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Curitiba 2021
FICHA CATALOGRÁFICA
S132
SAE, 2. série : Física, 2. série : livro 1 : Ensino Médio : livro do professor / SAE
DIGITAL S/A. - 1. ed. - Curitiba, PR : SAE DIGITAL S/A, 2021.
ISBN 978-85-535-1126-6
CDD: 373
CDU: 373.5
Pilares pedagógicos......................................................................... IV
Ensino Médio....................................................................................... VI
Objetos de conhecimento..............................................................X
Referências bibliográficas...............................................................X
Conhecimentos de Física.............................................................. XI
Protagonismo
Uma prática pedagógica estruturada no protagonismo considera o estudante como centro do
processo de sua aprendizagem. Tem como ponto de partida os conhecimentos prévios que ele
possui para, a partir deles, promover o fortalecimento de sua identidade, a sua autonomia e o de-
senvolvimento das habilidades necessárias à concretização de seu projeto de vida e sua atuação
na sociedade com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Transformação da realidade
Com base no entendimento da educação como agente transformador da realidade, o sistema
de ensino do SAE Digital incorpora à sua proposta pedagógica um trabalho sistemático com te-
mas contemporâneos de relevância social que afetam a vida humana em escala local, regional e
global. Ao promover a consciência dos direitos e deveres de todo ser humano, o exercício pleno da
cidadania e a tomada de decisões para iniciativas concretas de impacto socioambiental, visamos
à manutenção do estado democrático de direito e à transformação da realidade.
Mundo da ciência e da
Meu mundo Mundo revisitado Mundo transformado
tecnologia
Conhecimento de Conhecimento
Pensamento complexo Saberes ressignificados
mundo científico
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PI_EM21_2_FIS_L1
Inter e
Conhecimento prévio Currículo escolar Ações transformadoras
transdisciplinaridade
IV
POR
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Tecnologia digital relevante – SAE DIGITAL
São recursos digitais – livros, atividades, jogos, realidade aumentada, vídeos, animações, apli-
cativos, plataforma adaptativa, avaliações, ferramentas de gestão escolar, de gestão da aprendi-
zagem e de desenvolvimento dos profissionais da Educação – concebidos com intencionalidade
pedagógica, integração à proposta e aos conteúdos dos materiais impressos e dinâmica eficiente,
a fim de que cumpram um papel efetivo no processo educativo, seja por meio
a) da interação do aluno com o conteúdo digital, que tenha como propósito contribuir com a sua
aprendizagem;
b) da sensibilização/motivação do aluno para a aprendizagem;
c) da promoção da apropriação de conceitos ou do desenvolvimento de habilidades e atitudes;
d) do controle do desempenho e das adaptações e personalizações necessárias a uma aprendizagem
significativa;
e) da gestão do desempenho e aprendizagem do aluno;
f ) da formação permanente do professor.
Outras considerações a
respeito de tecnologia
digital relevante
O projeto de Tecnologia Digital Relevante
– SAE Digital também tem como enfoque apro-
ximar a produção do SAE Digital às metodolo-
gias contemporâneas da aprendizagem:
●● Por desenvolver o conteúdo digital pro-
duzido em consonância com o material
impresso pode ser considerado como
um modelo híbrido de ensino.
●● Por promover a autonomia do aluno em
seu processo de aprendizagem, os ob-
jetos digitais podem ser considerados
como metodologia ativa.
●● Por promover o uso de diversas mídias
digitais, os objetos digitais podem con-
tribuir para o letramento digital.
●● Por ofertar feedbacks do desempe-
nho dos alunos, pode contribuir com
a regulação e a autorregulação da
aprendizagem.
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POR
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Ensino Médio
Há alguns anos os documentos oficiais que regulam a educação básica preveem o currículo do
Ensino Médio organizado em quatro grandes áreas do saber:
●● linguagem e suas tecnologias;
●● matemática e suas tecnologias;
●● ciências da natureza e suas tecnologias;
●● ciências humanas e suas tecnologias.
A integração dos componentes curriculares em quatro grandes áreas atende à necessidade
educacional e social premente de superar a fragmentação do currículo escolar. Outras necessida-
des da sociedade do século XXI também estão presentes no documento da BNCC, como o desen-
volvimento de competências e habilidades e a formação integral dos estudantes.
Essas e outras diretrizes são contempladas nos pilares pedagógicos SAE Digital – Protagonismo;
Rigor conceitual e conteúdo relevante; Complexidade e saberes múltiplos; Transformação da rea-
lidade – que estão presentes nos livros que compõem a coleção do Ensino Médio. Elas podem
ser percebidas tanto no que tange à organização curricular integrada proposta pela BNCC, como
também no que diz respeito aos objetivos de aprendizagem nesse documento, conforme consta
no texto a seguir:
“O Ensino Médio deve atender às necessidades de formação geral indispensáveis ao exercício
da cidadania e construir `aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e
os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea’, como
definido na Introdução desta BNCC (p. 14; ênfases adicionadas).
Para atingir essa finalidade, é necessário, em primeiro lugar, assumir a firme convicção de
que todos os estudantes podem aprender e alcançar seus objetivos, independentemente de suas
características pessoais, seus percursos e suas histórias. Com base nesse compromisso, a escola
que acolhe as juventudes deve:
●● favorecer a atribuição de sentido às aprendizagens, por sua vinculação aos desafios da reali-
dade e pela explicitação dos contextos de produção e circulação dos conhecimentos;
●● garantir o protagonismo dos estudantes em sua aprendizagem e o desenvolvimento de suas
capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e ação, essenciais à sua auto-
nomia pessoal, profissional, intelectual e política;
●● valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição de estu-
dante, e qualificar os processos de construção de sua(s) identidade(s) e de seu projeto de vida;
●● assegurar tempos e espaços para que os estudantes reflitam sobre suas experiências e
aprendizagens individuais e interpessoais, de modo a valorizarem o conhecimento, confia-
rem em sua capacidade de aprender, e identificarem e utilizarem estratégias mais eficientes
a seu aprendizado;
●● promover a aprendizagem colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capacidade de tra-
balharem em equipe e aprenderem com seus pares; e
●● estimular atitudes cooperativas e propositivas para o enfrentamento dos desafios da comu-
nidade, do mundo do trabalho e da sociedade em geral, alicerçadas no conhecimento e na
inovação.” (BNCC, 2018).
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VI
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VII
POR
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Matriz de Referência do Enem
O cenário mundial atual e a legislação vigente sobre essa área no Brasil direcionam o trabalho pedagógico por meio de
competências e habilidades. As coleções do SAE Digital seguem as mesmas premissas, tendo como referência, no Ensino
Médio, a Matriz de Referência do Enem.
Além de trazermos competências e habilidades explícitas nos módulos da 1.ª e da 2.ª série, bem como indicações ao
lado de questões propostas, trazemos o documento completo para consulta da equipe pedagógica da escola.
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interesses contraditórios.
Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas re-
lacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características
individuais.
VIII
Objetos de conhecimento
Objetos de conhecimento de Física
●● Conhecimentos básicos e fundamentais – noções de ordem de grandeza; notação científica; Sistema Internacional
de Unidades; metodologia de investigação: a procura de regularidades e de sinais na interpretação física do mundo;
observações e mensurações: representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis; ferramentas básicas:
gráficos e vetores; conceituação de grandezas vetoriais e escalares; operações básicas com vetores.
●● O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas – grandezas fundamentais da mecânica: tempo, espaço,
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velocidade e aceleração; relação histórica entre força e movimento; descrições do movimento e sua interpretação:
quantificação do movimento e sua descrição matemática e gráfica; casos especiais de movimentos e suas regula-
ridades observáveis; conceito de inércia; noção de sistemas de referência inerciais e não inerciais; noção dinâmica
de massa e quantidade de movimento (momento linear); força e variação da quantidade de movimento; leis de
Newton; centro de massa e a ideia de ponto material; conceito de forças externas e internas; lei da conservação da
quantidade de movimento (momento linear) e teorema do impulso; momento de uma força (torque); condições de
IX
Referências bibliográficas
ATIKNS P.; PAULA J. Físico-Química. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Básica, 2006. 3 v.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 jul. 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
index.php?option=com_docman&view=download&alias=9864-rceb002-12&Itemid=30192. Acesso em: 19 ago. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Relatório de análise de propostas curriculares de ensino fundamental e ensino mé-
dio. Organizado por Maria das Mercês Ferreira Sampaio. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,
2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB 2 de 30 de janeiro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio. Dário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jan. 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_docman&view=download&alias=9864-rceb002-12&Itemid=30192. Acesso em: 19 ago. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Brasília, jul. 2014.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Curricular Comum Nacional. Documento preliminar. Brasília: MEC, 2015. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/BNCC-APRESENTACAO.pdf. Acesso em: 19 ago. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Matriz de referência do Enem. Brasília, set. 2015b. Disponível em: http://download.
inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf. Acesso em: 19 ago. 2016.
COMINS, N. F.; KAUFMANN III, W. J. Descobrindo o universo. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: mecânica. 4. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2002. v. 1.
SERWAY, R. A.; JEWETT Jr., J. W. Princípios de física: mecânica clássica. São Paulo: Thomson, 2005. v. 1.
TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. v. 1.
WALKER, J.; HALLILDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. v. 1.
PI_EM21_2_FIS_L1
PI_EM21_2_FIS_L1
EM
iii
20_
i
ii
1_FI
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cias exigidas. A abertura de todos os módulos apresenta abordagem provo-
CM
S_
iii
A_02
cinemáInt trodução à
MiiMP
cativa, com intuito de resgatar concepções alternativas, as quais poderão ica esca
lar
Física
02 A
16
l • Ponto mate
rial e corpo
extenso •
Deslocame
nto escalar
e espaço perco
rrido • Veloc
STAR
T
atividade de fechamento, que busca resgatar o que foi estudado fazendo Café com
Café com pão
Trem de
ferro
Café com pão
rstock
foi isto maq
uinista?
Arcansel/Shutte
Agora sim
movimento
-1968. Anto
logia poé
tica. 8. ed.
Rio de Jane
A_02
338
EM20_1_FIS_
FIS A
tos de magnetismo
seguir. O omposiçã
moviment io que se desloca o do
mentos o dele pod na direção
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s: um par endido com conform
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A proposta para o terceiro ano é uma revisão geral da Física, em três NORTE
/Shutterstock
OESTE
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SUL SUDESTE
direções Leste
sucinta e significativa.
camento para nto para Leste como sabor do vento te subindo
Sul D s . D s1 e do . ao
2
∆s2
∆s
0 4
PI_EM21_2_FIS_L1
FIS A
363
XI
XII
Desenvolvimento do conteúdo:
após o momento de sensibilização,
propomos o desenvolvimento do
conteúdo por meio de um texto teórico
construído alinhado aos pilares Rigor
conceitual e conteúdo relevante e
Complexidade e saberes múltiplos.
Na coleção 2020, o SAE Digital apresenta novos encartes de Conexões & Contextos para os livros da 1.ª e 2.ª séries.
Os livros apresentam temas 100% atualizados, sempre vinculados à Matriz de Referência do Enem, e são organizados
por área de conhecimento, de forma a garantir uma abordagem interdisciplinar.
No Livro do aluno, os encartes de Conexões & Contextos serão apresentados ao final de cada bloco de componen-
tes da área de conhecimento. Para os professores, o complemento vem junto ao livro de cada um dos componentes
curriculares.
NOVI
DADE
DIGITAIS
PLATAFORMA ADAPTATIVA
ENTENDEU A AULA DE HOJE?
A plataforma adaptativa permite que você resolva exercícios encaminhados
pelo professor e revise o conteúdo visto na semana. Veja como é fácil:
1 3
Após assistir à videoaula, 3 questões
4 deverão ser respondidas para finalizar
a tarefa e verificar seu aprendizado.
Quando alguma atividade da plataforma adaptativa for agendada, aluno e responsável serão comunicados
por meio de um aplicativo. Além de enviar um lembrete da tarefa ao aluno, essa ferramenta permite ao
responsável o acompanhamento, em tempo real, do desempenho do estudante e o momento em que o
exercício é concluído.
SAE QUESTÕES
O QUE O ENEM ESTÁ AVALIANDO?
Com o aplicativo SAE QUESTÕES você poderá aprimorar seus estudos solucionando as questões
presentes nas edições da avaliação do ENEM.
TEMAS DA ATUALIDADE
Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz,
semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo
temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação.
No entanto, vale salientar que nessa fase é muito proporcionarão um aproveitamento ideal do seu tempo
bilidades a serem desenvolvidas e os conhecimentos a O local de estudo deve ser tranquilo e silencioso.
serem adquiridos e consolidados serão mais facilmen- Para que a sua concentração e a retenção do que se
te obtidos com uma metodologia de apoio e uma estra- estuda sejam maiores. Evite sons, música, televisão
tégia de estudo, estabelecidas conforme suas caracte- ou quaisquer outras distrações. Embora não pareça,
rísticas de disponibilidade de tempo, preferências por essas interferências podem atrapalhar, e muito, sua
horários, entre outras variáveis. concentração.
Há diferentes formas de organizar seu tempo Para quaisquer áreas do conhecimento, inicie seu
para estudar além daquele em que você está na sala estudo com uma rápida revisão do que foi desenvol-
de aula com seus professores e colegas. Há quem vido em sala de aula, tanto recorrendo ao seu mate-
prefira estudar assim que chega em casa (ou no am- rial do sistema SAE, quanto às anotações feitas em seu
biente destinado ao estudo), enquanto outros prefe- caderno. Dedique alguns minutos a isso. Em seguida,
rem ocupar-se com outras atividades e iniciar o estu- cumpra as atividades passadas pelos professores: as
do individual mais tarde. É uma opção pessoal. pesquisas da seção de fechamento dos capítulos (se
rão ajudá-lo, independente de quaisquer variáveis. Procure fazer todas as questões ou atividades, pois a
Inicialmente, observe sua postura em sala de aula, du- quantidade deles é programada para que haja a fixa-
Ao iniciar as aulas, faça um “aquecimento” do con- O tempo de estudo também é muito importante.
teúdo: enquanto o professor prepara o ambiente de Procure destinar ao menos meia hora de estudo em
trabalho, realize uma rápida leitura daquilo que será casa para cada aula dada em sala de aula. Com isso, os
exposto na aula. Isso o ajudará a entender melhor os conteúdos a serem estudados não se acumulam e você
conteúdos e a sequência de ideias. Além disso, reco- evita trabalhos mais intensos e desgastantes nas datas
apontamentos feitos pelo professor é indispensável Lembre-se de que método de estudo é algo desen-
para seu estudo posterior. volvido individualmente e pode passar por ajustes.
Contudo nada substitui o trabalho feito pelo aluno so-
mado àquele desenvolvido na escola.
Bom estudo!
SUMÁRI VR
LIVRO
LI
X
FÍSICA
ATIVIDADES EXTRAS
1. Faça o download do aplicativo SAE
Questões ou qualquer aplicativo
de leitura QR Code.
2. Abra o aplicativo e aponte para o QR
Code ao lado.
3. As atividades extras desta disciplina
serão exibidas em sua tela.
Frente A
309
Mecânica dos
319
fluidos I
Mecânica dos
330
Introdução à
fluidos II
339
Termologia
Dilatação térmica
Habilidades
348
Introdução à
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou
linguagem simbólica.
• H18 - Relacionar propriedades físicas, químicas ou
357
biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos
eletrostática tecnológicos às finalidades a que se destinam.
• H19 - Avaliar métodos, processos ou procedimentos
Processos de das ciências naturais que contribuam para diagnosticar
ou solucionar problemas de ordem social, econômica
366
eletrização e ou ambiental.
força elétrica • H20 - Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos
de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
Campo elétrico
376
Potencial elétrico
• H1 - Reconhecer características ou propriedades de
fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-
os a seus usos em diferentes contextos.
• H2 - Associar a solução de problemas de comunicação,
transporte, saúde ou outro, com o correspondente
desenvolvimento científico e tecnológico.
EE
EE
EE
EEE
EEE
EEE
ii
i
iii
fluidos I
iii
iiiiiii
ii
Conceitos introdutórios • Experimento de Torricelli • Teorema de Stevin
Física
mód. 01/16
Hidrostática I Hidrostática II
A 01
START
Você conhece, já estudou ou já ouviu falar do elemento mercúrio? E de suas possíveis aplicações?
Acompanhe no texto a seguir uma das aplicações desse elemento estudado na Química.
1. Além da função no garimpo, o mercúrio apresenta outras aplicações importantes. Cite pelo menos mais uma
aplicação e explique por que esse elemento químico é utilizado para isso. Se necessário, faça uma breve pesquisa
sobre o assunto.
O mercúrio foi muito utilizado em termômetros, devido à sua linearidade de variação do volume em função da temperatura. Além disso, pode ser
FIS A 309
Jtas/Shutterstock
e fluidos nem sempre é clara. Alguns fluidos,
como o piche, escoam tão lentamente que
se comportam como sólidos à primeira vista.
Somente é possível observar o comporta-
mento dessa substância como fluido após um
longo intervalo de tempo. Isso também pode
ser observado quando se analisa a diferença
entre gás e líquido: sob pressões e temperatu-
A pedra, por ser sólida, man- ras convenientes, é possível transformar um
tém sua forma. A água, por ser
líquido em um gás sem que apareçam bolhas
líquida, não tem forma definida,
adquirindo a de seu recipiente. de vapor ou ebulição. A água, por exemplo,
sob pressões e temperaturas ideais, passa de Manômetro utilizado em um compressor de ar comprimido.
líquido a gás sem apresentar fervura – a visco- A figura a seguir é uma representação es-
sidade e a densidade da água variam de forma quemática (simplificada) de um manômetro.
contínua durante o processo – e não é possível
Pressão
perpendicular à superfície
do objeto. Dessa forma, a pressão é diretamente pro-
EM21_2_FIS_A_01
EM21_2_FIS_A_01
F
p= y Os fluidos não são capazes de suportar porcional à intensidade da força exercida pelo
A
forças externas que tendem a cortá-los, em- fluido e inversamente proporcional à área na
Fy
purrá-los ou puxá-los. Se forem submetidos a qual essa força está atuando. Observe que a
forças como essas, logo escoarão. Se um ob- pressão é uma grandeza escalar, pois não de-
F FX
A jeto for submergido em um fluido, o efeito será pende de direção ou sentido.
310 FIS A
cal equivale a uma força de intensidade de líquidos como constante em situações físicas Ar atmosférico
1,3 · 10–3
(0°C e 1 atm)
1 newton, distribuída em uma área de 1 m2. simples.
Ar atmosférico
0,95 · 10–3
(100°C e 1 atm)
focal point/Shutterstock
ugene Sergeev/Shutterstock
1N N
1Pa
= = 1 Ar atmosférico
1 m² m² 6,5 · 10–3
(0°C e 50 atm)
Etanol 0,79
específica Petróleo
Óleo lubrificante
0,81
0,85
Em um fluido, a densidade d é definida Água 1
como: O isopor tem densidade muito pequena. Já o chumbo apresenta grande Anilina 1,02
densidade.
Leite 1,03
A densidade dos gases é muito sensível a Água do mar 1,03
m
d= pequenas variações de pressão e temperatura Vinagre 1,049
V
e costuma ser muito menor quando comparada Glicerina 1,26
à dos líquidos. Observe a variação da densidade Clorofórmio 1,489
sendo m a massa do fluido, material ou objeto do ar atmosférico na tabela do Saiba Mais, na Ácido nítrico 1,51
e V o volume. Em outras palavras, é a quanti- coluna ao lado, quando são modificadas a tem- Nitroglicerina 1,6
dade de massa de um fluido, material ou ob- peratura e a pressão. Em condições normais, a Mercúrio 13,55
jeto por unidade de volume. A água apresenta densidade de um gás é aproximadamente um Centro do Sol 1,6 · 108
densidade menor que a do mercúrio, ou seja, centésimo da densidade de um líquido. Em ní- Centros de
há menos massa de água que de mercúrio em vel molecular, as moléculas de um líquido estão estrelas anãs 1 · 1018
brancas
dado volume. bem mais próximas que as de um gás. Nos gases Núcleo de um
No SI, a unidade de medida de massa é o qui- há muito espaço vazio entre elas. 1 · 1020
átomo de urânio
lograma (kg) e a de volume é o metro cúbico (m3). Em um termômetro observa-se que o vo-
Dessa forma, a unidade de medida de densidade lume do líquido no seu interior aumenta quando Observação
é o quilograma por metro cúbico (kg/m³), embora a temperatura sobe, mas a massa permanece a
g/cm³ seja amplamente utilizado. Unidades usuais de den-
mesma (é constante). Portanto, a densidade do
sidade
líquido diminui com o aumento da temperatura.
g kg
1 =1
Experimento de Torricelli
cm3 L
g kg
1 = 103 3
cm3 m
Evangelista Torricelli (1608-1647) desenvol- recipiente e, quando o equilíbrio do sistema
Fouad A. Saad/Shutterstock
veu um método para medir a pressão atmos- é atingido, surge um espaço vazio no topo do
férica: o barômetro de mercúrio, um tubo de tubo de vidro invertido. É possível, com um tubo
vidro com cerca de 1 m de comprimento e re- graduado, verificar o nível de mercúrio no tubo
pleto de mercúrio. de vidro, acima do nível de mercúrio no reci-
Esse método consistia em colocar o tubo piente. Ao nível do mar, verifica-se que o nível
de cabeça para baixo dentro de um recipiente de mercúrio no tubo é de 76 cm.
cheio de mercúrio. O nível de mercúrio no tubo O espaço vazio no topo do tubo inver-
baixava para 76 cm acima do nível de mercúrio tido contém apenas vapor de mercúrio, que
no recipiente, deixando apenas vácuo acima. à temperatura ambiente é uma quantidade
Assim, era possível demonstrar que a pressão praticamente desprezível. Portanto, pode-se
EM21_2_FIS_A_01
EM21_2_FIS_A_01
atmosférica ao nível do mar equivale à pressão considerar que o topo do tubo invertido não
exercida por uma coluna de mercúrio de 76 cm contém nada, ou seja, é uma região de vácuo.
de altura. A altura na coluna de mercúrio pode variar
Na experiência de Torricelli, observa-se com a altitude ou mesmo com as condições at-
que parte do mercúrio do tubo escoa para o mosféricas do local. A pressão necessária para Barômetro de mercúrio.
FIS A 311
Kuznetsov Alexey/Shutterstock
antes de virar o tubo de
vidro de cabeça para baixo, igual a 9,8 m/s2 e sabendo que a densidade do
ele deve ser tampado e mercúrio é de 13 595 kg/m3, a pressão de uma
poderá ser destampado
somente quando estiver atmosfera, em pascal (Pa), é dada por:
na posição vertical, com a
kg m
extremidade aberta dentro 1 atm 13 595 3 9, 8 2 0, 76 m 1, 013 105 Pa
do recipiente. m s
Teorema de Stevin
Considere um líquido de densidade d em Da definição de densidade, podemos es-
repouso. Suponha que a densidade desse lí- crever a massa como:
quido seja uniforme em todo o seu volume.
m
Consequentemente, esse líquido não sofre va- d=
riações de volume na ação de pressões exter- V
nas, ou seja, é incompressível. Suponha que m V d
esse líquido esteja contido em um recipiente e
considere apenas uma sendo d a densidade do líquido, V o seu vo-
Resolva coluna cilíndrica vertical lume e m sua massa. No caso de uma coluna
Vácuo cilíndrica, o volume do líquido pode ser obtido
Considerando que a densi- do fundo até a superfície
dade do ar é igual a 1,3 · 10–3 do líquido. Essa coluna multiplicando-se a área do fundo da seção ci-
g/cm3, determine o quanto líndrica pela altura h do líquido no recipiente.
de fluido é responsável
de massa há no volume de
um metro cúbico (m3). por uma força peso F so- V A h
bre a área da base do ci- F
Primeiramente, mudamos as Portanto:
unidades. lindro no fundo do
recipiente. A pressão P m A hd
1, 3 103 g 1, 3 kg 3
cm3 m no fundo do recipiente é: Voltando à expressão m · g = p · A, obtemos:
Pela definição de densidade:
m
d m d V
V F A hd g p A
P=
m 1, 3 kg 3 1 m3
m A
m =1, 3 kg P d g h (Pressão hidrostática)
Escrevemos a força F em termos da pres-
são p, multiplicando os dois lados da equação
anterior pela área A, obtendo: Essa expressão indica que a pressão em
um líquido é diretamente proporcional à sua
F PA
EM21_2_FIS_A_01
EM21_2_FIS_A_01
312 FIS A
EM21_2_FIS_A_01
Os poços artesianos são muito utilizados em regiões afastadas das grandes cidades como forma de obter água potável
com um baixo investimento a longo prazo. Acompanhe o esquema que mostra poços artesianos.
Aquífero confinado
Poços artesianos são mais utilizados em áreas rurais. A imagem mostra um exemplo de poço artesiano com
balde preso à corda em eixo de madeira.
Com base no texto, no esquema e no conteúdo
estudado neste módulo, responda:
rattanakk/Shutterstock
assim a água dessa região pode ser levada para um rio, por
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314 FIS A
Comente cada afirmativa, julgando-as como verdadeiras ou falsas. 1 g/cm³ = 1 000 kg/m³
p = d · g · Dh + pa
I e II são falsas, pois ambos (líquidos e gases) são considerados fluidos. A afirmativa III
p 1 000 10 3 103 000
é verdadeira; sendo a força constante, quanto maior a área, menor será a pressão e p =133 000 Pa
d · g · h = 1,0 · 105
patm
1 000 · 10 · h = 1,0 · 105 área de
EM21_2_FIS_A_01
EM21_2_FIS_A_01
contato A
h = 10 m
pi
Se Torricelli tivesse utilizado água em vez de mercúrio, ele deveria ter usado um tubo de
FIS A 315
patm
N p int
P
F
Como a placa está em equilíbrio, a resultante das forças que agem nela é nula.
Assim:
N + P = F ⇒ N = (patm – pint) A – P ⇒
N = (1 – 0,95) · 105 (0,10) – 40 = 500 – 40 ⇒
N = 460 N
EM21_2_FIS_A_01
316 FIS A
EM21_2_FIS_A_01
dezenas de quilômetros de altura, que exerce uma pressão sobre O texto se refere ao combate ao mosquito vetor da dengue. Um
os corpos nela mergulhados: a pressão atmosférica. O físico italiano parâmetro importante usado no acompanhamento da proliferação
Evangelista Torricelli (1608-1647), usando um tubo de vidro com da dengue nas grandes cidades é o raio de voo do mosquito, que
cerca de 1 m de comprimento completamente cheio de mercúrio, consiste na distância máxima dentro da qual ele pode ser encon-
demonstrou que a pressão atmosférica ao nível do mar equivale à trado a partir do seu local de origem. Esse raio, que em geral varia
pressão exercida por uma coluna de mercúrio de 76 cm de altura. de algumas centenas de metros a poucos quilômetros, é na verdade
FIS A 317
Óleo
30 cm
Água
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.
318 FIS A
E
EE
MM
EEE
MM
MM
MM
EEE
MM
EEE
MM
EEE
MM
MMM
fluidos II
M
MMMMM
MMMMM
Princípio de Pascal • Princípio de Arquimedes • Noções de hidrodinâmica
Física
mód. 02/16
Empuxo e
hidrodinâmica
A 02
START
Daniel Prudek/Shutterstock
Percebemos que a pressão atmosférica diminui com o aumento da altitude. O efeito disso é que as moléculas de ar estão mais diluídas, dificultando a
respiração. Na água ocorre o contrário, já que a maior coluna de água promove maior pressão.
2. Quais são os possíveis efeitos da alta pressão e da baixa pressão? Você já vivenciou exemplos dessas
reações? Como foi?
Um dos efeitos da alteração da pressão pode ser percebido quando viajamos para a praia, por exemplo. Neste
momento, nosso tímpano é empurrado para dentro e para fora pela variação da pressão. Em casos mais extre-
FIS A 319
Uma variação da pressão ∆P aplicada a vras, o volume V deslocado pelo êmbolo me-
um líquido incompressível é transmitida nor deve ser igual ao volume V que desloca o
sem nenhuma atenuação a todos os pon- êmbolo maior. O deslocamento ∆x1 do êmbolo
tos do fluido e às paredes do recipiente. menor é maior que o deslocamento ∆x 2 do
êmbolo maior, pois o êmbolo menor tem uma
Uma importante aplicação do princípio de área A1 menor que a área A 2 do êmbolo maior.
Pascal é a prensa hidráulica. Considere que Lembre-se de que o volume V deslocado, nesse
uma força de intensidade F 1 é exercida per- caso, é igual a:
pendicularmente sobre um pequeno êmbolo V = A1 · ∆x1 = A 2 · ∆x 2
de área A1. Como o líquido é incompressível, Portanto, a razão entre as áreas dos
Blaise Pascal toda pressão aplicada ao êmbolo é transmitida êmbolos é igual à razão dos deslocamentos
a todos os pontos do líquido e à parede do reci- dos êmbolos.
Usando vinho, Pascal cons-
piente, incluindo um êmbolo de área A 2 .
truiu um barômetro com A 2 ∆x1
aproximadamente 15 metros =
SAE DIGITAL S/A
de comprimento. F1 A1 ∆x2
Comparando essa expressão com a relação
entre as áreas e forças envolvidas:
A 2 F2
A2 =
A1 F1
A1
encontramos:
F2 F2 ∆x1
=
F1 ∆x2
Prensa hidráulica. Uma força F1 é aplicada no êmbolo 1, de área A1,
transmitindo uma pressão que é distribuída em todo o fluido e nas e, consequentemente:
paredes do recipiente. Essa pressão atua no êmbolo 2, de área A2 ,
gerando uma força F2 .
F 1 · ∆x1 = F 2 · ∆x 2
EM21_2_FIS_A_02
320 FIS A
fivespots/Shutterstock
Essa porção de água está em equilíbrio me- cado pelo objeto.
cânico, pois está estática em relação ao seu
ambiente. Portanto, todas as forças que atuam Note que o princípio de Arquimedes não
nessa porção de água devem se anular, ou seja: depende da composição ou da forma do objeto
∑F = 0 que é mergulhado no fluido, mas do volume de
fluido deslocado (Vfd) por esse objeto.
Sobre essa porção de água atua uma
Como a intensidade da força de empuxo E
força‑peso Pporção de água que tende a puxá-la para
é igual à intensidade do peso Pfd do fluido des-
baixo. Entretanto, como ela está em equilíbrio
locado pelo objeto, temos:
mecânico, deve haver uma força E orientada
E = Pfd
para cima, exercida pela água externa à porção
de água, que equilibra a força-peso. E = mfd · g
Sendo mfd a massa do fluido deslocado e g
Pporção de água + E = 0
a aceleração da gravidade, recorrendo à defi-
E = Pporção de água nição de densidade para substituir a massa do
fluido deslocado, temos:
Essa expressão indica que a força exercida
pelo fluido externo à porção de água deve ter m
d=
intensidade igual à da força-peso dessa porção V
de água.
mfd = Vfd · df
Agora, imagine que a porção de água que
Desse modo, a intensidade da força de em-
tem o volume igual ao da bola de praia seja subs-
puxo é dada por:
tituída por uma bola de praia propriamente dita.
Embora a porção de água tenha sido substituída
E = df · Vfd · g
pela bola, as forças exercidas pela água externa
à bola são exatamente as mesmas exercidas so-
bre a porção de água anterior. No entanto, a força Dessa forma, a intensidade da força de em-
peso da bola é consideravelmente menor que a puxo E é diretamente proporcional à densidade
força peso (Pporção de água) da porção de água. Com do fluido no qual o objeto está mergulhado e
ao volume do fluido deslocado. Se o objeto es-
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EM21_2_FIS_A_02
FIS A 321
Noções de hidrodinâmica
combinadas. Assim, se a in-
tensidade do peso for maior
que a do empuxo, o objeto
afundará. Caso contrário,
flutuará. A área da Física que estuda os fluidos em movimento é a hidrodinâmica.
Há dois tipos de movimentos principais de fluidos: laminar (ou estável) e
turbulento.
●● Fluxo laminar ou estável: ocorre quando cada partícula constituinte do
fluido segue uma trajetória uniforme. As trajetórias de todas as partículas do
fluido nunca se cruzam umas com as outras. Nesse fluxo, a velocidade de to-
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322 FIS A
Nic Neufeld/Shutterstock
objeto em movimento perde gradualmente sua que passou pela área A1 percorrerá uma dis-
energia cinética em virtude do atrito, sendo que tância ∆x1, que é dada por:
essa energia cinética se transforma em energia ∆x1 = v1 · ∆t
interna para ambas as superfícies.
O volume V de fluido que passa pela área A1
Na verdade, o movimento dos fluidos, e percorre a distância ∆x1 é:
além de ser bastante complexo, não é com-
V1 = A1 · ∆x1 = A1 · v1 · ∆t A velocidade da partícula
preendido completamente. Para estudar os
No mesmo intervalo de tempo ∆t, o volume de fluido é maior onde as
movimentos dos fluidos, faz-se necessário o linhas de corrente estão
desenvolvimento de algumas hipóteses simpli- do fluxo que passa pela área A 2 e percorre a mais próximas.
ficadoras, construindo um modelo de fluidos distância ∆x 2 = v 2 · ∆t é dado por:
kloromanam/Shutterstock
ideais. Há quatro hipóteses principais: V2 = A 2 · ∆x 2 = A 2 · v 2 · ∆t
1) O fluido ideal não deve ter viscosi- Como o fluido é incompressível, esses volu-
dade. Dessa forma, ignora-se o atrito mes devem ser iguais.
interno no movimento dos fluidos. V1 = V2 → A1 · v1 · ∆t = A 2 · v 2 · ∆t
2) O movimento do fluido deve ser lami-
nar. Todas as partículas do fluido que A1 · v1 = A 2 · v 2
passam por um ponto do espaço devem
ter a mesma velocidade. A expressão anterior é conhecida como
Observação
3) O fluido deve ser incompressível. O vo- equação da continuidade em fluxos la-
minares. A multiplicação da área da seção Os canos reais são tubos
lume do fluido não deve ser modificado de fluxo.
sob a ação de uma pressão externa. transversal do tubo com a velocidade do fluido
naquela seção deve ser constante para toda a
4) O fluido não deve ter nenhuma quan- tubulação em que o fluxo do fluido é laminar. Observação
tidade de movimento angular em rela- No exemplo do tubo, a velocidade v1 do fluido Uma consequência da
ção a algum ponto. Se, por exemplo, um na parte mais larga do tubo é menor que a ve- equação da continuidade
CD ou DVD for colocado na superfície do locidade v 2 na parte mais estreita.
é que o fluxo é mais lento
fluido, este não deve girar. Essa suposi- nas partes mais largas do
ção está relacionada à exigência do fluxo Observe que, ao multiplicar a área da seção tubo e mais rápido nas mais
transversal de um local do tubo, cuja unidade estreitas.
laminar de um fluido ideal.
de medida é o metro quadrado (m2), pela velo-
cidade do fluido nesse local, cuja unidade de Saiba mais
EM21_2_FIS_A_02
Hidroginástica
As atividades físicas na água são uma boa oportunidade de se refrescar no calor e de unir uma atividade de lazer com
algo muito saudável. Nesse sentido, muitas academias têm inserido a hidroginástica na sua programação como uma
atividade inicial para pessoas que estão saindo da zona do sedentarismo. Em função do baixo impacto dos movimentos
dentro da água, vem atraindo também os mais idosos, que muitas vezes sofrem com as atividades físicas tradicionais.
O trecho a seguir trata dos resultados de uma pesquisa divulgada em um artigo da Revista Brasileira de Prescrição e
Fisiologia do Exercício e destaca os benefícios dessa modalidade esportiva para as pessoas idosas.
[...] Os idosos deste estudo, acompanhados durante as aulas de hidroginástica, apresentaram mudanças significativas no condiciona-
mento físico e na capacidade funcional, melhorando o seu desempenho nas atividades diárias, bem-estar físico e mental. Podemos supor,
entretanto, que para manter um bom condicionamento físico, é preciso ter uma boa capacidade aeróbia, força muscular, resistência mus-
cular, flexibilidade e composição corporal, pois são componentes importantes que desempenham um papel vital na saúde do organismo.
As alterações das capacidades físicas, anatomo-fisiológica, psicossocial e cognitiva são comuns e evoluem progressivamente no processo
de envelhecimento. Todavia, podem ser proteladas e eliminadas com a prática da atividade física, como a hidroginástica. Além do mais,
sua aplicabilidade deve ser moderada, progressiva e com exercícios adequados, atendendo às necessidades individuais e do grupo de
idosos. Em suma, algumas considerações como: os objetivos do programa das aulas, atitudes do educador físico, o local, as propriedades
físicas da água, entre outras, que caracterizarão e diferenciarão de outras práticas de atividades físicas nesta faixa etária. Assim, esta mo-
dalidade oferecerá benefícios morfológicos, orgânicos e psicossociais para os idosos, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida,
tendo, por consequência, a longevidade. [...]
ASSIS, R. S. et al. A hidroginástica melhora o condicionamento físico dos idosos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia
do Exercício, São Paulo, v. 1, n. 5, p. 62-75, set./out. 2007. ISSN 1981-9900. Acesso em: 22 ago. 2019.
1. Você já fez ou conhece alguém que faz hidroginástica? Quais são os possíveis benefícios dessa atividade física?
Resposta pessoal. Os benefícios podem ser o baixo impacto e a possibilidade de uma atividade mais longa, por não existirem muitos desgastes. Além disso, essas aulas geralmente
2. Por que podemos afirmar que essa é uma atividade física de baixo impacto? Como o estudo dos fluidos permite justificar essa afirmação?
Ao realizarmos atividade debaixo d’água, estamos sob ação da força de empuxo orientada para cima. Por isso, temos a impressão de estarmos mais leves, devido à ação da força-peso
em conjunto com a força de empuxo promovida pelo líquido. Assim, parece mais fácil realizar deslocamentos ou ainda movimentos típicos da hidroginástica com baixo esforço e
impacto.
EM21_2_FIS_A_02
EM21_2_FIS_A_02
324 FIS A
EM21_2_FIS_A_02
9 = 3 v2
2
v2 = 3 cm/s A = 3,14 · 10–4 m2
Portanto, a velocidade de saída é:
, ⋅ 10−2
12
v= = 38, 2 m/s
3,14 ⋅10−4
FIS A 325
4 Vboia
Como a caixa estava inicialmente vazia, então: 1, 0 = dboia Vboia
5
V = 200 ⋅ 10 −3 ⋅ 20 = 4 m3
4
1, 0 = dboia
5
g
dboia = 0, 8 3
cm
7. Um dinamômetro tem um bloco de alumínio acoplado e está indi- 10. Ao flutuar em água, um bloco de isopor tem 1/9 de seu volume
cando um peso de 15 N ao ar livre. Logo em seguida, esse bloco de imerso. Ao flutuar em óleo de soja, a parte submersa aumenta para
alumínio é mergulhado em água e o dinamômetro passa a indicar 1/8 de seu volume total. Determine a densidade do óleo de soja,
10 N. Determine o volume do bloco de alumínio, sabendo que a sabendo que a densidade da água é 1 g/cm³.
densidade da água é de 1 g/cm³.
Para o bloco de isopor, seu peso e o empuxo em virtude da porção imersa do bloco
A aparente perda de peso do bloco de alumínio quando é mergulhado em água mantém o material pouco denso flutuando sobre a água. Note que a força de empuxo
deve ser a mesma para a água e para o óleo de soja, pois ambos estão equilibrando o
ocorre em virtude do empuxo exercido pelo fluido. Nesse caso, são três forças que se peso do bloco.
Como o isopor está flutuando na água, seu peso é compensado pelo empuxo.
equilibram estaticamente: peso, força de tração exercida pelo dinamômetro e empuxo. E=P
Essa relação será igual tanto para a flutuação em água quanto na em óleo. Portanto, o
O empuxo é dado por E = dVg. empuxo será o mesmo tanto na água quanto no óleo.
Eágua = Eóleo
Como o empuxo é igual à diferença das leituras no dinamômetro, então:
1 1
dágua Vg dóleo Vg
9 8
E = 5 N. dóleo 8
0,89
dágua 9
E o volume pode ser calculado, lembrando que d = 1g/cm3 = 103 kg/m3:
dóleo = 0,89 dágua
E 5 Como a densidade da água é igual a 1 g/cm3, então:
V= =
dg 103 ⋅ 10 dóleo = 0,89 g/cm3
V = 5 · 10–4 m3
EM21_2_FIS_A_02
326 FIS A
A B C
a) Peso em C e Empuxo em B.
Situação II – Os pedreiros, para nivelar dois pontos em uma obra,
b) Peso em B e Empuxo em B.
costumam usar uma mangueira transparente, cheia de água.
Observe a figura acima, que mostra como os pedreiros usam uma c) Peso em C e Empuxo em A.
mangueira com água para nivelar os azulejos nas paredes. d) Peso em B e Empuxo em C.
e) Peso em B e Empuxo em A.
5. C2:H7 (Enem-2014) Uma pessoa, lendo o manual de uma
ducha que acabou de adquirir para a sua casa, observa o
gráfico, que relaciona a vazão na ducha com a pressão,
medida em metros de coluna de água (mca).
14
Pa
12
10
Vazão (L/min)
8
6
4
Situação III – Ao sugar na extremidade de um canudo, você 2
provoca uma redução na pressão do ar em seu interior. A pressão 0
atmosférica, atuando na superfície do líquido, faz com que ele 1 2 3 4 5 6 7 8 9
suba no canudinho.
Pressão Estática (mca)
Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, às apli- Nessa casa, residem quatro pessoas. Cada uma delas toma um
cações dos princípios e do experimento formulados por: banho por dia, com duração média de 8 minutos, permanecendo
a) Arquimedes (Situação I), Pascal (Situação II) e Arquimedes o registro aberto com vazão máxima durante esse tempo. A ducha
(Situação III). é instalada em um ponto seis metros abaixo do nível da lâmina de
EM21_2_FIS_A_02
EM21_2_FIS_A_02
b) Pascal (Situação I), Arquimedes (Situação II) e Stevin (Situação III). água, que se mantém constante dentro do reservatório.
c) Stevin (Situação I), Torricelli (Situação II) e Pascal (Situação III). Ao final de 30 dias, esses banhos consumirão um volume de água,
em litros, igual a
d) Pascal (Situação I), Stevin (Situação II) e Torricelli (Situação III).
a) 69 120. c) 11 520. e) 2 880.
e) Stevin (Situação I), Arquimedes (Situação II) e Torricelli (Situa-
ção III). b) 17 280. d) 8 640.
FIS A 327
15 17 18 20 21 23 24 26 28 30 32 34 38
reservatório
20 22 23 25 26 28 29 31 33 35 37 39 43
25 28 30 31 33 34 36 38 40 42 44 48
Chumbo Aço
30 33 35 36 38 39 41 43 45 47 50 50
35 38 40 41 43 44 46 48 50 50
40 43 45 46 50 50 50 50
Hg
50 50 50
Reservatório
50 sobre a superfície no mercúrio.
40 c) os dois blocos ficarão em equilíbrio em qualquer posição no
30 interior do mercúrio.
d) o bloco de aço afunda, mas o de chumbo irá flutuar com parte
20 do seu volume submerso.
10 e) os dois blocos irão flutuar sobre o mercúrio com parte dos seus
0 Bomba volumes submersos.
800 1 200 1 600 2 000
2. (UEA-2014) De acordo com o princípio de Arquimedes, um corpo
Z = vazão (litro/hora)
Disponível em: www.anauger.com.br. Acesso em: 19 maio. 2009. Adaptado. qualquer imerso em um líquido em equilíbrio sofre uma força
aplicada pelo líquido denominada empuxo, cujo módulo, direção
Considere que se deseja usar uma bomba, cujo desempenho é e sentido são, respectivamente,
descrito pelos dados anteriores, para encher um reservatório de a) peso do corpo, vertical para baixo.
1 200 litros que se encontra 30 m acima da entrada da bomba. Para b) diferença entre o peso do corpo e do líquido deslocado, vertical
fazer a tubulação entre a bomba e o reservatório seriam usados para cima.
200 m de cano. Nessa situação, é de se esperar que a bomba consiga
c) peso do líquido deslocado, vertical para cima.
encher o reservatório
a) entre 30 e 40 minutos. d) peso do líquido deslocado, vertical para baixo.
b) em menos de 30 minutos. e) peso do corpo, vertical para cima.
c) em mais de 1h e 40 minutos. 3. (UFRJ) Realizando um experimento caseiro sobre hidrostática para
d) entre 40 minutos e 1h e 10 minutos. seus alunos, um professor pôs, sobre uma balança, um recipiente
graduado contendo água e um pequeno barco de brinquedo,
e) entre 1h e 10 minutos e 1h e 40 minutos. que nela flutuava em repouso, sem nenhuma quantidade de água
EM21_2_FIS_A_02
EM21_2_FIS_A_02
7. C5:H17 (Enem-2011) Em um experimento realizado para em seu interior. Nessa situação, a turma constatou que a balança
determinar a densidade da água de um lago, foram indicava uma massa M1 e que a altura da água no recipiente era h1.
utilizados alguns materiais conforme ilustrado: um dina- Em dado instante, um aluno mexeu inadvertidamente no barco. O
mômetro D com graduação de 0 N a 50 N e um cubo barco encheu de água, foi para o fundo do recipiente e lá perma-
maciço e homogêneo de 10 cm de aresta e 3 kg de massa. Inicial- neceu em repouso. Nessa nova situação, a balança indicou uma
mente, foi conferida a calibração do dinamômetro, constatando-se massa M2 e a medição da altura da água foi h2.
328 FIS A
Nível da água
M
M
Sabe-se que a bola possui massa de 0,45 kg e volume de 5,7·10-3 m³.
Dados: gravidade local g = 10,0 m/s²; densidade da água ρ = 10³ kg/m³.
Determine, em newtons, a tração exercida pelo fio.
6. (UFSM) Um fluido ideal percorre um cano cilíndrico em regime Recipiente sem água Recipiente com água
permanente. Em um estrangulamento onde o diâmetro do cano
Desenho ilustrativo fora de escala
fica reduzido à metade, a velocidade do fluido fica
a) reduzida a 1/4. d) duplicada. Dado: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s².
b) reduzida à metade. e) quadruplicada. a) 3,0 cm. d) 1,5 cm.
c) a mesma. b) 2,5 cm. e) 1,0 cm.
c) 2,0 cm.
7. (UPE-2014) Um bloco de vo-
V ρ
lume V = 0,25 m 3 e massa g
0,05 kg está preso a um fio
ideal e completamente imerso
em um líquido de densidade
d = 400 kg/m3 contido em uma
caixa selada, conforme ilustra
a figura.
Sabendo-se que a tensão no fio nessa situação é igual a 89,5 N,
determine o módulo da reação normal da superfície superior da
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EM21_2_FIS_A_02
FIS A 329
EE
EEE
EEE
K K
KK
EEE
KK
EEE
KKK
KKK
E
Termologia
KKK
KKKKKK
03 A Introdução à
Termodinâmica
START
No Universo há diferentes formatos de galáxias: espirais, elípticas, gigantes e anãs. Há, porém, uma que é
muito quente: a WISE J224607.57-052635.0. Essa galáxia emite 99% de sua radiação eletromagnética na forma
de raios infravermelhos, o que equivale à emissão de 300 trilhões de sóis juntos.
Presume-se que tanta energia emitida venha do crescimento acelerado de um buraco negro supermassivo lo-
calizado no centro da galáxia, o qual cresce à medida que captura matéria ao seu redor. Enquanto a matéria está
caindo em direção ao buraco negro, aquece-se a temperaturas de milhões de graus Celsius, liberando radiação
eletromagnética na forma de raios X. A poeira interestelar ao redor dele aquece-se com a radiação e reemite-a
na forma de raios infravermelhos.
A galáxia está a 12,5 bilhões de anos-luz da Terra. Não se imaginava a existência de um buraco negro super-
massivo em um Universo tão jovem: apenas 1,8 bilhões de anos após o Big Bang. Há outras galáxias que emitem
grandes quantidades de radiação infravermelha e são classificadas como galáxias ELIRG (inglês: Extremely
Luminous Infrared Galaxies).
NASA. NASA’s WISE Spacecraft Discovers Most Luminous Galaxy in Universe. Disponível em: https://www.nasa.
gov/press-release/nasas-wise-spacecraft-discovers-most-luminous-galaxy-in-universe. Acesso em: 25 set. 2017.
EM21_2_FIS_A_03
EM21_2_FIS_A_03
330 FIS A
BlueOrange Studio/Shutterstock
gem à sua passagem, especialmente em gases ideais, nos quais podemos analisar com mais deta-
lhes as relações entre energia térmica e trabalho.
Ao estudar a energia térmica, é de extrema importância conhecer a grandeza física tempera-
tura, pois o estado térmico de determinado corpo está diretamente relacionado a ela.
CALOR
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EM21_2_FIS_A_03
FIS A 331
Curiosidade
Se um corpo A está em equilíbrio térmico A TA = TC A
Se um copo de água quente com um corpo C e um corpo B também está
for misturado com um copo em equilíbrio térmico com C, os corpos A e B C TA = TB
de água fria em uma garrafa
térmica, teremos dois copos estão em equilíbrio térmico entre si. TB = TC
B B
de água morna. Após algum
tempo, todas as moléculas
de água atingirão a mesma
temperatura, ou seja, alcan-
çarão o equilíbrio térmico. Como a temperatura é medida?
Aleksey Troshin/Shutterstock
RRRR
esse segundo corpo entre em equilíbrio térmico com o primeiro. Esse
RRRRRRR
segundo corpo chama-se termômetro.
RRRR
RRR
Há vários tipos de termômetro. Em uma lâmina bimetálica, duas
RR R
RR
placas de metais diferentes são rebitadas uma à outra. Como metais di-
RR
Garrafa térmica ferentes se dilatam de maneiras diferentes, dada uma variação de tem-
Termômetros de ponteiro fun-
peratura, nota-se o aparecimento de uma curvatura na lâmina. cionam pela curvatura de uma
lâmina bimetálica com a variação
Um pirômetro, termômetro óptico, pode medir altas temperaturas de temperatura.
analisando o espectro emitido por corpos incandescentes. É utilizado
em siderúrgicas e fundições.
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Escalas termométricas
Escala termométrica é um conjunto de valores numéricos. Para cada valor numérico está rela-
cionado um valor de temperatura. Se um sistema A tiver sua temperatura representada pelo valor
70 e outro sistema B tiver sua temperatura representada pelo valor 20, em uma mesma escala ter-
Termômetro de gás a volume mométrica, quer dizer que as partículas do sistema A estão mais agitadas que as do B.
EM21_2_FIS_A_03
EM21_2_FIS_A_03
constante.
Como é possível ter várias escalas termométricas distintas e como os valores de temperaturas
são definidos de modo arbitrário, é possível que uma temperatura seja representada por valores
diferentes em escalas diferentes. A definição dos valores de temperatura para uma determinada es-
cala é realizada por meio da definição de dois estados térmicos bem definidos, chamados de pontos
fixos fundamentais, entre os mais utilizados estão os estados térmicos correspondentes à fusão do
gelo e à ebulição da água, sob pressão normal (1atm).
332 FIS A
Celsius e Fahrenheit
Anders Celsius (1701-1744) foi
Fahrenheit um astrônomo, físico e ma-
temático natural de U ppsala,
Sempre é possível estabelecer uma relação Suécia. Foi professor de
Embora existam variadas escalas termo- entre as escalas termométricas. Astronomia na Universidade
métricas, a mais utilizada no mundo é a escala de Uppsala entre 1730 e
Pode-se, por exemplo, obter uma expres-
1744, embora tenha viajado
Celsius, que foi criada pelo físico e astrônomo são que relacione os valores de temperatura para importantes observató-
sueco Anders Celsius. Ele utilizou a fusão do na escala Celsius com os na escala Fahrenheit. rios astronômicos no Sacro
gelo e a ebulição da água, à pressão normal, Império Romano-Germânico,
Para realizar a correspondência entre as
como pontos fixos fundamentais e estabele- França e Itália entre 1732 e
escalas Celsius e Fahrenheit, utilizamos dois 1735. Fundou o Observatório
ceu o valor 0 para a fusão do gelo e 100 para
termômetros idênticos, Astronômico de Uppsala
a ebulição da água, elaborando, assim, uma em 1741 e apresentou sua
um graduado na escala
escala centígrada. Mais tarde, o biólogo sueco escala termométrica no ano
Celsius e o outro na es-
Chunni4691/Shutterstock
Lineu inverteu os valores, atribuindo o valor 0 seguinte.
cala Fahrenheit. Se co-
para a fusão do gelo e 100 para a ebulição da
locarmos ambos em um
temperatura do outro.
A relação entre as escalas é:
ºC ºF
Ponto do vapor 100 212
O físico holandês Daniel Gabriel Fahrenheit
(1686-1736) utilizou outros dois pontos fixos
fundamentais para atribuir os valores 0 e 100
em sua própria escala termométrica: o valor 0 b d
foi atribuído para a temperatura da mistura de
água, gelo e sal amoníaco e atribuiu o valor 100
para a temperatura do corpo humano. Mais
tarde, percebeu-se que, nessa escala, à tempe- Temperatura θC θF
do corpo
ratura da fusão do gelo podia-se atribuir o valor
32 e à temperatura de ebulição da água, o valor a c
212. A escala Fahrenheit é bastante utilizada
nos Estados Unidos. Ponto do gelo 0 32
Dessa forma:
a b 0 100 0
C
c d F 32 212 32
Ponto
0 32 do gelo C F 32
EM21_2_FIS_A_03
EM21_2_FIS_A_03
5 9
Escala Celsius Escala Fahrenheit
Na escala Celsius, cuja unidade é °C, há exatamente 100 divisões iguais em que θC e θF são as temperaturas nas escalas
para a variação da temperatura entre a fusão do gelo e a ebulição Celsius e Fahrenheit, respectivamente.
da água, à pressão normal. Para a escala Fahrenheit, cuja unidade é
°F, há exatamente 180 divisões iguais para esses dois pontos fixos
fundamentais.
FIS A 333
EM21_2_FIS_A_03
EM21_2_FIS_A_03
334 FIS A
O terceiro recorde de temperatura seguido mostra que o clima do planeta não está normal
Dados da NASA e da OMM mostram que 2016 foi o ano mais quente já registrado, com temperatura 1,1
grau Celsius maior do que a média. O aquecimento é causado pela emissão de gases de efeito estufa
Pelo terceiro ano consecutivo, a temperatura do planeta bateu recorde de calor. Dados divulgados nesta quarta-feira (18) pela NASA,
a agência espacial americana, e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostram que 2016 foi o ano mais quente registrado,
quebrando a marca de 2015, que já tinha superado a marca de 2014.
Segundo a NASA, o planeta em 2016 estava 0,99 grau Celsius mais quente do que a média do século XX e 1,1 grau mais quente do que
o período antes da industrialização. Pelos dados da OMM, a temperatura de 2016 foi 1,1 grau mais quente do que antes da industrializa-
ção. Isso faz com que a média de aquecimento do planeta nas últimas décadas fique em 0,83 grau. Segundo cientistas, o limite seguro do
aquecimento controlável seria uma média inferior a 1,5 grau. [...]
O esquema a seguir mostra a variação da temperatura no planeta de 1880 até 2012 e a previsão dessa variação até o
ano de 2100.
°C
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 3 4 5 7 9 11
●● Com base nessas informações e no conteúdo estudado no módulo, escreva um pequeno texto sobre o aquecimento
global e como ele influencia as atividades humanas e os efeitos a longo prazo. Se achar necessário, peça ao professor
de Biologia ou de Geografia para ajudar a articular as ideias.
Esse texto deve conter uma breve explicação sobre o que é o fenômeno do aquecimento global, em especial com base no efeito estufa. Essa é uma boa oportunidade para
trocar informações com os docentes de Biologia e Geografia sobre o tema, em especial para juntar ideias de áreas diferentes e oferecer algo completo para os estudantes.
EM21_2_FIS_A_03
EM21_2_FIS_A_03
FIS A 335
São substâncias as termométricas que possuem grandezas que variam com a tempera-
68 20 40
tura, chamadas grandezas termométricas. O mercúrio e o álcool etílico são as substân-
EM21_2_FIS_A_03
336 FIS A
EM21_2_FIS_A_03
seguida, a lâmpada foi desligada. Durante o experimento, foram observada pelo turista.
monitoradas as temperaturas das garrafas: a) enquanto a lâmpada a) 12,2ºC c) 23,5ºC e) 33,5ºC
permaneceu acesa e b) após a lâmpada ser desligada e atingirem
b) 18,7ºC d) 30ºC
equilíbrio térmico com o ambiente.
FIS A 337
338 FIS A
Dilatação térmica
EEE
EE
EEE
EE
EE
EEE
EEEEEEE
EE
Dilatação linear • Dilatação superficial • Dilatação volumétrica • Dilatação dos líquidos
Física
mód. 04/16
Dilatação
térmica
A 04
START
FIS A 339
Introdução
Você já observou o espaçamento entre tri- o comprimento predomina nas dimen-
lhos consecutivos de uma estrada de ferro? Já sões de um corpo; na dilatação superficial,
percebeu que nas pontes e nos viadutos mo- quando o comprimento e a largura importam;
dernos, para evitar o aparecimento de trincas, ou na dilatação volumétrica, quando as três
há fendas de dilatação? Sabia que a coluna dimensões são importantes para o estudo do
de mercúrio aumenta de tamanho conforme corpo.
a temperatura? E que em quadras de esporte
Pi-Lens/Shutterstock
Natursports/Shutterstock
expostas ao Sol sem nenhum espaçamento
surgem rachaduras? Todas essas questões são
explicadas pela dilatação térmica.
Como a temperatura está relacionada ao
grau de agitação das partículas de um corpo,
as moléculas dele necessitam de mais espaço
para se movimentarem, resultando na dilata-
ção térmica. Quando a temperatura diminui,
as moléculas precisam de menos espaço para
se movimentarem, resultando na contração
térmica.
Saiba mais Dependendo das dimensões, podemos
Algumas substâncias e seus focar apenas na dilatação linear, quando apenas Alguns exemplos de dilatação.
coeficientes de dilatação.
Substância
Chumbo
a (°C–1)
27 · 10–6
Dilatação linear
Zinco 26 · 10 –6
aquecer esse arame para uma temperatura θ nos sólidos podemos considerar essa variação
Cobre 17 · 10–6
(θ > θ0), observamos que o comprimento desse como desprezível para fins práticos.
Ouro 15 · 10–6
arame aumenta para L (L > L 0). A unidade de α é o inverso da unidade de
Ferro 12 · 10–6
Platina 9 · 10–6 L0 temperatura. Portanto, sua unidade pode ser
Vidro (comum) 8 · 10–6 escrita como °C–1, °F –1 ou K–1. Para verificar essa
θ0
Tungstênio 4,3 · 10–6 DL afirmação, isolamos α na expressão anterior.
Vidro (pirex) 3 · 10–6
θ
DL
a=
L L0Dθ
Resolva Como o arame é homogêneo, cada uni- Visto que as unidades da dilatação ∆L e do
dade de comprimento deve sofrer a mesma comprimento L 0 são iguais, sobra apenas como
Uma barra de certo material unidade o inverso da unidade de temperatura.
(α = 25 · 10–6 °C–1) tem 30 cm dilatação para cada unidade de aumento na
de comprimento à tempera- temperatura. Como DL = L – L 0 , podemos obter a expres-
tura de 0°C. A variação total de comprimento ΔL sofrida são que relaciona L com Dθ. Observe.
Se a barra for aquecida até pelo arame deve ser proporcional ao seu com- L – L 0 = aL 0Dθ
atingir 100°C, qual será a
primento inicial L 0 . Por exemplo: se um arame L = aL 0Dθ + L 0
variação de seu compri-
mento? de um material qualquer, com comprimento
Temos: 10 cm, sofrer uma dilatação de 1 mm, um outro L = L 0 (aDq + 1)
arame de mesmo material, com comprimento
DL = aL0Dq
de 20 cm, deve sofrer uma dilatação de 2 mm. A representação gráfica de L em função de
DL = 30 · 25 · 10–6 · 100
A variação de comprimento também deve ∆θ é um segmento de reta que não passa pela
DL = 75 · 10–3 ⇒ DL = 0,075 cm. ser proporcional à variação da temperatura. É origem, já que L 0 é diferente de zero. O coefi-
válida, portanto, a seguinte relação: ciente angular (tg f) é igual a α∆θ.
Qual é o comprimento final
da barra a 100°C? L
Temos: DL = aL 0Dq L
EM21_2_FIS_A_04
EM21_2_FIS_A_04
DL = L – L0
A constante α é chamada de coeficiente de
f
L = L0 + DL dilatação linear e é uma característica do mate- L0
L = 30 + 0.075 ⇒ DL = 30,075 cm. rial. Rigorosamente, não é uma constante, já que
depende da pressão externa e da temperatura. 0 θ0 θ θ
340 FIS A
A = L2 DA = bA 0Dq Temos:
L = L 0 (aDq + 1) V0 h
latará como se fosse preenchido pelo mesmo 2 2
30
Elevando a expressão anterior ao quadrado material do sólido. Por exemplo: o vazio no in- V0 10
2
e considerando que A = L 2 , temos: terior de uma arruela de alumínio se dilatará V0 225 10
A = [L 0 (aDq + 1)] 2 = L 02 (a2Dq2 + 2aDq + 1) como se fosse feito desse material.
V0 2 250cm3
Assim:
Dilatação volumétrica
V V0 3V0
V 3 11 10 6 2 250(20 ( 100))
V 27,98 cm3
Dq = 500 °C
DV = γV0Dq
No início, o volume do cubo é de:
b = 2a = 26 · 10–6 °C–1
V0 = L 03 Os coeficientes de dilatação linear, superfi-
Assim:
Após o aquecimento, aumentou para cial e volumétrica podem ser relacionados da
V (V > V0). seguinte forma: A = A0(bDq + 1)
3
V=L a b g
A = 100 (26 · 10–6 · 500 + 1)
EM21_2_FIS_A_04
FIS A 341
água
cipiente. Suponha um recipiente de vidro trans-
Reflita parente, graduado em cm³, a uma temperatura
Por que o gelo flutua na
de θ0. Um líquido, também à temperatura de θ0, é
Em geral, um líquido aumenta de volume
água? colocado no interior desse recipiente até a marca
com o aumento da temperatura. Porém, a
de 100 cm³. Pode-se afirmar, com certeza, que o
água é uma exceção à regra, pois diminui de
volume do líquido no interior do recipiente é de
volume se a temperatura aumentar entre 0 °C
100 cm³ à temperatura de θ0. Aquecendo-se o
e 4 °C. Apenas a temperaturas acima de 4 °C a
líquido a uma temperatura de θ (θ > θ0), nota-se
água aumenta de volume com o aumento da
erstock
Eric Fahrner/Shutterstock
Para θ > θ0, o volume transbordado representa a dilatação aparente
do líquido.
Portanto, a dilatação real do líquido será a
soma da dilatação do frasco com a dilatação
aparente do líquido.
EM21_2_FIS_A_04
342 FIS A
●● Nessa reportagem é utilizado um conceito físico trabalhado neste módulo, que é a dilatação de líquidos. Porém,
esse conceito foi empregado de maneira incorreta pela descrição do dono do posto. Então, escreva um e-mail para
o portal de notícias explicando corretamente o que ocorre na dilatação da gasolina e como isso lesa as pessoas que
compram combustíveis nesta situação. Como você estruturaria esse e-mail? Como você explicaria que a condição de
armazenamento é muito importante? Escreva abaixo um esboço de como seria o texto do e-mail que enviaria.
Os estudantes podem estruturar o e-mail de diferentes formas. Em especial, é importante frisar que este é um fenômeno físico (não químico, como diz o relato). Pode-se explicar
o fato de a gasolina ser armazenada em tonéis subterrâneos (como forma de evitar dilatação) e como a dilatação aparente pode promover uma queima incompleta da gasolina,
Phanat/Shutterstock
prejudicando o ciclo de combustão do motor.
EM21_2_FIS_A_04
EM21_2_FIS_A_04
FIS A 343
c) aumenta de 18 · 10 cm . –3 3
EM21_2_FIS_A_04
344 FIS A
EM21_2_FIS_A_04
C
Vidro Comum 9 0,7
FIS A 345
EM21_2_FIS_A_04
346 FIS A
10 cm
c) menor que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente,
se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos 0
muito frios. 30 cm
2 cm
d) maior que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, se
o paciente se alimenta predominantemente com alimentos
muito quentes. Para ilustrar a dilatação dos corpos, um grupo de estudantes apresenta,
e) menor que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, em uma feira de ciências, o instrumento esquematizado na figura an-
se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos terior. Nessa montagem, uma barra de alumínio com 30 cm de com-
muito quentes. primento está apoiada sobre dois suportes, tendo uma extremidade
4. (UEPG-2011) Dilatação térmica é o fenômeno pelo qual variam as presa ao ponto inferior do ponteiro indicador e a outra encostada
dimensões geométricas de um corpo quando este experimenta num anteparo fixo. O ponteiro pode girar livremente em torno do
uma variação de temperatura. Sobre esse fenômeno físico, assinale ponto 0, sendo que o comprimento de sua parte superior é 10 cm e
o que for correto. o da inferior, 2 cm. Se a barra de alumínio, inicialmente à tempera-
tura de 25°C, for aquecida a 225°C, o deslocamento da extremidade
(1) Em geral, as dimensões de um corpo aumentam quando a
superior do ponteiro será, aproximadamente, de
temperatura aumenta.
(2) Um corpo oco se dilata como se fosse maciço. Note e adote:
(3) A tensão térmica explica por que um recipiente de vidro Coeficiente de dilatação linear do alumínio 2 · 10–5°C–1.
grosso comum quebra quando é colocada água em ebuli-
ção em seu interior. a) 1 mm. c) 6 mm. e) 30 mm.
b) 3 mm. d) 12 mm.
(4) A dilatação térmica de um corpo é inversamente propor-
cional ao coeficiente de dilatação térmica do material que 9. (CEFET-PR) Um recipiente de 200 cm3 de capacidade, feito de um ma-
o constitui. terial de coeficiente de dilatação linear de 30 · 10–6 °C–1, contém 180 cm3
de um líquido de coeficiente de dilatação cúbica de 1 000 · 10–6 °C–1.
(5) Dilatação aparente corresponde à dilatação observada em
A temperatura do sistema é de 20°C. A temperatura-limite de aqueci-
um líquido contido em um recipiente.
mento do líquido sem que haja transbordamento é, em °C, de
Soma ( )
a) 131. c) 1 119. e) 143.
5. Um posto recebeu 5 000 litros de gasolina num dia em que a tem- b) 130. d) 123.
peratura era de 35°C. Com a chegada de uma frente fria, a tempe-
ratura ambiente baixou para 15°C, assim permanecendo até que a 10. (ITA-2012) Um quadro quadrado de lado e massa m, feito de um
gasolina fosse totalmente vendida. Sabendo-se que o coeficiente material de coeficiente de dilatação superficial β, é pendurado no
pino O por uma corda inextensível, de massa desprezível, com
de dilatação da gasolina é 1,1 · 10–3 °C-1, calcule em litros o prejuízo
as extremidades fixadas no meio das arestas laterais do quadro,
sofrido pelo dono do posto.
conforme a figura. A força de tração máxima que a corda pode
6. (EPCAr-AFA-2013) No gráfico a seguir, está representado o compri- suportar é F. A seguir, o quadro é submetido a uma variação de
mento L de duas barras A e B em função da temperatura θ. temperatura T, dilatando. Considerando desprezível a variação
L no comprimento da corda devida à dilatação, podemos afirmar
Barra B que o comprimento mínimo da corda para que o quadro possa
ser pendurado com segurança é dado por:
2
Barra A
O
θ
Sabendo-se que as retas que representam os comprimentos da
barra A e da barra B são paralelas, pode-se afirmar que a razão
entre o coeficiente de dilatação linear da barra A e o da barra B é
a) 0,25. c) 1,00.
b) 0,50. d) 2,00.
7. (EsPCEx-AMAN) Um estudante de Física, desejando medir o /2 /2
coeficiente de dilatação volumétrica de uma substância líquida,
2F T 2F (1 T )
preenche completamente um recipiente de 400 cm3 de volume a) d)
interno com a referida substância. O conjunto encontra-se ini- mg 2F mg
cialmente à temperatura de equilíbrio T1 = 10°C e é aquecido até 1 T
b) 2F(1 T ) e) 2F
a temperatura de equilíbrio T2 = 90°C. O coeficiente de dilatação
mg 4F2 m2 g2
volumétrica do recipiente é γ = 4,0 · 10–5 °C–1. Sabendo que houve
um transbordamento de 20 cm3 do líquido, o coeficiente de dila- 2F (1 T )
c)
tação da substância líquida é de
EM21_2_FIS_A_04
EM21_2_FIS_A_04
4F2 m2 g2
a) 2,25 · 10–4 °C–1. d) 6,65 · 10–4 °C–1.
b) 5,85 · 10 °C .
–4 –1
e) 1,03 · 10–3 °C–1. ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
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c) 6,25 · 10–4 °C–1. de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
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2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.
FIS A 347
EE
EEE
C C
E
CC
EE E
CC
EEE
CCC
CC
EEE
CC
CCCC
eletrostática
CCCCCCC
Carga elétrica • Princípio da conservação da carga elétrica • Quantização da carga elétrica • Condutores, isolantes e
semicondutores
Física
mód. 01/16
01 B
START
•• Com o auxílio do seu professor, identifique a referência histórica em cada uma das cinco figuras e, se possí-
vel, o conceito físico relacionado a cada situação. Esses conceitos serão trabalhados com mais detalhes nos
Site
próximos módulos.
Para ver mais imagens: Para facilitar a interação com a obra, você pode realizar o tour digital em 360º seguindo o link referenciado, até para encontrar outras figuras
importantes. É essencial frisar com os estudantes:
<http://parismusees.paris.fr/ Figura 1: Experimento de força elétrica; balança de Cavendish.
sites/etablissement_public/ Figura 2: Transmissão de energia a longas distâncias, algo impossível com a energia térmica.
files/iframe/mam_360_
EM21_2_FIS_B_01
EM21_2_FIS_B_01
348 FIS B
FRitz/W.Commons
Os primeiros relatos sobre fenômenos elé- de condutores (ferro, cobre, alumínio etc.);
tricos datam da Antiguidade. O filósofo grego aos que não conduziam, ou conduziam mal a
Tales de Mileto (625-547 a.C.) teria observado eletricidade, chamou-os de isolantes (vidro,
e tentado explicar o porquê de um pedaço de madeira, seda, borracha, lã etc.).
âmbar, após ser esfregado em um tecido qual- A próxima contribuição para o estudo da
quer, passava a atrair pequenos fragmentos de eletricidade ficou a cargo do físico francês
grama ou palha seca. Charles Du Fay (1698-1739). Por meio de expe-
Tal fenômeno só voltou a chamar a atenção rimentos, Du Fay observou a existência de dois
cerca de dois mil anos depois. O inglês William tipos de eletricidade: a vítrea, obtida pelo vidro
Gilbert (1544-1603), físico e médico da rainha ao ser atritado com lã, e a resinosa, obtida pelo
Elizabeth I, da Inglaterra, retomou os experi- âmbar ao ser atritado com lã.
mentos de Tales e passou a usar a palavra elé- Com base em suas experiências, Du Fay es- Tales de Mileto (na ilustração) foi
trico, derivada do grego elektron (âmbar), para tabeleceu o princípio da atração e repulsão considerado por Platão um dos
se referir ao corpo que tinha a mesma proprie- sete sábios da Grécia Antiga.
ou, como passou a ser conhecido, princípio de
dade do âmbar. Gilbert observou que outros Du Fay, que, em palavras da época, pode ser
humbak/sHUTTERSTOCK
materiais, e não só o âmbar, possuem essas enunciado da seguinte forma:
curiosas propriedades.
Repetindo os experimentos de Gilbert, o Corpos com eletricidade de mesmo
físico alemão Otto von Guericke (1602-1686) tipo se repelem e corpos com eletricidade
percebeu a existência de dois tipos de “corpos de tipos diferentes se atraem.
elétricos”: alguns podiam, além de atrair obje-
O cientista, escritor e político americano
tos leves, atrair-se mutuamente, ao passo que
Benjamin Franklin (1706-1790) também rea-
outros se repeliam mutuamente após serem Âmbar: resina vegetal fossilizada
lizou experimentos com eletricidade, o mais
atritados. Guericke inventou uma máquina e com cor de mel.
famoso deles é o da chave metálica presa ao
elétrica na qual uma grande bola de enxofre,
fio de uma pipa empinada durante uma tem-
girada por uma manivela, era colocada em
pestade com raios. Franklin estabeleceu uma
contato com uma luva de couro. Dessa forma, Biografia
teoria para explicar os fenômenos elétricos, a
observou que tanto a luva quanto a bola de
rook76 / Shutterstock.com
teoria do fluido elétrico.
enxofre se eletrizavam, passando a apresen-
tar as propriedades de atração e de repulsão. De acordo com essa teoria, um corpo sem
Observou, ainda, que a eletricidade de um eletricidade tem uma quantidade normal de
corpo podia passar para outro sob a forma de fluido elétrico. Se esse fluido estiver em ex-
faíscas. Esse cientista não chegou a explicar cesso (a mais) no corpo, ele se comportará Selo em homenagem a Otto von
tais fenômenos e simplesmente os atribuiu a como o vidro ao ser atritado com lã e terá ele- Guericke (1602-1686), impresso
na Alemanha em 1977.
certas “virtudes” dos corpos envolvidos. tricidade positiva. Se estiver em falta (a me-
nos), ele se comportará como o âmbar ao ser Além de suas contribuições
para os estudos da eletrici-
Gorg/W.Commons
EM21_2_FIS_B_01
cidade de um corpo para outro dependia da gião central com carga elétrica positiva, cha-
natureza do fio usado. Aos materiais que con- mada núcleo, e uma região periférica com
duziam bem a eletricidade, Gray chamou-os carga elétrica negativa, chamada eletrosfera.
FIS B 349
EM21_2_FIS_B_01
350 FIS B
EM21_2_FIS_B_01
Q ne
Nessa expressão, n = 1, 2, 3, 4, ... e e = ±1,6 ⋅ 10 –19 C. Dizemos, então, que a carga elétrica é uma
grandeza quantizada.
FIS B 351
Semicondutores
O físico inglês Stephen Gray foi o cientista
que primeiramente classificou os materiais em
condutores de eletricidade ou em isolantes.
Os materiais semicondutores têm conduti-
vidade elétrica baixa para serem considerados
Isolantes
Ge Ge Ge
Elétrons ligados
EM21_2_FIS_B_01
352 FIS B
voylodyon/Shutterstock
potencial elétrico (tensão elétrica) adquirido por esse corpo, e é a diferença entre o potencial da
pessoa e o potencial dos objetos ligados à Terra (em potencial de 0 V) que determina a ocorrência
de uma descarga.
Pesquisas mostram que o prejuízo financeiro causado pela ESD à indústria é altíssimo. O ar-
tigo a seguir descreve a implicação da ocorrência de uma ESD em um produto.
[...] Não é preciso ir muito longe numa pesquisa para se verificar que as descargas eletrostáticas (ESD)
causam prejuízos anuais de milhões à indústria. Um estudo feito mostra que 60% das falhas em componen-
tes é causada pela ESD.
Quando falamos em ESD, não nos referimos simplesmente às descargas que podem danificar um compo-
nente isolado, mas que podem danificá-lo em diversas fases de uso na fabricação de um produto.
[…] dependendo da fase do uso do componente, os prejuízos causados por um dano devido à ESD po-
dem variar do custo do componente quando ele é afetado antes do uso a mais de 1 000 vezes esse custo, se
ele ocorrer quando o componente já estiver sendo usado numa aplicação instalada.
10
2. Você sabe quais são as medidas tomadas pelas empresas para prevenir os efeitos das
EM21_2_FIS_B_01
EM21_2_FIS_B_01
Para evitar tais problemas nos componentes eletrônicos, alguns exemplos de prevenções dos efeitos da ESD
e
ca
fin ão
a
nt
em
a
ç
al
ne
Pl
ica
st
po
Si
adotadas pelas empresas são o uso de mantas isoladoras, pontos de aterramento, pulseiras de aterramento e até
Ap
m
Co
Nível
mesmo a substituição de materiais para evitar a eletrização.
FIS B 353
Piotr Krzeslak/Shutterstock
finais de A e B.
99 Solução:
De acordo com o enunciado, temos ao final Q’A = Q e Q’B = 3Q.
Usando o princípio da conservação da carga elétrica, temos:
QA + QB = Q’A + Q’B ⇒ (+10) + (–2) = Q + 3 · Q ⇒ 8 = 4 · Q ⇒ Q = 2
Portanto, ao final do processo Q’A = +2 µC e Q’B = +6 µC.
2. Um sistema é constituído por dois corpos, A e B, com cargas elétricas
iniciais QA = 8 µC e QB = –20 µC. Por um processo adequado, ocorre
a passagem de elétrons de um corpo para o outro e, ao final, a carga
elétrica de A é igual ao dobro da carga elétrica de B. Qual é a carga
final de cada corpo? Elétrons passaram de A para B ou de B para A?
99 Solução: Considere que cada descarga elétrica transfere uma carga elétrica
De acordo com o enunciado, temos ao final Q’A = 2Q e Q’B = Q. de 32 C de uma nuvem para o solo. Determine a quantidade de
elétrons que é transferida no processo.
Usando o princípio da conservação da carga elétrica, temos:
Q = n · e ⇒ 32 = n · 1,6 · 10–19 ⇒ n = 2 · 1020 elétrons.
QA + QB = Q’A + Q’B ⇒ (+8) + (–20) = 2 · Q + Q ⇒ –12 = 3 · Q ⇒ Q = –4
Portanto, ao final do processo Q’A = –8 µC e Q’B = –4 µC.
Elétrons passaram de B para A.
Um bastão adquire carga de 10 µC x 5. A quantidade de carga elétrica será sempre um valor múltiplo da
carga elementar (e). Um elétron corresponde a 1,6 · 10–19 C de carga;
Em uma descarga, são transferidos 12 elétrons de cinco elétrons correspondem a uma carga de 8,0 · 10–19 C. Por que é
x
um corpo A para B impossível um corpo ter uma carga de 4,0 · 10–19 C?
Q = n · e ⇒ 4,0 · 10–19 = n · (1,6 · 10–19) ⇒ n = 2,5 elétrons.
Um raio transfere 12 C das nuvens para a Terra x
3. O Brasil é o país no qual mais se registra o acontecimento de Q = n · e ⇒ Q = 6,02 · 1023 · (–1,6 · 10–19) = –9,63 · 104 C
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354 FIS B
Complementares
Desenvolvendo Habilidades
1. (UFPE) Considere os materiais:
1. C1:H3 (UECE – adap.) A matéria, em seu estado normal, não mani- 1. Borracha
festa propriedades elétricas. No atual estágio de conhecimentos da
estrutura atômica, isso nos permite concluir que a matéria 2. Porcelana
a) é constituída somente de nêutrons. 3. Alumínio
b) possui maior número de nêutrons que de prótons. 4. Nylon
c) possui quantidades iguais de prótons e elétrons. 5. Vidro
d) é constituída somente de prótons. 6. Ouro
e) é constituída somente de elétrons. 7. Mercúrio
2. C1:H3 (UFJF-2016) Em uma experiência realizada em sala de 8. Madeira
aula, o professor de Física usou três esferas metálicas, idênticas e Assinale a alternativa seguinte, na qual os três materiais citados
numeradas de 1 a 3, suspensas por fios isolantes em três arranjos são bons condutores.
diferentes, como mostra a figura. a) 5, 7 e 8. c) 3, 4 e 6.
b) 3, 5 e 6. d) 3, 6 e 7.
2. (FEI) Considerando os princípios da eletrostática, é correto afirmar
que
a) cargas elétricas de mesmo sinal se atraem.
1 3 2 1 2 3 b) cargas elétricas de sinais diferentes se repelem.
Inicialmente, o professor eletrizou a esfera 3 com carga negativa. c) cargas elétricas são compostas de nêutrons.
Na sequência, o professor aproximou a esfera 1 da esfera 3 e elas d) cargas elétricas positivas são compostas de elétrons.
se repeliram. Em seguida, ele aproximou a esfera 2 da esfera 1 e e) em um sistema eletricamente isolado a soma algébrica das
elas se atraíram. Por fim, aproximou a esfera 2 da esfera 3 e elas se cargas positivas e negativas é constante.
atraíram. Na tentativa de explicar o fenômeno, 6 alunos fizeram os
seguintes comentários: 3. (AFA) Na figura a seguir, a esfera A, suspensa por um fio flexível e
João – A esfera 1 pode estar eletrizada negativamente e a esfera 2, isolante, e a esfera B, fixa por um pino também isolante, estão em
positivamente. equilíbrio.
Maria – A esfera 1 pode estar eletrizada positivamente e a esfera 2,
negativamente.
Letícia – A esfera 1 pode estar eletrizada negativamente e a es-
fera 2, neutra.
Joaquim – A esfera 1 pode estar neutra e a esfera 2 eletrizada
positivamente.
Marcos – As esferas 1 e 2 podem estar neutras.
Marta – As esferas 1 e 2 podem estar eletrizadas positivamente. É correto afirmar que
Assinale a alternativa que apresenta os alunos que fizeram comen- a) é possível que somente a esfera A esteja eletrizada.
tários corretos com relação aos fenômenos observados. b) a esfera A pode estar neutra, mas a esfera B certamente estará
a) Somente João e Maria.
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eletrizada.
b) Somente João e Letícia. c) as esferas A e B devem estar eletrizadas com cargas de mesma
c) Somente Joaquim e Marta. natureza.
d) Somente João, Letícia e Marcos. d) as esferas devem estar eletrizadas com cargas de mesmo
e) Somente Letícia e Maria. módulo.
FIS B 355
356 FIS B
Processos de eletrização
EEE
PP
PPP
P
EEE
EEE
PP
PP
EEE
PPP
PPP
e força elétrica
PPPPP
PPPPP
Processos de eletrização • Eletroscópio • Lei de Coulomb
Física
mód. 02/16
02
Processos de
eletrização e
força elétrica
B
START
2. Por que é recomendado utilizar pentes de madeira em vez de pentes de plástico no cabelo ou ainda para escovar
a barba?
Os pentes de plástico potencializam a concentração de cargas. Eles podem promover eletrização por atrito. Já os pentes de madeira remo-
rstock
Shutte
Nivens/
Sergey
FIS B 357
Lã
tricidade e os isolantes elétricos. Agora, você vai em contato, como a terra. Ao final, o corpo fi-
Maior tendência
Chumbo estudar os processos pelos quais se pode eletri- cará descarregado e dizemos que o corpo foi
Pele de gato zar um corpo: atrito, contato e indução. ligado à terra ou aterrado.
Seda A figura a seguir mostra a representação
esquemática do aterramento de um condutor
Eletrização por atrito ou
Alumínio
eletrizado.
Papel
Algodão (neutro)
Madeira
triboeletrização Elétrons Elétrons
Latão e prata
●● se o corpo estiver eletrizado positiva-
tons será igual ao número total de elétrons.
Ouro e platina mente, os elétrons passarão da terra
Poliéster Se o corpo A for esfregado em B, ou seja, se para o corpo até que sua carga elétrica
atritarmos um dos corpos contra o outro, elé- se anule;
Isopor
trons migrarão de um corpo para o outro, como ●● se o corpo estiver eletrizado negativa-
Filme de PVC
mostrado no esquema a seguir. mente, os elétrons passarão do corpo
Polietileno
para a terra até que a carga elétrica do
PVC Vidro Lã Vidro Lã
A
corpo
+Q se anule.
B +
Teflon A + + ponto, -você
Nesse - –Q deve estar se pergun-
- + ++ - - - -
Série triboelétrica. tando: como saber qual dos corpos perderá
B A
Neutro Neutra B
elétrons para o outro corpo? Para responder a
essa pergunta, devemos conhecer uma série
Vidro Lã Vidro Lã triboelétrica que inclui os materiais atritados.
Exemplo
B uma A
+
+Q Uma série triboelétrica é uma lista de
A Uma pessoa atrita ++ –Q
- + - - materiais, previamente testados, que indica
barra de madeira com um ++ -- - -
tecido de lã. Depois, atrita B A quando dois desses materiais são atritados en-
Neutro um bastão B
de vidro em uma
Neutra tre si, qual deles tem maior tendência a perder
borracha dura. Após esses Eletrização por atrito de vidro com lã. elétrons, eletrizando-se positivamente, e qual
procedimentos, o bastão de
vidro e o bastão de madeira tem maior tendência a receber elétrons, ele-
Como A e B constituem um sistema eletrica-
vão se atrair ou se repelir trizando-se negativamente. A figura disposta
mente isolado, os elétrons perdidos por um dos
um ao outro? no Saiba mais na coluna ao lado mostra a série
corpos serão, necessariamente, recebidos pelo
Solução: triboelétrica.
outro. Em outras palavras, após a eletrização, os
Usando a série triboelétrica, No exemplo anterior, atritamos vidro com
observamos que, ao atritar
corpos adquirem cargas elétricas de mesmo va-
lor em módulo, porém, de sinais opostos. lã. Observe, na série triboelétrica, que o vidro
madeira com lã, a madeira
se eletrizará negativamente está acima da lã e, portanto, tem maior tendên-
e a lã, positivamente. cia a perder elétrons que a lã. Assim, ao serem
QA = +Q e Q B = –Q
Usando a mesma série tri- atritados entre si, o vidro se eletrizará positiva-
boelétrica, constatamos que, mente e a lã se eletrizará negativamente.
quando há atrito de vidro Observe que, se os corpos forem feitos de
com borracha dura, o vidro materiais isolantes, então, durante o processo,
EM21_2_FIS_B_02
negativamente. Então, ao
final dos processos, o bastão eletricidade, a carga adquirida pelo corpo se es- Na eletrização por contato, um corpo neu-
de madeira e o de vidro se palhará pela sua superfície externa. tro é simplesmente colocado em contato com
atrairão mutuamente por
Na maioria das vezes, a eletrização por outro previamente eletrizado. Esse processo
terem cargas elétricas de
sinais opostos. atrito ocorre entre materiais isolantes, mas de eletrização é particularmente importante
358 FIS B
Neutro
e– Observação
EM21_2_FIS_B_02
forma desses corpos. Essa é a explicação da atração entre a bexiga com carga elétrica de +2 µC.
eletrizada e a parede. É importante compreen- Portanto, as cargas finais
Considere que os corpos têm as mesmas das esferas A, B e C serão,
der que se a bexiga for afastada da parede, os
dimensões e forma, sendo, por exemplo, duas respectivamente, +2 µC, +4 µC
elétrons da parede retornam às suas posições
esferas (A e B) de mesmo raio. Nesse caso, e +2 µC. Observe que a carga
originais e ela permanece neutra. total se conserva.
após o contato, ambas terão a mesma carga
elétrica, como mostrado a seguir.
FIS B 359
B = –4 µC. Substituindo na
B B
Redistribuição das cargas elétricas no induzido com a aproximação
última equação para obter o do indutor.
Eletroscópio
O eletroscópio é um dispositivo capaz de partes metálicas e, desse modo, a esfera con-
detectar a presença de cargas elétricas em dutora e as lâminas ficam com cargas elétricas
dado corpo. Seu funcionamento baseia-se de sinais opostos. Entretanto, as duas lâminas
Observação
no fenômeno da indução eletrostática em metálicas do eletroscópio vão ficar eletrizadas
O eletroscópio pode verificar um corpo neutro quando na presença de um com cargas elétricas de mesmo sinal e, conse-
se um corpo está eletrizado corpo eletrizado. quentemente, elas vão se repelir mutuamente
ou não, entretanto, não é
possível determinar qual é Os dois tipos mais comuns são: o eletroscó- e se afastar uma da outra.
o sinal da carga do corpo pio de folhas e o pêndulo elétrico. Pêndulo elétrico
eletrizado.
Eletroscópio de folhas O pêndulo elétrico consiste em uma pe-
Saiba mais É constituído de uma esfera metálica condu- quena esfera metálica suspensa por um fio
tora ligada a uma haste condutora e duas lâmi- isolante preso a um suporte, como mostrado
As cargas elétricas se movi-
mentam ao serem atraídas ou nas (folhas), bastante finas e flexíveis. na figura.
repelidas. O movimento das Seu funcionamento é bem simples. Quando
cargas ocorre em virtude da
força eletrostática entre elas. o eletroscópio está descarregado, portanto,
neutro, e afastado de cargas elétricas, suas fo- Suporte
Fio
Esfera
lhas permanecem em equi- isolante
condutora ++++ líbrio na posição vertical e ++++
Haste metálica próximas umas das outras.
Esfera
Quando um corpo ele- metálica
trizado é aproximado da
EM21_2_FIS_B_02
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360 FIS B
próxima do corpo eletrizado, a esfera passa a tensa que a de repulsão, pois a distância entre
d1
apresentar uma carga elétrica de sinal oposto as cargas que se atraem é menor que a distân-
d2
ao da carga do corpo eletrizado e, na região cia entre as cargas que se repelem. Por esse Forças de atração e repulsão que agem
sobre a esfera pendular.
mais afastada, uma carga elétrica de mesmo motivo, a esfera pendular é atraída pelo corpo
sinal que o do corpo eletrizado. A esfera fica eletrizado.
Biografia
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Lei de Coulomb
Vamos agora fazer um estudo quantitativo Matematicamente, a Lei de Coulomb é ex-
da força eletrostática que atua entre cargas pressa por:
elétricas puntiformes. A denominação carga Charles Augustin de
Q1 Q2 Coulomb
elétrica puntiforme é usada quando a carga F k
elétrica se distribui sobre um corpo de dimen- d2 (1736-1806)
sões desprezíveis se comparadas às distâncias Físico e engenheiro militar,
sendo que
que o separa de outros corpos eletrizados. Coulomb foi um cientista
●● F é a intensidade da força de interação de destaque tanto no de-
No módulo anterior, vimos que cargas elé- elétrica entre as cargas e medida, no SI, senvolvimento da Mecânica
tricas de mesmo sinal se repelem e que cargas em newton (N); quanto da Eletricidade e do
elétricas de sinais opostos se atraem. Além Magnetismo. Em 1779, ele
●● |Q1| e |Q2| são os módulos das cargas elé- publicou uma importante
disso, as forças elétricas que atuam sobre as tricas e medidas, no SI, em coulomb (C); investigação das leis de
cargas devem obedecer ao princípio da ação ●● d é a distância entre as cargas, medida, atrito. Em 1785, publicou
e reação, ou seja, devem ser forças de mesma no SI, em metro (m); Recherches théoriques et
intensidade e mesma direção, porém, de senti- expérimentales sur la force
●● k é uma constante de proporcionalidade de torsion et sur l’élasticité
dos opostos, como mostrado a seguir. que depende do meio em que as cargas des fils de metal (Investiga-
→ Q1 Q2 →
estão situadas, denominada constante ção teórica e experimental
F F eletrostática do vácuo, ou simplesmente sobre a força de torção em
constante e letrostática, medida, no SI, um fio elástico de metal),
Q1 em Nm2/C2. na qual descrevia diferentes
Q2
formas de sua balança de
→ →
F F
O valor da constante eletrostática do vá- torção, um instrumento
cuo, k, é: usado por ele com grande
Q1 → → Q2 sucesso para a investigação
F F
k = 9 ⋅ 109 Nm2 /C2 experimental da força de
d interação elétrica entre
Para os meios materiais, a constante ele- cargas elétricas.
trostática assume valores menores que o valor Em 1787, publicou o trabalho
As forças eletrostáticas que atuam em duas cargas puntiformes têm
mesma direção, mesma intensidade e sentidos opostos. no vácuo. no qual provou sua famosa
lei. A unidade de medida da
Por volta de 1785, o físico francês Charles Para o ar, considera-se que a constante ele-
quantidade de carga elétrica
Augustin de Coulomb, utilizando uma balança trostática é, aproximadamente, igual à cons- no SI, o coulomb, símbolo C,
de torção, estabeleceu uma relação entre a in- tante eletrostática no vácuo. é uma homenagem a esse
k ar ≈ k = 9 ⋅ 109 Nm2 /C2 grande cientista francês.
tensidade da força F, o módulo das cargas elé-
Fouad A. Saad/Shutterstock
tricas, Q1 e Q 2 , e a distância d entre elas. Observe que, na Lei de Coulomb, as cargas
A relação estabelecida por Coulomb é co- elétricas são tomadas em módulo; os sinais
nhecida como Lei de Coulomb e pode ser das cargas elétricas apenas são considerados
enunciada como: para determinar o sentido das forças: atração
entre cargas de sinais opostos e repulsão entre
cargas de mesmo sinal. Graficamente, temos:
A intensidade da força de interação
entre duas cargas elétricas puntiformes F
é diretamente proporcional ao produto
dos módulos das cargas elétricas e inver- F
samente proporcional ao quadrado da
distância que as separa. F/4 Hipérbole
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F/9
FIS B 361
Resolva
São dadas três esferas Detergente: de herói na cozinha para vilão das águas dos rios
iguais e condutoras (A, B e
C) apoiadas em suportes Todos os produtos de higiene causam algum impacto, entenda
isolantes. A esfera A está quais são os impactos dos sabões e detergentes
eletrizada positivamente; Você já se perguntou o que acontece com a espuma do detergente que vai para o ralo depois que você lava
B e C estão neutras. Sem
alterar a quantidade de a louça? Diariamente, sabões, detergentes e os mais variados produtos de higiene usados nas residências e
carga da esfera A, é possível, indústrias atingem o sistema de esgotos e, sem o devido tratamento, acabam indo parar em rios e lagos. Lá,
por indução eletrostática, causam diversos efeitos nos corpos hídricos e na vida aquática.
eletrizar B e C com cargas
iguais e de sinais contrários, Assim como os sabões, os detergentes sintéticos são substâncias constituídas por longas cadeias carbônicas
sem a intervenção da terra e (apolares) com um grupo polar em uma de suas extremidades. Da mesma forma que o sabão, o detergente
de outros condutores? é um tensoativo – quem dá a ele essa propriedade costumam ser os sais de ácidos sulfônicos. Atualmente,
Sim, é possível eletrizar B
existem muitos outros tipos de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem
e C com cargas iguais e de uma longa cadeia apolar e uma extremidade polar.
sinais contrários. Para isso,
colocamos as esferas neutras, No caso do detergente, os tensoativos sintéticos vêm do petróleo e podem ou não ser biodegradáveis, po-
B e C, em contato. A seguir, rém, no Brasil, devido à determinação legislativa, todos os detergentes comercializados devem conter ten-
aproximamos a esfera A de soativo biodegradável, desde 1982, de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
uma das outras duas esferas.
Ocorrerá indução eletrostática (Anvisa). [...]
no condutor constituído pelas
Em sistemas que dependem do oxigênio, como rios e lagos, os agentes tensoativos interferem nas taxas
esferas B e C, e a
esfera mais próxima de A de aeração, pela redução da tensão superficial do meio, que faz com que as bolhas de ar permaneçam um
perderá elétrons para a esfera menor tempo que o previsto em contato com o meio. Além disso, a formação de espuma na superfície com
mais afastada. Ainda na pre-
sença da esfera A, separam-se
o movimento das águas impede a entrada de luz nos corpos d'água, essencial para a fotossíntese dos orga-
as esferas B e C. As esferas B nismos subaquáticos. [...]
e C estarão eletrizadas com
cargas elétricas de mesmo
valor em módulo, mas de Disponível em: www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/2288-saboes-sabao-detergentes-o-que-
sinais contrários. sao-impactos-meio-ambiente-tensoativo-sequestrante-quelante-limpeza-saponificacao-sinteticos-cadeia-de-carbono-
consequencias-eutrofizacao-poluicao-aves-aquaticas-alternativas-bicarbonato-de-sodio-vinagre.html. Acesso em: 18 jul. 2018.
•• A poluição de rios e córregos é uma triste realidade de muitas cidades. Além de um problema político, há
uma questão social envolvida, já que a falta de informação leva as pessoas a descartarem lixo e esgoto
de forma irregular. Então, imagine que sua turma foi convidada para produzir um material informativo
sobre a poluição de detergentes que será distribuído em sua comunidade. Nas linhas abaixo, crie uma
sequência para este material, com informações sobre como funciona o detergente, em especial sobre as
forças atrativas das moléculas, os prejuízos causados pelo descarte em rios e quais poderiam ser formas
alternativas para limpeza, como os detergentes biodegradáveis ou a utilização de outros produtos.
EM21_2_FIS_B_02
362 FIS B
EM21_2_FIS_B_02
2 2
zados com quantidades diferentes de cargas. Q 3Q
No segundo contato: 2 2 Q
2
Q 3Q
No terceiro contato: 2Q
2
Ao final, a carga da esfera suspensa no fio é de 2Q.
FIS B 363
fio metálico
5 µC –4 µC 10 µC
A B
a) 550 N para a esquerda. d) 350 N para a direita. C
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364 FIS B
b) 1Q, 5Q e 1Q d) 1Q, 5Q e 5Q
Sabendo que o valor de m1 é de 30 g e que a aceleração da gravi-
6. (UEPG-2011) Considere quatro esferas metálicas idênticas e isoladas dade local é de 10 m/s2, determine a massa m2.
uma da outra. Três esferas (a, b, c) estão, inicialmente, descarregadas
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FIS B 365
EEE
EEE
E
Aspectos históricos • Vetor campo elétrico
Física
mód. 03/16
03 B
START
novas gerações.
JJJJJJJJJ
JJJJJJJJ
JJJJJJ 2. Você sabia que a polinização depende de processos de eletrização? Qual a relação com o tema
“campo elétrico”? Faça uma pesquisa e escreva abaixo uma breve explicação sobre isso. É válido
buscar informações com o professor de Biologia.
O corpo da abelha sofre eletrização pelo contato com o ar, perdendo cargas para o meio. Assim, seu corpo terá carga resul-
tante positiva. Ao chegar às flores, o pólen tem carga induzida pelo corpo da abelha, até o ponto em que o pólen gruda no
inseto. Depois, a estrutura do estigma de outra flor, que está isolado eletricamente e tem carga negativa em excesso, atrai
EM21_2_FIS_B_03
EM21_2_FIS_B_03
366 FIS B
Everett Historical/Shutterstock
bem aceita pelos físicos do século XVIII. Isaac entre elas, a que se podia atribuir valor, direção
Newton, por exemplo, não se sentia confortá- e intensidade. A quantidade relativa de força,
vel com ela, mesmo depois de publicada sua em dado espaço, seria indicada pela maior ou
Lei da Gravitação Universal. Alguns atribuíam a menor concentração das linhas. Para Faraday,
transmissão da força a uma espécie de tensão as linhas de força formavam tubos (tubos de
ou pressão do meio. força), de maneira que o produto da intensi-
Tais dificuldades, contudo, foram supera- dade da força pela área de seção transversal
das após os estudos desenvolvidos pelo físico do tubo permanecia constante ao longo do
inglês Michael Faraday (1791-1867), conside- comprimento deste. Essa ideia foi matematica-
rado um dos maiores experimentalistas de to- mente comprovada, em 1835, pelo matemático
Fotografia de Faraday em 1852.
dos os tempos. e físico alemão Carl F. Gauss (1777-1855). Desse
modo, uma maior concentração de linhas (tubo Nascido em uma família
Para explicar como as forças entre cargas
mais fino) implicaria uma força mais intensa e pobre, Faraday tornou-se um
elétricas, ou entre ímãs, eram transmitidas de importante físico e químico
uma para a outra, Faraday imaginou que o es- vice-versa. inglês. Ainda muito jovem,
paço entre elas estava repleto de “algo” capaz No caso das forças eletrostáticas, de com 13 anos, começou a
de empurrar ou puxar as cargas. acordo com Faraday, um campo elétrico se trabalhar como mensageiro
de um encadernador e co-
Baseando-se na disposição que a limalha estende por todo o espaço que envolve uma merciante de livros francês
de ferro assume ao ser espalhada sobre um carga elétrica. Dessa maneira, é possível con- que imigrou para Londres.
ímã, Faraday propôs que o espaço entre as car- cluir que: Após um ano, foi promovido
gas elétricas estava repleto de linhas de força, a aprendiz de encadernador
e, durante seus sete anos de
que seriam responsáveis pela transmissão das O campo elétrico desempenha o papel treinamento, leu muitos dos
forças elétricas. de transmissor de interações entre car- livros que encadernou, um
Essa ideia o levou a substituir a ação de uma gas elétricas. dos quais descrevia experi-
mentos de Química. Com o
força a distância entre duas cargas elétricas por
dinheiro que economizou,
comprou equipamentos sim-
ples e passou a reproduzir
EM21_2_FIS_B_03
FIS B 367
pode acontecer, pois, de acordo com a propriedade fundamental, em cada ponto só existe um vetor campo elétrico (determinado por intensidade,
direção e sentido).
Exemplo Das propriedades de operações com veto- Apesar de não fornecer diretamente a inten-
Uma carga de prova res (produto de um número real por um vetor), sidade E do campo elétrico, as linhas de força
q = +8 μC é colocada em um é possível estabelecer que: nos permitem ter uma ideia da intensidade do
ponto do espaço e fica su- campo, pois elas se tornam mais próximas (ou
jeita a uma força elétrica de Se a carga de prova for positiva (q > 0), mais concentradas) na região de campo elétrico
direção vertical, orientada
para baixo e de intensidade
então F e E terão mesmo sentido. mais intenso e mais afastadas (ou menos con-
0,4 N. Caracterize o vetor centradas) na região de campo elétrico menos
F E intenso. No caso de um campo elétrico uni-
campo elétrico E naquele
ponto do espaço. forme, quando o vetor campo elétrico é cons-
Solução: q>0 tante, as linhas de força são retas paralelas e
Para caracterizar o vetor igualmente espaçadas, como mostrado nos es-
Se a carga de prova for negativa (q < 0),
campo elétrico, é preciso quemas a seguir.
fornecer sua direção, seu então F e E terão sentidos opostos.
sentido e sua intensidade E
ou módulo. F E
E1 E3
O vetor campo elétrico tem E2 E
a mesma direção da força
elétrica e, nesse caso, é q<0
E
vertical.
O sentido do vetor campo A relação anterior pode ser escrita, consi- Representação de linhas de força e vetor campo elétrico.
elétrico depende do sinal derando a intensidade F da força elétrica e a Observe que duas linhas de força nunca
da carga de prova. Nesse
caso, como a carga de prova intensidade E do vetor campo elétrico, como: se cruzam. Você saberia justificar isso?
é positiva, então, o sentido
do vetor campo elétrico é o F = |q| · E
mesmo da força elétrica, ou
seja, orientado para baixo.
Apesar de termos trabalhado com o con-
Carga puntiforme
A intensidade, ou módulo, ceito de força elétrica antes de introduzirmos Agora, vamos determinar as característi-
do vetor campo elétrico é cas do vetor campo elétrico originado por uma
calculada por: o de campo elétrico, é importante ressaltar
que o campo elétrico é a causa da existência carga elétrica puntiforme Q colocada em um
F q E 0 ,4 8 10 6 E da força elétrica. ponto O qualquer no vácuo. Para a completa
E 5 10 4 N / C caracterização do vetor campo elétrico, é pre-
ciso conhecer sua intensidade (ou módulo), sua
Linhas de força
Portanto, o vetor campo
elétrico é vertical, orientado direção e seu sentido.
para baixo e com módulo Para determinar a intensidade, devemos
5 · 10 4 N/C. Para melhor visualização de um campo usar uma carga de prova q, colocada em um
Resolva elétrico, em dada região do espaço, usaremos ponto P, a uma distância d da carga Q geradora
Uma partícula eletrizada o recurso das linhas de força, sugeridas por do campo. Pela Lei de Coulomb, temos:
com carga q = +2 μC, Faraday.
colocada em um ponto P do Qq
espaço, sofre a ação de uma A linha de força é uma linha imaginária F k0
força elétrica que equilibra orientada que indica a direção e o sentido do d2
seu peso. Sabendo-se que vetor campo elétrico E em cada ponto do Logo:
a partícula tem massa de espaço.
8 g e considerando g = 10 F q E
m/s2, caracterize o vetor Por definição, a linha de força, em cada ponto
campo elétrico existente no do espaço, tem a direção e o sentido do vetor Comparando essas relações, obtemos:
ponto P. campo elétrico ou,
em outras palavras, o vetor
Como a carga elétrica é campo elétrico E é sempre tangente à linha de Qq Q
força e com mesmo sentido que ela naquele q E k0 E k0
positiva, os vetores força d 2
d2
elétrica e campo elétrico têm a ponto, como é possível observar no esquema a
mesma direção da força peso, seguir.
A força elétrica tem sempre a mesma dire-
portanto é vertical, e sentido
E3 ção do campo. Como a direção da força entre
contrário ao do peso (que
sempre é orientado para baixo,
as cargas puntiformes é a direção da reta que
passa pelas cargas, é possível concluir que a di-
sentido radial ao centro da E2 P3 reção do vetor campo elétrico gerado pela carga
Terra), portanto se orienta
radialmente para cima. Em puntiforme Q será a da reta OP. Assim, basta de-
módulo, temos: Linha de força terminar o sentido do vetor campo elétrico.
F=P P2
O esquema a seguir mostra cargas Q, co-
|q| ∙ E = m ∙ g
E1 locadas em um ponto O, geradoras do campo
(2 ∙ 10–6 C) ∙ E = (8 ∙ 10–3 kg) ∙
EM21_2_FIS_B_03
EM21_2_FIS_B_03
(10 m/s2)
elétrico no ponto P; e cargas de prova q, colo-
E = 4 ∙ 104 N/C cadas em P. As cargas elétricas de mesmo sinal
Portanto, o vetor campo P1 se repelem e as de sinais opostos se atraem. Em
elétrico é vertical, orientado uma carga de prova positiva, a força e o campo
para cima e com módulo 4 ∙ Representação do campo magnético em relação às linhas de força. têm mesmo sentido e, em uma carga de prova
10 N/C.
4
negativa, força e campo têm sentidos opostos.
368 FIS B
E/9
Q Q
q q
F E E F
O O d 2d 3d d
P P
Observação
Assim, concluímos que:
É importante destacar que o
●● cargas elétricas Q positivas geram campo elétrico com direção radial e sentido de afasta- campo elétrico não depende
mento, da mesma forma que suas linhas de força – campo divergente; da carga de prova q. Ele
●● cargas elétricas Q negativas geram campo elétrico com direção radial e sentido de aproxima- depende apenas da carga
geradora Q.
ção, da mesma forma que suas linhas de força – campo convergente.
As figuras a seguir mostram as linhas de força do campo elétrico de uma carga puntiforme Q.
Resolva
A figura a seguir mostra
E as linhas de força de um
E
campo elétrico e três
pontos, A, B e C, em que
se deve colocar uma carga
elétrica q.
A B C
outras.
Campo gerado entre duas cargas puntiformes Campo gerado entre duas cargas puntiformes
de mesmo módulo e de sinais opostos. de mesmo módulo e de mesmo sinal.
EM21_2_FIS_B_03
FIS B 369
Logo,
que se deseja isolar dispositivos sensíveis a
2 Q E campos elétricos. Esses dispositivos são envol-
E k 0 2 Q vidos por uma blindagem eletrostática, na
4 d 2 Eext = k
Portanto, o campo E’ tem metade d2 qual as cargas se distribuem, não afetando o
da intensidade do campo E. funcionamento do aparelho.
EM21_2_FIS_B_03
EM21_2_FIS_B_03
370 FIS B
EM21_2_FIS_B_03
FIS B 371
EM21_2_FIS_B_03
372 FIS B
P P q
F 10
E E E 5 106 N / C
q 2 10 6
O vetor campo elétrico aponta para o mesmo sentido que a força, desde que a carga
Situação I Situação II
seja positiva. Nesse caso, o vetor campo elétrico aponta para cima (norte).
O campo elétrico em P, no plano que contém o centro das duas
esferas, possui, nas duas situações indicadas, 9. (UFRGS) O módulo do vetor campo elétrico produzido por uma
carga elétrica puntiforme em um ponto P é igual a E. Dobrando-se
a) mesma direção e intensidade.
a distância entre a carga e o ponto P, por meio do afastamento da
b) direções diferentes e mesma intensidade. carga, o módulo do vetor campo elétrico nesse ponto muda para
c) mesma direção e maior intensidade em I. a) E/4. c) 2E. e) 8E.
d) direções diferentes e maior intensidade em I. b) E/2. d) 4E.
e) direções diferentes e maior intensidade em II. 99 notações:
99 Anotações:
De acordo com a equação:
Pela equação E k 2Q , podemos notar que, para o campo elétrico ser alterado, a E 2
k Q
d d
distância entre as cargas também deve sofrer variação, mas como isso não ocorre, a
E é inversamente proporcional ao quadrado da distância, então, se a distância é dobrada:
intensidade do campo elétrico é a mesma nas duas situações. k Q k Q
E’
(2d)2 4d2
Em relação a P, as cargas tiveram suas distâncias alteradas, ou seja, a força sobre as cargas E
E’
4
sentida em P se modificou, portanto o campo elétrico tem direções diferentes.
Desenvolvendo Habilidades
7. (UCBA) Qual dos gráficos a seguir melhor representa o módulo
do campo elétrico em função da distância d até a carga elétrica 1. C5:H17 (UEA-2014) Duas cargas elétricas puntiformes, Q e q, sendo
puntiforme geradora? Q positiva e q negativa, são mantidas a uma certa distância uma
a) E d) E da outra, conforme mostra a figura.
Q>0 q<0
A força elétrica F, que a carga negativa q sofre, e o c ampo elétrico E,
presente no ponto onde ela é fixada, estão corretamente repre-
sentados por:
d d F
a) q
b) E e) E E
b) F q E
c) F q
d
d
c) E
E
d) E q F
F
e) q
E
d
2. C2:H5 (Enem-2010) Duas irmãs que dividem o mesmo
quarto de estudos combinaram de comprar duas caixas
EM21_2_FIS_B_03
EM21_2_FIS_B_03
99 Anotações:
com tampas para guardarem seus pertences dentro de
K Q
Pela equação E , podemos verificar como o campo elétrico E se relaciona com a suas caixas, evitando, assim, a bagunça sobre a mesa de
d2
estudos. Uma delas comprou uma metálica, e a outra, uma caixa de
distância d. O campo elétrico é inversamente proporcional ao quadrado da distância. madeira de área e espessura lateral diferentes, para facilitar a identifi-
cação. Um dia as meninas foram estudar para a prova de Física e, ao
Logo, o gráfico que melhor determina essa relação é o E.
se acomodarem na mesa de estudos, guardaram seus celulares ligados
FIS B 373
EM21_2_FIS_B_03
e a placa 2 positivamente. O ar contendo os poluentes é forçado a quadrado. As cargas estão dispostas em ordem cíclica seguindo o
passar através dos furos nos centros das placas, no sentido indicado perímetro a partir de qualquer vértice. A situação em que o valor
na figura. No funcionamento desses filtros, as partículas de poeira ou do campo elétrico no centro do quadrado não será nulo é
gordura contidas no ar são eletrizadas ao passar pela placa 1. Na região a) + | q |, – | q |, + | q |, – | q |. c) + | q |, + | q |, – | q |, – | q |.
entre as duas placas existe um campo elétrico E, paralelo ao eixo x, de b) + | q |, + | q |, + | q |, + | q |. d) – | q |, – | q |, – | q |, – | q |.
modo que, quando as partículas carregadas passam por essa região,
374 FIS B
x d x d
2 2
a) Q q c) Q q
d2 x2
x d x d
2 2
b) q Q d) Q 2q
x2 x2
Terra Terra
7. (UCSal) Os pontos assinalados na figura a seguir estão igualmente
espaçados.
Segunda Figura
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P F E –4Q Q
EM21_2_FIS_B_03
P
ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
Abraooaplicativo
2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.
– Q3
FIS B 375
EEE
HH
EEE
H
HHH
E
HHHH
HHHHHHHH
04 B
START
Curiosidade
Dedo do Cristo Redentor Os raios e a origem da vida
é danificado por raios
durante temporal no Rio Relâmpagos provavelmente estavam presentes durante o surgimento da vida na Terra e podem mesmo ter
[...]
participado na geração das moléculas que deram origem à vida. Há cerca de três bilhões de anos atrás, a atmos-
fera da Terra era bem mais quente que atualmente e ainda continha uma grande quantidade de moléculas de
Um dos mais conhecidos
pontos turísticos do Brasil, diversos gases, tais como amônia, metano e hidrogênio. Nesta atmosfera, as tempestades provavelmente eram
o Cristo Redentor, foi dani- muito mais carregadas eletricamente do que as tempestades de hoje e, em consequência, havia relâmpagos em
ficado depois do temporal maior quantidade e com maior intensidade que os relâmpagos de hoje, em uma situação similar à que hoje existe
que atingiu o Rio [...]. Parte em Júpiter.
do dedo polegar da mão di-
reita do Cristo quebrou [...]. Evidências indicam que os relâmpagos podem estar relacionados à formação dos primeiros compostos de-
(G1. Disponível em: <http:// nominados aminoácidos, que teriam ocorrido nestes estágios iniciais da evolução da atmosfera terrestre. Tais
g1.globo.com/rio-de-janeiro/
noticia/2014/01/dedo-do-cristo- aminoácidos, que teriam se formado a partir da quebra pelos relâmpagos de moléculas de amônia, metano,
redentor-e-danificado-por-
raios-durante-temporal-no-rio. hidrogênio e vapor d'água, abundantes naqueles tempos, são estruturas básicas para a formação de todas as
html>. Acesso em: 25 set. 2017.)
proteínas e indispensáveis a todas as formas de vida em nosso planeta. Experimentos em laboratório, utilizando
descargas induzidas em uma mistura de amônia, metano, hidrogênio e vapor d'água, indicam que tal processo
Para verificar os conhecimentos
prévios dos alunos, instigue-os é, em princípio, possível, embora haja muitas incertezas em relação às condições durante os estágios iniciais da
a conversar sobre as questões evolução da atmosfera terrestre.
propostas. Ressalte a importância
de se proteger durante uma tem-
pestade com raios, por exemplo Disponível em: www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/os.raios.e.a.origem.da.vida.php.
ficar em lugares mais baixos,
Acesso em: 18 jul. 2018.
não ficar dentro da água e evitar
lugares abertos.
•• Por que ocorrem essas descargas elétricas na atmosfera? Como podemos nos proteger delas? Qual é o melhor
lugar para se abrigar durante uma tempestade com raios?
Devido à diferença de potencial elétrico entre a Terra e a nuvem, o melhor lugar para se abrigar seria no interior de um automóvel.
Balazs Kovacs Images/Shutterstock
EM21_2_FIS_B_04
EM21_2_FIS_B_04
376 FIS B
Ep
q q Além disso, estudou o princípio da conser- 600
5 10 6
vação da energia. De acordo com ele, em um Ep 6 10 5 10 6
2
Esse quociente é um valor constante para Mas como estudamos há pouco, a energia
aquele ponto P do campo elétrico, e não de- potencial elétrica de uma carga elétrica q é co-
pende da particular carga de prova colocada locada em um campo elétrico Ep q V .
no ponto. Esse quociente é, por definição, o Consideremos, então, uma carga de prova q
potencial elétrico VP do ponto P. que se desloca em um campo elétrico passando
Então, por definição, o potencial elétrico VP de um ponto 1 para um ponto 2, sujeita apenas
em um ponto P de um campo elétrico é a gran- à força elétrica, como ilustra o esquema a seguir.
deza escalar dada por: 1 2
q q
Ep Ep Ec Ep Ec Ep Ec Ec
1 2 2 1 1 2 2 1
Ep
VP =
q
EM21_2_FIS_B_04
F q U
FIS B 377
Qq
Ep k
d
–Q
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EM21_2_FIS_B_04
Q<0
–V –V/2 –V/3 –V/4 No infinito: V = 0
x=d x=2·d x=3·d x=4·d
378 FIS B
V V1 V2 V3 ... Vn
Alexonline/Shutterstock
permanecem em repouso;
●● o campo elétrico em todos os pontos in-
ternos do corpo é nulo;
●● o potencial elétrico em qualquer ponto E
do corpo, interno ou de sua superfície,
Q
é constante; k⋅
R2 Q
●● a concentração de cargas na super- k⋅
d2
fície do corpo é maior em regiões
pontiagudas;
●● o vetor campo elétrico em pontos pró- R
0 d
ximos à superfície é perpendicular à su-
perfície do corpo.
O esquema a seguir ilustra essas caracte- V
rísticas para um condutor eletrizado positiva-
mente e em equilíbrio eletrostático.
Q Q
k⋅ k⋅
R d
E Eint = 0
0 R d
Dentro do condutor, o campo elétrico é
nulo. Em um ponto externo e muito próximo
da superfície, o campo elétrico tem o dobro da
V(em qualquer ponto) = constante intensidade do campo em um ponto da super-
Vamos analisar de modo detalhado o caso fície. O potencial elétrico nos pontos internos e
particular de um condutor esférico eletri- da superfície é constante e não nulo. Observe
zado, por exemplo, com carga positiva. Para ainda que, para os pontos externos, tanto o
isso, considere um condutor esférico de raio R módulo do campo elétrico quanto o potencial
EM21_2_FIS_B_04
EM21_2_FIS_B_04
eletrizado com carga elétrica positiva Q, em elétrico são calculados como se a carga fosse
equilíbrio eletrostático, e um ponto P a uma puntiforme e estivesse localizada no centro da
distância d do centro da esfera. esfera.
FIS B 379
∞ ∞ Movimentação de cargas
+ – Uma aplicação do campo elétrico uniforme
+ –
+ E+ – é a movimentação de cargas dentro dele. Ao
+ – inserir uma carga nessa região, haverá uma
+ E– –
+ – movimentação que pode tender para a placa
+ – positiva ou para a negativa, dependendo do si-
∞ ∞ nal da carga. Observe o esquema a seguir.
Em uma região entre as placas, o campo elétrico é o dobro do gerado v0
em cada placa. –q
E
a
O campo resultante terá intensidade de:
F Dy
ER EREEE E E ER
R
2 22 2
Considerando que uma carga elétrica adentre uma região de campo
elétrico uniforme, haverá deflexão em função da força elétrica que
atuará sobre a carga.
EM21_2_FIS_B_04
380 FIS B
Aplicações práticas
•• A blindagem eletrostática •• Para-raios
O físico inglês Michael Faraday percebeu que o fato de o campo O fato de a concentração de cargas na superfície de um corpo
elétrico ser nulo nos pontos internos de um condutor metálico condutor eletrizado ser maior em regiões pontiagudas é conhe-
eletrizado origina uma importante aplicação prática, conhecida cido como poder das pontas e explica, por exemplo, por que os
genericamente como blindagem eletrostática. raios caem de preferência sobre objetos pontiagudos. Por isso é
Para demonstrar o fenômeno, Faraday mandou construir tão perigoso carregar guarda-chuva ou abrigar-se sob uma árvore
uma gaiola metálica, que passou a ser conhecida como gaiola de alta durante tempestades. A utilização dos para-raios está funda-
Faraday. Ao entrar na gaiola e gerar descargas elétricas externas mentada nesse fato. Como o para-raios é provido de pontas, ele é
que a atingem, mostrou que, em um condutor metálico, as cargas o alvo “prioritário” para a queda dos raios, protegendo, dentro de
se distribuem apenas em sua superfície externa, não exercendo ne- certos limites, o que está ao seu redor.
nhuma ação nos pontos internos. Assim, constatou-se que dentro
Atomazul/Shutterstock
da gaiola não há nenhum efeito de descargas elétricas externas.
Desde então, para manter um aparelho, equipamento elétrico ou
eletrônico a salvo das interferências elétricas externas, basta envolvê-
-lo com uma “capa” metálica denominada blindagem eletrostática.
É por essa razão que, ao serem fabricados, aparelhos de rádio,
reprodutores de DVDs, CDs players etc. são montados em gabi-
netes metálicos. Por igual motivo, fios elétricos e cabos coaxiais
usados na transmissão de sinais de TV e telefonia são envolvidos
por uma tela metálica.
Logo, é possível concluir que, durante uma tempestade com
raios, o melhor lugar para se abrigar é dentro de um condutor, o
interior de um carro, por exemplo.
•• Após essa discussão, montem um manual em comum com a turma e se possível divulguem para familiares e para a comunidade de
sua escola. Na divulgação, questione os envolvidos: vocês já conheciam esses cuidados com descargas elétricas? Acham importante
a divulgação desse tipo de material? (Lembre-se de argumentar a razão do ponto de vista da Física para os procedimentos presentes
no manual). Pesquise também se já há algum material oficial em sua cidade que faça esse tipo de divulgação. Se tiver, compare-o
com o feito por vocês. Caso não tenha, que tal tentar ampliar a divulgação do material elaborado por sua turma?
Retome os conhecimentos levantados no começo do módulo e faça uma verificação da aprendizagem, pois para a elaboração do material proposto, os estudantes deverão
estar pautados em conhecimentos estudados ao longo de todo o módulo. Se for o caso de divulgarem o material mais amplamente, ajude-os a contatar órgãos oficiais que
EM21_2_FIS_B_04
FIS B 381
Praticando
1. (Unifesp) Na figura, as linhas tra- V 4. (PUCRS) A condução de impulsos nervosos através do corpo hu-
cejadas representam superfícies mano é baseada na sucessiva polarização e despolarização das
equipotenciais de um campo IV membranas das células nervosas. Nesse processo, a tensão elétrica
elétrico; as linhas cheias I, II, III, IV entre as superfícies interna e externa da membrana de um neurô-
e V representam cinco possíveis nio pode variar de –70 mV – chamado de potencial de repouso,
trajetórias de uma partícula de situação na qual não há passagem de íons através da membrana
III
carga q, positiva, realizadas entre – até +30 mV – chamado de potencial de ação, em cuja situação
dois pontos dessas superfícies, há passagem de íons. A espessura média de uma membrana desse
por um agente externo que realiza II tipo é da ordem de 1,0 ∙ 10–7 m. Com essas informações, pode-se
trabalho mínimo. estimar que os módulos do campo elétrico através das membranas
A trajetória em que esse trabalho I dos neurônios, quando não estão conduzindo impulsos nervosos e
é maior, em módulo, é quando a condução é máxima, são, respectivamente, em newton/
a) I. coulomb,
b) II. a) 7,0 ∙ 105 e 3,0 ∙ 105.
c) III. b) 7,0 ∙ 10–9 e 3,0 ∙ 10–9.
d) IV. c) 3,0 ∙ 105 e 7,0 ∙ 105.
e) V. d) 3,0 ∙ 108 e 7,0 ∙ 108.
99 Anotações: e) 3,0 ∙ 10–6 e 3,0 ∙ 10–6.
99 Anotações:
O trabalho é dado por:
Para um campo uniforme temos: U = E ∙ d
t=q·U
Então, para o potencial de repouso: U = E ∙ d
O trabalho será maior onde a ddp for maior. Nesse caso, a ddp é maior na trajetória V.
70 ∙ 10–3 = E ∙ 1 ∙ 10–7 → E = 7 ∙ 105 N/C
EM21_2_FIS_B_04
V1 k 9 109
d 1
t = Q · (VA – VB) = Q · UAB V1 18 V
Q ( 2, 0 109 )
V2 k 9 109
6,0 · 10–3 = 2,0 · 10–6 · UAB d 2
V2 9 V
VAB = 3,0 kV U12 V1 V2 ( 18) ( 9)
U12 9 V
382 FIS B
–
–
– – +
+
e) VA > VB e QA = QB.
–
– – +
+ + + +
EM21_2_FIS_B_04
d) Durante o alinhamento dos dipolos, a força elétrica não realiza b) retilíneo uniformemente retardado.
trabalho nos dipolos. c) retilíneo uniformemente acelerado.
e) Os dipolos ficarão alinhados predominantemente na direção d) circular uniforme.
horizontal. e) acelerado com trajetória parabólica.
FIS B 383
6,0 V
A
3,0 V q
Q
1,0 V R A
O trabalho realizado por uma força externa ao deslocar, com velo-
cidade constante, a carga de prova de 1,0 · 10–6 C de A até C através
do caminho indicado ABC, em joules, é
a) –5,0 · 10–6.
a) zero.
b) –3,0 · 10–6.
b) kQq/R.
c) –2,0 · 10–6.
c) kQq/(2R).
d) 1,0 · 10–6.
d) kQq/(R 2 ).
e) 2,0 · 10–6.
e) kQq/(2R 2 ).
2. (UFLA) O diagrama de potencial elétrico versus distância de uma
carga elétrica puntiforme Q no vácuo é mostrado a seguir. Con- 5. (Fuvest-2018) Na figura, A e B representam duas placas metálicas;
sidere a constante eletrostática do vácuo k0 = 9,0 · 109 Nm2/C2. a diferença de potencial entre elas é VB – VA = 2,0 · 104 V. As linhas
V (volt) tracejadas 1 e 2 representam duas possíveis trajetórias de um
elétron, no plano da figura.
B
30
2
1
3 r (cm)
Pode-se afirmar que o valor de Q é
a) +3,0 · 10–12 C.
A
b) +0,1 · 10–12 C. X
EM21_2_FIS_B_04
B a) I.
A b) II.
c) III.
I. A intensidade do vetor campo elétrico no ponto B é maior d) I e II.
que no ponto C. e) I e III.
384 FIS B
O
l l
E
–Q q2
l
EM21_2_FIS_B_04
ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
9. Três cargas idênticas, Q1 = Q2 = Q3 = +1,0 mC, situam-se nos vértices de Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
um triângulo equilátero, cujo lado mede L = 5 3 m. Considerando de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
que o meio é o ar, com k0 = 9,0 · 109 N · m2/C2, determine o potencial Abraooaplicativo
2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.
elétrico criado no baricentro do triângulo pelo conjunto das cargas.
FIS B 385
ISOLANTES NA
ALIMENTACÃO
Quando essa corrente circula pelo seu corpo ela encontra uma barreira, que é o seu tecido adiposo, ou seja, a parte isolante: a gordura.
Assim, através da mudança de velocidade da corrente elétrica ao encontrar a gordura comparada com os tecidos, é possível fornecer
sete parâmetros: a hidratação; a gordura visceral; a massa magra; a massa gorda; a densidade óssea; a taxa metabólica basal; e a
massa corporal.
598
Para a construção Massa muscular 70 80 90 100 110 120 130 140 150 %
Proteína (kg) 7,6 (7,7~9,4) esquelétira (kg)
de músculos 21,0
A soma acima Peso (kg) 63,4 (47,7~64,5) PGC (kg) 8,0 13,0 18,0 23,0 28,0 33,0 38,0 48,0 53,0 %
Esquerdo
Direito
Direito
6,20 kg 6,15 kg 3,8 kg 3,8 kg
92,1% 91,3% 159,1% 159,3%
Normal Normal Normal Normal
Impedância
BD BE TR PD PE
Z(Ω)20kHz 480,2 478,8 29,9 362,2 354,3
Analise o exame de bioimpedância da Magda e responda às b) A gordura visceral é a gordura localizada na região
seguintes perguntas: do abdômen. De acordo com o resultado, Magda
a) Analise a composição corporal da Magda e indique está acima ou abaixo do normal para o seu corpo?
quais são os pontos em que ela precisa melhorar. Está acima, o normal seria 10 e o dela está 12.
normal, já a gordura está acima do normal. Os minerais e o peso estão c) Com relação aos dados de obesidade de Magda, o
que você acredita que será a recomendação do nu-
dentro da faixa esperada. Mas Magda não está no seu peso ideal,
tricionista para ela?
precisando perder 7,3 kg, 11,9 kg de gordura e ganhar 4,6 kg de massa Como o grau de obesidade da Magda está um pouco acima do normal, e
magra. o seu PGC (porcentual de gordura) está bem acima do normal, a possível
Gordura?
cadeias; classificação
do átomo de carbono
Eixos: II, III e IV
Competência: 5 e 7
Habilidades: 17 e 24
As•Gorduras•Saturadas•e•as•Insaturadas
V
Você já parou para pensar apenas ligações simples
sobre a diferença entre as entre si e são encontradas
gorduras e os óleos? Quais nos alimentos de origem
são suas diferenças? São animal e seus derivados:
bons ou maus para a nossa manteiga, queijo, leite integral,
saúde? E por que são importantes gema de ovo, entre outros, e
na nossa alimentação? também em alguns alimentos
A primeira diferença que podemos de origem vegetal, como a
notar é o seu estado físico, pois gordura de coco e palmito.
enquanto algumas gorduras são Já as cadeias carbônicas dos
sólidas, outras são líquidas a óleos possuem pelo menos
temperatura ambiente. Quando uma ligação dupla entre os
são sólidas, chamamos de átomos de carbono, e são
gorduras saturadas, já quando são encontradas em gorduras
líquidas, chamamos de gorduras de origem vegetal, ou seja,
ck
rsto
insaturadas ou de óleos. os óleos de milho, soja, oliva,
utte
/Sh
entre outros.
ring
A diferença entre os dois tipos
tsp
Ligh
é totalmente química, pois Os óleos ainda podem ser
as gorduras possuem ácidos classificados em gorduras
graxos saturados, enquanto os monoinsaturadas e gorduras
óleos possuem ácidos graxos poliinsaturadas, de acordo com
insaturados. o número de duplas ligações
As gorduras possuem longas que possuem ao longo da
cadeias carbônicas onde os seus cadeia carbônica.
átomos de carbono realizam
600
utterstock /Sh
Sergiy Kuzmin
Por que a A N S
R D U R
GO à saúde?A T R
faz mal m óleo ve
getal é
Quando u industrialmente
ado
transform rdura sólida, ela é
u m a g o ans, e se
em gordura tr ordura
m a d a d e
cha ag
cida com
torna pare . É normalmente
saturada em alimentos
a
encontrad como, biscoitos,
d o s , .
processa olachas recheadas
s e b
sorvete
De todos os alimentos que nós consumimos o nosso corpo consegue aproveitar alguma
fonte de energia, nutrição ou minerais, pois os alimentos possuem uma composição química
complexa, formados por uma parte orgânica e uma parte inorgânica. Leia mais
602
Double Brain/Shutterstock
Carboidratos Proteínas Lipídios
Nessa etapa final de conexões e conceitos sobre os Alimentos – Sistema digestório, é possível iniciar o assunto com um exemplo
de uma dieta balanceada, identificando proteínas, carboidratos e lipídios, após isso, mostre aos estudantes o caminho percorrido
por todos os alimentos no sistema digestório humano.
Habilidades da BNCC: EM13CNT207.