencional; algumas As atividades sugeridas na sequên-
As crianças que se iniciam na obser- segmentações equivocadas ou junções cia objetivam apurar o olhar dos alunos
vação desta regularidade – deixar um indevidas ainda são esperadas. Mas e favorecer análises mais criteriosas
espaço em branco entre as palavras – será necessário que, aos poucos, am- do ponto de vista leitor. A ausência de
tendem a separar as palavras apenas pliando sua experiência escritora e lei- segmentações resulta num texto total-
nessas atividades propostas no cader- tora, as crianças passem a segmentar mente aglutinado, colocando grandes
no. Aos poucos, transpõem isso para corretamente o texto em palavras. desafios para as crianças
pág. 43
15 Nesta atividade, são apresentados
textos mais curtos e com a estrutura
segmentação de palavras de Você Sabia?, com a qual estarão
também lidando nas atividades da se-
quência de jogo da memória e mural, o
que tende a favorecer a leitura. Realizar
essa atividade em duplas permite dis-
cussões e situações de confronto por
parte dos alunos.
Organize as duplas apenas conside-
rando aqueles com escrita alfabética,
Você sabia que o peixe-boi se alimenta de algas, capim já que os demais não realizarão essas
marinho e folhas de árvores de mangue? atividades. Leia o enunciado, garantin-
do que compreendam a tarefa que está
sendo pedida a eles.
Não é preciso realizar intervenções
Você sabia que a vaquita, um parente das baleias, pode durante o trabalho das duplas, a não
ser que as crianças apresentem dú-
morrer afogada se ficar presa em uma rede de pesca?
vidas. Nesse momento, você pode
encaminhar uma atividade de reflexão
sobre a escrita alfabética com o res-
tante delas.
Quando as duplas concluírem a pro-
posta, faz-se necessário propor a dis-
cussão e correção coletivas. Primeiro,
registre o texto segmentando-o como
Você sabia que só existem quatro tartarugas gigantes de sugerir uma dupla. Em seguida, ques-
carapaça mole em todo o mundo? tione as demais, perguntando se sepa-
raram do mesmo modo.
É esperado que surjam divergên-
pág. 44
Um gato chinês
1º BIMESTRE 57
pág. 45
Tartaruga-de-pente – Peixe-bruxa
Caravela-portuguesa – Ouriço-do-mar
pág. 46
pág. 46
Até 72 centímetros.
Até 42 quilos.
18 e 19 O desafio trazido pelas ativi- ças tenham a possibilidade de discutir na dupla e no quarteto, permita que as
dades é bem maior: embora separado o que fizeram com outros colegas nes- crianças cheguem a uma segmentação
já em frases, trata-se de um texto mais se novo agrupamento. Juntos, então, convencional do texto ou bem perto dis-
extenso a ser lido, e sem separações preenchem a tabela informativa. so. De qualquer modo, é fundamental a
das palavras. Por isso, estabeleça Ao final, ou em outro dia, faça a cor- discussão coletiva, durante a qual você
quartetos ou pequenos grupos. A ideia reção, segmentando o texto no quadro permitirá que a troca entre as crianças
é que, terminada a segmentação do e verificando as informações inseridas seja maior e atuará validando a segmen-
texto por parte de uma dupla, as crian- na tabela. Espera-se que a discussão, tação e as informações localizadas.
1º BIMESTRE 59
pág. 47
págs. 47 e 48
sinais de pontuação
21 A análise de sinais de pontuação é revisões têm enorme importância. Este Leia as frases de forma usual. Proponha,
muito potente nas situações de revisão bloco de atividades pode ser encami- então, que as duplas respondam às duas
de textos, sejam aqueles produzidos nhado pouco antes da revisão dos tex- perguntas da atividade. Sempre que as
pelos alunos, sejam modelos coloca- tos de Você Sabia? da sequência Jogo crianças explicitarem dúvidas, você pode-
dos em discussão. Isso porque a pon- da memória e mural de curiosidade (ati- rá ler novamente as duas frases. As res-
tuação está muito mais vinculada ao vidade 3B). Assim, é possível solicitar postas podem ser variadas, a depender
que se pretende dizer ao leitor, à forma que insiram o sinal de interrogação ao do que cada dupla conseguiu perceber.
como se espera que ele interprete o final dos textos. Os alunos podem responder sim, por
texto, do que a normas. Há casos em A observação e a análise da pontua- causa da entonação da pergunta, ou não,
que mais de um sinal seria pertinente, ção são mais adequadas aos alunos lei- pois não perceberam diferenças.
sem que haja um certo e um errado. tores, com escritas alfabéticas. Porém, Quando as crianças finalizarem a
Aqui, porém, as propostas são de em se tratando de atividades iniciais, tarefa, encaminhe uma discussão co-
caráter disparador, promovendo obser- podem ser encaminhadas com toda a letiva procurando identificar e registrar
vações mais normativas sobre o uso classe, embora não se possa esperar as diferentes escritas explicitadas por
do sinal de interrogação em perguntas que todos compreendam igualmente o elas. É importante guardar esse regis-
e do de exclamação sempre que se de- uso dos sinais e os incorporem. tro para retomá-lo posteriormente.
seja que a entonação cause um conjun- Nesta atividade, procure formar du- Lembre-se de que essa é uma ativi-
to de impressões no leitor, tais como plas que unam colegas mais experien- dade inicial, disparadora de primeiras
medo, espanto e admiração. tes: crianças com escrita silábica com observações acerca dos dois sinais de
Aprender a pontuar textos não é aquelas com escrita alfabética. pontuação e não é necessário que che-
algo que esse conjunto de atividades Não faça uma leitura artificial ou exa- guem, já, a uma conclusão próxima da
irá assegurar aos alunos. Por isso, as gerada, do ponto de vista da entonação. norma culta.
1º BIMESTRE 61
pág. 48
22 O foco na atividade é colocado no Apresente, então, as perguntas a assinalada. Por isso, solicite justificati-
sinal de interrogação, que tem um uso que os estudantes devem responder e vas por parte dos alunos e apresente
mais simples, visto marcar as pergun- dê um tempo para que discutam com a outros exemplos de pergunta. Você
tas nos textos escritos. Novamente, or- dupla e façam o registro da resposta. pode extraí-las de livros de histórias
ganize duplas (se avaliar que a atuação Quando tiverem concluído, realize que já tenham sido apresentados ao
das formadas na atividade anterior foi uma discussão coletiva. Desta vez, grupo durante outras atividades. Tam-
favorável, mantenha as mesmas), leia e espera-se que as crianças avancem bém instigue a observação de como
explique o enunciado. Em seguida, leia em suas observações, especialmente seriam lidas sem a presença do ponto
as perguntas, imprimindo a entonação aquelas que não relacionaram a leitu- de interrogação.
adequada. Lembre-se: é importante ra feita ao sinal presente nas frases e Realize, então, a proposta seguinte que,
que você realize essa leitura. ofereceram respostas distintas àquela justamente, propõe o registro conclusivo.
pág. 49
pág. 49
24 Proponha que a atividade seja, mais to. Apenas leia as frases em voz alta
uma vez, realizada em duplas. Leia o sempre que alguém solicitar.
enunciado, explique a tarefa e proceda Terminada a tarefa pelas duplas, en-
à leitura das frases. Novamente, faça caminhe uma discussão coletiva, reto-
a leitura de forma convencional, mas mando as frases e ouvindo diferentes
sem entonações exageradas ou arti- respostas das crianças. Instigue mui-
ficiais. Em seguida, solicite ao grupo tas reflexões: “Vocês concordam com
que converse com o colega da dupla e o que disse este colega/esta dupla?”;
responda às perguntas, que você tam- e “Alguém acha que estas frases são
bém deve ler. lidas como perguntas? Por quê?”.
Dê um tempo para que os alunos Nessa atividade, observando o sinal
realizem a tarefa e circule pela sala de exclamação, é suficiente promover
enquanto isso. É desejável, porém, que uma reflexão ampla, mas não é preci-
eles tenham mesmo um tempo para a so esperar que as crianças concluam
discussão na dupla. Então, não é preci- como se lê tendo um sinal de exclama-
so intervir diretamente nesse momen- ção na frase.
Gabriela de Jesus
EM Josafá Carlos Borges
1º BIMESTRE 63
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pág. 51
1º BIMESTRE 65
pág. 52
Por exemplo: janela e garota. No caso,
são duas palavras em que está em jogo
decidir sobre o uso de G ou J. Dite a
primeira delas – janela – e pergunte às
crianças como acham que deve come-
çar, com G ou J. Ajude-as a pensar com
questões como estas: “Como ficaria se
começasse com J?”; e “E começando
com G?”. Só quando decidirem a gra-
fia dessa parte é que devem registrar
a palavra.
Algumas possibilidades para um dita-
do comentado: janela, garota, guerra,
guincho, girafa, jogo, goiaba, queijo
(aqui, discute-se o uso do QU e do J),
28 Esta página destina-se a algumas sentar palavras cujas regularidades querida, cebola, cidade, quiabo.
propostas de ditado que poderão ser ortográficas já foram discutidas com As crianças com produção não alfa-
encaminhadas ao longo do bimestre. o grupo e suscitar discussões sobre bética podem participar desse ditado,
O objetivo é que não sejam avaliativos, elas, antes que sejam grafadas. Tam- em parceria com colegas mais experien-
mas outro momento de reflexões e aná- bém é interessante escolher palavras tes, inclusive com crianças alfabéticas,
lises por parte dos alunos. que serão ditadas uma seguida da ou- que já tenham realizado as atividades da
Nesse tipo de ditado, a ideia é apre- tra e que tragam problemas similares. sequência ortográfica deste bimestre.
pág. 53
-se por campo semântico um conjunto deve atender a alguns critérios como: segunda sondagem. No caso de dúvi-
de palavras de uma mesma área do • Ter palavras que façam parte do vo- das quanto à hipótese, converse com
conhecimento. Exemplo: os nomes cabulário dos alunos, mesmo que eles os colegas e o coordenador para che-
dos instrumentos musicais e a lista de ainda não tenham tido a oportunidade garem a um consenso. Se sentir neces-
compras da dona de casa são campos de refletir sobre a representação escri- sidade, passados alguns dias, repita a
semânticos. ta delas. sondagem usando uma lista de outro
Alguns cuidados para a realização • Não ter palavras cuja escrita esteja campo semântico. Olhe também para
desse tipo de atividade: memorizada pelas crianças. as demais escritas produzidas pelo alu-
• Não oferecer nenhum tipo de fonte • Contemplar diversas quantidades de no ao longo do bimestre.
escrita, pois pretende-se levantar o que sílabas, abrangendo uma palavra polissí-
cada criança sabe. laba, duas trissílabas e duas dissílabas. O que fazer com esse registro?
• Ao término da escrita de cada pala- • Evitar ditar palavras contendo a mes- Ele serve para apoiar o planejamento das
vra, solicitar a leitura pelo aluno a fim ma vogal em sílabas contíguas, como atividades, dos agrupamentos e das in-
de observar se ele estabeleceu ou não batata, bala, moto, urubu etc. Esse é tervenções a serem realizadas por você.
relações entre a fala e a escrita – ou um cuidado necessário por causa da Arquive-o numa pasta de modo que seja
seja, entre o que escreveu e o que lê presença de crianças que escrevam si- possível visualizar o processo do aluno
em voz alta. A atividade possibilita que labicamente usando apenas vogais: as tanto ao longo do ano como durante o ci-
a criança verbalize o que e como pen- que não aceitam escrever repetindo a clo. Esse é um material fundamental para
sou ao escrever. mesma letra ficariam em crise ante a ser passado ao professor que assumirá
• Oferecer papel sem pauta para as situação de ter de repetir a vogal. o aluno no ano seguinte. Além desse re-
crianças, assim será possível observar Inicie o ditado pela palavra polissíla- gistro individual, tenha um mapa, como
o alinhamento e a direção da escrita. ba, depois siga com as trissílabas, e, o modelo que está na página 68 deste
• Realizar a sondagem com poucos por último, as dissílabas. Isso porque caderno, no qual seja possível tanto ob-
alunos por vez, para que eles possam as crianças que consideram a hipótese servar o aluno em relação a si mesmo
ler o que escreveram para você. Para de quantidade mínima de letras pode- quanto ter uma visão global da turma.
o restante da turma, planejar outras ati- rão se recusar a escrever se tiverem
vidades que não demandem tanto sua de começar pela palavra dissílaba.
presença e que possam ser realizadas Após a lista, ditar uma frase que en- PARA A SONDAGEM INICIAL
com maior autonomia pelas crianças, volva pelo menos uma das palavras da LISTA 1
como a cópia de uma cantiga, a produ- lista para observar se os alunos a escre- DINOSSAURO
ção de um desenho, a leitura de histó- vem de forma semelhante, ou seja, se CAMELO
rias, gibis etc. a escrita dessa palavra permanece es- BALEIA
Esse tipo de atividade se configura tável mesmo no contexto de uma frase. SAPO
num importante instrumento para seu BODE
planejamento, pois permite que você PERGUNTAS MAIS FREQUENTES
identifique e acompanhe os avanços de Quando realizar? FRASE 1
cada aluno e, consequentemente, da A inicial deve ser feita na segunda O SAPO PULOU NA LAGOA
turma, com relação à aquisição da es- semana de março e as demais no fim
crita alfabética. Também pode fornecer de cada bimestre. Na primeira, utilize a
informações para o planejamento das lista e a frase 1 e na seguinte, a lista e PARA A SONDAGEM DO FIM
atividades de leitura e escrita, assim a frase 2 (leia à direita). Você receberá DO PRIMEIRO BIMESTRE
como para a definição dos agrupamen- novas listas nos próximos cadernos. LISTA 2
tos – isto é, das parcerias de trabalho GELATINA
entre os alunos. Além dessa atividade, Onde os alunos escreverão a lista de PICOLÉ
as situações de observação de sala, o palavras e a frase da sondagem? SUSPIRO
acompanhamento da realização das ati- Na folha que está no fim do Caderno PUDIM
vidades e as contribuições feitas nas ro- do aluno (reproduzida na página ante- PAVÊ
das e discussões coletivas são impor- rior). Peça que os alunos façam a pri-
tantes fontes de informação sobre os meira na frente e a segunda no verso, FRASE 2
saberes de seus alunos, permitindo um seguindo as orientações dadas ante- A GELATINA É GOSTOSA
conhecimento mais amplo sobre eles. riormente. Marque um dia para realizar
A lista que será ditada na sondagem a atividade. Recolha a folha depois da
1º BIMESTRE 67
mapa de acompanhamento da evolução da escrita dos alunos
Nome do professor
Sondagem
Nº de 1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre
Nome do aluno inicial
chamada
hipótese hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Sondagem
Nº de 1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre
Nome do aluno inicial
chamada
hipótese hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas
19
20
21
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28
29
30
Observações
1º BIMESTRE 69
anexos
FICHA DE CURIOSIDADES
Modelo de ficha de curiosidade, no estilo Você sabia?, que integra a atividade 3A, comen-
tada na página 32 deste caderno. Você pode providenciar cópias para os alunos ou produzir,
com a turma, fichas semelhantes a estas usando cartolina ou papel-cartão.
NOME DO ANIMAL:
VOCÊ SABIA?
NOME DO ANIMAL:
VOCÊ SABIA?
letras móveis Um conjunto de letras móveis para você recortar, plastificar e usar em sala de aula junto com a turma.
A A A A A A
B B B C C C
D D D E E E
E E E F F F
G G G H H H
I I I I I I
J J J K K L
1º BIMESTRE 71
72 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR
L L MMM N
N NOOOO
O OP P PQ
Q QRRR S
S S T T T U
U U U U U V
V V WW X X
X Y Y Z Z Z
1º BIMESTRE 73
JOGO DA MEMÓRIA
ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR
1º BIMESTRE 75
JOGO DA MEMÓRIA
ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR
1º BIMESTRE 77