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Trabalhosobre Limites EDerivadas
Trabalhosobre Limites EDerivadas
CIÊNCIA
TEMA
NOME DO CANDIDATO
1
2. Limites de uma função
2.1. Noção intuitiva de limite
Seja a função f(x) = 2x + 1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita
(valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor
correspondente de y:
x y = 2x + 1 x y = 2x + 1
1,5 4 0,5 2
1,3 3,6 0,7 2,4
1,1 3,2 0,9 2,8
1,05 3,1 0,95 2,9
1,02 3,04 0,98 2,96
1,01 3,02 0,99 2,98
𝑥 2 +𝑥 −2
,𝑥 ≠ 1
𝑥 −1
Seja, agora, função f(x) = {
2, 𝑠𝑒 𝑥 = 1
2
Como x² + x - 2 = (x - 1)(x + 2), temos:
(x − 1)(x + 2)
,𝑥 ≠ 1
𝑥 −1
f(x) = {
2, 𝑠𝑒 𝑥 = 1
Podemos notar que quando x se aproxima de 1 (x →1), f(x) se aproxima de 3, embora para x=1
tenhamos f(x) = 2. O que ocorre é que procuramos o comportamento de y quando x →1. E, no
caso, y → 3. Logo, o limite de f(x) é 3. Escrevemos:
(x − 1)(x + 2)
lim 𝑓(𝑥) = lim = lim (x + 2) = 3
x →1 x →1 𝑥 −1 x →1
Se lim 𝑓(𝑥) = ±∞ ou lim 𝑓(𝑥) = ±∞, a função 𝑓(𝑥) diz-se infinitamente grande (
x→𝑎 x → ±∞
3
2.2.2. Propriedades dos limites infinitamente grandes e pequenos
𝑓(𝑥) ~ 𝑔(𝑥).
2.2.3. Exemplos
sin 𝑥
1. sin 𝑥 ~ x quando x → 0 porque lim [ ]=1
x →0 𝑥
tg 𝑥
2. tg 𝑥 ~ x quando x → 0 porque lim [ ]=1
x →0 𝑥
quando x → 0.
3
4. Seja 𝑓(𝑥) = 5𝑥 e 𝑔(𝑥) = √𝑥 2 .
5𝑥 𝑥 3 3
lim [ 3 ] = lim 5 √𝑥2 = lim 5 3√𝑥 = 0, logo 𝑓(𝑥) é um infinitésimo de ordem
x →0 √𝑥 2 x →0 x →0
superior a 𝑔(𝑥).
5. 𝑓(𝑥) = 𝑥2 é uma função infinitamente grande positiva quando x → +∞
4
2.3. Limites laterais
Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos:
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒃
𝐱 →𝒂+
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒃
𝐱 →𝒂−
O limite de f(x) para x → a existe se, e somente se, os limites laterais à direita e à esquerda de
a são iguais, ou seja:
Se 𝐥𝐢𝐦+ 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦− 𝒇(𝒙) = 𝒃 , então 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒃
𝐱 →𝒂 𝐱 →𝒂 𝐱→𝒂
5
cos 𝑥 lim cos 𝑥 cos 0 1
Exemplo: lim = x →0 = = =1
x →0 𝑥 2 +1 lim 𝑥 2 +1 02 +1 1
x →0
𝒏
6) 𝐥𝐢𝐦 √𝒇(𝒙) = 𝒏√𝐥𝐢𝐦𝒇(𝒙) , n ∈ 𝑰𝑵 e 𝒇(𝒙) > 0. Se 𝒇(𝒙) ≤ 0, n e impar.
𝐱 →𝐚 𝐱 →𝐚
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙)
8) 𝐥𝐢𝐦 𝒆𝒇(𝒙) = 𝒆 𝐱 →𝐚
𝐱 →𝐚
3. Indeterminações
Consideremos o seguinte problema: dados dois números a e b, determina um numero 𝑥 tal que
a = b.𝑥 .
Examinemos este caso quando a = 0 e b = 0.
Trata-se, pois, de achar um numero 𝑥, tal que 0. 𝑥 = 0. Ora, qualquer número satisfaz esta
condição. Portanto, o problema admite como solução qualquer número, por exemplo: 3; -5;
120;….
0
Deste modo, o símbolo pode considerar-se como indicativo de um problema indeterminado
0
e por isso se diz símbolo de indeterminação.
6
Outros símbolos de indeterminação são os seguintes:
∞
; ∞ − ∞; 1∞ ; 00 ; ∞0
∞
Levantar a indeterminação é encontrar o valor limite, se existir (e diz-se neste caso que a
indeterminação e aparente).
Exemplo:
𝑥 2 −1 12 −1 0
lim = lim =
x →1 𝑥−1 x →1 1−1 0
𝑥 2 −1 (𝑥−1)(𝑥+1)
lim = lim = lim (𝑥 + 1) = 2
x →1 𝑥−1 x →1 𝑥−1 x →1
4. Cálculo de limites
𝒇(𝒙)
4.1. Limite de uma função racional do tipo 𝐥𝐢𝐦 [ ]
𝐱 →∞ 𝒈(𝒙)
𝑓(𝑥)
Para o cálculo do limite de uma função racional do tipo lim [𝑔(𝑥) ], usualmente procede-se da
x →∞
seguinte maneira:
∞
Primeiro substitui-se 𝑥 por ∞, se o resultando for ∞, temos uma indeterminação;
Exemplos
𝑥 2 −1
a) lim
x →∞ 2𝑥 2 −𝑥−1
𝑥 2 −1 ∞2 −1 ∞
lim = lim =
x →∞ 2𝑥 2 −𝑥−1 x →∞ 2.∞2 −∞−1 ∞
𝑥 3 −5𝑥 + 1
b) lim
x →+∞ 3𝑥 + 7
7
𝑥 3 −5𝑥 + 1 (+∞)3 −5(+∞) + 1 +∞
lim = lim = +∞
x →+∞ 3𝑥 + 7 x →+∞ 3(+∞) + 7
5 1 5 1 5 1
𝑥 3 −5𝑥 + 1 𝑥 3 ( 1− 2 + 3 ) 𝑥 2 ( 1− 2 + 3 ) +∞2 ( 1− + )
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 +∞2 +∞3
lim = lim 7 = lim 7 = 7
x →+∞ 3𝑥 + 7 x →+∞ 𝑥 (3 + ) x →+∞ 3+ 3+
𝑥 𝑥 +∞
+∞ ( 1−0 +0 ) +∞
= = = +∞
3 +0 3
𝒇(𝒙)
4.2. Limite de uma função racional do tipo 𝐥𝐢𝐦[ ]
𝐱 →𝒂 𝒈(𝒙)
𝑓(𝑥)
Para o cálculo do limite de uma função racional do tipo lim [𝑔(𝑥) ], usualmente procede-se da
x →𝑎
seguinte maneira:
Primeiro substitui-se 𝑥 por 𝑎 e, se 𝑓(𝑎) = 0 e 𝑔(𝑎) = 0, então obtém-se uma
0
indeterminação do tipo ;
0
Exemplos
𝑥 2 −1
a) lim 2𝑥 2 −𝑥−1
x →1
𝑥 2 −1 12 −1 0
lim 2𝑥 2 −𝑥−1 = lim 2.12 −1−1 = 0
x →1 x →1
𝑥 2 −2𝑥
b) lim 𝑥 2 −4𝑥+4
x →2
𝑥 2 −2𝑥 22 −2.2 0
lim 𝑥 2 −4𝑥+4 = lim 22 −4.2+4 = 0
x →2 x →2
𝑥 2 −2𝑥 𝑥(𝑥−2) 𝑥 2 2
lim 𝑥 2 −4𝑥+4 = lim (𝑥−2)(𝑥−2) = lim (𝑥−2) = (2−2) = 0 = +∞
x →2 x →2 x →2
8
4.3. Limites de funções irracionais
Para o cálculo do Limite de uma função irracional, geralmente, procede-se do seguinte modo:
Primeiro substitui-se 𝑥 por 𝑎;
Tenta-se depois levantar a indeterminação através da multiplicação e divisão pelo
conjugado do numerador ou denominador;
Por fim, substitui-se 𝑥 por 𝑎 para obter o valor do limite.
Exemplos
√𝑥 − 1
a) lim
x →1 𝑥 − 1
√𝑥 − 1 √1 − 1 0
lim = lim =0
x →1 𝑥 − 1 x →1 1 − 1
𝑥−4
b) lim
x →4 √𝑥 − 4
𝑥−4 4−4 0
lim = lim =0
x →4 √𝑥 − 4 x →4 √4 − 4
(𝑥 − 4)(√𝑥 + 4 ) (4 − 4)(√4 + 4 ) 0
= lim = = −8 = 0
x →4 −4−4 −4−4
9
4.4. Limites fundamentais
𝒔𝒆𝒏(𝒙)
1) 𝐥𝐢𝐦 =1
𝐱 →𝟎 𝒙
Demonstração:
Seja γ uma circunferência de raio 1 e centro O.
Seja x a medida em radianos do arco AOM. Limitamos a variação de x ao intervalo (0,π/2).
Se A1,A2 e A3 são áreas, note que são válidas as seguintes desigualdades equivalentes:
𝑥 𝑡𝑔(𝑥) 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
1 < < →1 < <
𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑥 1
→1 < <
𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝑥)
10
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
logo, 𝑐𝑜𝑠(𝑥) < < 1 (I)
𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
como 𝑓(𝑥) = e 𝑔(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) são funções pares. Então,
𝑥
𝑠𝑒𝑛(−𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
= e 𝑐𝑜𝑠(−𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥).
−𝑥 𝑥
Assim, a desigualdade (I) é válida para qualquer x ∈ R∗. Como lim 𝑐𝑜𝑠(𝑥) = 1 e lim 1 = 1,
x →0 x →0
𝒔𝒆𝒏(𝒙)
segue que 𝐥𝐢𝐦 = 1.
𝐱 →𝟎 𝒙
Exemplos:
Assim,
11
𝟏 𝒙
2) 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + ) = 𝒆 , onde 𝑒 é o numero irracional neperiano cujo valor
𝐱 →𝟎 𝒙
aproximado é 2,71828128459….
A demonstração envolve alguns conceitos de sequências, sendo assim, não iremos demonstra-
lá. Faremos apenas alguns testes na Tabela abaixo.
𝟏
𝟏 𝒙
3) 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + ) =𝒆
𝐱 →𝟎 𝒙
Demonstração:
Para provarmos a proposição acima, basta provarmos que:
𝟏 𝟏
1 𝒙 1 𝒙
lim (1 + 𝑥
) = lim− (1 + 𝑥
) = 𝑒 , ou seja que os limites laterais são iguais.
x →0+ x →0
12
𝟏
1 𝒙 1
Primeiramente iremos provar que lim+ (1 + ) = 𝑒. Seja 𝑥 = 𝑡 temos que 𝑡 → +∞ quando
x →0 𝑥
𝟏
+ 1 𝒙 1 𝑡
x → 0 . Assim, lim+ (1 + ) = lim (1 + 𝑡 ) = 𝑒
x →0 𝑥 𝑡→+∞
𝟏 𝟏
1 𝒙 𝟏 𝒙
Analogamente, temos que lim− (1 + ) = 𝑒. Portanto, 𝐥𝐢𝐦 (𝟏 + ) =𝒆
x →0 𝑥 𝐱 →𝟎 𝒙
𝟏
𝟏 𝒙
4) 𝐥𝐢𝐦 𝒍𝒏 (𝟏 + ) =𝟏
𝐱 →𝟎 𝒙
Demonstração:
Das operações algébricas com limites sabe-se que:
1 1
1 𝑥 1 𝑥
lim 𝑙𝑛 (1 + ) = 𝑙𝑛[lim (1 + ) ]
x →0 𝑥 x →0 𝑥
1
1 𝑥
Do limite fundamental 3) tem-se que lim (1 + ) = 𝑒, logo,
x →0 𝑥
1 1
1 𝑥 1 𝑥
lim 𝑙𝑛 (1 + ) = 𝑙𝑛[lim (1 + ) ] = 𝑙𝑛𝑒 = 1
x →0 𝑥 x →0 𝑥
𝒂𝒙 −𝟏
5) 𝐥𝐢𝐦 = 𝒍𝒏𝒂 ( a > 0, a ≠ 𝟏).
𝐱 →𝟎 𝒙
Demonstração:
Tomando 𝑡 = 𝑎𝑥 − 1, temos que 𝑎𝑥 = 𝑡 + 1. Assim,
𝑎 𝑥 = 𝑡 + 1 ↔ 𝑙𝑛𝑎 𝑥 = 𝑙𝑛(𝑡 + 1 )
↔ 𝑥 𝑙𝑛𝑎 = 𝑙𝑛(𝑡 + 1 )
𝑙𝑛(𝑡+1 )
↔𝑥= .
𝑙𝑛𝑎
𝑙𝑛(𝑡+1 ) 𝒂𝒙 −𝟏
Pelo limite fundamental 4) temos que lim = 1 e portanto 𝐥𝐢𝐦 = 𝒍𝒏𝒂.
t →0 𝑡 𝐱 →𝟎 𝒙
13
5. Continuidade de funções
Diz-se que uma função 𝑓(𝑥) é contínua num ponto 𝑎 do seu domínio se as seguintes condições
são satisfeitas:
Existe 𝑓(𝑎)
Existe lim 𝑓(𝑥), ou seja, lim+ 𝑓(𝑥) = lim− 𝑓(𝑥)
x→𝑎 x →𝑎 x →𝑎
Se uma função não é contínua num ponto 𝑥 = 𝑎 do seu domínio, diz-se que a função é
descontinua nesse ponto. A descontinuidade pode acontecer ou porque a função apresenta um
“furo”, ou dá “salto” nesse ponto.
Podem ocorrer as seguintes situações:
14
Exemplo 1:
Seja a função 𝑓(𝑥) definida por:
3𝑥 − 1, 𝑠𝑒 𝑥 < 2
𝑓(𝑥) = {
7 − 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 2
Mostre que a função é contínua em 2.
Resolução
𝑓(2) = 7 – 2 = 5
lim 7 − 𝑥 = lim 7 − 2 = 5 e lim 3𝑥 − 1 = lim− 3.2 − 1 = 5 , como
x →2+ x →2+ x →2− x →2
Exemplo 2:
Seja a função ℎ(𝑥) definida por:
1
, 𝑠𝑒 𝑥 ≠ −2
𝑥+2
ℎ(𝑥) = {
3 , 𝑠𝑒 𝑥 = −2
Estude a continuidade da função em 𝑥 = −2.
15
Resolução
ℎ(−2) = 3
1 1
lim + 𝑥 + 2 = +∞ e lim − 𝑥 + 2 = −∞ , como lim ℎ(𝑥) ≠ lim − ℎ(𝑥) logo não
x →−2 x →−2 x →−2+ x →−2
existe lim ℎ(𝑥), o que leva a concluir que a função não é contínua 𝑥 = −2
x →−2
O conceito de função que hoje pode parecer simples, é o resultado de uma lenta e longa
evolução histórica iniciada na Antiguidade quando, por exemplo, os matemáticos Babilónios
utilizaram tabelas de quadrados e de raízes quadradas e cúbicas ou quando os Pitagóricos
tentaram relacionar a altura do som emitido por cordas submetidas à mesma tensão com o seu
comprimento. Nesta época o conceito de função não estava claramente definido: as relações
entre as variáveis surgiam de forma implícita e eram descritas verbalmente ou por um gráfico.
16
realizadas, a procurar determinar a fórmula ou função que relaciona as variáveis em estudo. A
partir daqui todo o estudo se desenvolve em torno das propriedades de tais funções. Por outro
lado, a introdução de coordenadas, além de facilitar o estudo de curvas já conhecidas permitiu
a "criação" de novas curvas, imagens geométricas de funções definidas por relações entre
variáveis.
Foi enquanto que se dedicava ao estudo de algumas destas funções que Fermat deu conta das
limitações do conceito clássico de recta tangente a uma curva como sendo aquela que
encontrava a curva num único ponto. Tornou-se assim importante reformular tal conceito e
encontrar um processo de traçar uma tangente a um gráfico num dado ponto - esta dificuldade
ficou conhecida na História da Matemática como o " Problema da Tangente".
Fermat resolveu esta dificuldade de uma maneira muito simples: para determinar uma tangente
a uma curva num ponto P considerou outro ponto Q sobre a curva; considerou a recta PQ
secante à curva. Seguidamente fez deslizar Q ao longo da curva em direcção a P, obtendo deste
modo rectas PQ que se aproximavam duma recta t a que Fermat chamou a recta tangente à
curva no ponto P.
Fermat notou que para certas funções, nos pontos onde a curva assumia valores extremos, a
tangente ao gráfico devia ser uma recta horizontal, já que ao comparar o valor assumido pela
função num desses pontos P(x, f(x)) com o valor assumido no outro ponto Q(x+E, f(x+E))
próximo de P, a diferença entre f(x+E) e f(x) era muito pequena, quase nula, quando comparada
com o valor de E, diferença das abcissas de Q e P. Assim, o problema de determinar extremos
e de determinar tangentes a curvas passam a estar intimamente relacionados.
17
se um instrumento cada vez mais indispensável pela sua aplicabilidade aos mais diversos
campos da Ciência.
Na figura abaixo, o ponto A possui coordenadas (4, f(4)) = (4,30) e a reta r é tangente à curva
dada por f(x) = 𝑥 2 + 5𝑥 − 6 no ponto A. Note que α = 85,6°, onde α é a inclinação da reta r
(reta tangente à curva dada por 𝑓 no ponto A) e que tg(α) = tg(85,6°) = 13 = 𝑓 ′ (4).
18
𝑥 −4
Exemplo 2: seja 𝑓(𝑥) = , determine 𝑓 ′ (𝑥).
𝑥+1
Solução
Demonstração:
19
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0)
Pela hipótese, 𝑓 é derivável em x0 , logo lim existe e é igual 𝑓 ′ (𝑥0). Precisamos
x →𝑥0 𝑥− 𝑥0
provar que 𝑓 é contínua em x0 , isto e, que lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑥0).
x →𝑥0
20
Proposição 6.1.3. (Derivada da soma)
Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções e 𝑞 uma função tal que 𝑞(𝑥) = 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥). Se𝑓 ′ (𝑥) e 𝑔′ (𝑥)
existem, então 𝑞 ′ (𝑥) = 𝑓 ′ (𝑥) +𝑔′ (𝑥).
21
Proposição 6.1.4. (Derivada de um produto)
Sejam 𝑓 e 𝑔 funções e 𝑞 a função definida por 𝑞(𝑥) = 𝑓(𝑥). 𝑔(𝑥). Se 𝑓 ′ (𝑥) e 𝑔′ (𝑥) existem,
então: 𝑞 ′ (𝑥) = 𝑓 ′ (𝑥). 𝑔(𝑥) + 𝑔′ (𝑥). 𝑓(𝑥).
𝑓(𝑥)
Sejam 𝑓 e 𝑔 funções e 𝑞 a função definida por 𝑞(𝑥) = 𝑔(𝑥) , onde 𝑔(𝑥) ≠ 0. Se 𝑓 ′ (𝑥) e 𝑔′ (𝑥)
𝑓′ (𝑥).𝑔(𝑥) − 𝑔′ (𝑥).𝑓(𝑥)
existem, então: 𝑞 ′ (𝑥) =
[𝑔(𝑥)]2
22
Proposição 6.1.6. (Derivada da função exponencial)
23
Proposição 6.1.8. (Derivada da função seno)
24
Proposição 6.1. 10. Se 𝒚 = 𝒕𝒈(𝒙), então 𝒚′ = 𝐬𝐞𝐜 𝟐 (𝒙)
Demostração:
25
Proposição 6.1. 11. Se 𝒚 = 𝒄𝒐𝒕𝒈(𝒙), então 𝒚′ = −𝒄𝒐𝐬𝐞𝐜 𝟐 (𝒙)
Demostração:
𝐬𝐞𝐧𝟐 (𝒙)
26
Definição: Uma função 𝑦 = 𝑔(𝑥) é definida implicitamente pela equação 𝑓(𝑥, 𝑦) = 0 se,
para todo 𝑥 ∈ D(𝑔),
𝒇(𝒙, 𝒈(𝒙)) = 𝟎
Teorema: Seja 𝑦 = 𝑔(𝑥) uma função definida implicitamente pela equação 𝑓(𝑥, 𝑦) = 0. Se
𝑓 e 𝑔 são diferenciáveis, então
Demonstração:
Usaremos o conceito de derivada parcial. Vamos deduzir uma fórmula para o cálculo de 𝑔′ (𝑥)
em todo 𝑥 ∈ D(𝑔), para os quais. Então, derivando em relação a x os dois
membros da equação anterior, obtemos,
Da mesma forma, 𝑥 = ℎ(𝑦) é definida implicitamente pela equação 𝑓(𝑥, 𝑦) = 0 se, para todo
𝑦∈ D(ℎ),
27
Exemplo 1: A função diferenciável 𝑦 = 𝑦(𝑥) é definida implicitamente pela equação
𝑦 3 + 𝑥𝑦 + 𝑥 3 = 3
dy
Expresse em termos de x e y.
𝑑𝑥
Solução:
Exemplo 2
𝑦
(i) A equação 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 + 1 = 0 define implicitamente a função 𝑦 = 3(𝑥 2 − 2𝑥 + 1 ).
Solução:
De fato, isolando y, na equação do item (ii), obtemos: 𝑦 = ±√9 − 𝑥 2 .
28
Suponhamos que F (x,y) = 0 define implicitamente uma função derivável 𝑦 = 𝑓(𝑥). Podemos
determinar 𝑦′ sem, necessariamente, explicitar, 𝑦.
Exemplo 3: Sabendo que 𝑦 = 𝑓(𝑥) é uma função derivável definida implicitamente pela
dy
equação 𝑥 2 + 𝑦 2 = 9, determine .
𝑑𝑥
dy 2x x
= − = −
𝑑𝑥 2𝑦 𝑦
29
6.3. Derivada de uma função na forma paramétrica
Sejam:
𝑥 = 𝑥(𝑡)
{ (1)
𝑦 = 𝑦(𝑡)
duas funções da mesma variável 𝑡, 𝑡 ∈ [𝑎, 𝑏]. Tomando x e y como as coordenadas de um
ponto P, podemos dizer que a cada valor de t, corresponde um ponto do plano xy. Se as funções
𝑥 = 𝑥(𝑡) e 𝑦 = 𝑦(𝑡) forem contínuas quando t varia de a até b, o ponto 𝑃(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡))
descreve uma curva no plano. As equações dadas em (1) são chamadas equações paramétricas
da curva e t é chamado parâmetro, conforme figura abaixo.
30
dt 1
e como 𝑥 = 𝑥(𝑡) e sua inversa 𝑡 = 𝑡(𝑥) são deriváveis, segue, portanto, que = 𝑑𝑥 , logo
𝑑𝑥
𝑑𝑡
𝒅𝒚
𝐝𝐲
= 𝒅𝒕
𝒅𝒙 𝒅𝒙
𝒅𝒕
Exemplo: As equações
𝑥 = 2𝑡 − 1
{
𝑦 = 3𝑡 + 1
1
De fato, a função 𝑥 = 2𝑡 − 1 possui inversa, a saber, 𝑡 = (𝑥 + 1). Substituindo
2
1 1
𝑡 = (𝑥 + 1) (x + 1) em 𝑦 = 3𝑡 + 1, obtemos 𝑦 = 3𝑡 + 1, logo 𝑦 = 3 [ 2 (𝑥 + 1)]
2
3 3
e assim, y = 2 𝑥 + 2 e portanto,
𝑑𝑦
dy 𝑑𝑡 3
= 𝑑𝑥 = .
𝑑𝑥 2
𝑑𝑡
Definição 2: Uma função f tem mínimo relativo em c se existir um intervalo aberto I, contendo
c, tal que 𝑓(𝑐) ≤ 𝑓(𝑥) para todo x ∈ I∩D(𝑓).
31
Exemplo 1: A função 𝑓(𝑥) = 3𝑥 4 − 12𝑥 2 tem máximo relativo em 𝑐1 = 0, pois existe o
intervalo (−2,2), tal que 𝑓(0) ≥ 𝑓(𝑥) para x ∈ (−2,2).
Em 𝑐2 = −√2 e 𝑐3 = √2, a função dada tem mínimos relativos, pois 𝑓(−√2) ≤ 𝑓(𝑥) para
todo x ∈ (−2,0) e 𝑓(√2) ≤ 𝑓(𝑥) para todo x ∈ (0,2), conforme figura abaixo.
Definição 3: Dizemos que 𝑓(𝑐) é o máximo absoluto da função f, se c ∈ D(𝑓) e 𝑓(𝑐) ≥ 𝑓(𝑥)
para todos os valores de x no domínio de f.
Definição 4: Dizemos que 𝑓(𝑐) é o mínimo absoluto da função f se c ∈ D(𝑓), e 𝑓(𝑐) ≤ 𝑓(𝑥)
para todos os valores de x no domínio de f.
Exemplo 2:
5
(i) A função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 5𝑥 − 6 tem um mínimo absoluto igual a −12,25 em c = − 2
49
= −2,5, visto que 𝑓(−2,5) = − = −12,25 ≤ 𝑓(𝑥) para todo x ∈ D(𝑓).
4
32
3 18 12
(ii) A função 𝑔(𝑥) = − 5 𝑥 2 + 𝑥 tem um máximo absoluto igual a = 2,4 em c =
5 5
A figura abaixo (a) e (b) ilustra o comportamento das funções do Exemplo acima.
Demonstração:
Suponhamos que c seja ponto de máximo local. Assim, existe r > 0 tal que:
𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(𝑐) em (𝑐 − 𝑟, 𝑐 + 𝑟) ∩ 𝐷(𝑓).
Como por hipótese, c é interior a D(𝑓), podemos escolher r de modo que
(𝑐 − 𝑟, 𝑐 + 𝑟) ⊂ 𝐷(𝑓).
Assim 𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(𝑐) ∀𝑥 ∈ (𝑐 − 𝑟, 𝑐 + 𝑟).
Como f é derivável em c, os limites laterais
33
A figura ilustra o Teorema acima.
34
Teorema 2: Sejam f uma função derivável num intervalo (a,b) e c um ponto crítico de f neste
intervalo, isto é, 𝑓 ′ (𝑐) = 0, com a < c < b. Se f admite a derivada 𝑓” em (a,b), temos:
(i) Se 𝑓” (𝑐) < 0 , f tem um valor máximo relativo em c.
(ii) Se 𝑓” (𝑐) > 0, f tem um valor mínimo relativo em c.
Demonstração:
(i) Por hipótese 𝑓”(𝑐) existe e 𝑓”(𝑐) < 0. Então,
Seja A o intervalo aberto que contém todos os pontos x ∈ I tais que x < c. Então, c é extremo
direito do intervalo aberto A. Seja B o intervalo aberto que contém todos os pontos x ∈ I tais
que x > c. Assim, c é extremo esquerdo do intervalo aberto B.
Se x ∈ A, temos 𝑥 − 𝑐 < 0. Assim, 𝑓 ′ (𝑥) > 𝑓 ′ (𝑐).
Se x ∈ B, temos 𝑥 − 𝑐 > 0. Assim, 𝑓 ′ (𝑥) < 𝑓 ′ (𝑐).
Como 𝑓 ′ (𝑐) > 0, concluímos que, se x ∈ A, 𝑓 ′ (𝑥) > 0 e, se x ∈ B, 𝑓 ′ (𝑥) < 0.
Assim, pelo Teorema 1, f tem uma valor máximo relativo em c.
35
7. Bibliografia
M. J. Alves, “Elementos de Análise Matemática. Parte I”– Maputo: Imprensa
Universitária, 2000.
Rodrigues Z. Fazenda, Manual de Matemática IIM1
MACHADO, Ari J. S. Limites e derivadas para o ensino médio.2013. 58f. Dissertação
(Mestrado), Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais,
Programa de Pós-Graduação em Matemática, Belém
FLEMMING,D., GONÇALVES,M., CálculoA-6a Edição, SãoPaulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006.
36