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31. 12, 90 Jornal Oficial das Comunidades Europeias ANEXO V No L 382/95 REGULAMENTO PROCESSUAL DE CONCILIAGAO E ARBITRAGEM PARA CONTRATOS DE DIREITO PUBLICO FINANCIADOS PELO FUNDO EUROPEU DE DESENVOLVIMENTO. (FED) INDICE 1. DISPOSIGOES PRELIMINARES Antigo 12 — Ambo de aplicagion Amigo 2° — Definigoes = Notifies « contagem dos prazos Artigo 42 — Esgotamento dos recursos administrativos internos| [Antigo 5° — Concliagao 1. DO TRIBUNAL Amigo 6? —Nacionalidade dos érbitros Anigo. 72 — Numero de drbitcos Amigo. 8 — Nomeagio de um érbitroinico Antigo 92 —Nomeagio de tts ibitros Amigo 102 — Nomeagdes pela auroridade investida do poder de nomessio Amigo 112 — Contstagdo de um ditto. = Substituigio de um drbitco Amigo 122 UL, DO PROCESSO ARBITRAL Amigo 13% — Disposgies geais ‘Antigo 142 — Lei aplicivel e normas processuais Argo 15? — Lingua do processo Artigo 16° — Local do processo ‘Antigo 172 — Representagio eassstincia ‘Amigo 18% — Inicio do processo de arbitragem Antigo 19% — Petigio nical Aigo 208 — Resposta ‘Antigo 212 — Alteragio da petigioinicial ou da resposta ‘Antigo 2? — Excepgio de incompeténcia do Tribunal ‘Antigo 232 — Outros documentos esritos Antigo 242 — Prazos Artigo 259 — Provas ‘Antigo 26° — Proceso oral ‘Amigo 272 — Medidas provisdrias ou caurelares Amigo 28° — Pesos Antigo 292 — Revelia ‘Artigo 308 — Encerramento audizcias ‘Antigo 312 — Rendncia a0 diteito de iavocaro presente regulamento Pigina 98 8 38 9 99 100 100 100 101 101 101 101 101 102 102 102 102 103 103 103 103 103 104 108 104 104 Ne L 382/96 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 31. 12, 90 IV. DA DECISKO Pigina Antigo 32° — Dedsdes 104 [Atigo 332 — Prato, imbio, forma eeitos da decisio 105 ‘Artgo 342 — Execugto da sentenga : 10s Aigo 352 — Transacsl0 ou outas causas de encerramento do proceso 105 Artigo 36? — tnverpretagio da decisio 105 ‘Antigo 372 — Rectifiagio da decision 106 ‘Antigo 382 — Decisio adicional 106 Argo 392 — Honoriiot 106 Aigo 402 — Despesas 106 Amigo 412 — Depésito do montante das despesas 107 31. 12, 90 I. DISPOSIGOES PRELIMINARES Antigo 12 Ambito de apicasio Os litigis relativos a qualquer contrato financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), cuja resolusio, de acordo com 0 disposto nas condigoes gerais © nas condigdesespeciais que regem esse contrato, pode efectuar-se por conciliagao ou por arbitragem, serio dirimidos em ‘conformidade com as presentes normas processuais. Artigo 2° Definigoes No presente regulamento, ¢ 2 menos que 0 contexto 0 determine de outro modo, os termos ¢ expressdes que se seguem terlo a seguinte acepeio: Estado ACP: qualquer Estado que pertenga a0 grupo de Estados de Africa, das Carafbas e do Pacifico signatérios da convengio; Estado-membro: qualquer Estado-membro da Comunidade Econémica Europeia (CEE); Departamento administrativo: 0 departamento do Estado ‘ACP a quem atribuida a fung3o de resolver, por meios ‘administrativos, os ltigios decorrentes ou relacionados com {qualquer contrato em que a entidade adjudicante seja parte; 0 Tribunal: 0 tibunal arbitral; Autoridade investida do poder de nomeago: a autoridade tescolhida de comum acordo pelas partes num proceso de arbitragem, ou caso nao haja acordo, definida no presente regulamento, como sendo a entidade que nomeia os arbi- Entidade adjudicante: 0 Estado ou a pessoa colectiva regida pelas disposigaes do direito piblico ou privado que celebra 0 contrato ou em nome do qual é celebrado 0 contrato; Convengdo: a convencio aplicavel entre os Estados ACP € a CEE; Conselho de Ministros: 0 Conselho de Ministros ACP-CEE, referido na Convengio; Contrato: um contrat FED de empreitada de obras, de fornecimentos ou de prestagio de servigos; Requerente: a parte que inicia 0 processo de arbitragem notificando a outta parte, solitando a arbitragem e apre- sentando a pretensio; Requerido: a parte no processo de arbitragem contra a qual é apresentada a pretensio; Parte: quando referente & arbitragem, o requerente ou 0 requerido no proceso de arbitragem. Jornal Oficial das Comunidades Europe Ba. 32. 4a. 42. Sa. No 1 382/97 Artigo 32 [Notificasio e contagem dos prazos As notificagées previstas no presente regulamento sero efectuadas por carta registada com aviso de recepgdo ou por entrega em mio ao destinatirio, mediante recibo datado. A notificacio considera-se recebida no dia da entrega. Para efeitos de contagem dos prazos nos termos do presente regulamento, entende-se que o prazo comera ‘correr no dia seguinte Aquele em que a notificacao, a ‘comunicagio ou a proposta tiverem sido recebidas. Se ‘otermo do prazo recair num dia feriado ounum diade descanso no lugar de residéncia mencionado na notificasio, comunicacZo ou proposta, o prazo sera prorrogado até ao primeiro dia iil seguinte. No ‘entanto, os dias eriados ede descanso sero incluidos para efeitos de contagem dos prazos. Artigo 42 Esgotamento dos recursos administrativos internos Um litigio s6 poderé ser submetido a arbitragem nos termos do presente regulamento se se presumirem ‘esgotados, ou depois de terem sido esgotados, todos (08 recursos administrativos internos previstos pelo Estado ACP para a resolugio de litigios dessa natu- reza. Presumem-se esgotados os recursos administra- tivos se, no prazo de 120 dias a contar da data de recepgio do primeiro recurso, o departamento admi- nistrativo responsavel pela resolugdo desses litigios ido tiver tomado uma decisio definitiva Caso a parte requerente nfo disponha da possibi dade de interpor recurso administrativo, por nao existir tal recurso no Estado ACP, o litgio $6 pode ser submetido a arbitragem, nos termos do presente regulamento, depois de ‘parte requerente ter notifi- ceado a parte adversa da sua pretensio ede esta ndo ter tomado medidas para resolver ou reparar a causa da pretensdo no prazo de 120 dias a contar da data em ‘que a notificagio foi recebida. Artigo 5° Conciliagio Em qualquer momento antes do pedido de arbitra ‘gem, qualquer pessoa que tenha direito a requerer a arbitragem pode solicitar a intervencdo do servigo financiador ou a resolugdo do litigio por conciliagao, nos termos do presente regulamento. NE L 382/98 52. $3. 5A, SS. 56. 57. 58. 59. 5.10. Caso_as partes em litigio cheguem 2 acordo, a conciliagdo ser4 conduzida por um inico conciliador, devendo, caso contratio, ser conduzida por um comité ‘composto por trés conciiadores. Para se poder ser nomeado conciliador, é obrigat6rio possuir anacionalidade deum dos Estados signatérios. dda convengio. Quando a conciliagdo for condutida por um tinico conciliador, as partes em litigio deverio chegar a acordo quanto & sua nomeacio. Quando for condu- Zida por um comité de conciliagao, cada uma das partes em litigio nomearé um dos membros do comité.. Oterceiro membro, que assumird a presidéncia, e que devera ter um nacionalidade diferente da das partes ‘envolvidas, sera designado pelos outros membros do ccomite A parte que requer a conciliagao deve notificar a outra parte. (Orequerimento consistird numa apresentacao do caso pelo requerente e deverd ser acompanhado de cépias. dos documentos pertinentes. O requerimento devers ‘conter igualmente o nome e o enderego da pessoa proposta ou nomeada como conciliador. No prazo de 60 dias a contar da recepcio da notificagdo do requerimento, a outra parte deve informar o requerente se esté disposta a aceitar uma tentativa de conciliagao e, se tal for o caso, apresentar a0 requerente uma resposta a0 respectivo requeri- ‘mento, Dessa resposta constario igualmente o nome e ‘0 enderego da pessoa proposta ou nomeada como ‘conciliador pela outea parte. [No prazo de 30 dias a contar da data de recepsio da resposta, os membros do comité de conciliacio desig- nados pelas partes deverdo nomear o presidente [As deliberagées do conciliador ou do comité de ‘conciliagdo deverdo ser tanto quanto possivelinfor- mais e expeditas, mas de forma a serem compativeis, ‘com uma resolusio justa e objectiva do litigio, € deverdo basear-se numa audiéncia imparcial de cada uma das partes. Cada uma das partes poderd apresentar-se pessoal ‘mente ou fazer-se representar por um mandatério por cla escolhido. Depois de analisado © processo, 0 conciliador ou 0 comité de conciliagio deverdo apresentar is partes os termos da resolusio. Em caso de resolugio do litigio, 0 concliador ou 0 comité de conciliagdo redigirdo e assinario um auto de resolugio. O auto dever ser assinado pelas partes para confirmar a sua aceitaga0. O auto de resolusio assinado pelas partes é vinculativo para ambas. Jornal Oficial das Comunidades Europeias S.11. Deverdo ser entregues as partes edpias do auto assinado. 5.12. Caso nao se chegue a qualquer resolugio, as partes serdo livees de submeter o litigio a arbitragem, nos termos do presente regulamento, ndo devendo, neste caso, seja 0 que for que tenha constado junto do conciliador ou do comité de conciliagao em relagao a0 rocesso prejudicar os direitos legais de qualquer das partes na arbitragem. Nenhuma pessoa que tenha desempenhado fungdes de conciliador ou de membro de um comité de concilia- fo para resolucio de um litigio poders ser nomeado drbitro na mesma questdo, 1. DO TRIBUNAL Artigo 6° Nacionalidade dos arbitros Para uma pessoa poder ser nomeada drbitro, deve ter a nacionalidade de um dos Estados signatirios da conven- Artigo 7° ‘Namero de rbitros (Caso as partes estejam de acordo, o Tribunal serd constituido ‘por um tnico drbitro. As partes deverao chegar a esse acordo no prazo de 15 dias acontar da recepsio, pelo requerido, da notificagdo que inicia © processo arbitral previsto no artigo 182 Se, dentro do prazo estabelecido, as partes no cchegarem a acordo quanto a nomeagio de um rbitrotinico, fou se decidirem de modo diferente, o Tribunal seré cons- tituido por trés drbitros, Artigo 8° Nomeagao de um rbitro tinico 8.1, Em caso de nomeagio de um drbitro tnico as partes deverio designar de comum acordo ou o préprio 4rbitro ou a autoridade investida do poder para proceder & sua nomeacdo, no prazo de 60 dias a contar do inicio do processo de arbitragem nos termos do artigo 18° 8.2, Quando: 1) As pares nio puderem chegar a acordo, quer ‘quanto ao rbitro quer quanto a autoridade investida do poder de nomeacao dentro do prazo cestabelecido de 60 dias; b) A autoridade investida do poder de nomeasio ‘escolhida de comum acordo pelas partesse recusar 31. 12. 90 9A. 9.2. 93. 9.4, ‘aagir ou nao nomear o bitro no prazo de 60 dias ‘a contar da recepgao do pedido das partes, cada uma das partes pode solicitar que seja 0 juz de categoria mais elevada entre os juizes do Tribunal Internacional de Justia de Haia nacionais dos Esta- dos ACP e dos Estados-membros a exercer as fungdes. dde autoridade investida do poder de nomeacio. Artigo 9° Nomeagao de trés drbitros Em caso de nomeasio de trés érbitros, cada uma das partes nomeari um drbitro. Os dois drbitros assim nomeados escolherio 0 terceiro, que exercerd as fungdes de drbitro-presidente do Tribunal. ‘A nomeasio de um drbitro por cada uma das partes deverd efecruar-se no prazo de 60 diasa contar da data ‘em que as partes tiverem acordado que o Tribunal seja, constituldo por tr drbitros, ou da data em que tiver sido excluida a constituigi0 do Tribunal por um ‘Asbitro tinico, nos termos do n? 1 do artigo 72 Set a) ») No prazo de 30 dias a contar da nomeagiio, por cada parte, do respectivo arbitro, os dois drbitros nomeados no tiverem escolhido 0 terceiro; No prazo de 30 dias a contar da recepeio da notificagio de nomeasio de um érbitro por uma parte, aoutra parte nlo tiver notificado a primeira do Arbitro que nomeou, ‘0 axbitro em questio seré nomeado, a pedido de ‘qualquer das partes, pela autoridade investida do poder de nomeagao. A autoridade a investi do poder de nomeagao deverd ser escolhida de comum acordo entre as partes, o mais. tardar no prazo de 60 dias a contar da data da ‘ocorréncia do facto especifico que gerou a necessidade dda sua intervenglo, Se, decorrido este prazo, as partes no tiverem chegado & acordo quanto 4 escolha da utoridade ainvestir do poder de nomeagio, qualquer das partes pode solicitar que seja 0 julz de categoria ‘mais elevada entre os juizes do Tribunal Internacional de Justisa de Haia nacionais dos Estados ACP e dos Esiados-membros a exercet as fungdes de autoridade investida do poder de nomeacio. Artigo 10° [Nomeagles pela autoridade investida do poder de nomeagio 10.1. Quando for solicitado a uma autoridade investida do poder de nomeagio que designe um érbitro, a parte ‘que apresentar esse pedido enviaré Aquela autoridade uuma cépia da notificagdo de arbitragem, referida no 10.2 103. Jornal Oficial das Comunidades Europeias No 1 382/99 n? 1 do artigo 182, € uma odpia do contrat no Ambito do qual ou ‘em relagio 20 qual se gerou 0 litjgio, A autoridade investida do poder de nomeagio pode soli far a qualquer das partes as informagbes ‘que considere necessdrias para o desempenho das suas fungoes. Cada uma das partes pode propor a autoridade investida do poder de nomeagio nomes de pessoas susceptiveis de sem nomeadas para desempenhar as fangdes derbi Sempre que sejafeita tal proposta, deverio ser fornecidos os nomes completos, 0s ende- reqos ¢ a nacionalidade das pessoas propostas, bem ‘como uma descrigao das suas qualificagées. A autoridade investida do poder de nomeasao desig- nnaré o arbitro ou Arbitros 0 mais rapidamente possivel. Ao efectuar a nomeagio, a referida autori- dade deve: a) b) ‘Tomar em consideragio todos os elementos sus- ceptiveis de garantir a nomeagio de um arbitro independente e imparcial, de nacionalidade dife- rente da das partes, de elevada idoneidade moral, com reconhecida competéncia na érea do direito, dos conhecimentos técnicos ou das finangas apli- cfvel 20 caso em litigio; ‘A menos que ambas as partes determinem de ‘outro modo, ou que a autoridede investida do poder de momeagao decida discricionariamente ‘que este procedimento nio é aplicivel a um caso, ‘especifico, recorrer ao seguinte procedimento: i) aautoridade investida do poder de nomeagao enviard a ambas as partes uma lista idéntica contendo pelo menos trés nomes de pessoas qualificadas para nomeagio como arbitros nos termos don? 1 do artigo 6? eda linea a) do a? 3 do artigo 102, ii) no prazo de 30 dias a contar da data de recepgio dessa lista, cada uma das partes, poderi devolveralista& autoridade investida do poder de nomeacio, depois de ter riscado ‘0 nome ou nomes com os quais nao esta de acordo e de ter numerado os restantes nomes segundo a sua ordem de preferéncia. Se a lista nio for devolvida ou ndo houver qualquer alteraczo na ordem pela qual se apresentam ‘0s nomes na lista inicial, considerar-se-4 que ‘0s nomes dessa lista foram aprovados pelas partes interessadas, pela ordem de sua apre- iii) aps a recepeio da lista devolvida por ambas as partes, ou depois de expirado o prazo para a sua devolugio, conforme o que ocorrer primeiro, a autoridade investida do poder de nomeacio deveré, no prazo de 30 dias, nomear o arbitro de entre os nomes da lista aprovados ou considerados aprovados, de acordo com a ordem de preferéncia indicada pelas partes, se, por qualquer motivo, a nomeagio no puder ser feita de acordo com este procedi- ‘mento, @ autoridade investida do poder de iv) N21 382/100 nomeagio pode designar um drbitro qualifi- ‘ado, tendo em devida consideracio o inte- reste das partes, anatureza do diferendo e, se for caso disso, o facto de uma das partes ser sum Estado. Artigo 112 Contestagio de um drbitro |. © arbitro cuja nomeagao esteja prevista assinalaré a quem tiver intengo deo indigitar quaisquer factos ou circunstincias susceptiveis de levantar justificadas duividas ou suspeitas sobre a sua imparcialidade ou independéncia. Qualquer pessoa que seja nomeada Arbitzo deve assinalar os referidos factos ou circuns- tincias as partes, se ainda 0 nio tiver feito. Qualquer drbitro pode ser contestado por uma parte, se existirem factos ou circunstincias susceptiveis de levantar dividas ou suspeitasjustficadas sobre a sua imparcialidade ou compettncia. No entanto, as partes. 86 podem contestar o$ érbitros por elas designados ou ‘em cuja nomeagio tenham participado por motivos de due apenas tenham tomado conhecimento apés a sua designagio. . Uma parte que deseje contestar um drbitro deve comunicé-lo por escrito, apresentando as suas raz5es 0 Tribunal, a0 4rbitro contestado eA outra parte, nos 15 dias seguintes & data da constituigio do Tribunal ‘ou da nomeasio do arbitro contestado, conforme 0 {que ocorrer mais tarde, ounos 15 diasseguintes a data ‘em que a parte que apresentou a contestagao tiver tido ‘conhecimento das circunstincias que a justificam. |. Quando a contestagio de uma das partes tiver sido aceite pela outra, ou quando 0 arbitro contestado se retirar do processo, 2 autoridade desse Arbitro no ‘procesto de arbitragem deve terminar imediatamente. Mas nem 0 acordo das partes quanto & contestacio, nem o facto de o arbitro contestado ser retirado do proceso implicam a aceitagdo da legitimidade dos fundamentos da contestagio. 5. Sea contestagao nao for aceite pela outra parteou seo frbitro contestado no se retirar do processo, a decisio sobre a contestagio deve ser tomada pelas centidades seguintes: a) Sea nomeagio do drbitro tiver sido feita por uma autoridade investida do poder de nomeagao, pela referida autoridade; b) Sea nomeagio do drbitro nao tiver sido feta por ‘uma autoridade investida do poder de nomeagio, pelos outros membros do Tribunal, caso exis: Jornal Oficial das Comunidades Europeias 12a. 12.2. 1B. 132. 133. 31. 12, 90 ) Emtodos os outros casos ouem caso de desacordo centee 0s outros membros do Tribunal, por uma autoridade investida do poder de nomeagio desig nada ou a designar em conformidade com 0 procedimento previsto no n? 4 do artigo 9° |A decisio desta autoridade nao serd passivel de Artigo 12° Substituigdo de um érbitro Seré nomeado um substieuto, de acordo com 0 procedimento previsto nos artigos 8° 2 10°, aplicivel 8 nomeagio do drbitro a substituir, nos casos em que: 8) Accontestagio de um drbitro tiver tide o acordo da outra parte; b) © arbitro contestado se tiver retirado do pro- ©) Apesar da inexisténcia de acordo da outra parte ‘ou da recusa do drbitro contestado a retirar-se do processo tena sido dado provimento & contesta- ‘glo desse drbitros 4) Um dtbitro falecer no decurso do processo arbi- tral; €) Por qualquer outra raz3o, um Arbitro nio desem- penhar cabalmente as suas funges ou Ihe for Jmpossvel de jure ou de facto desempenhar essas fangoes. Em caso de substituigdo de um Arbitro, a decisao de repetir as audiéncias jd realizadas &deixada ao critério do Tribunal, e qualquer decisio ou despacho que tenham ocorrido durante 0 processo podem ser anulados pelo Tribunal. Il, DO PROCESSO ARBITRAL Artigo 13° Disposigoes gerais Sem prejuizo do disposto no presente regulamento, 0 Tribunal pode conduzir a arbitragem da forma que considerar adequada. (© Tribunal deve conduzir a arbitragem de forma cexpedita e evitando tanto quando possivel as despe- sas, mas de modo a assegurar que seja feita justiga centre as partes. Estas devem ser tratadas de forma ‘equitativa e, em qualquer fase do processo, ter a possibilidade de apresentar os seus argumentos. A pedido de qualquer das partes ¢ em qualquer fase do procesto, o Tribunal organizara audiéncias para a produgio de provas por testemunhas, incluindo peri- 31. 12. 90 134. 14a. 14.2, 143. 144, 15. 15.2 tos, ou para alegagées orais. Se nenhum pedido for feito neste sentido, o Tribunal decidiré da convenién- cia de organizar essas audiéncias ou se 0 processo se deverd desentolar com base em documentos ou outro, material. Todos os documentos ou informagdes que uma das partes fornecer a0 Tribunal devem ser por ela comu- nicados a0 mesmo tempo 2 outra parte. Nenhum desses documentos ou informages poder ser util zado por uma parte para fazer valer os seus direitos ou apresentar 0s seus argumentos, a menos que existam provas de que foram igualmente comunicados & outra parte. Artigo 142 Lei aplicavel ¢ normas processuais © Tribunal aplicaré as questdes em ltigio a lei do Estado da entidade adjudicante, salvo se 0 contrato dispuser de outro modo. Nesse caso, o Tribunal aplicaré a lei especificada no contrato. Em todos os casos, 0 Tribunal decidiré em conformidade com 0 cstipulado no contrato e pode ter em conta 0s usos do comércio apliciveis 2 transaccio. Caso a lei a aplicar seja omissa relativamente a um determinado aspecto, o Tribunal aplicard a lei sobre conflitos de leis que resultar da lei aplicivel a0 contrato. O Tribunal ndo pode abster-se de julgar sob pretexto de omissio ou obscuridade da lei. Sem prejuizo do disposto no n? 1 do artigo 5° e no n? 1 do artigo 14%, o Tribunal decidira, no decurso do processo de arbitragem, como sconcertador» ou ex ‘aequo et bono, se a8 partes o tiverem expressamente autorizado para o eleito. © processo arbitral serd integralmente conduzido em conformidade com o presente regulamento. Se qual- {quer acto processual nfo se encontrar previsto no presente regulamento, a questo seré resolvida, na falta de acordo entre as partes, pelo Tribunal que, em especial, neste caso, deve velar pelo respeito do principo da igualdade entre as partes Artigo 15° Lingua do processo © processo arbitral é conduzido, ¢ a decisio arbitral proferida, na lingua do contrato cujos termos ou cuja execugdo tenham suscitado o litigio. (© Tribunal pode ordenar que todos os documentos apensos & petigdo inicial e & resposta ou quaisquer Jornal Oficial das Comunidades Europeias NOL 382/101 ‘outros documentos produzidos no decurso do pro- cesso, cuja Hingua original nio seja a do processo, sejam acompanhados de uma tradugdo autenticada na lingua do processo. Artigo 162 Lugar do processo 16.1. O processo arbitral correrd no Estado ACP em que tiver sido celebrado ou executado 0 contrato. No tentanto, com 0 acordo das partes e por questdes de ‘conveniéncia, 0 Tribunal pode decidir conduzir a arbitragem em qualquer outro lugar. Ao tomar tal decisio, o Tribunal devera atender as circunstincias, 4d0.caso, incluindo os custos envolvidos, a convenién- cia das’ partes e 0s eventuais efeitos negativos das normas processuais sobre as partes e sobre o processo vigentes no lugar alternativo. 16.2. Sem prejuizo do n° 1 do artigo 16°, 0 Tribunal pode proceder a audiéncias e efectuar reunides, em qual- ‘quer lugar que Ihe convenha, tendo em conta as circunstincias do caso. 16.3. O Tribunal pode reunir em qualquer lugar que ‘considerar apropriado para efeitos de inspeccdo de ‘obras, mercadorias ou de outros bens e para exame de documentos. As partes serdo do facto informadas com antecedéncia suficente para terem a possibilidade de assistir a essa inspecgao. Artigo 17° Representagao e asssténcia ‘As partes podem fazer-se representar e/ou assistir por pessoas da sua escolha. Os nomes e enderegos dessas pessoas devem ser comunicados por escrito & outra parte © a0 Tribunal, devendo tal comunicagio precisar se a designagio é feita para efeitos de representagio ou de assistencia. Artigo 182 Inicio do processo de arbitragem 18.1. © requerente num processo de arbitragem envia 30 requerido uma notificagdo de arbitragem. Esta notifi- casio serd rejeitada se no for enviada o mais tardar 90 dias apés a recepeio da decisio que encerra 0 recurso administrative, tomada no Estado ACP, ou, quando nao existr esse recurso administrativo, o mais tardar 90 dias apés 0 termo do prazo de 120 dias, previsto no n?2 do artigo 4° para satisfacio da pretensio notificada & outra parte. NEL 382/102 18,2, Considera-se que o processo arbitral tem inicio na data em que 0 requerido receber 2 notificagio de arbitragem, 18,3. Anotificagio de arbitragem deve conter as indicagoes seguintes: 1) © pedido de que 0 litigio seja submetido a arbitragem; b) Osnomes e enderegos das partes, bem como a sua nacionalidade no momento da notificagio; ©) Areferéncia ao contrato que deu origem a0 litigio. fou ao qual este se refere e a cléusula ou chiusulas cespecficas do contrato invocadas ou impugna- das; 4d) Anatureza geral da pretensio e, se for caso disso, ‘uma estimativa do montante envolvido; ©) A teparagio pretendida; £) Uma breve descrigdo, com indicagao das datas, dos recursos administrativos ou da notificagdo das pprestensGes, bem como do seguimento que thes foi dado; {g) Uma proposta quanto ao mimero de drbitros (isto €, um ou tres). 18.4. A notificagio de arbitragem pode igualmente conter as indicagdes seguinc 48) O nome da pessoa e/ou da autoridade proposta para nomeagio como irk ico e/ou da utoridade investida do poder de nomeagao refe- rida no n? 1 do artigo 8°; b) A notificagio da nomeagio de um arbitro pelo requerente, referida no n? 1 do artigo 9°; ©) A petigdo inicial referida no artigo 192 Antigo 19° Petigio inicial 19.1. Se a petisio inicial nio constar da notificagao de arbitragem, o requerente enviara, no prazo fixado para esse efcito pelo Tribunal, a petigio escrita 20 requerido e a cada um dos drbitros. A peticio deve incluir, em anexo, uma c6pia do contrato. 19.2. A petigdo, datada e assinada pela parte requerente ‘e/ou pelo Seu representante devidamente mandatado, deve conter as indicagoes seguintes: a) Os nomes ¢ enderegos das partes; b) Uma exposigio dos factos alegados em apoio da pretensio; Jornal Oficial das Comunidades Europeias 31. 12. 90 ©) Os pontos em ltigios 4) A reparacio pretendida. ‘O requerente pode juntar 4 peticio todos 0s documen- tos que.considere pertinentes ou nela fazer referéncia aos documentos ou outros meios de prova que produzird. Artigo 20° Resposta 20.1. No prazo fixado para esse efeito, pelo Tribunal, 0 requerido enviard a sua resposta escrta ao requerente ‘ea cada um dos arbitros. 20.2. O requerido deve responder aos pontos da petisio inicial a que se referem as alineas b),c)ed) don? 2do artigo 198 Pode juntar & sua resposta os documentos ‘em que apoia a sua defesa ou nela fazer referéncia aos documentos ou outros meios de prova que produ- Zina. 20.3. Na sua resposta, ou numa fase posterior do processo arbitral, se o Tribunal considerar que as circunstin- cas justifiam 0 atraso na sua apresentagio, 0 requerido pode apresentar uma reconvengio ou invo- ccat um diteito de compensagio com base no mesmo 20.4. 0 disposto no n? 2 do artigo 19° aplica-se & recon- vensio e ao direito de compensagao invocado. Antigo 21° Alterasio.da petisio inicial ou da resposta No decurso do processo arbitral, qualquer das partes pode alterar ou completar a sua peticio ou a sua resposta, a menos ‘que o Tribunal considere no dever autorizar ‘a citada alteragio em virtude do atraso com que foi formulada ou do prejuizo que causaria indevidamente & outra parte. Artigo 222 Exeepgio de incompeténcia do Tribunal 22.1. © Tribunal pode decidir das excepgdes arguidas relativamente 4 sua competéncia. 22.2. © Tribunal tem competéncia para se pronunciar sobre a existéncia ou a validade do contrato. Qualquer

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