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2022

Vol. 2
Governador do Estado da Bahia Laís Bastos Pinheiro
Rui Costa Leonardo Dantas D’iCarahy
Lizéli Moreira Silva.
Vice-governador do Estado da Bahia Luis Henrique Batista Gois
João Leão Nicéia Maria de Figueiredo Souza
Raony Maia Fontes
Secretário da Educação Rejane de Almeida Santana dos Santos
Jerônimo Rodrigues Roberto Andrade Costa
Robson Wilson Silva Pessoa
Subsecretário Rogério Fonseca.
Danilo de Melo Souza Roseline Vanessa Santos Oliveira
Saulo Matias Dourado
Superintendente de Políticas para a Educação Básica Taís Vidal Santos
Manuelita Falcão Brito Talita Nunes Costa
Vicente Braga Barbosa
Diretoria de Currículo, Avaliação e Tecnologias
Educacionais - DICAT Revisão DICAT/SUPED/SEC
Jurema Brito Cláudia Celly Pessoa
Silvana Carvalho Pereira
Coordenadora do Ensino Médio da Secretaria da
Educação do Estado Revisão das eletivas
Renata Souza Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!
Cecília Aguirre
Equipe de Elaboração e Organização Clara Ramirez Barat
Jurema Brito Cláudia Virgínia Cajado
Renata Souza Cybele Teixeira
Edivânia M. Barros Lima Edivânia M Barros Lima
Elizabeth Abreu Maluf
Autores Fernanda Asseff Menin (Politize!)
Adonias Calebe de Moraes Kamila Nunes da Silva (Politize!)
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos Lizéli Moreira Silva.
Adriana Santos Sousa Paula Alves
Amanda Lopes Santiago Paula Samogin Campioni (Politize!)
Amanda Petraglia Rosania Maria Sacramento de Amorim
Ana Carolina Costa dos Santos Sara Ribeiro dos Santos
Ana Luisa Nogueira dos Santos Saulo Matias Dourado
Beatriz Triesse Gonzalez Victor Henrique Visocki
Cecília Aguirre
Cybele Teixeira Diagramação
Daniele dos Santos Lima Silvana Carvalho Pereira
Danilo Vergani Machado DICAT/SUPED/SEC
Edivânia M Barros Lima Gabriel Souza
Elizabeth Abreu Maluf CEM/SUPED/SEC
Eric Machado Sales
Eunice Ribeiro Imagens
Ícaro Bernardes dos Santos Coutinho ASCOM/SEC
Ítalo Vieira Adriano
Ivonete Ferreira da Silva Souza
Ivonilda Ferreira de Andrade
Janaina Soares Gallo
Janaina Souza de Souza
Júlia Carolina Bijos
Kaike Wesley Reis
Karine Brandão Nunes Brasil
Karla Dias de Lima
Karla Patrícia Oliveira Esquerre
SUMÁRIO

MENSAGEM AOS PROFESSORES/AS 3


1. 1+1? É MAIS QUE 2! 4
2. AVENTURAS EM SÉRIE 14
3. BIENVENIDOS A LA BAHÍA DE SAN SALVADOR: LÍNGUA ESPANHOLA PARA O
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TURISMO E HOTELARIA
4. CIDADANIA DIGITAL (SAFERNET) 42
5. CIDADANIA LOCAL E GLOBAL 53
6. CINECRÍTICOS 66
7. CONSUMIDOR CONSCIENTE, EMPREENDEDOR EFICIENTE 75
8. DIÁLOGO, DEBATE E NEGOCIAÇÃO 84
9. EMPREENDENDO 94
10. ENTRE O DIREITO E A JUSTIÇA 101
11. EU ESCRITOR 112
12. INFORMAÇÃO E (DES)INFORMAÇÃO 126
13. INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE 135
14. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, A DIVERTIDA MENTE DAS MÁQUINAS! 147
15. INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DE DADOS: TORNANDO-ME UM DETETIVE MODERNO 164
16. JORNALISMO, IMPRENSA E DEMOCRACIA 185
17. ¡LUZ, CÂMARA, ACCIÓN! IMAGEM, MÚSICA E MOVIMENTO NAS AULAS DE
194
ESPANHOL
18. ROBÓTICA 211
19. STUDIO PLANTAS 217
20. PRÁTICAS INVESTIGATIVAS E PRODUÇÕES CIENTÍFICAS 226
21. PROTAGONISMO ESTUDANTIL PARA O ENFRENTAMENTO DO RACISMO 247
22. VAMOS FALAR DE GRANA, SIM! ADQUIRINDO CONSCIÊNCIA FINANCEIRA 273
Prezados/as Professores/as,

Como é de conhecimento, os Componentes Curriculares Eletivos integram a atual estrutura


curricular do Ensino Médio e devem ser disponibilizados pelas unidades escolares a partir dos
anseios e necessidades do estudante, expressando uma intencionalidade pedagógica que dialogue
com os objetos do conhecimento das Áreas do Conhecimento ou dos Componentes Curriculares,
bem como com as habilidades previstas nos Referenciais para a Elaboração dos Itinerários
Formativos.
Os componentes eletivos devem, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio, estimular o protagonismo dos estudantes, levando-os a experimentar diferentes temas,
vivências e aprendizagens, de maneira a diversificar e enriquecer o seu percurso de formação e a
dialogar com seus Projetos de Vida. Segundo o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) -
Etapa Ensino Médio, os Componentes Curriculares Eletivas devem ser criados pelas escolas, a partir
da realidade local e do conhecimento e expertise dos(as) professores(as). Os componentes eletivos
podem ser ofertados em formato de oficinas, clubes, observatórios, incubadoras e/ou outros.
No intuito de ampliar o apoio pedagógico às Unidades Escolares da rede estadual de ensino
no trabalho com os componentes eletivos, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia disponibiliza,
a seguir, o Volume 2 do Catálogo dos Componentes Eletivos da SEC BA.
Este Catálogo foi produzido pelas mãos das instituições parceiras Centro Juvenil de Ciência e
Cultura (CJCC), Grupo de Pesquisa da UFBA, Safernet, Politize!, professores convidados da rede
estadual de ensino, professores redatores do Documento Curricular Referencial da Bahia - DCRB -
Etapa Ensino Médio, equipe técnica da Coordenação de Ensino Médio, vinculada à Diretoria de
Currículo, Avaliação e Tecnologias Educacionais – DICAT.
Constam no Catálogo o total de 22 componentes eletivos, com carga horária de 40 e 80 horas,
para facilitar o planejamento e desenvolvimento em escolas que optem por utilizá-las em seus
currículos. Os objetos de conhecimento dos componentes foram distribuídos ao longo das 3
unidades letivas a fim de apoiar o(a) professor(a) no seu planejamento anual, contudo ficará a
critério de cada docente a seleção e utilização desses objetos de conhecimentos ao longo do ano
letivo a partir de suas necessidade e objetivos de aprendizagens pensados para seus/as
estudantes/as. O mais importante é que o/a professor/a que optar pela utilização das eletivas aqui
apresentadas adapte essas produções às suas realidades, sem perder de vista a valorização dos
Territórios de Identidade.
Esperamos que o Volume 2 do Catálogo dos Componentes Eletivos contribua com o trabalho
dos professores(as) da rede estadual frente aos desafios inerentes ao processo de organização da
estrutura curricular do Ensino Médio.

3
1. 1+1? É MAIS QUE 2!

1. TÍTULO DA ELETIVA
1 + 1? É mais que 2!

2. PROPONENTE
Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)

3. AUTORA
Adriana Santos Sousa

4. REVISORES
Ana Valéria Scavuzzi de Souza

5. ÁREAS DO CONHECIMENTO
Matemática e suas Tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

A História dos Números. Criação de Fotografias autorais explorando conceitos de simetria,


perspectiva, profundidade, razão e proporção, enquadramento, light painting e regra dos
terços. Conceituação de Relação e Função. Representação em diagrama e gráfico de
funções. Tipos de Funções. Matemática presente na programação básica (lateralidade,
raciocínio lógico e estratégico). Definição do inteiro e suas partes (as frações no dia-a-dia).
Identificação dos Conceitos básicos sobre Educação Financeira e Empreendedorismo.
Figuras geométricas planas e espaciais (características, propriedades) e aplicação na

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confecção de roupas de bonecas. Conceituação de média, moda e mediana. A Matemática
está envolvida na arte de cozinhar (razão e proporção, medidas de capacidade, de massa,
de tempo). Arte e/na Matemática. A Matemática presente nos Jogos. Produções artísticas e
gastronômicas.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Explorar conteúdos matemáticos presentes no dia-a-dia do estudante por meio de


situações práticas, criativas e divertidas que proporcionem a produção autoral artística e
gastronômica.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar a presença dos números e da Matemática ao nosso redor.


 Reconhecer a importância da Matemática no mundo atual.
 Refletir sobre como seria a nossa vida sem os números.
 Verificar a importância dos conteúdos de Matemática (perspectiva, profundidade,
razão/proporção, simetria etc.) na criação de fotografias.
 Apresentar a técnica Light Painting para a elaboração de fotografias artísticas.
 Apresentar a técnica Foco/Desfoco para a elaboração de fotografias artísticas.
 Apresentar diferentes lentes (Wide, Fish Eye, Macro) para serem acopladas ao celular
para a elaboração de fotografias artísticas.
 Definir e diferenciar Relação e Função.
 Representar funções por meio de diagrama e gráfica de funções.
 Identificar os tipos de funções.
 Definir programação básica.
 Propor situações práticas para executar comandos de programação básica.
 Identificar os termos da Educação Financeira e Empreendedorismo presentes em
Histórias em Quadrinhos apresentados aos estudantes.
 Definir os os termos da Educação Financeira e Empreendedorismo presentes em
Histórias em Quadrinhos anotados pelos estudantes.

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 Criar Histórias em Quadrinhos a partir das discussões em sala com dicas de consumo
sustentável e economia.
 Definir inteiro e fração.
 Comparar frações.
 Identificar frações equivalentes.
 Diferenciar figuras planas e espaciais.
 Identificar e caracterizar as figuras indicadas pelos estudantes.
 Relacionar as figuras geométricas com as peças de roupas.
 Criar moldes para as roupas de bonecas a partir de figuras geométricas planas.
 Montar o figurino das bonecas (cabelo, roupa e acessórios).
 Conceituar média, moda e mediana.
 Conceituar fatorial, arranjo, permutação, combinação simples.
 Identificar as diferentes unidades de medidas percebendo as indicações de cada uma;.
 Preparar receitas separando os ingredientes de acordo com as unidades de medidas
indicadas.
 Identificar conteúdos matemáticos presentes em obras de arte.
 Criar expressões artísticas com desenhos, colagens,recortes ou esculturas a partir das
obras de arte apresentadas e analisadas pelos estudantes.
 Solicitar que os alunos levem para sala de aula os jogos de tabuleiro ou de mesa que
eles mais gostam.
 Identificar os conteúdos matemáticos presentes nos jogos.
 Analisar as regras dos jogos.
 Criar jogos autorais em grupo.
 Relacionar as estratégias utilizadas durante os jogos.

10. UNIDADES CURRICULARES


Oficinas e Projetos

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11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Ciência e Tecnologia.
 Diversidade Cultural.
 Educação financeira.
 Educação para o consumo.
 Saúde.
 Vida Familiar e Social.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

 Investigação Científica;
 Processos Criativos;
 Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidades do eixo investigação científica

(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os


efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e
linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.

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Habilidades do eixo processos criativos

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

Habilidades do eixo empreendedorismo

(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e


conhecimentos matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto
de vida.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

Atividade: Os números sumiram, e agora?!


 Pesquisa, Investigação: como fazer? Quais os passos?
 História dos Números.
 Sistemas de Numeração.

Atividade: Fotografia
 Conceitos básicos de Geometria: ponto; linhas curvas e retas; retas paralelas e
perpendiculares; ângulos, tipos de ângulos; simetria; perspectiva.
 Razão e Proporção.
 Produção de fotos autorais.

Atividade: Festa junina


 Definição de Conjuntos.
 Definição de relação e função.
 Tipos de funções.
 Representação em diagrama e gráfica de funções.

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Unidade II

Atividade: Pensamento Computacional, Matemática e o Scratch.


 Exploração da lateralidade, raciocínio lógico e estratégico na programação básica com
atividades mão-na-massa.
 Exploração das atividades contidas no site Code.org.
 Exploração das atividades publicadas no site do Scratch.
 Criação de Projetos autorais (individuais ou em grupo) utilizando o Scratch.

Atividade: A Matemática na arte de cozinhar e empreender.


 Números Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
 Unidades de Medida (capacidade, massa, comprimento, tempo,...).
 Conversão de medidas.
 Razão e Proporção.
 Frações (tipos de frações, frações equivalentes, dízimas periódicas, comparação de
frações,...).
 Conceitos básicos sobre Educação Financeira e Empreendedorismo por meio de Histórias
em Quadrinhos.

Unidade III

Atividade: Geonecas – Confecção de roupas de bonecas sem linha, agulha e/ou cola
 Figuras geométricas planas e espaciais (características, classificação e propriedades).
 Representatividade (bonecas, raças,...).
 Relação alimentação e corpo saudável.
 Bullying, anorexia e bulimia.
 Conceitos de moda, média e mediana.
 Conceitos de Probabilidade: fatorial, arranjo, permutação, combinação simples.
 Exposição dos figurinos para a comunidade escolar.
 Concurso do look mais criativo no Instagram.

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Atividade: Arte e/na Matemática.
 Conteúdos matemáticos presentes em obras de arte (os conteúdos podem variar de
acordo com as obras de arte que forem analisadas).
 Criação de expressões artísticas com desenhos, colagens, recortes ou esculturas a partir
das obras de arte apresentadas e analisadas pelos estudantes.
 Exposição das obras de arte para a comunidade escolar.

Atividade: Jogos e Matemática


 Solicitar que os alunos levem para sala de aula os jogos de tabuleiro ou de mesa que
eles mais gostam.
 Identificação de conteúdos matemáticos presentes nos jogos.
 Análise de regras dos jogos.
 Criação jogos autorais em grupo.
 Relacionar as estratégias utilizadas durante os jogos.
 Apresentar os jogos criados para a comunidade escolar.

Atividade: Exposição dos recursos produzidos durante o ano para a comunidade escolar.

16. METODOLOGIA

Aulas práticas investigativas envolvendo mão-na-massa e/ou tecnologias baseadas em


problemas, projetos e aprendizagem criativa.

17. PRODUTOS

 Fotografias artísticas autorais.


 Criação de figurinos de roupas de bonecas com figuras geométricas.
 Histórias em Quadrinhos.
 Produções artísticas inéditas ou releituras de quadros existentes.
 Bolos, panquecas e doces.
 Jogos/animações digitais utilizando o Scratch.

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 Jogos autorais.
 Exposição dos produtos elaborados/criados no curso.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Exposição para a comunidade escolar de tudo que foi produzido ao longo de cada etapa.
Sugestão: em cada produto, colocar um QR Code direcionado para um vídeo com a
explicação feita pelo(a) estudante descrevendo todo o processo de criação; confecção da
ornamentação e alimentação da festa junina e apresentação de dança (quadrilha junina);
divulgação das atividades nas redes sociais da escola (Instagram, Facebook, Tik Tok...).

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação das atividades será realizada durante todo o processo, considerando a


assiduidade e a participação dos alunos nas atividades.

20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula; pátio e/ou quadra da escola; cozinha; praça da cidade.

Materiais
Envelopes A4. Caneta laser. Bonecas. Papel A4 de diversas cores. Canetas. Lápis. Fita adesiva.
Tesoura Lentes para celulares. Cartolinas Coloridas. Lápis de cor. Tecidos em malha
coloridos e estampados. Feltro em cores variadas. Pistola de Cola quente e bastões de
silicone. Cola bastão. Cola para artesanato. Fita métrica. Compasso. Chromebooks. Internet.
Projetor. Celulares. Aplicativos para celulares. EVA em diversas cores. Palitos de churrasco.
Papelão. Material para fazer as receitas de bolo, doces e panquecas (ou outras receitas
escolhidas). Revistas variadas. Material impresso. Fita adesiva. Fita crepe. Materiais diversos
(glíter, botões, grãos). Jogos de tabuleiro Materiais variados recicláveis ou de baixo custo.

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Humanos
Professor(es); estudante(s); gestores; família e parceria com profissionais de diversas áreas
(de acordo com as atividades propostas).

21. REFERÊNCIAS

Textos, Artigos e Livros

Para Professores

ALENCAR, E. S. de. Como desenvolver o potencial criador: um guia para a liberação da


criatividade em sala de aula. 3 ed. Vozes. Petrópolis, 1995.

ANTUNES, C. A criatividade na sala de aula. 2ª ed. Vozes. Petrópolis, 2004.

BAHIA, Secretaria de Educação da Bahia. Novo Ensino Médio da Bahia. Documento


Orientador. Rede Pública de Ensino: Bahia, 2020.

BOGDAN, R. C. BIKLEN S. K. Investigação Qualitativa em Educação: Uma introdução a


teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora LDA, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.

BRASIL, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: Orientações


Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens,
códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média
e Tecnológica, 2002.

BRASIL. Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Brasília, 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais curriculares para a elaboração de


itinerários formativos. Brasília, 2019.

D’AMBRÓSIO, B. S. LOPES, C. E. Ousadia criativa nas práticas de educadores


matemáticos. Organizadoras: Beatriz Silva D`Ambrosio e Celi Espasandin Lopes. Coleção
Insubordinação Criativa. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015.

12
GONTIJO, C. H. Relações entre criatividade, criatividade em matemática e motivação
em matemática de alunos do ensino médio. 2007. 194 f. Tese (Doutorado em Psicologia)
- Universidade de Brasília, Brasília, 2007. Disponível em:

https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/2528/1/2007_CleytonHerculesGontijo.PDF
Acesso em 15/09/2020.

GONTIJO, C. H., CARVALHO, A. T de, FONSECA, M. G. FARIAS, M. P. de. Criatividade em


matemática: conceitos, metodologias e avaliação. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2019.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática.


Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.

RESNICK, M. Dê uma Chance aos Ps: Projetos, Parcerias, Paixão, Pensar Brincando. 2016.
Acesso em 23/10/2020. Disponível em:

https://porvir-prod.s3.amazonaws.com/wp-
content/uploads/2016/11/23114623/DE%CC%82-UMA-CHANCE-AOS-Ps-.pdf

RESNICK, M. Jardim de infância para a vida toda: por uma aprendizagem criativa, mão
na massa e relevante para todos. Tradução: Mariana Casseto Cruz e Lívia Rulli Sobral;
revisão técnica Carolina Rodeghiero, Leo Burd – Porto Alegre: Penso, 2020.

ZALESKI FILHO, D. Matemática e Arte. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013. (Coleção
Tendências em Educação Matemática).

Artigos escritos por estudantes e professores do CJCC-VC


http://cjccvc.org/course/view.php?id=3#section-4

Aplicativos e Sites

Repositório de Objetos de Aprendizagem Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Vitória da


Conquista – Bahia
http://cjccvc.org/course/view.php?id=3#/-3
Scratch - https://scratch.mit.edu/
Code - https://code.org/

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Aplicativo ChromaVid para android -
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.appsformobs.chromavid
Matemática Criativa - https://www.youtube.com/watch?v=C49YjsJPk6s
Atividades - Matemática Criativa - https://www.instagram.com/adrianacjcc/

Referências recomendadas para estudantes (produções dos alunos do Centro Juvenil


de Ciência e Cultura de Vitória da Conquista - BA)

É da $ua conta?! - https://scratch.mit.edu/projects/411422319/fullscreen/


Jogos digitais - http://cjccvc.org/course/view.php?id=3#section-2

2. AVENTURAS EM SÉRIE

1. TÍTULO DA ELETIVA
Aventuras em Série

2. PROPONENTE
Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)

3. AUTORES/AS
Karla Dias de Lima

4. REVISORA
Sara Ribeiro dos Santos

5. ÁREA DE CONHECIMENTO
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

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7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Cultura, política e sociedade na Grécia Antiga. Mitologia grega e romana. Jogos olímpicos.
Reflexão sobre os conceitos de democracia, república e império. Medievalismo. Caça às
bruxas. Escravidão. Nazismo e fascismo. Racismo e eugenia. Holocausto. Conceitos políticos:
ditadura/autocracia, governos autoritários.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Conhecer as possibilidades de aprendizagem oferecidas pela literatura fantástica e pelo


cinema através de filmes e livros que são atrativos para os jovens, a exemplo das sagas Star
Wars, Percy Jackson e Harry Potter.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Analisar o impacto gerado pelas séries fantásticas na juventude e como as questões


tratadas podem fazer paralelo com a atualidade e com os componentes curriculares do
Documento Referencial Curricular da Bahia. Selecionar variados materiais que possam
favorecer a leitura e análise crítica.
 Identificar a construção contextual e a estrutura dos personagens principais e
secundários das séries estudadas.
 Desenvolver materiais artísticos, jogos e outras produções sobre as séries.

10. UNIDADE CURRICULAR

Oficinas e projetos

15
11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Diversidade cultural.
 Educação em direitos humanos.
 Direitos da Criança e do Adolescente.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

 Investigação Científica.
 Processos Criativos.
 Mediação e Intervenção Sociocultural.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EM13CHS101) Analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas


linguagens, com vistas à compreensão e à crítica de ideias filosóficas e processos e eventos
históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.

(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a


processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base
na sistematização de dados e informações de natureza qualitativa e quantitativa (expressões
artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos, gráficos, mapas, tabelas
etc.).

(EM13CHS104) Analisar objetos da cultura material e imaterial como suporte de


conhecimentos, valores, crenças e práticas que singularizam diferentes sociedades inseridas
no tempo e no espaço.

(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos e classes sociais


diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de
trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos.

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(EM13CHS403) Caracterizar e analisar processos próprios da contemporaneidade, com
ênfase nas transformações tecnológicas e das relações sociais e de trabalho, para propor
ações que visem à superação de situações de opressão e violação dos Direitos Humanos.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidade do Eixo Investigação Científica

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias
digitais.

Habilidade do Eixo Processos Criativos

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e


culturais, por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo,
sensibilidade, criticidade e criatividade

Habilidade do Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

a) O Ocidente Clássico: aspectos da cultura na Grécia e em Roma.


b) As noções de cidadania e política na Grécia e em Roma.
c) Domínios e expansão das culturas grega e romana.

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d) Significados do conceito de “império” e as lógicas de conquista, conflito e negociação
dessa forma de organização política.
e) Obras de Rick Riordam Percy Jackson e os olimpianos composta por cinco livros, ver
os dois filmes produzidos sobre as mesmas.

Unidade II

a) A passagem do mundo antigo para o mundo medieval.


b) A fragmentação do poder político na Idade Média.
c) Escravidão e trabalho livre em diferentes temporalidades e espaços (Roma Antiga,
Europa medieval e África).
d) O papel da religião cristã, dos mosteiros e da cultura na Idade Média.
e) O papel da mulher na Grécia e em Roma, e no período medieval.
f) O escravismo no Brasil e no mundo.
g) Obras de J. K. Rowling,a saga Harry Potter composta por sete livros e oito filmes.

Unidade III

a) Pensamento e cultura no século XIX: darwinismo e racismo.


b) A emergência do fascismo e do nazismo.
c) A Segunda Guerra Mundial.
d) Judeus e outras vítimas do holocausto.
e) A questão da violência contra populações marginalizadas.
f) Cinema dialogado com os filmes da saga Star Wars.

16. METODOLOGIA

 Aulas mão na massa.


 Jogos e desafios.
 Clube de leitura.
 Aprendizagem Baseada em Problemas.
 Aprendizagem Criativa.

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17. SUGESTÕES DE PRODUTOS

 E-book com fanfics das obras estudadas.


 Jogos de tabuleiro ou criados em plataformas online pelos próprios alunos artefatos das
séries, a exemplo de varinhas, escudos, camisetas etc
 Funmovies ou vídeos criados a partir das séries estudadas
 Memes e outras linguagens visuais da preferência dos alunos.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

 Taça das casas (desafio entre os grupos das casas de Hogwarts).


 Mostra/exposição dos produtos feitos pelos estudantes.
 Gincana geek.
 Festa de cosplays e cospobres.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Avaliação processual e contínua analisando a participação e interesse dos estudantes em


cada atividade proposta, bem como a criatividade, interação com os pares,
compartilhamento de informações e aplicação dos conceitos trabalhados durante a aula e
a qualidade da produção das atividades propostas.

20. RECURSOS

Físicos
Sala ampla com cadeiras e mesas, biblioteca da escola, espaço ao ar livre.

Materiais
Livros e filmes das séries, Internet, notebook, Celular, aplicativos, data-show, lápis, borracha,
caneta, lápis de cor, tintas em várias cores, fichas impressas, biscuit, cola quente, eva,

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cartolina, papéis coloridos, material reciclável como papelão, garrafas pets e outros
recipientes.

Humanos
Estudantes, professores e convidados.

21. REFERÊNCIAS

Textos, Artigos e Livros

BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos - uma introdução aos mitos no mundo moderno e as


impressionantes semelhanças entre heróis e deuses de diferentes culturas. São Paulo:
Ediouro, 2004.

CASSOLI, Raquel Alves. Star Wars: A Saga do Herói e a Psicologia Analítica. 13 de agosto
de 2013. http://psiconaaula.blogspot.com.br/2013/08/star-wars-saga-do-heroi-e-
psicologia.html acessado em 23/01/2021.

COLBERT, David. O mundo mágico de Harry Potter. São Paulo: Sextante, 2001.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia In: Grécia e Roma. – 2 cd – São Paulo: Contexto. 2002.

GIACOMONI, M. P.; PEREIRA, N. M. (Orgs.). Jogos e ensino de História. 1. ed., 2. reimpr.


Porto Alegre: Evangraf, 2013.

MENEZES, Victor Henrique S.; PINTO, Renato. As possibilidades de utilização dos livros de
Harry Potter no ensino de história. In: BUENO, André; CREMA, Everton; ESTACHESKI, Dulceli;
NETO, José [orgs.] Aprendizagens Históricas: debates e opiniões. União da Vitória/Rio de
Janeiro: LAPHIS/Edições especiais Sobre Ontens, 2018.

OLIVEIRA, Adriana Figueiredo de. MANZANO, Luciana Carmona Garcia . Fanfiction: “nova”
ferramenta de leitura e escrita para o ensino de língua materna no ensino básico.
Calidoscópio Vol. 13, n. 2, p. 210-217, mai/ago 2015.Unisinos.

ROCHA, Camilo. Há 40 anos, 'Star Wars' iniciava uma nova era no cinema e no
entretenimento. 25 Mai 2017.

20
Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/reportagem/2017/05/25/H%C3%A1-40-
anos-Star-Wars-iniciava-uma-nova-era-no-cinema-e-no-entretenimento acessado em
23/01/2021.

SANTOS, Misael Beskow dos. “São tempos sombrios, não há como negar”: Usos do
passado e imaginários sobre nazifascismo e autoritarismo na narrativa cinematográfica de
Harry Potter. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) - Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Licenciatura em História, Porto
Alegre, BR-RS, 2019.

SILVA, Jônatas José da. MAIOR NETO, José Natal Souto. Medievalismo e o Ensino De
História: Sobre bruxos, castelo e magia Harry Potter (2001-2011). In: Bueno, André; Birro,
Renan; Boy, Renato (org.) Ensino de História Medieval e história Pública. 1ª Ed. Rio de
Janeiro: Sobre Ontens/UERJ,2020. P. 133-140.

SILVA, Jenifer Cabral. Entre Pergaminhos, Magia e História: um estudo sobre o Ensino de
História na narrativa ficcional de Harry Potter. Dissertação (Mestrado)Universidade federal
Rural do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Educação, Contextos
contemporâneos e Demandas populares, 2019.

VASCONCELOS, E. Uma breve história dos jogos de tabuleiro. Pipoca e Nanquim, [S.l.], 14
jan. 2012. Disponível em: <https://goo.gl/4NXdfy>. Acesso em: 20/01/2021.

VERNANT,J.P. O Universo, os Deuses: Os homens. Trad. R.F. d'Aguiar. São Paulo:


Companhia das Letras, 2000.

ZEHN, Dan. Estudando os Skywalkers: o dia 4 de maio e o impacto cultural de Star Wars.
Maio 4, 2016.http://br.starwars.com/news/estudando-os-skywalkers-o-dia-4-de-maio-e-o-
impacto-cultural-de-star-wars acessado em 23/01/2021.

Aplicativos e Sites

WIZARDING WORLD. Wizarding World: The official home of Harry Potter. 2021. Disponível
online em: https://www.wizardingworld.com/ Acesso em 29/01/2021.

21
POTTERISH. Potterish: Harry Potter, Fantastic Beasts Movies, Cursed child and J.K.Rowling.
2021. Disponível online em: https://potterish.com/?lang=en Acesso em 23/01/2021.

ELETRONIC ARTS. Jogos de Harry Potter: site oficial da EA. 2021.Disponível online em:
https://www.ea.com/pt-br/games/harry-potter Acesso em 29/01/2021.

ELETRONIC ARTS; Jogos de Star Wars: site oficial da EA. 2021. Disponível online em:
https://www.ea.com/pt-br/games/starwars Acesso em 23/02/2021.

SOCIEDADE JEDI. 2021. Disponível online em: https://sociedadejedi.com.br/ Acesso em


23/02/2021.

RICK RIORDAM. 2021. Disponível online em:

https://www.rickriordan.com.br/percyjackson.html Acesso em 23/02/2021.

Referências recomendadas para estudantes

RIORDAN, Rick. O Ladrão de Raios. São Paulo: Intrínseca, 2006.

____. O Mar de Monstros. São Paulo: Intrínseca, 2007.

____. A Maldição do Titã. São Paulo: Intrínseca, 2008.

____. A Batalha do Labirinto. São Paulo: Intrínseca, 2009.

____. O último olimpiano. São Paulo: Intrínseca, 2010.

ROWLING. J. K. Harry Potter e a pedra filosofal. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

____. Harry Potter e a câmara secreta. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

____. Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

____. Harry Potter e o cálice de fogo. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

____. Harry Potter e a Ordem da Fênix. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

____. Harry Potter e o enigma do príncipe. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

____. Harry Potter e as relíquias da morte. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

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Inspirações e produções dos estudantes

ALMEIDA, Catarina Dominguez Alvarez Pinheiro. MANTOVANI NETO, Mariana SANTOS,


Giovana Moraes Valverde, CAMARGO, Luís Fernando Prestes (Orientador). Todas pela
força. Anais da FEBRACE 2019 - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, p. 262.

FEBRACE. Feira Virtual de Ciências e engenharia. 2020. Disponível online em:


https://febrace.org.br/virtual/2020/HUM/285/ Acesso em 23/01/2021.

BBC. Estudantes criam adaptação de jogo de Harry Potter. 2010. Disponível online em:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/12/101230_quadribol_2_nf acessado em
23/01/2021.

3. BIENVENIDOS A LA BAHIA DE SAN SALVADOR: LÍNGUA ESPANHOLA


PARA O TURISMO E HOTELARIA

1. TÍTULO DA ELETIVA
Bienvenidos a la Bahía de San Salvador: Língua Espanhola para o Turismo e Hotelaria

2. PROPONENTE
Grupo de pesquisa/UFBA

3. AUTORES/AS
Cecília Aguirre
Cybele Teixeira
Lizéli Moreira Silva

4. REVISORES/AS
Cecília Aguirre
Cybele Teixeira
Lizéli Moreira Silva

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5. ÁREA (S) DO CONHECIMENTO
Linguagens e suas tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 horas

8. EMENTA

Desenvolvimento das habilidades de recepção e produção de gêneros discursivos em


espanhol, escritos e orais, que circulam na esfera social do turismo, impressos ou digitais.
Análise da intencionalidade discursiva, de particularidades formais e linguísticas de cada
gênero, e dos efeitos de sentido projetados. Discussão dos diferentes tipos de turismo
oferecidos na Bahia e no mundo hispano-falante. Levantamento do intercâmbio turístico
entre a Bahia e países de fala hispana. Avaliação do impacto econômico e ambiental do
turismo em Salvador, Bahia e região. Produção de um glossário voltado para turismo e
hotelaria. Criação de cardápios, guias turísticos e avisos publicitários em espanhol. Uso da
língua estrangeira como ferramenta de mediação e intervenção sociocultural.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Desenvolver habilidades de recepção e produção de textos orais e escritos em língua


espanhola pertencentes à esfera social do turismo, com vistas a um futuro projeto de vida
nesse campo de atuação.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Investigar atividades profissionais na área do turismo e hotelaria, com ênfase no Cone


Sul.
 Investigar os diferentes tipos de turismo disponíveis no contexto local e regional.

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 Interpretar e produzir diversos gêneros discursivos que circulam na esfera turística, de
forma a construir um repertório profissional.
 Identificar características culturais e interacionais da língua/cultura hispano-americana
em comparação com a língua/cultura da Bahia/Brasil.
 Distinguir a natureza heterogênea das línguas e culturas e a pluralidade constituinte das
sociedades.
 Exemplificar e comparar distintos aspectos discursivos, pragmáticos, lexicais, sintáticos,
morfológicos, fonéticos e ortográficos em espanhol e português.
 Desenvolver a leitura e a fala, a escuta e a escrita em língua espanhola, a partir de uma
abordagem comunicativa.
 Usar a língua espanhola para a criação de um portfólio turístico, constituído por guias,
flyers, vídeos, avisos publicitários, entre outros gêneros.
 Planejar um passeio turístico local, que envolva a observação de paisagens, grutas,
árvores, cursos e espelhos de água ou aves e animais de pequeno porte.
 Desenvolver o letramento digital.

10. UNIDADE CURRICULAR

Por seu caráter teórico-prático e investigativo, esta proposta se constitui em uma oficina de
língua espanhola para o turismo e a hotelaria.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Em sintonia com a Proposta de Práticas de Implementação dos Temas Contemporâneos


Transversais (TCT) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), esta eletiva se situa no nível
de complexidade intradisciplinar e propõe o cruzamento entre conteúdo e habilidades
específicas da língua e cultura espanhola e brasileira com a área de turismo e hotelaria.
Desta forma, se abordam os TCT de diversidade cultural e trabalho, temas que contribuem
com a formação democrática e cidadã dos estudantes.

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Estes temas ainda se justificam porque refletem características locais, da Bahia, e da cidade
de Salvador, que mantém um profícuo intercâmbio acadêmico, cultural, turístico e
migratório com o mundo hispano-americano, em particular com o Cone Sul. Assim, a
presente proposta de eletiva visa integrar a parte diversificada do currículo de ensino médio,
uma vez que prevê o estudo de um aspecto regional, local, representativo da sociedade, da
cultura e da economia em território baiano e sulamericano.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

A eletiva proposta contempla os seguintes eixos estruturantes:


Investigação científica.
Processos criativos.
Mediação e intervenção sociocultural.
Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,


agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus


objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à
sua vida pessoal, profissional e cidadã.

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14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS
EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidade do Eixo Investigação Científica

(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de


sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens
(imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação social e considerando
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

Habilidade do Eixo Processos Criativos

(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação


social, recursos criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de
projetos e/ou processos criativos.

Habilidade do Eixo Mediação e intervenção sociocultural

(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar conhecimentos e recursos das práticas de linguagem


para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de
interação e de atuação social, artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o
convívio democrático com a diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

Habilidade do Eixo Empreendedorismo

(EMIFLGG12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as práticas de


linguagens socialmente relevantes, em diferentes campos de atuação, para formular
propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.

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15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA:

Unidade I

a) Oferta e demanda de distintas formas de turismo na Bahia e no Cone Sul.


b) Turismo cultural, turismo de trabajo, turismo de estudio.
c) Manifestações culturais na Bahia e no Cone Sul.
d) Gêneros discursivos que circulam na esfera do turismo: o formulário, o folheto turístico
e o aviso publicitário, nas versões impressa e digital.
e) O texto informativo/descritivo/expositivo.
f) Léxico específico para a área de turismo e hotelaria em espanhol;
g) Aspectos discursivos, pragmáticos, lexicais, sintáticos, morfológicos, fonéticos e
ortográficos do espanhol e do português.
h) Comunicação de informações básicas e pessoais.
i) Descrição de pessoas, profissões, alojamentos, instalações e de paisagens no presente.
j) Pedidos, agradecimento, cumprimentos e despedidas formais e informais;
k) Formulários online.
l) Reservas em hotéis e agências de viagens online;
m) Formas de pagamento online.
n) Indicação e solicitação de direções e endereços online.
o) Uso de tecnologias e aplicativos para o turismo.
p) Criação de um anúncio publicitário, impresso ou digital, para o turismo na região.

Unidade II

a) Oferta e demanda de distintas formas de turismo na Bahia e no Cone Sul..


b) Turismo desportivo, turismo religioso, turismo gastronómico.
c) Manifestações culturais na Bahia e no Cone Sul.
d) Gêneros discursivos que circulam na esfera do turismo: a receita e o cardápio, nas
versões impressa e digital.
e) O texto informativo/descritivo/expositivo.

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f) Léxico específico para a área de turismo e hotelaria em espanhol.
g) Aspectos discursivos, pragmáticos, lexicais, sintáticos, morfológicos, fonéticos e
ortográficos do espanhol e do português.
h) Narração de hábitos no presente.
i) Descrição de hábitos alimentares regionais e tipos de comida.
j) Planejamento utilizando o futuro.
k) Alimentos típicos: ingredientes e receitas.
l) Instruções para preparar um prato.
m) Bebidas típicas e o valor social da bebida.
n) Organização e elaboração de um cardápio, em formato multimodal.
o) Uso de tecnologias e aplicativos para o turismo.

Unidade III

a) Oferta e demanda de distintas formas de turismo na Bahia e no Cone Sul.


b) Turismo rural, turismo de aventura, turismo de descanso.
c) Manifestações culturais na Bahia e no Cone Sul.
d) Gêneros discursivos que circulam na esfera do turismo: o documentário ou vídeo
informativo.
e) O texto informativo/descritivo/expositivo.
f) Léxico específico para a área de turismo e hotelaria em espanhol.
g) Aspectos discursivos, pragmáticos, lexicais, sintáticos, morfológicos, fonéticos e
ortográficos do espanhol e do português.
h) Narração de eventos passados.
i) Temporadas turísticas.
j) Meios de transporte e passagens.
k) Formas de pagamento, números e moedas.
l) As datas e a hora.
m) Organização de viagens para distintos tipos de clientes, com procura de ofertas para
reserva de transporte e hotel.

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n) Organização de uma excursão turística local, para observação de paisagens, grutas,
árvores, cursos e espelhos de água ou aves e animais de pequeno porte.
o) Criação de um guia turístico multimodal.
p) Criação de um portfólio dos serviços turísticos oferecidos, fazendo uso dos diversos
gêneros estudados, envolvendo diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; etc.).

16. METODOLOGIA

Uma abordagem metodológica condizente com as demandas da sociedade atual precisa


incorporar o uso de tecnologias digitais, uma vez que nossos estudantes já se encontram
imersos no mundo virtual e na cibercultura. A escola não deve se manter à margem dessa
realidade. Como não dispomos de livro didático para esta eletiva, o professor deverá lançar
mão da sua criatividade e autonomia na elaboração do próprio material, tendo a ética, a
liberdade, a democracia, a justiça social, a pluralidade, a solidariedade e a sustentabilidade
como princípios norteadores.

Assim, nossa proposta metodológica para a Oficina de espanhol para turismo e hotelaria se
nutre das discussões e conceituações desenvolvidas em torno ao enfoque sociocultural da
linguagem, o letramento digital e as metodologias ativas.

Por um lado, entendemos que por se tratar de um componente curricular de língua


espanhola, deve-se privilegiar o enfoque sociocultural da linguagem. Isto quer dizer
priorizar a noção de linguagem na sua natureza dialógica, histórica e comunicativa; que
envolve não apenas aspectos cognitivos individuais, mas condições de produção dos textos,
interlocutores e as instituições onde estes circulam. Desta forma, o texto é compreendido
como uma atividade social contextualizada, que requer não só acionar estratégias cognitivas
de leitura mas também distinguir o propósito do leitor, a intencionalidade do texto, e os
gêneros do discurso em suas duas dimensões: sua forma e particularidades linguísticas e as
esferas de atividade social onde circulam (o âmbito do turismo, educação, religião, justiça,
cotidiano, etc.) Nossa proposta de eletiva se situa no campo de atividade social do turismo
e hotelaria, na qual circulam gêneros como orçamentos, reservas, contratos de prestação

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de serviços, comprovantes de compra, passagens, formulário de registro de hóspedes, flyers
e vídeos informativos, anúncios publicitários, documentários, sites de reservas de hotelaria,
cardápios, guias turísticos, entre outros, tanto na modalidade impressa como digital. Além
do mais, trata-se de uma área inter/transdisciplinar, posto que se encontra com a história,
a geografia, a economia, o desenvolvimento sustentável, o meio ambiente, a cultura. Esta
concepção de língua encontra sustento nos preceitos didático-pedagógicos do
interacionismo sociodiscursivo.

Por outro lado, em acordo com Carla Coscarelli (2016, p.16), entendemos que a inserção de
tecnologias digitais na vida cotidiana dos estudantes tem gerado, além de mudanças nas
formas de interação e comunicação das pessoas, grandes mudanças nas práticas de leitura.
Para Coscarelli (2016, p.16) isto se deve à emergência de textos híbridos, que associam
ícones, sons, imagens estáticas e em movimento, leiautes multissemióticos, modificando o
processamento de informações e a construção de significados. Ao mesmo tempo, a tela
passou a ser o principal suporte para a reconfiguração dos objetos de leitura, e a internet,
o ambiente para o desenvolvimento de novas formas de participação e hábitos de leitura,
ubíquos, plurais, menos hierárquicos e menos lineares (Coscarelli, 2016, p. 16) Ainda
concordamos com Coscarelli em que, conectados à internet, temos acesso a inúmeros
textos de gêneros diferentes, com discursos de etnias, religiões, ideologias, culturas idiomas
e contextos diferentes. Assim, as habilidades tradicionais de ouvir e falar, ler e escrever, se
realizam mediante uma grande variedade de gêneros discursivos, que se apresentam em
múltiplos suportes, por estarem imersos na cultura digital.

Esta realidade traz para a educação a responsabilidade de formar novos leitores. Para
Coscarelli (2016, p.21) já não é suficiente desenvolver uma pedagogia para o letramento
impresso, mas é preciso preparar os estudantes para o letramento digital, com
competências e formas de pensar adicionais. E acrescenta que o desafio consiste em
incorporar ao ensino da leitura não só textos em diferentes mídias (jornais impressos e
digitais, formulários online, músicas, sites, blogs e outros), mas também formas de lidar com
eles.

Para a autora, a multiplicidade de textos que transitam pela rede demandam, para além das
habilidades requeridas na leitura do impresso, habilidades de navegação adicionais e a

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construção de associações, projeções e inferências rápidas e eficazes. Por exemplo, o
usuário/leitor precisa compreender a função dos links e identificar ícones e signos próprios
do ambiente digital, como curtir e comentar no Facebook, selecionar emoticons no
Whatsapp, inserir imagens, enviar fotos, publicar comentários. Assim, conclui que o
letramento digital exige tanto a apropriação da tecnologia (por exemplo, como usar o
mouse, o teclado, a barra de rolagem, etc.) quanto o desenvolvimento da habilidade de
produzir associações e compreender a interação nos espaços multimidiáticos (por exemplo,
selecionar conteúdo para uma rede de relacionamentos, distinguir informação relevante e
confiável na internet, navegar em um site de pesquisa, construir um blog, usar a linguagem
mais apropriada em e-mails pessoais e profissionais).

Nesta tessitura, concordamos com Bacich e Moran (2018) em que é preciso trazer para o
âmbito educacional novas metodologias com base em atividades, desafios, problemas e
jogos, para estimular a autonomia e a colaboração dos estudantes na aprendizagem. Estas
metodologias permitem que cada estudante aprenda no seu próprio ritmo e de acordo com
sua necessidade, além de aprender também com os outros estudantes em grupos e
projetos, sob supervisão de professores orientadores. Para os autores, a aprendizagem se
constrói num processo equilibrado entre a elaboração coletiva, por meio da colaboração
em grupos, e a personalizada, onde cada estudante segue um percurso individualizado.
Ainda para os autores a aprendizagem acontece nesse movimento fluido e constante entre
a comunicação grupal e a individual, em um processo de reelaboração permanente.

Considerando a estrutura disciplinar do currículo escolar, sugerimos priorizar um


envolvimento maior dos estudantes com sua própria aprendizagem mediante a adoção de
metodologias ativas, em particular a denominada aprendizagem por projetos (PBL, em
inglês). De acordo com Marcela Lorenzoni (2020) a PBL relaciona a construção de
conhecimento à investigação e a proposta de soluções para situações reais, unindo de
forma inseparável o aprender e o fazer. Nesta metodologia, não cabe ao professor expor
todo o conteúdo, senão que são os próprios estudantes que vão à procura dos
conhecimentos necessários para atingir seus objetivos, contando com a orientação do
professor no papel de facilitador. Como cada estudante realiza seu próprio percurso
investigativo para atingir uma meta comum ao grupo, a PBL permite trabalhar a

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inter/transdisciplinariedade, envolvendo competências e temáticas de diversos
componenetes curriclares escolares. Esta metodologia propicia a autonomia dos
estudantes, incentiva a curiosidade, resolução de problemas e comunicação interpessoal. É
na fase final, com a produção de resultados, que a tecnologia se faz mais presente no
processo, uma vez que os estudantes podem organizar suas descobertas em formatos
multimídia, fazendo tabelas e (info)gráficos, vídeos, etc. Lorenzoni (2020) descreve os sete
passos constituintes da PBL: 1. Pergunta motivadora; 2. Desafio proposto; 3. Pesquisa e
conteúdo; 4. Cumprindo o desafio; 5. Reflexão e feedback; 6. Resposta à pergunta inicial; 7.
Avaliação do aprendizado.

Apresentamos a seguir um exemplo de projeto para nosso componenete curricular eletivo


(Adaptado de https://revistadigital.inesem.es/idiomas/aprendizaje-basado-en-proyectos-
aplicacion-en-clase-de-ele/)

A PBL supõe que o estudante aborde um tema do próprio interesse mediante um projeto
criado por ele mesmo sobre um problema concreto da vida real. A PBL nas aulas de
espanhol supõe pela sua vez que o projeto promova um processo de imersão cultural e
linguística, mediante pesquisa e reflexão, realizado em grupos de trabalho. A interação entre
os membros do grupo supõe o uso constante da língua espanhola, o que deve levar ao
desenvolvimento das habilidades receptivas e produtivas. Uma vez realizado, os estudantes
apresentam o resultado ou o produto final do projeto para a turma.

Título - Um menú tipicamente baiano

Tempo de realização - O tempo estimado é de quatro semanas, oito dias de aula.

Pergunta motivadora ou situação problema - Como apresentar pratos típicos baianos e


turistas procedentes do mundo hispânico.

Desafio proposto - Criar um cardápio comentado em espanhol, descrevendo a história dos


pratos e a forma de preparação, para um restaurante local que oferece comida típica. O
projeto consiste em selecionar os pratos que irão compor o cardápio – entradas, pratos
principais, sobremesas, bebidas, narrar parte da sua história e oferecer a receita com as
instruções de preparação.

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Pesquisa e conteúdo - Os estudantes pesquisam em internet sobre pratos típicos de
diferentes regiões da Bahia, sua história, e a forma de preparação. Também devem
pesquisar sobre alimentos, itens de cozinha, verbos relativos às atividades culinárias em
língua espanhola, sobre o turismo proveniente do mundo hispânico, frequência, volume,
origem dos turistas.

Cumprindo o desafio - Os estudantes socializam os resultados da pesquisa. O professor


dá assistência aos diferentes grupos na seleção dos pratos do cardápio e das imagens a
serem utilizadas. Neste momento o professor pode apresentar e sistematizar questões
relativas à língua espanhola necessárias para a descrição dos pratos e para as instruções de
preparação.

Os grupos procedem na criação do cardápio, impresso ou digital, incluindo imagens,


diferentes tipografias, refletindo sobre a distribuição de imagem e texto e seus efeitos de
sentido, com a orientação do professor.

A continuação o professor pode apresentar e sistematizar questões relativas à língua


espanhola necessárias para a cena no restaurante, ativando conhecimentos sobre
cumprimentos, agradecimentos, despedidas, formas de pedir um serviço, formas de
responder a um pedido, o registro formal e informal na interação e suas implicações
pragmáticas.

Os grupos procedem na criação da cena, refletindo sobre a escolha do registro formal e


informal. O professor também pode, neste momento, dar assistência personalizada a
estudantes e grupos na preparação da cena no restaurante.

Os estudantes apresentam a cena num restaurante, a partir da chegada de um grupo de


turistas que desejam experimentar comida baiana. Esta atividade permite que os
estudantes coloquem em prática o aprendido.

Reflexão e feedback - Momento em que se realiza uma primeira revisão e avaliação do


cardápio elaborado e das descrições e receitas em língua espanhola, assim como das
simulações.

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Resposta à pergunta inicial - Apresentação dos cardápios elaborados pelos diferentes
grupos de estudantes para a turma, ou para a comunidade escolar.

Avaliação do aprendizado - Autoavaliação do desempenho individual e grupal, e


avaliação geral da atividade.

Para finalizar, ressaltamos que a elaboração de uma sequência didática que contemple esta
abordagem metodológica requer de pesquisa, estudo e aprofundamento por parte do
professor. Na bibliografia oferecemos algumas possíveis leituras. Em sintonia com esta
abordagem, sugerimos como possíveis atividades complementares visitas presenciais e/ou
virtuais a Centros Históricos/Centros de Informação e empresas de serviços que atendam o
turismo; visitas virtuais aos endereços eletrônicos de jornais, revistas, televisão e órgãos de
países hispano-falantes que tenham a seção turismo; leitura de diversos gêneros discursivos
do campo de atuação social; utilização do kahoot para práticas de vocabulário e demais
ferramentas para o desenvolvimento de habilidades linguísticas; produção textual
multimodal voltada para turismo e hotelaria.

Concluindo, entendemos que o interacionismo sociodiscursivo, o letramento digital e a


aprendizagem baseada em projetos constitui uma abordagem metodológica que atende
tanto a concepção de língua adotada quanto às demandas educacionais contemporâneas.

17. PRODUTOS

Como fruto das ações desenvolvidas nesta proposta, sugerimos uma apresentação da
pesquisa na área de turismo e hotelaria e sua relação com o visitante hispano-falante; uma
roda de conversa com especialistas convidados; simulação de diálogos de situações de
atendimento ao visitante hispano-falante; criação de um portfólio turístico em língua
espanhola, constituído por guias, flyers, vídeos, avisos publicitários, entre outros gêneros;
planejamento de um passeio turístico local, que envolva a observação de paisagens, grutas,
árvores, cursos e espelhos de água ou aves e animais de pequeno porte, entre outras
possibilidades. No entanto, se recomenda que o professor fique aberto a sugestões dos
próprios estudantes e aos desdobramentos do trabalho realizado.

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18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

As produções dos estudantes poderão ser socializadas na comunidade escolar através de


uma exposição sobre turismo e hotelaria na Bahia, explicitando suas potencialidades, a
cultura local, o mercado de serviços, ideias de empreendedorismo, dentre outros aspectos,
todos voltados para as 21 nacionalidades hispano-falante que podem visitar nosso estado,
sempre tentando trazer as aproximações e o respeito pelas diferenças. Esta exposição
poderá ser realizada no formato presencial ou online.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação dos estudantes será processual e somativa, em atenção a questões linguístico-


discursivas e de produção em línguas espanholas. Porém, de acordo com a metodologia
por projetos, se avaliará também o trabalho prévio colaborativo, tendo como resultado a
realização de um seminário, um portfólio e uma exposição.

20. RECURSOS

No que diz respeito ao espaço para o desenvolvimento da eletiva, podemos considerar a


sala de aula e o ambiente virtual de aprendizagem, dependendo da disponibilidade dos
estudantes. Quanto aos materiais, a eletiva irá requerer uma sala equipada com
notebooks/computadores e conexão à internet, aplicativos para edição de imagem, som e
vídeo, além de materiais como dicionário bilíngue, mapas, infográficos, cartazes físicos e/ou
virtuais, e os tradicionais cadernos, pastas e portfólios, físicos ou virtuais. Por último, quanto
aos recursos humanos, o componente curricular eletiv precisará do professor com
licenciatura em língua espanhola, e poderá contar com convidados hispano-falantes,
convidados especialistas da área de turismo e hotelaria que possam contribuir.

36
21. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth; ALVES, Dom; LEMOS, Silvana. (Orgs.) Web Currículo [recurso
eletrônico]: aprendizagem, pesquisa e conhecimento com o uso de tecnologias
digitais. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2014. Disponível em
https://play.google.com/books/reader?id=h_XDAwAAQBAJ&hl=pt&pg=GBS.PP1

BACICH, Lilian; MORAN, José. (Orgs.) Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018 e-PUB.

BAKHTHIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

BAZERMAN, Charles. Gêneros Textuais, tipificação e interação. BAZERMAN, Charles;


DIONÍSIO, Angela Paiva; HOFFNAGEL, Judith Chambliss (Orgs.). São Paulo, Cortez, 2005.

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Helena Ruiz. Análise de recursos disponíveis em redes sociais: potencialidades para a
construção de web currículos. Dossiê Web currículo: contexto, aprendizado e
conhecimento, Revista e-currículo, São Paulo, v.14, nº. 03, p. 970 - 997 jul./set. 2016

COSCARELLI, Carla. Navegar e ler na rota do aprender. In: Carla Vianna Coscarelli (Org.)
Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola, 2016. p. 61-80.

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en la clase de español con fines profesionales. Revista Nebrija de Lingüística Aplicada a
la Enseñanza de las Lenguas. Número 13, 2013.

EVANGELISTA, Gislene Rangel; SALES, Shirlei Rezende. Desajustes contemporâneos: um


levantamento bibliográfico sobre currículo e tecnologias digitais. Dossiê Web currículo:
contexto, aprendizado e conhecimento, Revista e-currículo, São Paulo, v.14, nº. 03, p.1107-
1129 jul./set. 2016

HETKOWSKI, Tania; DIAS, Josemeire. Educação, Cultura Digital e Espaços Formativos.


Revista Plurais, v.4, nº2, p.11-25, mai/ago. 2019.

37
LORENZONI, Marcela. Aprendizagem baseada em projetos (PBL) em 7 passos. Disponível
em: https://site.geekie.com.br/blog/aprendizagem-baseada-em-projetos/

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Disponível em:


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/133018/mod_resource/content/3/Art_Marcuschi_
G%C3%AAneros_textuais_defini%C3%A7%C3%B5es_funcionalidade.pdf

RIBEIRO, ANA ELISA. Uma releitura da pedagogia dos multiletramentos para o século
XXI. Dialogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 9, p. 1 – 19, e02011, 2020.

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. O verbo. In: Roxane Rojo e Eduardo Moura. Letramentos,
mídias e linguagens. São Paulo: Parábola, 2019. p. 183-218

SÀNCHEZ, Celia. Aprendizaje basado en proyectos: aplicación en clase de ELE. Disponível


em: https://revistadigital.inesem.es/idiomas/aprendizaje-basado-en-proyectos-aplicacion-
en-clase-de-ele/

SANTAELLA, Lucia. Desafios da ubiquidade para a educação. Revista Ensino Superior


Unicamp, Nº 09, abril 2013. Disponível em:

https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/edicoes/edicoes/ed09_abril2013/NMES_1
.pdf

TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi; ANSARAH, Marília. (Orgs.) Turismo. Como aprender, como
ensinar. São Paulo: Editora Senac, 2003.

ZACHARIAS, Valéria. Letramento digital: desafios e possibilidades para o ensino. In:


Carla Vianna Coscarelli (org.) Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola, 2016. p.15-
29.

Sugerimos aqui alguns recursos e leituras que podem vir a contribuir com o trabalho
do professor e a autonomia dos estudantes.

38
Gêneros diversos de interesse para o componente curricular eletiva

“Volvió Maitena, filósofa y reflexiva”, La Nación, 27-04-2008, disponível em:


//www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1007861
Panfleto “Promoción Aniversario Viaje Centenario – 100 años El Ateneo”.
Texto “¿Cuántos acentos diferentes hay en Latinoamérica?” disponível em:
http://lexiophiles.com/espanhol;
Curta “Castellano x Español, Acentos en España y El acento neutral mexicano”
adaptado e disponível em www.youtube.com;
Trailer “Diario de motocicleta”, disponível em www.youtube.com;
Letra de música “No me compare” de Alejandro Sanz disponível em
www.letrasecifras.terra.com.
Texto “La importancia de los servicios generales para la empresa moderna” disponível
em http://www.gestiopolis.com/administracion-estrategia/servicios-generales-personal-
empresa-moderna.htm

Sitios de interés sobre turismo y viajes

https://www.lavanguardia.com/ocio/viajes
https://www.ngenespanol.com/
https://www.entornoturistico.com/category/libros-de-turismo-en-pdf/
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/congresso-latino-americano-da-pastoral-
do-turismo-vai-ate-sabado-17-em-salvador/
https://www.hoteis.com/articles/ar003637/guia-da-cidade-de-salvador-historia-tradicao-
e-belezas-naturais/
http://www.bahia.com.br/
http://www.bahia.com.br/zonas-turisticas/
http://www.bahia.ba.gov.br/2018/04/noticias/turismo/bahia-intensifica-acao-
promocional-em-busca-do-turista-latino-americano/
https://portalturismototal.com.br/index.php/bahia-2/page/47/

39
Canais no Youtube

Un Mundo inmenso -
https://www.youtube.com/channel/UCdwdFOhBP9CoAOlHDTmTxaw
Fernando de Noronha, la isla donde está prohibido nacer -
https://www.youtube.com/watch?v=x4Wl6FSMmYY
Islas Malvinas, el archipiélago más disputado -
https://www.youtube.com/watch?v=QsiRFAnzD3Y
Isla de Queimada Grande, el lugar más peligroso del mundo -
https://www.youtube.com/watch?v=48X6Uf0USdw
Waman Adventures - https://www.youtube.com/channel/UCTi_B-8yZIQzw1aPTJ6cEzg
Destinos turísticos para visitar en Perú en 2021 -
https://www.youtube.com/watch?v=25M9gaExDz8
Farallones de Tecsecocha Cusco - https://www.youtube.com/watch?v=7NBQS5570f0

Recomendações

El ABC del turismo - https://www.youtube.com/watch?v=DaOmtOBIg3Q&t=1s


SANCHO, Amparo. (org.) Introducción al turismo. Disponível em:
http://www.bogotaturismo.gov.co/sites/default/files/apoyo_bibliografico_abc_del_turismo.
pdf
TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi; ANSARAH, Marília. (Orgs.). Turismo. Como aprender, como
ensinar. São Paulo: Editora Senac, 2003.
Inspirações e produções dos estudantes

Um exemplo de experiência exitosa tratando da temática o mundo do trabalho por meio


da língua estrangeira – Espanhol foi a realização do Projeto de Estágio Supervisionado II em
Língua Espanhola realizado no Colégio Estadual Professor José Barreto de Araújo Bastos,
situado à Rua Bambuí, s/n, São Caetano, Salvador-Ba, realizado pela então estagiária Lizéli
Moreira Silva, aluna do curso de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol, do Instituto de
Letras da Universidade Federal da Bahia sob orientação da professora Cecília Aguirre em
2014.

40
Norteado pelo tema gerador O Mundo do Trabalho, foram utilizados neste Projeto textos
autênticos, canções, tiras, enunciado discursivo, reportagem, entrevista, videoclipe,
linguagem fílmica e conversas informais. Todos estes gêneros possibilitaram o
desenvolvimento de aspectos linguísticos, interculturais e gramaticais durante as aulas,
garantindo assim aos alunos competência auditiva, leitora e reflexiva sobre sua própria
cultura frente a cultura do outro – o estrangeiro hispânico.

A realização deste estágio deixou uma conscientização coletiva no Colégio Barreto sobre a
necessidade de buscar junto aos órgãos competentes a implantação do Espanhol como
uma opção ao aprendizado de mais uma língua estrangeira. Os alunos ficaram
entusiasmados e divulgavam orgulhosos o fato de terem participado do curso, enquanto
outros ainda procuravam saber se haveria uma continuidade no ano letivo seguinte.

Cada aula foi trabalhada em cima de uma profissão ou área de trabalho (Turismo,
Comunicação, Esportes, Educação, Artes, Comércio de bens e serviços, Serviços gerais de
limpeza e organização, Técnicos e de Saúde). Culminou-se com a finalização do mural da
turma, trabalho iniciado desde o primeiro dia com a atividade “Passaporte”, realizado na
oficina de Profissões de Artes e divulgado no encerramento com uma confraternização
mesclada à aula de Profissões de Comércio – serviços (alimentos), em que conheciam o
nome do alimento em espanhol. A oficina teve uma duração de dez encontros, mas foi
muito proveitosa e os estudantes demonstraram muito interesse na língua espanhola.

41
4. CIDADANIA DIGITAL

1. TÍTULO DA ELETIVA
Cidadania Digital

2. PROPONENTE
SaferNet Brasil

3. AUTORES/AS

SaferNet Brasil
Rodrigo Nejm (Diretor de Educação) e Guilherme Alves (Gerente de Projetos)
Parceria técnico-pedagógica: Redesenho Educacional - Julci Rocha e Andreia Gallego
(Colaboração)
Financiamento: FCDO - UK - BR 7/9 - Digital Access Programme (DAP) – Pillar 2

4. REVISORES/AS
Victor Henrique Visocki

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Linguagens e suas Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 aulas

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8. EMENTA

Bem-estar e saúde emocional online: Rotinas digitais, Autoimagem e comparação social,


Saúde mental e emocional na Internet, Uso excessivo das redes e jogos, Canais de ajuda.
Segurança e Privacidade na Internet: ABC da Segurança Digital: dispositivos móveis,
Segurança, privacidade e as leis, Senhas e verificação em duas etapas, Privacidade e rastros
digitais, Reputação online.
Respeito e empatia nas redes: Ciberbullying, Estereótipos nas redes, Racismo, xenofobia
e discurso de ódio online, Empatia nas Redes, Contranarrativas.
Relacionamentos seguros online: Prevenção à violência sexual na Internet, Respeito às
intimidades nas redes, Sextorsão.
Cidadania Digital para todos Intervenção sociocultural na comunidade: Avaliação da
intervenção sociocultural e da eletiva.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Conhecer-se como indivíduo nos ambientes digitais, refletindo sobre suas ações, direitos e
deveres, sendo capaz de fazer escolhas saudáveis, seguras e éticas para si e para os outros;

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Desenvolver letramentos relacionados ao bem-estar, privacidade, respeito, convivência,


diversidade e segurança em ambientes digitais online e enfrentamento de novas
expressões de violências nas redes, visando ampliar habilidades que envolvem cidadania
digital.
 Utilizar essas habilidades e conhecimentos para promover entendimentos coletivos e
propor intervenções educativas em suas comunidades, numa perspectiva de cidadania
digital para todos.
 Identificar as possíveis emoções despertadas em situações envolvendo internet e redes
sociais, reconhecendo a sua relevância.

43
 Conhecer seus direitos e deveres na internet, do ponto de vista das legislações de
segurança e privacidade.
 Compreender os prejuízos para a saúde física e emocional causados pela falta de respeito
e empatia em redes sociais.
 Conhecer e divulgar canais de ajuda e denúncia de situações envolvendo
comportamentos não desejados na internet.
 Conhecer os canais de denúncia e de ajuda em ajuda em casos de violência sexual pela
internet.
 Planejar e executar uma intervenção sociocultural relacionada aos aprendizados da
eletiva.

10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

Oficina: “São espaços de construção coletiva de conhecimentos, técnicas e tecnologias que


possibilitam articulação entre teoria e prática, tais como: júri simulado, oficina de
quadrinhos, robótica, games, dança, música, teatro, escrita criativa, de empreendedorismo,
de culturas locais, de biotecnologia e outras.” (BRASIL, 2018b, p.14)

O educador ou educadores responsáveis podem avaliar a pertinência de aprofundamento


de mais de um tema e readequar as unidades, de forma a dar maior ênfase a um deles. Da
mesma forma, o educador pode priorizar o compartilhamento dos aprendizados na
atividade de culminância do tema que mais repercutiu na turma. Para que essas adequações
sejam possíveis, os educadores terão acesso a um conjunto de referências que permita o
maior aprofundamento em determinados temas, de forma que seja possível realizar essas
adaptações de forma autoral.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Ciência e Tecnologia
Cidadania e civismo
Educação em direitos humanos.

44
Educação para justiça social
DCRB
Cultura Digital
Educação em Direitos Humanos
Educação para a Diversidade

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS *

Mediação e intervenção sociocultural

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

Competências Gerais da BNCC

Competência 2 - Pensamento científico, crítico e criativo


Competência 4 - Comunicação
Competência 5 - Cultura Digital
Competência 7 - Argumentação
Competência 8 - Autoconhecimento e autocuidado
Competência 9 - Empatia e cooperação
Competência 10 - Responsabilidade e cidadania

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Mediação e intervenção sociocultural

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

45
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução


para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, responsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Linguagens e suas Tecnologias

(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de


mediação e intervenção por meio de práticas de linguagem.

(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar conhecimentos e recursos das práticas de linguagem


para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de
interação e de atuação social, artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o
convívio democrático com a diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

(EMIFLGG09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e


ambiental, selecionando adequadamente elementos das diferentes linguagens.

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e


ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades
culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em
fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

46
(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA1

 Bem-estar e saúde emocional online


Rotinas Digitais
Bem-estar e saúde emocional
Autoimagem e comparação social
Uso excessivo de redes e jogos
Canais de ajuda
 Segurança e Privacidade na Internet
Segurança, privacidade e legislação brasileira de controle da internet
Senhas e verificação em duas etapas
Dispositivos móveis
Privacidade e rastros digitais nas redes
Reputação online

 Respeito e empatia nas redes


Empatia nas redes
Ciberbullying
Estereótipos nas redes
Racismo, xenofobia e discurso de ódio online
Contranarrativas

 Relacionamentos seguros online


Prevenção à violência sexual na Internet
Respeito às intimidades nas redes

1
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

47
 Cidadania Digital para todos
Intervenção na comunidade local para solução de problemas
Planejamento, execução e avaliação do trabalho em equipe

16. METODOLOGIA

A eletiva terá como estratégia metodológica o trabalho a partir de situações-problema,


mobilizando as próprias experiências e vivências dos estudantes, para que eles se
reconheçam imersos nos desafios impostos pela cultura digital, mas também como pessoas
capazes de transformar as ações em comportamentos em busca de um ambiente mais
responsável e ético. Ao longo da eletiva, serão mobilizadas metodologias e estratégias de
aprendizagem ativa, com o objetivo de oferecer aos estudantes oportunidades de construir
conhecimento coletivamente. Da mesma forma, ser sujeito transformador implica em
responsabilizar-se pela amplificação desses aprendizados para além das paredes da sala de
aula, por isso os estudantes serão convidados a protagonizar ações de intervenção, que
envolvem o planejamento a partir do entendimento da realidade em que se encontra, a
execução e avaliação das ações estratégias utilizadas para reverberar os aprendizados da
eletiva.

17. PRODUTOS

Em cada Unidade os estudantes poderão consolidar os aprendizados em situações de


aprendizagem que envolvam práticas de linguagem, selecionando as mídias que
considerarem adequadas ao produto que desejam produzir:

 Campanhas de sensibilização em multimídias


 Histórias em quadrinhos
 Redação com textos reflexivos
 Escrita de diário, relato pessoal, diário de bordo
 Roda de conversa

48
 Plano de ajuda e bem-estar para uso das redes digitais

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

A Unidade 5 é dedicada ao planejamento e execução de uma intervenção que permita o


amplo compartilhamento dos produtos desenvolvidos ao longo da Eletiva tanto no
contexto escolar como no território. Todos poderão envolver-se em ações e intervenções
socioculturais no contexto da cultura digital e da cidadania digital.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação será processual e envolverá os diversos momentos da eletiva. Serão utilizados


instrumentos diversos para avaliar as competências e habilidades desenvolvidas nos
estudantes, como preparação e participação nos debates, produção dos produtos da eletiva
conforme orientações do docente e rubricas, atendimento às demandas e tarefas que
envolvem a culminância e portfólio individual.

20. RECURSOS

Planos de Aula: Planos de aula detalhados com todos os objetos de aprendizagem e


recursos para educadores, incluindo slides de apoio para todas as aulas e exercícios
práticos disponíveis aqui:
https://www.safernet.org.br/site/sites/default/files/Caderno_Eletiva_Cidadania_Digital_DAP
22.pdf

Slides: conjunto de slides de apoio para cada plano de aula, pensando em facilitar a
aplicação com os estudantes. Você pode fazer as adaptações necessárias para o seu
contexto.

Espaços: Ambientes que permitam flexibilidade na organização da sala de aula, com


mobiliário que possa ser organizado em duplas, grupos, rodas de conversa etc. Outros

49
espaços físicos dentro e fora da escola que possuam dispositivos e internet.

Equipamentos: Computadores conectados à internet. Se não houver computadores na


escola, o professor poderá utilizar celulares ou tablets (dispositivos móveis). Também se
recomenda utilização dos recursos digitais disponíveis na casa dos estudantes ou outros
espaços da comunidade, como alguma instituição pública ou privada que possa ser parceira
da escola.

Outros Materiais: materiais escolares de uso comum (papel, lápis, borracha, cola, tesoura,
caderno etc).

21. REFERÊNCIAS

Marcos legais

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em 18 maio de
2022

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional. 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em 18 maio de 2022

BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e


deveres para o uso da Internet no Brasil. 2014 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm Acesso em 18
maio de 2022

BRASIL. Lei nº 13.185, de 23 de abril de 2015. Institui o Programa de Combate à


Intimidação Sistemática (Bullying). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm Acesso em 18
maio de 2022

50
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
Acesso em 18 maio de 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as Diretrizes


Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/CNE, 2018a. Disponível em
https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/view/CNE_RES_CNECEBN32018.pdf/
Acesso em 18 maio de 2022.

BRASIL. Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. Brasília: MEC/CONSED, 2018b.


Disponível em: https://anec.org.br/wp-content/uploads/2021/04/Guia-de-implantacao-do-
Novo-Ensino-Medio.pdf Acesso em 18 maio de 2022

BRASIL. Lei n. 13.663, de 14 de maio de 2018. Altera o art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, para incluir a promoção de medidas de conscientização, de prevenção
e de combate a todos os tipos de violência e a promoção da cultura de paz entre as
incumbências dos estabelecimentos de ensino. 2018c. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/14285938/do1-2018-05-15-lei-no-13-663-de-
14-de-maio-de-2018-14285934 Acesso em 18 maio de 2022

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas Contemporâneos


Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília:
MEC/SEB, 2019a. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_conte
mporaneos.pdf Acesso em 18 maio de 2022.

BRASIL. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Contexto Histórico e


Pressupostos Pedagógicos. Brasília: MEC/SEB, 2019b. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_temas_c
ontemporaneos.pdf Acesso em 18 maio de 2022.

BRASIL. Recomendações e Orientações para Elaboração e Arquitetura Curricular dos


Itinerários Formativos. Frente Currículo e Novo Ensino Médio. Brasília: MEC/CONSED,
2019c. Disponível em:

51
https://www.sieeesp.org.br/sieeesp2/uploads/legislacaoescolar/Recomendac%CC%A7o%C
C%83es%20e%20Orientac%CC%A7o%CC%83es%20para%20Elaborac%CC%A7a%CC%83o
%20e%20Arquitetura%20Curricular%20dos%20Itinera%CC%81rios%20Formativos.pdf
Acesso em 18 maio de 2022.

BRASIL. Lei nº 13.185, de 26 de abril de 2019. Institui a Política Nacional de Prevenção da


Automutilação e do Suicídio, a ser implementada pela União, em cooperação com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios; e altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998.
2019d. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/lei/l13819.htm Acesso em 18 maio de 2022

Outras referências

BACICH, Lilian; MORAN, José (Org.). Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora:
uma abordagem teórico prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

CENTRO DE INOVAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Currículo de referência -


Itinerário formativo em Tecnologia e Computação. São Paulo: CIEB, 2020. Disponível em:
Referências para construção do seu https://curriculo.cieb.net.br/ Acesso em 18 maio de
2022

SAFERNET. Guia Cidadão Digital. Disponível em: https://www.safernet.org.br/cidadao-


digital/guia.pdf Acesso em 18 maio de 2022

52
5. CIDADANIA LOCAL E GLOBAL

1. TÍTULO DA ELETIVA
Cidadania Local e Global

2. PROPONENTE
Politize!

3. AUTORES/AS
Amanda Petraglia
Danilo Vergani Machado
Ivonilda Ferreira de Andrade

4. REVISORES/AS
Clara Ramirez Barat
Paula Alves

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências humanas e sociais aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80h

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2h

8. EMENTA

Reflexão sobre cultura e identidade. Valor da vida humana. Respeito à dignidade.


Estereótipos e diferentes tipos de discriminação. Pluralidade, tolerância e cooperação.
Direitos Humanos e a análise sobre direitos civis e sociais. Noção de cidadania numa
democracia. Reflexão sobre a participação social e cooperação. Aprofundamento de

53
questões relacionadas à cidadania global.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Contribuir para o aprendizado de uma cultura de respeito aos direitos fundamentais e às


responsabilidades cidadãs na escola, a partir da criação de espaços para a convivência
harmônica baseada na pluralidade, no respeito e na cooperação.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Fortalecer as relações de respeito e a inclusão dentro do ambiente escolar.


 Promover a solução de conflitos pela via pacífica, por intermédio de diálogos não
violentos e pela capacidade de reconhecer e respeitar o outro, independentemente das
diferenças.
 Capacitar os/as estudantes a identificar discursos de intolerância, assim como condutas
que promovem a discriminação e a violência, e formular posicionamentos que
desconstruam esses discursos e práticas.
 Fomentar o pensamento autônomo e reflexivo, a partir de ferramentas que ajudem os
jovens a reconhecer a complexidade do mundo desde uma perspectiva ampla, a usar
diversas fontes de informação e a gerar argumentos fundamentados.
 Praticar um processo de aprendizagem escolar baseado na formação do estudante como
cidadão responsável e partícipe de uma comunidade local e global.

10. UNIDADE CURRICULAR

Núcleo de Educação Política e Cidadã.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Educação em Direitos Humanos


Diversidade Cultural

54
Direitos da Criança e do Adolescente

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,


agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução


para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem
comum.

55
14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS
EIXOS ESTRUTURANTES

Processos criativos

(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição,


vivências e reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver


problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e


ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades
culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base
em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

56
15. OBJETOS DO CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

A proposta da eletiva se organiza em 10 eixos temáticos e um projeto artístico a ser


desenvolvido como culminância da eletiva. Os eixos se dividem nas 3 unidades como:

Unidade I

a) Quem sou eu e como me percebo? Reflexão sobre quem eu sou, as partes que
compõem a minha personalidade e sobre como cada um de nós é único nas suas
diferenças.
b) Cultura e diversidade. Reflexão sobre o conceito de cultura e sobre a sua importância
na formação das sociedades atuais.
c) Meus valores e motivações pessoais. Análise dos aspectos da vida que temos maior
poder de decisão e sua importância para a autoestima e o exercício da cidadania.
d) O valor da vida humana. Reflexão sobre o conceito da dignidade humana como
princípio e o respeito como base.
e) Identificando estereótipos e preconceitos. Reflexão sobre o que são os estereótipos,
como eles são construídos e quais consequências produzem.
f) O desafio da discriminação. Reflexão e discussão sobre as formas de discriminação
presentes na sociedade, incluindo a discriminação racial, de gênero, de orientação
sexual, de cunho religioso, entre outras
g) Projeto de finalização da Unidade I. Pesquisa e sistematização de informações.
Elaboração, planejamento e execução de projetos. Exploração de gêneros artísticos.
Liderança e autonomia.

Unidade II

a) Direitos Humanos. Conceito e origem dos direitos humanos como uma construção
histórica. Apresentação da Declaração de Direitos Humanos e outros documentos
relevantes acerca do tema.
b) Direitos e responsabilidades no dia a dia. Reflexão sobre como os direitos fundamentais

57
são interpretados e praticados no cotidiano da nossa sociedade.
c) Democracia no Brasil. Compreensão sobre conceito, características e qualidade da
democracia no Brasil, gerando reflexão sobre o papel do cidadão na manutenção desse
sistema.
d) Direito à informação e liberdade de expressão. Reflexão sobre a importância do espaço
público e da mídia no contexto democrático.
e) Diálogo como ferramenta de convívio democrático. Análise sobre a relevância de um
diálogo construtivo na elaboração de soluções para o enfrentamento dos problemas
sociais.

Unidade III

a) Noção e Prática da Cidadania. Reflexão sobre o sentido e a prática da cidadania, e a


importância da participação e da solidariedade para o bom funcionamento de uma
sociedade democrática.
b) Participação da juventude. Abordagem da realidade social e política do Brasil, de
maneira a despertar nos/as estudantes a consciência cívica e abrir espaços em que
possam participar mais ativamente como cidadãos/ãs. Consideração sobre as possíveis
tensões na relação entre o pertencimento local e o global.
c) Cidadania Global. Discussão sobre temáticas globais passando pela política
internacional (Organizações Internacionais), desenvolvimento global (Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável), Direito Internacional (penal e humanitário),
globalização, migração, desigualdade, crise climática, Pandemia covid-19.
d) Culminância: Projeto de finalização da Unidade III. Participação cidadã. Protagonismo
juvenil. Liderança. Pesquisa e sistematização de informações. Elaboração, planejamento
e execução de projetos

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16. METODOLOGIA

A eletiva adota uma metodologia ativa e participativa que busca estimular a reflexão dos/as
alunos/as na sala de aula utilizando recursos tais como a leitura de textos, análise de
notícias, reflexão sobre músicas e/ou vídeos, círculos de paz, rodas de conversa e discussão
em grupos, breves encenações teatrais, jogos educativos, debates na sala de aula e
atividades de pesquisa. Ademais, a elaboração de projetos realizados em grupo busca
promover a identificação e resolução de problemas de forma cooperativa.

Em anexo a este documento, poderá ser encontrado o caderno pedagógico do Projeto


Cidadania e democracia desde a escola, onde constam atividades educativas realizadas no
âmbito da iniciativa. Propomos, para essa eletiva, atividades baseadas nessas experiências
já aplicadas em sala por professores.

17. PRODUTOS

Os/as estudantes serão convidados/as a realizar ao fim das Unidades I e III projetos que
visam consolidar o conteúdo trabalhado ao longo da eletiva. Para a Unidade I, será proposto
que os/as estudantes desenvolvam um projeto artístico, quando deverão ser estimulados/as
a explorar e desenvolver os seus próprios interesses e inquietudes com relação aos temas
que serão discutidos durante a unidade, através de um um material artístico elaborado em
equipe, que deverá ser apresentado à comunidade escolar.

Já na Unidade III, os/as estudantes serão convidados/as a produzir uma proposta de


participação ativa na sociedade que será elaborada em equipe e que deve contemplar os
temas abordados pela eletiva, para que possam desenvolver e expressar suas próprias
opiniões e sua capacidade de agir enquanto cidadãos ativos/as.

18. PROPOSTA PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

De maneira a compartilhar as reflexões geradas a partir da eletiva, foram previstos dois


momentos de culminância, que poderão contar com a presença da comunidade escolar e

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até mesmo da comunidade local se for possível, de maneira a gerar uma socialização ampla
dos produtos gerados. Assim, indica-se que na unidade I seja realizada uma exposição dos
projetos artísticos desenvolvidos pelos/as estudantes e, na unidade III, a apresentação das
propostas de intervenção social, com a intenção de conscientizar, sensibilizar e dar
exemplos de boas práticas de cidadania.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Como elemento central de avaliação, a presente eletiva propõe que os/as estudantes
confeccionem diários de bordo durante todo o processo. O diário de bordo corresponde a
um material que irá acompanhá-los/as durante todo o semestre, servindo como um espaço
seguro onde poderão fazer anotações, desenhos e reflexões. Para personalizar o diário,
indica-se que os/as professores/as convidem os/as estudantes a elaborarem uma capa para
o caderno novo (ou uma folha divisória dentro do caderno que eles já tenham). O mais
importante é permitir que a criatividade tenha espaço.

Além disso, as atividades propostas nas aulas correspondem a um material concreto que
os/as professores/as devem utilizar de maneira a gerar uma avaliação contínua e integral
do conhecimento adquirido e, mais importante, da capacidade do/da estudante em
trabalhar de maneira colaborativa. A observação sobre o engajamento e participação
durante a construção dos projetos finais das atividades também deverá ser utilizada para
medir a aprendizagem dos/as estudantes, tendo em vista que esses produtos deverão
refletir os conhecimentos adquiridos sempre em diálogo com a realidade na qual o/a
estudante está inserido/a.

20. RECURSOS

Material
Papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas (a serem eventualmente
fornecidos sob a forma de uma apostila), canetas, cartolina, cola, revistas, jornais e giz. A
utilização de computadores poderá complementar de maneira positiva a realização das

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atividades em sala de aula, como no caso de exibição de vídeos e de músicas. Da mesma
forma, os/as estudantes se beneficiariam do acesso computador e/ou celular com acesso à
internet (especialmente para realização dos projetos finais).

Aos/às professores/as também pretende-se ofertar um caderno pedagógico orientador


específico para esta ementa, que contemple o seguinte conteúdo: introdução às temáticas
da eletiva, proposta detalhada das atividades a serem desenvolvidas e sugestões passo a
passo para o acompanhamento do processo de elaboração dos projetos da culminância.
Ademais, os/as professores terão acesso digital a diversos materiais de referência como
textos e vídeos.

Humanos
Professores/as e funcionários/as da escola. Os/as professores/as que forem desenvolver
esta eletiva, também terão disponível um curso opcional em plataforma de ensino à
distância (https://aipg-wepp.org/ead/?lang=pt_br), para que possam se aprofundar mais
nas temáticas e metodologias propostas na eletiva.

21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUSCHWITZ INSTITUTE FOR THE PREVENTION OF GENOCIDE AND MASS ATROCITIES.


Cidadania e democracia desde a escola. Caderno pedagógico metodológico, São Paulo:
AIPG, 2020. Disponível em: <http://www.auschwitzinstitute.org/pt-br/cidadania-e-
democracia-desde-escola/>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

Cadernos da eletiva Direitos e Cidadania, desenvolvida pelo Instituto Auschwitz para a


Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo:

__________. Direitos e Cidadania 6º e 7º ano do Ensino Fundamental. Caderno do


professor. São Paulo: AIPG, 2021. Disponível em: <http://www.auschwitzinstitute.org/pt-
br/direitos-e-cidadania/#DeCMateriais>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

__________. Direitos e Cidadania 8º e 9º ano do Ensino Fundamental. Caderno do


professor. São Paulo: AIPG, 2021. Disponível em: <http://www.auschwitzinstitute.org/pt-

61
br/direitos-e-cidadania/#DeCMateriais>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

__________. Direitos e Cidadania- Ensino Médio. Caderno do professor. São Paulo: AIPG,
2021. Disponível em:

<http://www.auschwitzinstitute.org/pt-br/direitos-e-cidadania/#DeCMateriais>.

Acesso em: 3 de ago. de 2021.

Sugestões de leituras para aprofundamento dos/as professores/as

ANDRADE, Patrícia. Participação cidadã de adolescentes e jovens. Brasília: UNICEF, 2014.


Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/relatorios/participacao-cidada-de-
adolescentes-e-jovens-marco-de-referencia>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

BOBBIO, Norberto. “A natureza do preconceito.” In: Elogio da serenidade e outros escritos


morais. São Paulo: Editora UNESP, 2002. p. 113-130. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo:
Saraiva, 1999. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

DA SILVA, José Afonso. A dignidade da pessoa humana como valor supremo da


democracia. R. Dir. Adm., v. 212, p. 89-94, (abr./jun. 1998). Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/47169/>. Acesso em: 3 de
ago. de 2021.

BOYES-WATSON, Carolyn; PRANIS, Kay. No coração da esperança: guia de práticas


circulares. Suffolk: University Center For Restorative Justice, 2011. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/68563531/no-coracao-da-esperanca-guia-de-
praticas-circulares-kay-pranis>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

DA SILVA, Gabriela e Kelly BETINA. Intolerância e discriminação: reflexos do medo


despertado pelas diferenças. Jornal NH, reportagem sem data. Disponível em:
<https://go.shr.lc/2qatmyZ>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

LOPES, Marina e Maria Victória OLIVEIRA. Como levar o debate sobre política e

62
democracia para a escola. Porvir, 24 de mar. de 2016. Disponível em:
<https://porvir.org/como-levar-debate-sobre-politica-democracia-para-escola/>. Acesso
em: 3 de ago. de 2021.

PEREIRA, Wagner; LUGO Carlos (Cord.). Democracia, Liderança e Cidadania na América


Latina. São Paulo: Edusp, 2019. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

PINSKY, Jaime. Cidadania e Educação. São Paulo: Editora Contexto, 1998. Acesso em: 3 de
ago. de 2021.

PRESTES YIRULA, Carolina (Org.). A importância da empatia na educação. São Paulo:


Instituto Alana, 2016. Disponível em:
<https://escolastransformadoras.com.br/materiais/importancia-da-empatia-na-
educacao/>. Acesso em: 3 de ago. de 2021.

UNESCO. Global Citizen Education: taking it local. Paris: UNESCO, 2018. Acesso em: 3 de
ago. de 2021.

Referência para estudantes

Acompanhando temas que estão em discussão na agenda política nacional, o Politize!


fornece explicações sobre termos e acontecimentos na política brasileira. Com o objetivo
de levar educação política, o site produz conteúdos em uma linguagem acessível para tratar
assuntos como corrupção, política externa e funcionamento dos três poderes. Disponível
em: <http://www.politize.com.br/>.

A série “E eu c/ isso?” explica, de forma simples e rápida, como funciona o sistema político
brasileiro. Ao todo, são cinco vídeos curtinhos (o maior deles tem três minutos) que, com a
ajuda de desenhos, explica as esferas de poder (Executivo, Legislativo, Judiciário), quem faz
parte de cada um deles e quais são seus papéis. O personagem principal é o João que, ao
longo da série, vai entendendo seu papel político. Disponível em:
<https://www.youtube.com/user/eucomisso1>.

O canal Política Sem Mistérios também explica o assunto de forma bem didática. O site tem
uma série de vídeos que abordam vários temas, desde os mais simples até os mais
complexos. O que é política, a diferença entre Câmara, Senado e Congresso, o que é o marco

63
civil, lei antiterrorismo e a diferença entre referendo e plebiscito estão na lista. Disponível
em: <https://www.youtube.com/user/politicasemmisterios/featured>.

Na Escola Virtual da Cidadania da Câmara dos Deputados, você também pode encontrar
uma série de vídeos para mostrar aos/às estudantes na sala de aula. Incluído como se faz o
orçamento público. Disponível em:

<https://escolavirtualdecidadania.camara.leg.br/site/videos/>.

Inspirações e Produções dos/as Estudantes

No âmbito do projeto Cidadania e democracia desde a escola, que baseia esta eletiva, foram
muitas as produções e ações realizadas pelos/as estudantes. Ao longo dos últimos três anos,
período que o projeto tem sido aplicado em sala de aula, os/as estudantes puderam
participar de concursos que envolveram a produção de diferentes tipos de arte, além da
construção de material audiovisual, apresentações de dança, construção de murais, ações
cidadãs, entre outros.
baixo, seguem detalhes de algumas experiências e produções de destaque que foram
desenvolvidas e documentadas durante a implementação do projeto Cidadania e
democracia desde a escola:

 Festival de artes organizado pelo Instituto Auschwitz em parceria com a Secretaria de


Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba e a Procuradoria Federal dos Direitos dos
Cidadãos do Ministério Público Federal com estudantes do sistema socioeducativo no
ano de 2020. No momento, um E-book com todas as atividades realizadas pelos
estudantes está sendo construído pelo Instituto. Para mais informações, confira o link:
<http://www.auschwitzinstitute.org/pt-br/news/o-wepp-fortalece-a-educacao-para-a-
cidadania-democratica-e-os-direitos-humanos-no-brasil-durante-a-pandemia-da-
covid-19/>.

 Trabalhos feitos pelos/as estudantes participantes no concurso “Cidadania e democracia


desde a escola em tempos de Covid-19” realizado pelo Instituto Auschwitz com o

64
objetivo de engajar os/as estudantes em discussões sobre cidadania e direitos humanos
durante o período de aulas remotas no ano de 2020. Para conferir as produções feitas
pelos/as estudantes, acesse o site que o Instituto construiu para divulgá-las através do
link: <https://sites.google.com/auschwitzinstitute.org/wepp-concurso-cid-e-dem-
covid>.

 Estudantes premiados no concurso “De olho na verdade” no âmbito do projeto Diálogos


Nórdicos realizado pelas embaixadas da Suécia e Finlândia no Brasil em parceria com a
Secretaria de Educação do Distrito Federal, Ministério Público Federal e Instituto
Auschwitz no ano de 2019. Para mais informações, acesse notícia publicada no site do
projeto Diálogos Nórdicos: <https://www.dialogosnordicos.com/post/prêmio-de-olho-
na-verdade>.

 Vídeos realizados pelos/as estudantes participantes do projeto Cidadania e democracia


desde a escola, que baseia esta eletiva, como parte de seu projeto final, nos anos de 2018
e 2019. Para acessar os vídeos, utilize o link:
<https://www.youtube.com/channel/UCHBdLjqIWbK40mhOAVh_jAA/videos>.

 Vídeo realizado pelo Instituto Auschwitz para documentar o primeiro ano de fase piloto
do projeto Cidadania e democracia desde a escola. O vídeo apresenta depoimentos de
professores/as e estudantes sobre como foi realizar as atividades propostas, entre outras
ações, e resultados obtidos a partir do projeto. Para acessar o vídeo, utilize o seguinte
link:< https://www.youtube.com/watch?v=pvT9Vw_OCZI&t=160s>

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6. CINECRÍTICOS

1. TÍTULO DA ELETIVA
Cinecríticos

2. PROPONENTE
Professores redatores do DCRB - Etapa Ensino Médio

3. AUTORES/AS
Eunice Ribeiro dos Santos
Ítalo Vieira Adriano
Ivonete Ferreira da Silva Souza
Leonardo Dantas D'Icarahy
Saulo Matias Dourado
Taís Vidal dos Santos

4. REVISOR
Saulo Matias Dourado

5. ÁREA (S) DO CONHECIMENTO


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Gêneros fílmicos. Análise fílmica. Conceito de paradigma. Ideologia, hegemonia e


construção de verdades. Temporalidade das verdades científicas. Clube do filme: exibição e

66
discussão de filmes, fatos históricos e representações na linguagem fílmica. Personagens
históricos e suas representações. História do cinema. Cinema e alteridade. Produção de
crítica cinematográfica. Produção de roteiro fílmico. Produção de filmes a partir de um
“olhar de dentro”.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Instrumentalizar o pensamento crítico a respeito das obras cinematográficas.

91. OBJETIVOS ESPECÍFICOS GERAL DE APRENDIZAGEM

 Fomentar a composição de repertórios para a produção textual.


 Identificar as matrizes filosóficas e teóricas das ideologias e visões de mundo expressas
nas obras cinematográficas.
 Identificar contextos históricos presentes nos enredos das produções cinematográficas.
 Investigar as intenções do enunciador das produções cinematográficas.

10. UNIDADE CURRICULAR

Grupo de Pesquisa

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Diversidade Cultural
 Educação em Direitos Humanos
 Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais
brasileiras
 Trabalho

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12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Investigação Científica.
Processos Criativos

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

Habilidades relacionadas ao pensar e fazer científico

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando


dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.

(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações


científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

Habilidades relacionadas ao pensar e fazer criativo

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

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(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Investigação Científica

(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias.

(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica,


social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.

(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas


(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos
de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.

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Processos Criativos

(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição,


vivências e reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver


problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

a) Exibição de variados gêneros fílmicos e discussão coletiva.


b) Descrição dos principais gêneros fílmicos: ação, drama, biografia, históricos, comédia,
aventura, suspense, ficção científica,documentários, épicos.
c) Análise de ficha técnica.
d) Apresentar a História do Cinema e suas repercussões sociais, políticas e econômicas.
e) Estudo relacionados à paradigma, Ideologia, hegemonia e construção de verdades.
f) Produção de resenhas sobre os filmes.

Unidade II

a) Exibição de filmes de várias regiões do Brasil e do Mundo.


b) Análise de fatos históricos e personagens históricos representados na linguagem fílmica.
c) Análise de questões econômicas, sociais, políticas, de gênero e étnico-raciais na
representação de filmes.

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d) Discussão sobre alteridade em imagens fílmicas.
e) Comparação de filmes de origens diferentes que tratam do mesmo tema.

Unidade III

Opção 01

a) Produção de uma crítica cinematográfica de um filme específico baseado nos estudos


teóricos de objetos de conhecimento das unidades anteriores.
b) Escolha um tema específico que tenha relação com a comunidade em que se está
inserido.
c) Produção de um roteiro de um filme a partir do tema escolhido.
d) Avaliação de quais são os recursos humanos e materiais necessários para a execução do
vídeo.
e) Produção de um vídeo “a partir de um olhar de dentro”.

Opção 02

a) Produção de um artigo científico a partir de um tema de pesquisa relacionado com os


objetos de conhecimento das unidades anteriores.
b) Definição de problema de pesquisa.
c) Definição de fontes de pesquisa
d) Leituras sistemáticas sobre o tema.
e) Produção de seu texto científico.
f) Socialização da pesquisa.

16. METODOLOGIA

 Exibição de filmes e roda de conversa para discussão.


 Leitura de textos.

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 Produção textual: resenhas, fichas técnicas, roteiros fílmicos, críticas cinematográficas e
artigos científicos.
 Dramatização de tipos de gêneros textuais.
 Sala de aula invertida com proposta de vídeos e leitura de textos.
 Produções de narrativas a partir de um mesmo tema em gêneros narrativos diferentes.
Por exemplo: questão de gênero em um documentário, filme de terror e drama.
Sugestão: pode ser utilizado o Padlet.
 Produção de vídeos estimulando os estudantes a explorarem sua realidade local.

17. PRODUTOS

 Seminários
 Rodas de Conversa.
 Resenhas críticas.
 Roteiros fílmicos.
 Projeto científico.
 Artigo científico.
 Painel.
 Produção audiovisual.

Dica: Se possível, envolva a comunidade da qual você faz parte na sua produção fílmica.
Procure fugir daquelas narrativas que são “lugares comuns” e introduza o seu olhar sobre a
realidade.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

 Seminário de análise de produção fílmica.


 Festival de Vídeos.

72
19. PROCESSOS AVALIATIVOS

 Participação na exibição de filmes em classe.


 Leitura dos textos propostos.
 Participação oral nas discussões em classe.
 Participação nas atividades de classe e de fora da classe.
 Produção textual: resenha, projeto científico, roteiro fílmico, dentre outros.

20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula com computador, Data Show, TV, máquina filmadora, microfone.

Materiais
Papel, computadores, internet, máquina filmadora, microfone, TV, Data Show, cadeiras e
mesas, tripé, refletores.

Humanos
Gestores, professores, pais, funcionários, pessoas da comunidade e convidados)

21. REFERÊNCIAS

Textos, artigos e livros

BORGES, Eduardo José Santos. O antigo regime no cinema (um diálogo com a história na
sala de aula). Salvador – BA: Centro Universitário UNIJORGE, 2010.

FERRO, Marc. A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação. São


Paulo: IBRASA, 1983.

FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

GILMOUR, David. O Clube do Filme. Rio de Janeiro: Intríseca Ediora, 2009.

73
OLIVEIRA, Dennison de (coord). O túnel do tempo (Um estudo da História & Audiovisual).
Curitiba: Juruá, 2010.

OLSENIUS, Richard. Guia completo de vídeo digital National Geographic. São Paulo,
Editora Abril, 2014.

PICADO, J. Benjamin. SILVA, André Luiz Souza da. A Configuração do Herói nas Narrativas
de “Dragon Ball e Dragon Ball Z”. Retirado de
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R0657-1.pdf. Acesso em:

1/02/2021.

RIBEIRO, Ana Paula Goulart & HERSCHMANN, Micael. Comunicação e História. Rio de
Janeiro. Mauad X: Globo Universidade, 2008.

Aplicativos e sites
Windows Live Movie Maker
Video Toolbox: conversão e edição de vídeos. / VirtualDub: captura e processamento de
vídeo. / Stupeflix: edição de vídeo online. / Loom: gravação de tela / Studio Youtbe:
estúdio do Youtube para postar vídeo. / www.videocamp.com

Bibliografia recomendada para os estudantes


Livros dos Projetos Integradores adotados pelos professores nas escolas.

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7. CONSUMIDOR CONSCIENTE, EMPREENDEDOR EFICIENTE

1. TÍTULO DA ELETIVA
Consumidor consciente, empreendedor eficiente.

2. PROPONENTE
Professores redatores do DCRB - Etapa Ensino Médio

3. AUTORES
Eric Machado Sales e Rogério Fonseca.

4. REVISOR(A)
Ana Valéria Scavuzzi de Souza

5. ÁREAS DO CONHECIMENTO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas tecnologias.

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Relações entre consumo e planejamento de vida, discutindo fenômenos como


obsolescência programada e consumo consciente. Reflexão sobre situações cotidianas em
que podem ser configuradas como abusivas na relação de consumo, como: produtos com
“valores desproporcionais ao produto ofertado”, propaganda enganosa sobre custo
benefício, falta de transparência, redução de produto desproporcional à redução do preço,
entre outras. Orientação sobre gestão de recursos, tais como: tempo, dinheiro, materiais e
de caráter ambiental, como demonstração de perdas na construção civil em pequenas
reformas. Aplicação de técnicas de planejamento financeiro familiar (orçamentário).

75
Compreensão de Tributos (Impostos e taxas). Estudo crítico das propagandas e dos seus
produtos. O que eu posso fazer para melhorar a minha renda? Como posso me planejar
para construir um pequeno empreendimento?

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Desenvolver pensamento crítico acerca das escolhas individuais e coletivas em relação ao


consumo e planejamento e gestão de recursos nas diversas áreas da vida.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar escolhas individuais e coletivas que não coadunam com a boa gestão
financeira.
 Refletir sobre sua conduta acerca da gestão de recursos (finanças, tempo, etc.
 Apresentar estratégias para gestão de recursos.

10. UNIDADE CURRICULAR

Oficinas e projetos.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Educação financeira.
 Educação para o consumo.
 Empreendedorismo.
 Vida familiar e social.

12. EIXOS ESTRUTURANTES

 Mediação e intervenção sociocultural.


 Empreendedorismo.

76
13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS
GERAIS DA BNCC

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução


para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem
comum.

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução


para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem
comum.

(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para


superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e
adversidade.

(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para


estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar
projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.

(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos


matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas socioculturais e problemas ambientais.

(EMIFMAT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados à Matemática.

77
14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS
EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidade do Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando


conhecimentos e habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que
foi observado.

(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos


matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas socioculturais e problemas ambientais

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Habilidade do Eixo Empreendedorismo

(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências da Natureza para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo.

(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às


Ciências da Natureza podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou
produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos
socioambientais.

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(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências da
Natureza e suas Tecnologias para formular propostas concretas, articuladas com o projeto
de vida.

(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da


Matemática para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade 1

Economia e sociedade
a) Ecomoda e Moda vegana.
b) Economia circular e economia solidária.
c) Tipos de empreendedorismo (informal, cooperado, individual, franqueado, social, etc).
d) A importância do empreendedorismo como projeto pessoal, mas também para a
sociedade.
e) Empreendedorismo feminino: possibilidade de renda, forma de empoderamento,
satisfação pessoal e visibilidade.
f) Povos originários e suas lições para uma vida sustentável.
g) Povos quilombolas: vivendo a sustentabilidade em seus espaços.
h) Processos químicos na decomposição de materiais.
i) Obsolescência programada.
j) Valores desproporcionais ao produto, propaganda enganosa.
k) Estudo crítico das propagandas.
l) Planejamento financeiro familiar.
m) Identificação de impostos pagos em cada produto.
n) padrões de consumo das classes.

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Unidade II

Ambiente e Tecnologia
a) Boas práticas de responsabilidade social e ambiental.
b) Desperdício e consumo sustentável.
c) Decomposição de materiais.
d) Relação dos resíduos com o meio ambiente (gestão de resíduos sólidos, funcionamento
de um emissário submarino, estações de tratamento de água e esgoto).
e) Preservação dos recursos hídricos e sua relação com: preservação das florestas, das
matas ciliares, dos aquíferos. A importância em fazer reaproveitamento das águas de
reuso e do consumo racional da água.
f) Conhecimento da Legislação ambiental como documento normativo das atividades
ambientais.
g) Poluição: atmosférica (causas, consequências ambientais e efeitos na saúde, gases,
partículas sólidas, líquidos em suspensão, material biológico ou energia e aquecimento
global); do solo; urbana (visual e sonora).
h) Produtos químicos e o tratamento de dejetos.
i) Emissões de gases produzidos pelo lixo e seus pontos positivos e negativos.
j) Soluções químicas para despoluição de rios, represas e etc.
k) Corrente elétrica e formas de energias renováveis.
l) Modelos matemáticos, razão, proporção e porcentagem.
m) Maneiras de otimização na engenharia civil nas nossas pequenas reformas.
n) Resíduos gerados pela obsolescência programada dos produtos.

Unidade III

Saúde e estatística
a) Estatística (coleta de dados, tabulação e gráficos).
b) Doenças endêmicas no Brasil como: Doença de Chagas, Febre Amarela, Dengue, Zika,
Chikungunya, Cólera, Leishmaniose.

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c) Estatística (conceitos preliminares), método experimental ou científico (manter
constante todos os fatores envolvidos) ou método estatístico.
d) Fases do método estatístico (coleta, crítica, apuração, apresentação e análise).
e) População e amostra.
f) Séries estatísticas, tabela, apresentação tabular de dados e gráficos estatísticos.
g) Diagramas (utilização do sistema cartesiano): gráficos em linhas ou em curvas, gráficos
em colunas ou em barras, gráficos em setores.
h) Distribuição de frequência: dados brutos, rol, amplitude total, frequência, tabulação.
i) Medidas de posição: média, média aritmética (simples e ponderada), geométrica,
harmônica, moda e expressão gráfica da moda, mediana;
j) Curvas de distribuição de frequência.

16. METODOLOGIA

Fundamentada na educação CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade, Ambiente), os


estudantes serão movidos a pensar sobre situações problema e apresentar soluções a partir
dos conhecimentos aprendidos nesta eletiva. A partir de situações reais (questões
sociocientíficas), este componente eletivo aborda questões importantes que criam
oportunidade para desenvolvimento de uma consciência crítica aos estudantes.

17. SUGESTÕES DE PRODUTOS

 E-book sobre empreendedorismo sustentável.


 Versão em audiobook, tanto visando aos cegos quanto para pessoas não alfabetizadas,
serão apresentadas oportunidades de negócios aparentemente ocultos, mas que
apresentam bom potencial, de baixo investimento e, portanto, viável para as pessoas das
periferias. Os negócios apontados pelo livro são propostas sustentáveis e lucrativas, que
aproveitam a criatividade para gerar valor financeiro.
 Criação de comunidade, via rede social, que irá se comunicar com jovens, divulgando de
forma gratuita, indiretamente o conteúdo do e-book, dicas, histórias de experiências
exitosas, entre outras propostas.

81
 Campanhas publicitárias do “anticonsumo” (consumo reflexivo): instagram (cards), status
de whats app, e-books, diferentes redes/mídias sociais, boletins informativos.
 Podcasts de empreendedorismo social, motivação na busca pelo desenvolvimento
pessoal a partir dos estudos.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

 E-book e audiobook
 Podcast
 Apresentação ou vídeo em canal em rede social
 Seminário e oficinas.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Avaliação do processo dar-se-á pela participação nas atividades, assiduidade, empenho e


criatividade dos estudantes.

20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula; Pátio e/ou quadra da escola.

Humanos
Professor(es); estudante(s); gestores; família e parceria com profissionais de diversas áreas
(de acordo com as atividades propostas).

Materiais
Computadores; Smartphones; Caneta laser; Papel A4 de diversas cores; Canetas; Lápis; Fita
adesiva; Cartolinas Coloridas; Lápis de cor; Cola bastão; Chromebooks; Internet; Projetor;
Aplicativos para celulares; Revistas variadas; Material impresso; Jogos de tabuleiro; Materiais
variados recicláveis ou de baixo custo.

82
21. REFERÊNCIAS

BARBOSA, J. C., SOARES, L da F. Novos aportes educacionais: relatos de experiências no


município de Jeremoabo. Salvador, 2018. EDUFBA.
CONRADO, NUNES-NETO (org). Questões sociocientíficas: fundamentos, propostas de
ensino e perspectivas para ações sociopolíticas. Salvador: EDUFBA, 2018.
Pequenas Empresas Grandes Negócios - Franquias, MEI e Empreendedorismo
https://revistapegn.globo.com/
Portal Sebrae https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae
Empreendedorismo social para educadores.
https://empreendedorismosocial.porvir.org/?gclid=Cj0KCQjw4ImEBhDFARIsAGOTMj9g-
0jJ71A6dtAAQT98rRM4i0UPb4VI4JXeltsBnIYqS9VsHVAUIc8aAnOsEALw_wcB
www.impostômetro.com.br
A história das coisas (storyofstuff). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw

83
8. DIÁLOGO, DEBATE E NEGOCIAÇÃO

1. TÍTULO DA ELETIVA
Diálogo, Debate e Negociação

2. PROPONENTE
Politize!

3. AUTORES/AS
Anna Paula Vivolo Lopes e Souza -Politize!

4. REVISORES/S
Paula Samogin Campioni - Politize!
Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas/aula

8. EMENTA

A Eletiva busca fortalecer nos(as) estudantes processos-base de comunicação saudável e


levar a compreensão de que, quando articulados com intencionalidade, os diálogos,
debates e negociações estabelecem alicerces para a criação e manutenção de espaços
democráticos. Para isso, são mobilizados conceitos como: escuta ativa; comunicação não-
violenta; reflexão, estruturação e exposição de argumentos e mediação/negociação para
resolução de conflitos, propondo que os(as) estudantes pautem o embate saudável de

84
ideias como um elemento fundamental para a consolidação da democracia e compreendam
que devemos nos responsabilizar pela forma como nos colocamos em espaços de tomada
de decisão para exercermos efetivamente nossa cidadania. Ao final, os(as) estudantes
construirão um coletivo social que busca, a partir de técnicas de comunicação saudável,
refletir sobre uma situação-problema dentro da comunidade escolar e tomar uma ação
prática para solucioná-la.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Formar pessoas conscientes e hábeis à prática saudável, harmoniosa e produtiva do diálogo,


debate e da negociação, desenvolvendo cidadãos que interajam crítica e assertivamente e
busquem fortalecer espaços democráticos.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

● Exercitar práticas saudáveis de comunicação, como escuta ativa e comunicação não-


violenta;
● Valorizar diferentes visões de mundo como alicerce para uma sociedade democrática;
● Fomentar a democracia a partir do entendimento de que a comunicação assertiva e
saudável é um exercício de responsabilidade cívica;
● Aplicar habilidades de mediação e intervenção por meio de processos diversos de
comunicação objetivando a resolução de conflitos;
● Desenvolver um coletivo social que busque resolver uma situação-problema e utilize
técnicas de comunicação saudável para mobilizar uma solução.

85
10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

UC 1 - Escuta ativa e comunicação não-violenta.


UC 2 - Problema individual e social; observação ou avaliação e diferentes pontos de vista
de uma situação problema.
UC 3 - Liberdade de expressão, discriminação, discurso de ódio, polarização e a importância
da diversidade na democracia.
UC 4 - Estrutura de um debate, construção e análise de argumentos embasados, cultura do
cancelamento, desinformação e polarização de ideias
UC 5 - Conceito e aspectos que definem um conflito, técnicas de mediação e etapas de
negociação.

Culminância: Formação de um coletivo social.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA


Diálogo, Debate e Negociação

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

A Eletiva está estruturada, sobretudo, no eixo de Mediação e Intervenção Sociocultural.


Além disso, contempla determinadas habilidades dos demais eixos estruturantes e
também de Competências Específicas de Ciências Humanas e Linguagens e suas
Tecnologias.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a


processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base
na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas,
textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas,

86
tabelas, tradições orais, entre outros).
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc.,
desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o
respeito às diferenças e às liberdades individuais.

Habilidades de Linguagens

(EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias


presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de
explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens
(artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e
valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
(EM13LGG304) Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder
presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer
manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
Linguagens Campo de atuação na vida pública:
(EM13LP25) Participar de reuniões na escola (conselho de escola e de classe, grêmio livre
etc.), agremiações, coletivos ou movimentos, entre outros, em debates, assembleias, fóruns
de discussão etc., exercitando a escuta atenta, respeitando seu turno e tempo de fala,
posicionando-se de forma fundamentada, respeitosa e ética diante da apresentação de
propostas e defesas de opiniões, usando estratégias linguísticas típicas de negociação e de
apoio e/ou de consideração do discurso do outro (como solicitar esclarecimento,
detalhamento, fazer referência direta ou retomar a fala do outro, parafraseando-a para
endossá-la, enfatizá-la, complementá-la ou enfraquecê-la), considerando propostas
alternativas e reformulando seu posicionamento, quando for caso, com vistas ao
entendimento e ao bem comum.

87
14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS
OBJETOS ESTRUTURANTES

Investigação científica

(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando


dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.

Processos criativos

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais, utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais
campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o lugar comum e o clichê.

Empreendedorismo

(EMIFCHS10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.

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Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCHS09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA2

I Unidade
Este módulo está estruturado em dois elementos principais: a fala e a escuta.
Desenvolvendo habilidades de escutar ativamente e construir discursos não violentos, os(as)
estudantes serão capazes de identificar e gerenciar suas emoções e necessidades durante
diálogos, posicionando-se empaticamente e com respeito à fala de uma ou mais pessoas.

II Unidade
Neste módulo, os(as) estudantes compreenderão que problemas individuais são também
entendidos em uma escala maior, denominados problemas sociais. Propõe-se que eles(as)
observem situações onde esses problemas sociais se aplicam, sem colocar qualquer juízo
de valor ou avaliação, fazendo o uso de práticas assertivas de comunicação, como a
paráfrase e perguntas de checagem.

2
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

89
III Unidade
O Módulo 3 se pauta na diferenciação da liberdade de expressão e discurso de ódio,
propondo a discussão sobre os reflexos da polarização de ideias na democracia. Serão
mobilizados os tipos de discriminação por trás de discursos de ódio presentes nas redes
sociais e em falas cotidianas, bem como os impactos das opiniões polarizadas em uma
sociedade democrática.

IV Unidade
Neste módulo, foca-se que o(a) estudante aprenda a estruturar coerentemente um debate,
construindo argumentos embasados em fontes verificadas e refletindo criticamente durante
a construção de argumentos. Os debates propostos terão como temáticas: a cultura do
cancelamento, a desinformação e a polarização de ideias, a manipulação em massa e a
influência dos algoritmos das redes sociais no comportamento humano.

V Unidade
O penúltimo módulo tem o intuito de identificar o que é um conflito, investigar suas causas
e propor formas de enfrentamento, respaldado na técnica da escalada para cessar um
conflito. O módulo também mobiliza as variáveis (poder, tempo e informação) e as etapas
de uma negociação (preparação e planejamento; definição de regras básicas;
esclarecimentos e justificativas; barganha e resolução de problemas; encerramento e
implementação).

Culminância: A proposta da culminância é que se construa um coletivo para intervir


intencional e proativamente na escola. Após escolhida a temática, os grupos deverão
planejar e executar, pelo menos, uma ação de intervenção social na escola que promova as
ideias e pontos de vista defendidos por cada coletivo. Ao final, para a divulgação do coletivo
junto com a comunidade escolar, sugere-se que seja realizado um evento de
compartilhamento das ideias e ações de cada coletivo, que pode ser por meio de uma
apresentação oral em um formato de programa de televisão ou através do incentivo de que
os coletivos divulguem suas ações em programas de rádios e TV locais.

90
16. METODOLOGIA

A Eletiva está pautada no uso de metodologias como: trabalho em equipe, expressão em


público, autorreflexão, práticas circulares e atividades ligadas à análise das emoções
pessoais, que objetivam desenvolver as habilidades necessárias para o convívio em
sociedade e exercício da cidadania. Também se utiliza práticas ativas ligadas ao mundo
jovem, como mímicas, desafios práticos, experimentos sociais e estudos de casos, a fim de
desenvolver a capacidade de identificação e resolução de conflitos. Além disso, busca-se
simular processos de diálogos, debates e negociações, com o intuito de sustentar
posicionamentos que fomentem o embate saudável e fundamentado de ideias.

17. PRODUTOS
Criação de um coletivo social;
Ações de intervenção social na escola.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Como processo criativo, os(as) estudantes podem apresentar o coletivo ou ações de


intervenção social em um evento de finalização das eletivas. Também há a possibilidade de
tornar o coletivo um grupo estruturado que tenha uma rotina de encontros e plano de ação
ao longo de um período.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

As avaliações serão, em sua maioria, formativas, não excluindo a possibilidade de fazer


avaliações diagnósticas escritas na apresentação dos temas e orais, por meio de técnicas de
chuvas de ideias e diálogos, a fim de sondar os conhecimentos prévios dos estudantes. Cada
plano de aula possui também evidências de aprendizagem, que são produtos ou momentos
específicos das aulas em que pode-se averiguar o cumprimento dos objetivos propostos.
Estas averiguações podem ser realizadas pelo(a) próprio(a) Professor(a) ao longo da aula
ou pelos(as) próprios(as) estudantes em exercícios de autoavaliação. A prática de arremate

91
é um processo avaliativo básico, no qual em todas as aulas os(as) estudantes realizarão
reflexões e sistematizações sobre o conteúdo aprendido.

A avaliação final da Eletiva observará a aplicação das habilidades de diálogo, debate e


negociação adquiridos no decorrer das aulas e a capacidade do(a) estudante se comunicar
de forma respeitosa, assertiva e colaborativa sobre as temáticas determinadas pelo coletivo
criado e durante o planejamento e a realização das ações de intervenção.

20. RECURSOS

Básico: papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas, canetas,
cartolina, cola, revistas, jornais e giz ou pincel.
Para o(a) Professor(a): acesso a computador ou projetor na sala de aula para a exibição de
vídeos e de músicas; acesso à internet para a preparação de aulas; livros.
Para o estudante: computador e/ou celular com acesso à internet (especialmente para
realizar o projeto final).

21. REFERÊNCIAS

Metodologia
BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação
inovadora: uma abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso,
2018. e-PUB;
BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas
para fomentar o aprendizado ativo [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-
PUB;
LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª
ed. Porto Alegre: Penso, 2018.

92
COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto
Alegre: Penso, 2017.

Conhecendo práticas de escuta ativa e comunicação não-violenta


ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar
relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.
BRANCHER, Leoberto. Guia de práticas circulares no coração da esperança. Núcleo de
Justiça Restaurativa. Escola da Magistratura da AJURIS, 2014.

Dialogando por meio de boas práticas de comunicação


COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 30º ed., tradução de
Alberto Cabral Fusaro, Márcia do Carmo Felismino Fusaro, Claudia Gerpe Duarte.
Consultoria Tereza Campos Salles. Rio de Janeiro: BestSeller, 2007.
CATÃO, Ana Lucia Catão; ZURAWSKI, Maria Paula. Mediação de conflitos. São Paulo: Vlado
Educação, 2019.

A riqueza da diversidade de opiniões


COSTA, Cristina; BLANCO, Patrícia. Liberdade de expressão: questões da atualidade. São
Paulo: ECA-USP, 2019. 222 p.
FREITAS, Riva Sobrado de; CASTRO, Matheus Felipe de. Liberdade de expressão e discurso
do ódio: um exame sobre as possíveis limitações à liberdade de expressão. Sequência
(Florianópolis), n.66, pp.327-355. Florianópolis, 2013.

Praticando debates construtivos


LISBOA, Marcos; PESSÔA, Samuel. O valor das ideias: debate em tempos turbulentos. 1
ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SILVEIRA, Sergio Amadeu da. Democracia e os códigos invisíveis - Como os algoritmos
estão modulando comportamentos e escolhas políticas. São Paulo: Edições Sesc, 2019.

93
Mediando conflitos, negociando soluções
CARVALHAL et al. Negociação e Administração de Conflitos (Série Gerenciamento de
Projetos). 2. ed. Rio de Janeiro: FGV., 2009.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é
ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
JUNQUEIRA, Luiz Augusto. Negociação: Tecnologia e Comportamento. 11ª edição. p. 51
e 52.
SATHLER, Ana Cristina. Mediação de conflitos e negociação. São Paulo: Editora Senac São
Paulo, 2017. (Série Universitária)
Escola da Advocacia-Geral da União Ministro Victor Nunes Leal. Manual de Negociação
Baseado na Teoria de Harvard. Brasília: EAGU, 2017.

9. EMPREENDENDO

1. TÍTULO DA ELETIVA
Empreendendo

2. PROPONENTE
Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)

3. AUTORES/AS
Nicéia Maria de Figueiredo Souza Melo
Roberto Andrade Costa

4. REVISORA
Sara Ribeiro dos Santos

5. ÁREAS DO CONHECIMENTO
Linguagens e suas tecnologias.
Matemática e suas tecnologias.
Ciências humanas e sociais aplicadas.

94
6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Busca da conceituação das atitudes empreendedoras. Compreensão da origem e do


conceito de empreendedorismo. Investigação do Perfil do Empreendedor. Compreensão de
Inovação e condições para o processo de inovação; estudo de Planos de negócios. Aplicação
de conceitos de matemática financeira no empreendedorismo. Pesquisa, investigação e
criação de novos produtos e/ou serviços.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Potencializar os comportamentos e características empreendedoras dos alunos num


trabalho de equipe com a fundação de uma empresa piloto, desenvolvendo autonomia no
cenário contemporâneo.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar as características empreendedoras.


 Reconhecer a importância das atitudes empreendedoras.
 Incentivar a participação do trabalho em equipe, planejamento, elaboração e execução
de um plano de negócio.
 Relacionar o papel do empreendedor com o surgimento de uma ideia inovadora.
 Despertar no aluno, a vocação para a pesquisa e desenvolvimento da autonomia.

10. UNIDADES CURRICULARES


Oficinas e projetos.

95
11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Educação financeira.
 Educação para o consumo.
 Trabalho.
 Ciência e Tecnologia e Diversidade Cultural.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS


Empreendedorismo

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EM13CHS501) Analisar os fundamentos éticos em diferentes culturas, tempos e espaços,


identificando processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem
a liberdade, a cooperação, a autonomia, o empreendedorismo a convivência democrática e
a solidariedade;

(EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes


argumentos e opiniões manifestados, para negociar e sustentar posições, formular
propostas, e intervir e tomar decisões democraticamente sustentadas, que levem em conta
o bem comum e os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global.

(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica, tais como índice


de desenvolvimento humano, taxas de inflação, entre outros, investigando os processos de
cálculo desses números.

(EM13MAT203) Planejar e executar ações envolvendo a criação e a utilização de aplicativos,


jogos (digitais ou não), planilhas para o controle de orçamento familiar, simuladores de
cálculos de juros compostos, dentre outros, para aplicar conceitos matemáticos e tomar
decisões.

96
(EM13CHS306) Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de diferentes modelos
econômicos no uso dos recursos naturais e na promoção da sustentabilidade econômica e
socioambiental do planeta.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidades do Eixo Empreendedorismo

(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e


conhecimentos matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto
de vida.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

a) Conceito de Empreendedorismo
b) Comportamentos empreendedores.
c) Tipos de empreendedorismo.

Unidade II

a) Inovação.
b) Criatividade.
c) Plano de negócios.
d) Iniciação à matemática financeira.

Unidade III

a) Investigação científica (passo a passo de como fazer uma pesquisa)


b) Pesquisa, leitura e investigação de histórias inspiradoras sobre empreendedorismo.
c) Criação de um negócio (empresa ou serviço).
d) Apresentação de um trabalho de pesquisa com a criação de uma empresa ou serviço.
97
16. METODOLOGIA

 Aulas práticas.
 Dinâmicas de grupo.
 Pesquisa e investigação de temas relacionados ao empreendedorismo, jogos, planilhas,
atividades de reconhecimento e características empreendedoras.

17. PRODUTOS

 Criação de uma empresa ou serviço.


 Infográficos.
 Plano de negócios.
 Minuto empreendedor (áudio ou vídeo).
 Mural de ideias empreendedoras.
 Elaboração e/ou comercialização de Produtos artesanais.
 Elaboração e/ou comercialização de gêneros alimentícios.
 Comercialização de produtos industrializados.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS:

Feiras empreendedoras, divulgação em mídias sociais (Instagram, Facebook), projetos


interdisciplinares, uso de diversas mídias.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Avaliação processual e contínua que analisa a participação e interesse do aluno em cada


atividade proposta, seu empenho, criatividade, interação com professor e colegas,
colaboração, compartilhamento de informações, a aplicação dos conceitos trabalhados
durante as aulas e a qualidade da produção das atividades propostas.

98
20. RECURSOS

Materiais
Internet, equipamentos tecnológicos (Computador, *Sistema operacional, Tablet,
Celular, App´s), projetor, aparelho de som, sala ampla e arejada, cadeiras e mesas grande
para dispor materiais, quadro branco/ Marcador /Apagador, pranchetas, lápis,
borracha, caneta, caneta para Cd, tinta, lápis de cor, softwares livres, material reciclável,
( papelão, garrafas pet, plástico, mdf, emborrachados, caixas, papéis diversos, cola),
jogos educativos.

21. REFERÊNCIAS

BAHIA. Secretaria de Educação da Bahia. Novo Ensino Médio da Bahia. Documento


Orientador - Rede pública de Ensino: Bahia, 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais curriculares para a elaboração de


itinerários formativos. Brasília, 2019.

DOLABELA. Fernando. Pedagogia empreendedora. São Paulo: Editora de Cultura, 2003.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Picture,1999.

SILVA, Lacy de Oliveira. Disciplina de empreendedorismo e inovação: guia do


professor. Lacy de Oliveira Silva, Yuri Gitahy – Brasília : Sebrae, 2016.

Texto, artigos e livros


https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/342/2020/04/EMPREENDEDORISMO.pdf
https://www.scielo.br/pdf/ram/v9n8/a08v9n8.pdf
https://www.academia.edu/33557196/livro_empreendedorismo

Aplicativos e sites
https://www.sebrae.com.br
https://vocesa.abril.com.br

99
https://meusucesso.com
https://odsbrasil.gov.br/
https://www.youtube.com/watch?v=SnZrB0TR_Trilha do empreendedor
https://economia.uol.com.br/infograficos/2012/04/03/game-teste-se-voce-e-capaz-de-
ter-seu-proprio-negocio.htm
https://www.gohome.com.br/https://www.gohome.com.br/wpcontent/uploads/2015/07/b
onus_mandala.pdf
Kung fu panda - Características do empreendedor
https://www.youtube.com/watch?v=kpjwWSojRic

Plano de vendas
http://www.agendor.com.br/blog/como-elaborar-plano-vendas-empresa/
http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf
https://oficinamulherempreendedora.com.br/como-descobrir-em-que-area-empreender/

Inspirações e produções dos estudantes


https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2019/09/criancas-criam-startups-em-
laboratorios-de-empreendedorismo.shtml
https://www.faesa.br/estudantes-apresentam-produtos-e-servicos-criados-por-eles-em-
exposicao-2/
http://arquivo.jornalarauto.com.br/Pages/55694/Feira-realca-
empreendedorismo#.YDky9GhKjIU

100
10. ENTRE O DIREITO E A JUSTIÇA

1. TÍTULO DA ELETIVA
Entre o Direito e a Justiça

2. PROPONENTE
Politize!

3. AUTORES/AS
Adonias Calebe de Moraes - Politize!
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos - Politize!

4. REVISORES/AS
Paula Samogin Campioni - Politize!
Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!
Fernanda Asseff Menin - Politize!
Kamila Nunes da Silva - Politize!

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

101
8. EMENTA

A Eletiva tem como finalidade propor reflexões sobre a relação entre o Direito e a Justiça, a
partir de análises teóricas e práticas acerca dos conceitos de moral, ética, leis e do que é ou
não justo, incentivando os(as) estudantes a exercerem a empatia e desenvolverem
processos de autocrítica a respeito das próprias ações e como elas reverberam na
coletividade, para que possam participar da vida em sociedade de uma forma mais
consciente e crítica. A Eletiva possibilita a investigação sobre a relação de fatores externos
com as tomadas de decisão e estruturação dos espaços de poder, visando compreender a
organização social como fator que permeia as decisões e os processos de formação de
opinião e julgamento. Ainda, promove habilidades e comportamentos essenciais para a
compreensão e convivência nos espaços sociais, em especial a necessidade de aprender a
dialogar no espaço público e a importância de construir argumentos fundamentados para
a defesa de suas posições com autonomia.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Relacionar conceitos de direito, justiça e suas formas de manifestação com os princípios da


administração pública, o “jeitinho brasileiro” e casos de corrupção.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM


● Discutir como as nossas ações estão interligadas com os conceitos de moral, ética e
justiça;
● Interpretar as formas de manifestação do Direito e da Justiça em contextos distintos;
● Articular os conceitos de democracia, liberdade de expressão, engajamento e
participação coletiva para construção de uma sociedade mais justa e igualitária para
todos e todas;
● Apreciar de maneira crítica as informações e notícias apresentadas pela mídia, através de
uma visão ampla e sistêmica das camadas sociais;
● Valorizar o autoconhecimento e autocrítica através de conversas sobre ações e atitudes
individuais e coletivas do cotidiano.

102
10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

UC 1 - Moral, ética, leis e justiça


UC 2 - Concepções do direito
UC 3 - Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade
UC 4 - Discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis
UC 5 - Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção)
Culminância: Como resultado final deste objeto, os(as) estudantes produzirão, em grupos,
um podcast, com cinco episódios que tratem de cada um dos subtemas estudados ao longo
do objeto, de modo que cada grupo fique responsável por um subtema.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA


Direito e Justiça.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS *

A Eletiva está estruturada, sobretudo, no eixo de Investigação Científica. Além disso,


contempla determinadas habilidades dos eixos Processos Criativos e Mediação e
Intervenção Sociocultural.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações

103
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.
(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de
sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens
(imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação social e considerando
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os
efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e
linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre
português brasileiro, língua(s) e/ ou linguagem(ns) específicas, visando fundamentar
reflexões e hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de
enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas
e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), identificando
os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com
o uso de diferentes mídias.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Investigação científica
(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de
natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias.
(EMIFCHS02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou

104
global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

Processos criativos

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução
para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem
comum.

105
15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA3

I Unidade
● Moral, ética, leis e justiça: Este objeto tem a finalidade de analisar os conceitos de moral,
ética, justiça e lei, visando compreender como eles se manifestam na prática, influenciam
e moldam muitas das decisões do convívio social. Desse modo, busca demonstrar a
relação entre esses quatro elementos desde o conceito até a forma que interagem entre
si.

II Unidade
● Concepções do direito: Este objeto tem como objetivo o estudo do conceito de Direito,
a partir de correntes clássicas como o jusnaturalismo e juspositivismo. Ainda, busca-se
promover diálogos com os(as) estudantes para que compreendam a aplicabilidade de
diferentes perspectivas de direito e justiça em modelos distintos de sociedade enquanto
contratos sociais.

III Unidade
● Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade: Este objeto tem
a finalidade de promover estudos sobre avanços e conquistas de direitos para grupos
minoritários, bem como propor diálogos e reflexões acerca da compreensão da justiça
social e sua aplicabilidade, a partir das distinções entre igualdade e equidade. Além
disso, apresenta como os marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade,
em um contraste ao perfil homogêneo nos espaços de poder ante a pluralidade existente
na sociedade. Dessa forma, objetiva-se que os(as) estudantes associem a importância de
políticas de inclusão e diversidade para representação de distintos grupos sociais.

3
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

106
IV Unidade
● Discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis: Este
objeto propõe a realização de debates acerca da noção de “jeitinho brasileiro” - tanto do
viés negativo, quanto positivo, sua origem, como ele se manifesta no cotidiano, através
das pequenas corrupções do dia a dia e como isso reflete na sociedade e na
descredibilidade dos governantes. Ainda, no decorrer das aulas, pauta-se a importância
da democracia no combate à corrupção e a valorização da participação popular na
fiscalização do campo público e político.

V Unidade
● Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção): Este objeto visa
instrumentalizar o(a) estudante para compreender a relação entre os princípios da
administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição, com os principais casos de
corrupção noticiados nos meios de comunicação, bem como viabilizar reflexões sobre os
impactos na sociedade.

● Culminância: Como resultado final deste objeto, os(as) estudantes produzirão, em


grupos, um podcast, com cinco episódios que tratem de cada um dos subtemas
estudados ao longo do objeto, de modo que cada grupo fique responsável por um
subtema. Para apoiar a produção final do podcast, em cada aula será feita a proposta
final de registro dos principais aprendizados obtidos.

16. METODOLOGIA

A Eletiva está pautada no uso de metodologias ativas que objetivam estimular nos(as)
estudantes um maior engajamento e participação nas aulas, visando desenvolver as
habilidades necessárias para o convívio em sociedade e exercício da cidadania. Assim, a
Eletiva adota, além de metodologias que trabalhem o lado reflexivo e crítico dos(as)
estudantes, práticas ligadas ao mundo jovem, como jogos, dinâmicas, desafios, quizzes e
estudos de casos instigantes, a fim de desenvolver a capacidade de identificação e resolução
de situações problema de maneira colaborativa. Além disso, busca-se realizar debates e

107
rodas de conversa com o intuito de desenvolver a argumentação e capacidade de defender
os seus pontos de vista de maneira devidamente embasada, priorizando o trabalho em
grupo e respeito às opiniões diversas.

17. PRODUTOS

O produto será um podcast, com 5 episódios, ou cartilhas, que tragam informações e


reflexões a respeito dos assuntos abordados em cada um dos subtemas do módulo. O
produto será divulgado através de evento de lançamento, em que cada um dos grupos se
posicionem em zonas temáticas e façam apresentação aos visitantes sobre os assuntos que
abordaram em seu podcast ou cartilha, ou outras formas de divulgação a critério d(a)
Professor e dos(as) estudantes, garantindo a divulgação do projeto para toda comunidade
escolar e a troca de ideias entre os(as) estudantes e os(as) visitantes.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Para a divulgação do projeto com toda a comunidade escolar, sugere-se que seja feito um
evento de lançamento, em que os(as) estudantes terão oportunidade de compartilhar os
seus aprendizados e conversar com outras pessoas sobre os assuntos tratados no podcast.
Por fim, caso não seja possível a produção do podcast, sugere-se que se organize um Feirão
de Conhecimento, em que os(as) estudantes exponham os conhecimentos obtidos durante
as aulas e realizem debates sobre as reflexões realizadas durante o semestre - os debates
poderão ser feitos com a participação da comunidade escolar.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

As avaliações serão essencialmente processuais, não excluindo a possibilidade de fazer


avaliações diagnósticas na apresentação dos temas, por meio de técnicas de brainstorming
e diálogos, a fim de sondar os conhecimentos prévios dos(as) estudantes. A avaliação final
da Eletiva observará a aplicação dos conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas e a
capacidade de dialogar os conceitos estudados com a realidade na qual o(a) estudante está

108
inserido. Será avaliada a capacidade de trabalhar colaborativamente e atender ao que for
proposto em sala de aula.

20. RECURSOS

Básico: papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas, canetas,
cartolina, cola, revistas, jornais e giz ou pincel.

Para o(a) Professor(a): acesso a computador ou projetor na sala de aula para a exibição de
vídeos e de músicas; acesso à internet para a preparação de aulas; livros.

Para o estudante: computador e/ou celular com acesso à internet (especialmente para
realizar o projeto final).

21. REFERÊNCIAS

Metodologia:

BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-PUB;
BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas
para fomentar o aprendizado ativo [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-
PUB;
LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed.
Porto Alegre: Penso, 2018.
COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto
Alegre: Penso, 2017.
Moral, ética, leis e justiça:

109
FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação, 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.
REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.
SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria
Alice Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

Concepções do Direito:
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap.
37, 38 e 39; p. 373 - 389.
POLITIZE!. Direitos humanos: conheça as três gerações! 2017. Disponível em:
https://www.politize.com.br/tres-geracoes-dos-direitos-humanos/. Acesso em: 25 out.
2020.

Conquistas dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade:

AZEVEDO, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social?.
Avaliação (Campinas), Sorocaba. V. 18, n. 1, p. 129-150, Mar. 2013. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
40772013000100008&lng=en&nrm=iso>. acesso em 25 Oct. 2020.
POLITIZE!. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam? 2020. Disponível em:
https://www.politize.com.br/igualdade-equidade-e-justica-social/. Acesso em: 25 out. 2020.

Discussão crítica do “Jeitinho brasileiro”, cultura de conformidade ou não às leis:

BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível
em: <https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em
25 de outubro de 2020.
CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro. Entrevistadora: Verônica Lima.
Entrevistado: Paulo Vinicius Quintela. Rádio Câmara. Podcast. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/radio/programas/396170-jeitinho-brasileiro?pagina=16. Acesso
em: 25 out. 2020.

110
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
POLITIZE!. Jeitinho brasileiro: da criatividade a corrupção. 2017. Disponível em:
https://www.politize.com.br/jeitinho-brasileiro/. Acesso em: 25 out. 2020.

Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção)

POLITIZE!. Leis contra corrupção não faltam. Veja 10 exemplos. 2016. Disponível em:
https://www.politize.com.br/leis-contra-corrupcao-10-exemplos/. Acesso em: 25 out. 2020.
POLITIZE!. Conheça os 5 princípios da Administração Pública! 2017. Disponível em:
https://www.politize.com.br/principios-administracao-publica/. Acesso em: 25 out. 2020.
INTERNATIONAL MONETARY FUND. O combate à corrupção no governo. Disponível em:
https://www.imf.org/pt/News/Articles/2019/04/04/blog-fm-ch2-tackling-corruption-in-
government. Acesso em: 25 out. 2020.
CORTEZ, Luís Francisco Aguilar. O combate à corrupção e o Direito Administrativo.
Cadernos Jurídicos - Escola Paulista da Magistratura, São Paulo, v. 1, n. 47, p. 165-174, jan.
2019. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/b
ibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/Cad-Juridicos_n.47.pdf. Acesso em: 25
out. 2020.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2019.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Combate à Corrupção. Disponível em:
http://combateacorrupcao.mpf.mp.br/. Acesso em: 25 out. 2020.

111
11. EU ESCRITOR

1. TÍTULO DA ELETIVA
Eu Escritor

2. PROPONENTE
Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)

3. AUTORES/AS
Edivania Maria Barros Lima
Elizabeth Abreu Maluf

4. REVISORES/AS
Edivania Maria Barros Lima
Elizabeth Abreu Maluf

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Linguagens e suas tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Literatura. Texto literário. Especificidades do texto literário. Leitura de textos literários.


Produção e reescrita individual e coletiva de textos literários. Literatura e Escrita Criativa.
Técnicas criativas de escrita literária. Estudo e produção dos gêneros: autobiografia, texto
memorialístico, poema, microconto e crônica. Produção textual em redes sociais a partir de
dispositivos móveis (smartphones) dos participantes. Beta Leitor. Produção de livros

112
artesanais e ou digitais. Produção de mesas literárias a partir das produções dos estudantes.
Produção de Saraus. Processo criativo, Mediação e Intervenção Sociocultural e
Empreendedorismo.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Estimular a produção individual e coletiva de textos literários variados a partir de um


processo criativo, estético e ficcional familiarizando jovens escritores com diversas técnicas
de escrita literária associadas ao uso de tecnologias por meio de redes sociais, de modo a
promover: a consolidação da formação integral; a promoção da incorporação de valores
universais; o desenvolvimento de habilidades que permitam ter uma visão de mundo ampla
e heterogênea, tomada de decisões e agir nas mais diversas situações da vida.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Utilizar técnicas de escrita literária criativa.


 Conceituar literatura e texto literário.
 Identificar características de um texto literário.
 Ler textos literários.
 Interpretar textos literários.
 Reconhecer aspectos estruturais de um microconto.
 Especificar aspectos estruturais de um Poema.
 Identificar aspectos estruturais de uma autobiografia.
 Identificar aspectos estruturais de textos memorialístico.
 Estudar aspectos estruturais de uma crônica.
 Produzir microcontos.
 Produzir poemas concretos.
 Escrever crônicas.
 Escrever contos.
 Escrever roteiros para a construção de textos literários.
 Produzir textos literários coerentes e coesos.

113
 Utilizar o beta readers como forma de exercitar a crítica literária.
 Utilizar smartphones para construção de textos literários coletivos.
 Escrever e publicar textos literários em redes sociais.
 Produzir livros artesanais.
 Produzir livros impressos e/ou em suportes digitais.
 Publicar livros artesanais e/ou digitais.
 Produzir saraus e mesas literárias.
 Participar de concursos literários.
 Desenvolver projetos literários associados aos seguintes “eixos estruturantes” dos
Itinerários Formativos: Processos criativos, Mediação e intervenção sociocultural e
Empreendedorismo.

10. UNIDADE CURRICULAR


Oficina

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais.


 Brasileiras.
 Diversidade Cultural.
 Educação em Direitos Humanos.
 A produção literária contemporânea.
 Escritores brasileiros.
 Escritores Baianos.
 Escritores/as Negros/as.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS:

Processos Criativos (Unidade I, II, III).


Mediação e Intervenção Sociocultural (Unidade II).
Empreendedorismo. (Unidade III).

114
13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS
GERAIS DA BNCC

Habilidades relacionadas ao eixo processos criativos

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

Habilidades relacionadas ao eixo mediação e intervenção sociocultural

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,


agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução


para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, responsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

115
Habilidades relacionadas ao eixo empreendedorismo:

(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para


superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e
adversidade.

(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para


estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar
projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.

(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus


objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à
sua vida pessoal, profissional e cidadã.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidades específicas relacionadas ao eixo processos criativos

(EMIFLGG04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências
e reflexão crítica sobre obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou
corporais, ampliando o repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos
da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).

(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação


social, recursos criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de
projetos e/ou processos criativos.

(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais, utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em

116
movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais
campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o lugar comum e o clichê.

Habilidades específicas relacionadas ao eixo mediação e intervenção sociocultural

(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de


mediação e intervenção por meio de práticas de linguagem.

(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


práticas de linguagem para propor ações individuais e/ ou coletivas de mediação e
intervenção sobre formas de interação e de atuação social, artístico-cultural ou ambiental,
visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a diversidade humana e
para o cuidado com o meio ambiente.

(EMIFLGG09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e


ambiental, selecionando adequadamente elementos das diferentes linguagens.

Habilidades específicas relacionadas ao eixo empreendedorismo

(EMIFLGG10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às


várias linguagens podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,
considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.

(EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


práticas de linguagem para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo.

(EMIFLGG12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as práticas de


linguagens socialmente relevantes, em diferentes campos de atuação, para formular
propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.

117
15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA4

Unidade I

 Destravando escrita.
 Escrita criativa.
 Processos criativos na escrita literária.
 Desbloqueio da Escrita.
 Técnicas criativas de escrita literária.
 Produção textual oral e escrita.
 Reescrita individual e coletiva de textos literários.
 Crítica Literária através do “Beta Leitor”.5
 Coerência e coesão textuais.
 Aspectos linguísticos.
 Roteiro para a escrita de textos literários.
 Textos Transmidiáticos.
 Conceito de literatura.
 Características de um texto literário.
 Recursos linguísticos na expressividade dos textos literários: antítese, catacrese,
metáfora, anáfora, comparação, ironia, eufemismo e hipérbole.
 Estilos de época contextualizados com a produção literária da eletiva.
 O que é um escritor?
 As memórias na escrita literárias.

4
Alguns objetos de conhecimento aparecem ao longo das três unidades letivas, como por exemplo
“destravando a escrita”, “escrita criativa”, ‘processo criativos na escrita literária”, “desbloqueio da Escrita,
dentre outros. Isso se justifica pelo fato de poderem estar presentes em todas as unidades e facilitarem a
produção de diferentes gêneros literários e tipos de textos.
5
Traduzido da expressão inglesa, beta reader, configura-se como um leitor de teste de um trabalho não
publicado de literatura ou outra escrita, que fornece feedback do ponto de vista de um leitor médio para o
autor. No universo juvenil, os beta readers são comumente encontrados no universo fandom, como, por
exemplo, em comunidades virtuais e grupos de escritores de fanfics. Na oficina, estimula-se os estudantes a
serem leitores críticos dos textos de seus colegas. A partir de uma metodologia que envolve colaboração e
respeito, os estudantes trocam conhecimentos, tanto sobre a construção de textos literários como sobre a
própria estrutura da Língua Portuguesa.

118
 Leitura de textos memorialísticos. Produção de textos memorialísticos.
 Autobiografia. Características de uma autobiografia. Leitura de autobiografias. Produção
de autobiografias.
 Comunicação e Linguagem.
 Linguagem verbal e não verbal.
 Gêneros Literários.
 Gêneros Textuais.
 Historiografia literária contextualizada com a produção literária da eletiva.
 Projeto literário artístico-cultural.

Unidade II

 Destravando a escrita.
 Escrita criativa.
 Processos criativos na escrita literária.
 Desbloqueio da Escrita.
 Técnicas criativas de escrita literária.
 Produção textual oral e escrita.
 Reescrita individual e coletiva de textos literários.
 Crítica Literária através do “Beta Leitor”.
 Coerência e coesão textuais.
 Aspectos Linguísticos.
 Roteiro para a escrita de textos literários.
 Textos Transmidiáticos.
 Literatura e sociedade.
 Escrita literária a partir de temas sociais, culturais, ambientais.
 A arte literária como resistência.
 Escritores/as negros/as.
 Literatura: a escrita do local e do global.
 A literatura: palavra-denúncia e palavra-mudança.
 Poesia.

119
 Poema.
 Características do texto poético.
 Leitura de textos poéticos.
 Produção de textos poéticos.
 Microconto.
 Características de um microconto.
 Leitura de microcontos.
 Produção de microcontos.
 Crônicas.
 Características de uma crônica.
 Leitura de crônicas.
 Produção de crônicas.
 Projeto literário de intervenção sociocultural.

Unidade III (destacar objetos do conhecimento associados ao Eixo Empreendedorismo)

 Destravando escrita.
 Escrita criativa.
 Processos criativos na escrita literária.
 Desbloqueio da Escrita.
 Técnicas criativas de escrita literária.
 Produção textual oral e escrita.
 Reescrita individual e coletiva de textos literários.
 Crítica Literária através do “Beta Leitor”.
 Coerência e coesão textuais.
 Aspectos Linguísticos.
 Roteiro como recurso para a escrita de textos literários.
 Textos Transmidiáticos.
 A escrita literária no meu Projeto de Vida.
 A escrita literária como oportunidade para o mundo do trabalho.
 Prêmios literários (familiarizando-se com editais).

120
 Empreendedorismo.
 O empreendedor.
 Atitude empreendedora.
 Literatura e empreendedorismo.
 Mercado editorial.
 Como escrever e publicar um livro físico.
 Como escrever e publicar um livro digital.
 Leitura e interpretação de editais.
 A produção literária nas redes sociais.
 Projeto literário de empreendimentos pessoais.

16. METODOLOGIA

Como ponto de partida, a Eletiva opta por uma metodologia sociointeracionista,


valorizando a interação do sujeito com o meio. Língua e linguagens são concebidas a partir
das vivências dos estudantes e de suas interações ao longo de seus processos histórico,
cultural e social. Em consonância e associada a esta metodologia, são utilizadas abordagens
e ferramentas metodológicas, tais como:

a) Relaxamentos.
b) Escrita criativa.
c) Rodas de conversa.
d) Aprendizagem entre pares (trabalhos em grupo, dinâmicas de grupo, produção de
eventos).
e) Aulas expositivas.
f) Aprendizagem baseada em projetos.
g) Aprendizagem baseada em problemas.
h) Sala de aula invertida.
i) Exibições fílmicas.
j) Storytelling.
k) Design thinking.

121
l) Utilização de dispositivos móveis para produção coletiva de textos.
m) Utilização do “Beta leitor” para realização de crítica literária.
n) Musicalização de poemas.
o) Transposição dos textos literários para a linguagem audiovisual.

17. PRODUTOS

 Livros artesanais e virtuais.


 Audiobook.
 E-book.
 Diário Literário.
 Café literário.
 Jornais Literários.
 Fanzines.
 Podcast.
 Recital.
 Exposição textos literários em espaços físicos e virtuais.
 Mesa Literária com os jovens escritores participantes da Oficina.
 Projeto literário artístico-cultural.
 Projeto literário de intervenção sociocultural.
 Projeto literário de empreendimentos pessoais.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Os produtos podem ser socializados através de várias atividades, tais como:

 Intervenções (interativas) nos espaços físicos/arquitetônicos da escola usando sala de


aula, pátios, quadras, auditórios e jardins através de exposições, lambes, plotagens etc.
 Produção de saraus, recitais, mesas literárias, rodas de conversa (poderiam ser feitos na
escola ou em outros espaços como: hospitais, orfanatos, asilos, praças públicas, feiras
literárias e em outros eventos artísticos).

122
 Produção e Publicação dos textos produzidos em redes sociais.
 Realização de Lives (instagram, youtube, facebook).
 Desenvolvimento de Clubes de leitura utilizando a produção de textos literários da
Oficina (na escola ou em escolas vizinhas).
 Participação em concursos literários.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

 Avaliação formativa, contínua e processual, respeitando a formação integral dos


estudantes e dos seus diferentes modos e tempos de aprender através da/do/de.
 Consideração aos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais dos estudantes.
 Estímulo à autogestão e autoavaliação.
 Feedbacks.
 Valorização dos produtos e projetos planejados e desenvolvidos pelos estudantes.
 Conexão com o projeto de vida dos discentes.
 Consideração à inovação, criação e construção de novos conhecimentos.
 Utilização de instrumentos como: diários de bordo, portfólios, júris simulados, eventos
literários, orientações.

20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula ampla com almofadas. Pátios. Jardins. Quadras. Refeitórios. Auditórios.

Materiais
Aparelho de áudio com entrada USB. Máquina fotográfica. Computador. Smartphone.
Tablet. Data show. Impressora. Folhas de monobloco. Classificadores. Folhas de papel ofício
(Branco e coloridos). Canetas coloridas. Pranchetas. Borrachas Cadernos. Hidrocor. Rolo de
Barbante. Bexigas. Internet. Data show. Quadro branco. Marcador. Apagador. Tela de
projeção. Softwares livres e Apps.

123
Humanos
Professores. Estudantes. Gestores. Funcionários. Famílias dos estudantes. Membros da
comunidade local. Professores e outros profissionais convidados.

21. REFERÊNCIAS

Textos, Artigos e Livros


BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base.
Ensino Médio. Brasília: 2018

BRASIL, Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais: proposta de


práticas de implementação. Brasília 2019.

BRASIL, Ministério da Educação. Referenciais curriculares para elaboração de itinerários


formativos. Brasília 2019.

BAHIA, Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Documento base de implementação


dos centros juvenis de ciência e cultura. SEC BA, 2013.

BUZEN, C; MENDONÇA, M. Múltiplas linguagens para o ensino médio. São Paulo:


parábola editorial, 2013.

COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009

FAVERO, L.L. Oralidade e escrita: perspectiva para o ensino de língua materna. Editora
Cortez. 7ª ed. São Paulo. 2009

FIELD, S. Manual de roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro:


Objetiva, 2001.

JENKINS, H. Cultura da Convergência. São Paulo: Editora Aleph LTDA.

LIMA, E. M. B.. A língua portuguesa no cotidiano dos estudantes do ensino médio:


experiências pedagógicas do núcleo de linguagem e comunicação dos centros juvenis
de ciência e cultura - Central (SEC-BA). In: Simpósio Internacional de Ensino de Língua
Portuguesa, 2014, Uberlândia. ANAIS DO SIELP 2014. Uberlândia: EDUFU, 2014. v. 3.

MANGUEL, A. Uma história da leitura. Tradução: Pedro Maia Soares. Companhia das

124
Letras. São Paulo. 1997.

MALUF, E. A. Experiências da oficina 'contadores de histórias': a contribuição das


narrativas para a produção de textos orais e escritos nos centros juvenis de ciência e
cultura - Central (SEC-BA). Anais do SIELP, v. 3, p. http://www.ilee, 2014.

MENDONÇA, R. H.; CARVALHO, M. A. F. Práticas de leitura e escrita. Secretaria de Educação


a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 2006.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa. SP:


Parábola Editorial, 2008.

ROJO, Roxane Helena R. Pedagogia dos Multiletramentos. SP: Parábola Editorial, 2012.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Editora Artmed, 1998

Programa Parâmetros em Ação – Meio Ambiente na Escola, elaborado pelo Aplicativos


e Sites
MEC/SEF/DPE/COEA. Acesso em 16/05/2018
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/guia_video.pdf.

BRASIL, Ministério da Educação. Programa parâmetros em ação, meio ambiente na


escola: bibliografia e sites comentados. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC; SEF. 2001. 102p. Acesso em 16/05/2018. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/Bibliografia.pdf

Mapa das Ecorregiões Brasileiras. Acesso em 16/05/2018. Disponível em:


http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/mapa.pdf

Brasil Escola. Os objetivos do milênio em sala de aula. Acesso em outubro de 2018.


Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/objetivos-
milenio-sala-aula.htm.

Referências recomendadas para estudantes

https://fanfiction.com.br/
https://blog.clubedeautores.com.br/
https://www.literatureandlatte.com/scapple/overview?utm_source=blog-
post&utm_campaign=blog-post-quais-os-melhores-programas-para-se-escrever-um-livro

125
https://blog.clubedeautores.com.br/2011/12/modelos-de-livros-templates-para-facilitar-
a-vida-dos-autores.html?utm_source=blog-post&utm_campaign=blog-post-quais-os-
melhores-programas-para-se-escrever-um-livro

Inspirações e Produções dos Estudantes


https://issuu.com/linguagemcjcc/docs/colet__nea_de_narrativas
https://issuu.com/linguagemcjcc/docs/colet__nea_de_poemas
https://www.instagram.com/_literatos/

12 INFORMAÇÃO E (DES)INFORMAÇÃO

1. TÍTULO DA ELETIVA
Informação e (Des)informação

2. PROPONENTE
Politize!

3. AUTORES/AS
Amanda Lopes Santiago - Politize!
Beatriz Triesse Gonzalez - Politize!

4. REVISORES/AS
Paula Samogin Campioni - Politize!
Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!
Fernanda Asseff Menin - Politize!
Kamila Nunes da Silva - Politize!

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

126
7. CARGA HORÁRIA SEMANAL
2 horas/aula

8. EMENTA

A Eletiva tem como finalidade desenvolver a compreensão crítica de como a checagem da


informação auxilia no aprendizado e no desenvolvimento de uma cultura de respeito aos
direitos fundamentais e às responsabilidades cidadãs, além de mostrar como os meios de
acesso à informação podem ser utilizados como ferramentas para a verificação de dados e
conteúdos, promovendo pluralismo, diálogo e a tolerância intercultural que contribuem
para o debate democrático e a convivência harmônica dentro do ambiente escolar. A
investigação e checagem da informação desempenham papel importante em nossa vida
pessoal, econômica, política e social. Ela é necessária para o desenvolvimento de uma
população mais informada e participativa.

A Eletiva trabalhará conteúdos para compreensão de temáticas que envolvem os canais de


informação, a investigação e checagem de fatos, e o conceito de pós-verdade, tais como:
as principais ferramentas de veiculação das informações, os processos de checagem das
informações, como funcionam as bolhas digitais, o reconhecimento de como os valores
pessoais podem afetar na maneira que os(as) estudantes assimilam as informações
recebidas, identificando os apelos emocionais e crenças que muitas vezes são utilizados
para manipular e desinformar em massa, e instigar o debate sobre as consequências que
essa desinformação têm para o convívio político e social.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Desenvolver o pensamento e a leitura crítica de informações recebidas e compartilhadas, a


fim de alcançar relações sociais mais democráticas, justas e conscientes.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

127
● Compreender a intencionalidade dos formatos e representações das informações que
recebemos;
● Avaliar a confiabilidade da fonte das informações veiculadas em diferentes mídias;
● Capacitar os(as) estudantes a identificar viéses, assim como condutas que promovem a
discriminação e a violência presentes nas informações veiculadas em massa, e formular
posicionamentos que desconstruam esses discursos e práticas;
● Diferenciar os conceitos de informação e de desinformação;
● Fomentar o pensamento autônomo e reflexivo, a partir de ferramentas que ajudem os
jovens a reconhecer a complexidade do mundo desde uma perspectiva ampla, a usar
diversas fontes de informação e a gerar argumentos fundamentados; e
● Contribuir com um processo de aprendizagem escolar baseado na formação cuidadosa
e reflexiva do estudante como cidadão responsável e que participe com consciência nas
relações também no universo digital.

10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

A proposta da Eletiva se organiza em 4 Módulos temáticos e uma agência de verificação de


fatos a ser desenvolvida como culminância. Os Módulos se dividem em:

Módulo 1 - Canais de informação: O primeiro módulo está desenhado para trabalhar com
os(as) estudantes os conceitos relacionados com a elaboração das informações de forma
popular ou nos centros de pesquisa do Brasil e quais as principais ferramentas de veiculação
das informações até chegar em nós.

Módulo 2 - Investigação e checagem de informação: Este módulo está proposto para


desenvolver nos(as) estudantes o senso crítico e ferramentas de verificação de informações,
além de estimular a conscientização para o compartilhamento de informações e
compreender a influência e intencionalidade do financiamento das desinformações na
democracia brasileira.

128
Módulo 3 - Bolhas informacionais: Este módulo está estruturado para desenvolver a
criticidade na análise de informações recebidas a partir do entendimento da manipulação
feita pelos algoritmos e o funcionamento das redes sociais e impulsionamentos. Também
serão desenvolvidas com os(as) estudantes as reflexões sobre a alienação que as bolhas
podem causar na nossa consciência política e o impacto que a formação dessas bolhas pode
ter nas relações sociais.

Módulo 4 - Pós verdade: Este módulo está desenhado para buscar o reconhecimento dos
valores pessoais e como esses valores podem afetar na forma que os(as) estudantes
analisam as informações que recebem, verificando apelos emocionais e crenças que, muitas
vezes, são associadas à manipulação das desinformações em massa, além de instigar o
debate sobre as consequências que essa desinformação têm para o convívio político e
social.

Culminância: Para a culminância da eletiva, com a proposta de trabalhar o eixo estruturante


processos criativos, os(as) estudantes devem criar uma agência de verificação de fatos para
reportar à comunidade as desinformações e fomentar o exercício da verificação de fatos
enquanto responsabilidade individual e coletiva.

11. TEMAS INTEGRADOREES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA


Cidadania e Civismo

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS *

A Eletiva desenvolve principalmente o eixo estruturante de Processos Criativos, mas


também contempla habilidades dos Eixos Investigação Científica, Mediação e Intervenção
Sociocultural e Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS

129
GERAIS DA BNCC

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou
soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar
projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Processos criativos

(EMIFLGG04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências
e reflexão crítica sobre obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou
corporais, ampliando o repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos

130
da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).
(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação
social, recursos criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de
projetos e/ou processos criativos.
(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais, utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais
campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o lugar comum e o clichê.

Mediação e Intervenção Sociocultural


(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
práticas de linguagem para propor ações individuais e/ ou coletivas de mediação e
intervenção sobre formas de interação e de atuação social, artístico-cultural ou ambiental,
visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a diversidade humana e
para o cuidado com o meio ambiente.

Empreendedorismo
(EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
práticas de linguagem para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo.

Investigação científica
(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

131
15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA6

Unidade I
● Canais de informação: O primeiro objeto está desenhado para trabalhar com os(as)
estudantes os conceitos relacionados com a elaboração das informações de forma
popular ou nos centros de pesquisa do Brasil e quais as principais ferramentas de
veiculação das informações até chegar em nós.
● Investigação e checagem de informação: Este objeto está proposto para desenvolver
nos(as) estudantes o senso crítico e ferramentas de verificação de informações, além
de estimular a conscientização para o compartilhamento de informações e
compreender a influência e intencionalidade do financiamento das desinformações na
democracia brasileira.

Unidade II
● Bolhas informacionais: Este objeto está estruturado para desenvolver a criticidade na
análise de informações recebidas a partir do entendimento da manipulação feita
pelos algoritmos e o funcionamento das redes sociais e impulsionamentos. Também
serão desenvolvidas com os(as) estudantes as reflexões sobre a alienação que as
bolhas podem causar na nossa consciência política e o impacto que a formação
dessas bolhas pode ter nas relações sociais.

● Pós verdade: Este objeto está desenhado para buscar o reconhecimento dos valores
pessoais e como esses valores podem afetar na forma que os(as) estudantes analisam
as informações que recebem, verificando apelos emocionais e crenças que, muitas
vezes, são associadas à manipulação das desinformações em massa, além de instigar
o debate sobre as consequências que essa desinformação têm para o convívio
político e social.

6
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

132
III Unidade

● Culminância: Para a culminância da eletiva, com a proposta de trabalhar o eixo


estruturante processos criativos, os(as) estudantes devem criar uma agência de
verificação de fatos para reportar à comunidade as desinformações e fomentar o
exercício da verificação de fatos enquanto responsabilidade individual e coletiva.

16. METODOLOGIA

A aprendizagem prática é um importante aspecto da assimilação de conhecimentos no


século XXI, por isso, a Eletiva adota metodologias ativas que buscam estimular a
participação, a investigação e o pensamento reflexivo dos(as) estudantes, utilizando
recursos, tais como: a leitura de textos, análise de imagens, verificação de notícias, reflexão
sobre vídeos, rodas de conversa e discussão em grupos, estudos de caso, jogos educativos,
debates na sala de aula, atividades de investigação e pesquisa.

17. PRODUTOS

Criação de uma agência de verificação de fatos para reportar à comunidade as


desinformações e fomentar o exercício da verificação de fatos enquanto responsabilidade
individual e coletiva.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Como processo criativo, os(as) estudantes farão um curta metragem, apresentando cenas
em que retratam as consequências do compartilhamento de informações sem checagem e
que possam promover a conscientização da comunidade escolar sobre a temática.”

133
19. PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação da eletiva será feita de forma processual e formativa, coletando as evidências


de aprendizagem a partir do engajamento e da entrega da atividade proposta de cada aula.
A avaliação final da eletiva será a elaboração do plano de ação da agência de verificação de
fatos e a verificação efetiva de informações veiculadas na comunidade escolar.

20. RECURSOS

Básico: papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas, canetas,
cartolina, cola, revistas, jornais e giz ou pincel.

Para o(a) Professor(a): acesso a computador ou projetor na sala de aula para a exibição de
vídeos e de músicas; acesso à internet para a preparação de aulas; livros.

Para o estudante: computador e/ou celular com acesso à internet (especialmente para
realizar o projeto final).

21. REFERÊNCIAS

ADORNO, Guilherme; DA SILVEIRA, Juliana. Pós-verdade e fake news: equívocos do


político na materialidade digital. 2018.
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora-estratégias pedagógicas
para fomentar o aprendizado ativo. Penso Editora, 2018.
DELMAZO, Caroline; VALENTE, Jonas CL. Fake news nas redes sociais online: propagação
e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, v. 18, n. 32, p.
155-169, 2018.
DUNKER, Christian et al. Ética e pós-verdade. Editora Dublinense, 2018.
LIMA, Rafaela. Mídias comunitárias, juventude e cidadania. Associação Imagem
Comunitária, 2007.

134
RUSSELL, Michael K.; AIRASIAN, Peter W. Avaliação em Sala de Aula: Conceitos e
Aplicações. AMGH Editora, 2014.
SANTAELLA, Lucia. A pós-verdade é verdadeira ou falsa? Editora estação das letras e
cores, 2018.
SPINELLI, Egle Müller; DE ALMEIDA SANTOS, Jéssica. JORNALISMO Na era da pós-verdade:
fact-checking como ferramenta de combate às fake news. Revista Observatório, v. 4, n.
3, p. 759-782, 2018.
WILSON, Carolyn et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação
de professores. Brasília: UNESCO, UFTM, 2013. Disponível em:
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000216099>. Acesso em: 20 out. 2020.

13. INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

1. TÍTULO DA ELETIVA
Inovação e Sustentabilidade

2. PROPONENTE
Politize!

3. AUTORES/AS
Anna Paula Vivolo Lopes e Souza -Politize!
Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!

4. REVISORES/AS
Paula Samogin Campioni - Politize!
Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!
Fernanda Asseff Menin - Politize!

135
5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ciências da Natureza e suas Tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas/aula

8. EMENTA

A Eletiva tem como finalidade formar estudantes com consciência ambiental e política que
se responsabilizem pelo meio ambiente e busquem desenvolver, tanto individual como
coletivamente, ações inovadoras e sustentáveis. Parte-se do conhecimento sobre as bases
da sustentabilidade e, aliado à análise de casos de sucesso em outros países e a
experimentação na prática, o(a) estudante irá compreender a importância de estreitar sua
relação com o seu meio, assumindo responsabilidades nas ações em prol de sua
preservação. Além de suscitar a inovação através da intervenção sustentável, busca-se
ampliar o repertório dentro de temáticas contemporâneas, como: a gestão de resíduos, a
economia circular, os transportes e energias verdes e a bioeconomia. Ao final de cada
unidade, os(as) estudantes irão realizar atividades práticas relacionadas com as temáticas,
como: desenvolvimento de plástico com base biológica, redução de resíduos sólidos e
inserções de protótipos de tecnologia verdes na escola.

Por fim, a culminância da Eletiva se consolidará na junção de ao menos produtos finais de


dois unidades estudados, com o intuito de conectar duas temáticas em uma ação prática e
de maior escala. Os(as) estudantes serão incentivados(as) a promover uma ação de
conscientização ou um produto físico que modifique a estrutura da escola para torná-la
mais sustentável. Já no modelo remoto, a mesma, se dará com a criação de um vídeo
compilado da turma, contendo os hábitos e comportamentos sustentáveis adquiridos e
praticados pelos(as) estudantes ao longo da Eletiva.

136
9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Formar cidadãos que se corresponsabilizam pelo meio ambiente e desenvolvem, dentro de


suas comunidades escolares, ações sustentáveis e politicamente inovadoras.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

● Reconhecer a natureza enquanto ambiente complexo no qual todos os seres humanos


fazem parte.
● Aplicar experiências de sucesso em iniciativas sustentáveis em outros países, com o
intuito de catalisar e incentivar mudanças sustentáveis na comunidade escolar.
● Compreender, verdadeiramente, o conceito de sustentabilidade, ampliando suas bases
e funcionamento na prática.
● Identificar a responsabilidade cidadã e política no processo de preservação do meio
ambiente.

10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

UC 1 - Sustentabilidade
UC 2 - Gestão de Resíduos
UC 3 - Economia Circular
UC 4 - Transportes Verdes
UC 5 - Bioeconomia

Culminância: culminância será o momento em que o(a) estudante irá, a partir de um


problema socioambiental a ser resolvido em sua comunidade, combinar e aprofundar, ao
menos dois produtos finais de unidades em uma ação política e sustentável de escala maior,
que possa ser aplicada como solução do problema identificado. Nesse sentido, o estudante
será incentivado a construir uma proposta de conscientização ou um protótipo físico de
mudança na estrutura da escola. O principal objetivo disso é fazer com que o(a) estudante
se aproprie do conteúdo e desenvolva seu protagonismo, enquanto impacta positivamente
o seu meio e aplica sua criatividade na resolução de problemas socioambientais.

137
11. TEMAS TRANSVERSAIS DA ELETIVA
Inovação e Sustentabilidade.

12. OBJETOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS *

A Eletiva desenvolve, principalmente, o objeto estruturante de Investigação Científica, mas


também contempla habilidades dos objetos Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural e Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


OBJETOS ESTRUTURANTES

Investigação científica

(EMIFCNT01) – Investigar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na


dinâmica de fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados
e informações disponíveis em diferentes mídias, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.

138
(EMIFCNT03) – Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações
sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando
os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com
o uso de diferentes mídias.

Processos criativos

(EMIFCNT04) – Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências
e reflexão crítica sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos,
com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).

(EMIFCNT05) – Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às


Ciências da Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando
e contrapondo diversas fontes de informação.

(EMIFCG05) - Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG06) - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

Empreendedorismo
(EMIFCNT10) – Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências da Natureza podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou
produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos
socioambientais.

139
(EMIFCNT11) – Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências da Natureza para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo.

Mediação e intervenção social


(EMIFCHS09) - Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA7

I Unidade
Este objeto tem como principal objetivo reconhecer as dimensões da sustentabilidade, os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, bem como a definição de
cidadania planetária, contextualizando a existência da espécie humana como a mais recente
etapa da história do planeta Terra. A partir disso, pretende-se levar o(a) estudante a refletir
sobre o respeito a si mesmo(a), ao meio ambiente e sobre a importância de agir de forma
consciente e sustentável, promovendo ações que vão ao encontro aos ODS e mobilizem
mais pessoas para atingi-los.

II Unidade
Este objeto tem como principal temática a gestão de resíduos. Sendo assim, serão
abordadas as diferenças entre resíduos sólidos e rejeitos, a importância dos R's da
sustentabilidade, além da apresentação de casos de sucesso para o gerenciamento de
resíduos. Com isso, o(a) estudante aprenderá sobre: a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
como realizar a coleta seletiva adequadamente e a diferenciar a sua responsabilidade e a
responsabilidade das autoridades e governos. Aprenderá, também, como fazer o uso e o
consumo consciente de recursos para reduzir a produção de resíduos sólidos e, para isso,

7
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

140
poderá se inspirar em iniciativas de sucesso com o mesmo objetivo, a fim de impactar
positivamente o meio ambiente e a comunidade escolar com ações de conscientização..

III Unidade
Este objeto tem como temática central a Economia Circular, levando o(a) estudante a
compreender todo o ciclo de vida dos produtos, identificando nas etapas do mesmo
responsabilidades individuais e coletivas, e refletindo sobre o impacto das ações humanas
no consumo e uso dos recursos. O objeto também mobiliza a necessidade do consumo e
uso consciente dos recursos, tendo como referência a experiência em Economia Circular da
Finlândia e realizando, a partir desta, práticas de compensação ambiental que abordam
tanto alterações de resíduos em ciclos produtivos quanto a redução da pegada ecológica
da comunidade escolar.

IV Unidade
Neste objeto, foca-se na relação entre as emissões de carbono e os efeitos climáticos no
planeta, justificando assim a necessidade de diversificação da matriz energética e refletindo
na questão da mobilidade urbana, ao promover inovações e investimentos em transportes
verdes como, por exemplo, bicicletas e carros elétricos. Os(as) estudantes irão propor
intervenções de alteração da mobilidade da comunidade escolar, bem como a inserção de
uma modificação na matriz energética da escola.

V Unidade
O penúltimo objeto abrange a sustentabilidade em sua plenitude através da Bioeconomia,
na qual o desenvolvimento depende do uso de matérias-primas mais renováveis e de base
biológica, processos de fabricação eficientes em termos de recursos e a criação de materiais
com baixo impacto ambiental ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos. Como
realizações práticas do objeto, os(as) estudantes irão desenvolver embalagens de base
biológica e prototipar uma mudança sustentável na construção da escola.

Culminância: A culminância será o momento em que o(a) estudante irá, a partir de um


problema socioambiental a ser resolvido em sua comunidade, combinar e aprofundar, ao

141
menos dois produtos finais de objetos em uma ação política e sustentável de escala maior,
que possa ser aplicada como solução do problema identificado. Nesse sentido, o estudante
será incentivado a construir uma proposta de conscientização ou um protótipo físico de
mudança na estrutura da escola. O principal objetivo disso é fazer com que o(a) estudante
se aproprie do conteúdo e desenvolva seu protagonismo, enquanto impacta positivamente
o seu meio e aplica sua criatividade na resolução de problemas socioambientais.

16. METODOLOGIA

A Eletiva está pautada no uso cotidiano de metodologias ativas, como a aprendizagem


baseada em problemas, a aprendizagem baseada em projetos, a rotação por estações, o
design thinking, a cultura maker, estudos de caso, diálogos e debates pontuais. Com isso, o
objetivo é estimular nos(as) estudantes um maior engajamento e protagonismo, visando
desenvolver os pensamentos crítico e científico, trabalho em equipe, comunicação em
público e criatividade. Em cada unidade, para realizar uma proposta que contribua
politicamente para a sustentabilidade, as metodologias ativas citadas podem incentivar o(a)
estudante a selecionar e analisar informações, refletir e observar sobre o consumo de
determinado recurso em seu meio, em seguida, prototipar a inclusão de uma inovação
sustentável. Ao longo deste percurso, o(a) estudante irá desenvolver a capacidade de
identificação, leitura e resolução de problemas políticos e socioambientais, propondo
soluções para eles de maneira colaborativa e inovadora.

17. PRODUTOS

Dois caminhos de realização do projeto final de forma presencial, sendo um uma campanha
de conscientização socioambiental e o outro a criação/construção de um protótipo de
inovação sustentável para ser inserido na estrutura ou rotina da escola.
Para o ensino remoto, foi idealizada a realização de um vídeo que compila práticas simples
e sustentáveis dos estudantes desenvolvidas em casa e a partir das provocações da Eletiva.

142
18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Como processo criativo, os(as) estudantes podem apresentar a campanha e/ou o protótipo
numa amostra entre turmas.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Os planos de aula são construídos com o intuito de consolidar a aprendizagem dos(as)


estudantes acerca de diversas temáticas contemporâneas. Para isso, os ensinamentos
devem transpor a memória de trabalho (curto prazo) para a memória de longo prazo.
Portanto, as aulas se iniciam sempre com momentos rápidos de retomada do conteúdo
anterior (a forma como serão conduzidos estes momentos variam de aula para aula) e por
evidências de aprendizagem observáveis, que são produtos ou momentos específicos das
aulas em que pode-se averiguar o cumprimento dos objetivos propostos. Estas
averiguações podem ser realizadas pelo(a) próprio(a) professor(a) ao longo da aula, de
maneira formativa, ou pelos(as) próprios(as) estudantes em exercícios de autoavaliação. Por
fim, há a prática de arremate, um processo avaliativo básico, em que ao final de todas as
aulas os(as) estudantes realizarão reflexões e sistematizações sobre o conteúdo ensinado,
contribuindo para consolidar o aprendizado e reforçando a autonomia e a autorreflexão
do(a) estudante.

20. RECURSOS

Básico: papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas, canetas,
cartolina, cola, revistas, jornais e giz ou pincel.
Para o(a) Professor(a): acesso a computador ou projetor na sala de aula para a exibição de
vídeos e de músicas; acesso à internet para a preparação de aulas; livros.
Para o estudante: computador e/ou celular com acesso à internet (especialmente para
realizar o projeto final).

143
21. REFERÊNCIAS

Metodologia:
BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação
inovadora: uma abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso,
2018. e-PUB;
BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas
para fomentar o aprendizado ativo [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-
PUB;
COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto
Alegre: Penso, 2017.
LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed.
Porto Alegre: Penso, 2018.
WIGGINS, Grant; MCTIGHE, Jay. Planejamento para a Compreensão: Alinhando
Currículo, Avaliação e Ensino por Meio da Prática do Planejamento Reverso [recurso
eletrônico]. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2019. 364 p.

Bases da Sustentabilidade:
Redação da revista Super Interessante. Esgotamento dos recursos naturais
<https://super.abril.com.br/ciencia/esgotamento-dos-recursos-naturais/> Acesso em: 02
jun 2021.
BOEHM, Camila. Consumo de recursos naturais superou o que o mundo pode renovar
no ano. Agência Brasil, 2018. Disponível em:
< https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-08/consumo-de-recursos-naturais-
superou-que-o-planeta-pode-renovar-no-ano> Acesso em: 02 jun. 2021.
FERREIRA, L. da C., Martins, L. da C. F., Merotto, S. C., Raggi, D. G., & Silva, J. G. F. da. (2019).
Educação ambiental e sustentabilidade na prática escolar. Revista Brasileira De Educação
Ambiental (RevBEA), 14(2), 201–214.

144
IAQUINTO, Beatriz Oliveira. A Sustentabilidade e suas dimensões. Revista da ESMESC,
Florianópolis, ISSN 1519-8731 (impresso), ISSN 2236-5893 (eletrônica)
PADILHA, Paulo Roberto et. al. Educação para a Cidadania Planetária: Currículo
Interdisciplinar em Osasco. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2011.
SACHS, Ignacy. As cinco dimensões do ecodesenvolvimento. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/128119/Sachs%20Ignacy%20dim
ensoes%20DS.pdf?sequence=27 >. Acesso em: 01 jun. 2021

Gestão de Resíduos:
AFFALD. Affald DK, 2013. Disponível em: <https://www.affald.dk/da/>. Acesso em: 01 jun.
2021
AHOLA, Nina, TOLONEN, Ella. The Winning Recipe for a Circular Economy. PunaMusta:
Helsinki 2021.
BRASIL. Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 01 jun. 2021.
CONCITO. Concito DK, 2008. Disponível em: <https://concito.dk/>. Acesso em: 01 jun.
2021
GUNN, Karen. This island is going trash free—by recycling all of its waste. National
Geographic, 2019. Disponível em:
<https://www.nationalgeographic.com/environment/article/bornholm-island-denmark-
goes-trash-free-by-recycling>. Acesso em: 01 jun. 2021
STATISTIKS DENMARK. DST TK. Disponível em:
<https://www.dst.dk/en/Statistik/emner/geografi-miljoe-og-energi/groent-
nationalregnskab/materialer-og-affald> Acesso em: 01 jun. 2021

Economia circular:
FINLAND PROMOTION BOARD. Finland Toolbox, 2021. Disponível em: Acesso em:
<https://toolbox.finland.fi/ > 01 jun. 2021.

145
FINISH ENVIRONMENT INSTITUTE. Just Food, 2020. Disponível em:
<https://www.justfood.fi/en-US>. Acesso em: 01 jun. 2021.
ATINA. Movimento circular. 2020. Aba para ensinar. Disponível em:
<https://movimentocircular.io/para-ensinar> Acesso em: 01 jun. 2021.

Energias e Transportes verdes:


CHRISTIANSEN, Emma Skov, PORTVIK, Sture. The Oslo model: how to prepare your city for
the electric-vehicle surge. World Economic Forum, 2018. Disponível em:
<https://www.weforum.org/agenda/2018/08/the-oslo-model-how-to-prepare-your-city-
for-electric-vehicles/>. Acesso em: 01 de jun. 2021.
DICO, Joy Lo. How Norway took the lead in zero-emissions and cleaned up its act. Evening
Standard, 2019. Disponível em:
<https://www.standard.co.uk/futurelondon/cleanair/norway-initiatives-promote-electric-
cars-in-cities-a3983651.html>. Acesso em: 01 jun. 2021
PARIS. International Energy Agency. Global EV Outlook, 2018. Disponível em:
<https://www.connaissancedesenergies.org/sites/default/files/pdf-
actualites/globalevoutlook2018.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2021
SHANK, Michael. European Cities Launch Ambitious Effort to Reduce Embodied Carbon
with Grant from Laudes Foundation. Carbon Neutral Cities, 2021. Disponível em:
<https://carbonneutralcities.org/author/mshank/>. Acesso em: 01 jun. 2021

Bioeconomia:
BIOINNOVATION. BioInnovation, 2021. Disponível em:
<https://www.bioinnovation.se/en/>. Acesso em: 01 jun. 2021.
INNOVATION NORWAY. The Explorer, 2020. Disponível em:
<https://www.theexplorer.no/>. Acesso em: 01 jun. 2021.

146
14. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, A DIVERTIDA MENTE DAS
MÁQUINAS!

1. TÍTULO DA ELETIVA
Inteligência artificial, a divertida mente das máquinas!

2. PROPONENTE
Unidade Escolar

3. AUTORES/AS
Raony Maia Fontes
Ana Luisa Nogueira dos Santos
Laís Bastos Pinheiro
Karla Patricia Santos Oliveira Rodriguez Esquerre

4. REVISORES/AS
Ana Valéria Scavuzzi de Souza

5. ÁREA (S) DO CONHECIMENTO


Matemática e suas tecnologias
Ciências da natureza e suas tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80h

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2h

8. EMENTA

Introdução aos conceitos pertinentes ao ramo da inteligência artificial através da interação


com algoritmos de aprendizagem de máquina e exploração de ferramentas em ambientes
colaborativos. Reflexão sobre os impactos dos dados e das informações sobre o

147
aprendizado da inteligência artificial e suas consequências na aplicação perante à
sociedade. Busca da compreensão das implicações da utilização da inteligência artificial na
sociedade através da análise do enviesamento dos algoritmos implementados atualmente.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Compreender os conceitos de inteligência artificial (IA) e suas implicações como ferramenta


de análise e solução para problemas da sociedade.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Compreender o que é a inteligência artificial, suas particularidades e variações.


 Diferenciar os métodos de aprendizado, treinamento e aplicação usados na IA.
 Representar fenômenos naturais, sociais e ambientais através de modelos de inteligência
artificial com auxílio de ferramentas.
 Utilizar algoritmos de inteligência artificial para investigação e soluções de problemas do
cotidiano.
 Coletar, interpretar e construir representações visuais ou tabulares para treinamento e
desenvolvimento de IA.
 Refletir sobre os impactos dos dados e informações sobre o aprendizado e aplicação da
inteligência artificial na sociedade.
 Socializar o conhecimento através da documentação, apresentação e publicação de
resultados e produtos encontrados na forma de ferramentas visuais ou textuais.
 Construir ferramentas de IA para soluções de problemas da sociedade.
 Desenvolver a comunicação e expressão formal e informal, liderança e mediação de
conflitos.
 Entender novas tecnologias e propor soluções práticas baseadas em inteligência artificial.

10. UNIDADE CURRICULAR

Nesta disciplina, o/a estudante estará apto a desenvolver habilidades e competências que
permitam compreender, investigar e experimentar o universo da inteligência artificial. Para

148
tanto, se faz necessário a troca do modo expositivo pelo “aprender fazendo”. Sendo assim,
esta disciplina se enquadra na natureza Oficina, onde, em um ambiente de construção
colaborativa, os estudantes serão capazes de, sob mediação dos professores, aplicar os
conhecimentos teóricos em práticas, possibilitando o desenvolvimento, compreensão e
reflexão sobre as particularidades e implicações da utilização da inteligência artificial como
ferramenta para análise e solução na sociedade.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

É notável que a inteligência artificial já faz parte do nosso cotidiano e cada vez mais se
apresenta como solução para problemas de modo geral de nosso dia a dia. Dessa maneira,
ter conhecimento sobre o universo da inteligência artificial proporciona a conscientização
de cidadãos frente aos benefícios e malefícios que essa área do conhecimento pode ter na
sociedade tornando-se um profissional capacitado para propor possíveis soluções para
democratização de suas tecnologias habilitadoras com responsabilidade social e ambiental.
Desse modo, os temas desta Eletiva são:

Ciência e Tecnologia
Cidadania e civismo

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Investigação Científica.
Mediação e Intervenção Sociocultural.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

149
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução
para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem
comum.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Investigação científica

(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando


conhecimentos matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para
sua representação.

(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações problema e variáveis que interferem na


dinâmica de fenômenos da natureza e/ ou de processos tecnológicos, considerando dados
e informações disponíveis em diferentes Mídias, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.

(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou


resolução de uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática

150
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e
possibilidades de generalização.

(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de


fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos
e aplicativos digitais, utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.

(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,


exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a
dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso
de diferentes Mídias.

Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos


matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas socioculturais e problemas ambientais.

(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências da Natureza para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e
intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.

(EMIFCNT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados às Ciências da
Natureza.

(EMIFMAT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados à Matemática.

151
15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

a) Divertida mente das máquinas

 Inteligência artificial: Definições e interações com a sociedade

 Desenhando com IA #1 (Quick Draw With Google) .


 O que é inteligência artificial?
⁃ História da IA.
 A IA em nosso cotidiano
⁃ Interação nas redes sociais.
⁃ Sugestões e preferências em aplicativos de vídeos e música.
⁃ Visão computacional e reconhecimento de imagem.
⁃ IA e as carreiras profissionais.
 Exemplos e aplicações
⁃ Desenhando com IA #2.
 Como ela aprende?
⁃ O que é aprendizado?
⁃ Diferentes tipos de aprendizado.
 Conhecendo o banco de dados.
⁃ IA e o ambiente que te cerca.
 Como coletar e analisar dados do ambiente em volta de mim?
 O que é e para que serve a visão computacional?
 Onde podemos encontrar visão computacional em nossa realidade?
 O que está por trás da inteligência artificial .
 Introdução a algoritmo: como ordenar as minhas ideias.
 Ensinando sua própria máquina um pouco de visão computacional.
⁃ IA e Saúde.
 Auxílio em diagnósticos.

152
 Busca de cura.
 Detecção de sintomas.
 Criando uma IA para diagnóstico por imagem.
⁃ IA e Esporte.
 Análise de desempenho de atletas.
 Criando um treinador virtual.
⁃ IA e Cultura
 Produção de filmes.
 Museus interativos.
⁃ IA e Agricultura.
⁃ IA e Transporte e Mobilidade Urbana.
 Carros inteligentes.
 Cidades inteligentes.
⁃ Automação residencial.
 Residências do futuro.
⁃ IA além das exatas.
 IA e arte.
 IA e psicologia: uso de chatbots e assistentes virtuais.

Unidade II

a) IA um aprofundamento e suas implicações.

 IA e a identificação por imagem.

 O que é e para que serve a identificação por imagem?


 A identificação pessoal por imagem em nossa realidade.
 Privacidade e segurança (Erase Your Face).
 Construindo um “identificador facial”.
⁃ Com que celebridade eu me pareço? (Face API).

153
 IA e o sistema criminal.
 Como a inteligência artificial pode auxiliar na nossa segurança.
 Enviesamento da IA, porquê e como contornar?

 IA e ética.
 O que é ética?
 Problemas atuais da ética na IA.
 Aprendizado, padrões, previsões e decisão. Enviesamento dos algoritmos.
 Ética para considerar:
⁃ A Privacidade.
⁃ Justiça.
⁃ “Explicabilidade”.
 Auditoria Ética.

 Filosofia da IA.

 Teste de Turing.
 Teste de Lovelace.
 Argumento da sala chinesa.
 IA forte e IA fraca.
 Em que ponto estamos?
 A verdade sobre os algoritmos (algorithmic bias).
 Exemplos e aplicações.
⁃ Análise e discussões das IA existentes e criadas.

Unidade III

a) Construindo a própria IA.

 Pensamento computacional.
 Pilares do pensamento computacional.

154
 Pra que serve o pensamento.
 O que é algoritmo.
⁃ Programação desplugada.
⁃ Como escrever um algoritmo.

 Construindo os primeiros algoritmos (Dancing with AI).


 Execução sequencial.
 Estrutura de controle.
⁃ Estrutura de repetição.
⁃ Estrutura condicional.

 Ensinando a máquina.

16. METODOLOGIA

A Inteligência Artificial tem invadido cada vez mais nosso dia a dia de modo a facilitar tarefas
e trazendo mais praticidade para nossas vidas. Não por coincidência, nossos estudantes se
encontram imersos nesse novo ambiente virtual que possibilita o acesso à informação e
conhecimento de novas tecnologias numa velocidade muito rápida. Sendo assim, aproveitar
essa convivência com este tipo de tecnologia é imprescindível para que o docente desperte,
em seus estudantes, a compreensão e reflexão sobre o que está por trás e os impactos de
sua utilização.

Neste sentido, para a disciplina “Inteligência artificial, a divertida mente das máquinas”,
sugere-se a valorização do conhecimento dos discentes de modo a fortalecer a autoestima,
os sensos crítico e investigativo e a sua participação. Sendo assim, o emprego de
metodologias que priorizam o educando e coloca o professor no papel de educador-
mediador através da interação com os discentes devem ser priorizadas.

Nesse sentido, o docente poderá trabalhar com sala de aula invertida, de modo a otimizar
o tempo das aulas e possibilitar ao estudante o acesso à diversos materiais de estudos e
trazer para sua turma suas dúvidas, problemas ou situações na

155
comunidade/cidade/estado/país, a fim de compartilhar com todos. Com isso, o professor
poderá exercer a mediação para a construção de soluções, intervenções e análise de estudos
de caso ou de situações-problema conectados com a realidade do aluno e da escola. Neste
contexto, poderão ser explorados a criação de materiais digitais, impressos, audiovisuais ou
seminários que possibilitem o compartilhamento das soluções, reflexões e discussões,
socializando o conhecimento e experiências adquiridas no decorrer da disciplina
contribuindo para uma formação responsável com a sociedade.

Além disso, como se busca habilitar o estudante para experimentar e desenvolver produtos
e propor soluções baseadas em IA (a partir de ferramentas computacionais gratuitas e de
livre acesso), é muito importante a implementação de aulas práticas. Dessa maneira, os
discentes poderão explorar ferramentas como meios de sedimentar e materializar seus
conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina. Neste cenário, os alunos podem ser
estimulados a criar sua própria IA, como reconhecedores faciais, de imagem ou de som, e
jogos baseados em IA capazes de solucionar ou intervir em problemas trazidos por eles ou
pelo professor, desmistificando a tecnologia e capacitando-os para o uso e
desenvolvimento com responsabilidade.

Ademais, de modo que a inteligência artificial é interdisciplinar e permeia por vários eixos
do conhecimento, sugere-se que esta disciplina interaja com outras do currículo obrigatório
na forma projetos interdisciplinares/integradores fomentando um aprendizado integrado e
conectado com a realidade da escola e comunidade local.

É importante salientar que, os proponentes desta disciplina fazem parte de um grupo de


pesquisa que atua em parceria com escolas públicas desenvolvendo práticas de ensino para
fomentar a imersão de conteúdos técnico-científicos e que contribuam para a formação
das/dos discentes, especialmente no agenciamento e fortalecimento de transformações
sociais. Dessa maneira a equipe poderá se disponibilizar a sanar dúvidas e suporte que
possam ser necessários ao longo do desenvolvimento da disciplina.

156
17. PRODUTOS

 “Identificadores Faciais": com a ajuda do professor, através do recurso gratuito


Teachable Machine os estudantes serão capazes de criar sua própria inteligência artificial
baseada em algoritmos de reconhecimento de imagem e ensinar o computador ou
celulares a reconhecer seus rosto, de colegas, amigos e familiares.
 Reconhecedor de imagem: com a ajuda do professor, através do recurso gratuito
Teachable Machine, os estudantes serão capazes de criar sua própria inteligência artificial
baseada em algoritmos de reconhecimento de imagem e ensinar o computador a
reconhecer diferentes formas, objetos, ambientes e diagnóstico por imagem.
 Jogo interativo: com auxílio das ferramentas gratuitas (Teachable Machine, Dancing
with AI e AI Experiments da Google), os alunos podem desenvolver um jogo interativo
de maneira a aplicar os conhecimentos passados durante o ano.
 Cartazes, folhetos e panfletos: de maneira colaborativa e com auxílio dos professores,
os estudantes poderão elaborar cartilhas impressas para distribuição na escola e na
comunidade externa para despertar o interesse e reflexões sobre a inteligência artificial.
 Textos instrutivos: de maneira colaborativa e com auxílio dos professores, os
estudantes poderão elaborar textos de caráter instrutivo para o ensino e manuseio dos
jogos criados.
 Textos de divulgação científica: de maneira colaborativa os alunos e com auxílio dos
professores, os estudantes poderão elaborar textos de caráter argumentativo, com base
em pesquisas, aprofundamento teórico, resultados encontrados, discussões e reflexões
da sala de aula.
 Seminários: Apresentação dos resultados e experiências vividas durante a disciplina para
a escola e comunidade externa, incluindo discussões sobre tecnologias, aplicações e
implicações.
 Produto audiovisual: de maneira colaborativa os alunos poderão compartilhar as
reflexões, discussões e experiências na utilização da inteligência artificial e suas
implicações na sociedade.
 Mídias sociais: imagens, cartazes, vídeos e textos poderão ser produzidos para difundir
nas Mídias sociais o uso e a construção dos jogos e inteligências artificiais.

157
18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

 Mostras Culturais, Feiras de Ciências, Eventos Científicos em geral e Seminários

 Os resultados encontrados podem ser compartilhados com a escola e comunidade

externa na forma de pôsteres, cartazes, vídeos e palestras.

 Divulgação em Mídias sociais e plataformas virtuais da escola

 Discussões e reflexões podem ser compartilhadas nas formas de posts para blogs,

sites, redes sociais ou registrada em meio audiovisual socializando e desmistificando


o mundo da inteligência artificial.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Sugere-se que as avaliações explorem a capacidade reflexiva, investigativa pela busca


compreensão dos impactos da construção e utilização dos algoritmos de inteligência
artificial na sociedade. Com isso, entende-se que os instrumentos avaliativos devem
apontar para a avaliação formativa, indicando para o docente o êxito no processo de ensino
e aprendizagem.

Dessa forma, é recomendada a adoção de diferentes metodologias focadas no “aprender


fazendo”, imergindo o aluno na solução de problemas e confecções de projetos para análise
e solução de problemas que os cercam (Construção de identificadores pessoais,
reconhecedores de imagem).

Somado a isso, torna-se imprescindível a construção de uma relação baseada em feedbacks


entre professores e alunos buscando uma construção colaborativa dos produtos previstos,
socializando os saberes e permitindo interações interpessoais que valorizam o senso crítico,
ético e técnico (produção audiovisual, produção de textos, apresentações e seminários).

158
20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula; laboratório de informática.

Materiais
Cadernos, canetas, lápis e borrachas para anotações; textos, imagens e vídeos para material
de apoio das discussões em sala; computador e celulares para realização das atividades e
utilização das ferramentas computacionais; internet para acessar aplicativos, sites de
referência, realização das atividades e interação com as ferramentas computacionais.

Humanos
Professores.
Estudantes.

21. REFERÊNCIAS

Sites

https://teachablemachine.withgoogle.com/

https://experiments.withgoogle.com/collection/ai

https://quickdraw.withgoogle.com/

https://interactive.yr.media/erase-your-face/

https://www.betafaceapi.com/demo.html

https://experiments.withgoogle.com/collection/ai

https://dancingwithai.media.mit.edu/

https://mitmedialab.github.io/prg-extension-boilerplate/create/

https://dancingwithai.media.mit.edu/curriculum

https://ai-4-all.org/open-learning/resources/

159
https://github.com/touretzkyds/ai4k12/wiki

https://ai4k12.org/

Pensamento Computacional Brasil. Disponível em: http://computacional.com.br/

Machine Learning for Kids. Disponível em: https://machinelearningforkids.co.uk/

Teaching Machine Learning in School: A Systematic Mapping of the State of the Art.
Disponível em: https://infedu.vu.lt/journal/INFEDU/article/367/info

Curso Online Gratuito: Inteligência Artificial Fundamentos. Disponível em:


https://www.datascienceacademy.com.br/course?courseid=python-fundamentos
De mãos dadas com a inteligência artificial. Disponível em:
https://veja.abril.com.br/videos/ultima-edicao/de-maos-dadas-com-a-inteligencia-
artificial/.

Hospitais de SP usam inteligência artificial para proteger funcionários contra corona


vírus. Jornal da Globo [online]. 31 mar.2020 Mar. 2020. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/8447582/.

Material do professor

(Autoria não é informada). Como a inteligência artificial pode melhorar a vida de


pessoas com deficiência. Revista G1 [online]. Ciência e Saúde. Jan.2019. Disponível em:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/01/20/como-a-inteligencia-artificial-
pode-melhorar-a-vida-de-pessoas-com-deficiencia.ghtml.

AGRELA, Lucas. Máquinas não roubarão empregos, diz presidente da Microsoft. Revista
Exame [online]. Tecnologia. Ago. 2017. Disponível em:
https://exame.com/tecnologia/maquinas-nao-roubarao-empregos-diz-presidente-da-
microsoft/.

__________. 5 coisas surpreendentes feitas por inteligência artificial. De sonhos a


comentários racistas, veja o que as redes neurais artificiais já conseguiram fazer. Super
Interessante (revista online). Jul.2017. Disponível em:
https://super.abril.com.br/tecnologia/5-coisas-surpreendentes-feitas-por-inteligencia-

160
artificial/

AUSTIN, Robin. É possível superar o viés da Inteligência Artificial e Machine Learning?


25 set.2019. CIO [online]. Disponível em: https://cio.com.br/e-possivel-superar-o-vies-da-
inteligencia-artificial-e-machine-learning/.

BATTAGLIA, Rafael. Aos 13 anos, cada criança terá 1300 fotos e vídeos postados na
internet. Super Interessante [online]. 12 nov. 2018. Disponível em:
https://super.abril.com.br/ciencia/aos-13-anos-cada-crianca-tera-1-300-fotos-e-videos-
postados-na-internet/

CÓBE, Raphael M. O; NONATO, Luiza G.; NOVAES, Sérgio F. e ZIEBARTH, José A. Rumo a
uma política de Estado para Inteligência Artificial. Revista USP. São Paulo: Universidade
de São Paulo, n.124, p.37-48, jan./mar. 2020 (Dossiê Inteligência Artificial).

COZMAN, Fábio G. O futuro da (pesquisa em) inteligência artificial: algumas direções.


Revista USP. São Paulo: Universidade de São Paulo, n.124, p.11-20, jan/mar 2020. Dossiê
Inteligência Artificial.

DAVENPORT, Thomas H. e PATIL, D.J. Data Scientist: The Sexiest Job of the 21st Century.
Harvard Business Review (revista online). Out.2012. Disponível em:
https://hbr.org/2012/10/data-scientist-the-sexiest-job-of-the-21st-century.

GERONASSO, Christian. Inteligência Artificial, o caminho para um novo Apartheid. VDI-


Brasil. Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha. [online]. Disponível em:
https://www.vdibrasil.com/inteligencia-artificial-o-caminho-para-um-novo-arpartheid/.

ORESKES, Naomi. Why We Should Trust Scientists. TEDSalon. Disponível em:


https://www.ted.com/talks/naomi_oreskes_why_we_should_believe_in_science/transcript#t
-841831

LOPES, André. Isso é um flerte? IA analisa conversas no Whatsapp para dar dicas
amorosas. Veja (revista online). Set. 2019. Disponível em:
https://veja.abril.com.br/tecnologia/isso-e-um-flerte-ia-analisa-conversas-no-whatsapp-
para-dar-dicas-amorosas/.

VDI-Brasil. Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha. [online]. Tokenismo e

161
Discriminação Algorítmica. Disponível em: https://www.vdibrasil.com/tokenismo-e-
discriminacao-algoritmica.

WRIGHT, Shelley. The power of student-driven learning. TEDx West Vancouver ED.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3fMC-z7K0r4.

ZAPAROLLI, Domingos. Agricultura 4.0. Revista Pesquisa FAPESP [online]. 16 jan. 2020.
Edição 287. jan.2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/agricultura-4-0/.

ZUIN, Lidia. Inteligência Artificial e gênero na ficção científica. Medium [online]. 08


jul.2019. Disponível em: https://medium.com/up-future-sight/intelig%C3%AAncia-artificial-
e-g%C3%AAnero-na-fic%C3%A7%C3%A3o-cient%C3%ADfica-1fae72b612cb.

Referências recomendadas para estudantes

Canal “Computação sem Caô”


https://www.youtube.com/channel/UCaBOUYQGTZgIdMTXtZTosRQ
https://cienciadedadosep.wixsite.com/estudantes/inteligencia-artificial

Inspirações e produções dos estudantes

Esta disciplina foi proposta a partir da implementação de ações do Projeto Ciência de Dados
na Educação Pública, iniciado em 2019, em cinco escolas públicas de Salvador. Assim,
agindo em cinco frentes de trabalho, a saber: Ciência de Dados, Inteligência artificial,
Exploração do pensamento científico, (Reconhecendo Salvador e Protagonismo racial, social
e de gênero – a equipe do Projeto desenvolveu práticas exitosas que contribuíram para a
formação das/dos discentes, especialmente no agenciamento e fortalecimento de
transformações sociais. Proponente da disciplina, a equipe de Inteligência Artificial estimula
estudantes a compreenderem os conceitos de inteligência artificial e suas implicações como
ferramenta de análise e solução para problemas da sociedade.

Os princípios da IA podem ser aplicados para apoiar o entendimento e solução de um


conjunto ilimitado de problemas, desde ajudar os médicos a identificar doenças mais
facilmente e tratar mais pacientes até detectar e prevenir a disseminação de notícias falsas.

162
Adicionalmente, o aprendizado de máquina ganhou um lugar em domínios criativos, onde
as instalações de arte geralmente apresentam inteligência artificial e os aplicativos móveis
podem transformar qualquer foto em uma pintura ao estilo Van-Gogh.

Pela natureza interdisciplinar crítica da educação em IA, aplicações de longo alcance


também tornam a IA um importante tópico de discussão nas humanidades com implicações
sociológicas, filosóficas, éticas, econômicas e psicológicas. Consequentemente, os
estudantes passam a refletir sobre a tomada de decisão envolvendo a tecnologia de IA,
independentemente do setor em que se encontram.

A oportunidade de apresentar as/os estudantes à IA durante o ensino médio, e até mesmo


durante o ensino fundamental, possibilita que elas/eles naveguem em suas complexas
implicações éticas. Por meio da educação, elas/eles podem refletir sobre tecnologias de
maneira eficaz e responsável, refletindo a diversidade de nosso mundo em rápida mudança.
As possibilidades da IA para o bem social são limitadas apenas pela nossa imaginação.

No segundo semestre de 2020, a disciplina de IA foi ministrada em duas escolas estaduais


de Salvador, lideradas pela equipe do Projeto Ciência de Dados na Educação Pública e com
a participação de duas professoras das escolas, professora Alzira Melo (Colégio Estadual
Henriqueta Martins Catharino) e Érica Nascimento (Colégio Estadual Evaristo da Veiga). A
experiência promoveu a desmistificação das crenças ligadas a IA, geralmente associadas
exclusivamente à produção de robôs, e ao entendimento de suas aplicações às mais diversas
áreas.

A experiência com a disciplina ressaltou a já existente curiosidade e interesse de estudantes


pelo tema de IA que permeia diversas interações do seu dia-a-dia. Seja pelo uso de
aplicativos de smartphone e aplicações na segurança pública da cidade, a IA já é uma
realidade para toda a sociedade. Durante os encontros, as/os estudantes participaram
ativamente de todo o processo de construção da disciplina, trazendo para debate notícias
e informações veiculadas nas Mídias e principalmente relacionadas ao universo que se
interessam, destacando a relação de IA com jogos, séries e redes sociais. Ao final, as
mudanças mais perceptíveis foram justamente através do posicionamento das/dos
estudantes. Antes, estavam afastados da IA, ao final, já se mostravam questionados diante
das possíveis aplicações de IA na sociedade e demonstraram interesse em aprofundar os

163
conhecimentos e passaram a enxergar a IA com aplicabilidade diversa na sociedade,
integrada ao cotidiano e identificando a relação entre IA e jogos e IA e dados.
Adicionalmente, foram capazes de reconhecer e entender os termos inteligência artificial,
aprendizado de máquina e viés e de compreender os pilares do pensamento computacional,
entendendo-os dentro do processo de resolução de problemas e sua importância na
construção de ferramentas.

À vista disso, busca-se transformar o lugar da/do estudante na sociedade, saindo da posição
de mero consumidor, da passividade, para uma participação ativa e consciente do uso e da
discussão de tecnologias. Com esse novo olhar, as suas perspectivas de vida em suas
diversas esferas (social, pessoal, profissional) são transformadas através da educação e das
oportunidades proporcionadas pelo conhecimento em IA.

15. INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DE DADOS: TORNANDO-ME


UM DETETIVE MODERNO

1. TÍTULO DA ELETIVA
Introdução à Ciência de Dados: tornando-me um detetive moderno

2. PROPONENTE
Grupo de pesquisa/UFBA

3. AUTORES/AS
Caro Bernardes dos Santos Coutinho
Janaina Souza de Souza
Júlia Carolina Bijos
Kaike Wesley Reis
Karla Patricia Santos Oliveira Rodríguez Esquerre

164
4. REVISORES(AS)
Rosania Maria Sacramento de Amorim
Cláudia Virgínia Cajado

5. ÁREA(S) DO CONHECIMENTO
Matemática e Suas Tecnologias
Ciências da Natureza e Suas Tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80h

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Introdução à Ciência de Dados. Reconhecimento dos dados e suas fontes. Discussão de


privacidade e compartilhamento. Desenvolvimento do ciclo de dados. Compreensão sobre
a profissão cientista de dados. Demonstração de estruturas de dados e bases de dados.
Estudo de visualização de dados. Comparação entre evidências anedóticas e evidências
baseadas em dados. Discussão de indicadores estatísticos na Ciência de Dados.
Fundamentação de conceitos para levantamento de dados em pesquisas. Ampliação das
capacidades de expressão através da ciência de dados. Reflexão sobre as expectativas
futuras para a área de Ciência de Dados.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Capacitar o estudante para a leitura crítica, percepção, coleta, análise e interpretação dos
dados, bem como o reconhecimento de problemas e proposição de soluções baseadas em
dados, fundamentadas na técnica e ética, e ainda comprometida com o bem comum.

165
9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Desenvolver o pensamento crítico, analítico e estatístico na proposição de soluções.


 Compreender conceitos introdutórios de estatística e computação.
 Incentivar a leitura e a produção escrita.
 Identificar novos vocábulos.
 Identificar as diferentes fontes e formas nas quais os dados se apresentam.
 Enumerar usos (econômicos, políticos, etc) de dados.
 Concluir que dados são um recurso de grande utilidade.
 Definir o que é “rastro digital”.
 Discutir sobre a ética dentro da ciência de dados.
 Valorizar a privacidade de dados pessoais.
 Definir o que é o “ciclo de dados”.
 Enumerar diferentes formas de armazenamento de dados.
 Desenvolver a visualização de dados, baseada na interpretação gráfica e comunicação
de resultados em forma gráfica.
 Compreender conceitos introdutórios de estatística e computação.
 Comparar conclusões baseadas em dados com conclusões baseadas em anedotas.
 Exemplificar os efeitos negativos de vieses nos dados.
 Identificar o uso prático de dados e tecnologia na produção de projetos de intervenção
social.
 Avaliar o interesse em adotar a ciência de dados enquanto carreira e/ou ferramenta
cotidiana.

10. UNIDADE CURRICULAR

Diante dos objetivos almejados e das habilidades que se pretende trabalhar para a formação
dos estudantes, sugere-se que a disciplina ocorra no formato de Oficina, uma vez que as
aulas serão pautadas na conexão de teoria-prática. Portanto, dinâmicas, leituras, debates,
levantamento e tratamento estatístico de dados são formatos didáticos de interesse. Além
disso, a modalidade Núcleos de Estudo também é importante visto o interesse na

166
divulgação das atividades desenvolvidas em eventos científicos diversos e para a
comunidade. Desta forma, se incentiva a disseminação das produções dos estudantes para
contextos externos à escola.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Através de abordagem pautada em Ciência e Tecnologia, é imprescindível relacionar a


aplicação de Ciência de Dados às demandas da sociedade. Isto evidencia a capacidade deste
campo do conhecimento para a conscientização de cidadãos quanto aos seus direitos,
frente à percepção de problemas em diversas esferas da sociedade e possíveis soluções
através dos dados.

Ciência e Tecnologia.
Cidadania e civismo.
 Educação em Direitos humanos.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Investigação Científica.
Mediação e Intervenção Sociocultural.
Processos criativos.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando


dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores

167
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.

(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações


científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

(EM13LP10) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas


e digitais, e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser produzido tenha um
nível de aprofundamento adequado (para além do senso comum) e contemple a
sustentação das posições defendidas.

(EM13LP14) Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação aos contextos
de produção, à forma composicional e ao estilo do gênero em questão, à clareza, à
progressão temática e à variedade linguística empregada, como também aos elementos
relacionados à fala (modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração
etc.) e à cinestesia (postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão
facial, contato de olho com plateia etc.).

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidades do Eixo Investigação Científica

168
(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando
conhecimentos matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para
sua representação.

(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou


resolução de uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e
possibilidades de generalização.

(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ ou pesquisas


(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações
sobre a contribuição da Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica,
social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de
vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.

(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na


dinâmica de fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados
e informações disponíveis em diferentes mídias, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.

(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de


fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos
e aplicativos digitais, utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.

(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,


exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a
dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso
de diferentes mídias.

169
Habilidades do Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando


conhecimentos e habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que
foi observado.

(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos


matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas socioculturais e problemas ambientais.

(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências da Natureza para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e
intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.

Habilidades do Eixo Processos criativos

(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à


Matemática para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam
a produção de novos conhecimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações
e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como
adequando-os às situações originais.

(EMIFMAT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais, considerando a aplicação dos conhecimentos matemáticos associados ao
domínio de operações e relações matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver
novas abordagens e estratégias para enfrentar novas situações.

(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às


Ciências da Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando
e contrapondo diversas fontes de informação.

(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais, considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias
digitais, programação e/ou pensamento computacional que apoiem a construção de

170
protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida
e/ou os processos produtivos.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

Introdução a Ciência de dados


a) Apresentação do tema.
b) Por que ciência de dados?
c) O que são dados? Onde estão presentes?
d) Compartilhamento de dados.
e) O ciclo dos dados - Como construir uma pergunta estatística.
f) A formulação de Hipóteses Estatísticas.
g) Como obter/montar dados.
h) Formato de tabela.
i) Introdução à Predição

Construindo uma base de dados


a) O que é uma base de dados?
b) Como montar uma tabela.
c) Linhas e colunas
d) Tipos de variáveis: categóricas e numéricas.
e) Buscando bases de dados abertas.
f) Big Data?

Visualização de dados
a) Eixos de um gráfico.
b) Formas gráficas bivariadas e multivariadas.
 Bar plot/Count plot.
 Scatter plot.

171
 Série temporal.
 Pico e vale.
 Gráfico de pizza.
 Histograma.

Unidade II

Correlação e Causalidade
a) O que é causalidade.
b) Como buscar avaliar causa e efeito.
c) O que é correlação.
d) Diferenças entre causa/efeito e correlação (variáveis de confusão).
e) Determinar a força de uma correlação.
f) Coeficientes de correlação.

Estatística inicial
a) Medidas de tendência central.
b) Medidas de dispersão.
c) Análise gráfica com Boxplot.
d) Outliers.

Coletando os dados para pesquisas


a) Como é realizada a coleta de dados.
b) Amostragem.
c) Tipos de amostragem.
d) Viés amostral.
e) Ética na construção dos bancos de dados.

172
Unidade III

Distribuições, Probabilidade e Possibilidade


a) Distribuições conhecidas como normal e exponencial.
b) O que são distribuições?
c) O que a distribuição representa para a estatística.
d) Distribuições presentes no cotidiano.
e) Probabilidade.
f) Possibilidade.

Tomando decisões com base em dados


a) Dados online: uma fonte inesgotável de informação.
b) Conclusões Baseadas em dados.

A importância da Ciência de Dados e expectativas para o futuro


a) Habilidades esperadas.
b) Como me inserir no mundo do trabalho?
c) Oficina de Ciência de Dados
d) Feedback da disciplina

16. METODOLOGIA

Com o intuito de estimular que os estudantes sejam protagonistas do seu aprendizado, esta
disciplina busca a utilização de diferentes modalidades para torná-la interativa. Para os
professores, destaca-se a utilização de ferramentas como Slido e Padlet para criação de
quizzes, nuvem de palavras, enquetes, mural de conceitos, entre outras aplicações possíveis.
Diálogos, dinâmicas e oficinas serão fundamentais. Na Tabela 1 em anexo, sugere-se uma
sequência programática para as aulas, baseada em materiais de referência consultados
previamente.

173
17. PRODUTOS

 Projetos científicos com levantamento de dados.


 Elaboração de vídeos ou podcasts.
 Coreografias.
 Criação de jogos.
 Canções, paródias.
 Representações visuais.
 Seminários.
 Roda de conversa.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

 Mostra Culturais.
 Feiras de Ciências.
 Eventos Científicos em geral.
 Divulgação em mídias sociais da escola.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Sugere-se que as avaliações explorem a capacidade criativa, juntamente com a capacidade


de liderança e de comunicação dos estudantes. O trabalho em equipe deve ser estimulado,
bem como a liberdade para que os estudantes se sintam autônomos no seu processo de
aprendizagem. Portanto, os formatos de avaliação abaixo são sugeridos ao professor.

 Apresentações orais de projetos desenvolvidos.


 Palavras-cruzadas.
 Caça- palavras.
 Jogo da forca.
 Representações visuais.
 Elaboração de questões.

174
Recomenda-se também esforços para tornar o aprendizado um esforço coletivo ao invés
de individual. Entretanto é importante evitar ressentimentos entre alunos com diferentes
velocidades de aprendizado. Alguns elementos que podem ajudar nessa tarefa são:

 Convidar os estudantes a participar no desenvolvimento e correção de avaliações


ressaltando a importância de um compromisso com o desenho de avaliações que sejam
justas e precisas.
 Anonimizar tanto quanto possível avaliações a serem corrigidas por alunos. Seja
escondendo nomes, enviando partes de questões de uma mesma prova para diferentes
alunos, etc.

Por fim, avaliações precisam cumprir melhor seu papel diagnóstico. Algumas sugestões
nesse sentido são:

 É importante identificar nos primeiros encontros as dificuldades prévias dos estudantes


que podem limitar sua compreensão da eletiva. É importante que haja um esforço para
que tais lacunas sejam preenchidas. Cooperação com professores de outras disciplinas
pode ajudar nessa tarefa.
 Habilidades e conhecimentos específicos precisam ser avaliados de maneira tão isolada
quanto possível. Isso não significa trazê-las de forma descontextualizada. A ideia é que
uma dada questão deve conter usualmente apenas uma habilidade ou conhecimento.
Assim, caso um estudante tenha dificuldades na questão, será mais claro qual a fonte.
 Diagnósticos precisam ser mais frequentes, ter menos caráter de barreira e mais de
checagem do aprendizado. Estudantes precisam ser incentivados a participar mais do
próprio aprendizado ao serem informados do que as avaliações sugerem a respeito de
seus pontos fortes e fracos.

175
20. RECURSOS

Materiais
Salas de aula preferencialmente em disposição de semicírculo; Livro didático: Ebook
Introdução à Ciência de Dados. Computador/ celular.
Acesso à Internet.
 Ferramentas interativas: Slido, Padlet, Kahoot.
 Plataforma de aulas.
 Plataforma de streaming.
 Acesso a sites de referências.

Humanos
Professores.
Gestores.
Comunidade.

21. REFERÊNCIAS

Para professores

Ebook - Introdução à Ciência de Dados: Ciência de Dados na Ed. Pública. Uma introdução à
Ciência de Dados (em fase de publicação).

GOULD, Robert; MACHADO, Suyen; ANNA JOHNSON, Terri; MOLYNEUX, James.


Introduction to Data Science. "MOBILIZE: Mobilizing for Innovative Computer Science
Teaching and Learning". Disponível em: https://curriculum.idsucla.org/. Acesso em: 1 fev.
2021.

ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA. Práticas de Aula Nova Escola. Disponível em:


https://novaescola.org.br/. Acesso em: 01 fev. 2021.

ADHIKARI, Ani; DENERO, John. Computational and Inferential Thinking. Disponível em:
https://www.inferentialthinking.com/chapters/intro. Acesso em: 01 fev. 2021.

176
RIFO, Laura Leticia Ramos; ANNUNCIATO, Ângela. O desafio das correlações espúrias.
Disponível em: https://m3.ime.unicamp.br/recursos/1084. Acesso em: 01 fev. 2021.

Sites

PROJETO CIÊNCIA DE DADOS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA. Site do Projeto Ciência de Dados


na Educação Pública: material de apoio a professores e estudantes. Material de apoio a
professores e estudantes. Disponível em: https://cienciadedadosep.wixsite.com/cdep.
Acesso em: 01 fev. 2021.

INFORMATION is beautiful. Disponível em: https://informationisbeautiful.net/blog/.


Acesso em: 01 fev. 2021.

FROM Data to Viz. Disponível em: https://www.data-to-viz.com/. Acesso em: 01 fev. 2021.

FIVETHIRTYEIGHT. Disponível em: https://fivethirtyeight.com/. Acesso em: 01 fev. 2021.

Agência Nacional de Águas. Mapa de bacias hidrográficas. Disponível em:


http://www.snirh.gov.br/hidroweb/mapa. Acesso em: 01 fev. 2021.

SPURIOUS Correlations. Disponível em: https://www.tylervigen.com/spurious-correlations.


Acesso em: 01 fev. 2021.

DATASCIBR. Correlações espúrias. Disponível em:

https://datascibr.com/2020/08/29/correlacoes-espurias/. Acesso em: 01 fev. 2021.

Vídeos

CAPPRA, Ricardo. Código Aberto. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=z4_6N-3uiow. Acesso em: 01 fev. 2021.


BIONI, Bruno. Por que proteção de dados pessoais importa? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TzI5VfvQA6I. Acesso em: 01 fev. 2021.
SOUZA, Carlos Affonso. Privacidade e Proteção de Dados no Brasil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Zau-x-j_Uu8. Acesso em: 01 fev. 2021.

177
Escola de Governo do Estado de São Paulo - Egesp. Os Desafios da Proteção dos Dados
e o Novo Marco Regulatório Proposto pela LGPD no Brasil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=B3nS5I40rns. Acesso em: 01 fev. 2021.

IGTI. Carreira em banco de dados. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=ySSVG1K1MNo. Acesso em: 01 fev. 2021.


#CPBSB3 - Governança de Dados - Sua Importância para as Organizações - Coders.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=64Cy3Dd83ek. Acesso em: 01 fev. 2021.

NERDOLOGIA. Big Data. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=hEFFCKxYbKM. Acesso em: 01 fev. 2021.

CÓDIGO FONTE TV. Big Data // Dicionário do Programador. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=IpfE8B9H9cI. Acesso em: 01 fev. 2021.

JUSTEN, Álvaro. Pythonbrasil. [PyBR14] Brasil.IO: Dados abertos para mais democracia.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MZZFmucRxoY. Acesso em: 01 fev.
2021.

Escola de Governo do Estado de São Paulo - Egesp. Vídeo Aula 9. Transparência Ativa e
Dados Abertos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YwCkAQtzP-I. Acesso
em: 01 fev. 2021.

CÓDIGO FONTE TV. Como se Tornar um Cientista de Dados de Sucesso // Vlog #105.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-vawLSNdo-A. Acesso em: 01 fev. 2021.

DESENHANDO A SOLUÇÃO. Atualidades - Fake News | Desenhando a Solução. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=a7qhJpS3dkA. Acesso em: 01 fev. 2021.

CANAL FUTURA. Fake news e manipulação | Expresso Futuro com Ronaldo Lemos.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OaCZmQx-11Y. Acesso em: 01 fev.
2021.

178
PROGRAMAÇÃO DINÂMICA. O que realmente faz um cientista de dados? *Na visão de
uma cientista de dados* | Handshake #20. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZQUwSX3Sk4Y. Acesso em: 01 fev. 2021.

FILHO, Mario. Ela se Tornou Cientista de Dados em Apenas 6 Meses - Live #37. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=RpRoBWbyTIs. Acesso em: 01 fev. 2021.

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA. Como criar um PLANO DE ESTUDOS para se tornar um


cientista de dados? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o8NpsLSkKUo.
Acesso em: 01 fev. 2021.

CÓDIGO FONTE TV. Como se tornar um cientista de dados de sucesso. // Vlog #105.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-vawLSNdo-A. Acesso em: 01 fev. 2021.

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA. Cientista de Dados analisando VAGAS reais de Ciência de


Dados | Handshake #15. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h3a9Y6LDriM.
Acesso em: 01 fev. 2021.

BAND JORNALISMO. Big data: Faltam profissionais de análise de dados. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_lkFtmGEPQQ. Acesso em: 01 fev. 2021.

PINHEIRO, Claudio. O trabalho será transformado pela ciência de dados. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=E9vqtzILM9U. Acesso em: 01 fev. 2021.

EVANS, Philip. Como os dados transformarão os negócios. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=EHTmxmuhZ10. Acesso em: 01 fev. 2021.

THE BRITISH PSYCHOLOGICAL SOCIETY. Dancing statistics: explaining the statistical


concept of correlation through dance. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VFjaBh12C6s. Acesso em: 01 fev. 2021.

Livros

FULFARO, Mari; THENÓRIO, Iberê. O Grande Livro de Ciências do Manual do Mundo.


Sextante, 2019.

TAKAHASHI, Shin. Guia Mangá de Estatística. Novatec, 2010.

179
Notícias

DATA visualization: o que você precisa saber para apresentar dados de forma simples
e compreensível. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/data-visualization/.
Acesso em: 01 fev. 2021.

GUIA prático da visualização de dados: definição, exemplos e recursos de


aprendizado. Disponível em: https://www.tableau.com/pt-br/learn/articles/data-
visualization. Acesso em: 01 fev. 2021.

VISUALIZATION x Dashboards: entenda qual é a diferença. Disponível em:


http://marketingpordados.com/analise-de-dados/data-visualization-x-dashboards-
entenda-qual-e-diferenca/. Acesso em: 01 fev. 2021.

Curso Online

MICROSOFT. Fundamentos da Ciência de Dados. Disponível em:


https://docs.microsoft.com/pt-br/learn/paths/foundations-data-science/. Acesso em: 01
fev 2021.

Recursos de interação

Padlet: https://pt-br.padlet.com/

Slido: https://www.sli.do/

Kahoot: https://kahoot.it/

Artigos

BAROCAS, Solon et al. Big data, data science, and civil rights. arXiv preprint
arXiv:1706.03102, 2017.

BERIKAN, Burcu; ÖZDEMIR, Selçuk. Investigating “Problem-Solving With Datasets” as an


Implementation of Computational Thinking: A Literature Review. Journal of Educational
Computing Research, v. 58, n. 2, p. 502-534, 2020.

180
BERMAN, Gabrielle; ALBRIGHT, Kerry. Children and the data cycle: Rights and ethics in a
big data world. arXiv preprint arXiv:1710.06881, 2017.

BRUNNER, Robert J.; KIM, Edward J. Teaching data science. Procedia Computer Science, v.
80, p. 1947-1956, 2016.

ELOY, Adelmo Antonio da Silva et al. Programming literacy: Computational thinking in


brazilian public schools. In: Proceedings of the 2017 Conference on Interaction Design and
Children. 2017. p. 439-444.

DONALDSON, Peter; NTARMOS, Nikolaos; PORTELLI, Kurt. A Systematic Review of the


Potential of Machine Learning and Data Science in Primary and Secondary Education.
2017.

GOULD, Robert et al. Teaching data science to secondary students: The mobilize
introduction to data science curriculum. Iase-Web. Org, 2016.

GOULD, Robert. Statistics and the modern student. 2010. Disponível em:
https://escholarship.org/uc/item/9p97w3zf. Acesso em: 01 fev. 2021.

GREEN, Ben. Data science as political action: Grounding data science in a politics of
justice. Available at SSRN 3658431, 2020.

HAQQI, Saman et al. Data jam: introducing high school students to data science. In:
Proceedings of the 23rd Annual ACM Conference on Innovation and Technology in
Computer Science Education. 2018. p. 387-387.

HARDIN, Johanna et al. Data science in statistics curricula: Preparing students to “think
with data”. The American Statistician, v. 69, n. 4, p. 343-353, 2015.

HICKS, Stephanie C.; IRIZARRY, Rafael A. A guide to teaching data science. The American
Statistician, v. 72, n. 4, p. 382-391, 2018.

LI, Yi; ZHAI, Xiaoning. Review and prospect of modern education using big data.
Procedia Computer Science, v. 129, p. 341-347, 2018.

181
MIT MEDIA LAB. AI + Ethics Curriculum for Middle School. Disponível em:
https://www.media.mit.edu/projects/ai-ethics-for-middle-school/overview/. Acesso em: 01
fev. 2021.

WEST, Jason. Teaching data science: an objective approach to curriculum validation.


Computer Science Education, v. 28, n. 2, p. 136-157, 2018.

WILLIAMS, Hugh E.; WILLIAMS, Selina; KENDALL, Kristy. CS in Schools: Developing a


Sustainable Coding Programme in Australian Schools. In: Proceedings of the 2020 ACM
Conference on Innovation and Technology in Computer Science Education. 2020. p. 321-
327.

ZHENG, Tian. Teaching Data Science in a Statistical Curriculum: Can We Teach More by
Teaching Less?. Journal of Computational and Graphical Statistics, v. 26, n. 4, p. 772-774,
2017.
Inspirações e produções dos estudantes

A equipe que propõe esta disciplina participa do Projeto Ciência de Dados na Educação
Pública, que abarca a parcela denominada Meninas na Ciência de Dados. Este projeto foi
proposto por pesquisadores do grupo de pesquisa Gamma (Growing with Applied Metrics
and Mindful Analysis), fortemente encorajados a terem experiência em ensino, gerando uma
aproximação à área de docência e uma inquietação quanto a possibilidade de contribuir à
educação básica. O grupo tem histórico de liderança em iniciativas de promoção da
diversidade em ambientes de programação, bem como casos de alunos absorvidos pelo
mercado para atuação como cientistas de dados. A participação nestas atividades extrapola
o escopo profissional dos pesquisadores, sobretudo pela perspectiva social, contribuindo
na formação de pesquisadores ativos na geração de mudanças na sociedade.

Também é fundamental a inspiração dos movimentos que estão promovendo mudanças no


ensino da Matemática nos EUA. Há dois grupos que vale especialmente destacar: o grupo
da Universidade da Califórnia (UCLA), o grupo do YouCubed liderado pela professora Jo
Boaler.

O grupo da UCLA criou um curso introdutório à Ciência de Dados (chamado de IDS:


https://www.idsucla.org) para estudantes do ensino médio. Desde sua criação, o curso

182
alcançou 9.500 estudantes em 45 escolas. O currículo do curso foi pensado de forma a
contemplar as demandas do sistema de educação norte-americano, bem como a equipar o
estudante com habilidades modernas. O curso introduz e capacita o estudante a coletar
dados, calcular estatísticas relevantes, produzir modelos e representações gráficas.

O grupo do YouCubed busca fortalecer os professores de Matemática ao conectá-los aos


avanços mais recentes no ensino da disciplina. O grupo tem ampla divulgação. Pessoas de
mais de 140 países acessam seus materiais e cerca de 230M estudantes foram impactados
como consequência. O site do grupo (https://www.youcubed.org/pt-br/) funciona como
repositório de materiais de várias naturezas. Livros didáticos, vídeos, podcasts, tarefas
criativas, artigos em defesa de uma matemática integrada à vida cotidiana, etc.

Iniciativas similares já são realizadas no Brasil. O grupo NAVE (Núcleo Avançado em


Educação) é resultado da cooperação entre a escola privada César School, as secretarias de
Educação dos estados de Pernambuco e Rio de Janeiro e do instituto social Oi Futuro. O
grupo atua capacitando professores, bem como fornecendo uma formação integrada para
estudantes em escolas-modelo. Cursos de Multimídia e Programação de Jogos Digitais são
ofertados aos alunos. Estas iniciativas podem ser verificadas no site do grupo
(https://oifuturo.org.br/programas/nave/).

O grupo proponente da disciplina (Ciência de Dados na Educação Pública) também


implementou a mesma desde 2019 em cinco escolas de Salvador. O projeto realiza
encontros com estudantes em turno oposto trazendo elementos da Ciência de Dados, bem
como fortalecendo a compreensão dos estudantes para as questões de Justiça Social. Em
exames realizados ao fim de 2020, os estudantes demonstraram habilidades em reconhecer
novas fontes de dados (como mapas e publicações em redes sociais), bem como em
recuperar informações de gráficos para responder às perguntas. No site do projeto
(https://cienciadedadosep.wixsite.com/cdep) é possível acompanhar as atividades
realizadas e verificar os materiais desenvolvidos pela equipe.

O projeto realizado desde 2019 gerou ações positivas que demonstram o protagonismo
dos estudantes em diferentes instâncias, a partir da aproximação com a Ciência de Dados.
A lista abaixo elenca as atividades destaque:

183
Projeto Meninas na Ciência de Dados: Jogo para Deficientes no Vale do Muriçoca.
Entrevista para a TV Aratu, gravada ao vivo no dia 25/11/2019:
https://www.youtube.com/watch?v=Ia-lP9dYX2Y

Podcasts Mulheres Extraordinárias. Produzidos pelas estudantes e publicados no Spotify.


https://open.spotify.com/show/4hHoJYZVxVPOYrAT2OGuB8

Ciência de Dados na Educação Pública. Live IA.

https://www.youtube.com/watch?v=Dq9Gx8sNILg&feature=youtu.be. Mai 2020

O fortalecimento do protagonismo feminino nas escolas públicas. Congresso Virtual da


UFBA 2020. https://www.youtube.com/watch?v=IH32P5maXKI&t=36s. Mai 2020

Ciência de Dados na Educação Pública. Congresso Virtual da UFBA 2020.


https://www.youtube.com/watch?v=R4TR_KQ7R8o&t=50s. Mai 2020

Café com Dados - Apoiando a capacitação de professores em ciência de dados para a


sociedade. Congresso Virtual da UFBA 2020.
https://www.youtube.com/watch?v=V1gPAij4VeU. Mai 2020

O Mercado de trabalho em Ciência de Dados (Mediação de mesa redonda). Women in


Data Science Conference 2020, Salvador.
https://www.youtube.com/watch?v=1hWHTSZMx_0. Jul 2020

Meninas na Ciência de Dados e Ciência de Dados na Educação Pública: Em Busca de


uma Formação Inclusiva e com vistas à Reversão de Desigualdades na Educação e na
Sociedade. Livro de resumos do Women in Data Science Conference 2020. Jul 2020

Data Science on Public Education. Lemman Center for Educational Entrepreneurship and
Innovation in Brazil, Stanford University.
https://www.youtube.com/watch?v=iGrgWWsiAtQ&feature=emb_logo. Set 2020

Revista Jovens Cientistas. Professores, Estudantes e Seus Relatos da COVID-19. 15


resumos publicados. Set 2020.
https://encontrodejovenscientistas.files.wordpress.com/2020/10/revista-19-final.pdf

184
Ciência de Dados e Inteligência Artificial: Ferramentas para uma Educação Inclusiva.
ITK 2020 Digital – Innovation Tech Knowledge. Out 2020 ▪ STEAM: Incentivando garotas.
Live IAT. https://www.youtube.com/watch?v=aSkcvPOT63Y&t=1364s. Out 2020

Mulheres na Tecnologia, reportagem exibida no programa TVE Notícias (minuto 23).


https://web.facebook.com/watch/live/?v=352188306002397&ref=watch_permalink. Out
2020

Projeto Meninas na Ciência de Dados. Entrevista para Conexão Bahia da TV Bahia.


Gravado no dia 03/10/2019 e transmitido no dia 02/11/2019:
https://globoplay.globo.com/v/8054255

Projeto Ciência de Dados na Educação Pública. Estudantes da rede estadual participam


de gincana virtual com temas sobre inteligência artificial. Educação Bahia. Governo do
Estado. Fev 2021. http://escolas.educacao.ba.gov.br/noticias/estudantes-da-rede-estadual-
participam-de-gincana-virtual-com-tema-sobre-inteligencia-artif

16. Jornalismo, Imprensa e Democracia

1. TÍTULO DA ELETIVA
Jornalismo, Imprensa e Democracia

2. PROPONENTE
Politize!

3. AUTORES/AS
Amanda Lopes Santiago - Politize!
Beatriz Triesse Gonzalez - Politize!

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4. REVISORES/AS
Paula Samogin Campioni - Politize!
Beatriz Souza Ramos dos Santos - Politize!
Fernanda Asseff Menin - Politize!
Kamila Nunes da Silva - Politize!

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas/aula

8. EMENTA

A Eletiva tem como finalidade desenvolver a compreensão crítica de como é possível


promover o aprendizado de uma cultura de respeito aos direitos fundamentais e às
responsabilidades cidadãs por meio do jornalismo, além de mostrar como os meios de
acesso à informação podem ser utilizados como ferramentas para a liberdade de expressão,
pluralismo, diálogo e a tolerância intercultural contribuindo para o debate democrático e
para a convivência harmônica dentro do ambiente escolar. A produção de informação,
promovida pelo jornalismo, desempenha papel importante em nossa vida pessoal,
econômica, política e social, ela é necessária para que se tenha uma população mais
informada e participativa. A temática voltada à produção e ao acesso à informação está se
tornando cada vez mais importante nas instituições escolares, corroborando para o
desenvolvimento das competências para o século XXI e se mostrando de grande valia para
o ensino e a aprendizagem dos(as) estudantes no desenvolvimento de habilidades e
competências previstas no Currículo.

A Eletiva trabalhará temáticas como o surgimento da imprensa no Brasil, os veículos de


comunicação e informação existentes, seus potenciais de alcance, leitura crítica de notícias

186
e informações, os métodos jornalísticos, mecanismos para a construção de notícias e o seu
potencial como ferramenta de monitoramento e fiscalização da gestão pública, auxiliando
os(as) estudantes na compreensão das mídias e da informação para os discursos
democráticos e a participação social, sustentando a confiança cívica entre cidadãos numa
democracia, tais como a capacidade de se colocar no lugar do outro e a importância de
construir argumentos fundamentados para a defesa de suas posições com autonomia,
tendo em vista a avaliação da produção da informação.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Discutir os procedimentos e o propósito do jornalismo e seu papel no fortalecimento da


democracia e das relações sociais.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

● Compreender o processo e funções de produção jornalística e midiática;


● Identificar as condições para que as mídias e outros provedores de informação cumpram
suas funções;
● Entender os conceitos centrais usados pelas mídias e outros provedores de informação
quanto ao acesso à informação, ao conhecimento e à participação em processos
democráticos;
● Promover a leitura crítica de notícias e o uso de diferentes mídias de informação;
● Aplicar a investigação jornalística como ferramenta de compreensão das relações sociais
e políticas;
● Fomentar o pensamento autônomo e reflexivo, a partir de ferramentas que ajudem os
jovens a reconhecer a complexidade do mundo desde uma perspectiva ampla, a usar
diversas fontes de informação e a gerar argumentos fundamentados;
● Produzir informação de qualidade para a comunidade escolar;
● Desenvolver cidadãos que interajam criticamente com as mídias e outros provedores de
informação.

187
10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

UC 1 - Imprensa
UC 2 - Veículos de comunicação e informação
UC 3 - Fontes de informação
UC 4 - Jornalismo e democracia
UC 5 - Método jornalístico

Culminância: Os(As) estudantes irão produzir uma notícia, desde a seleção de pauta até a
divulgação para a comunidade escolar, utilizando os veículos e os formatos que melhor se
adequarem ao contexto escolar, com o objetivo de trazer visibilidade e promover
informação confiável e contextualizada.

11. TEMAS TRANSVERSAIS DA ELETIVA


Jornalismo, Imprensa e Democracia.

12. OBJETOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS *

A Eletiva desenvolve, principalmente, o objeto estruturante de Investigação Científica, mas


também contempla habilidades dos objetos Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural e Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e

188
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.
(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de
sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens
(imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação social e considerando
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os
efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e
linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre
português brasileiro, língua(s) e/ ou linguagem(ns) específicas, visando fundamentar
reflexões e hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de
enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas
e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), identificando
os diversos pontos de vista e posicionando se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com
o uso de diferentes mídias.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


OBJETOS ESTRUTURANTES

Investigação Científica

(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes

189
mídias.
(EMIFCHS02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

Processos criativos

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
(EMIFCHS04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências
e reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Mediação e intervenção

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

190
Empreendedorismo

(EMIFLGG10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às várias


linguagens podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,
considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA8

I Unidade
Imprensa: Este objeto está desenhado para trabalhar com os(as) estudantes o surgimento
da imprensa no Brasil e no mundo, sua função, quem são os agentes por trás da imprensa,
o significado e importância da liberdade de imprensa e como o posicionamento das mídias
podem influenciar a sociedade.

II Unidade
Veículos de comunicação e informação: Este objeto está desenhado para desenvolver com
os(as) estudantes os conceitos e aplicações dos diferentes veículos de comunicação,
inclusive os veículos populares e alternativos, buscando conhecer também os principais
veículos locais de comunicação.

III Unidade
Fontes de informação: Este objeto está desenhado para explorar com os(as) estudantes as
diferentes fontes de informação e as regras sobre verificação e confiabilidade de
informações veiculadas por diferentes meios, além de analisar e diferenciar os gêneros
textuais presentes na emissão e recepção de informação.

IV Unidade
Jornalismo e democracia: Este objeto reunirá conceitos e temas que relacionam o acesso e
o direito às informações, os canais de informação de governos e o papel do jornalismo e

8
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

191
dos diferentes veículos como ferramenta de monitoramento e fiscalização da gestão
pública.

V Unidade
Método jornalístico: Este eixo está desenhado para trabalhar os pressupostos éticos do
jornalismo e como ocorre a produção da informação para veiculação em diferentes
formatos até sua divulgação, analisando e diferenciando os elementos para a construção da
informação.

Culminância: Os(As) estudantes irão produzir uma notícia, desde a seleção de pauta até a
divulgação para a comunidade escolar, utilizando os veículos e os formatos que melhor se
adequarem ao contexto escolar, com o objetivo de trazer visibilidade e promover
informação confiável e contextualizada.

16. METODOLOGIA

A aprendizagem prática é um importante aspecto da assimilação de conhecimentos no


século XXI. Por isso, a Eletiva adota metodologias ativas que buscam estimular a
participação, a investigação e o pensamento reflexivo dos(as) estudantes, utilizando
recursos tais como a leitura de textos, análise imagens, construção e verificação de notícias,
produção de textos jornalísticos, reflexão sobre vídeos, rodas de conversa e discussão em
grupos, estudos de caso, jogos educativos, debates na sala de aula, atividades de
investigação e pesquisa, buscando desenvolver habilidades de análise, investigação,
identificação e resolução de situações problemas em um ambiente cooperativo.

17. PRODUTOS

Produção de notícia, a partir de investigação de problema comunitário, e divulgação do


material produzido para a comunidade escolar a partir de veículos de circulação a escolha
do(a) professor(a) e estudantes, a depender dos recursos disponíveis na instituição escolar.

192
18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Como processo criativo, os(as) estudantes podem apresentar a notícia numa amostra entre
turmas ou a partir de veículos de comunicação da escola.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação da Eletiva deve ser processual e formativa, prezando pela qualidade nas
entregas das atividades, e buscando coletar evidências de aprendizagem através da
observação da participação e envolvimento dos(as) estudantes nas aulas e debates
propostos.

A avaliação final da Eletiva será a qualidade da notícia criada para a culminância, a partir
dos conhecimentos aprendidos sobre investigação, jornalismo e seus impactos e potenciais
democráticos.

20. RECURSOS

Básico: papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas, canetas,
cartolina, cola, revistas, jornais e giz ou pincel.
Para o(a) Professor(a): acesso a computador ou projetor na sala de aula para a exibição de
vídeos e de músicas; acesso à internet para a preparação de aulas; livros.
Para o estudante: computador e/ou celular com acesso à internet (especialmente para
realizar o projeto final).

21. REFERÊNCIAS

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora-estratégias pedagógicas


para fomentar o aprendizado ativo. Penso Editora, 2018.
DEUZE, Mark. O jornalismo e os novos meios de comunicação social. Comunicação e
Sociedade, v. 9, p. 15-37, 2006.

193
LIMA, Rafaela. Mídias comunitárias, juventude e cidadania. Associação Imagem
Comunitária, 2007.
MARTINS, Ana Luiza; DE LUCA, Tânia Regina. História da imprensa no Brasil. Editora
Contexto, 2010.
PERNISA JÚNIOR, Carlos; ALVES, Wedencley. Comunicação digital: jornalismo, narrativas,
estética. In: Comunicação digital: jornalismo, narrativas, estética. 2010. p. 115-115.
RIBEIRO, Ana Paula Goulart. Nelson Werneck Sodré e a história da imprensa no Brasil.
Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. 38, n. 2, p. 275-288, 2015.
RUSSELL, Michael K.; AIRASIAN, Peter W. Avaliação em Sala de Aula-: Conceitos e
Aplicações. AMGH Editora, 2014.
SOUSA, Jorge Pedro. Uma história breve do jornalismo no Ocidente. Jornalismo:
história, teoria e metodologia da pesquisa. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa,
p. 12-93, 2008.
WILSON, Carolyn et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação
de professores. Brasília: UNESCO, UFTM, 2013. Disponível em:
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000216099>. Acesso em: 20 out. 2020.

17. ¡Luz, cámara, acción! Imagem, música e movimento


nas aulas de espanhol

1. TÍTULO DA ELETIVA
¡Luz, cámara, acción! Imagem, música e movimento nas aulas de espanhol.

2. PROPONENTE
Grupo de pesquisa/UFBA

3. AUTORES/AS
Cecília Aguirre
Cybele Teixeira
Lizéli Moreira Silva.

194
4. REVISORES/AS
Cecília Aguirre
Cybele Teixeira
Lizéli Moreira Silva.

5. ÁREA (S) DO CONHECIMENT0


Linguagens e suas tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 horas

8. EMENTA

Desenvolvimento das habilidades de recepção e produção de textos multimodais em língua


espanhola. Fruição, vivência e reflexão crítica sobre a produção de diferentes textos
multimodais no mundo hispano-falante e no Brasil. Análise da intencionalidade discursiva,
da sintaxe e semântica visual na sua interação com a letra e dos efeitos de sentido
projetados. Comparação e contraste de aspectos discursivos, pragmáticos, lexicais,
sintáticos, morfológicos, fonéticos e ortográficos entre espanhol e português. Conceituação
de cultura, interculturalidade e multiculturalidade. Promoção de ações individuais e/ou
coletivas de mediação e intervenção sociocultural em prol do respeito e a igualdade.
Releitura ou criação dos gêneros abordados, mediante técnicas analógicas ou digitais,
levando em consideração aspectos interculturais e de variação linguística.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Desenvolver, a partir da língua espanhola, consciência crítica sobre o uso de imagens e


linguagem verbal, uma vez que são ferramentas poderosas de significado e de construção
da realidade.

195
9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Praticar a leitura e a escrita em língua espanhola a partir da fruição de gêneros discursivos


multimodais.
 Praticar a escuta e a fala em língua espanhola a partir da fruição de gêneros discursivos
multimodais.
 Exemplificar e comparar distintos aspectos discursivos, pragmáticos, lexicais, sintáticos,
morfológicos, fonéticos e ortográficos em espanhol e português.
 Identificar características culturais e interacionais da língua/cultura hispano-americana
em comparação com a língua/cultura da Bahia/Brasil.
 Distinguir a natureza heterogênea das línguas e culturas, sua pluralidade e diversidade.
 Desenvolver o letramento visual.
 Usar a língua espanhola para a criação de roteiros de vídeos, histórias em quadrinhos ou
curtas-metragens, mediante técnicas analógicas ou digitais.
 Desenvolver técnicas de adaptação, criação e edição de vídeo.
 Praticar o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade, em particular em relação à população
afrodescendente e indígena latinoamericana.

10. UNIDADE CURRICULAR

Por seu caráter teórico-prático e investigativo, esta proposta se constitui em uma oficina de
língua espanhola e de letramento visual.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Em sintonia com a Proposta de Práticas de Implementação dos Temas Contemporâneos


Transversais (TCT) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), esta eletiva se situa no nível
de complexidade intradisciplinar e propõe o cruzamento entre conteúdo e habilidades
específicas da língua e cultura espanhola com a língua e cultura brasileira, em virtude do
profícuo intercâmbio acadêmico entre as nações do Cone Sul. Desta forma, a eletiva tem

196
afinidade com os TCT de diversidade cultural e trabalho, temas que contribuem com a
formação democrática e cidadã dos estudantes.

Estes temas ainda se justificam porque refletem características locais, do Brasil, da Bahia, e
da cidade de Salvador, que mantém um profícuo intercâmbio acadêmico, cultural, turístico
e migratório com o mundo hispano-americano, em particular com o Cone Sul. Assim, a
presente proposta de eletiva visa integrar a parte diversificada do currículo de ensino médio,
uma vez que prevê o estudo de um aspecto regional, local, representativo da sociedade, da
cultura e da economia em território baiano e sulamericano.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

A eletiva proposta se insere nos seguintes eixos estruturantes:

Investigação científica.
Processos criativos.
Mediação e intervenção sociocultural.
Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,


agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

197
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus
objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à
sua vida pessoal, profissional e cidadã.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidade do Eixo Investigação Científica

(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de


sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens
(imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação social e considerando
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

Habilidade do Eixo Processos Criativos

(EMIFLGG04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências
e reflexão crítica sobre obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou
corporais, ampliando o repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos
da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).

Habilidade do Eixo Mediação e intervenção sociocultural

(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


práticas de linguagem para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e
intervenção sobre formas de interação e de atuação social, artístico-cultural ou ambiental,
visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a diversidade humana e
para o cuidado com o meio ambiente.

198
Habilidade do Eixo Empreendedorismo

(EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


práticas de linguagem para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento
produtivo.
15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I
a) Música e identidades latinoamericanas.
b) A música como denúncia, protesto e resistência.
c) Análise do Videoclip Latinoamérica de Calle 13.
d) Compreensão da sintaxe visual.
e) Compreensão de semântica visual.
f) Análise da letra de Latinoamérica.
g) Referências culturais.
h) Descrição de pessoas e lugares.
i) Origem e procedência.
j) Expressão de gostos e preferências.
k) Prática do diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade, em particular em relação à população
afrodescendente e indígena latinoamericana.
l) Fruição e interpretação de músicas em espanhol.

Unidade II
a) Histórias em quadrinhos.
b) HQ como gênero de fruição e reflexão crítica.
c) Análise de Mafalda e seu olhar de adulto sobre a realidade e a sociedade do momento
(Argentina); do espaço autobiográfico em Paracuellos, de Carlos Giménez (Espanha) e
de Socorro, com um olhar em defesa da infância, de Miguel Repiso, Rep (Argentina).
d) Compreensão da sintaxe visual.
e) Compreensão de semântica visual.

199
f) Formas de tratamento – tú, vos, usted.
g) Hábitos, rotinas, horários.
h) Alimentação.
i) Profissões e suas atividades.
j) Descrição de personagens e lugares.
k) Prática do diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade, em particular em relação à população
afrodescendente e indígena latinoamericana.
l) Criação de uma história em quadrinhos.

Unidade III
a) Documentário sobre o carnaval de Barranquilla, Colombia.
https://www.youtube.com/watch?v=xDlZGn7Wlxg
b) O documentário como gênero de fruição e reflexão crítica.
c) Compreensão da sintaxe visual.
d) Compreensão de semântica visual.
e) A narração de acontecimentos passados.
f) Marcadores temporais.
g) Pronomes pessoais e pronomes complemento.
h) Verbos pronominais.
i) Prática do diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade, em particular em relação à população
afrodescendente e indígena latinoamericana.
j) Criação de um documentário em espanhol destacando alguma festividade local.

16. METODOLOGIA

Uma abordagem metodológica condizente com as demandas da sociedade atual precisa


incorporar o uso de tecnologias digitais, uma vez que nossos estudantes já se encontram
imersos no mundo virtual e na cibercultura. A escola não deve se manter à margem dessa
realidade. Como não dispomos de livro didático para esta eletiva, o professor deverá lançar

200
mão da sua criatividade e autonomia na elaboração do próprio material, tendo a ética, a
liberdade, a democracia, a justiça social, a pluralidade, a solidariedade e a sustentabilidade
como princípios norteadores.

Assim, nossa proposta metodológica para a Oficina de espanhol ¡Luz, cámara, acción!
dialoga com as discussões e conceituações desenvolvidas pelo interacionismo
sociodiscursivo, o letramento visual e as metodologias ativas.

Por um lado, entendemos que por se tratar de uma proposta para o ensino da língua, deve-
se privilegiar o enfoque sociocultural da linguagem. Isto quer dizer priorizar a noção de
linguagem na sua natureza dialógica, histórica e comunicativa; que envolve não apenas
aspectos cognitivos individuais, mas também as condições de produção dos textos,
interlocutores e instituições onde estes circulam. Desta forma, o texto é compreendido
como uma atividade social contextualizada, sendo requerido, para sua fruição, não só
acionar estratégias cognitivas de leitura mas também distinguir o propósito do leitor, a
intencionalidade do texto, e os gêneros do discurso em suas duas dimensões: sua forma e
particularidades linguísticas e as esferas de atividade social onde circulam (o âmbito da arte,
turismo, educação, religião, justiça, cotidiano, etc.). Em consequência, esta concepção de
língua encontra sustento nos preceitos didático-pedagógicos do interacionismo
sociodiscursivo.

Nossa proposta de eletiva se situa no campo de atividade social no campo da arte, de cujos
gêneros fazemos um recorte: histórias em quadrinhos, vídeos musicais, documentários e
seus respectivos roteiros, na modalidade impressa e/ou digital. Recomenda-se que na
seleção feita pelo professor, os gêneros abordem questões relativas às populações de
afrodescendentes e indígenas latinoamericanos, no mundo hispano e no Brasil, de forma
que se propicie o trabalho com a inter/multiculturalidade e com a
inter/transdisciplinaridade. Além do mais, a RESOLUÇÃO CEE N.º 137/2019, de 17 de
dezembro de 2019, em atendimento ao §1º do Art. 35-A da Lei de Diretrizes e Bases Nº
9394/96, estabelece como temas a serem abordados na parte diversificada do currículo
aqueles relativos a territórios e etnias, como espaços quilombolas, marcas de ancestralidade
e pertencimento, reconstrução identitária; espaços indígenas, direitos territoriais, lutas e
resistência, heranças histórico-culturais, em acordo com o lugar da educação nas relações

201
étnico-raciais segundo a Lei nº11.645 de 10 de março de 2008. É inegável que os problemas
etnicoraciais na América Latina como um todo, do qual o Brasil faz parte, são resultado do
colonialismo e da escravatura que marcam sua história.

Por outro lado, em acordo com Nunes e Baptista (2018), entendemos que o letramento
visual deve ser abordado em sala de aula de língua estrangeira, porque assim como a letra,
constitui uma fonte poderosa de significação. Para Nunes e Baptista (2018, p. 104), “de
modo algum uma imagem pode ser considerada como recurso secundário em um texto,
em especial se este congrega linguagem verbal e não verbal”. Para os autores, o letramento
visual adquire preponderância uma vez que na atual sociedade mediatizada e digital os
textos são ricos em semioses, o que demanda do leitor/produtor capacidades de
compreensão, manipulação, uso e produção específicas. Os estudantes de ensino médio,
imersos na virtualidade e na cibercultura, precisam entender esses processos para serem
capazes de distinguir nos textos multimodais autênticos em língua espanhola as nuances
linguísticas e sociais características das variedades estudadas. E, de posse dessas
capacidades, promover ações individuais ou coletivas em língua espanhola de mediação e
intervenção sociocultural em prol do respeito e da igualdade.

Para os autores, o desenvolvimento do letramento visual implica em um conjunto de


habilidades de leitura que permitem o leitor desvendar tanto o sentido do texto multimodal
quanto o impacto social das imagens, especificamente aqueles que apresentam imagens
estáticas ou dinâmicas, como histórias em quadrinhos, capas de revista, portadas de jornais,
infográficos, anúncios publicitários, vídeos musicais, documentários, curtas-metragens e
filmes, entre outros. Assim, o procedimento de análise da multimodalidade, uma vez que
esta agrupa distintas semioses -som, imagem, texto- requer dar atenção a características
específicas, de acordo com o gênero discursivo analisado.

Para tanto, os autores propõem abordar o letramento visual a partir dos pressupostos da
sintaxe visual, conceito inserido na Gramática do Design Visual de Kress e Van Leeweun
(2006) e da semântica visual de Bramford (2003). Aqui apresentaremos alguns lineamentos,
adaptados a partir da descrição de Ribeiro (2019, p.22) e do quadro elaborado por Nunes e
Baptista (2018, p. 108)

202
Sintaxe visual Possíveis questionamentos
Os participantes da imagem estão realizando ações una sobre
os outros?
Quais são as circunstâncias espaciais e temporais da ação?
A linha do olhar do(s) participante(s) coincide com um outro
Função
objeto ou participante?
representacional
Há grupos de participantes? Explícitos ou implícitos?
Há balões de diálogo?
Letramento visual
Há elementos extras na imagem?
Que representações são construídas?
Os textos multimodais
Qual o objetivo do produtor da imagem com tal composição?
estão compostos por
Há alguma relação entre os participantes representados e o
participantes, sejam
leitor? Com que intuito?
representados (pessoas,
Qual o enquadramento? Relação íntima, social, impessoal?
lugares ou coisas Função
Em qual ângulo foi capturado o corpo do participante? Qual
representadas) ou interacional
a relação dessa captura com o objetivo do produtor do texto
interativos (pessoas que
visual?
se comunicam umas com
Qual o objetivo para escolha desse ângulo?
outras por meio de
Qual a disposição dos participantes representados na
imagens, produtores e
composição –esquerda, direita, topo, base, centro, margem?
consumidores das
Qual o objetivo dessa escolha?
imagens)
Qual a proporção dos participantes representados em
Função relação aos outros itens do texto? Maiores, menores? Por
interpessoal quê?
Que cores foram realçadas e por qual motivo? De que forma
as cores incidem na interpretação?
O participante representante encontra-se em primeiro ou
segundo plano? Qual a intencionalidade dessa distribuição?

Semântica visual

Que questões estão sendo mostradas na imagem?


De que forma? Semelhante ou diferente da forma em que você a percebe no
mundo?
Qual a mensagem da imagem?
Que informação foi incluída e que informação foi deixada fora?
Qual a relação entre a imagem e qualquer outro texto?
O que são ou que tipo de pessoas estão sendo representadas na imagem?

203
Quem criou a imagem e com qual finalidade?
Quem é o público alvo?
De quem é o ponto de vista difundido?
Por que certa mídia foi escolhida para a difusão da imagem?
Que dispositivos foram utilizados para a divulgação da imagem?

A partir dos questionamentos apresentados acima se deduz que além da identificação e


localização dos elementos composicionais da imagem, é necessário realizar sua
sistematização e problematização. O trabalho na perspectiva dos multiletramentos, e em
particular, do letramento visual, propicia o entendimento da imbricação entre imagem e
texto e a reflexão sobre o poder de significação dessas semioses. Além do mais, favorece o
desenvolvimento de habilidades para a produção e divulgação de textos multimodais
intencionalmente significativos. Da mesma forma que os gêneros da letra, os gêneros
visuais podem ser abordados a partir de um enfoque sociocultural, ou seja, analisando sua
natureza dialógica, histórica e comunicativa, o que permite entender não só suas formas de
significação, mas também as condições de produção, os interlocutores e as instituições
onde estes circulam.

Nesta tessitura, concordamos também com Bacich e Moran (2018) em que é preciso trazer
para o âmbito educacional novas metodologias com base em atividades, desafios,
problemas e jogos, para estimular a autonomia e a colaboração dos estudantes na
aprendizagem. Estas metodologias permitem que cada estudante aprenda no seu próprio
ritmo e de acordo com sua necessidade, além de aprender também com os outros
estudantes em grupos e projetos, sob supervisão de professores orientadores. Para os
autores, a aprendizagem se constrói num processo equilibrado entre a elaboração coletiva,
por meio da colaboração em grupos, e a personalizada, onde cada estudante segue um
percurso individualizado. Ainda, para os autores a aprendizagem acontece nesse
movimento fluido e constante entre a comunicação grupal e a individual, em um processo
de reelaboração permanente.

Considerando a estrutura disciplinar do currículo escolar, sugerimos priorizar um


envolvimento maior dos estudantes com sua própria aprendizagem mediante a adoção de
metodologias ativas, em particular a denominada aprendizagem por projetos (PBL, em

204
inglês). De acordo com Marcela Lorenzoni (2020) a PBL relaciona a construção de
conhecimento à investigação e a proposta de soluções para situações reais, unindo de
forma inseparável o aprender e o fazer. Nesta metodologia, não cabe ao professor expor
todo o conteúdo, senão que são os próprios estudantes que vão à procura dos
conhecimentos necessários para atingir seus objetivos, contando com a orientação do
professor no papel de facilitador. Como cada estudante realiza seu próprio percurso
investigativo para atingir uma meta comum ao grupo, a PBL permite trabalhar a
inter/transdisciplinariedade, envolvendo competências e temáticas dos diversos
componentes curriculares. Esta metodologia propicia a autonomia dos estudantes, incentiva
a curiosidade, resolução de problemas e comunicação interpessoal. É na fase final, com a
produção de resultados, que a tecnologia se faz mais presente no processo, uma vez que
os estudantes podem organizar suas descobertas em formatos multimídia, fazendo tabelas
e infográficos, vídeos, etc. Lorenzoni (2020) descreve os sete passos constituintes da PBL: 1.
Pergunta motivadora; 2. Desafio proposto; 3. Pesquisa e conteúdo; 4. Cumprindo o desafio;
5. Reflexão e feedback; 6. Resposta à pergunta inicial; 7. Avaliação do aprendizado. A PBL
supõe que o estudante aborde um tema do próprio interesse mediante um projeto criado
por ele mesmo sobre um problema concreto da vida real. A PBL nas aulas de espanhol
supõe pela sua vez que o projeto promova um processo de imersão cultural e linguística,
mediante pesquisa e reflexão, realizado em grupos de trabalho. A interação entre os
membros do grupo supõe o uso constante da língua espanhola, o que deve levar ao
desenvolvimento das habilidades receptivas e produtivas. Uma vez realizado, os estudantes
apresentam o resultado ou o produto final do projeto para a turma ou para a comunidade
escolar.

Concluindo, entendemos que o interacionismo sóciodiscursivo, o letramento visual e a


aprendizagem baseada em projetos constitui uma abordagem metodológica que atende
tanto a concepção de língua adotada quanto às demandas educacionais
contemporâneas. Para finalizar, ressaltamos que a elaboração de uma sequência didática
que contemple esta abordagem metodológica requer pesquisa, estudo e aprofundamento
por parte do professor. Na bibliografia oferecemos algumas das possíveis leituras.

205
17. PRODUTOS

Como fruto das ações desenvolvidas nesta proposta, sugerimos uma apresentação da
pesquisa na área das artes, cultura e entretenimento em Salvador e região e sua relação
com o visitante hispano-falante; uma roda de conversa com especialistas convidados;
simulação de diálogos de situações de atendimento ao visitante hispano-falante; criação de
um portfólio em língua espanhola, constituído por guias, flyers, vídeos, avisos publicitários,
entre outros gêneros, que divulguem a atividade artística e cultural da região. Outra
possibilidade seria a adaptação/criação de uma obra artística, sendo esta física ou digital,
realizada preferencialmente em grupo. Pondo em prática os conteúdos estudados, espera-
se que o estudante relate, de forma breve, qual a motivação que o levou a fazer esta obra,
observando as características estudadas e selecionando os recursos linguísticos adequados
à situação comunicativa. No entanto, se recomenda que o professor fique aberto a
sugestões dos próprios estudantes e aos desdobramentos do trabalho realizado.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

As produções dos estudantes poderão ser socializadas na comunidade escolar através de


uma exposição de suas criações/produções, explicitando qual a intencionalidade e
direcionamento na mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a
valorização da diversidade. Esta exposição poderá ser realizada no formato presencial ou
online.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação dos estudantes será processual e somativa, em atenção a questões linguístico-


discursivas e de produção em línguas espanhola. Porém, de acordo com a metodologia por
projetos, se avaliará também o trabalho prévio colaborativo, tendo como resultado a
realização de um seminário, um portfólio e uma exposição.

206
20. RECURSOS

Quanto ao espaço para o desenvolvimento da eletiva podemos considerar a sala de aula e


o ambiente virtual de aprendizagem, dependendo da disponibilidade dos estudantes.
Quanto aos materiais, o componente curricular eletivo irá requerer uma sala equipada com
notebooks/computadores e conexão à internet, aplicativos para edição de imagem, som e
vídeo, além de materiais como dicionário bilíngue, mapas, infográficos, cartazes físicos ou
virtuais, e os tradicionais cadernos, pastas e portifólios, físicos ou virtuais. Por último, em
quanto aos recursos humanos, o componente precisará do professor com licenciatura em
língua espanhola e poderá convidados hispano-falantes, convidados especialistas da área
de turismo e hotelaria que possam contribuir.

21. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; SILVA, Maria das Graças da. Web currículo: contexto,
aprendizado e conhecimento. Dossiê Web currículo: contexto, aprendizado e
conhecimento, Apresentação do dossiê temático. Revista e-currículo, São Paulo, v.14, nº. 03,
p.767-773 jul./set. 2016

ALMEIDA, Maria Elizabeth; ALVES, Dom; LEMOS, Silvana. (orgs.) Web Currículo [recurso
eletrônico]: aprendizagem, pesquisa e conhecimento com o uso de tecnologias
digitais. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2014. Disponível em
https://play.google.com/books/reader?id=h_XDAwAAQBAJ&hl=pt&pg=GBS.PP1

BACICH, Lilian; MORAN, José. (Orgs.) Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018 e-PUB.

BAKHTHIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

BAZERMAN, Charles. Gêneros Textuais, tipificação e interação. BAZERMAN, Charles;


DIONÍSIO, Angela Paiva; HOFFNAGEL, Judith Chambliss (orgs.). São Paulo, Cortez, 2005.

BRASIL, Ministério de Educação. Base Nacional Comum Curricular, de 14 de dezembro


de 2018. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

207
CABRAL, Mayara Kaynne Fragoso; DOS SANTOS, George França; NAKASHIMA, Rosária
Helena Ruiz. Análise de recursos disponíveis em redes sociais: potencialidades para a
construção de web currículos. Dossiê Web currículo: contexto, aprendizado e
conhecimento, Revista e-currículo, São Paulo, v.14, nº. 03, p. 970 - 997 jul./set. 2016

COSCARELLI, Carla. Navegar e ler na rota do aprender. In: Carla Vianna Coscarelli (org.)
Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola, 2016. p. 61-80.

EVANGELISTA, Gislene Rangel; SALES, Shirlei Rezende. Desajustes contemporâneos: um


levantamento bibliográfico sobre currículo e tecnologias digitais. Dossiê Web currículo:
contexto, aprendizado e conhecimento, Revista e-currículo, São Paulo, v.14, nº. 03, p.1107-
1129 jul./set. 2016

HETKOWSKI, Tania; DIAS, Josemeire. Educação, Cultura Digital e Espaços Formativos.


Revista Plurais, v.4, nº2, p.11-25, mai/ago. 2019.

HETKOWSKI, Tania; MENEZES, Cátia. Práticas de multiletramentos e tecnologias digitais:


múltiplas aprendizagens potencializadas pelas tecnologias digitais. In: Obdália Ferraz
(org.) Educação, (multi)letramentos e tecnologias. Tecendo redes de conhecimento sobre
letramentos, cultura digital, ensino e aprendizagem na cibercultura. Salvador: EDUFBA,
2019.

GOMES, Ivan Lima. Histórias em quadrinhos: Um balanço bibliográfico desde a América


Latina. Latin American Research Review 55(1), 2020, pp. 192–198. Disponível em:
https://larrlasa.org/articles/10.25222/larr.718/

LORENZONI, Marcela. Aprendizagem baseada em projetos (PBL) em 7 passos. Disponível


em: https://site.geekie.com.br/blog/aprendizagem-baseada-em-projetos/

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Disponível em:


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/133018/mod_resource/content/3/Art_Marcuschi_
G%C3%AAneros_textuais_defini%C3%A7%C3%B5es_funcionalidade.pdf

NUNES, Tiago; BAPTISTA, Lívia. Multiletramentos e ensino de língua estrangeira: Qual o


trato dado ao letramento visual em aulas de Espanhol/LE no Ensino Médio? In: Carlos
Felipe da Conceição Pinto e Juan Fernández García (Orgs.) Estudo sobre a língua

208
espanhola, seu estudo e suas literaturas no Nordeste Brasileiro. Brasília, DF: Consejería
de Educación de la Embajada, 2018. Disponivel em:
http://www.educacionyfp.gob.es/brasil/dam/jcr:3ae4f028-8be0-44f7-ae21-
1e1732084ce0/estudos-lingua-espanhola-nordeste-nipo.pdf

PIMENTA-SILVA, Miguel. El indianismo en las novelas gráficas latinoamericanas. Los


mayas en las historietas de Julio Berríos y de los hermanos Valdes R. Artelogie, 12 | 2018,
Disponível em: http://journals.openedition.org/

PRIETO, Carmen. Calle 13 y su discurso social. Investigación & Desarrollo, Vol. 26, n° 2,
2018. Disponível em https://www.redalyc.org/jatsRepo/268/26859570003/html/index.html

RIBEIRO, ANA ELISA. Uma releitura da pedagogia dos multiletramentos para o século
XXI. Dialogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 9, p. 1 – 19, e02011, 2020.

RIBEIRO, ANA ELISA. Textos multimodais e escola: produção e leitura de peças de


divulgação de show de música popular. In: Obdália Ferraz (org.) Educação,
(multi)letramentos e tecnologias. Tecendo redes de conhecimento sobre letramentos,
cultura digital, ensino e aprendizagem na cibercultura. Salvador: EDUFBA, 2019.

RIBEIRO, Ana Elisa. Textos multimodais: leitura e produção. São Paulo: Parábola Editorial,
2016.

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. A imagem estática. In: Roxane Rojo e Eduardo Moura.
Letramentos, mídias e linguagens. São Paulo: Parábola, 2019. p. 49-107

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. A imagem dinâmica. In: Roxane Rojo e Eduardo Moura.
Letramentos, mídias e linguagens. São Paulo: Parábola, 2019. p. 109-147

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. O som. In: Roxane Rojo e Eduardo Moura. Letramentos,
mídias e linguagens. São Paulo: Parábola, 2019. p. 149-181

SANTAELLA, Lucia. Desafios da ubiquidade para a educação. Revista Ensino Superior


Unicamp, Nº 09, abril 2013. Disponível em:

https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/edicoes/edicoes/ed09_abril2013/NMES_1
.pdf

209
ZACHARIAS, Valéria. Letramento digital: desafios e possibilidades para o ensino. In:
Carla Vianna Coscarelli (org.) Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola, 2016. p.15-
29.

Sugerimos aqui alguns recursos e leituras que podem vir a contribuir com o trabalho
do professor e a autonomia dos estudantes.

La canción protesta en Latinoamérica -


https://www.youtube.com/watch?v=380HIgjGJqE

Sudamérica; Canciones de Libertad, Vol. 1

https://www.youtube.com/watch?v=5TRqDQp7mgg

Grandes de la música protesta y canción social latinoamericana

https://www.youtube.com/watch?v=Qqi25yIsgRg

Fiestas populares en América Latina

https://www.latam.com/vamos/es_mx/articulos/lista-latam/fiestas-populares-america-
latina/

11 carnavales latinoamericanos imperdibles

https://www.es.kayak.com/news/carnavales-latinoamericanos/

“Volvió Maitena, filósofa y reflexiva”, La Nación, 27-04-2008, disponível em:


//www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1007861

Panfleto “Promoción Aniversario Viaje Centenario – 100 años El Anteneo”.

Texto “¿Cuántos acentos diferentes hay em Latinoamérica?”, disponível em:


http://lexiophiles.com/espanhol;

Curta “Castellano x Español, Acentos en España y El acento neutral mexicano”


adaptado e disponível em www.youtube.com;

Trailer “Diario de motocicleta”, disponível em www.youtube.com;

Museo de arte latino

http://www.latinartmuseum.com/berni.htm

Frida Kahlo

http://www.fkahlo.com/

Mafalda

http://mafalda.dreamers.com/

210
18. ROBÓTICA

1. TÍTULO DA ELETIVA
Robótica

2. PROPONENTE
Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)

3. AUTORES/AS
Roberto Andrade Costa.

4. REVISORA
Edivânia Barros e Renata Souza

5. ÁREAS DO CONHECIMENTO
Ciências da Natureza;
Matemática e suas tecnologias;
Linguagens e suas tecnologias.

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Conceitos dos circuitos simples e circuitos integrados. Estudo dos componentes eletrônicos.
Estudo do hardware ATmega328 e da placa Arduino. Montagem do Arduino na protoboard
e comunicação com o computador. Tipos e protocolos de comunicação. Estudos dos
sensores e atuadores e montagem de plataforma robótica. Noção básica de programação
para movimentação dos robôs controlados por Arduino. Estudo de Software. Linguagem de

211
programação C e escrita de códigos de programação. Conceito e montagem de projeto de
IoT e Apoio ao planejamento e confecção das plataformas robóticas a partir do interesse
dos estudantes.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Incentivar a busca pelo conhecimento científico aprofundando os conteúdos das ciências


exatas e da natureza e suas tecnologias, aplicando-os na construção de artefatos robóticos
num projeto de autoria dos alunos em trabalho de equipe e uso de linguagem de
programação.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Incentivar a participação dos estudantes no trabalho em equipe, planejamento e


execução de tarefas manuais.
 Estimular a pesquisa de temas inovadores e criativos relacionados com as ciências
aplicadas à robótica.
 Despertar nos estudantes a vocação para a pesquisa científica, criação de projetos e
desenvolvimento de produtos de sua autoria

10. UNIDADE CURRICULAR


Oficinas e projetos

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Ciência e Tecnologia.
Planejamento e autonomia.
Educação para a vida.

212
12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVO
Processo criativos

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EM13MAT405) Utilizar conceitos iniciais de uma linguagem de programação na


implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou matemática.

(EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um


algoritmo que resolve um problema.

(EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas determinadas


pela razão ou pelo produto de outras (velocidade, densidade demográfica, energia elétrica
etc.).

(EM13CNT308) Investigar e analisar o funcionamento de equipamentos elétricos e/ou


eletrônicos e sistemas de automação para compreender as tecnologias contemporâneas e
avaliar seus impactos sociais, culturais e ambientais.

(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a adequação de seu uso
em diferentes aplicações (industriais, cotidianas, arquitetônicas ou tecnológicas) e/ ou
propor soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.

(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar


instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou
resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações problema sob uma perspectiva científica.

(EM13LP34) Produzir textos para a divulgação do conhecimento e de resultados de


levantamentos e pesquisas - texto monográfico, ensaio, artigo de divulgação científica,
verbete de enciclopédia (colaborativa ou não), infográfico (estático ou animado), relato de
experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, reportagem científica, podcast
ou vlog científico, apresentações orais, seminários, comunicações em mesas redondas,
mapas dinâmicos etc. -, considerando o contexto de produção e utilizando os

213
conhecimentos sobre os gêneros de divulgação científica, de forma a engajar-se em
processos significativos de socialização e divulgação do conhecimento.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES:

Habilidades do Eixo: Processos Criativos

(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais, considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias
digitais, programação e/ou pensamento computacional que apoiem a construção de
protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida
e/ou os processos produtivos.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

a) Montagem de circuitos, programação e execução.


b) Estudo do hardware ATmega328 e da placa Arduino.
c) Apoio ao planejamento e confecção das plataformas robóticas.

Unidade II

a) Estudos dos sensores e atuadores.


b) Conceito de circuitos simples e integrados.
c) Software e linguagem de programação C.

Unidade III

a) Montagem de uma plataforma robótica.


b) Tipos e protocolos de comunicação.
c) Conceito e montagem de projeto de IoT.

214
16. METODOLOGIA

Aulas práticas, formada por grupos de quatro estudantes em torno de uma mesa ampla
(1x1,2m), com um notebook, conectado à internet, duas tomadas da rede elétrica disponíveis
por mesa, kit de robótica a disposição, bem como materiais recicláveis de papelaria (papelão
tesouras tinta etc) e ferramentas de eletrônica, numa sala ampla ventilada que comporte
cinco estudantes por grupo.

17. PRODUTOS

A partir do terceiro encontro/aula, começam surgir objetos com movimentos autônomos


de autoria dos jovens. À medida que vão conhecendo mais os sensores a atuadores, os
produtos vão tornado mais complexos, com leitura e percepção do ambiente, e os
estudantes vão incorporando novos itens aos seus projetos ou construindo outros novos
objetos, considerando a perspectiva da abordagem de uma aprendizagem criativa onde o
protagonismo seja do aprendiz.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

A socialização no grupo se dá em todos encontros com registros escritos, de vídeos e


fotográficos, sendo divulgados em redes sociais e exposições.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Avaliação é processual e contínua que análise a presença, participação e interesse do jovem


em cada atividade proposta, seu empenho, criatividade, interação com professor e colegas,
colaboração, compartilhamento de informações, a aplicação dos conceitos trabalhados
durante os encontros e a qualidade da produção das atividades propostas.

215
20. RECURSOS

Materiais

Placa Arduino UNO R3 sensores; Atuadores; Protoboard; Fios jumpers; Ferro de solda;
Internet; Computador (notebook); Sala ampla e arejada; Cadeiras e mesas grande para
dispor materiais; Quadro branco; Marcador; Apagador; Pranchetas; Lápis; Borracha;
Caneta; Caneta para Cd; Tinta; Lápis de cor; Material reciclável, (papelão, garrafas pet,
plástico, mdf, emborrachados, caixas, papéis diversos, cola).

21. REFERÊNCIAS

BAHIA. Secretaria de Educação da Bahia. Novo Ensino Médio da Bahia. Documento


Orientador - Rede Pública de Ensino, Bahia, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais Curriculares para a Elaboração de
Itinerários Formativos. Brasília, 2019.
Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Vitória da Conquista (cjccvc.org)

Texto , artigos e livros


Apostilas - Eletrogate - Loja de Arduino \\ Robótica \\ Automação \\ Apostilas \\ Kits
apostila_arduino.pdf (ufes.br)
tutorial_eletronica_-_aplicacoes_e_funcionamento_de_sensores.pdf (maxwellbohr.com.br)

Aplicativos e sites
https://www.arduino.cc
ttps://www.fazhedores.com
https://www.alldatasheet.com
https://www.filipeflop.com
Blynk IoT platform: for businesses and developers

Inspirações e produções dos estudantes


https://youtu.be/PzcbworOME4
http://reunioessbpc.org.br/campogrande/inscritos/resumos/4486_1b0e5673d5ec35459f8ff
8ad90895038f.pdf

216
http://sbpcnet.org.br/livro/70ra/trabalhos/resumos/3252_1de2a417cb1f7938e8ca445457f4
feaef.pdf
http://reunioessbpc.org.br/campogrande/inscritos/resumos/4486_1b0e5673d5ec35459f8ff
8ad90895038f.pdf

19. STUDIO PLANTAS

1. TÍTULO DA ELETIVA
Studio Plantas

2. PROPONENTE
Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC)

3. AUTORES/AS
Karine Brandão Nunes Brasil

4. REVISORES/AS
Sara Ribeiro dos Santos

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências da Natureza e Suas Tecnologias

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Conceito, importância e ameaças à Biodiversidade. Características dos grupos vegetais e sua


relação com a qualidade socioambiental local. Estudo de famílias botânicas importantes

217
para uso medicinal e econômico, história e etnobotânica. Morfologia e anatomia de grupos
de plantas. Compreensão da biotecnologia aplicada à plantas e resistência à doenças,
(compreensão de como a planta se defende). Produção de exsicatas, técnicas de
propagação e cultivo. Investigação e Método Científico.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Reconhecer a Biodiversidade de plantas da região e a importância da sua preservação para


contribuir com a qualidade socioambiental da comunidade local e global.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Conhecer a realidade natural, cultural e econômica na qual o estudante está inserido por
meio da inserção de atividades de experimentos e pesquisa investigativa.
 Incentivar o cultivo de plantas, com diversas finalidades, no dia a dia.
 Relacionar os padrões de produção e consumo com a devastação ambiental, redução
dos recursos e extinção de espécies.
 Reconhecer a importância da classificação biológica para organização e compreensão da
diversidade dos seres vivos, através do estudo de suas características fisiológicas e
anatômicas.
 Identificar plantas utilizadas pela economia local para fins de mercado e medicinais.
 Produzir mudas e exsicatas.
 Aplicar técnicas de propagação de plantas.
 Associar arte e ciência.
 Estimular a criatividade.

10. UNIDADE CURRICULAR

Oficinas e projetos.

218
11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Ciência e Tecnologia.
 Educação Alimentar e Nutricional.
 Educação ambiental.
 Saúde.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS:

Investigação Científica.
Processos Criativos.
Empreendedorismo.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS

GERAIS DA BNCC:

(EM13CNT202) - Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes


níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes
a elas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação
e de realidade virtual, entre outros).

(EM13CNT203) - Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus


impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção
da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de energia, utilizando
representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).

(EM13CNT205) - Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades


experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas noções de
probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos das ciências.

(EM13CNT206) - Discutir a importância da preservação e conservação da biodiversidade,


considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana
e das políticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta.

219
(EM13CNT301) - Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados
e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no
enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.

(EM13CNT303) - Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das


Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos
dados, tanto na forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência
dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS

EIXOS ESTRUTURANTES:

Habilidades do Eixo Investigação Científica

(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou


os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e
linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.

Habilidades do Eixo Processos Criativos

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

220
Habilidades do Eixo Empreendedorismo

(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e


conhecimentos matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o
projeto de vida.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I
a) Biodiversidade e biomas.

b) Etnobotânica.

c) Classificação e estrutura das plantas.


d) Cactáceas – importância, cultivo, cuidados e construção de terrário com suculentas.

e) Germinação de sementes e fotossíntese.

Unidade II
a) Banco de germoplasmas e excicatas – importância e produção.

b) Noções de jardinagem.

c) Horticultura (horta tradicional, doméstica, orgânica, suspensa, apartamento).


d) Reprodução das plantas (flores e frutas).

e) Propagação vegetativa e biotenologia aplicadas às plantas.

Unidade III
a) Investigação científica (passo a passo de como fazer uma pesquisa).

b) Pesquisa, leitura e interpretação de artigos científicos (tema livre e uso do resumo

ou resumo expandido).
c) Experimentos científicos.
d) Sistema internacional de unidades.

e) Apresentação de um trabalho de pesquisa.

221
16. METODOLOGIA

 Aulas práticas.
 Experimentos científicos.
 Aula de campo.
 Aprendizagem Baseada em Problemas.
 Aprendizagem criativa.

17. PRODUTOS

Os produtos gerados dessa disciplina são fotografias e filmagens, Exsicatas (coleções de


plantas de um determinado local), produção de mudas diversas ou horta e terrários de
suculentas, projeto de pesquisa de iniciação científica para Feira de Ciências.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Feira de Ciências e compartilhamento em plataformas digitais (padlet, tiktok, instagram).

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Avaliação processual e contínua analisando a participação e interesse do aluno em cada


atividade proposta, bem como a criatividade, interação com os pares, compartilhamento de
informações e aplicação dos conceitos trabalhados durante a aula e a qualidade da
produção das atividades propostas.

20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula ampla e arejada com mesas para formação de grupos e atividades práticas;
Local externo ou jardim para produção de mudas e local arborizado (praça ou área externa
com árvores na própria escola) para identificação e coletas dos exemplares.

222
Materiais
Internet; Equipamentos tecnológicos (Computador, *Sistema operacional, Tablet, Celular,
Apps; Projetor; Cadeiras e mesas grandes para dispor de materiais; Quadro branco/
Marcador /Apagador. Prancheta; Lápis; Borracha; Caneta; Caneta para CD; Tinta; Lápis de
cor; Softwares livres; Exemplares de diferentes grupos de plantas; Sementes diversas, terra
adubada para plantio; Argila; Materiais recicláveis e de artesanato em geral, biscuit ou massa
similar; Papel adesivo; Papel celofane nas cores vermelha, verde e azul; Papel alumínio; Papel
filme; Papel cartão; Câmaras fotográficas.

Humanos
Professor da disciplina.
Funcionário da escola ou monitor para auxílio nas atividades externas.

21. FONTES DE INFORMAÇÃO

Texto , artigos e livros

BAHIA. Secretaria da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: área:


Ciências da Natureza. Empresa Gráfica da Bahia, 2015.

BORÉM, Aluízio & FRITSCHE-NETO, Roberto. 2013. Biotecnologia aplicada ao


melhoramento de plantas. Visconde do Rio Branco, editora Suprema.

BORÉM, Aluízio & MIRANDA, Glauco. 2013. Melhoramento de Plantas. 6. Ed. Viçosa,
editora UFV.

BRASIL, Karine Brandão Nunes. “Desenhe um cientista”: as concepções dos estudantes


do Centro Juvenil de Ciência e Cultura sobre os cientistas. Cenas Educacionais, v. 3, p.
e8670-e8670, 2020.

DA SILVA, NAURA ANGÉLICA; BRASIL, Karine Brandão Nunes. Germinação de sementes e


o método científico no Ensino Médio. In: Anais do Congresso Internacional de Educação
e Geotecnologias-CINTERGEO. 2019. p. 28-32.

223
FREITAS, Denise de; MENTEN, Maria Luiza Machado; SOUZA, Maria Helena Antunes de
Oliveira e; LIMA, Maria Inês Salgueiro Lima; BUOSI, Maria Estela; LOFFREDO, Angela Maria,
WEIGERT, Célia. 2012. Uma abordagem interdisciplinar da Botânica no Ensino Médio.
1ª ed. São Paulo – Moderna.

MANN, Charles C. Como o intercâmbio entre o novo e o velho mundo moldou os dias
de hoje. 1 ed. Campinas. Verus. 2012.

SANTOS, Débora Yara Alves Cursino; et al. 2004. Proposta para o Ensino de botânica:
curso para atualização de professores da rede pública de ensino. São Paulo:
Universidade de São Paulo, Departamento de botânica, 47p.

Aplicativos e Sites

BRASIL/ FIOCRUZ, Instituto Oswaldo Cruz. ComCiência na escola. Disponível em:

http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=86. Acesso em 12/11/2020.

URSI, Suzana. Botânica on line. Disponível em:

http://botanicaonline.com.br/site/14/default.asp. Acesso em 11/09/2017.

Aula na Prática. Desenhe um Cientista. Disponível em:

https://aulanapratica.wordpress.com/2015/08/28/atividade-desenhe-um-cientista/ Acesso
em 13/02/2019.

Experimentoteca. Germinação. Disponível em:

http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/biologia/2germinacao_op.pdf. Acesso em
17/02/2019.

Experimentoteca. Metabolismo das plantas. Disponível em:

http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/biologia/3metabolismo_op.pdf. Acesso em:


17/02/2019.

LOPES, Antonio. Extração de pigmentos naturais. Disponível em:

224
http://www.cienciaviva.pt/projectos/scienceduc/pigmentos.pdf. Acesso em: 18/02/2019.

Referências recomendadas para estudantes

CAVALCANTE, Arnóbio. Flores da Caatinga – Ler e colorir. Campina Grande: INSA (Instituto
Nacional do Semiárido), 2015.

CENARGEN, EMBRAPA. Maior banco de sementes do Brasil e da América Latina


funciona no Distrito Federal. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=fDAGquYHjpk Acesso em 18/02/2019.

MONTAENCANTA. Como fazer um terrário de suculentas. Disponível em:

https://www.montaencanta.com.br/alem-da-cozinha/diy/como-fazer-um-terrario-de-
suculentas/. Acesso em 02/04/2019.

ONU Brasil. O que são os objetivos do desenvolvimento sustentável. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=u2K0Ff6bzZ4 Acesso em: 18/02/2019


Inspirações e produções dos estudantes

LIMA, Alisson Queiroz; Santos, Iuri dos. Inventário arborístico do centro juvenil de ciência
e cultura. Disponível em:

https://drive.google.com/drive/folders1BcwXWAyKR8onnvI1WOuezaGNWWCRvdYS?usp=
sharing. 2017.

SANTOS, João Vitor Rocha; LIMA, Pâmela Leal. Planta nativa e sustentável: caracterização
agronômica de frutos de ora-pro-nóbis (pereskia aculeata miller). 2017. Disponível em:

https://drive.google.com/drive/folders1BcwXWAyKR8onnvI1WOuezaGNWWCRvdYS?usp=
sharing.

225
20. PRÁTICAS INVESTIGATIVAS E PRODUÇÕES CIENTÍFICAS

1. TÍTULO DA ELETIVA
Práticas Investigativas e Produções Científicas

2. PROPONENTE
Universidade Federal da Bahia

3. AUTORES/AS
Karla Patricia Santos Oliveira Rodríguez Esquerre
Luis Henrique Batista Gois
Rejane de Almeida Santana dos Santos
Robson Wilson Silva Pessoa
Roseline Vanessa Santos Oliveira
Vicente Braga Barbosa

4. REVISOR(A)
Ana Valéria Scavuzzi de Souza

5. ÁREA(S) DO CONHECIMENTO

Ciências da Natureza e Suas Tecnologias.


Ciências Sociais e Humanas.
Linguagem e Suas Tecnologias.
Matemática e Suas Tecnologias.

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 h

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 h

226
8. EMENTA

Discussão e estruturação de pensamento. Desenvolvimento de reflexões e práticas


investigativas. Reconhecimento de tipos de pesquisa e de experimentos. Planejamento de
pesquisa científica. Conhecimento de técnicas de amostragem, coleta de dados e análise de
resultados. Exercícios de experimentação. Abordagem da diferença entre o experimento e
a observação. Promoção da escrita e divulgação científica.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Promover o desenvolvimento sócio científico crítico dos estudantes e estimular a sua


autonomia para refletir, criar, projetar, planejar, testar, analisar e divulgar suas ideias.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

 Estimular a revisão de conceitos consolidados. Abordar o tema da ciência enquanto


identificação e explicação de fenômenos. Explorar a ideia de conhecimento enquanto
construção contextual (histórico, social, cultural, temporal, geográfico etc.). Discutir a
construção do saber enquanto formas de ver o mundo.
 Desenvolver a noção de etapas inerentes ao processo de experimentação científica, bem
como discutir sobre seu papel propositivo enquanto possibilidades de respostas.
 Reconhecer e aplicar elementos básicos da investigação científica com vistas à produção
de conhecimento acerca de temas e problemas sociais do cotidiano.
 Desenvolver habilidades básicas de pesquisa por meio de práticas que contribuem para
uma crescente autonomia intelectual, promovendo o cooperativismo e o
empreendedorismo na comunidade;
 Incrementar a ideia de produção de conhecimento, encarando diversas bases, tais como
a arte, a tecnologia e a natureza.

227
10. UNIDADE CURRICULAR

Clube de Ciência ou Grupo de pesquisa

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

Considerando a Resolução CEE N.º 137/2019 (Capítulo III, Art. 25), trabalha-se
adicionalmente o tema: IV - Cidades e aglomerados populacionais: o paradigma do
planejamento ambiental e da ecologia da paisagem, sociobiodiversidade e integrações
entre sistemas ecológicos, relações cidade e campo e o contexto das articulações
metrópole-região, lógicas de povoamento ante a expansão do desenvolvimento
socioeconômico e os modais de transportes na logística do desenvolvimento regional.

Ciência e Tecnologia.
Multiculturalismo.
Cidadania e Civismo.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Investigação Científica.
Mediação e Intervenção Sociocultural.
Processos criativos.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando


dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores

228
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.

(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações


científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,


por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.

(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou


soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.

(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem
a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Habilidades do Eixo Investigação Científica

(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando


conhecimentos matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para
sua representação.

(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou


resolução de uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e
possibilidades de generalização.

229
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações
sobre a contribuição da Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica,
social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de
vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.

(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na


dinâmica de fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados
e informações disponíveis em diferentes mídias, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.

(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de


fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos
e aplicativos digitais, utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.

(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,


exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a
dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso
de diferentes mídias.

(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias.

(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica,


social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica

230
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos
de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.

Habilidades do Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando


conhecimentos e habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que
foi observado.

(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos


matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas socioculturais e problemas ambientais.

(EMIFMAT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados à Matemática.

(EMIFCNT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a


fenômenos físicos, químicos e/ou biológicos.

(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências da Natureza para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e
intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.

(EMIFCNT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados às Ciências da
Natureza.

(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e


ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades

231
culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em
fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Habilidades do Eixo Processos criativos

(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à


Matemática para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam
a produção de novos conhecimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações
e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como
adequando-os às situações originais.

(EMIFMAT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais, considerando a aplicação dos conhecimentos matemáticos associados ao
domínio de operações e relações matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver
novas abordagens e estratégias para enfrentar novas situações.

(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às


Ciências da Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando
e contrapondo diversas fontes de informação.

(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para


problemas reais, considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias
digitais, programação e/ou pensamento computacional que apoiem a construção de
protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida
e/ou os processos produtivos.

232
15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I
a) Experimentos educativos.
b) Exercícios empíricos.
c) Práticas de observação.
d) Discussão de processos e da produção de conhecimento científico em diversos campos
do saber.

Unidade II
a) Aprendizagem investigativa socioambiental.
b) Análise das condições ambientais locais e propostas de intervenção.

Unidade III
a) Investigação socioeconômica.
b) A relação entre indicadores (quantitativos) socioeconômicos locais.

A cada unidade, será realizada a introdução ou aprofundamento dos conceitos abaixo


listados, ligados à investigação científica, sem, entretanto, limitar a criatividade dos
estudantes quanto às diversas formas individuais de refletir ou criar ciências.

Práticas Investigativas

a) Tipos de pesquisa.
b) Planejamento da pesquisa.
c) Amostra/Amostragem.
d) Coleta de dados.
 Incerteza de medição.
 Definição de material e fonte de pesquisa.
e) Análise de resultados.
 Propagação de incerteza (soma/subtração e multiplicação/divisão).

233
f) Avaliação dos resultados e as respectivas implicações científicas e sociais.

Experimentação Científica

a) Tipos de experimentos.
b) Diferença entre o experimento e a observação.
c) Planejamento experimental.
d) Análise dos resultados dos experimentos.
 Correlação linear.
 Identificação de padrões.
e) Avaliação de causa e efeito das variáveis investigadas no processo experimental.
 Correlações espúrias.

Escrita e Divulgação Científica

a) Tipos de textos científicos.

b) Planejamento da escrita de textos científicos.

c) Regras básicas para submissão de trabalhos científicos (Revistas e Eventos).


d) Avaliação de impacto dos eventos científicos locais através da análise crítica dos anais

publicados.

16. METODOLOGIA

Unidade I

Discussão acerca de questões cotidianas locais e globais partindo de pré-impressões (base


para diário conjectural). Exercícios de deriva no sentido de estimular a autonomia de
percepção e identificação de aspectos e fenômenos do cotidiano (base para diário de
bordo). Discussão dos processos de deriva (embate entre os dois tipos de diários).
Abordagem dos temas oriundos da experiência empírica individual e em grupo.

234
Unidade II

Construção de problematização baseada em aspectos socioambientais que envolvem a


escala local.

Unidade III

Identificação e seleção de variáveis que quantifiquem problemas socioeconômicos locais.

No Quadro 1 sugere-se uma metodologia para as aulas, baseada em materiais de referência


consultados previamente. Entretanto, o professor deve se sentir livre para adaptar este
formato de acordo com o perfil da turma. A partir desse percurso metodológico, espera-se
que os estudantes desenvolvam competências como a valorização do conhecimento, o
pensamento científico, crítico e criativo, e a argumentação experimentando ser protagonista
de sua aprendizagem, bem como, desenvolvam protagonismo e autonomia para que se
reconheçam como potenciais agentes de transformação da realidade em que vivem.

17. PRODUTOS

Unidade I

 Diário conjectural: O estudante escreverá diariamente acerca das suas reflexões,


descobertas e aprendizagens sobre os objetos de conhecimentos da unidade letiva.
 Diário de bordo: Os estudantes irão fazer anotações e registrar etapas, descobertas e
novas indagações de um processo de pesquisa científica ou desenvolvimento de um
projeto.
 Montagem do formato para trabalho avaliativo, na perspectiva da investigação.
 Planejamento (tema, objetivos e método) de uma instalação no espaço escolar ou
da cidade para averiguar os impactos e discussão posterior. (Trabalho em grupos)

235
Unidade II

 Relatório de Diagnóstico Socioambiental: os estudantes poderão construir relatórios


simplificados com a caracterização das condições ambientais do seu entorno se
atentando para os principais recursos naturais existentes e os problemas ambientais
encontrados.
 Informes para a popularização do conhecimento Científico: construção de notícias,
informativos e publicações em mídias sociais ou outros meios com o intuito de
popularizar na comunidade local informações sobre as interações com o meio ambiente
e os problemas associados.
 Propostas de Intervenção Socioambiental: criação de um painel colaborativo com um
conjunto de propostas viáveis para solucionar problemas socioambientais encontrados
em seu entorno.

Unidade III

 Texto informativo (Cartaz, folheto ou panfleto): serão confeccionados pelos


estudantes para informar a comunidade acerca dos assuntos trabalhados na unidade.
 Produção científica apresentada em formato de relatório, expressão audiovisual,
canção, paródia, poema, desenho, grafite, coreografia etc. Os estudantes irão
compartilhar o conhecimento adquirido na unidade por meio de suas produções.
 Texto de divulgação científica: estudantes irão elaborar textos expositivos
argumentativos, produzidos através de pesquisas, aprofundamentos teóricos e
resultados de investigações sobre o tema estudado.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Unidade I

Roda de conversa com a comunidade escolar, apresentação da produção científica.


Produção de material para divulgação em mídias sociais.

236
Unidade II

Elaboração de diagnóstico socioambiental. Criação de informativos educativos para difundir


os dados da realidade socioambiental local de uma forma clara voltada para a informação
e sensibilização da população para temas de interesse da comunidade. Promoção de um
seminário científico para discutir a avaliar possíveis soluções para os problemas
socioambientais encontrados. Participação em eventos científicos.

Unidade III

Produção de protótipos, experimentos, filmes, coreografias, peça teatral, instalação artística,


dentre outras formas de expressão. Participação em eventos científicos/feira de ciências.
Publicação de artigos em anais de eventos científicos. Produção para as mídias sociais.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Unidade I

Acompanhamento do desenvolvimento das discussões e produtos, desde a


criação/definição do tema, suas transversalidades, até a proposição das formas de
sociabilização.

Unidade II

Avaliação do processo de levantamento dos dados e socioambiental para a construção do


diagnóstico e as propostas de intervenção elaboradas. A organização do seminário
científico.

237
Unidade III

Apreciação do relatório e produções gerados com base em critérios construídos pelos


próprios estudantes, sob orientação do professor.

20. RECURSOS

Inicialmente sugere-se o levantamento dos materiais e meios para a elaboração do produto


a partir das condições possíveis, promovendo, através da demanda, uma postura criativa
diante da realidade da escola, considerando, inclusive, a importância em se pensar as
circunstâncias de como realizar ações/atividades propostas.

O acesso à Internet possibilita, por exemplo, o uso de ferramentas interativas: Miro, Slido e
Padlet; de plataforma de aulas e de plataformas de streaming, o acesso a sites de referências
e a recursos de edição como o Canva.

O Ebook Práticas investigativas: do pensamento ao gesto da produção científica, de acesso


livre book, encontra-se em construção. Seu acesso será realizado por meio do site do
projeto Ciência de Dados na Educação Pública ou do Laboratório de Pesquisa Gamma
(gamma.ufba.br).

Materiais
Sala de aula e outros espaços da escola, como biblioteca, auditório e pátio; Material básico
escolar (lápis, borracha, caderno, dentre outros, para a elaboração dos diários; Materiais do
dia-dia selecionados pelos alunos para experimentação; Equipamentos eletrônicos como
computadores, tablets e/ou celulares para acesso à internet; Aparelho de som, caixa de som,
projetor, televisores, microfone e/ou demais recursos para apresentação de mídia; Materiais
de escritório para confecção de painéis, cartazes, banners e outros; Materiais para
impressões e fotocópias; Material de apoio como papel de diferentes tamanhos e
espessuras, tesouras pequenas e grandes, canetas hidrocor de diferentes espessuras,
diferentes tipos de colas, fitas adesivas, materiais para pintura como tintas, pincéis, etc.
Software para geração de gráficos; e ferramentas de pesquisa online.

238
Humanos
Professores.
Gestores.
Pais e/ou comunidade em geral.

21. REFERÊNCIAS

Para professores

Textos, artigos e livros

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2020. Disponível em:


https://www.normasabnt.org/. Acesso em: 01 fev. 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC Secretaria de
Educação Básica, 2018.

BENDER, W. N. Aprendizagem baseada em projetos - Educação diferenciada para o século


XXI. Porto Alegre: Penso, 2014. 156 p.

DAMÁSIO, A. E o cérebro criou o homem. São Paulo, Companhia das Letras, 2011.

Desafios do Ensino de Ciências na Atualidade / organizadores: Robson Coutinho-Silva,


Grazielle Rodrigues Pereira, Livia Mascarenhas de Paula – Rio de Janeiro: Espaço Ciência
Viva, 2019.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 51. ed.


Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2015. 144 p.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. -29. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006. 193
p

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019

MATURANA, H; VARELA, F. A árvore do conhecimento. São Paulo: Palas Athena, 2001.

239
ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA. Práticas de Aula Nova Escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/. Acesso em: 01 fev. 2021.

Trajetórias criativas: jovens de 15 a 17 anos no ensino fundamental: uma proposta


metodológica que promove autoria, criação, protagonismo e autonomia: caderno 7:
iniciação científica / [organizadores, Italo Modesto Dutra ... et al.]. – Brasília: Ministério da
Educação, 2014. 18 p.: il

Referências sugeridas para os desenvolvimentos das unidades

Unidade I

Ebook – Práticas investigativas. Do pensamento ao gesto da produção científica: Ciência de


Dados na Ed. Pública. (em fase de publicação). (Temas 1, 4, 7, 8 e 9)

SILVA, M. A. Habitar o espaço, produzir com as mãos: experiências em dinâmicas do


espaço habitado na Fau/Ufal. In: Revista Ímpeto. N. 05. Maceió: Edufal, 2016, pp.06-10.
(Temas 2, 6 e 8)

JANELAS da alma. Direção de João Jardim e Walter Carvalho. 2001.(Tema 3)

NARRADORES de Javé (filme). Direção de Eliane Caffé. Bananeira Filmes/Gullane,


Filmes/Laterit Productions. Riofilme. (Brasil): 2003. (Tema 5).

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Salina, 2011. (Tema 10)
Unidade II e III

Ebook – Práticas investigativas. Do pensamento ao gesto da produção científica: Ciência


de Dados na Ed. Pública. (em fase de construção).

Ebook - Introdução à Ciência de Dados: Ciência de Dados na Ed. Pública. Uma introdução
gentil à Ciência de Dados (em fase de publicação).

BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 20. ed.


Petrópolis: Vozes, 2011.

240
CARVALHO, A. M. P. de. Ensino de ciências por investigação: condições para
implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base -


Ensino Médio. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site
_110518.pdf. Acesso em: 01 fev. 2021.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores de desenvolvimento


sustentável: Brasil: 2015. Rio de Janeiro. IBGE, 2015. 351p. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=294254.
Acesso em: 01 fev. 2021.

IPEA - Instituto de pesquisa de Economia Aplicada. Agenda 2030 - Objetivos de


Desenvolvimento Sustentável Metas Brasileiras. 2018.

Indicadores Ambientais Nacionais. Disponível em: Indicadores Ambientais Nacionais -


Conjuntos de dados - Portal Brasileiro de Dados Abertos.

Indicadores Ambientais no Brasil. Disponível em: Indicadores Ambientais no Brasil: Aspectos


Ecológicos, de Eficiência e Distributivos (ipea.gov.br).

Artigos e Teses

Barros, D., & Fortuna, S. (2019). Ensino de ciências em quadrinhos e fanzines: abordagens
sobre dengue, zika e chikungunya em criações de discentes do ensino superior. 116
Teaching science in comics and fanzines: approaches on dengue, zika and chikungunya in
creations of students of, 239–285. https://seer.ufs.br/index.php/Cajueiro/article/view/13785

Barros, D., & Fortuna, S. (2017). Tese de Doutorado - Prospecção de materiais educativos
impressos sobre saúde no Instituto Oswaldo Cruz e desenvolvimento de metodologia
para avaliação de materiais através de oficinas criativas de fanzines e quadrinhos.
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23818

241
Zonzon, C. N. (2007) Tese de Doutorado - A Roda da Capoeira Angola: os sentidos em jogo.
Christine Nicole Zonzon. Salvador: C. N. Zonzon, 2007.138 f. Disponível em:
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10231

Sites

PROJETO CIÊNCIA DE DADOS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA. Site do Projeto Ciência de Dados


na Educação Pública: material de apoio a professores e estudantes. Material de apoio a
professores e estudantes. Disponível em: https://cienciadedadosep.wixsite.com/cdep.
Acesso em: 01 fev. 2021.

FEBRACE: feira brasileira de ciência e engenharia. Disponível em: https://febrace.org.br/.


Acesso em: 01 fev. 2021.

ENCONTRO de Jovens Cientistas. Disponível em:


https://www.facebook.com/EncontroDeJovensCientistas. Acesso em: 01 fev. 2021.

FBJC: feira brasileira de jovens cientistas. Disponível em: https://fbjc.com.br/regras.php.


Acesso em: 01 fev. 2021.

FEMIC: feira mineira de iniciação científica. Disponível em: https://femic.com.br/. Acesso


em: 01 fev. 2021.

ESPAÇO ciência. Disponível em: http://www.espacociencia.pe.gov.br/?atividade=ciencia-


jovem. Acesso em: 01 fev. 2021.

FCAP: feira de ciência do agreste pernambucano. Disponível em:


https://feiradecienciaspe.com.br/. Acesso em: 01 fev. 2021.

CENTRO nacional de monitoramento e alertas de desastres naturais. Disponível em:


http://educacao.cemaden.gov.br/. Acesso em: 01 fev. 2021.

Vídeos

CLARK, Lygia. Caminhando. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=UMz4pY26b9IAcesso?. Acesso em: 01 fev. 2021.

242
USP, Universidade de São Paulo. Fundamentos Metodológicos para o Ensino de Ciências.
Disponível em:

http://eaulas.usp.br/portal/course.action;jsessionid=42EFCE0DC00F4F2DF1CCB572DC6A62
52?course=4422. Acesso em: 01 fev. 2021.

REDE CIÊNCIA ARTE E CIDADANIA. Disponível em:

https://www.youtube.com/channel/UCossktrVRPN17aroFsqEJ_w. Acesso em: 01 fev. 2021.

Recursos de interação

Padlet: https://pt-br.padlet.com/

Slido: https://www.sli.do/

Kahoot: https://kahoot.it/

Miro: https://miro.com/

Para estudantes

Livros

FULFARO, Mari; THENÓRIO, Iberê. O Grande Livro de Ciências do Manual do Mundo.


Sextante, 2019.

IGNOTOFSKY, Rachel. As cientistas (50 mulheres que mudaram o mundo). Blucher, 2017.

JOURDANE, Jim. Desventuras na Ciência. Blucher, 2019.

O livro da ciência, Globo Livros: 2ª edição, 352 páginas, 2016.

Vídeos

NERDOLOGIA. Disponível em: https://www.youtube.com/c/nerdologia/videos. Acesso em:


01 fev. 2021.

243
MANUAL DO MUNDO. Disponível em:
https://www.youtube.com/c/manualdomundo/videos. Acesso em: 01 fev. 2021.

AFRICALOVER. Disponível em: https://www.youtube.com/hashtag/africalover. Acesso em:


01 fev. 2021.

CNPQOFICIAL. Somos todos cientistas. Disponível em: https://youtu.be/pQgdKpEaKXA.


Acesso em: 01 fev. 2021.

MSFBRASIL. Os processos de desenvolvimento de uma vacina. Disponível em:


https://youtu.be/R2AhN9PRx1I. Acesso em: 01 fev. 2021.

Filmes

O MENINO E O MUNDO. Direção: Alê Abreu. Distribuição: Espaço Filmes/ Lanterna de


Pedra Filmes. (Brasil): 2013.

WALL-E. Direção: Andrew Stanton. Produção: Pixar. Distribuição: Walt Disney Studios
Motion Pictures (Estados Unidos): 2008.

O MENINO QUE DESCOBRIU O VENTO. Direção: Chiwetel Ejiofor. Distribuição: Netflix,


2019.

Mídias sociais

MENINAS NA CIÊNCIA DE DADOS. Instagram: @menina.cientista. Disponível em:

https://instagram.com/menina.cientista?igshid=1mcqzfuj8ergw. Acesso em: 01 fev. 2021.

MINAS FAZ CIÊNCIA. Instagram: @minasfazciencia. Disponível em:

https://instagram.com/minasfazciencia?igshid=11mc6wo3wmyn. Acesso em: 01 fev. 2021.

MENINAS EXATAS UFPR. Instagram: @meninasexatasufrp. Disponível em:

https://instagram.com/meninasexatasufpr?igshid=w683o9fhx8br Acesso em: 01 fev. 2021.

244
MULHERES NAS CIÊNCIAS UFPR. Instagram: @mulheresnasciencias.ufrp. Disponível em:
https://instagram.com/mulheresnasciencias.ufpr?igshid=1h59xqkdjcn8s. Acesso em: 01 fev.
2021.

ABRIC. Instagram: @abric. Disponível em:

https://instagram.com/meninasexatasufpr?igshid=w683o9fhx8br. Acesso em: 01 fev. 2021.

PRETAS NA CIÊNCIA. Instagram: @pretasnaciencia. Disponível em:

https://instagram.com/pretasnaciencia?igshid=1ssvsdoer7y6f. Acesso em: 01 fev. 2021.

STEM PARA AS MINAS. Instagram: @stemparaminas. Disponível em:

https://instagram.com/stemparaminas?igshid=1htmu5eg2ifyj. Acesso em: 01 fev. 2021.

NORDESTE NERD. Instagram: @nordestenerd. Disponível em:

https://instagram.com/nordestenerd?igshid=x42aqji0oj1k. Acesso em: 01 fev. 2021.

ALPHABIO. Instagram: @alphabio.unicamp. Disponível em:

https://instagram.com/alphabio.unicamp?igshid=k9qsveg5vlpw. Acesso em: 01 fev. 2021.

Inspirações e produções dos estudantes

Esta disciplina foi proposta a partir da implementação de ações do Projeto Ciência de Dados
na Educação Pública, desde 2019, em cinco escolas públicas de Salvador. Assim, agindo em
cinco frentes de trabalho, a saber: Ciência de Dados, Inteligência artificial, Exploração do
pensamento científico, (Re)conhecendo Salvador e Protagonismo racial, social e de gênero
– a equipe do Projeto desenvolveu práticas exitosas que contribuíram para a formação dos
discentes, especialmente no agenciamento e fortalecimento de transformações sociais.
Proponente da disciplina, a equipe de Produção de Conhecimento Científico estimula
estudantes a se perceberem como investigadores científicos e partícipes de mudanças da
sociedade, enquanto refletirem sobre ciências no seu cotidiano e na sua relação dos
diversos aspectos que compõem o seu entorno e sua cidade. Pode-se citar algumas
produtos inspiradores desenvolvidos neste projeto por estudantes meninas de 12 a 17 anos,

245
a saber, construção de jogos eletrônicos que tratam da mobilidade de cadeirantes na
comunidade e de jogos de tabuleiro em referência aos impactos ambientais de nossas
ações, proposição de ferramentas para a redução do desperdício de alimentos na escola,
levantamento e análise de dados sobre bullying na escola e na comunidade, e criação de
poesia para retratar desigualdades de gênero, dentre outros.
Fruto das nossas atividades em parceria com alguns professores das escolas inseridas no
projeto, no ano de 2020 estudantes participaram da Feira de Ciência do Agreste
Pernambucano - FCAP, seus temas de projetos científicos e links dos vídeos estão listados
a seguir:

Densidade de Sólidos e de Fluidos de um Campo de Petróleo: Determinação Experimental


e Simulação Interativa: https://fb.watch/1gkqy8iag1/

Medição do pH de soluções utilizando diferentes métodos experimentais e simulação


interativa. https://fb.watch/1glpFnL8f3/

Rotina dos alunos do Colégio Estadual Ypiranga - CEY na pandemia.


https://www.facebook.com/watch/?v=830047974428506

Adubo Orgânico Caseiro. https://www.facebook.com/watch/?v=392835515207156

Os postos de saúde e a qualidade do atendimento à população.


https://www.facebook.com/watch/?v=1560201997515180

Também é fundamental a inspiração dos movimentos de iniciação científica no País,


e na Bahia:

Finalistas e premiados na FEBRACE 2021.

https://febrace.org.br/arquivos/site/_conteudo/pdf/finalistas/lista_finalistas_2021_NE.pdf

Estudantes de São Félix do Coribe são finalistas na FEBRACE 2021 por criarem tinta ecológica
e gerador de energia eólica. http://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/estudantes-de-
sao-felix-do-coribe-sao-finalistas-na-febrace-2021-por-criarem-tinta-ecologic

Estudantes de Matina são finalistas da FEBRACE por projeto sobre mulheres negras e
indígenas.

246
http://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/estudantes-de-matina-sao-finalistas-da-
febrace-por-projeto-sobre-mulheres-negras-e-indigena

Projetos de estudantes sobre valorização da cultura quilombola e das mulheres são finalistas
da FEBRACE. http://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/projetos-sobre-valorizacao-da-
cultura-quilombola-e-das-mulheres-elaborados-phttps://fb.watch/1glpFnL8f3/or-
estudantes-d

21. PROTAGONISMO ESTUDANTIL PARA ENFRENTAMENTO DO


RACISMO

1. TÍTULO DA ELETIVA
Protagonismo estudantil para o enfrentamento do racismo

2. PROPONENTE
Universidade Federal da Bahia

3. AUTORES/AS
Ana Carolina Costa dos Santos
Daniele dos Santos Lima
Karla Patrícia Oliveira Esquerre
Talita Nunes Costa

4. REVISORA
Ana Valéria Scavuzzi de Souza

5. ÁREA (S) DO CONHECIMENTO


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Linguagens.

247
6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 80h

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas

8. EMENTA

Estudo de relações raciais no Brasil. Conceituação e comparação de colorismo e


branquitude. Análise do Mito da Democracia Racial. O que é Necropolítica e seus impactos
sociais. Compreensão do racismo na escola: identificação e ação. Como o racismo influencia
na prática de intolerância religiosa. Segregação e discriminação racial algorítmica.
Implicações midiáticas na representatividade negra. Entendimento de dimensões
interseccionais: raça, gênero e classe. Literatura negra e a conquista da representatividade.
Políticas de Ações afirmativas e o Dia Internacional de Luta contra a discriminação racial.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Compreender criticamente as diversas expressões do racismo no Brasil e promover


mudanças de atitudes, dentro e fora da escola, que priorizem a busca pela justiça social.

9.1 OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

 Analisar a construção das relações raciais no Brasil a partir do mito da democracia racial
e da ideologia do branqueamento.
 Identificar a existência do racismo no ambiente escolar e nos livros didáticos.
 Reconhecer expressões de cunho racista utilizadas no dia a dia.
 Inferir sobre a ausência de representatividade negra nos meios de comunicação.
 Compreender os impactos sociais das práticas de extermínio da população negra no
Brasil.
 Investigar como o racismo influencia nas práticas de intolerância religiosa.
 Avaliar como o preconceito racial pode influenciar na produção de tecnologias.

248
 Entender a relação entre raça, gênero e classe e como esses diferentes sistemas de
opressão são concomitantes.
 Refletir criticamente sobre temas raciais a fim de propor soluções para os problemas
apresentados.
 Perceber a produção literária negra como construção de subjetividades, vivências e
tessituras narrativas de escritores/as negros/as.
 Comprovar a importância das políticas de ações afirmativas em um contexto de luta e
resistência racial.
 Pesquisar sobre relações raciais no Brasil, a fim de aguçar o pensamento científico.
 Escrever textos informativos que possibilitem a participação em eventos científicos e
outras publicações.

10. UNIDADE CURRICULAR

Tendo em vista que o componente almeja o desenvolvimento de Competências que


permitam o estudante compreender, identificar e agir perante questões de opressão racial,
é necessário extrapolar a sala de aula. Sendo assim, propõe-se a criação de um Núcleo de
estudos, que possibilite não apenas discutir o assunto a partir de múltiplos olhares
temáticos, mas incentivar a pesquisa, a escrita de textos científicos e informativos, que sejam
utilizados tanto no âmbito escolar - modificando uma cultura organizacional, que pode
comportar práticas racistas - mas também em eventos de que envolvam a comunidade intra
e extra escolar – palestras, exposições, rodas de conversas, encontros - que discutam as
opressões raciais no Brasil e propiciem aos estudantes serem agentes de transformação.
Assim, para além da formação de sujeitos críticos, conectados com a realidade, intenta-se
também aguçar o pensamento analítico e a investigação científica.

11. TEMAS INTEGRADORES E TRANSVERSAIS DA ELETIVA

 Multiculturalismo
Diversidade cultural.

249
Educação para valorização das matrizes históricas e culturais brasileiras.
Identidade cultural.
Opressões raciais.

 Cidadania e civismo
Educação em direitos humanos.
Educação para justiça social.

12. EIXOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Mediação e Intervenção Sociocultural.


Investigação científica.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com


curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando


dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.

(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações


científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,


identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem

a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

250
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro,
agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a
mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução


para problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou
global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem
comum.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


EIXOS ESTRUTURANTES

Investigação científica

(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes

mídias.

(EMIFCHS02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica,


social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.

(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,


exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

251
Mediação e Intervenção Sociocultural

(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de


mediação e intervenção por meio de práticas de linguagem.

(EMIFLGG09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e


ambiental, selecionando adequadamente elementos das diferentes linguagens.

(EMIFCHS07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e


ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades
culturais e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em
fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

(EMIFCHS09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver


problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA

Unidade I

Mito da Democracia Racial


a) Silenciamento de questões raciais.
b) Marcas da escravidão no Brasil.
c) Desigualdade social.

252
Colorismo e branquitude
a) Branqueamento e embraquecimento no Brasil.
b) Expressões eufêmicas para questões raciais.
c) Projeto de segregação racial brasileiro.

Interseccionalidade: raça, gênero e classe


a) Opressões simultâneas de gênero e raça.
b) O papel social da mulher negra.
c) Feminismo negro.

Unidade II

Necropolítica
a) Biopolítica e biopoder.
b) Dizimação da população negra.
c) Racismo estatal.

Racismo e Intolerância Religiosa


 Violação dos direitos humanos.
a) Discurso de ódio.
b) Racismo religioso.

Tokenismo, segregação e discriminação algorítmica na Inteligência Artificial.


a) O papel da ciência na construção/desconstrução do racismo.
b) Racismo algorítmico.
c) Inclusão superficial das minorias.
d) Práticas sociais que refletem no mundo virtual.

253
Unidade III

Representatividade negra e Preconceito racial na mídia


a) Papel social da mídia.
b) Importância da representatividade.
c) Prática do Blackface.
d) Fake News e racismo

Racismo no ambiente escolar


a) O livro didático.
b) A mediação dos agentes escolares.
c) Impactos na vida do estudante.

Literatura negra
a) Subjetividades.
b) Escrevivências.
c) Autores negros.

Políticas de Ações Afirmativas e o Dia Internacional de Luta contra a discriminação


racial
a) Reparação das desigualdades raciais no Brasil.
b) Combate à discriminação racial.
c) Ações de resistência.

16. METODOLOGIA

A eletiva “Protagonismo estudantil para o enfrentamento do Racismo” dialoga com a


metodologia freiriana, pois acredita no conhecimento como essencial à promoção de
liberdade. A compreensão do contexto sociocultural do estudante que, por vezes, tem em
sua trajetória a marca do racismo e a tentativa de apagamento da sua negritude em diversos
âmbitos sociais é imprescindível à mediação que o docente vai realizar, a fim de despertar

254
o aluno para a leitura de mundo e para o desenvolvimento da consciência crítica e reflexiva.
Sendo assim, a metodologia freiriana não apenas prioriza o educando, mas também o
educador-mediador, que está em constante processo de aprendizagem, a partir da
interação com estudantes. Salienta-se que a valorização dos conhecimentos dos discentes
tende a torná-los mais participativos, ao fortalecimento da autoestima, ao espírito
questionador e ao desejo de transformação da realidade.

Ademais, complementarmente, as metodologias ativas também reconhecem o


protagonismo estudantil e coadunam com a proposta do componente, uma vez que o
educando participa ativamente do seu processo de aprendizagem, debatendo, criticando,
fazendo, construindo o conhecimento com o docente e com o grupo. Nesse sentido, a
proposição é de que o docente trabalhe com sala de aula invertida, que além de otimizar o
tempo, possibilita ao estudante o acesso a diversos materiais de estudos, levando para a
classe as suas dúvidas, suas considerações, relatos pessoais, problemas na
comunidade/cidade/estado/país, a fim de compartilhá-lo com o docente e os outros
discentes. Com isso, serão possibilitadas ao professor a proposição de análise de estudos
de caso ou de situações-problema, as quais os discentes irão pensar como mediadores e
buscarão a proposição de intervenções.

Como a intencionalidade da eletiva é - para além de tornar os estudantes sujeitos críticos


de seus contextos de existência, agentes de transformações sociais - uma produção que
alcance para além dos muros escolares com a elaboração/proposição de textos/eventos
científicos/artísticos que consigam debater e dirimir questões raciais na sociedade, destituir
preconceitos e sejam veiculados localmente e/ou nacionalmente. Além disso, é preciso
intentar ações que permitam a esses sujeitos: revisitarem seu vocabulário (que pode trazer
expressões pejorativas), ressignificarem uma música ou o olhar para as produções
televisivas - buscando (e exigindo) a representatividade, a compreensão da literatura para
além dos cânones (que, às vezes, traz um apagamento histórico do negro), possibilitando o
acesso a narrativas de autores negros, que evidenciam a necessidade de luta, de ação e de
mobilização social.

É importante salientar que a proponente desta eletiva possui, como material didático, um
e-book que versa sobre questões raciais, norteador de todas as pautas aqui apresentadas e

255
todos os conteúdos propostos, inclusive dialoga com o/a docente sobre sua prática, sobre
o modo de realizar a mediação didática, a proposição de discussões, de reflexão de
vocábulos, de curiosidades, sugestões de leituras diversas, além das intertextualidades. Tal
material será disponibilizado ao docente que mediará a eletiva, a fim oferecer total suporte
e sanar dúvidas que possam surgir durante o processo em sala de aula.

17. PRODUTOS

Unidade I

 Escrita de diário: escrita diária de reflexões, descobertas e aprendizagens do estudante


sobre os objetos de conhecimentos da unidade letiva.
 Relato pessoal: resgate e escrita de vivências e memórias do estudante relacionadas aos
assuntos discutidos nas aulas.
 Diário de bordo: anotações e registros de etapas, descobertas e novas indagações de
um processo de pesquisa científica ou desenvolvimento de um projeto.
 Texto de divulgação científica: elaboração de textos expositivos argumentativos,
produzidos através de pesquisas, aprofundamentos teóricos e resultados de
investigações sobre o tema estudado.

Unidade II

 Roda de conversa: com orientação do/a professor/a, os alunos irão discutir os assuntos,
questionamentos e materiais de apoio apresentados no decorrer do semestre letivo;
 Texto informativo (Cartaz, folheto ou panfleto): confecção de materiais pelos
estudantes para informar à comunidade acerca dos assuntos trabalhados na Unidade.
 Produto audiovisual: produção de Podcasts ou vídeos dedicados a tratar dos temas
abordados durante as aulas da eletiva, com base nas discussões, textos e materiais de
apoio.

256
Unidade III

 Seminário: divisão de estudantes em grupos e apresentação oral de assuntos propostos.


 Composição artística (canção, paródia, poema, desenho, grafite, coreografia etc.):
compartilhamento do conhecimento adquirido na Unidade pelo estudante através de
manifestações artísticas que tenham relação com o tema estudado.
 Finalização da unidade letiva: criação de um painel colaborativo para que os
estudantes possam refletir e registrar coletivamente seus aprendizados.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

 Escrita de diário, relato pessoal, diário de bordo e texto de divulgação científica: os


registros poderão ser compartilhados com a turma ao longo da Unidade letiva e/ou
postados em blog.
 Roda de conversa: convite a toda a comunidade escolar para participar das rodas, a fim
que as reflexões ganhem abrangência e não fiquem apenas no contexto da sala de aula.
 Texto informativo (Cartaz, folha ou panfleto): divulgação dos textos produzidos
através de cartazes, panfletos ou outros veículos de comunicação destinados à
comunidade escolar.
 Divulgação Produto audiovisual: divulgação em plataformas digitais de podcasts e
vídeos com o objetivo de compartilhar o aprendizado para diversos usuários das mídias
sociais.
 Seminário e qualquer composição artística (canção, paródia, poema, desenho,
grafite, coreografia etc): apresentações dos estudantes para todo o público escolar,
além de familiares ou pessoas da comunidade, oportunizando o contato com os temas
abordados na eletiva.

257
19. PROCESSOS AVALIATIVOS

Partindo do pressuposto que a eletiva busca a formação de um sujeito agente de


transformações, compreende-se que os instrumentos avaliativos devem indicar para a
Avaliação formativa, através da qual o docente busca vários métodos avaliativos para
perceber o êxito (ou não) do processo de ensino-aprendizagem (o qual tem por finalidade
um estudante apto à reflexão, à criticidade e à solução de problemas). Dessa forma, o
diálogo constante de professores e alunos possibilita, para além da construção de vínculos,
a possibilidade de construir saberes juntos, de apontar falhas e de pensar o processo de
ensino-aprendizagem. É importante salientar que se trata de uma metodologia avaliativa
que engloba discentes e docentes, pois ambos devem trazer feedbacks atualizados, tanto o
docente para o discente, quanto vice-versa.

A adoção de vários métodos avaliativos possibilita ao estudante se expressar, compreender,


se engajar, a exemplo de escrita de textos – diário, relato pessoal, texto de divulgação
científica, textos informativos etc. – seminários, rodas de conversa, produção audiovisual,
composição artística e painel. Além disso, é importante que o docente dialogue com os
estudantes também sobre os instrumentos avaliativos, fazendo com que eles sejam, de fato,
parte do processo. Nesse contexto, considera-se a autoavaliação – que possibilita ao
estudante a compreensão do seu processo de aprendizagem - e a coavaliação – que
propicia estudantes a se auxiliarem mutuamente, uma vez que, como parte do processo de
aprendizagem, podem contribuir com um colega observando inadequações, apontando
soluções. Salienta-se que a adoção dessa prática avaliativa na eletiva corrobora também
com questões atitudinais, estimulando valores morais e éticos, autonomia,
responsabilidade, autoconhecimento. Ademais, supera-se a ideia de que os discentes são
apenas números, de que uma nota define quem eles são, desconsiderando os diversos
aspectos da aprendizagem.

258
20. RECURSOS

Físicos
Sala de aula (estudantes em semicírculo).

Materiais
Cadernos, canetas, lápis e borrachas para registro de diários; Textos, imagens e vídeos para
material de apoio das discussões em sala; Folhas ou Cartolinas e canetinhas para os textos
informativos a serem divulgados; Computador e impressora para a confecção dos panfletos
informativos; Celular, aplicativos gratuitos de gravação de áudio ou vídeo e internet para a
produção audiovisual; Internet para acessar aplicativos e sites de referência.

Humanos
Professores; Estudantes; Familiares; Comunidade.

21. REFERÊNCIAS

Mito da Democracia Racial

Texto, Artigos e Livros

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime
da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Democracia Racial. In Oliveira, Iolanda de. Cadernos
Penesb 4. Niterói, EdUFF, 2002

MAGGIE, Yvonne. Uma nova pedagogia racial? Revista USP. São Paulo, n.68, dez/fev, 2006.

MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo,


identidade e etnia. In: BRANDÃO, A. (Org) Programa de educação sobre o negro na
sociedade brasileira. Ed. UFF: Niterói-RJ, 2004.

259
REIS, Fábio Wanderley. Mito e valor da democracia racial, in SOUZA, Jessé (org.).
Multiculturalismo e racismo: uma comparação Brasil – Estados Unidos. Brasília: Ed.
Paralelo 15, pp. 221-232, 1997.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças – cientistas, instituições e questão


racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Aplicativos e Sites
REVISTA AFIRMATIVA. Instagram: @revistaafirmativa. Disponível em:
https://www.instagram.com/p/CBlbq6Mlg6V/?igshid=1lb2mb2xfkp6k. Acesso em: 20 fev
2021.

Referências para os estudantes


CANAL PRETO. Entenda o mito da democracia racial. 16 de abril. 2019. Duração: 8 '35".
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d775DrTsgqM . Acesso em: 24
ago.2020

Colorismo e branquitude

Texto, Artigos e Livros

A Mulata Globeleza: Um Manifesto. Disponível em: https://www.geledes.org.br/a-mulata-


globeleza-um-manifesto/. Acesso em: 10 set. 2020.

BENTO, Maria Aparecida; “Branqueamento e Branquitude no Brasil”. In:


CARONE, Iracy &

BENTO, Maria Aparecida (Orgs.); Psicologia Social do Racismo: estudos


sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

BERTH, Joice. Embranquecimento e Colorismo: estratégias históricas e institucionais do


racismo brasileiro. Disponível em: https://www.geledes.org.br/embranquecimento-e-
colorismo-estrategias-historicas-e-institucionais-do-racismo-brasileiro/. Acesso em: 10 set.
2020.

260
DJOCKIC, Aline. Colorismo: o que é e como funciona. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/colorismo-o-que-e-como-funciona/ Acesso em: 14 set. 2020.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça,


hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. Tese (Doutorado em
Psicologia) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

SILVA, Ana Célia da. Ideologia do embranquecimento. Identidade negra e educação.


Salvador-BA: Ianamá, 1989.

Aplicativos e Sites

ACULDADE ZUMBI DOS PALMARES. Campanha Machado de Assis real. s/d. Disponível
em: http://www.zumbidospalmares.edu.br/campanha-machado-de-assis-real/. Acesso em:
22 set. 2020

Fonte: IBGE Educa Jovens. Conheça o Brasil – População. Cor ou raça. s/d. Disponível em:
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html.
Acesso 14 set. 2020.

FLOR DOS PALMARES. Instagram: @revistaafirmativa. Disponível em:


https://www.instagram.com/flordospalmares/. Acesso em: 20 fev 2021.

H, Zanini. CEF – Machado de Assis ficou branco. s/d. Propaganda da Caixa Econômica
Federal onde o escritor Machado de Assis é retratado como um homem branco).
Duração: 1’. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=10P8fZ5I1Wk. Acesso em:
22 set. 2020.

Referências para os estudantes


Documentário Too black for Brazil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=S0ODz9aIQ_k Acesso em: 10 set. 2020.

Interseccionalidade: raça, gênero e classe

Textos, Artigos e Livros

261
AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo, SP: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. 152 p.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo:
Boitempo, 2016, 244p

HOOKS, B. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Trad. Ana Luíza
Libânio. 4.ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019. 144p.

O que é interseccionalidade? Disponível em: https://www.geledes.org.br/o-que-e-


interseccionalidade/ Acesso em: 19 de outubro de 2020.

Sete livros para conhecer e entender o feminismo negro. O Globo [online]. 02 ago.2019.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/celina/sete-livros-para-conhecer-entender-
feminismo-negro-23848547. Acesso em: 05 nov. 2020.

Aplicativos e Sites
PRETA DOTORA. Instagram: @pretadotora. Disponível em:
https://www.instagram.com/pretadotora/. Acesso em: 20 fev. 2021.

Referências recomendadas para estudantes

Coisa mais linda [Seriado]. Direção: Caíto Ortiz, Hugo Prata e Julia Rezende. Produção:
Beto Gauss e Francesco Civita. Rio de Janeiro: Netflix, 2019.

Interseccionalidade – Djamila Ribeiro e Carla Akotirene. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=KFncigGbDeE.

Os desafios de uma mulher na favela da Rocinha. 05 jul. 2019. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=UHhOVCXY3YI. Acesso em: 05 nov. 2020.

Necropolítica

Textos, Artigos e Livros

FUNDO INTERNACIONAL DE DEFESA E AUXÍLIO PARA A ÁFRICA AUSTRAL - IDAF (Org.).


Nelson Mandela: a luta é a minha vida. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1989.

262
MARTINS, Dinaê Espíndola; MACHADO, Frederico Viana. Necropolítica, mídia e o
extermínio da população em situação de rua. In: Anais do Congresso Brasileiro de Saúde
Coletiva, 2018, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos. Campinas, Galoá, 2018. Disponível em:
https://proceedings.science/saude-coletiva-2018/papers/necropolitica--midia-e-o-
exterminio-da-populacao-em-situacao-de-rua. Acesso em: 31 ago. 2020.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios. Revista do PPGAV/EBA/UFRJ. n.32, dez.
2016. p. 122-151.

PEREIRA, Juliana Martins. Horiz. antropol., Porto Alegre, ano 25, n. 55, p. 367-371, set./dez.
2019. Resenha de: MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições, 2018. 80
p.

PESSANHA, Eliseu Amaro; NASCIMENTO, Wanderson Flor do. NECROPOLÍTICA: Estratégia


de extermínio do corpo negro. Revista do Programa de Pós-Graduação em Relações
Étnicas e Contemporaneidade – UESB. v.3, n.6, p.149-176, jul./dez. 2018. Disponível em:
http://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4327. Acesso em: 01 set.2020.

RODRIGUES, Carla e AIRES, Suely. A leitura de ACHILLE MBEMBE no Brasil. Cult [online].
05 nov.2018. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/dossie-leitura-de-achille-
mbembe-no-brasil/. Acesso em: 19 ago.2020

VALE, Maíra Cavalcanti. "Este país é cheio de apartheid", diálogos com mulheres sul-
africanas na província de KwaZulu-Natal. Cad.Pagu, Campinas, n.45, p.51-78, dez. 2015.
Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
83332015000200051&lng=pt&nrm=iso . Acesso em: 03 set. 2020.

Referências para os estudantes

ALBUQUERQUE, Adrian; DUARTE, Marina. O que é necropolítica. Revista Badaró [online].


25 jan.2020. Disponível em: https://revistabadaro.com.br/2020/01/25/o-que-e-
necropolitica/. Acesso em: 01 set.2020.

ALMEIDA, Silvio. Vamos falar de necropolítica? Fórum Permanente pela Igualdade Racial
- FOPIR. Seminário Nacional Genocídios contemporâneos: reagir é preciso! 10 dez. 2019.
Disponível em: https://youtu.be/ZJwHX71v9_o. Acesso em: 03 set. 2020.

263
Racismo e Intolerância Religiosa

Textos , Artigos e Livros

BRASIL, Presidência da República. Lei N° 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Estabelece as


diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino
a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira”. Brasília, 9 de janeiro de
2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso
em: 28 set. 2020.

CARVALHO, Elen. Por que Racismo Religioso e não apenas Intolerância Religiosa? Brasil
de Fato [online]. Disponível em: https://www.brasildefatoba.com.br/2019/07/11/por-que-
racismo-religioso-e-nao-apenas-intolerancia-religiosa. Acesso em: 28 set.2020

MARIANO, Ricardo. Laicidade à brasileira: católicos, protestantes e laicos em disputa


na esfera pública. Civitas: Revista de Ciências Sociais, v. 11, n. 2 p. 238- 258, maio/ago. 2011

Aplicativos e Sites

STADO DA BAHIA. Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Estado


da Bahia. Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI) [online]. s/d. Disponível
em: http://www.sepromi.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=20.
Acesso em: 25 set. 2020.

Guilherme A. Disponível em: https://br.pinterest.com/guilhermeapereira/intolerancia-


religiosa/. Acesso em: 01 out. 2020.

Referências para os estudantes

264
ELA FAZ ASSIM. Podcast. Episódio 8: como lidar com intolerância e racismo religioso?
Disponível em: https://www.futura.org.br/podcast-ela-faz-assim-ep-8-como-lidar-com-
preconceito-intolerancia-e-racismo-religiosos/. Acesso em: 01 out.2020.

O GLOBO [jornal online]. A intolerância religiosa nas escolas. 14 out. 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=XmvhMvcBkgk. Acesso em: 01 out.2020.

UMBANDA, Davi. Racismo religioso. 13 ago. 2020. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=-5-9hdkiMmk. Acesso em: 01 out. 2020.

Tokenismo, segregação e discriminação algorítmica na Inteligência Artificial

Textos, Artigos e Livros

BUOLAMWINI, Joy. Site Poet of Code. 2018. Disponível em: https://www.poetofcode.com/.


Acesso em: 28 jun. 2020.

GERONASSO, Christian. Inteligência Artificial, o caminho para um novo Apartheid. VDI-


Brasil. Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha. [online]. Disponível
em:https://www.vdibrasil.com/inteligencia-artificial-o-caminho-para-um-novo-
arpartheid/.Acesso em: 23 jun. 2020

VDI-Brasil. Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha. [online]. Tokenismo e


Discriminação Algorítmica. Disponível em: https://www.vdibrasil.com/tokenismo-e-
discriminacao-algoritmica/ Acesso em: 25 jun. 2020.

Aplicativos e Sites

FOOD POR THOUGTS. A importância da Diversidade. Kelcy Mayumi Matsuda Braga


(Gerente Sênior de Recursos Humanos - CI&T). Disponível em:
https://www.instagram.com/tv/CCGey4EnC-G/?igshid=qannztexjpa1. Acesso em: 21
set.2020.

SILVA, Tarcízio. Linha do Tempo do Racismo Algorítmico. Blog do Tarcízio Silva, 2020.
Disponível em: <http://https://tarciziosilva.com.br/blog/posts/racismo-algoritmico-linha-
do-tempo>. Acesso em: 20 fev 2021.

265
Referências recomendadas para estudantes

BUOLAMWINI, Joy. How I am Fighting bias in algorithms (Como estou combatendo o


viés nos algoritmos, em português). Duração: 8’36”. Legendas disponíveis em português.
TEDxBeaconStreet. Nov. 2016. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/joy_buolamwini_how_i_m_fighting_bias_in_algorithms#t-4755.
Acesso em 28 jun. 2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE EXECUTIVOS DE FINANÇAS – IBEF Campinas. Mulheres no


mercado de trabalho: uma reflexão sobre equidade. Duração: 1h28’. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6-jxFP1dF60. Acesso em: 21 set. 2020.

Representatividade negra e Preconceito racial na mídia

Textos, Artigos e Livros

ANDI – COMUNICAÇÃO E DIREITOS. Imprensa e racismo: uma análise das tendências da


cobertura jornalística. 2012. Disponível em:
http://www.andi.org.br/sites/default/files/Imprensa-e-Racismo_FINAL_14dez-2012.pdf.
Acesso em: 14 out. 2020.

BERNARDINO, Joaze. Ação Afirmativa e a Rediscussão do Mito da Democracia Racial


no Brasil. Revista Estudos Afro-Asiáticos, [s. l.], v. 24, p. 247-273, 2002. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/eaa/v24n2/a02v24n2.pdf. Acesso em: 05 out. 2020.

CAMPOS, Luiz Augusto; FERES JUNIOR, João. Televisão em cores? Raça e sexo nas
telenovelas “Globais” dos últimos 30 anos. Textos para discussão GEMAA, n. 10, 2015, p.
1-23. Disponível em: http://gemaa.iesp.uerj.br/wp-
content/uploads/2015/12/images_publicacoes_TpD_TpD10_Gemaa.pdf. Acesso em: 14 out.
2020.

CHAVES, Maria Laura Barbosa. O negro na mídia brasileira. 2008. 39 p. Trabalho de


conclusão (Bacharelado em Comunicação Social) - Centro Universitário De Brasília, Brasília,
2008. Disponível em:

266
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/1951/2/20427316.pdf. Acesso
em: 02 out. 2020.

Aplicativos e Sites

ALVES, Soraia. Pesquisa sobre diversidade na publicidade mostra que Brasil ainda
precisa quebrar estereótipos. Disponível em:

https://www.b9.com.br/101008/pesquisa-sobre-diversidade-na-publicidade-mostra-que-
mercado-brasileiro-ainda-precisa-quebrar-estereotipos/. Acesso em: 14 out. 2020.

JUNIOR, Edson. Mídia, fake news e racismo. Revista Brasileira de Segurança Pública, Rio
de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 21, fev/março, 2021. Disponível em:
https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/1122/376. Acesso em:
28 fev. 2021.

RIBEIRO, Stephanie. De Blackface a Whitewashing: As representações racistas na


televisão. Disponível em:

https://www.huffpostbrasil.com/stephanie-ribeiro/de-blackface-a-whitewashing-as-
representacoes-racistas-na-telev_b_12093814.html. Acesso em: 20 out. 2020.

Referências recomendadas para estudantes

Documentário “A Negação do Brasil”. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=S5bgipo2Dic. Acesso: 20 fev 2021.

Podcast Lista Preta. Disponível em:

https://open.spotify.com/show/2UlOEaebgupdKD0URtlTua?si=e51JTxEeTFi76UZADZqNYg.
Acesso: 20 fev. 2021.

Racismo no ambiente escolar

267
Textos, Artigos e Livros

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais


e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Ministério da
Educação, 2004. 37p.

CEDECA/BA. Fluxos de Atenção à Criança e ao Adolescente vítimas de Violações de


Direitos do Município de Monte Santo/BA. 1ª ed. Salvador: CEDECA/BA, dez. 2014, 2018,
63p.: il.

CLASTO, Daiana da Costa; TONIOSSO, José Pedro. Discriminação racial: reflexos no


processo de ensino-aprendizagem e na construção identitária do aluno. Cadernos de
Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro SP, 5 (1): 129-149, 2018. Disponível em:
unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/68/1204201817505
6.pdf. Acesso em: 26 ago.2020.

COQUEIRO, Edna Aparecida. A naturalização do preconceito racial no ambiente escolar:


Uma reflexão necessária. In: O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense
- Produção didático-pedagógica. Cadernos PDE v. II. Curitiba: Governo do Estado do Paraná.
2008, 37p. Disponível em: https://escoladigital.org.br/odas/a-naturalizacao-do-
preconceito-racial-no-ambiente-escolar-uma-reflexao-necessaria. Acesso em: 26 ago.2020

FANON, Frantz. Pele Negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador:
EDUFBA, [1952] 2008, 194p.

HENRIQUES, Ricardo e CAVALLEIRO, Eliane. Prefácio à 2ª edição (2005). In: MUNANGA,


Kabengele (Org.) Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005, 2ª ed. Revisada
(p.11-13).

MIND LAB BRASIL. Blog Educador 360. Como combater o racismo na escola. 12 nov. 2019.
Disponível em: https://educador360.com/gestao/racismo-na-escola/. Acesso em: 03 set.
2020.

268
MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (MPDFT); SECRETARIA DE
JUSTIÇA E CIDADANIA DO DISTRITO FEDERAL (SEJUS). O racismo sutil por trás das
palavras. Brasília, 2020. Cartilha.

MUNANGA, Kabengele (Org.) Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da


Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005, 2ª ed.
Revisada.

Aplicativos e Sites

ALANDO DE RACISMO. Instagram: @falandoderacismo. Disponível em:


https://www.instagram.com/falandoderacismo/. Acesso em: 20 fev 2021.

Site Mapa do Racismo. Disponível em: https://mapadoracismo.mpba.mp.br/. Acesso em:


25 ago.2020.

Referências para os estudantes

CANAL PRETO. O que é racismo recreativo. 13 maio 2019. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=DGg6WolKgOs. Acesso em: 26 ago. 2020.
Racismo nas escolas – Racismo Institucional e Epistemicídio. 14 maio 2018. O vídeo
possui duração de 8’53” e foi produzido por alunos de informática do 1º ano da turma de
2017 do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - Campus Paulo
Afonso. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wT1UFWRnHFg. Acesso em: 26
ago.2020

Literatura negra

Textos, Artigos e Livros

BERND, Zilá (Org.). Poesia negra brasileira. Porto Alegre: AGE/IEL/IGEL, 1992.

BERND, Zilá (Org.). Introdução à literatura negra. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.

CUTI, A consciência do impacto nas obras de Cruz e Souza e de Lima Barreto. Campinas:
Pós-graduação em Letras, 2005.

269
DAMASCENO, Benedita Gouveia. Poesia negra do Modernismo brasileiro. Campinas, SP:
Pontes, 1988.

EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Scripta,


Belo Horizonte, 2009.

FONSECA, Maria Nazareth Soares. Cultura/literatura negra, cultura/literatura afro-


brasileira: impactos, paradoxos e contradições. In: PEREIRA, Edimilson de Almeida (Org).
Um tigre na floresta de signos: ensaios de cultura/literatura afro-brasileira. Belo Horizonte:
Mazza, 2010.

IANNI, Octavio. Literatura e consciência. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros.


Edição Comemorativa do Centenário da Abolição da Escravatura. N. 28. São Paulo: USP,
1988.

SOUZA, Florentina da Silva. Afrodescendência em Cadernos Negros e Jornal do MNU.


Belo Horizonte: Autêntica. 2005.

SOUZA, Florentina, LIMA, Maria Nazaré (Org.). Literatura afro-brasileira. Salvador/Brasília:


Centro de estudos afro-orientais/Fundação Cultural Palmares: 2006.

Aplicativos e Sites
Portal Geledés. Tag: literatura negra. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/tag/literatura-afro-
brasileira/gclid=Cj0KCQiApsiBBhCKARIsAN8o_4ib8xpc_yO6mguH0Ubnk_4GqIyoPwOe
pApQcyVftIxE0A31Zq2BHkaAhX8EALw_wcB. Acesso em: 11 de janeiro de 2021.
Referências recomendadas para estudantes

EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas/Fundação Biblioteca Nacional,


2016.

JESUS, Maria Carolina. Quarto de despejo: Diário de uma favelada. Organização e


apresentação de Audálio Dantas. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1960.

ROSA, Allan da. Zumbi assombra quem? Ilustrações de Edson Ikê. São Paulo: Nós, 2017.

270
Políticas de Ações Afirmativas e o Dia Internacional de Luta contra a discriminação
racial

Textos, Artigos e Livros

BERNADINO, Joaze. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no


Brasil. Rio de Janeiro: Estudos Afro-Asiáticos, 2002. v. 24, nº 2, p. 247-273.
DOMINGUES, Petrônio. Ações afirmativas para negros no Brasil: o início de uma
reparação histórica. Rio de Janeiro: Rev. Bras. Educ., 2005, n. 29. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782005000200013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 de fevereiro 2021.
JORGE, Paulo. Dia internacional contra a discriminação racial. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/dia-internacional-contra-a-discriminacao-racial/

Acesso em: 21 de fevereiro de 2021

SANTOS, Sales Augusto dos (org.). Ações afirmativas e combate ao racismo nas
Américas. Brasília: Ministério da Educação: UNESCO, 2005. 394 p. Disponível em:
<http://repositorio.go.senac.br:8080/jspui/bitstream/123456789/202/1/A%c3%a7%c3%b5
es%20afirmativas%20e%20combate%20ao%20racismo%20nas%20Am%c3%a9ricas.pdf>
Acesso em 22 de fevereiro de 2021.

Aplicativos e sites

O longo combate às desigualdades raciais. Disponível em:


https://www.ipea.gov.br/igualdaderacial/index.php?option=com_content&view=article&id
=711. Acesso em 22 de fevereiro de 2021.

SE/UNA-SUS. Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. Disponível em:


https://www.unasus.gov.br/noticia/dia-internacional-contra-a-discriminacao-racial. Acesso
em 21 de fevereiro de 2021.

Referências recomendadas para estudantes

271
Afinal, o que são as ações afirmativas? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=XuJ4aLnYTIU. Acesso em 22 de fevereiro de 2021.

Inspirações e produções dos estudantes

Esta eleição foi proposta a partir da implementação de ações do Projeto Ciência de Dados
na Educação Pública, desde 2019, em cinco escolas públicas de Salvador. Assim, agindo em
cinco frentes de trabalho, a saber: Ciência de Dados, Inteligência artificial, Exploração do
pensamento científico, (Re)conhecendo Salvador e Protagonismo racial, social e de gênero
– a equipe do Projeto desenvolveu práticas exitosas que contribuíram para a formação dos
discentes, especialmente no agenciamento e fortalecimento de transformações sociais.
Proponente da disciplina, a equipe de Protagonismos estimula estudantes a se perceberem
como partícipes de mudanças da sociedade, contribuindo, assim, com os processos
contemporâneos de reversão do quadro de desigualdade social, racial e de gênero do país.

Nesse sentido, o trabalho desenvolvido busca dialogar, especialmente, com a vivência de


estudantes, que fazem parte de um contexto sócio-histórico-cultural de opressões e
exclusões por serem, em sua maioria, pessoas negras. Inicialmente, a abordagem de
questões raciais visava o reconhecimento da negritude e a compreensão dos apagamentos
e segregações raciais no Brasil, pois a assumpção da identidade racial perpassa pela
desconstrução de ideias e comportamentos que privilegiam a branquitude. Sem dúvida,
todo o processo foi desafiante e gratificante!

A escolha de cada tema se dava a partir de critérios que dialogavam com discussões
emergentes na sociedade, com marcos (datas) importantes, com contexto sociopolítico,
com o conhecimento de mundo e as demandas estudantis. Uma experiência marcante foi
o dia 27 de setembro, dia de São Cosme e Damião, data que mobiliza, especialmente em
Salvador, comunidades religiosas e culturais. Por isso, foi proposto um encontro com o tema
“Intolerância religiosa”, no qual foi discutida a relação entre racismo cultural e intolerância
religiosa, além da importância do respeito à diversidade.

No grupo de estudantes, foi verificado, através de questionários, que, muitos/as discentes


eram evangélicos/as e tinham receio em relação às práticas do candomblé, ou católicos e
consideravam apenas os festejos da igreja católica para os santos. Então, a abordagem

272
precisou ser cuidadosa, pois houve uma desmistificação do que se acreditava como “errado”
nos festejos dos irmãos gêmeos, bem como incentivado o respeito à diversidade e a
tolerância religiosa.

Ao final do encontro, foi possível perceber a mudança do discurso dos estudantes, que, a
princípio, não conseguiam identificar a intolerância em suas falas e práticas. Após as
informações, reflexões, questionamentos trazidos pelas facilitadoras e a discussão com
outros colegas, eles demonstraram criticidade e uma mudança de postura sobre o assunto.
Além desse, tivemos outros temas abordados nos demais encontros, como: o papel social
da mulher negra; A mulher negra e a ciência; A importância do samba para a população
negra; Representatividade e Segregação racial na mídia.

A metodologia utilizada nos encontros buscou a motivação e o engajamento dos


estudantes, tornando cada um protagonista do processo, mas, sobretudo, incentivando-os
a replicação dessas reflexões para a comunidade. A construção de saberes esteve baseada
nas metodologias ativas, com o estímulo para que estudantes aprendessem através de
desafios, propondo possíveis soluções para os problemas trazidos de modo colaborativo.

Na avaliação realizada ao fim de 2020, os estudantes mostraram ter adquirido


entendimento acerca das questões raciais abordadas ao longo do ano. No site do projeto
(https://cienciadedadosep.wixsite.com/cdep), é possível acompanhar as atividades
realizadas, verificar os materiais desenvolvidos pela equipe, bem como a avaliação final, que
teve um aproveitamento da turma superior a 80%.

22. VAMOS FALAR DE GRANA, SIM!


ADQUIRINDO CONSCIÊNCIA FINANCEIRA

1. TÍTULO DA ELETIVA
Vamos falar de grana, sim! Adquirindo consciência financeira

2. PROPONENTE
Politize!

273
3. AUTORES/AS
Beatriz Triesse Gonzalez - Politize!
Fernanda Asseff Menin - Politize!

4. REVISORES/AS
Paula Samogin Campioni - Politize!

5. ÁREA DO CONHECIMENTO
Matemática e suas tecnologias; Ciências Humanas e Sociais aplicadas

6. CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

7. CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas/aula

8. EMENTA

A eletiva tem como objetivo desenvolver no(as) estudantes a compreensão da educação


financeira enquanto prática democrática para o seu reconhecimento social de pessoa
cidadã. Dessa forma, ela foi organizada em quatro módulos temáticos: Definição de
Educação Financeira, valor emocional do dinheiro e saúde financeira; Conceitos de
matemática financeira básica (orçamento, receita e despesas) e o valor do trabalho;
Introdução à Economia, inflação e influências no preço de um produto e etnomatemática;
e, por fim, Consciência financeira para a cidadania. Ao final, também é proposto a
elaboração de um projeto de culminância, que incentiva a criação de uma consultoria
financeira comunitária para democratizar (potencializar) os aprendizados. A eletiva busca
explorar a compreensão do(a) estudante sobre suas finanças e o seu contexto a partir de
uma análise da economia do dia-a-dia, pensando no valor emocional que o dinheiro possui
e vendo-o como um potencializador de oportunidades. E ainda, serão trabalhados conceitos
introdutórios da economia como inflação, se utilizando da etnomatemática e de conceitos
da matemática financeira básica para analisar outros sistemas (local/regional) presentes em
nosso país. Ao final, os(as) estudantes serão capazes de instruir sua comunidade sobre os

274
conceitos basilares da educação financeira como forma de praticar efetivamente suas
cidadanias.

9. OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM

Compreender a educação financeira enquanto prática democrática para o reconhecimento


social, a fim do(a) estudante ser um(a) multiplicador(a) da cidadania financeira na
comunidade.

9.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM

● Reconhecer a Educação Financeira como ferramenta para identificação do seu papel


enquanto pessoa cidadã;
● Compreender como a modernidade e o capitalismo influenciam no valor emocional do
dinheiro nos dias atuais;
● Listar e organizar as finanças pessoais a partir da renda, identificando as despesas fixas
e variáveis e utilizando de conceitos basilares da matemática financeira;
● Exercitar formas de abordar conversas sobre dinheiro com outras pessoas;
● Interpretar a história política e econômica brasileira, examinando conceitos como
inflação;
● Interpretar outros sistemas monetários como uma abordagem de etnomatemática;
● Exercitar a cidadania através da consciência financeira, analisando como os preços de
produtos podem oscilar;
● Criar uma consultoria financeira para facilitar diálogos e soluções para a comunidade
sobre a educação financeira.

10. UNIDADE(S) CURRICULAR(ES)

275
UC 1 - Definição de Educação Financeira, valor emocional do dinheiro e saúde financeira;
UC 2 - Conceitos de matemática financeira básica (orçamento, receita e despesas) e o valor
do trabalho;
UC 3 - Introdução à Economia, inflação e influências no preço de um produto e
etnomatemática;
UC 4 - Consciência financeira para a cidadania.

Culminância: Os(As) estudantes irão produzir uma notícia, desde a seleção de pauta até a
divulgação para a comunidade escolar, utilizando os veículos e os formatos que melhor se
adequarem ao contexto escolar, com o objetivo de trazer visibilidade e promover
informação confiável e contextualizada.

11. TEMAS TRANSVERSAIS DA ELETIVA


Educação Financeira

12. OBJETOS ESTRUTURANTES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS *


A Eletiva desenvolve principalmente os eixos estruturantes Mediação e Intervenção
Sociocultural, mas também contempla habilidades dos eixos Empreendedorismo,
Investigação Científica e Processos Criativos. E ainda é pautada nas Competências
Específicas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

13. HABILIDADES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS ÀS COMPETÊNCIAS


GERAIS DA BNCC

Habilidades de Matemática e suas tecnologias

(EM13MAT404) Analisar funções definidas por uma ou mais sentenças (tabela do Imposto
de Renda, contas de luz, água, gás etc.), em suas representações algébrica e gráfica,
identificando domínios de validade, imagem, crescimento e decrescimento, e convertendo
essas representações de uma para outra, com ou sem apoio de tecnologias digitais.

276
(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica (índice de
desenvolvimento humano, taxas de inflação, entre outros), investigando os processos de
cálculo desses números, para analisar criticamente a realidade e produzir argumentos.

(EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e na análise


de ações envolvendo a utilização de aplicativos e a criação de planilhas (para o controle de
orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e compostos, entre outros),
para tomar decisões.

Habilidades de Ciências Humanas e Sociais aplicadas:

(EM13CHS601) Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e


culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo as
quilombolas) no Brasil contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto
de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual,
promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país.

(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em


diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a processos de estratificação e
desigualdade socioeconômica.

(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com


base na análise de documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor
medidas para enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade mais
próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos e promova o
autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.

14. HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS


OBJETOS ESTRUTURANTES

Mediação e Intervenção Sociocultural

277
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos
matemáticos para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas socioculturais e problemas ambientais.
(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Empreendedorismo

(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e


conhecimentos matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto
de vida.

Investigação científica

(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias.

Processos criativos

(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver


problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

15. OBJETOS DE CONHECIMENTO POR UNIDADE LETIVA9

I Unidade

9
Alguns objetos de conhecimento podem aparecer ao longo das três unidades letivas, como necessidade de
encadeamento dos conteúdos abordados.

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De onde vem o dinheiro?: A primeira unidade está estruturada na definição de Educação
Financeira, desde o que são finanças até a compreensão do valor emocional do dinheiro.
Para isto, os debates propostos terão como temáticas: a história do dinheiro e o
entendimento da moeda e da influência da modernidade e do capitalismo nos dias atuais.

II Unidade
E onde está o dinheiro?: Este módulo se pauta na compreensão das finanças do contexto
do(as) estudantes buscando a saúde financeira e a familiarização com a matemática
cotidiana e financeira. O módulo também se desenvolve nos conceitos de orçamento, renda,
despesas fixas e variáveis. E ainda, traz a reflexão sobre a diferença entre consumo e
consumismo.

III Unidade
Para onde vai o dinheiro?: O módulo 3 aborda a introdução à economia, buscando
compreender o funcionamento do sistema econômico em seu nível micro e macro. Como
base, a história política e moedas do Brasil é fundamental. Serão mobilizados conceitos
como inflação e preço dos alimentos. E ainda, para despertar mais reflexões, serão
apresentados outros sistemas monetários (local/regional) como uma abordagem de
etnomatemática e também em como podemos abordar conversas sobre dinheiro com
outras pessoas..

IV Unidade
O quarto módulo se baseia no impacto da consciência financeira na cidadania, com a
observação para a comunidade com apresentação de outros projetos de consultoria
comunitária, que é a proposta da culminância. Após serem apresentados exemplos
empreendedores de consultoria financeira, os grupos deverão planejar e executar, pelo
menos, uma ação de atuação com alguma pessoa da comunidade, de modo a oferecer
soluções para problemas financeiros. Ao final, para a divulgação das consultorias

279
financeiras, sugere-se que seja realizado um evento para que as demais pessoas do entorno
possam se consultar com os grupos.

Culminância: Consultoria financeira comunitária.

16. METODOLOGIA

A Eletiva está pautada no uso de metodologias ativas que objetivam estimular nos(as)
estudantes um maior engajamento e participação nas aulas, visando desenvolver as
habilidades necessárias para o melhor gerenciamento de sua vida financeira, convívio social
e exercício da cidadania. Assim, a Eletiva adota, além de metodologias que trabalhem o lado
reflexivo e crítico dos(as) estudantes como rodas de conversa e debates, práticas ligadas a
resolução de problemas em grupo, estudo de casos, atividades de investigação e pesquisa,
jogos, dinâmicas, desafios e quizzes, a fim de desenvolver a capacidade de identificação e
resolução de situações problema de maneira colaborativa, tornando os(as) estudantes
protagonistas no processo de construção do próprio conhecimento, pois a aprendizagem
prática é um importante aspecto da assimilação de conhecimentos no século XXI.

17. PRODUTOS
Consultoria financeira comunitária.

18. PROPOSTAS PARA SOCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS

Como processo criativo, os(as) estudantes podem realizar uma consulta financeira ampla
com a comunidade escolar em um determinado dia ou estender o movimento para
encontros periódicos.

19. PROCESSOS AVALIATIVOS

280
A avaliação da eletiva será feita de forma processual e formativa, coletando as evidências
de aprendizagem a partir da observação do envolvimento e participação dos(as) estudantes
nas discussões e propostas metodológicas apresentadas e na qualidade das entregas
realizadas em cada atividade proposta. A avaliação final será realizada através da
observação do(a) professor(a) e desempenho dos grupos com as consultorias criadas,
utilizando como critérios de avaliação o planejamento, execução e impacto social de cada
projeto/consultoria.

20. RECURSOS

Básico: papel (ideal um caderno por estudante), textos e notícias impressas, canetas,
cartolina, cola, revistas, jornais e giz ou pincel.
Para o(a) Professor(a): acesso a computador ou projetor na sala de aula para a exibição de
vídeos e de músicas; acesso à internet para a preparação de aulas; livros.
Para o estudante: computador e/ou celular com acesso à internet (especialmente para
realizar o projeto final).

21. REFERÊNCIAS

Currículo:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC,
2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em 01 Jun 2022.

BRASIL. Portaria nº 1.432. Estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários


formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio. Brasília: MEC,
2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em 02 Jun 2022.

281
Metodologia:

BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-PUB;

BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas


para fomentar o aprendizado ativo. Penso Editora, 2018.

COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto
Alegre: Penso, 2017.

LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2a ed.
Porto Alegre: Penso, 2018.

RUSSELL, Michael K.; AIRASIAN, Peter W. Avaliação em Sala de Aula: Conceitos e


Aplicações. AMGH Editora, 2014.

Educação Financeira:

Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais.


Brasília: BCB, 2013. 72 p. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/content/cidadaniafinanceira/documentos_cidadania/Cuidando_do
_seu_dinheiro_Gestao_de_Financas_Pessoais/caderno_cidadania_financeira.pdf . Acesso em
25 Maio 2022.

Governo do Estado do Amazonas. Itinerário Formativo - Unidade Curricular Eletiva


Orientada de Etnomatemática. 2022. Disponível em:
https://www.sabermais.am.gov.br/pagina/novo-ensino-medio-amazonas. Acesso em 01
Jun 2022.

282

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