Você está na página 1de 80

DO

CA RO
DE FE
P

RN SS
O OR

língua portuguesa 3 ANO


º
1º BIMESTRE

cadernos
CADERNO DO PROFESSOR

língua
portuguesa
3 ANO
º

1º BIMESTRE

Este material foi elaborado com a participação dos


educadores da rede municipal de ensino de Salvador
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO - SMED

Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Neto Prefeito

Guilherme Cortizo Bellintani Secretário

Teresa Cozetti Pontual Subsecretária

Marília Castilho Diretora de Orçamento, Planejamento e Finanças

Joelice Braga Diretora Pedagógica

Gilmária Ribeiro da Cunha Gerente de Currículo

Luciene Costa dos Santos Gerente de Gestão Escolar

Neurilene Martins Ribeiro Coordenadora de Formação Pedagógica

Alana Márcia de Oliveira Santos Supervisora do Ensino Fundamental I

Ionara Pereira de Novais Souza Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I

Parceria Técnica

INSTITUTO CHAPADA DE EDUCAÇÃO E PESQUISA

Cybele Amado de Oliveira Presidente EQUIPE DE EDIÇÃO


Paola Gentile Coordenadora
Claudia Vieira dos Santos Secretária Executiva e Vice-Presidente
Denise Pellegrini Redatora-Chefe
Cybele Amado de Oliveira, Diretoras
Eliana Muricy e Fernanda Novaes Beatriz Vichessi, Ferdinando Editores
Casagrande, Gabriel Pillar
Elisabete Monteiro Coordenadora Pedagógica do Projeto Grossi, Ricardo Chaves Prado
e Ricardo Falzetta
EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Débora Rana e Renata Frauendorf Coordenadoras Sidney Cerchiaro (Coordenador), Revisores
Eduardo Teixeira Gonzaga,
Andrea Luise, Carla Tocchet, Sistematizadoras Manrico Patta Neto,
Dayse Gonçalves, Érica Faria Rosi Ribeiro Melo e Sueli Mazze
e Marly Barbosa
EQUIPE DE DIAGRAMAÇÃO Tramedesign
Telma Weisz Parecerista Marcelo Beltrame Produtor Executivo

EQUIPE DE MATEMÁTICA Camila Cogo Diretora de Arte e projeto gráfico


Priscila Monteiro e Ivonildes Milan Coordenadoras
Cleiton Barcelos, Ed Santana, Designers
Ana Clara Bin, Ana Flávia Alonço Sistematizadoras Enio Mazoni, Fabricio Vargas,
Castanho, Ana Ruth Starepravo, Marcelo Barros, Olivia Ferraz
Andréa Tambelli e Victor Casé
e Camilla Ritzmann
Ale Kalko Capa e ilustrações
Patricia Sadovsky Parecerista
Vânia Medeiros Ilustrações de abertura

Agradecemos a todas as instituições e pessoas que contribuíram para


a elaboração deste caderno com conteúdos, imagens, produções
culturais e, em especial, aos educadores da rede municipal de
Salvador, que participaram de todo o processo.

2016
Todos os direitos desta edição reservados à
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE SALVADOR
Avenida Anita Garibaldi, 2981 – Rio Vermelho
40170-130 Salvador BA
Telefone (71) 3202-3160
www.educacao.salvador.ba.gov.br

Os textos extraídos de sites, blogs e livros foram adaptados conforme as regras gramaticais e as novas regras de ortografia.
ÍNDICE
um material com a identidade da rede 6
realizando um sonho possível 8
como é... o caderno do aluno 10
como é... o seu caderno 11
ler e escrever com competência 12
como trabalhar com as sequências e os blocos 16
jogo da memória e mural de curiosidades 17
poemas sobre animais 37
análise e reflexão sobre a língua 45
sondagem 66
mapa de acompanhamento da evolução da escrita dos alunos 68
anexos
  ficha de curiosidades 70
  letras móveis 71
  jogo da memória 75
apresentação

um material com a identidade da rede

Este caderno foi construído Manuela Cavadas


a várias mãos e tem
Prezado educador, Diretrizes Curriculares Municipais e de
como fios os sonhos materiais pedagógicos, a realização da
dos educadores É com imensa alegria e satisfação formação continuada de educadores
do município que a Secretaria Municipal da Educação e a avaliação escolar compõem o es-
compartilha com a comunidade educati- copo desse programa. Tudo isso para
va os Cadernos Pedagógicos de Língua transformar nossa realidade educacio-
Portuguesa e de Matemática do Progra- nal e garantir os direitos de aprendiza-
ma Nossa Rede – Ensino Fundamental I. gem de cada um dos estudantes da
Esse material foi construído a várias nossa rede.
mãos, na certeza de que nossos estu- No conjunto, são 40 cadernos pe-
dantes podem ler o mundo para escre- dagógicos destinados aos estudantes
ver a vida. Ele tem como fios e tramas do 1º ao 5º ano – 20 de Língua Por-
os sonhos, as utopias e o trabalho dos tuguesa e 20 de Matemática – e 40
educadores de Salvador para reinven- volumes para os professores. Essa
tar a escola como espaço de apren- produção realizou-se com a escuta
dizagem para todos. A publicação de das vozes dos educadores, por meio

6 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


Fotos: Guilherme Cortizo Bellintani, Cipó - Comunicação Interativa e Manuela Cavadas

de Grupos de Trabalho e da platafor-


ma virtual, e considerou a identidade
e a autonomia da rede municipal como
protagonistas do projeto político-peda-
gógico. Esse protagonismo revelou-se
no investimento ético, cognitivo e afe-
tivo de professores, coordenadores
pedagógicos e diretores escolares,
que assumiram a responsabilidade de
produzir, em regime colaborativo, esse
material. Destacam-se, nesse sentido,
três características dos cadernos: a
adequação pedagógica e didática às
identidades educacionais e culturais de
Salvador, a atenção às demandas de
aprendizagem dos estudantes e a ino-
vação pedagógica com referências da
legislação e das pesquisas didáticas.
Fazer a formação continuada e dis-
ponibilizar materiais pedagógicos con-
textualizados nos ritmos, nas cores,
nos sabores, nos saberes e nas rubri-
cas culturais da nossa cidade é um ca-
minho para que as transformações as-
sinaladas nas metas para a educação
municipal se concretizem nos projetos
educativos de cada escola. A urdidura
de tais projetos se dá, sobremaneira,
nas conexões que aproximam os pro-
fissionais e os interligam em nome de
aprimorar a educação pública. Está em
nossas mãos a tecedura de cenários
pedagógicos, em rede, comprometidos
com a aprendizagem dos estudantes.
Desejamos a todos um excelente ci-
clo pedagógico!

Os cadernos pedagógicos estão contextualizados nos ritmos, nas cores,


nos sabores, nos saberes e nas rubricas culturais de Salvador
Guilherme Cortizo Bellintani
Secretário Municipal da Educação

1º BIMESTRE 7
parceria

realizando um sonho possível

Manuela Cavadas
Transformar a educação   Fazer com que todas as crianças Secretaria Municipal da Educação de
de Salvador é o ideal tenham uma educação pública de qua- Salvador (SMED) nas tarefas de: revi-
de todos os educadores lidade. Esse é o sonho – e também são das Diretrizes Curriculares dos
que aqui atuam a missão – do Instituto Chapada de Anos Iniciais do Ensino Fundamental I
Educação e Pesquisa (Icep), organiza- (do 1º ao 5º ano); produção dos Cader-
ção sem fins lucrativos que iniciou sua nos Pedagógicos de Língua Portugue-
atuação em 2001, no interior da Bahia, sa e Matemática para estudantes e
formando professores. Logo percebe- professores desse segmento; e forma-
mos que uma escola não muda somen- ção continuada de educadores dessa
te com a atuação docente e partimos mesma etapa.
para a formação de coordenadores pe-   Não havia a possibilidade de rejeitar
dagógicos, diretores escolares e equi- um convite dessa magnitude. Afinal,
pes técnicas das secretarias de Educa- ajudar a transformar a educação da
ção. Assim, o Icep foi se tornando uma capital do nosso estado é mais do que
instituição de referência no trabalho uma honra: é o ideal de todos os edu-
em redes colaborativas – conceito de cadores que aqui atuam. Além disso,
formação profissional que envolve todo tivemos total apoio da SMED para que,
o conjunto de atores da educação, aí nesse projeto, fosse mantida nossa
incluídos pais, estudantes e represen- metodologia de trabalho colaborativo
tantes da sociedade civil –, na busca em rede, promovendo a formação con-
das transformações desejadas para a tinuada de educadores aliada à mobili-
melhoria do ensino nos territórios em zação social.
que atuamos.   Para criar os cadernos pedagógicos
  Recebemos, no ano de 2015, o con- que agora você tem em mãos, ocorre-
vite para nos tornarmos parceiros da ram dezenas de encontros, em várias

8 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


Fotos: Manuela Cavadas

instâncias. No primeiro foi realizada


uma consulta pública para saber se
os educadores de Salvador aceitavam
participar da construção coletiva e ser
coautores dos materiais pedagógicos.
A adesão foi imediata. O entusiasmo
contagiou a todos. Foram criados di-
versos grupos.
• Grupo de Trabalho Institucional (GTI),
reunindo a equipe técnica da SMED e
das Coordenações Regionais e as coor-
denadoras do projeto.
• Grupos de Trabalho Regional (GTRs),
formados pelos gestores escolares,
coordenadores pedagógicos e docen-
tes das dez regionais de Salvador (Ci-
dade Baixa e Liberdade, Itapuã, Centro,
Orla, Cabula, Cajazeiras, Subúrbio I, Su-
búrbio II, Pirajá e São Caetano).
• Grupos de Trabalho Escolar (GTEs),
com os professores de cada unidade es-
colhendo atividades de sucesso para que
fossem incorporadas ao material.
• Grupo de Gestão e Avaliação, forma-
do por representantes da SMED e edu-
cadores convidados.
  Temos certeza de que toda essa mo-
bilização e empolgação estão impres-
sas nas páginas desses cadernos e que
elas contagiarão cada professor e cada
aluno desta rede, desta Nossa Rede!
  Aproveitem este material, do qual
tanto nos orgulhamos!
Boa aula a todos!

Dos grupos de trabalho até a sala de aula, a construção Cybele Amado de Oliveira
dos cadernos aliou formação e mobilização Presidente do Icep

1º BIMESTRE 9
como é...

o caderno   O Caderno do Aluno de Língua Por-


tuguesa traz as sequências didáticas
estudantes devem trabalhar está indica-
da nas orientações pedagógicas deste

do aluno
que serão trabalhadas no bimestre. A caderno e por um ícone (leia a legenda
ilustração de página inteira marca o iní- abaixo). Essa organização da turma per-
cio da sequência. A maneira como os manece até que outro ícone apareça.

o que cada ícone significa como o caderno do aluno está organizado


Ícones que indicam
para fazer como a classe pode Enunciado da atividade.
individualmente ser organizada.

para fazer
em dupla

para fazer
em grupo

para fazer
em casa

roda de
conversa

roda de
leitura

leitura pelo
professor

para discutir Quadros com a explicação de um


entre todos conceito, curiosidades ou outras fontes Espaço para a
de informação sobre o tema. resposta do aluno.

10 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


como
comoé...
é...

o seu caderno
 Olá!   Em seguida, vêm as sequências didá-
  Você tem em mãos o primeiro Cader- ticas. Na abertura de cada uma delas,
no de Língua Portuguesa de 2016! No são apresentadas as justificativas das
total, são quatro (um por bimestre), que propostas a ser desenvolvidas, o que
trazem o material de que precisa para se espera que os estudantes aprendam
ensinar o conteúdo correspondente a com elas e o tempo estimado para rea-
este ano letivo. lizá-las. O Caderno do aluno (página
  Antes de tudo, leia o texto Ler e Es- à esquerda), aqui reproduzido, vem
crever com competência (página 12). acompanhado de uma série de orien-
Nele você encontra o embasamento teó- tações pedagógicas para que você
rico que norteia as propostas destes ca- trabalhe com o conteúdo em questão
dernos e uma sugestão para organizar da melhor maneira possível.
a rotina da semana com as sequências   Veja como o material está organiza-
propostas. do e boa aula!

Na seta colorida,
você tem a
indicação da O ícone que
página em que mostra a maneira
está a atividade de organizar a
no Caderno classe aparece ao
do aluno. lado da atividade,
orientação que
deve ser mantida
até outro ícone
aparecer.

As respostas
corretas estão
em vermelho,
logo após o As orientações
enunciado. Caso pedagógicas
haja mais de vêm logo após
uma, as opções a atividade.
aparecerão em É interessante
um texto lateral, lê-las durante
também em o planejamento
vermelho. da aula.

Espaço em
branco para
você fazer seus
registros e
observações.

1º BIMESTRE 11
ensinar e aprender língua portuguesa

ler e escrever com competência


o aluno
Manuela Cavadas

Primeiro é preciso superar o discur-


so que prega que os alunos não sabem,
são impotentes ou desinteressados
para dar espaço à concepção que valo-
riza os conhecimentos que eles trazem
para a escola. A publicação do livro
Psicogênese da língua escrita, das pes-
quisadoras argentinas Emilia Ferreiro e
Ana Teberosky (1990), rompeu com o
que se pensava até então. A pesquisa
revelou que as crianças, mesmo antes
de saber ler e escrever convencional-
mente, têm hipóteses acerca do sis-
tema de escrita, pensam sobre elas e
são capazes de reformulá-las. Ou seja,
o aluno é protagonista do próprio pro-
cesso de aprendizagem.
A tradução pedagógica dessa visão
no cotidiano da escola é a liberação do
acesso à leitura e escrita pelos alunos
– ainda que eles não leiam nem es-
crevam convencionalmente – e o uso
Os conhecimentos que os alunos trazem A escola que abre espaço para to- constante dos procedimentos leitores
para a escola devem ser valorizados dos, acolhe as diferenças e se respon- e escritores desde o momento em que
sabiliza por elas é aquela que é verda- entram na escola.
deiramente inclusiva, a que se deseja Oferecer um livro para que eles fo-
para as crianças. Para que isso ocorra, lheiem, leiam e contem a história aos
é necessário criar e garantir condições colegas e incentivar a escrita em di-
essenciais para que todos os alunos ferentes situações é entender que as
aprendam a ler e escrever com compe- crianças têm conhecimentos e hipóte-
tência. As diferenças socioeconômicas ses para compreender o mundo. Poder
e culturais não podem ser barreiras repensar as próprias hipóteses é um
para o acesso à cultura escrita. Nes- caminho para que elas sejam reformu-
se sentido, a escola é um dos poucos ladas. É nessa reformulação que acon-
espaços sociais que podem favorecer tece o avanço na aprendizagem.
a igualdade de direitos de cidadania e,
assim, superar o fato de que somente
uma minoria finaliza o Ensino Funda- o professor
mental sabendo ler e escrever com Considerar que o aluno constrói o
autonomia. conhecimento não significa abandoná-
A forma como se concebe o ensinar -lo à própria sorte – implica também a
e o aprender é fundamental na constru- necessidade de repensar o papel do
ção dessa escola que almejamos. professor. Ele deixa de ocupar o lugar

12 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


de detector de falhas e transmissor de técnica na qual se propõe que os alu- aprende a linguagem escrita. Esses
informações para assumir a responsa- nos aprendam apenas pela repetição e dois processos devem ser aprendidos
bilidade de trazer bons problemas para memorização. Por outro lado, se a en- simultaneamente. E serão consolida-
os alunos resolverem. Por exemplo: es- tendemos como um sistema de repre- dos até o final do ciclo.
crever quando ainda não se tem uma sentação, a natureza do objeto passa a
escrita convencional é um bom proble- ser conceitual, segundo Emilia Ferreiro
ma, que ajuda as crianças a pensar e no livro Reflexões sobre alfabetização. a leitura
buscar soluções. Atualmente a pesquisa didática mostra Considera-se um bom leitor aquele
Para tanto, se faz necessário um que é preciso trazer para a escola as que compreende o que lê, reconhece,
professor interessado em escutar os práticas de escrita, escuta e leitura que identifica e analisa os valores e apre-
estudantes para saber o que pensam acontecem fora dela, incluindo na roti- ciações veiculados nos textos e se po-
e em atribuir valor ao conhecimento na a leitura com diferentes propósitos siciona diante deles. Para formar esse
trazido por eles. Além disso, ele deve e a escrita produzida com variados fins leitor crítico, é fundamental que o aluno
ser um profissional que reflete sobre a comunicativos para leitores reais. Nes- participe de atividades permanentes de
prática para elaborar intervenções que sa concepção, ficam de fora os exer- leitura, como leitura em voz alta pelo
potencializem as competências infan- cícios mecânicos e sem sentido, que professor, leitura colaborativa, roda de
tis, mobilizem desafios e ofereçam con- pouco contribuem para que os alunos leitores e leitura programada. Desta-
dições para as crianças explicitarem e se tornem verdadeiros leitores e escri- que para duas delas:
trocarem entre si as descobertas que tores. • Leitura em voz alta pelo professor
fazem. O professor precisa abrir espa- A alfabetização inicial é um proces- Esse tipo de leitura modeliza o discur-
ço para a turma resolver problemas, so por meio do qual tanto o aluno se so escrito, aquele que se reconhece
tomar decisões e debater os diferentes apropria do sistema de escrita quanto como sendo uma língua diferente da
modos de pensar e reformular. De acor-

Manuela Cavadas
do com a especialista em alfabetização
Telma Weisz, em artigo publicado pela
Secretaria da Educação do Estado de
São Paulo, as boas situações de apren-
dizagem ocorrem quando:
• Os estudantes põem em jogo o que
sabem e pensam sobre o conteúdo da
tarefa organizada pelo professor.
• Os alunos têm problemas a resolver e
decisões a tomar em função do que se
propõem a produzir.
• A organização da tarefa garante total
circulação de informação entre todos.
• O conteúdo trabalhado mantém as
características de objeto sociocultural
e real.

o objeto de ensino
Quando a escrita é concebida como
um código, o ensino se resume a uma O aluno é protagonista do próprio processo de aprendizagem

1º BIMESTRE 13
ensinar e aprender língua portuguesa

língua oral, que se fala cotidianamente. que levam os alunos a mobilizar dife-
Essa modelização é fundamental para rentes capacidades de leitura.
o desenvolvimento e qualificação da
produção de textos escritos.
• Leitura colaborativa a ortografia
O objetivo desse tipo de atividade é A ortografia é uma convenção so-
oferecer aos alunos referências sobre cial que unifica a escrita das palavras
as diferentes possibilidades de com- numa determinada cultura, funcionando
preender um mesmo texto. Aqui o pro- como um recurso que facilita a atribui-
fessor também lê em voz alta; porém, ção de sentido aos textos e a interação
vai realizando paradas durante a leitura em linguagem escrita em todo o país.
para comentar e discutir. Com esse O trabalho com o ensino de ortogra-
procedimento, os alunos têm a oportu- fia pressupõe que as crianças estejam
nidade de reler trechos para compre- escrevendo alfabeticamente e sejam
endê-los melhor e antecipar situações colocadas para refletir sobre aspectos
com base nos indícios percebidos na ligados às convenções da língua. Para
As crianças produzem textos primeira leitura. Nessa leitura colabo- o professor, é fundamental saber que
considerando os diferentes leitores rativa, o professor apresenta questões os erros têm causas distintas, o que
requer estratégias de ensino e apren-
Manuela Cavadas

dizagem diferentes. Kátia Bräkling,


consultora em Língua Portuguesa do
Programa Ler e Escrever da Secretaria
da Educação do Estado de São Pau-
lo, afirma que “os erros ortográficos
infantis não são aleatórios, mas re-
presentam a compreensão alcançada
pelas crianças a respeito do sistema
ortográfico”.
Os cadernos pedagógicos propõem
um ensino focado numa aprendizagem
reflexiva da escrita em vez de se limitar
a classificar os diferentes tipos de erro.
Assim, no lugar de listas de exercícios
soltos, encontram-se atividades como
o ditado interativo e situações de revi-
são dos textos produzidos pela turma,
de modo a torná-los cada vez mais le-
gíveis, considerando os diferentes leito-
res e os espaços de circulação.

as sequências didáticas
As sequências didáticas, elaboradas
em parceria pela rede municipal de edu-

14 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


Manuela Cavadas
cação de Salvador e uma equipe de es-
pecialistas, baseiam-se em problemas
a ser resolvidos pelos alunos de modo
que possam acionar os conhecimen-
tos prévios e, junto com os colegas,
realizar tarefas que não conseguiriam
sozinhos.
É necessário organizar situações
que pressuponham um movimento que,
embora flexível, em geral, parta do tra-
balho coletivo para o individual.
• Trabalho coletivo
Proposta feita pelo professor com as fi-
nalidades de fazer circular informações
relevantes sobre determinado conheci-
mento para que os alunos se apropriem
delas e modelizar procedimentos de
leitura, escuta e produção de textos,
oferecendo referências.
• Trabalho em duplas ou em grupo
Organização que permite observar se
os aspectos trabalhados coletivamente
foram apropriados pelos alunos, criar
um espaço para a circulação de dife-
rentes informações e favorecer a apro-
priação de novos aprendizados.
• Trabalho individual
Produção por meio da qual o professor
pode observar as aprendizagens reali-
zadas pelo aluno. Nas tarefas individuais, o professor pode observar o avanço de cada aluno
Esse movimento não é estanque. É
possível iniciar pelo trabalho individual situações de leitura e escrita focadas na betização. São Paulo: Cortez Autores
antes de decidir o que será problema- aquisição do sistema; situações volta- Associados, 1998.
tizado no coletivo, passando às duplas das para o desenvolvimento do discurso WEISZ, T. As contribuições da psi-
para depois retornar ao individual. escrito; e roda de leitores. Elas devem cogênese da língua escrita e algumas
ser planejadas para ser realizadas diá- reflexões sobre a prática educativa de
ria, semanal ou quinzenalmente. alfabetização. Secretaria da Educação
atividades permanentes do Estado de São Paulo em ciclo bá-
Além do trabalho com as sequên- sico em jornada única: uma nova con-
cias, é fundamental incluir na rotina as referências bibliográficas cepção de trabalho pedagógico. São
atividades permanentes. BRÄKLING, K. Orthographia – por Paulo: FDE, 1988.
Chamamos permanentes as ativida- um ensino reflexivo. São Paulo: Revis- _________. O diálogo entre o ensi-
des que são consideradas parte da roti- ta Veras, 2011. no e a aprendizagem. São Paulo: Ática,
na, como: leitura diária pelo professor, FERREIRO, E. Reflexões sobre alfa- 1999.

1º BIMESTRE 15
gestão do tempo

como trabalhar com as sequências e os blocos


Você tem em mãos o caderno do Partindo da necessidade dos alunos Sugerimos que você faça outras lei-
1º bimestre letivo, que é composto de do 3º ano de se apropriarem da escrita turas diárias para a classe, envolven-
uma sequência didática, Jogo da me- alfabética, é importante planejar situ- do a mesma temática: poemas sobre
mória e mural de curiosidades, conten- ações em que sejam convidados a ler animais. É importante cuidar para que
do propostas para a composição do e a escrever todos os dias. Por isso, a qualidade literária do livro escolhido
jogo com a escrita dos nomes desses sugerimos que reserve pelo menos seja do mesmo nível dos autores indi-
animais e de curiosidades sobre eles. 30 minutos diários para atividades que cados aqui. Se precisar escolher outro
Além de um bloco de leitura Poemas contemplem esse conteúdo. Também livro, opte por escritores já reconheci-
sobre animais, com uma diversidade é fundamental assegurar situações que dos pela qualidade de sua obra ou pe-
de textos para leitura por você e pe- tragam desafios de leitura e de reflexão los indicados nas propostas da própria
los alunos, e propostas de criação de sobre aspectos ortográficos para as sequência. Sugerimos que este bloco
novos versos e estrofes lacunadas; e o crianças com escrita alfabética. seja proposto pelo menos em uma aula
bloco Análise e reflexão sobre a língua, A sequência Jogo da memória e mu- por semana.
que traz atividades focadas na análise ral de curiosidades, que terá informa- E, por fim, o último bloco traz mais
e reflexão sobre o sistema alfabético, ções sobre animais marinhos, pode ser algumas atividades centradas na escri-
conteúdos ortográficos e pontuação. proveitosa para essa demanda, pois há ta alfabética, além de sequências com
Embora estejam dispostas em uma atividades com foco na reflexão sobre o foco na ortografia: segmentação do
sequência linear, a sugestão é traba- sistema de escrita (como a escrita dos texto em palavras e uso de G, GU e J.
lhar as atividades do bimestre inter- nomes dos animais e discussões sobre Integram ainda essa parte do caderno
caladas, pois os conteúdos de cada as grafias) e outras com foco na leitura propostas de observação inicial do uso
uma delas precisam estar presentes e escrita de textos informativos. Suge- dos sinais de interrogação e exclama-
na rotina de classe. Entretanto, a or- rimos que você realize as atividades da ção e algumas situações de retomada
dem das atividades apresentadas den- sequência em pelo menos quatro aulas de conteúdos ortográficos já discuti-
tro da sequência deve ser respeitada, distribuídas ao longo da semana. dos. Sugerimos que este bloco seja tra-
por conter uma lógica que considera a No bloco de leitura Poemas sobre balhado com a turma em duas ou três
progressão dos conteúdos e o grau de animais, vários textos poéticos, de dis- aulas semanais.
autonomia dos alunos. Essa proposta tintos autores, são apresentados nas O quadro abaixo exemplifica uma
rompe com a lógica de grande parte atividades. São poemas para ser lidos, possível rotina de trabalho tendo como
dos livros didáticos, segundo a qual é prioritariamente por você, em voz alta, referência a primeira semana de aplica-
necessário finalizar um conteúdo, ou ou mesmo pelas crianças que já leem ção das atividades presentes no Cader-
sequência, para então iniciar o outro. de forma convencional. no do aluno.

2ª-feira 3ª-feira 4ª-feira 5ª-feira 6ª-feira

Leitura em voz alta Leitura em voz alta de Leitura em voz alta Leitura em voz alta de
Poemas sobre animais
de poemas diversos outros textos literários de poemas diversos outros textos literários

Jogo da memória e mural Jogo da memória e mural Jogo da memória e mural Jogo da memória e mural
Roda de leitura
de curiosidades de curiosidades de curiosidades de curiosidades

Análise e reflexão Análise e reflexão


sobre a língua sobre a língua

16 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

jogo da memória e mural de curiosidades


pág. 11
analisem escritas, convencionais e não
convencionais, avançando significativa-
mente em suas hipóteses.
• Consultem outras palavras para es-
crever as que desejam.
• Utilizem índices diversos (extensão
do texto, partes iniciais e finais, partes
internas) para identificar onde uma pa-
lavra pode estar escrita.
Considerando somente aqueles alu-
nos com escrita alfabética:
• Revisem as produções da sequência
didática, registrando convencional-
mente os nomes dos animais mari-
nhos trabalhados, escrevendo conven-
cionalmente palavras com GU e, em
alguns casos, G e J.
• Segmentem a maioria das palavras.
• Planejem, textualizem, revisem e
editem, em duplas ou coletivamente
e sempre com o apoio do professor,
as curiosidades no texto no estilo Você
Sabia? e as regras do jogo.
• Observem, analisem e discutam ca-
sos de uso dos sinais de interrogação
e exclamação.
• Ampliem seus conhecimentos sobre
os textos de curiosidade científica, ob-
servando algumas de suas caracterís-
ticas: informações claras e objetivas,
texto curto e preciso, uso de linguagem
específica (alimentação, filhotes, locali-
zação, desova, macho, fêmea etc.).
• Ampliem seus conhecimentos sobre
os textos instrucionais, observando
algumas de suas características: itens
integrantes, clareza das explicações,
COM ESTA SEQUÊNCIA, • Localizem informações precisas com
base na leitura, na escuta, na releitura
ordem das ações, manutenção da pes-
soa escolhida (“passe a vez”, “vire uma
ESPERA-SE QUE OS ALUNOS e na nova escuta dos textos. carta” ou “passar a vez”, “virar uma
• Aproximem-se de um vocabulário típico carta” etc.).
• Leiam e acompanhem a leitura de pe- de textos enciclopédicos sobre animais.
quenos textos informativos, buscando • Nas situações de leitura, realizem an- TEMPO ESTIMADO
dados curiosos sobre os animais. tecipações, inferências, comparações, • 32 aulas.
• Comentem com outros o que estão verificações e validações de informa-
lendo, de forma a favorecer a compre- ções encontradas. material
ensão das informações. • Reflitam sobre a escrita alfabética e • Cartas que comporão o Jogo da me-

1º BIMESTRE 17
mória, a serem recortadas do caderno ou omissões (BALEA); ou a presença de camente produzirão, em duplas, curio-
dos alunos. um R em BAR, som que podem escutar sidades sobre um desses animais.
• Conjuntos de letras móveis. sem ter clareza da posição que deve E para que conheçam melhor os
• Enciclopédias de animais, contendo ocupar na palavra, com possibilidades animais e tenham fontes de informação
alguns dos que serão trabalhados. como BRA, BAR ou a própria omissão para a curiosidade, a parte inicial do
• Dicionários para consulta de vocabu- da letra. A grafia de fragata-comum traz caderno traz propostas envolvendo pe-
lário específico presente nos textos in- desafios similares: FRA pode resultar quenos textos com função informativa,
formativos. em FARA, FAR ou na omissão do R; o além de imagens. Também nesse caso,
• Cartolina para produzir as fichas de mesmo poderá ocorrer com MUM, de será possível diversificar os trabalhos
curiosidades sobres os animais mari- comum, com a omissão do M final. em classe, tendo parte do grupo atuan-
nhos que comporão o mural. Como parte integrante das situa- do de forma coletiva, com seu apoio
ções propostas na sequência, há uma direto, e outra parte em duplas, con-
introdução série de discussões, encaminhadas siderando nelas aqueles alunos que já
Envolver as crianças em propostas por você no quadro, nas quais a grafia podem se apoiar na leitura e na escrita
lúdicas, como a construção de um dos nomes de animais será discutida. com mais autonomia do que é propos-
jogo ou a escrita de curiosidades, é O objetivo é eleger duas ou três de to. Conversas com moradores podem
sempre uma forma de concentrar o um mesmo nome e discuti-las com o ser fonte de informações para as fichas
interesse delas. Enquanto se ocupam grupo, pedindo o apoio, em especial, de curiosidades que farão parte do mu-
do propósito comunicativo de elaborar de crianças que pensem de uma forma ral sobre animais marinhos.
um jogo e um mural para colegas do 1º mais próxima sobre a escrita. Por fim, a sequência supõe a produ-
ano, lidam com conteúdos importantes Os alunos que já produzem alfabe- ção coletiva – e aí, sim, considerando
envolvendo a leitura e a escrita. ticamente e se iniciam como leitores todos os alunos – de regras do jogo
Nesse sentido, outra justificativa lidarão com demandas ortográficas ao da memória, com o objetivo de ensinar
para a proposta encontra-se nas pró- produzir as cartelas do jogo, também os colegas do 1º ano. Nesse caso, as
prias situações em que os alunos terão podendo compor grafias distintas para discussões não serão sobre a escrita
o desafio de ler e de escrever. Consi- uma mesma palavra: marlim-azul pode- de palavras, mas a forma como dizer
derando aqueles que não escrevem de rá ser escrito sem o M ou o L finais algo para outras crianças, explicando
forma alfabética, produzir as cartas do ou ainda com N, no lugar do M final. o funcionamento do jogo. Ou seja, o
jogo permitirá inúmeras reflexões so- Colocá-los em pequenos grupos com foco estará no texto em si, na lingua-
bre o sistema de escrita. Os animais colegas que também produzem alfa- gem, na estrutura e no seu propósito.
escolhidos demandaram uma seleção beticamente, para comparar e discutir Vale salientar que o bloco Análise e
criteriosa, com nomes compostos e grafias, permitirá bons espaços de re- reflexão sobre a língua traz algumas
que apresentassem diferentes combi- flexão sobre questões ortográficas. atividades que podem ser utilizadas,
nações de letras em suas grafias. Além da produção das cartelas, ainda, como fontes de informação.
Sabe-se hoje, por pesquisas coor- você encaminhará a escrita de uma Daí, mais um motivo para que os di-
denadas pela investigadora argentina curiosidade no estilo Você Sabia? Aqui, ferentes blocos sejam encaminhados
Emilia Ferreiro, que crianças que produ- a proposta é realizar uma produção paralelamente.
zem silabicamente ou de forma quase coletiva, tendo os alunos que não es- Em síntese, a sequência criará
alfabética enfrentam problemas ante a crevem convencionalmente ditando a amplas reflexões sobre o sistema de
tarefa de grafar duas vezes uma mes- curiosidade para você, podendo dessa escrita e a composição de textos com
ma palavra e, por causa das próprias forma discutir como compor o texto propósitos comunicativos, o que au-
combinações de letras em jogo, podem e enquanto observam um modelo de menta a importância de discussões e
apresentar duas escritas distintas. As- escritor. Já os que escrevem alfabeti- revisões que integram essa proposta.
sim, por exemplo, tendo de compor
duas cartelas de um mesmo animal, te-
rão de escrever duas vezes seu nome.
E nomes com combinações de letras • Mais informações sobre o tema no
que exigem mais reflexão. Baleia jubar-
te, para citar um exemplo, pode apre-
quer saber mais? capítulo A desestabilização das escritas
silábicas: alternâncias e desordem
sentar vários desafios, como a combi- com pertinência, do livro O ingresso na
nação seguida de três vogais (EIA), algo escrita e nas culturas do escrito, Emilia
que pode gerar trocas entre elas (IAE) Ferreiro (org), Ed. Cortez

18 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

quadro de organização da sequência


Etapas Atividades

1A Animais marinhos da costa baiana

1B Pesquisa familiar sobre animais marinhos


Jogo da memória e mural de curiosidades:
1
apresentação da proposta
1C Apresentação das peças do jogo da memória

1D Atividade de escrita com base nas peças do jogo

2A Escrita de nomes de animais nas peças do jogo

2B Discussão coletiva sobre grafias

2C Leitura de texto pelo professor e desenho

2D Seleção de informações com base em um texto


2 Produção do jogo da memória e de textos informativos curtos
2E Adivinhas sobre animais

2F Leitura e escrita em duplas

2G Leitura e interpretação de imagem

2H Leitura de notícias, interpretação e debate

3A Escrita de texto informativo curto


3 Produção e revisão dos textos Você sabia?
3B Atividade de reescrita de texto, em duplas

4 Produção final das cartas do jogo da memória 4 Atividades de escrita em duplas ou quartetos

5 Planejamento e produção das regras do jogo da memória 5 Lista de itens que não podem faltar nas regras

6 Produção das regras do jogo 6 Produção de texto coletivo com as regras do jogo

7 Encerramento: apresentação do jogo e do mural ao 1º ano 7 Leitura de textos do mural e jogo com os colegas

1º BIMESTRE 19
pág. 12

ETAPA 1 - Jogo da memória e mural


de curiosidades: apresentação da
proposta

A leitura do texto de apresentação


da sequência didática pode ser acom-
panhada de uma exploração do tema:
em roda, converse com a turma sobre
quais animais são conhecidos por eles,
quais não, quem conhece outros etc.
Se houver a possibilidade, você pode
trazer para a sala uma diversidade de
livros, por exemplo, da biblioteca da
escola, com imagens de animais mari-
nhos para instigar a curiosidade sobre
o assunto. A própria imagem da tartaru-
ga-oliva, presente nesta página, poderá
disparar uma boa conversa. O animal
foi escolhido porque uma das sedes
do Projeto Tamar está justamente loca-
lizada na Praia do Forte, no litoral da
Bahia, visto que muitas espécies de tar-
tarugas marinhas circulam e desovam
em praias do estado. Você pode per-
guntar o que os alunos sabem sobre as
tartarugas, se já as viram na praia, se
sabem como escondem seus ovos etc.
A conversa tem como objetivo não
apenas apresentar o tema, mas já dei-
xar as crianças curiosas por conhecer
alguns animais e por elaborar o jogo.

Wallace dos Santos Roseira Ilustração dos alunos


EM General Labatut

20 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 13

O mapa do litoral baiano poderá ser


apresentado já na conversa disparado-
ra, caso seja do seu interesse. Se pro-
ceder desse modo, vale a pena apre-
sentar para as crianças o que é o litoral
do estado e as praias e as cidades nele
localizadas.
Outro uso do mapa será ao longo
das atividades da sequência: sempre
que um local for citado nos textos so-
bre animais, ele pode ser retomado, de
forma a situar melhor as crianças em
relação às regiões da Bahia nas quais
essas espécies vivem ou circulam em
alguns períodos do ano.

formação de duplas produtivas


Componha duplas de alunos considerando a proximidade de
hipóteses. Não é interessante ter crianças que produzem alfa-
beticamente com outras que ainda não fizeram essa conquista.
Sempre que possível, considere a seguinte composição: alunos
com produções pré-silábicas com alunos com produções silábicas;
alunos com produções silábicas com alunos com produções silá-
bico-alfabéticas. Forme parcerias entre aquelas que já produzem
alfabeticamente ou que estão bem próximas dessa conquista.

1º BIMESTRE 21
pág. 14

1A Animais marinhos da costa Não é preciso que essas discussões


baiana na dupla resultem em escritas corretas.
Em todas as propostas, é preciso O que importa é que as crianças viven-
ler para as crianças e explicar o enun- ciem uma oportunidade de comparar,
ciado. Esta atividade disparadora per- analisar e conversar sobre distintas gra-
mitirá a você conhecer um pouco mais fias. Também não é preciso que você
sobre o repertório de animais que sua proponha discussões e comparações
turma possui. Por se tratar de escrita, envolvendo todas as palavras da lista.
é interessante que as crianças traba- O que mais conta é a oportunidade de
lhem em duplas que estejam em hipó- comparar e conversar e não a quantida-
teses de escrita próximas, tendo as- de de palavras escritas.
sim maiores oportunidades de refletir Sobre a quantidade de nome de ani-
sobre a grafia das palavras. Por isso, mais a escrever, conhecendo o grupo
oriente as crianças a conversar com de alunos, você poderá definir que a
os colegas não apenas sobre quais lista deverá ter, no mínimo, quatro ou
animais entrarão na lista mas também cinco animais, por exemplo. No caso
sobre como escrever o nome de cada de duplas que já produzam alfabetica-
um. Pode ocorrer de citarem animais mente, se você avaliar adequado, soli-
que não vivem nesta região ou até que cite um número maior.
não sejam marinhos, o que não resulta A correção se centrará na compo-
em nenhum problema neste momento. sição de uma lista coletiva de animais,
Durante a atividade circule pela sala, contendo apenas aqueles que, de fato,
observando como cada dupla está tra- são marinhos e vivem na costa baia-
balhando e instigando conversas. Caso na. A lista poderá ficar num canto do
duas crianças tenham cada qual escrito quadro durante a sequência ou mesmo
o nome do animal de um jeito, proponha num mural na sala de aula.
uma comparação, pedindo que justifi- A atividade 1A não exige uma corre-
quem para o colega o por quê daquela ção individual. Importa manter as escritas
grafia ou mesmo da ordem de letras. conforme compostas por cada criança.

pág. 14

1B Pesquisa familiar sobre animais Além de ler e explicar o enunciado, retome a lista coletiva de animais inicia-
marinhos você também pode definir a quantidade da na atividade 1A e a amplie com os
Esta será uma tarefa a ser feita em de animais e informar as crianças. A novos animais.
casa. Lembre os alunos de pesquisar sugestão é pedir entre dois e cinco, de- Essa atividade não exige uma cor-
apenas animais marinhos que circulam pendendo das possibilidades do grupo. reção individual feita por você. É im-
na costa baiana. A proposta é ampliar Na correção coletiva, não se con- portante manter as escritas conforme
o repertório da turma. centre na grafia das palavras. Apenas compostas pelas crianças.

22 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

págs. 15 a 17

1C Apresentação das peças do


jogo da memória
Esta atividade apresenta os dez
animais que farão parte do jogo. Para
torná-la mais desafiadora, proponha que
os alunos encontrem onde está escrito
cada animal que você solicita. Para isso,
não os apresente na ordem em que es-
tão. Peça, por exemplo, que localizem
entre os cinco primeiros o marlim-azul,
mas que guardem essa informação. Isso
permitirá que todos possam explorar os
diferentes nomes, buscando o solicita-
do. Ajude-os, perguntando: “Como será
que começa este nome, marlim-azul?”;
“Algum nome da classe pode ajudar a
encontrar este?”; e “Na nossa classe
tem Maria, será que ajuda?”.
Chame a atenção, especialmente,
para o começo e o final das palavras e
favoreça comparações com os nomes
da turma ou com palavras conhecidas,
como meses do ano ou expressões usa-
das na rotina de atividades. A intenção
não é chamar a atenção para sílabas,
famílias silábicas ou letras isoladas. Se
não houver palavras como essas para
apoiar a análise, você pode pedir às
crianças com leitura convencional que
digam outra palavra que comece ou
termine como o nome do animal procu-
rado. Escreva-a no quadro para permitir
que todos façam a devida comparação.
Para instigar a curiosidade da turma,
você pode separar uma informação in-
teressante sobre cada animal do jogo
e contá-la tão logo ele for descoberto.
Busque as informações nos textos infor-
mativos do caderno. Apresente-as em
forma de Você Sabia?, aproximando o
grupo da estrutura que será trabalhada
nesta sequência.

1º BIMESTRE 23
pág. 17

1D Atividade de escrita com base observar a segmentação do texto em


nas peças do jogo palavras e as especificidades ortográfi-
Esta atividade de cópia permite aos cas. Para os demais, o desafio é copiar
alunos que produzem alfabeticamente todas as letras na ordem correta.

pág. 18

ETAPA 2 - Produção do jogo da Proponha as escritas dos nomes pares de cartas já elaborados. Cada
memória e de textos informativos de cada animal na carta. Durante a criança escreverá novamente os mes-
curtos atividade, o caderno não deverá ficar mos nomes de animais, mas em novas
disponível, para evitar cópias. Porém, é cartas. Não se preocupe com a sobra
2A Escrita de nomes de animais fundamental que a criança saiba o nome de cartas nos cadernos, pois elas se-
nas peças do jogo do animal com o qual trabalhará. Para rão utilizadas quando passarem a lim-
Esta é uma atividade de escrita indi- isso, informe sempre que for pedido. Se po. Cada criança terá as cartas neces-
vidual, apesar de ser feita em duplas, avaliar que escrever os nomes nas cin- sárias para passar a limpo no caderno
e que poderá ser usada como um ma- co cartas será uma demanda grande, do parceiro: os cinco pares que não
peamento da turma em relação às hi- proponha três num dia e duas no outro. foram utilizados nas primeiras escritas.
póteses de escrita. A organização e o Circule entre a classe e provoque Concluídas essas atividades, você
encaminhamento dela demandarão um reflexões, chamando a atenção para pode se dedicar a analisar as escritas
bom planejamento da sua parte. a possibilidade de as crianças consul- produzidas, não apenas mapeando as
Cada criança da dupla será respon- tarem o nome dos amigos ou mesmo hipóteses de cada um mas também
sável pela escrita de cinco pares de car- outras palavras familiares, como os comparando as duas escritas do nome
tas, diferentes das do colega. Assim, meses do ano. Sugira que leiam o que do mesmo animal. Essa análise dará a
ao juntar todos os pares, a dupla terá estão escrevendo para que as que você muitas informações a respeito de
o jogo completo. Solicite que recortem escrevem silabicamente controlem a como cada aluno está pensando sobre
uma carta por vez (no Caderno do alu- quantidade de letras a usar. Por exem- a escrita neste momento. Como se tra-
no, pág. 55; neste caderno, pág. 75). plo: “Em tartaruga, para fazer o GA, o O ta de cópia, circule pela sala e chame
Atribua o número 1 para uma da dupla e é uma boa letra?”; ou “Você já colocou a atenção de crianças que não tenham
o número 2 para a outra. Ao final, você o A para fazer o TA de tartaruga. Será copiado convencionalmente, sugira
terá o grupo 1 e o grupo 2. Peça que o que precisa de mais alguma letra?”. comparações relacionadas à ordem
grupo 1 recorte uma carta do animal X, Ao final, recolha as cartas produzi- das letras e a possíveis trocas ou omis-
enquanto o 2 destaca uma carta do ani- das tendo o cuidado de não misturá-las sões. Se quiser, proponha que algumas
mal Y. Siga assim com as cinco cartas com as dos colegas. Em outro dia, digam os três animais que conheceram
de cada integrante da dupla. repita a atividade, trabalhando com os na atividade.

24 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 18

2B Discussão coletiva sobre preciso tomar cuidado para não expor Não será necessário trabalhar des-
grafias de forma negativa quem for até o qua- sa maneira com os dez nomes. Discuta
Esta atividade reúne várias discus- dro. Todos os alunos, certamente, pen- seis deles, por exemplo, considerando
sões coletivas sobre grafias de pala- saram sobre a escrita ao produzir os três escritos pelos alunos do grupo 1 e
vras que você escreverá no quadro. nomes dos animais e poderão falar so- outros três pelo grupo 2. Assim, você
Dela participarão apenas as crianças bre isso. A depender de características encaminhará três sessões de discus-
que não escrevem de forma alfabética. da turma, vale a pena uma conversa sões como essa, cada qual analisando
Adiante, estão as sugestões de traba- antes de iniciar a atividade, chamando grafias para dois nomes de animais.
lho para as que produzem alfabetica- a atenção para o respeito necessário Para as crianças que produzem al-
mente. com cada colega. fabeticamente, organize pequenos gru-
Selecione duas ou três grafias para Chegando à terceira grafia, chame pos, quartetos se possível, e ofereça,
o nome de um animal. Considere gra- a criança que a compôs e peça que registradas em um papel, duas ou três
fias que tenham sido mais apresenta- explique como pensou. Em seguida, grafias que apresentaram para um di-
das pelas crianças. Escreva-as no qua- instigue o grupo com novas questões: ferente nome. Estarão em jogo, aqui,
dro, como no exemplo: “Aqui, o U está fazendo o RU de tarta- questões de trocas de letras, desor-
ruga. Será que precisa de mais alguma dem (como o exemplo de fragata: FAR,
letra?”; “Além do U, que outra letra é FARA) e aspectos vinculados a regulari-
A A U G O I A boa para fazer o RU de tartaruga?”; “E dades ortográficas.
até onde será que está escrito tartaru- Enquanto você encaminha as ses-
T T U A O I V ga?”; “Onde termina tartaruga e onde sões de discussão com o restante do
começa oliva?”; “Que letra precisa para grupo de alunos, deixe essas crianças
T A T A U G O L V A
terminar tartaruga?” etc. atuando nos pequenos grupos e propo-
Você deve prestar muita atenção nha que discutam as diferentes grafias,
nas justificativas apresentadas pelas tentem justificá-las e, ao final, cheguem
Em seguida, pergunte ao grupo crianças e ajustar as intervenções a um acordo sobre a que consideram
qual das escritas melhor representa (comparações entre palavras, novas mais adequada.
tartaruga-oliva. Caso as respostas re- perguntas etc.) ao que explicitam. É possível que as sessões de dis-
caiam nas duas primeiras opções, faça Não será necessário, nesse momen- cussão que você realiza com as de-
questões similares às feitas enquanto to, chegar a uma escrita convencio- mais crianças tomem mais tempo do
escreviam: “Será que o A sozinho faz o nal de cada nome, já que as crianças que essas conversas dos grupos com
TA?”; “Aqui, oliva terminou com a letra aprendem, e muito, durante a discus- produções alfabéticas. Se isso acon-
V. Com qual letra será que termina oli- são e não somente ao final, quando tecer, você pode propor que realizem
va?” etc. Conforme as crianças mudam expostas à escrita correta. atividades do bloco Análise e reflexão
a escrita, você registra essas mudan- Caso avalie que a turma tem condi- sobre a língua, sejam elas de segmen-
ças ao lado de cada opção do quadro, ções de se concentrar por mais tempo, tação do texto em palavras, sejam as
ainda que sejam pequenas. a cada dia você poderá encaminhar a primeiras da sequência, de uso de G,
Durante a discussão, vale a pena discussão envolvendo grafias para dois GU e J. Vale considerar que a tarefa
chamar as crianças que tenham feito nomes de animais do jogo da memória. para essas crianças precisa ser dife-
essas escritas para que as justifiquem. Se preferir, discuta a cada vez que tra- renciada, já que não faz nenhum sen-
Todas as justificativas precisam ser balhar esta sequência apenas a grafia tido tê-las participando da discussão
bem aceitas e acolhidas por você. É de um dos nomes. sobre grafias não alfabéticas.

1º BIMESTRE 25
Uma opção interessante para todas seja possível ver esses animais, como
as atividades desta etapa 2 é encami- o Projeto Tamar; assistir a vídeos; con-
nhá-las coletivamente com as crianças sultar enciclopédias, impressas ou digi-
que não produzem escritas alfabéticas, tais etc. Avalie se é possível trazer um
pois elas terão você lendo os textos e especialista para uma entrevista em
apoiando-as de modo direto na realiza- classe. As escolas situadas na região
ção das tarefas. Enquanto trabalha com costeira ou que contem com museus
esse grupo, forme duplas ou quartetos marinhos por perto devem aproveitar
de alunos já leitores e com produção esses contextos para gerar novas si-
alfabética. Para essa opção ser viável é tuações de aprendizagem. Conversas
importante que as crianças aprendam com moradores dessas regiões tam-
a trabalhar em duplas ou pequenos gru- bém podem ser uma valiosa fonte de
pos. Não deixe de ensiná-las, pois essa informações.
é uma excelente situação para apren- No caso de saídas a campo, é interes-
der. Sugira que o leitor mais experiente sante propor um registro coletivo dessas
de cada grupo leia para os outros. situações. Retoma-se a visita feita e as
Esse conjunto de propostas visa crianças ditam para você o que obser-
formar um repertório para a produção varam e aprenderam. Esses registros
dos textos do mural. Você também podem permanecer no mural durante o
pode programar visitas a locais onde desenvolvimento de toda a sequência.

págs. 18 e 19

2C Leitura de texto pelo professor


e desenho
No trabalho com textos informativos,
ainda que curtos, como neste item, é
importante assegurar que todos tenham
compreendido o que foi apresentado.
Assim, ao ler cada texto, pergunte se
entenderam as informações, questione
sobre palavras que antecipa não serem
tão conhecidas. Pergunte se sabem o
que quer dizer e trabalhe com base nas
colocações que trazem. Utilize dicioná-
rios se for o caso e, por vezes, explique
você o que significam.
Essas atividades podem ser feitas
intercaladas com discussões sobre a
grafia e não apenas depois que todas
elas tiverem terminado. Nesta propos-
ta, depois que você fizer a leitura dos
textos, solicite a ilustração, sempre
lembrando que não se trata de um de-
senho de Artes, mas de uma ilustração
informativa, ou seja, remeta as crianças
à observação das imagens dos animais
na atividade 1C, sugira um desenho de
observação.

26 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 19

50 a 60.
2,5 metros.
Até 30 anos.
Um filhote.
Leia à direita. Peixes, lulas, polvos e camarões.

2D Seleção de informações com palavras que não conhecem etc.


base em um texto Em seguida, proponha o preenchi-
Este texto é um pouco mais extenso. mento da tabela, tendo as crianças
Com base no conhecimento da turma, atuando em duplas. Considere os crité-
avalie se é o caso de proceder como rios sugeridos na atividade 2A. Todos
na proposta anterior, deixando aqueles os dados, com exceção do último, são
que produzem alfabeticamente atuando numéricos. Ou seja, a ideia é que as
entre eles, ou se é o caso de ter todos crianças percorram o texto explorando
participando da leitura que você realiza. os números, enquanto você circula pela
É preciso que as crianças entendam os sala apoiando essa busca. Ao final, rea-
dados que o texto traz. Se possível, use lize uma correção coletiva no quadro,
algumas imagens ou vídeos, pois isso compondo uma tabela idêntica à do
favorece a compreensão mais ampla. caderno e preenchendo com os dados
Converse sobre cada informação, as identificados pelos alunos.

Emilly Abade Sacramento


EM Paroquial da Vitória

1º BIMESTRE 27
pág. 20

2E Adivinhas sobre animais dades e, caso não acertem, dê a res-


Esta atividade também pode ser posta correta.
proposta com uma divisão da turma Em seguida, peça que localizem o
entre os que já produzem alfabetica- nome do animal na coluna à direita.
mente e são capazes de ler as dicas Pergunte como acham que começa
e os demais em duplas, trabalhando ou como termina aquela palavra, insti-
coletivamente, com você realizando a gue comparações com os nomes dos
leitura. Dessa forma, poderão discutir amigos ou mesmo com expressões
a localização dos nomes dos animais. familiares. Se marcarem outro nome,
Para que essa atividade se torne chame a atenção, igualmente, para iní-
também um momento de reflexão so- cios e finais das palavras, sugira troca
bre o sistema de escrita, leia o texto de justificativas entre as crianças: “Por
sobre o animal e ajude-os a compreen- que você pensa que é aqui que está es-
der as informações contidas nele. Por crito baleia jubarte?”; “Como começa
fim, pergunte de qual se trata. Se não baleia?”; “Como termina?” etc. Ao final,
souberem, ofereça algumas possibili- proceda a uma correção coletiva.

28 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 21

Fragata-comum.

O badejo-quadrado é conhecido também por

badejo-ferro, quadradinho, sirigado e sirigado-preto.

42 quilos.

2F Leitura e escrita em duplas mandíbulas poderosas? Em que elas


Como nas atividades anteriores, ava- ajudam na alimentação?”.
lie a melhor opção neste caso, de acor- Em seguida, leia a primeira pergun-
do com a turma: todos atuando com ta. Verifique se entenderam e deixe-as
você, leitor dos textos, ou organizando buscar a resposta nos textos. Os no-
em duplas os que produzem alfabetica- mes dos animais estão em outra cor
mente e leem, atuando entre elas. justamente para que sejam localizados
Se for o caso, leia os textos infor- com mais facilidade.
mativos mais de uma vez de modo a Proceda como sugerido anteriormen-
assegurar que tenham compreendido. te: circule pela sala, instigue reflexões
Novamente, cuide da questão do vo- sobre as palavras, sugira que foquem
cabulário, pois a ocorrência de termos trechos ainda menores do texto quando
desconhecidos pode comprometer o não estiverem localizando a informação
entendimento. Use o dicionário, se for etc. Quando observar que o grupo con-
o caso, e consulte as demais crianças cluiu, leia a segunda questão e assim
devolvendo questões: “O que será que sucessivamente. Ao final da atividade,
significa mandíbulas? Vou dar uma dica: faça uma correção coletiva registrando
é uma parte da boca” e “O que são as respostas no quadro.

1º BIMESTRE 29
pág. 22

CABEÇA
PRIMEIRA BARBATANA DORSAL

SEGUNDA BARBATANA DORSAL


NARINA

OLHO

BOCA

BARBATANA CAUDAL
FOCINHO

BARBATANA PEITORAL

2G Leitura e interpretação de na lista. Durante esse momento, circu- indica olho) está escrito focinho. E aqui
imagem le pela sala, sobretudo entre as duplas em cima (indicando focinho), o que
Para que essa proposta se torne, que não produzem alfabeticamente, pode estar escrito?”.
além de informativa, um bom momento e instigue reflexões: “Como se inicia Quando forem copiar, assegure-
de reflexão sobre a escrita, você pode boca?”; “Como termina peitoral?”; e -se de que todos tenham localizado a
organizar os alunos em duplas, sempre “Algum nome de amigo pode ajudar a parte correta. Desenhe o corpo do tu-
considerando os critérios de escolha já descobrir onde está escrito cabeça?”. barão no quadro ou use uma imagem
apresentados na orientação que está Observe que a ordem dos itens na semelhante à do caderno. Assim que
no início da segunda etapa. lista foi intencional, permitindo que as boa parte dos alunos localizar o item,
Leia a lista de partes do corpo, mas crianças lidem com alguns problemas. chame um dos que já produzem alfabe-
numa ordem distinta da que está, ape- A palavra focinho para algumas crian- ticamente para escrevê-lo no quadro.
nas para aproximar as crianças dos ças pode iniciar com O e, logo acima, As palavras devem ser escritas con-
termos. Em seguida, indique uma seta colocamos a palavra olho. Use essa vencionalmente. Por isso, essa criança
e converse sobre qual parte do corpo proximidade para promover compara- pode copiar do caderno. Em seguida,
ela indica. Peça, então, que a localizem ções: “Vocês estão dizendo que aqui (e todos copiam no próprio material.

30 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 23

2H Leitura de notícias,
interpretação e debate
Os dois textos foram extraídos da
internet e não de veículos impressos.
Essa é uma das razões para que não
se realize um trabalho vinculado ao por-
tador da informação (jornal). Importa
apenas que ouçam sua leitura das notí-
cias e conversem sobre as informações
nelas presentes. Vincule-as ao que a tur-
ma aprendeu nas atividades anteriores,
em possíveis visitas a outros espaços
e com a observação de vídeos, livros e
revistas informativas sobre os animais.
Essa é uma atividade para realizar
com toda a turma, de forma coletiva,
e centrada na leitura que você fará.
Leia a primeira notícia e, em seguida,
faça uma releitura, parando em alguns
pontos e conversando com as crianças
sobre o tema do texto e o entendimento
das informações. Proceda do mesmo
modo com a segunda notícia.

Raiane Teles Lima


EM Batista de Valéria

1º BIMESTRE 31
pág. 24

ETAPA 3 - Produção e revisão dos caminhe a proposta com todos os que Se resultar muito extenso, digite e im-
textos de Você sabia? não produzem escritas alfabéticas. prima-o, para que colem no espaço re-
Leia o enunciado. Retome com eles servado no caderno, ou ainda escreva
3A Escrita de texto os animais marinhos do jogo e, igual- de forma manuscrita para cada aluno. A
informativo curto mente, a estrutura de um texto no esti- cópia de textos extensos por parte de
Encaminhe a atividade separada- lo Você sabia? Eleja com as crianças o crianças que ainda não escrevem alfa-
mente. Forme duplas com os alunos animal que será foco do texto e releia beticamente pode representar um gran-
que produzem escritas alfabéticas, informações sobre ele, tanto presentes de desafio para elas, sem que favoreça
leia o enunciado, peça que escolham no caderno quanto em outros registros aprendizagens significativas.
um animal e busquem informações no eventualmente coletados. Dependendo do tempo que você
caderno ou em outras fontes. Depois Proponha que o grupo decida sobre tenha, nesse dia ou na aula seguinte,
de selecionada a informação desejada, o que escrever e solicite que ditem o organize uma rodada de leitura dos
é preciso escrevê-la. Dependendo da texto a você. Não se trata de pedir que textos produzidos. Você pode escrever
competência escritora do grupo, enca- ditem letras ou mesmo de discutir com todos no quadro e discuti-los, pergun-
minhe a produção de dois textos. Cada que letras se escreve cada palavra. O tando, por exemplo, se os alunos têm
um pode ser registrado no caderno de desafio é compor um texto, consideran- sugestões para dar aos colegas, bus-
um dos integrantes da dupla. do-se o conteúdo escolhido. Enquanto cando aprimorá-los. As dicas devem
Com o restante do grupo, encami- as crianças ditam, vá escrevendo no ser registradas por você, como em
nhe uma produção coletiva. Caso se- quadro e lendo em voz alta, retomando uma situação de revisão coletiva. Caso
jam muitos os alunos que ainda não o texto do início: “Vocês já escreveram a sugestão seja uma troca de palavras,
escrevem alfabeticamente, e tendo ‘Você sabia que a baleia jubarte pesa...’ risque a que deve ser excluída e insira
você essa oportunidade, divida-os em e agora, como continuamos?” É impor- a nova; se uma palavra foi omitida, use
dois grandes grupos. Um deles realiza tante ajudar as crianças nessa compo- uma chave em V no local em que deve-
a produção coletiva enquanto outro faz sição, de forma a assegurar que usem ria estar e a escreva ali. Dessa forma,
uma atividade possível de ser feita com termos corretos, bem como recuperem você estará apresentando aos alunos
mais autonomia por duplas de alunos. os dados precisamente. Exemplos: “Vo- procedimentos e marcas de revisão.
Depois, trocam de tarefa. Essa estraté- cês falaram ‘nascem os filhos’. É me- Cada dupla deve incorporar ao texto
gia permitirá que um grupo menor de lhor dizer filhos ou filhotes?” ou “Vamos do caderno as dicas que receber. Mais
alunos participe da produção coletiva olhar de novo na informação para ver adiante, o texto será passado a limpo
de cada vez, o que cria a possibilidade se o peso é esse mesmo?”. na ficha que irá para o mural. Veja um
de instigar mais a atuação de todas as Ao final, proponha que copiem a lá- modelo para ser entregue aos alunos
crianças. Caso isso não seja viável, en- pis o texto composto coletivamente. na página 70 deste caderno.

32 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 24

3B Atividade de reescrita de texto Enquanto essas duplas atuam na


em duplas atividade, proponha outra tarefa para
Deve ser realizada pelas crianças o restante do grupo. Você pode enca-
que produzem escritas alfabéticas e minhar uma das propostas focadas no
que compuseram seus textos em du- sistema alfabético no bloco de Análise
plas. Observe que os desafios de re- e reflexão sobre a língua.
visão são da ordem do sistema: grafia Também será necessário passar a
do nome do animal e de outras pala- limpo os textos no estilo Você Sabia?
vras e separação entre as palavras. produzidos coletivamente. Para isso,
Leia o enunciado para as duplas e peça que as crianças com produções
oriente-as na atividade, lembrando a alfabéticas façam a cópia.
importância de realizarem consultas Você pode, ainda, considerar crian-
em outros textos e discutirem, entre ças que não se encontram na escrita al-
si, as correções que desejam fazer. O fabética, mas próximas dessa conquis-
texto não precisa resultar totalmente ta, para que formem duplas com alunos
convencional. O mais importante é a com produção alfabética. Dessa forma,
reflexão que as duplas farão das pró- aquelas serão apoiadas por estas na
prias escritas durante a análise. atividade de cópia.

Lucas de Souza Oliveira


EM Professora Hilda Fortuna de Castro

1º BIMESTRE 33
pág. 25

ETAPA 4 - Produção final das e diga qual é o animal: “Aqui, vocês


cartas do jogo da memória têm todas as letras para formar tuba-
rão-tigre”. Elas devem usar todas as
4 Atividades de escrita em duplas letras para compor o nome. Passe nos
ou quartetos grupos para apoiá-los nesta tarefa, su-
A atividade deve ser encaminhada gerindo que releiam, observem as le-
depois de todas as sessões de discus- tras que sobraram e comparem com
são coletiva de alguns nomes do jogo outras escritas se for o caso. Sempre
da memória. Organize quartetos, se que um grupo terminar a tarefa, certi-
for possível, tendo em cada grupo uma fique-se de que compôs corretamente
dupla de crianças que já produz escrita o nome do animal.
alfabética e outra que ainda não o faz. Em seguida, as crianças do agru-
Caso não tenha essa oportunidade, or- pamento que foram responsáveis por
ganize grupos um pouco maiores, mas registrar o nome de animal nas car-
tendo em cada um ao menos uma du- tas iniciais o copiam nas cartas que
pla de crianças que já escreva alfabe- formam o par. Oriente-as para que o
ticamente. Será para essas que você façam atentamente e com capricho,
entregará o conjunto de letras móveis pois estas são as cartas dos jogos
(disponíveis na página 73), depois de que serão entregues aos colegas do
ler em voz alta a proposta de atividade. 1º ano. Você terá a tarefa de olhar
As duplas devem ser as mesmas cada uma, chamando a atenção quan-
que fizeram as atividades iniciais de es- do achar algum erro. A escrita precisa
crita do nome dos animais nas cartas estar correta, seja por se tratar de
do jogo da memória. Assim, proponha uma situação de cópia, seja conside-
que recortem as cartas restantes no rando os destinatários do jogo. Depois
caderno e troquem com a dupla. Isso da cópia, dê a cada dupla um novo
fará com que, novamente, se dediquem conjunto de letras, de outro animal,
a pensar sobre a escrita dos mesmos para que procedam do mesmo modo.
animais que nas atividades iniciais. Como são muitos nomes de animais
Entregue para a dupla que produz – dez no total –, é importante encami-
alfabeticamente um conjunto de le- nhar essa atividade em dois ou mais
tras móveis contendo apenas as ne- dias. Ao final, cada dupla de crianças
cessárias para o nome de um animal terá composto um jogo da memória.

34 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


JOGO DA MEMÓRIA E MURAL DE CURIOSIDADES - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 25

ETAPA 5 - Planejamento e
produção das regras do jogo
da memória

5 Lista de itens que não podem


faltar nas regras
Pergunte às crianças se conhecem
o jogo da memória e suas regras. Na
sequência, proponha a escrita dessas
regras, que serão entregues para os
alunos do 1º ano. Nesse momento, é
importante que você leia o texto com as
regras, publicado nesta página, a fim de
oferecer um modelo de como poderão
organizá-lo. Proponha algumas rodadas
usando os jogos fabricados pelas crian-
ças, em duplas ou quartetos.
Caso queira distribuir as regras para
cada grupo, providencie algumas có-
pias do quadro abaixo.

REGRAS DO JOGO DA MEMÓRIA


1 EMBARALHAR AS PEÇAS.

2 ORGANIZAR AS PEÇAS, COM OS DESENHOS VIRADOS


PARA BAIXO, EM FILEIRAS COM A MESMA QUANTIDADE.

3 DECIDIR A ORDEM DE CADA JOGADOR.

4 O JOGADOR LEVANTA DUAS PEÇAS DE MODO QUE


TODOS OS OUTROS POSSAM VISUALIZAR.

5 QUANDO LEVANTAR PEÇAS IGUAIS, O JOGADOR FORMA


UM PAR E FICA COM ELE.

6 QUANDO FORMA UM PAR, O JOGADOR TEM DIREITO DE


JOGAR OUTRA VEZ.

7 QUANDO NÃO CONSEGUE LEVANTAR PEÇAS IGUAIS, O


JOGADOR DEVE COLOCÁ-LAS NA POSIÇÃO ORIGINAL.

8 GANHA O JOGO QUEM CONSEGUIR FORMAR MAIS PARES.

1º BIMESTRE 35
pág. 26

ETAPA 6 - Produção das regras Registre no quadro as sugestões. A cada palavra. Caberá a você, como
do jogo lista pode resultar em materiais neces- escritor experiente, compor um texto
sários, quantos jogadores, organização convencional. A tarefa das crianças é
6 Produção de texto coletivo com das cartas, como jogar, quem ganha se concentrar no modo de explicar, cla-
as regras do jogo etc. Todos copiam a lista no caderno. ramente, a dinâmica do jogo.
Todos participarão desta atividade Relembre com a turma o passo a O texto não deve ser extenso, pois
coletiva de produção de texto de gê- passo, desde a organização das car- há poucas regras e o jogo é de nature-
nero instrucional. Explique que as crian- tas sobre a mesa ou o chão. Proceda, za bem simples. As crianças não preci-
ças terão de escrever os materiais então, completando cada item com sam copiá-lo no caderno. Peça que alu-
necessários (quantas cartas compõem informações detalhadas sobre as eta- nos que já produzem alfabeticamente
cada jogo), o número de participantes, pas a serem seguidas pelos jogadores. copiem, cada qual, um pequeno trecho
como organizar as cartas na mesa e Consulte sempre as crianças sobre o num cartaz ou projetor multimídia. As
de que forma jogar. Leia novamente as que dizer e com que palavras explicar. regras serão entregues ao professor
regras para que compreendam melhor Também aqui a tarefa não será ditar dos colegas do 1º ano e lidas no dia do
o tipo de texto que será composto. letras ou pensar sobre a escrita de lançamento do jogo.

pág. 26

ETAPA 7 - Encerramento: animais. Cada jogo pode ser colocado


apresentação do jogo e do mural em um saquinho feito pela turma.
ao 1º ano Durante o lançamento, alguns alunos
apresentam oralmente as curiosidades
7 Leitura de textos do mural do mural. Em seguida, entregam o car-
e jogo com colegas taz com as regras do jogo, que podem
Esta atividade deve contar com a ser lidas por você ou pelo professor
participação de todos, pois se trata de da turma presenteada. Ao final, forme
um momento de grande valor; afinal, a quartetos para jogar, integrando uma
produção, desde o início, teve como dupla do 3º ano e uma do 1º. Depois de
destinatários os colegas do 1º ano. uma ou duas partidas, as crianças do
Ensaie com um grupo de alunos a 1º ano levam seus jogos para a classe.
leitura ou a apresentação em voz alta Encerre a atividade discutindo com
das curiosidades – caso algumas crian- os estudantes sobre a experiência:
ças as saibam de memória. Outros como se sentiram entregando os jo-
podem ilustrar o mural, desenhando os gos, ensinando os colegas etc.

36 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


POEMAS SOBRE ANIMAIS - CADERNO DO PROFESSOR

POEMAS SOBRE ANIMAIS


pág. 27
ler autonomamente e de forma conven-
cional textos curtos (títulos, versos, es-
trofes, poemas curtos), considerando
as crianças com escrita alfabética

TEMPO ESTIMADO
• Oito aulas (com atividades do cader-
no realizadas ao menos uma vez na
semana, leituras diárias em voz alta
feitas pelo professor e roda de leitura
semanal pelos alunos).

MATERIAIS
• Livros diversos de poemas, conside-
rando a qualidade dos textos e a pre-
sença de autores renomados.
• Lápis de cor ou giz de cera, para
ilustrar algumas atividades, para cada
criança ou pequenos grupos de alunos.

INTRODUÇÃO
Já que estamos conhecendo animais
marinhos para produzir o jogo da me-
mória, que tal trabalhar também poe-
mas que falam de animais?
Neste bloco de atividades estão reu-
nidos vários poemas com essa temáti-
ca, de autores diversos. O texto poéti-
co, sobretudo rimado e apresentando
brincadeiras com as palavras, como
comparações e metáforas, tende a ins-
tigar bastante o interesse dos alunos.
A proposta é apresentar ao menos
uma atividade semanal deste bloco ao
longo do primeiro bimestre. Vale a pena
também organizar com as crianças ses-
sões de leitura de poemas ao menos
COM ESTE BLOCO, • Ampliem as possibilidades de apre-
ciação de poemas, conhecendo novos
duas vezes por semana, nas quais você
lê para eles em voz alta outros poemas
ESPERA-SE QUE OS ALUNOS autores, observando a temática de um sobre animais, sempre se preocupando
poema e conhecendo estilos poéticos em diversificar autores, mas cuidando
• Participem de uma comunidade de distintos, como narrativas e haicais. de observar a qualidade literária das
leitores de literatura na sala de aula, es- • Brinquem com rimas. obras apresentadas.
pecialmente envolvendo poemas. • Avancem em suas capacidades de Nesses momentos de leitura com
• Apreciem os poemas apresentados, acompanhar um texto lido oralmente a turma, instigue apreciações, pro-
comentando-os e explicitando suas opi- por outra pessoa. pondo diferentes conversas: sobre as
niões e preferências. • Avancem em suas possibilidades de imagens que surgem quando se ouve

1º BIMESTRE 37
um poema; sobre as comparações e leitores podem realizar essa tarefa) e leva os livros para casa, devolvendo-os
metáforas usadas; sobre as razões apreciem os textos. na semana seguinte.
pelas quais foram propostas (“Por As leituras podem ser feitas apenas Sempre é importante, no retorno
que o autor diz que o gato parece um em classe ou, o que é mais interessan- das obras, organizar conversas sobre
mandarim?”; “Por que o compara com te, incluir retiradas de livros por parte o que leram, do que mais gostaram,
tinta nanquim?”; e “De que cor é esse dos alunos, que ficam com eles em com quem dividiram a leitura ou de
gato?”); e sobre gostos e preferências. casa por uma semana, podendo ler, quem a ouviram. As crianças também
Sugerimos, ainda, que organize reler ou ouvir uma diversidade de poe- podem dizer, quando levam livros de
rodas semanais de leitura com livros mas. Caso não seja possível que todos poemas, qual o mais apreciado, sem a
diversos, incluindo de poesias, para façam retiradas semanais, organize-os necessidade de lê-los em voz alta. Se
que as crianças os folheiem, leiam ou em três ou até quatro grupos e, a cada avaliar pertinente, você mesmo realiza
ouçam poemas (os próprios colegas já ocasião, um desses agrupamentos essa leitura para o grupo.

pág. 28

1 Leia o enunciado para os alunos e


certifique-se de que entenderam o que
devem fazer. Em seguida, faça a leitu-
ra dos dois poemas para o grupo ou
solicite que um ou dois alunos, leitores
convencionais e experientes, a façam
para os colegas. Sugira à turma que
acompanhe a leitura no caderno.
Tratando-se de um texto literário,
interessa uma conversa apreciativa: se
já conhecem os poemas, qual aprecia-
ram mais, se localizam rimas etc. Em
seguida, proponha a composição das
ilustrações e, ao final, convide os alu-
nos que desejarem compartilhar suas
produções com a classe.

38 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


POEMAS SOBRE ANIMAIS - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 29

2 Mais uma vez, leia o enunciado e os citam, com as que repetem os versos
poemas para o grupo. Você pode con- com você e com as que já leem.
vidar uma ou mais crianças que são Quando avaliar que a turma já tem
leitores experientes para apresentá-los os textos de memória, organize um
em voz alta aos colegas. Sugira a cada pequeno recital interno. O grupo que
aluno que escolha o poema de que mais memorizou um mesmo poema o apre-
gostou, lembrando a turma de que ele sentará em voz alta para os próprios
será ouvido ou lido várias vezes para colegas. Se preferirem, aqueles que
ser memorizado. optaram pelo mesmo poema podem
Feitas as escolhas, proponha que os recitá-lo num coletivo.
estudantes levem o caderno para casa Se houver possibilidade, brinque um
e leiam o texto escolhido ou ouçam a pouco com os alunos, propondo que
leitura dele. Faça isso mais de um dia se ilustrem o poema, num papel grande,
avaliar pertinente. Como são curtos, a que possa ser mostrado ou mesmo co-
memorização será realizada facilmente. lado em suas roupas enquanto recitam.
Em classe, proponha também mo- Podem, ainda, fazer um desenho gran-
mentos de novas escutas: você lê os de e coletivo, em um papel comprido,
textos junto com as crianças que já re- que todos seguram enquanto recitam.

Luis Jeorge
EM Olga Figueiredo de Azevedo

1º BIMESTRE 39
págs. 29 e 30

Itaparica Salvador

3 Leia o enunciado para a turma, já Nesse momento, você pode propor


tendo organizado as crianças em du- que as duplas que já apresentam es-
plas, pois se trata de uma atividade critas alfabéticas trabalhem sozinhas,
que também exigirá reflexões sobre a enquanto você segue, passo a passo,
escrita. Levando isso em conta, pense com o restante da turma.
criteriosamente nas parcerias e, se qui- Leia a primeira estrofe e chame a
ser, proponha as mesmas duplas que atenção para a rima. Instigue compara-
participam das atividades da sequência ções: “Em que lugares da Bahia o tatu
didática Jogo da memória e mural de poderia ter ido parar?”. Caso Itaparica
curiosidades. seja citada, sugira que a localizem no
Este é um poema de maior extensão mapa que possuem no caderno (página
e, dependendo de como avalia seus 21 deste caderno; Itaparica é o item 9).
alunos, faça a leitura para todos e peça Se Itaparica não for citada, apresen-
que acompanhem no caderno. Como te todas as palavras do quadro, mas
em outros momentos, converse sobre fora da ordem em que estão, e pergun-
o poema, chamando a atenção para te qual delas rima. Só então peça que
as rimas. Proponha às duplas que lo- a localizem. Circule pela sala enquanto
calizem cada palavra e sua respectiva as crianças procuram a palavra e ins-
rima, circulando-as no poema. tigue reflexões: peça que observem
Explique, então, a proposta que como começam e como terminam as
se segue: criar novas estrofes para o palavras, comparem com a que rima
poema, completando-as com palavras etc. Proceda do mesmo modo com a
retiradas do quadro, mas que rimem. outra estrofe.

40 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


POEMAS SOBRE ANIMAIS - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 30
4 Vale a pena apresentar para as crian-
ças as explicações sobre a estrutura e
a temática dos haicais, que estão no
quadro abaixo, para que procurem ver
os poemas selecionados deste modo:
como breves momentos para guardar
na memória.
Leia cada um para o grupo e con-
verse sobre o que imaginam, que cena
surge quando o escutam. Como são
curtos, podem ser lidos várias vezes.
Chame também a atenção para as ca-
racterísticas dos animais retratados,
pois conhecê-los é importante para que
atribuam sentido aos textos: o quero-
-quero, cujo som que emite se asseme-
lha a um grito forte e inesperado; a gai-
vota, uma ave mergulhadora, capaz de
pegar peixes em voos rasantes sobre a
água; o sabiá, com seu canto em gru-
po; e o pavão e sua cauda magnífica.

haicais
Haicais são textos curtos compostos no máximo de três linhas e 17
sílabas poéticas, raramente pontuados. Versam sempre sobre temas
da natureza e tendem a ser comparados com cenas, momentos e ima-
gens fotografadas, que ficam na memória.

• Informações sobre história, forma

quer saber mais?


e conteúdo dos haicais, propostas
didáticas e concursos na Revista
Brasileira de Haicai
(http://goo.gl/rvT9Eh),
acesso em 12/12/2015

1º BIMESTRE 41
pág. 31

Sereia

Baleia também.

5 Leia o enunciado e o poema para os Converse sobre a estrutura de repe-


alunos. Também é possível convidar os tição usada nas diferentes estrofes: há
já leitores para que realizem a tarefa. sempre uma pergunta e uma resposta;
Este é um poema que favorece uma na pergunta, se diz algo que a sereia
boa conversa sobre as comparações faz e, na resposta, repete-se “baleia
propostas pelo autor, Lalau: “Por que a também”. Isso apoiará a tarefa seguin-
baleia jubarte se assemelha à sereia?” te: completar os versos considerando
e “Por que o autor faz essa compara- essa mesma estrutura. Para tanto, leia
ção?”. Eles também podem realizar a as palavras que estão presentes no ver-
atividade de completar os versos em so e pergunte qual falta. Descoberta a
duplas, sem contar com o apoio que palavra necessária, proponha que a lo-
você dará no passo a passo a seguir calizem no poema e copiem. Você pode
para o restante do grupo. fazer o mesmo na estrofe seguinte.

42 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


POEMAS SOBRE ANIMAIS - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 32

6 Realize a leitura do enunciado e do nho das crianças na atividade seguinte.


poema para o grupo. Você pode pedir Terminada a conversa, proponha a
que crianças já leitoras se responsabi- elaboração das ilustrações. Mas, an-
lizem por essa tarefa, cada uma lendo tes, converse sobre as possibilidades:
uma estrofe, que neste caso é formada “Qual casa você pretende desenhar?”;
por duplas de versos. Esse é mais um “Alguém mais escolheu esta?”; e “Que
poema cujo autor, Elias José, se utiliza outras vocês pensaram em desenhar?”
da estrutura de repetições, além das ri- Ao final, convide os alunos para apre-
mas. Vale chamar a atenção das crian- sentar suas ilustrações ou organize na
ças sobre esse recurso da repetição, sala uma pequena exposição, com os
bem como a observação das rimas. cadernos abertos sobre um conjunto
Você pode propor que as rimas se- de mesas. As crianças circulam pelo
jam localizadas e circuladas. Isso será espaço, apreciando as produções dos
importante para favorecer o desempe- colegas.

1º BIMESTRE 43
pág. 33

Cachorro.

Touro ou besouro.

Pavão, gavião ou camaleão.

Minhoca ou muriçoca.

Cascavel.

Joaninha ou abelhinha.

Gralha.

7 Mais uma vez, esta é uma atividade com você. Leia para eles a primeira es- podem ser compostas de palavras de
que favorece o contato com poemas trofe e sugira que pensem em animais grafias diferentes, desde que combi-
e permite refletir sobre o sistema de que rimam. É sempre possível que exis- nem em sonoridade. Caso surja uma
escrita. Leia o enunciado para as crian- ta mais de um animal para cada opção. opção desse tipo, cabe a você explicar
ças, já organizadas em duplas produti- Escreva cada um no quadro – mes- isso ao grupo e validá-la, destacando
vas (as mesmas parcerias da sequência mo os que não rimam, caso apareçam que na rima o que importa é o som,
do jogo da memória ou outras que le- – e pergunte para as crianças que par- ainda que com grafias distintas. Faça o
vem em conta critérios similares). te rima com a palavra anterior, que des- mesmo com as demais estrofes, sem-
As que produzem alfabeticamente creve a casa. Por exemplo: joaninha. pre convidando os estudantes a refletir
e leem de forma convencional podem Ao lado, escreva branquinha e propo- sobre as rimas.
atuar nas próprias duplas e caminhar nha a comparação: “Que parte de joa- Ao final, é importante também confe-
na atividade sem sua orientação dire- ninha rima com branquinha?”; “Onde ela rir as produções das duplas com escri-
ta, lendo as estrofes, elegendo animais está escrita?”; “Onde começa e onde ta alfabética, para verificar se as rimas
que rimem e escrevendo os nomes. termina inha?”. existem e se todas foram grafadas da
Os demais alunos atuam juntamente Importante lembrar que as rimas forma correta.

44 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA


pág 34
conjuntos de palavras contendo G, GU
e J e passem a considerá-las nas revi-
sões de textos.
• Observem a necessidade de segmen-
tação entre as palavras como prática
facilitadora da leitura do texto.
• Segmentem pequenos textos agluti-
nados, discutindo a tarefa.
• Ampliem seus conhecimentos sobre
a ideia de palavra.
• Retomem conteúdos ortográficos já
discutidos.
• Observem, analisem e discutam ca-
sos de uso dos sinais de interrogação
e de exclamação.

TEMPO ESTIMADO
• 16 aulas.

INTRODUÇÃO
Neste bloco, encontram-se mais al-
gumas atividades que implicam reflexão
sobre o sistema de escrita, propostas
envolvendo regularidades ortográficas
(como segmentação e usos de G, GU e
J) e propostas iniciais de análise de pon-
tuação. Além disso, o final do bloco traz
propostas de atividades de retomada de
conteúdos já visitados pelos alunos.
É fundamental considerar que as
atividades envolvendo regularidades or-
tográficas – no caso, G, GU e J e seg-
mentação – não devem ser trabalhadas
com as crianças que ainda não produzem
escritas alfabéticas. Por isso, o encami-
nhamento dessas propostas supõe um
trabalho diversificado na sala de aula: en-
COM ESTE BLOCO, mente em suas hipóteses.
• Consultem outras palavras para es-
quanto parte do grupo se dedica a ativida-
des centradas na escrita alfabética, outra
ESPERA-SE QUE OS ALUNOS crever ou para ler as que desejam. parte realiza propostas envolvendo esses
• Utilizem pistas diversas (extensão do dois conteúdos.
Considerando somente aqueles que texto, partes iniciais e finais e partes Não representa um problema o fato
ainda não se apropriaram da escrita al- internas) para identificar onde uma pa- de que, ao final do bimestre, essas ati-
fabética: lavra pode estar escrita. vidades não tenham sido realizadas por
• Reflitam sobre a escrita alfabética e Considerando somente aqueles com uma parte dos estudantes. Eles podem
analisem escritas, convencionais e não escrita alfabética: retomá-las em outro momento do ano le-
convencionais, avançando significativa- • Observem regularidades na grafia de tivo. Importa, agora, priorizar uma con-

1º BIMESTRE 45
quista prévia a essas análises e, de fato, a apropriação das bases do sistema de
bem mais importante, sobretudo se con- escrita alfabética.
siderarmos que eles já estão no 3º ano:

pág. 35

proposta. Em seguida, passe à primei-


ra adivinha e instigue as crianças a des-
cobrir o animal, lendo os nomes que
estão no quadro, mas fora da ordem.
Intencionalmente, pares de palavras
com semelhanças gráficas e sonoras
estão aproximadas.
Circule pela sala apoiando as crian-
cavalo-marinho.
ças individualmente e sugerindo com-
parações: “Cavalo-marinho, com que
letra você acha que termina?”; “Tem
estrela-do-mar. alguma palavra que você conhece e
que também começa como polvo?”; e
“O nome da Camila pode ajudar a des-
cobrir como começa cavalo-marinho?”
Conforme avançam nessa análise,
polvo.
escreva no quadro pares de palavras,
como polvo e porco, para favorecer
uma análise mais apurada: “Quais le-
gaivota. tras são boas para escrever o VO de
polvo?; e “Qual dos dois nomes possui
essa parte no final?”.
Outra opção é encaminhar uma dis-
cussão coletiva acerca das grafias. Em
vez de realizar intervenções individuais,
você as promove com o grupo que ain-
da não produz escrita alfabética.
1 As crianças que produzem alfabeti- terceira alternativa é compor duplas Proceda do mesmo modo com as
camente e são leitoras podem realizar entre crianças com escrita alfabética demais adivinhas, sempre instigando
a atividade 1 em casa ou mesmo num e com outras hipóteses. Nesse caso, múltiplas reflexões sobre a escrita,
momento de passagem, aguardando o quem já tem proficiência lê as adivinhas focadas na análise de partes das pala-
início de uma nova proposta, ou enquan- para o colega, e este localiza o nome vras (sílabas ou partes ainda maiores)
to os colegas que não produzem alfabe- do animal no quadro. e em comparações com palavras co-
ticamente se dedicam às discussões Se a opção for encaminhar a ativida- nhecidas. Ao final, registre no quadro
sobre a grafia das palavras, presentes de com os que não produzem alfabeti- o nome correto para que realizem a
na sequência inicial do caderno. Uma camente, leia o enunciado e explique a correção se necessário.

46 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 36

2 Como a atividade anterior, as crian-


ças com produção alfabética podem
realizar esta atuando em duplas, como
passagem ou segunda atividade, após
outra mais desafiadora.
Com o grupo de crianças que ain-
da precisa realizar essa apropriação,
forme duplas produtivas e leia o enun-
ciado. Sugira que descubram qual o
primeiro animal da imagem. Caso não
consigam, leia a lista (sempre fora da
ordem em que está no Caderno do alu-
no). Descoberto o animal, cabe à dupla
localizar onde o nome dele está escrito.
Para ajudá-los nessa tarefa, circule pela
sala realizando as intervenções já suge-
ridas em propostas anteriores, focadas
em comparações com outras palavras
e análise de partes (como começa ou
termina uma palavra). Ao final, registre
no quadro o nome correto para que to-
dos realizem a correção se necessário.

pág. 37

3 Depois de ler o enunciado e explicar escrita alfabética. Cada uma pode regis- Ao final, oralmente, faça uma roda-
o que devem fazer, coletivamente, per- trar, se quiser, até duas opções e deve da de alimentos citados: cada criança
gunte a algumas crianças qual é, entre escrevê-las de acordo com as próprias pode falar o que colocou. Se a ideia
peixes e frutos do mar, o que preferem. hipóteses. Caso algum estudante men- é utilizar essa atividade para fazer um
Instigue produções individuais, pois essa cione não gostar de alimentos desta or- mapeamento das hipóteses, é preciso
também é uma proposta que permitirá dem, sugira que consulte um colega e que você também registre o que cada
a você mapear como elas estão avan- registre os preferidos dele, anotando, ao uma escreveu, o que permitirá retomar
çando na conquista ou consolidação da lado, o nome desse amigo. as escritas posteriormente.

1º BIMESTRE 47
pág. 37

4 Esta é uma atividade para ser feita com suas hipóteses quanto copiá-los,
como tarefa para casa e, preferencial- com base na escrita feita por um escri-
mente, tendo um final de semana para tor experiente de sua casa.
sua realização, quando é mais viável Em classe, faça uma rodada do que
ter um familiar disponível para acom- os alunos listaram e componha um
panhar a criança a uma feira. Ela pode cartaz com todos os animais citados,
tanto escrever os alimentos de acordo afixando-o no mural.

pág. 38

5 Esta atividade também promove o nome de um dos pratos, sem seguir


reflexões sobre a escrita alfabética. a ordem da lista, e peça que o locali-
Como as anteriores, pode ser realiza- zem. Instigue análises e comparações
da rapidamente por crianças que já se entre a dupla, sugerindo que confiram
apropriaram da escrita convencional. com o colega e justifiquem suas esco-
Isso pode ocorrer em uma situação de lhas. Quando terminarem a atividade,
passagem (ao término de uma ativida- proponha a escrita do prato no quadro.
de e aguardando o início de outra) ou Para isso, convide uma das crianças
no mesmo momento que os demais, a fazê-lo, copiando-o da lista. Nesse
mas em duplas e tendo outra ativida- momento, peça que ela (ou outro alu-
de mais desafiadora com a qual lidar, no) justifique por que ali está escrito o
como as que envolvem a separação nome do prato, novamente sugerindo
das palavras ou uso de G, GU e J. análises de partes – início, final, parte
Com o restante do grupo, compo- similar ao nome de uma criança ou a
nha duplas produtivas e leia o enuncia- uma palavra conhecida pela turma. Por
do da tarefa, ajudando as crianças a fim, peça que todos verifiquem se cir-
compreender o que devem fazer. Diga cularam o prato correto no caderno.

48 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 38

Baleia-azul

Baleia cinzenta

Baleia-franca

Baleia cinzenta Baleia-azul

6 Esta atividade pode ser realizada baleia, incluindo algumas que nem se-
com a turma inteira. Utilizar todas as quer fazem parte da atividade. Indague
letras para compor um nome é desa- a turma se poderia ser essa, consideran-
fiador também para as crianças com do as letras de que precisam para escre-
escrita alfabética, pois há problemas vê-la. Veja algumas possibilidades: ba-
ortográficos em jogo, algo que pode leia-branca, baleia-azul, baleia cinzenta,
mobilizar a atenção de todos. Você baleia-piloto, baleia-franca etc. Pergunte
também pode formar duplas, agrupa- ao grupo: “Nesta opção, poderia ser ba-
das por proximidade de hipóteses. leia-azul?”; “Há todas as letras para com-
Leia o enunciado, explique a ativida- por azul?”; “Sobram letras?”; “Não pode
de e, em seguida, a primeira leva de ser azul, mas pode ser cinzenta?”; “Há
informações. Não se espera que descu- todas as letras para compor cinzenta?”.
bram a qual baleia se referem os dados. Sempre que as crianças descobrirem a
Sugira, de início, que usem as letras ne- resposta, peça que escrevam na linha,
cessárias para compor a palavra baleia, no caderno, riscando as letras usadas.
escrevam na linha e risquem todas as Ao final, corrija todas as grafias no qua-
letras utilizadas. As que sobram serão dro. Se preferir, convide algumas crian-
usadas para o restante do nome. ças para fazer essas escritas para a
Sugira um conjunto de espécies de classe.

1º BIMESTRE 49
pág. 39

Tartaruga-de-pente Tubarão-tigre

Baleia jubarte Marlim-azul

Caravela-portuguesa Badejo-quadrado

Fragata-comum Caranguejo-uçá

7 Trata-se de uma situação de leitura: peça que localizem onde está de-pen-
todas as palavras que os alunos pre- te, parte necessária para completar o
cisam usar para compor os nomes primeiro nome. Como já destacado em
corretos estão listadas na atividade; é orientações anteriores, instigue análi-
preciso que as localizem. Caso prefira, ses de partes (como começa, como
separe a turma entre aqueles alunos termina, que letras são necessárias
com escrita alfabética, que atuam em etc.). Sendo nomes compostos, tam-
duplas com a mesma hipótese, e os bém interessa questionar a ocorrência
que ainda não fizeram essa conquista. do hífen e onde começa e onde termi-
Para estes, procure formar parcerias na cada palavra: “Bem, aqui, vocês já
produtivas, ou seja, juntar colegas em descobriram que tem de ser tartaruga-
hipóteses próximas: pré-silábicos com -de-pente. Então, até onde está escrito
silábicos, silábicos com silábico-alfabé- tartaruga?”; e “Que parte teremos de
ticos e silábico-alfabéticos com recém- tirar porque está escrito uçá?”.
-alfabéticos. Integram este último grupo Assim que algumas crianças loca-
as crianças que ainda não se apropria- lizarem os nomes, promova novas re-
ram plenamente da escrita alfabética. flexões para que justifiquem suas op-
Você pode ler o enunciado fora de ções e se certifiquem de que são as
ordem. Os nomes foram compostos corretas. Escreva palavras no quadro:
de maneira equivocada, permitindo que se acham que em jubarte está escrito
as crianças observem as trocas. Em de-pente porque termina com E ou com
seguida, proponha que as localizem. TE, escreva essa palavra no quadro e
As duplas que ainda não escrevem de chame a atenção do grupo para o iní-
forma alfabética atuam mais com base cio: “De-pente pode começar com es-
nos encaminhamentos que você faz, sas letras?”; e “Que letras eu preciso
enquanto as demais seguem discutindo para escrever DE?”.
com o colega de dupla. Siga desse modo em todos os no-
Ao encaminhar com o grupo de alu- mes listados, procurando fomentar vá-
nos em diferentes hipóteses, mas não rias análises e reflexões sobre a grafia
alfabéticas, leia o nome do primeiro das palavras. Sempre que acertarem,
animal e pergunte o que está errado. registre no quadro o nome correto,
Assim que descobrirem o problema, aquele que deve ser escrito na linha.

50 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

As propostas do bloco que se inicia em se tratando de um 3º ano. Aprender


com a atividade 8 e prossegue até a a ler e a escrever de forma convencio-
14 objetivam a análise de alguns casos nal precisará ser o investimento central
de uso de G, GU e J. Devem ser feitas com esse grupo.
apenas com o grupo que já produz al- Em relação aos demais, cabe favo-
fabeticamente. recer reflexões sobre as regularidades
É comum que as crianças nessa fase que organizam nossa escrita, em es-
da aprendizagem comecem a explicitar pecial aquelas de caráter contextual,
várias questões de ordem ortográfica, quando não importa a classe gramati-
ao observar que nossa língua oferece cal das palavras em jogo, mas a posi-
mais de uma possibilidade para a re- ção que a letra ocupa na palavra e o
presentação de alguns sons. Sem co- som que representa.
nhecerem a norma, não sabem quais A atividade 8, por exemplo, é sobre
decisões tomar. Nesse momento, é o uso de G, GU e J, letras que, depen-
fundamental que se inicie um trabalho dendo das vogais que as acompanham,
mais sistemático com as regularidades terão sons diferentes. Assim, ainda que
ortográficas, algo que vem ocorrendo GE e JE tenham sonoridades iguais,
desde o 2º ano. isso não vale para a combinação com
Os alunos que não produzem alfabe- a vogal A: GA e JA. Analisar conjuntos
ticamente, ou seja, ainda não escrevem de palavras, considerando o uso destas
realizando uma análise mais apurada da letras (G, GU e J), tende a favorecer a
pauta sonora, precisam se manter foca- observação de uma regra. É este o ca-
dos nessa conquista inicial, sobretudo minho que se busca com este bloco.

pág. 39

USOS DE G, GU E J

J J G G G

J G G J J

G G G G J

8 Nesta atividade, não faça interven- pender da letra inserida.


ções e proceda a uma correção cole- Em alguns casos, as opções J e G
tiva, registrando cada palavra com a são possíveis (como em viagem e gira-
lacuna na letra a ser inserida. Nesse fa). Aqui, você deverá validar as duas
momento, chame a atenção desse gru- possibilidades (com ambas, a leitura da
po de alunos (lembrando que apenas palavra se dá do mesmo modo com J
aqueles com escrita alfabética parti- ou G), mas dizer qual a forma correta.
cipam dessa atividade) para a forma Em seguida, ainda com a lista no qua-
como a palavra poderá ser lida, a de- dro, encaminhe a próxima atividade.

1º BIMESTRE 51
pág. 39

9 Nesta atividade, é provável que as com J ou G e seriam lidas do mesmo


palavras que demandam uso de GE, modo e corretamente. A ideia, aqui,
JE, JI e GI sejam aquelas que causem é observar que, em alguns casos, os
problemas: acarajé, girafa, viagem, ge- sons representados pelo G e pelo J,
latina e gelo. em combinação com as vogais E e I,
Tão logo termine de encaminhar resultam iguais. Depois que todos os
a atividade 8, sugira que as crianças casos de GE/JE e GI/JI forem circula-
circulem, entre as listadas no quadro, dos, peça que os alunos copiem essas
as palavras que poderiam ser escritas palavras no caderno.

pág. 40

10 Organize duplas de alunos, sempre Você pode solicitar que, para cada ção entre J e G e as diferentes vogais.
considerando que apenas aqueles com palavra, a leitura seja feita por uma das Você pode provocar reflexões sobre es-
escrita alfabética participam das ativi- crianças do grupo. Em seguida, realce sas interações do J e do G com a letra
dades de análise ortográfica. Leia para cada uma delas, ajustando-as à catego- A com perguntas como estas: “O que
eles o enunciado, explicando a atividade ria correta, decidida pelo grupo. acontece em galinha?”; e “Esta parte é
e chamando a atenção para a necessi- Faça o mesmo com todas as palavras o GA, como ficará com J e A?”.
dade da leitura atenta de cada palavra. da lista, mas não é preciso proceder à Uma boa discussão com a turma de
Em seguida, solicite que cada dupla rea- análise considerando a ordem da lista. como são lidas palavras com J ou G
lize o trabalho. É mais interessante analisar duplas de permitirá que observem as diferenças,
Liste todas as palavras no quadro e palavras nas quais J e G estão com uma tendo em vista as vogais que as acom-
faça uma análise coletiva neste caso. mesma vogal (como em galinha e jabuti- panham. Por isso, será possível propor
Proponha a leitura em voz alta de cada caba), conforme explicado a seguir. um registro coletivo a que chegaram
palavra, mantendo a letra original (J ou Ao longo da discussão, chame a até aqui, algo que será proposto na
G) e substituindo pela outra. atenção das crianças para a combina- próxima atividade.

52 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 40

QUADRO 1
- G e J possuem o mesmo som quando usados com

I ou E, como em gelo, viagem, girafa e jiboia.


Esta questão possui mais de uma possibilidade de resposta.
- G e J possuem sons diferentes quando em
Leia à direita.
combinação com A, O e U: garrafa, janela, goleiro,

joia, água e jumento.

QUADRO 2
- Sempre que o G for usado em combinação com
Esta questão possui mais de uma possibilidade de resposta.
o UE e UI, resultará num som diferente: gelo e
Leia à direita.
guepardo; girafa e guitarra.

- As combinações GA, GO, GU não necessitam da


letra U.

11 Caso seja possível, encaminhe o texto não fique extenso e resulte bem
registro coletivo no mesmo dia, logo claro para todos. Inserir exemplos de
após a atividade 10. Retomando a lis- palavras é sempre importante.
ta de palavras, convide as crianças a Esse registro deve ocupar os qua-
observar o que acontece com as letras dros presentes no Caderno do aluno.
em combinação com diferentes vo- Se tiver possibilidade, reproduza o re-
gais: “Como eu leio a combinação de gistro coletivo para todas as crianças
J e A?”; “Que palavras posso escrever que participaram da atividade e entre-
com essa combinação?”; “E com G e A, gue a elas para que colem no espaço
como eu leio?”; e “Que palavras posso destinado a isso. Se não contar com
escrever com essa combinação?”. essa possibilidade, peça que copiem
Proponha que registrem essas ob- do quadro. Neste caso, é fundamental
servações para voltar a elas sempre que você verifique cada caderno, a fim
que tiverem dúvidas sobre o uso de de analisar se a cópia foi feita correta-
tais letras: “Como podemos anotar o mente. Afinal, esses são registros de
que observamos para não esquecer?”. regularidades ortográficas e precisam
Escreva no quadro conforme os alunos estar corretos para favorecer retoma-
sugerirem, mas cuidando para que o das futuras.

1º BIMESTRE 53
pág. 41

Guirlanda Agora

Guincho Gato

Guerra Guloso

Guindaste Gavião

Guia Gota

Não. Exemplos: jato, juloso, juia e juirlanda.

modelo dado, e você registrará no qua-


12 Esta atividade visa provocar uma Organize duplas de alunos – preferen- dro. Terminadas as duas listas, chame
análise sobre os casos de uso do G. cialmente as mesmas que vêm atuan- a atenção para a presença do U nas
Diferentemente do J, que em todas as do nas propostas anteriores –, leia o palavras com combinações GUE e GUI
combinações com vogais mantém o enunciado e explique a proposta. Nova- e para a ausência dessa letra nas com-
mesmo som, com a letra G isso não mente, deixe que discutam e realizem binações GA, GO e GU.
acontece. Ela terá sons distintos quan- a tarefa entre eles, sem fazer interven- Aqui, será importante você finalizar
do com E e I e com as demais vogais. ções, enquanto separam as palavras a discussão explicando que a presença
E, no caso de E e I, a norma estabe- nas duas listas. do U é uma regra para a composição
lece a necessidade do U como parte Quando as crianças terminarem, en- desses sons. Não há observações que
integrante da sílaba para resultar numa caminhe uma discussão coletiva, ana- as crianças possam realizar que per-
leitura deste grafema, como quando lisando cada palavra e seu respectivo mitam compreender essa opção; por
acompanhado de A, O e U: GA, GUE, som. As palavras serão devidamente isso, a informação vinda de você, leitor
GUI, GO, GU. separadas em duas listas, seguindo o e escritor experiente, será fundamental.

pág. 41

J GU J J GU

GU GU J GU GU

G/J J G J G

G G G/J

54 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 42

13 e 14 Estas atividades recupe-


ram as observações feitas e regis-
tradas pelos alunos para os casos
de uso de G, GU e J. Como você já
Garrafa
sabe, devem ser propostas apenas
para os alunos com escrita alfabé-
tica e que participaram das ativida-
des anteriores. Podem ser feitas
Juntos em casa ou enquanto você enca-
minha, com o restante do grupo,
atividades centradas no sistema
alfabético.
Garota Se realizar em classe, sugeri-
mos que organize as crianças em
duplas, preferencialmente manten-
do as mesmas que trabalharam ao
Guitarra longo da sequência. As atividades
devem ser realizadas individualmen-
te, mas podem ser conferidas na
dupla. Não se esqueça de que, an-
Cogumelo tes, cabe a você ler os enunciados
e explicar as atividades. Também
proponha que retomem os regis-
tros elaborados coletivamente se
Alguém
tiverem dúvidas.
Caso a opção seja trabalhar as
atividades 13 e 14 como lição de
casa, no retorno, proponha uma
conferência na dupla e, coletiva-
Gaiola
mente, discuta apenas os casos
que causaram dúvidas ou que as
duplas não conseguiram solucionar.

Pâmela Vitória Oliveira Souza da Silva


EM São Francisco de Assis

1º BIMESTRE 55
As atividades de 15 a 20 abordam os textos que produzem. Por isso, é in- Vale lembrar aqui que está em jogo
a segmentação do texto em palavras. teressante encaminhar as atividades de não apenas compreender uma regra
Assim como ocorreu com a sequência separação das palavras paralelamente da nossa ortografia, mas o significado
de G, GU e J, esse conjunto de propos- à sequência do jogo da memória e mu- de palavra. No caso da nossa língua,
tas também deverá ser encaminhado ral. Assim, na produção dos textos de isso nem sempre é tão simples, consi-
apenas com as crianças com escrita Você Sabia? em duplas, essas crianças derando, em especial, palavras monos-
alfabética. Observar a necessidade de poderão ser convidadas a revisar seus sílabas que também, com igual grafia
separação entre as palavras demanda textos cuidando da separação entre as e som, compõem sílabas em outras
uma atividade leitora, ou seja, apenas palavras. palavras, tais como: de, que, da, em
as crianças que são capazes de ler pe- Não se espera, no caso desse texto etc. Por isso, separações e junções
quenos textos de forma convencional e de outros que eventualmente produzi- indevidas são comuns nas produções
podem, de fato, aproveitar essas aná- rem neste período, que separem as pa- dos alunos do 3º ano.
lises de forma significativa. lavras de forma convencional; algumas As atividades sugeridas na sequên-
As crianças que se iniciam na obser- segmentações equivocadas ou junções cia objetivam apurar o olhar dos alunos
vação desta regularidade – deixar um indevidas ainda são esperadas. Mas e favorecer análises mais criteriosas
espaço em branco entre as palavras – será necessário que, aos poucos, am- do ponto de vista leitor. A ausência de
tendem a separar as palavras apenas pliando sua experiência escritora e lei- segmentações resulta num texto total-
nessas atividades propostas no cader- tora, as crianças passem a segmentar mente aglutinado, colocando grandes
no. Aos poucos, transpõem isso para corretamente o texto em palavras. desafios para as crianças

pág. 43
15 Nesta atividade, são apresentados
textos mais curtos e com a estrutura
segmentação de palavras de Você Sabia?, com a qual estarão
também lidando nas atividades da se-
quência de jogo da memória e mural, o
que tende a favorecer a leitura. Realizar
essa atividade em duplas permite dis-
cussões e situações de confronto por
parte dos alunos.
Organize as duplas apenas conside-
rando aqueles com escrita alfabética,
Você sabia que o peixe-boi se alimenta de algas, capim já que os demais não realizarão essas
marinho e folhas de árvores de mangue? atividades. Leia o enunciado, garantin-
do que compreendam a tarefa que está
sendo pedida a eles.
Não é preciso realizar intervenções
Você sabia que a vaquita, um parente das baleias, pode durante o trabalho das duplas, a não
ser que as crianças apresentem dú-
morrer afogada se ficar presa em uma rede de pesca?
vidas. Nesse momento, você pode
encaminhar uma atividade de reflexão
sobre a escrita alfabética com o res-
tante delas.
Quando as duplas concluírem a pro-
posta, faz-se necessário propor a dis-
cussão e correção coletivas. Primeiro,
registre o texto segmentando-o como
Você sabia que só existem quatro tartarugas gigantes de sugerir uma dupla. Em seguida, ques-
carapaça mole em todo o mundo? tione as demais, perguntando se sepa-
raram do mesmo modo.
É esperado que surjam divergên-

56 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

cias, especialmente considerando as Depois de questionar as demais du-


palavras monossílabas. Por exemplo: o plas da classe, é sempre importante
último texto da atividade pode ter sido você validar que, nesses casos, só, de,
segmentado por uma ou mais duplas em e o também são palavras. Proceda
deste modo: VOCÊ SABIA QUESÓ EXIS- a uma correção do texto. As crianças
TEM QUATRO TARTARUGAS GIGANTES poderão fazer os ajustes necessários
DECARAPAÇA MOLE EMTODOO MUN- no texto que elaboraram no caderno,
DO? Note que há junções indevidas, inserindo as separações corretas. To-
justamente considerando as palavras dos os textos devem passar por esse
monossílabas. tipo de análise.

pág. 44

Era uma vez

Um gato chinês

Que morava em Xangai

Sem mãe e nem pai,

Que sorria amarelo

Para o rio amarelo,

Com seus olhos puxados

Um pra cada lado

16 Forme duplas para a tarefa. Entre- sistema alfabético, com as demais.


tanto, desta vez, cada criança da du- Ao final da atividade, novamente será
pla realiza a segmentação do texto em importante uma correção coletiva no qua-
palavras considerando suas hipóteses. dro. Registre o texto, com as segmenta-
Ao final, comparam o texto segmenta- ções sugeridas pelas crianças. Peça que
do e justificam suas opções. O trecho avisem você quando for preciso criar um
do poema traz várias palavras mo- espaço em branco entre as palavras. Em
nossílabas (um, em, nem, com, sem, caso de divergências, valide a existência
que) intencionalmente para provocar de algumas palavras e siga com o tex-
análises e comparações entre os alu- to que deve resultar convencionalmente
nos. Enquanto as crianças com escrita segmentado. Solicite que cada criança
alfabética realizam essa proposta, en- confira seu texto com o do quadro e faça
caminhe outra atividade, com foco no os ajustes necessários.

1º BIMESTRE 57
pág. 45

Marlim-azul – Baleia jubarte – Caranguejo-uçá

Tartaruga-de-pente – Peixe-bruxa

Tubarão-tigre – Tartaruga-oliva – Fragata-comum

Caravela-portuguesa – Ouriço-do-mar

17 Organize as crianças em duplas Novamente, você poderá deixar as


considerando, de novo, apenas aque- duplas atuando na proposta, enquan-
las com produção alfabética. Leia o to encaminha outra atividade com as
enunciado e explique a tarefa a ser crianças que ainda não se apropriaram
feita: juntas, as crianças leem o nome da escrita alfabética.
dos animais do quadro e escrevem Ao final, proceda a uma correção
cada um deles nas linhas. coletiva apenas com as duplas de alu-
O problema em jogo é que o nome nos que realizaram a tarefa. Liste os
desses animais é composto de duas ou animais um a um no quadro, conforme
mais palavras que também exigirão se- as crianças ditam para você. Em cada
parações por meio do sinal gráfico do um, proponha perguntas sobre as se-
hífen. Ou seja, não basta separar tuba- parações necessárias: “Aqui está escri-
rãotigre do restante, pois será preciso to tubarãotigre. Quantas palavras têm
pensar que há duas palavras compon- em tubarão-tigre?”; e “Onde preciso
do o nome do animal, e é preciso saber separar?”. Realize essa discussão com
onde termina uma e começa outra. Por todos os nomes de animais. Depois, as
isso, a discussão na dupla é mesmo crianças fazem as devidas correções
bem importante. no caderno.

58 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 46

pág. 46

Em águas rasas de todos


os oceanos.

Bahia, Sergipe e Alagoas.

Até 72 centímetros.

Até 42 quilos.

Salpas, peixes, moluscos


e crustáceos.

18 e 19 O desafio trazido pelas ativi- ças tenham a possibilidade de discutir na dupla e no quarteto, permita que as
dades é bem maior: embora separado o que fizeram com outros colegas nes- crianças cheguem a uma segmentação
já em frases, trata-se de um texto mais se novo agrupamento. Juntos, então, convencional do texto ou bem perto dis-
extenso a ser lido, e sem separações preenchem a tabela informativa. so. De qualquer modo, é fundamental a
das palavras. Por isso, estabeleça Ao final, ou em outro dia, faça a cor- discussão coletiva, durante a qual você
quartetos ou pequenos grupos. A ideia reção, segmentando o texto no quadro permitirá que a troca entre as crianças
é que, terminada a segmentação do e verificando as informações inseridas seja maior e atuará validando a segmen-
texto por parte de uma dupla, as crian- na tabela. Espera-se que a discussão, tação e as informações localizadas.

1º BIMESTRE 59
pág. 47

Poemas para brincar


20 Aqui, por serem apenas títulos de
livros e não textos mais extensos, a pro-
posta é que você encaminhe a atividade
Poemas malandrinhos
para ser feita individualmente, conside-
rando o grupo de crianças com escrita
alfabética (as demais não realizam essa
Poemas com sol e sons atividade). Leia o enunciado e explique
a proposta. Durante a atividade, caso
algum aluno solicite, você poderá ler o
Cada bicho seu capricho título de forma convencional, sem cha-
mar a atenção para as segmentações.
Você pode optar por fazer a correção
coletivamente, no quadro, ou mesmo
Conversa de passarinho
em duplas, reunindo crianças para com-
pararem o resultado de suas atividades.
Nesse caso, discuta coletivamente ape-
Novos brasileirinhos nas os títulos que geraram impasses e
para os quais elas não conseguiram che-
gar a um consenso.

Danielle Barbosa dos Santos


EM General Labatut

60 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

págs. 47 e 48

sinais de pontuação

21 A análise de sinais de pontuação é revisões têm enorme importância. Este Leia as frases de forma usual. Proponha,
muito potente nas situações de revisão bloco de atividades pode ser encami- então, que as duplas respondam às duas
de textos, sejam aqueles produzidos nhado pouco antes da revisão dos tex- perguntas da atividade. Sempre que as
pelos alunos, sejam modelos coloca- tos de Você Sabia? da sequência Jogo crianças explicitarem dúvidas, você pode-
dos em discussão. Isso porque a pon- da memória e mural de curiosidade (ati- rá ler novamente as duas frases. As res-
tuação está muito mais vinculada ao vidade 3B). Assim, é possível solicitar postas podem ser variadas, a depender
que se pretende dizer ao leitor, à forma que insiram o sinal de interrogação ao do que cada dupla conseguiu perceber.
como se espera que ele interprete o final dos textos. Os alunos podem responder sim, por
texto, do que a normas. Há casos em A observação e a análise da pontua- causa da entonação da pergunta, ou não,
que mais de um sinal seria pertinente, ção são mais adequadas aos alunos lei- pois não perceberam diferenças.
sem que haja um certo e um errado. tores, com escritas alfabéticas. Porém, Quando as crianças finalizarem a
Aqui, porém, as propostas são de em se tratando de atividades iniciais, tarefa, encaminhe uma discussão co-
caráter disparador, promovendo obser- podem ser encaminhadas com toda a letiva procurando identificar e registrar
vações mais normativas sobre o uso classe, embora não se possa esperar as diferentes escritas explicitadas por
do sinal de interrogação em perguntas que todos compreendam igualmente o elas. É importante guardar esse regis-
e do de exclamação sempre que se de- uso dos sinais e os incorporem. tro para retomá-lo posteriormente.
seja que a entonação cause um conjun- Nesta atividade, procure formar du- Lembre-se de que essa é uma ativi-
to de impressões no leitor, tais como plas que unam colegas mais experien- dade inicial, disparadora de primeiras
medo, espanto e admiração. tes: crianças com escrita silábica com observações acerca dos dois sinais de
Aprender a pontuar textos não é aquelas com escrita alfabética. pontuação e não é necessário que che-
algo que esse conjunto de atividades Não faça uma leitura artificial ou exa- guem, já, a uma conclusão próxima da
irá assegurar aos alunos. Por isso, as gerada, do ponto de vista da entonação. norma culta.

1º BIMESTRE 61
pág. 48

Porque são perguntas e o sinal indica isso.

22 O foco na atividade é colocado no Apresente, então, as perguntas a assinalada. Por isso, solicite justificati-
sinal de interrogação, que tem um uso que os estudantes devem responder e vas por parte dos alunos e apresente
mais simples, visto marcar as pergun- dê um tempo para que discutam com a outros exemplos de pergunta. Você
tas nos textos escritos. Novamente, or- dupla e façam o registro da resposta. pode extraí-las de livros de histórias
ganize duplas (se avaliar que a atuação Quando tiverem concluído, realize que já tenham sido apresentados ao
das formadas na atividade anterior foi uma discussão coletiva. Desta vez, grupo durante outras atividades. Tam-
favorável, mantenha as mesmas), leia e espera-se que as crianças avancem bém instigue a observação de como
explique o enunciado. Em seguida, leia em suas observações, especialmente seriam lidas sem a presença do ponto
as perguntas, imprimindo a entonação aquelas que não relacionaram a leitu- de interrogação.
adequada. Lembre-se: é importante ra feita ao sinal presente nas frases e Realize, então, a proposta seguinte que,
que você realize essa leitura. ofereceram respostas distintas àquela justamente, propõe o registro conclusivo.

pág. 49

O sinal de interrogação serve para marcar perguntas

e muda a forma como as frases são lidas ou ditas.

23 Se o tempo permitir, é interessan- mente o sinal. Você pode sugerir que


te encaminhar este registro tão logo criem uma pergunta para deixar como
conclua a discussão da atividade an- exemplo no registro.
terior. Peça que os alunos, com base Componha o registro coletivo, con-
no que observaram, ditem para você o siderando o que dizem os estudantes,
que esse sinal indica na frase e para mas deixando o texto claro e breve. Ao
que serve. Caso as crianças ainda não final, solicite que copiem esse registro
tenham mencionado, nomeie correta- no caderno.

62 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 49

Nas primeiras frases, parece que a pessoa está brava.

Na terceira, parece que está admirada.

As perguntas são lidas ou ditas de forma diferente. Se

fossem perguntas, precisariam terminar com interrogação,

sinal diferente daquele que aparece nas frases.

24 Proponha que a atividade seja, mais to. Apenas leia as frases em voz alta
uma vez, realizada em duplas. Leia o sempre que alguém solicitar.
enunciado, explique a tarefa e proceda Terminada a tarefa pelas duplas, en-
à leitura das frases. Novamente, faça caminhe uma discussão coletiva, reto-
a leitura de forma convencional, mas mando as frases e ouvindo diferentes
sem entonações exageradas ou arti- respostas das crianças. Instigue mui-
ficiais. Em seguida, solicite ao grupo tas reflexões: “Vocês concordam com
que converse com o colega da dupla e o que disse este colega/esta dupla?”;
responda às perguntas, que você tam- e “Alguém acha que estas frases são
bém deve ler. lidas como perguntas? Por quê?”.
Dê um tempo para que os alunos Nessa atividade, observando o sinal
realizem a tarefa e circule pela sala de exclamação, é suficiente promover
enquanto isso. É desejável, porém, que uma reflexão ampla, mas não é preci-
eles tenham mesmo um tempo para a so esperar que as crianças concluam
discussão na dupla. Então, não é preci- como se lê tendo um sinal de exclama-
so intervir diretamente nesse momen- ção na frase.

Gabriela de Jesus
EM Josafá Carlos Borges

1º BIMESTRE 63
pág. 50

25 Nesta atividade, esperam-se avan-


ços nas observações dos alunos acer-
ca do sinal de exclamação. Afinal, serão
várias as frases a analisar. Aqui está
em jogo a observação das circunstân-
cias em que ocorrem as exclamações:
quando se quer marcar determinadas
sensações e sentimentos. E, num texto
escrito, isso demanda o uso de um si-
nal de pontuação específico.
Espanto, susto, medo, admiração.
Proponha que a atividade seja fei-
ta em duplas e leia o enunciado, bem
Encanto, admiração.
como cada uma das frases. Se prefe-
rir, leia, em seguida, a primeira frase
e solicite que as duplas registrem que
Encanto, admiração. sentimentos parecem ser explicitados
naquele caso. Leia a segunda, as crian-
ças discutem e registram e assim su-
Espanto, admiração, orgulho. cessivamente. Esse encaminhamento
é interessante para que escutem as
frases lidas por você e possam ter
Braveza, raiva, tristeza. mais condições de analisá-las. Ao final
da atividade, proponha uma discussão
coletiva, escrevendo, no quadro, todos
Braveza, espanto. os sentimentos listados pelos alunos e
que sugerem frases com entonações
mais marcadas.

pág. 51

26 Esta atividade pode ser encaminha-


da logo depois da anterior ou mesmo
O sinal de exclamação serve para indicar alguns em outro dia. Qualquer que seja a op-
sentimentos para os quais se quer chamar a atenção. ção, retome o que os alunos puderam
analisar acerca deste sinal – que você
pode nomear, caso isso não tenha sido
feito até aqui por eles – e sua função
nas frases. Registre as observações
que forem ditadas pela turma e alguns
exemplos. Cuide para que o registro re-
sulte claro e curto.

64 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR

pág. 51

Você consegue imaginar um pinguim numa praia

de Salvador? Isso pode parecer tão estranho quanto

encontrar um urso polar na floresta amazônica!

Mas estes animais têm sido encontrados em diversos

locais do estado nestes últimos meses.

27 Nesta atividade, a ideia é colocar as momento, você pode sugerir algumas


crianças para explorar um pouco mais reflexões envolvendo a forma como a
o uso dos sinais em trechos de textos. leitura deve ser feita: “Com o sinal de
Forme duplas e leia o enunciado, asse- interrogação aqui, como lemos?” e “E
gurando que compreendam a tarefa. com a exclamação aqui?”.
Dê um tempo para cada dupla inserir os Agora, os textos escritos pelos alu-
sinais. Ao final, convide algumas crian- nos poderão ser revisados, tendo como
ças para ler o texto, indicando onde aspecto a considerar a presença desses
os sinais podem ser inseridos. Nesse sinais de pontuação.

João Miguel Ramos da Silva Loureiro


EM Antônio Carlos Magalhães

1º BIMESTRE 65
pág. 52
Por exemplo: janela e garota. No caso,
são duas palavras em que está em jogo
decidir sobre o uso de G ou J. Dite a
primeira delas – janela – e pergunte às
crianças como acham que deve come-
çar, com G ou J. Ajude-as a pensar com
questões como estas: “Como ficaria se
começasse com J?”; e “E começando
com G?”. Só quando decidirem a gra-
fia dessa parte é que devem registrar
a palavra.
Algumas possibilidades para um dita-
do comentado: janela, garota, guerra,
guincho, girafa, jogo, goiaba, queijo
(aqui, discute-se o uso do QU e do J),
28 Esta página destina-se a algumas sentar palavras cujas regularidades querida, cebola, cidade, quiabo.
propostas de ditado que poderão ser ortográficas já foram discutidas com As crianças com produção não alfa-
encaminhadas ao longo do bimestre. o grupo e suscitar discussões sobre bética podem participar desse ditado,
O objetivo é que não sejam avaliativos, elas, antes que sejam grafadas. Tam- em parceria com colegas mais experien-
mas outro momento de reflexões e aná- bém é interessante escolher palavras tes, inclusive com crianças alfabéticas,
lises por parte dos alunos. que serão ditadas uma seguida da ou- que já tenham realizado as atividades da
Nesse tipo de ditado, a ideia é apre- tra e que tragam problemas similares. sequência ortográfica deste bimestre.

pág. 53

Para ter um panorama da evolução


dos saberes dos alunos em relação à
compreensão do princípio alfabético
do sistema de escrita, é necessário
realizar, periodicamente, uma atividade
conhecida por sondagem, que consiste
na escrita de uma lista de palavras de
um mesmo campo semântico e uma
frase ditadas pelo professor. Entende-

66 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


SONDAGEM - CADERNO DO PROFESSOR

-se por campo semântico um conjunto deve atender a alguns critérios como: segunda sondagem. No caso de dúvi-
de palavras de uma mesma área do • Ter palavras que façam parte do vo- das quanto à hipótese, converse com
conhecimento. Exemplo: os nomes cabulário dos alunos, mesmo que eles os colegas e o coordenador para che-
dos instrumentos musicais e a lista de ainda não tenham tido a oportunidade garem a um consenso. Se sentir neces-
compras da dona de casa são campos de refletir sobre a representação escri- sidade, passados alguns dias, repita a
semânticos. ta delas. sondagem usando uma lista de outro
Alguns cuidados para a realização • Não ter palavras cuja escrita esteja campo semântico. Olhe também para
desse tipo de atividade: memorizada pelas crianças. as demais escritas produzidas pelo alu-
• Não oferecer nenhum tipo de fonte • Contemplar diversas quantidades de no ao longo do bimestre.
escrita, pois pretende-se levantar o que sílabas, abrangendo uma palavra polissí-
cada criança sabe. laba, duas trissílabas e duas dissílabas. O que fazer com esse registro?
• Ao término da escrita de cada pala- • Evitar ditar palavras contendo a mes- Ele serve para apoiar o planejamento das
vra, solicitar a leitura pelo aluno a fim ma vogal em sílabas contíguas, como atividades, dos agrupamentos e das in-
de observar se ele estabeleceu ou não batata, bala, moto, urubu etc. Esse é tervenções a serem realizadas por você.
relações entre a fala e a escrita – ou um cuidado necessário por causa da Arquive-o numa pasta de modo que seja
seja, entre o que escreveu e o que lê presença de crianças que escrevam si- possível visualizar o processo do aluno
em voz alta. A atividade possibilita que labicamente usando apenas vogais: as tanto ao longo do ano como durante o ci-
a criança verbalize o que e como pen- que não aceitam escrever repetindo a clo. Esse é um material fundamental para
sou ao escrever. mesma letra ficariam em crise ante a ser passado ao professor que assumirá
• Oferecer papel sem pauta para as situação de ter de repetir a vogal. o aluno no ano seguinte. Além desse re-
crianças, assim será possível observar Inicie o ditado pela palavra polissíla- gistro individual, tenha um mapa, como
o alinhamento e a direção da escrita. ba, depois siga com as trissílabas, e, o modelo que está na página 68 deste
• Realizar a sondagem com poucos por último, as dissílabas. Isso porque caderno, no qual seja possível tanto ob-
alunos por vez, para que eles possam as crianças que consideram a hipótese servar o aluno em relação a si mesmo
ler o que escreveram para você. Para de quantidade mínima de letras pode- quanto ter uma visão global da turma.
o restante da turma, planejar outras ati- rão se recusar a escrever se tiverem
vidades que não demandem tanto sua de começar pela palavra dissílaba.
presença e que possam ser realizadas Após a lista, ditar uma frase que en- PARA A SONDAGEM INICIAL
com maior autonomia pelas crianças, volva pelo menos uma das palavras da LISTA 1
como a cópia de uma cantiga, a produ- lista para observar se os alunos a escre- DINOSSAURO
ção de um desenho, a leitura de histó- vem de forma semelhante, ou seja, se CAMELO
rias, gibis etc. a escrita dessa palavra permanece es- BALEIA
Esse tipo de atividade se configura tável mesmo no contexto de uma frase. SAPO
num importante instrumento para seu BODE
planejamento, pois permite que você PERGUNTAS MAIS FREQUENTES
identifique e acompanhe os avanços de Quando realizar? FRASE 1
cada aluno e, consequentemente, da A inicial deve ser feita na segunda O SAPO PULOU NA LAGOA
turma, com relação à aquisição da es- semana de março e as demais no fim
crita alfabética. Também pode fornecer de cada bimestre. Na primeira, utilize a
informações para o planejamento das lista e a frase 1 e na seguinte, a lista e PARA A SONDAGEM DO FIM
atividades de leitura e escrita, assim a frase 2 (leia à direita). Você receberá DO PRIMEIRO BIMESTRE
como para a definição dos agrupamen- novas listas nos próximos cadernos. LISTA 2
tos – isto é, das parcerias de trabalho GELATINA
entre os alunos. Além dessa atividade, Onde os alunos escreverão a lista de PICOLÉ
as situações de observação de sala, o palavras e a frase da sondagem? SUSPIRO
acompanhamento da realização das ati- Na folha que está no fim do Caderno PUDIM
vidades e as contribuições feitas nas ro- do aluno (reproduzida na página ante- PAVÊ
das e discussões coletivas são impor- rior). Peça que os alunos façam a pri-
tantes fontes de informação sobre os meira na frente e a segunda no verso, FRASE 2
saberes de seus alunos, permitindo um seguindo as orientações dadas ante- A GELATINA É GOSTOSA
conhecimento mais amplo sobre eles. riormente. Marque um dia para realizar
A lista que será ditada na sondagem a atividade. Recolha a folha depois da

1º BIMESTRE 67
mapa de acompanhamento da evolução da escrita dos alunos

Escola Municipal Ano

Nome do professor

Turma Total de alunos

Sugestão para o preenchimento da tabela:

Azul – escrita pré-silábica


Amarelo – hipótese silábica sem valor sonoro
Vermelho – hipótese silábica com valor sonoro
Laranja – hipótese silábico-alfabética
Verde – escrita alfabética

Sondagem
Nº de 1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre
Nome do aluno inicial
chamada
hipótese hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas

10

11

12

13

14

15

16

17

18

68 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


MAPA DE ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DA ESCRITA DOS ALUNOS - CADERNO DO PROFESSOR

Sondagem
Nº de 1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre
Nome do aluno inicial
chamada
hipótese hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas hipótese faltas

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

Observações

1º BIMESTRE 69
anexos

FICHA DE CURIOSIDADES
Modelo de ficha de curiosidade, no estilo Você sabia?, que integra a atividade 3A, comen-
tada na página 32 deste caderno. Você pode providenciar cópias para os alunos ou produzir,
com a turma, fichas semelhantes a estas usando cartolina ou papel-cartão.

NOME DO ANIMAL:

VOCÊ SABIA?

NOME DO ANIMAL:

VOCÊ SABIA?

70 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR

letras móveis Um conjunto de letras móveis para você recortar, plastificar e usar em sala de aula junto com a turma.

A A A A A A
B B B C C C
D D D E E E
E E E F F F
G G G H H H
I I I I I I
J J J K K L
1º BIMESTRE 71
72 LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR

L L MMM N
N NOOOO
O OP P PQ
Q QRRR S
S S T T T U
U U U U U V
V V WW X X
X Y Y Z Z Z
1º BIMESTRE 73
JOGO DA MEMÓRIA
ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR

1º BIMESTRE 75
JOGO DA MEMÓRIA
ANEXOS - CADERNO DO PROFESSOR

1º BIMESTRE 77

Você também pode gostar