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DISCENTE
1. Cristina Américo Marques
2. Suneima Ossuame Aboo
DOCENTE
dr. Hélio Magamela
DISCENTE
1. Cristina Américo Marques
2. Suneima Ossuame Aboo
ii
iii
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
1.2.1. Derivada..........................................................................................................3
1.2.1.1. Definição.....................................................................................................3
1.2.2.1. Definição...................................................................................................18
2. CONCLUSÃO......................................................................................................20
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................21
INTRODUÇÃO
O conceito de diferencial foi criado por Leibniz e, como consequência, ele criou
também as notações e para simbolizar os diferenciais em e , respectivamente.
Nesse mesmo sentido considerava que o quociente representava a divisão dos dois
infinitésimos como resultado da razão incremental, quando e, consequentemente,
tornavam-se arbitrariamente próximos de zero. Em razão disso é que em laboratórios,
dependendo da precisão exigida, costuma-se aproximar o valor de pelo valor do
quociente.
Também será demonstrado como as derivadas podem ser usadas para aproximar
funções complicadas por funções lineares mais simples através de exemplos práticos.
1
1. INTRODUÇÃO A CÁLCULOS DIFERENCIAIS
1.1. Conceito de Razão Incremental
Incremento em linguagem matemática significa variação, em uma função de 1 variável (
Estudo no qual inicialmente vamos nos concentrar) teremos a abscissa (x) e a função
[f(x) ou y] cujo valor depende dela.
Exemplos
Na função F(x) = x² - 2x quando a variável independente passa do valor 2 para 4,
pergunta-se:
a) Qual o incremento da variável independente?
b) Qual o incremento da variável dependente?
c) Qual o valor razão incremental?
Resolução:
a) Variável independente neste caso será o x, portanto seu incremento é dado por:
xo=2 e x=4
x-xo=4-2
x-xo=2 (Que nada mais é que o delta de x)
F(x)=x²-2x
F(4)=4²-2.4
F(4)=16-8
F(4)=8
2
Portanto o incremento da variável dependente será:
F(x)-F(xo)=F(4)-F(2)
F(x)-F(xo)=8-0
F(x)-F(xo)=8 ( Valor do delta de y)
Assim, a derivada de uma função é o limite, caso exista, que fornece o valor da
declividade da reta tangente ao gráfico de y = f(x) em qualquer ponto (x, y) que, por sua
vez, representa a taxa de variação dessa função num ponto indicado.
3
A derivada de uma função no ponto x é representada pelas notações:
df dy
f ' ( x ), y ', ou
dx dx (lê-se: “derivada de y em relação a x”)
Para derivar uma função através da regra geral, devemos utilizar os seguintes passos:
1º) Substitui-se x por x + x e determina-se o valor da nova função y + y.
2º) Subtrai-se o valor da função do novo valor encontrado, achando-se y.
3º) Divide-se y por x.
4º) Determina-se o limite do quociente y/x, quando x tende para zero que, pela
definição, equivale a 1ª derivada, logo,
Lim
Δy
Δx( ) dy∗¿
¿
Δx →0 = y’ = f’(x) = dx *Lê-se: derivada de y em relação a x
Exemplos
b) y = √ x e) y= √√3 x , em x = 4
c) y = 4x – 1
Solução
a) y = 3x2
4
1º passo:
y = 3x2
y + x = 3(x + x)2
2º passo:
y = 6xx + 3(x)2
3º passo:
2
Δy 6 x . Δx+3 ( Δx )
=
Δx Δx
Δy
=6 x +3 . Δx
Δx
4º passo:
Δy
y '=Lim =Lim ( 6 x +3 . Δx )=6 x
Δx
Δx→0 Δx→0
b) y = √ x
1º passo:
y +Δy=√ x+ Δx
2º passo:
y+Δy− y= √ x+Δx−√ x
Δy=√ x+ Δx− √ x
5
3º passo:
Δy √ x+ Δx−√ x
=
Δx Δx
4º passo:
=Lim √
Δy x+ Δx−√ x 0
Lim = (indet er min ação)
Δx Δx 0
y’= Δx →0 Δx→0
Lim √
Δx(
x+ Δx− √ x √ x+ Δx + √ x
⋅
√ x+ Δx + √ x
= Lim
) (
( √ x+ Δx )2 −( √ x )2
Δx ( √ x + Δx+ √ x )
=
)
Δx →0 Δx →0
Lim
[
x+ Δx−Δx
Δx ( √ x+ Δx + √ x )
= Lim
]
Δx
[
Δx( √ x+ Δx+ √ x )
=
]
Δx →0 Δx →0
1
Lim =
√ x + Δx + √ x 1 1
= =
Δx →0 √ x+ 0+ √ x 2 √ x
c) y = 4x - 1
1º passo:
y + y = 4(x + x) -1
y + y = 4x + 4x – 1
2º passo:
y = 4x + 4x -1 – 4x + 1
6
y = 4x
3º passo:
Δy 4 Δx
y '= = =4
Δx Δx
4º passo:
Lim 4=4
Δx →0 (limite de uma constante é a própria constante)
Solução
a) y = x2 – 4
1º passo:
y + x = (x + x)2 - 4
y + y = x2 + 2xx + (x)2 - 4
2º passo:
y + y –y = x2 + 2xx + (x)2 -4 – x2 + 4
y = 2xx + (x)2
3º passo:
2
Δy 2 x . Δx+ ( Δx )
=
Δx Δx
Δy
=2 x+. Δx
Δx
4º passo:
7
b) y’ = 2x ∴ y’(2) = 4
Este resultado significa que, nesse caso, a tendência da função y = x 2 – 4, no ponto dado
(x = 2), é de crescimento 4.
1ª) Derivada de uma Função Constante: a derivada de uma função constante é sempre
igual a zero. f(x) = k f’(x) = 0 (k representa uma constate)
Exemplo
- Derivar as funções:
a) f(x) = -2 f’(x) = 0
b) f(x) = 154 f’(x) = 0
c) f(x) = 2a3 + 1 f’(x) = 0
d) f(p) = -4x f’(p) = 0
Para entender o resultado (nulo), observe no gráfico da função f(x) = -2 abaixo que,
quando a variável independente x apresenta uma variação de x1 para x2, a função f(x),
não apresenta modificação, isto é, y = 0, logo:
Lim ( Δy
Δx )
Lim (0Δx ) = Lim 0 = 0
f’(x) = Δx → 0 = Δx → 0 Δx → 0
8
O gráfico abaixo mostra que, a variação dada à variável independente x resulta em uma
variação de igual valor na variável dependente y (x = y), logo:
Lim ( Δy
Δx ) = Lim (
Δx )
Δx
= Lim 1 = 1
f’(x) = Δx → 0 Δx → 0 Δx → 0
Apliquemos a regra geral das derivadas, vista no início, para chegarmos a essa fórmula:
1º passo:
y + Δy=( x + Δx ) n
2º passo:
y +Δy− y= ( x + Δx )n −x n
Δy=[ ( x +Δx ) −x ] . [ ( x+ Δx ) . x 2 +.. .+x n−1 ]
n−1 n−2 n−3
+ ( x+ Δx ) . x + ( x +Δx )
3º passo:
4º passo:
9
Lim [ ( x+Δx )n−1 + ( x+ Δx )n−2 . x+ ( x+ Δx )n−3 .x 2 +...+x n−1 ] =
Δx →0
¿ x n−1 + x n−2 .x+x n−3 .x 2 +...+ x n−1 = x n−1 .x n−1 .x n−1 +...+x n−1 = n.x n−1
Portanto: f(x) = xn f’(x) = n.xn-1
Exemplo:
- Derivar as funções:
5
2
a) f(x) = x4 d) f(x) = x
y= √ x 2 , em x = 8
3
b) f(q) = 3q6 e)
c) f(x) = -5x
Solução
a) f(x) = x4
f’(x) = 4x4-1
f’(x) = 4x3
b) f(q) = 3q6
f’(q) = 6.3x6-1
f’(p) = 18x5
c) f(x) = -5x
f’(x) = 1.(-5)x1-1
f’(x) = -5x0 = -5
10
5
f ( x )=
x 2
k
a n (
=k .a
−n
)
−2
d) f ( x )=5 x
f’(x) = -2.5x-2-1
−10
3
f’(x) = -10x-3 ou f’(x) = x
y= √ x 2 , x =8
3
2 a
e) y=x √x
3 b a
=x
b
2
2 −1
y ' .x3
3
−1
3
y '= x 3
2
3
y '= 3
2. √ x
3 3
y ' ( 8 )= 3 =
2. √ 8 4
4ª) Derivada de uma Função Exponencial.
f(x) = ax (1 a > 0)
{ f (x)=ax→f ' (x)=ax .Lna ¿ ¿¿¿ (Ln e = log e e = 1)
Exemplo
11
Solução
f’(x) = 2x.Ln 2
f’(0) = (1/2)0.Ln(1/2)
f’(0) = Ln (1/2)
f’(x) = (1/2)x.Ln(1/2)
f’(x) = 3.ex.Ln e
f’(x) = 3.ex
y’ = -4.ex.Lne
y’ = -4ex
12
Exemplo
a) y = Log 3 x , em x = ½
c) y = 7.Ln x , em x = 7/2
Solução
1
f ' ( x )=
a) y = Log 3 x x . Lna
1
y’ = x . Ln3
1 2
=
1 Ln 3
. Ln 3
y’(1/2) = 2
1
f ' ( x )=
b) f(x) = 4.Log 1/3 x x . Lna
1
f’(x) = 4. x. Ln(1/3)
4
f’(x) = x. Ln(1/3)
1 1
f ' ( x )= =
c) y = 7.Ln x x . Lne x
1
y’=7. x
2
y’(7/2) = 7. 7 = 2
13
6ª) Derivada de uma Soma Algébrica.
Exemplo
Derivar as funções:
a) y = 3x – 7
b) y = 4x2 – 5x + 6, em x = -2
c) y = -2x3 + 3x2 – 5x + 43
Solução
a) y = 3x – 7
y’ = 3
b) y = 4x2 – 5x + 6
y’ = 8x – 5
y’(-2) = 8.(-2) -5 = -21
c) y = -2x3 + 3x2 – 5x + 43
y’ = -6x2 + 6x - 5
Exemplo
14
Derivar a função f(x) = 2x3. ex , em x = 1.
Solução
f(x) = 2x3. ex
{u (x)=2x3⇒u'(x)=6x2¿ ¿¿¿
f(x) = u(x).v(x) f’(x) = u(x).v’(x) + u’(x).v(x)
f’(x) = 2x2ex(x + 3)
f’(1) = 2.12.e1(1 + 3)
f’(1) = 8e
Exemplo
x4
x
Derivar a função f(x) = e , em x = 1.
Solução
15
x4
f(x) = e
x {u (x)=x4⇒u'(x)=4x3 ¿ ¿¿¿
u( x ) v( x).u ' ( x)−u( x ). v '( x)
2
f(x) = v ( x ) f’(x) = [ v( x )]
e x . 4 x 3 −x 4 . e x
f’(x) = ( ex )2 (:ex)
4 x 3 −x 4
f’(x) = ex
Substituindo o valor de x = 1, temos:
4 . 13 −14 3
1
=
f’(x) = e e
Quando tais limites existem, eles são, respectivamente denominados, derivada lateral de
f à esquerda em xo e derivada lateral de f à direita no ponto x o. Se ambos os limites
existem e são iguais, dizemos que f possui derivada no ponto xo.
A função modular definida por f(x)=|x| tem derivada lateral à direita no ponto x=0 igual
a +1 e derivada lateral à esquerda no ponto x=0 igual a -1, o que significa que tais
derivadas laterais no mesmo ponto são diferentes. Para todo x não nulo, as derivadas
laterais à esquerda e à direita coincidem.
16
1.2.1.5. Derivabilidade e Continuidade de uma função
Existem funções que não têm derivada em um ponto, embora possam ter derivadas
laterais à esquerda e à direita deste ponto e ser contínua neste ponto.
Exemplo: A função modular (valor absoluto) definida por f(x)=|x|, não tem derivada em
x=0, mas:
Este exemplo mostra que a continuidade de uma função em um ponto não garante a
existência da derivada da função neste mesmo ponto, mas a recíproca é verdadeira, isto
é, a existência da derivada de f em um ponto, implica na continuidade de f neste ponto.
17
1.2.2. Diferencial de uma função
1.2.2.1. Definição
A função é diferenciável em se existir um número e uma função de ,
, tal que:
Exemplo 1.
A função é diferenciável em
Como
teremos:
ou
Portanto, é diferenciável em e .
18
Observa -se que em ambos os casos o valor de m coincide com o valor da derivada de
no ponto considerado. Como tivemos, no primeiro caso
e, no segundo caso, . Assim a diferencial coincidiu com o
valor .
1)
2)
3)
Exemplo
Outras regras são, também, demonstradas utilizando-se das regras conhecidas para a
derivação.
O conceito de diferencial foi criado por Leibniz e, como consequência, ele criou
também as notações e para simbolizar os diferenciais em e , respectivamente.
São dele, também, as regras de diferenciação enunciadas anteriormente. Em sua obra,
publicada em 1684, ele concebeu e como sendo as menores diferenças ou
diferenças infinitamente pequenas em e , respectivamente.
19
2. CONCLUSÃO
Tendo em vista as abordagens desenvolvidas no presente trabalho de pesquisa,
ressaltamos que a diferença entre derivada e diferencial não é tão evidenciada e até se
confundem para funções de uma variável real, no entanto, para funções de várias
variáveis a diferença é mais evidenciada.
Com isso vemos que existem várias dificuldades para o entendimento do conceito de
derivada e diferencial para funções de várias variáveis: o nível de abstração, a perda de
visão geométrica (caso n>2), as várias representações da derivada e diferencial, o pouco
tempo dedicado ao assunto nos cursos de cálculo.
Um dos factores mais determinantes para a falta de percepção dos conceitos de derivada
e diferencial supomos ser o pouco tempo dedicado a este assunto nos cursos de cálculo,
mesmo dentro dos cursos de matemática. Também o relacionamento das diversas
disciplinas não é explorado em profundidade, seja pela falta de maturidade dos alunos
que em geral encontram-se no segundo ou terceiro semestre da universidade, seja pela
falta de tempo.
Consideremos que a diferença entre derivada e diferencial pode ser mais explorada e
também que o uso de recursos tecnológicos e artefatos podem vir a ser um auxiliar no
ensino das aulas de cálculo.
20
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Guidorizzi, Hamilton Luiz. (2008). Um curso de cálculo. V.2. Rio de Janeiro: LTC
Iezzi, Gelson ET AL. (1993). Fundamento da matemática elementar. São Paulo: Atual
10v.
Leithold, Loui. (2000). O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra
21