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ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

Direcção Pedagógica

Departamento de Ciências Militar de Exercito

Cadeira: Organização Militar 2024

Texto de Apoio

TEMA: ESTRUTURA ORGÂNICA DAS FORÇAS ARMADAS DE DEFESA DE


MOÇAMBIQUE

A estrutura orgânica das Forcas Armadas compreende:

 O Estado-Maior General das Forças Armadas;


 Os Ramos do Exercito, Força Aérea e Marinha de Guerra;
 Os órgãos militares de comando das Forcas Armadas.

Os órgãos militares de comando das Forças Armadas são: o Chefe do Estado-maior General das
Forças Armadas e os comandantes dos ramos.

Missão das Forças Armadas

As forças armadas têm fundamentalmente as seguintes missões:

 Defender os interesses vitais do País contra todas as formas de ameaça ou agressão;


 Garantir a integridade do território nacional, a soberania, a liberdade do cidadão e a
segurança dos meios do desenvolvimento da Nação;

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 Assegurar o funcionamento normal das instituições em todas as circunstâncias e face as
quaisquer ameaças directas ou indirectas;
 Participar na protecção dos organismos, instalações ou meios civis determinantes para a
manutenção da vida da população, bem como tomar medidas de prevenção e de socorro
que se requeiram em determinadas circunstâncias por decisão da autoridade competente;
 Participar em acções tendentes à manutenção da paz e ao respeito do direito
internacional;
 Contribuir para a defesa e a segurança da região e do continente, apoiando as acções de
prevenção e resolução de conflitos;
 Assegurar a defesa do território nacional face a todo tipo de ameaça, incluindo o
terrorismo. A missão genérica das Forças Armadas é assegurar a defesa militar contra
quaisquer ameaças ou agressões externas.

Integração das Forças Armadas no Estado

As Forças Armadas inserem-se na administração directa do Estado através do Ministério da


Defesa Nacional.

Dependem do Ministro da Defesa Nacional:

 O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas;


 Os responsáveis dos demais órgãos, serviços e organismos colocados na sua
dependência.

Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique

O Estado-Maior General das Forças Armadas é o órgão superior técnico militar, subordinado ao
Ministro da Defesa Nacional. O Estado-Maior General das Forças Armadas é dirigido por um
Chefe do Estado-Maior General, com o posto de General de Exército/Almirante.

Função do Estado-Maior General das Forças Armadas

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O Estado-Maior General das Forças Armadas tem por função realizar estudos, planear, conceber,
dirigir e controlar o emprego das Forças Armadas.

O Estado-Maior General das Forças Armadas constitui-se como Quartel-General das Forças
Armadas, compreendendo o conjunto das estruturas e capacidades adequadas para apoiar o
Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas no exercício das suas competências.

Organização do Estado-Maior General das Forças Armadas

Estado-Maior General das Forças Armadas compreende:

 O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas;


 O Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas;
 Os departamentos e órgãos de apoio do Estado-Maior General;
 Os Órgãos do conselho;
 Os órgãos de inspecção;
 Os órgãos de implantação territorial;
 Os comandos operacionais que eventualmente se constituam.

A organização, competência e funcionamento do Estado-maior General das Forças Armadas, dos


demais órgãos referidos nas alíneas anteriores, são fixados por decreto do Conselho de Ministros

Subordinam-se ainda ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas:

a) O Comando de Reservistas;

b) O Comando da Polícia Militar;

c) O Comando das Unidades Cerimoniais;

d) Os Comandos Operacionais, que eventualmente se constituam;

e) Os órgãos de implantação territorial;

f) Os órgãos de apoio.

Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas

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Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é o Chefe Militar de mais elevada
autoridade na hierarquia das Forças Armadas.

Em caso de exoneração ou vacatura do cargo, o Ministro que superintende a área da defesa


nacional convoca e preside o Conselho Superior Militar para elaborar uma proposta de nomes de
Oficiais Generais que preencham as condições legais para a nomeação.

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é nomeado pelo Presidente da República,
por um período de cinco anos, prorrogável por três anos, sem prejuízo da faculdade de
exoneração prevista na lei e de só exercer suas funções por um período máximo de oito anos.

Competências do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é responsável perante o Ministro da


Defesa Nacional pela direcção, administração, preparação, disciplina e emprego das Forças
Armadas;

Em tempo de guerra, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, por delegação do
Comandante-Chefe, assume a condução militar das operações nos termos da lei.

Compete ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas:

 Presidir o Conselho Superior Militar;


 Propor o Conceito Estratégico Militar;
 Dirigir a execução da Estratégia Militar de Defesa;
 Propor os projectos de definição das missões das Forças Armadas, do Sistema de Forças
e do Dispositivo Militar;
 Dirigir o emprego operacional conjunto ou combinado do Sistema de Forças e exercícios
conjuntos;
 Propor projectos orçamentais das Forças Armadas sob orientação do Ministro da Defesa
Nacional;
 Definir e dirigir os sistemas de comando, controlo e comunicações;

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 Definir e dirigir as actividades relativas à inspecção, operações, educação cívico
patriótica, pessoal, informações militares, reconhecimento, comunicações, logística,
finanças, saúde, reservistas, policia militar, unidades cerimoniais e assuntos legais;
 Ordenar a realização de inspecção, sindicâncias, auditorias e inquéritos às unidades,
órgãos e estabelecimentos de ensino das Forças Armadas;
 Dirigir as actividades de interesse comum das Forças Armadas;
 Exercer o Comando das Forças de Defesa e Segurança, por intermédio dos respectivos
Comandantes, em caso de estado de sítio ou de guerra, quando aquelas sejam colocadas
na sua dependência para efeitos operacionais, nos termos da lei;
 Dirigir, sob a orientação do Ministro da Defesa Nacional, a participação das Forças
Armadas na satisfação dos compromissos militares decorrentes de acordos internacionais
e nas relações com organismos militares de outros países;
 Decidir sobre as promoções a oficial subalterno e de oficial subalterno, oficial superior e
de oficiais superiores nos termos da lei;
 Orientar e coordenar matéria relativa a remunerações e outras medidas de carácter social
respeitantes aos militares e suas famílias;
 Nomear, exonerar e demitir dos cargos e funções os oficiais subalternos e superiores
integrados na Estrutura Orgânica das Forças Armadas;
 Propor ao Ministro da Defesa Nacional a aplicação de penas disciplinares de dispensa
compulsiva de serviço, expulsão ou cessação da prestação do serviço militar;
 Orientar e coordenar as actividades de colaboração das Forças Armadas em tarefas
relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida
das populações.

Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas

O Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é um oficial general com o posto de
Tenente-General/Vice-Almirante, hierarquicamente superior a todos os oficiais do seu posto,
coadjuva o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas na direcção das Forças Armadas
é nomeado pelo Presidente da República por um período de cinco anos, prorrogável por três
anos, sem prejuízo da faculdade de exoneração prevista na lei e só pode exercer suas funções por
um período máximo de oito anos.

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Em caso de exoneração ou vacatura do cargo, o Chefe do Estado-Maior General das Forças
Armadas submete ao Ministro que superintende a área da defesa nacional uma proposta de
nomes de oficiais generais que preencham as condições legais e que o Conselho Superior Militar
considere os mais adequados para o desempenho do cargo a prover.

Competências do Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Compete ao


Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas:

 Coadjuvar o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas na direcção das Forças
Armadas;
 Exercer os poderes que lhe forem delegados pelo Chefe do Estado-Maior General das
Forças Armadas;
 Substituir o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em caso de ausência
ou impedimento.

Inspecção das Forças Armadas

A Inspecção das Forças Armadas assegura o exercício da acção inspectiva, controlo e avaliação
do desempenho das unidades, órgãos e estabelecimentos de ensino das Forças Armadas.

Funções da Inspecção das Forças Armadas

 Fiscalizar as capacidades de comando e direcção das tropas;


 Avaliar a prontidão combativa e a capacidade de sustentação das Forças Armadas;
 Inspeccionar o treino operacional, a instrução e a formação militar;
 Fiscalizar a organização e coordenação entre os diferentes órgãos de comando e
direcção das Forças Armadas;
 Avaliar o nível organizacional, moral e disciplinar das Forças Armadas;
 Fiscalizar o cumprimento das directivas e ordens de serviço do Chefe de Estado-Maior
General das Forças Armadas e de normas e instruções superiores;
 Avaliar o nível de organização para o asseguramento logístico das Forças Armadas;

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 Fiscalizar a utilização racional dos recursos humanos, materiais e financeiros;
 Elaborar planos e relatórios de actividades da Inspecção das Forças Armadas a submeter
ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas;

A Inspecção das Forças Armadas é dirigida por um Inspector com o posto de Major
General/Contra-Almirante, coadjuvado por um Vice-Inspector, com o posto de
Brigadeiro/Comodoro.

O Inspector e o Vice-Inspector das Forças Armadas são nomeados pelo Ministro que
superintende a área de defesa nacional, sob proposta do Chefe do Estado-Maior General das
Forças Armadas.

Departamentos

Definição

Os Departamentos são órgãos do Estado-Maior General, responsáveis pela gestão e


administração de respectivas áreas. Os Departamentos são dirigidos por Directores, com o posto
de Brigadeiro/Comodoro, nomeados pelo Ministro da Defesa Nacional, sob proposta do Chefe
do Estado-Maior General das Forças Armadas.

Departamentos de Operações

O Departamento de Operações assegura o planeamento, desenvolvimento e coordenação do


emprego das Forças Armadas.

Funções do Departamento de Operações

 Colaborar no planeamento estratégico da defesa nacional e no ciclo do planeamento de


forças estabelecido, propondo os objectivos de forças das Forças Armadas e a
participação militar em alianças de que Moçambique faça ou venha a fazer parte;
 Emitir parecer sobre os requisitos operacionais dos sistemas de armas e demais
equipamentos;
 Realizar estudos e elaborar propostas sobre a definição da missão, do sistema de forças e
do dispositivo das Forças Armadas;

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 Elaborar o plano de médio e longo prazo das Forças Armadas e proceder à sua revisão,
em conformidade com o ciclo do planeamento de forças estabelecido;
 Compilar dados para a elaboração de relatórios sobre a situação geral das Forças
Armadas;
 Elaborar e propor normas, planos e directivas que determinem e orientem as acções a
realizar no âmbito da preparação das Forças Armadas;
 Preparar e actualizar os planos de defesa militar e de contingência;
 Estudar e propor as condições de emprego de forças e meios afectos à componente
operacional do Sistema de Forças;
 Estudar, propor normas de empenhamento, aplicáveis à actuação das Forças Armadas;
 Fazer o acompanhamento da situação das forças que integrem a componente operacional
do Sistema de Forças, nomeadamente quanto aos respectivos estados de prontidão, graus
de disponibilidade e a capacidade de sustentação das forças;
 Fazer o acompanhamento da situação operacional de Forças Especiais, quanto ao estado
de prontidão, disponibilidade e emprego;
 Elaborar e propor directivas sobre o planeamento de forças e definição do sistema de
forças, os níveis de prontidão, disponibilidade e sustentação de combate pretendidos para
as diferentes forças;
 Estudar, planear e propor a constituição de Comandos Operacionais quando tal se
afigurar necessário;
 Estudar e propor a estrutura, quadros orgânicos de pessoal e material e as missões da
componente operacional do sistema de forças;
 Elaborar e propor directivas sobre a programação de exercícios conjuntos e a orientação
de treino a seguir nos exercícios combinados;
 Coordenar a gestão e controlo do espaço nacional em parceria com outras Forças de
Defesa e Segurança;
 Emitir parecer sobre o uso do espaço terrestre, aéreo, marítimo, fluvial e lacustre;
 Garantir o asseguramento topo-cartográfico e geodésico das Forças Armadas;
 Assegurar a participação das Forças Armadas em outras missões de interesse público e
de Apoio à Paz;

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 Assegurar a realização de exercícios no âmbito das Operações de Apoio à Paz e Defesa
Civil.

Departamento de Educação Cívico-Patriótica

O Departamento de Educação Cívico-Patriótica assegura a concepção, execução e supervisão das


actividades referentes à educação cívico- patriótica e doutrina das Forças Armadas.

Funções do Departamento de Educação Cívico-Patriótica

 Elaborar programas e directivas que orientem as actividades de educação cívicopatriótica


nas Forças Armadas;
 Propor programas que orientem a promoção das actividades de arte, cultura e eventos
nas Forças Armadas;
 Conceber e propor normas de uniformização de símbolos heráldicos e terminologias
militares;
 Promover e apoiar o estudo científico, técnico e cultural dos valores inerentes ao
património histórico, bem como a sua adequada divulgação;
 Assegurar a selecção, a recolha, o arquivo, o estudo, a preservação, o restauro e a
disponibilização para consulta da documentação histórica das Forças Armadas;
 Assegurar a selecção, a recolha, o depósito, a preservação, o restauro e a exposição do
património museológico das Forças Armadas;
 Supervisionar a elaboração de manuais, normas técnicas e regulamentos nas matérias
respeitantes às actividades de ensino militar e educação de adultos nas Forças Armadas;
 Propor a produção de manuais escolares e doutrinários, bem como suportes técnico
pedagógicos adequados aos objectivos da formação;
 Conceber e promover programas de ensino de línguas nas Forças Armadas;
 Elaborar, difundir e manter actualizadas as normas e instruções de funcionamento das
bibliotecas das Forças Armadas;
 Coordenar e superintender a execução dos planos e programas anuais de ensino relativos
aos estabelecimentos de ensino militar e estabelecimentos militares de ensino;
 Participar no controlo das missões de formação atribuídas a outros órgãos de implantação
territorial de acordo com as normas e orientações superiores;

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 Publicar estudos, obras bibliográficas e outros documentos relacionados com as suas
atribuições;
 Conceber e propor programas e directivas relativas à educação física e desporto nas
Forças Armadas;
 Assegurar o apoio e assistência social aos militares e seus dependentes;
 Conceber directrizes que assegurem a promoção e a divulgação das actividades e boa
imagem das Forças Armadas;
 Participar na elaboração de estudos e planeamento do Estado-Maior General das Forças
Armadas relativos à doutrina;
 Conceber e desenvolver uma doutrina integrada, que oriente a acção das Forças Armadas
nos domínios de operações, educação cívica e patriótica e postura geral que assente na
experiência militar do país;
 Elaborar e difundir normas, planos e directivas que determinem e orientem as acções a
desenvolver no âmbito da doutrina;
 Conceber, difundir e implementar normas, planos e directivas que determinem e
orientem as acções de instrução básica nas Forças Armadas.

Departamento de Pessoal

O Departamento de Pessoal responde pelo planeamento, administração, gestão e


desenvolvimento do pessoal militar e civil necessário às Forças Armadas.

Funções do Departamento de Pessoal

 Estudar, propor e difundir normas, planos e directivas que orientem e determinem as


acções a realizar no âmbito do pessoal;
 Participar na elaboração de estudos e planeamento do Estado-Maior em matéria do
pessoal;
 Exercer a direcção técnica no âmbito do pessoal de todas as unidades e órgãos das Forças
Armadas;
 Propor os critérios de distribuição do pessoal no âmbito do recrutamento;
 Gerir o quadro de pessoal das Forças Armadas;
 Elaborar manuais e regulamentos, respeitantes às actividades do pessoal;

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 Propor promoções e graduações de militares;
 Assegurar a implementação do processo de avaliação e desempenho dos militares;
 Estudar, planear e propor efectivos a admitir anualmente para ingresso em
estabelecimentos de ensino militar;
 Elaborar propostas de candidatos a nomear para prestação de serviço em representação
das Forças Armadas no exterior e organismos internacionais;
 Assegurar a colocação dos efectivos militares para preenchimento orgânico dos Ramos e
demais unidades das Forças Armadas;
 Participar na elaboração de propostas de regulamentos, manuais e instruções de âmbito
de pessoal, bem como propor alterações resultantes da sua aplicação;
 Estudar, planear e propor normas de frequência de cursos em países estrangeiros
destinados aos militares das Forças Armadas;
 Estudar, planear e propor normas de âmbito de gestão de carreiras militares;
 Avaliar a adequação da Estrutura Orgânica, em coordenação com os demais órgãos das
Forças Armadas;
 Processar abonos, remunerações e pensões;
 Assegurar a execução de normas relativas ao regime remuneratório dos militares;
 Prestar informações sobre requerimentos, exposições, reclamações e recursos no âmbito
de gestão do pessoal;
 Identificar as necessidades de formação;
 Coordenar e controlar actividades relativas à certificação das competências e emissão
dos respectivos comprovativos, nas áreas de formação;
 Colaborar em actividades de avaliação respeitante à formação;
 Emitir pareceres técnicos sobre áreas de responsabilidade específica, no âmbito de
gestão do pessoal;
 Coordenar actividades no âmbito do género e desenvolvimento;
 Zelar pela aplicação das normas relativas à justiça e disciplina militar.

Departamento de Informações Militares

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O Departamento de Informações Militares garante o estudo, planeamento e coordenação das
actividades relativas à prevenção, descobrimento e neutralização de actividades hostis às Forças
Armadas.

Funções de Departamento de Informações Militares:

 Orientar e coordenar a recolha, análise, sistematização e disseminação de informações


militares;
 Transmitir oportuna e sistematicamente informações de segurança ao Chefe de
EstadoMaior General das Forças Armadas;
 Exercer a direcção técnica no âmbito da contra-inteligência de todas as unidades e
órgãos das Forças Armadas;
 Realizar estudos e propor medidas de informações militares nas Forças Armadas;
 Realizar o estudo e propor medidas de segurança física de dirigentes, instalações e
documentos;
 Tomar medidas profiláticas para a prevenção de actividades hostis no seio das Forças
Armadas;
 Emitir pareceres sobre a nomeação e promoção de oficiais das Forças Armadas;
 Planificar e coordenar a formação especializada do pessoal em matéria de informações
militares;
 Fazer acompanhamento do processo de selecção e formação de militares no país e no
estrangeiro;
 Coordenar com outras Forças de Defesa e Segurança no intercâmbio de informações de
interesse.

No exercício das suas funções o Departamento de Informações Militares coordena, tecnicamente,


com a Direcção Nacional de Informações de Defesa.

Na subordinação directa do Director do Departamento de Informações Militares funciona a


Escola de Informações Militares.

Departamento de Reconhecimento

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O Departamento de Reconhecimento é o órgão responsável pelo estudo, planeamento e
coordenação das actividades de busca de informações de reconhecimento no interesse das Forças
Armadas.

Funções do Departamento de Reconhecimento

 Orientar e coordenar a recolha, análise, sistematização e difusão de informações de


reconhecimento de interesse das Forças Armadas;
 Transmitir oportuna e sistematicamente informações de reconhecimento ao Chefe do
Estado-Maior General das Forças Armadas;
 Recolher, sistematizar e difundir dados sobre o potencial militar dos países da região e
do mundo;
 Manter informado o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas sobre a
evolução da situação político-militar interna e internacional;
 Exercer a direcção técnica, no âmbito do reconhecimento, às unidades e órgãos das
Forças Armadas;
 Avaliar a prontidão das unidades de reconhecimento nas Forças Armadas.

Na subordinação directa do Director do Departamento de Reconhecimento funcionam:

a) O Regimento de Reconhecimento;

b) O Batalhão de Rádio-Reconhecimento;

c) O Centro de Formação de Reconhecimento.

Departamento de Comunicações

O Departamento de Comunicações zela pelo estudo, planeamento, organização e asseguramento


dos sistemas de comando, controlo e comunicações nas Forças Armadas.

Funções do Departamento de Comunicações

 Assegurar o estabelecimento de comunicação fiável, ininterrupta e segura a todos os


níveis para a direcção, controlo e coordenação das tropas;

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 Assegurar uma correcta exploração e manutenção dos meios e sistemas de comando,
controlo e comunicações de forma a obter um alto grau de operacionalidade;
 Assegurar uma supervisão técnica nos dispositivos das comunicações militares;
 Elaborar estudos, planos, pareceres e projectos de directivas, sistema integrado de
comunicações, dos aspectos inerentes aos planos de defesa militar de contingência;
 Gerir o espectro electromagnético no interesse da defesa e segurança, prevendo o uso das
faixas de utilização civil em caso de estado de sítio, emergência ou guerra;
 Garantir a segurança militar no âmbito das comunicações;
 Assegurar o abastecimento, a sustentação, a operação e o controlo das actividades das
Forças Armadas no domínio dos sistemas criptográficos e de segurança da informação;
 Propor e participar na realização de verificações e auditorias técnicas dos materiais,
equipamentos, sistemas, procedimentos e documentação do seu âmbito.

Na subordinação directa do Director do Departamento de Comunicações funcionam:

a) A Escola de Comunicações;

b) O Regimento das Transmissões;

c) O Centro de Comunicações.

Departamento de Logística.

O Departamento de Logística é o órgão responsável pelo estudo, planeamento e execução das


actividades de logística das Forças Armadas.

Funções do Departamento de Logística:

 Estudar, planear e coordenar o apoio logístico das Forças Armadas, nas funções de
aquisição, reabastecimento, transporte e serviços;
 Organizar a contratação de Empreitada de Obras Publicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços para as Forças Armadas;
 Exercer a direcção técnica no âmbito da logística de todas as unidades e órgãos das
Forças Armadas;
 Elaborar plano director de reequipamento das Forças Armadas;

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 Superintender e fiscalizar a Logística de Produção nas Forças Armadas;
 Controlar e fiscalizar a qualidade dos bens, equipamento, material e armamento;
 Garantir a gestão do património móvel e imóvel afecto às Forças Armadas;
 Planear e propor a formação de técnicos de logística;
 Emitir parecer sobre os efectivos e recursos humanos a empenhar em tarefas de
reabastecimento, transporte e serviços;
 Executar política e estratégia de apoio logístico;
 Coordenar e colaborar na prestação do apoio logístico as Forças de Segurança,
Bombeiros, Protecção Civil e outras Entidades quando e nas condições em que lhe for
determinado;
 Estudar e propor o estabelecimento de restrições ao exercício do direito de propriedade,
relativamente a zonas confinantes com instituições militares das Forças Armadas ou de
interesse para a Defesa Nacional.
 Estudar e planear a manutenção do equipamento das Forças Armadas;
 Executar politica e estratégia do serviço de manutenção do equipamento militar e
optimizar a utilização das suas infra-estruturas;
 Assegurar a execução do sistema unificado de manutenção;
 Elaborar a proposta de distribuição de equipamento e material às unidades militares;
 Promover e executar medidas de combate aos acidentes com equipamento militar;
 Planear e propor a formação de técnicos de manutenção e exploração do equipamento
militar;
 Elaborar e propor normas de exploração e manutenção do equipamento em uso nas
Forças Armadas;
 Assegurar o aprovisionamento e conservação do equipamento das Forças Armadas.

Na subordinação directa do Director do Departamento de Logística funcionam:

a) As Áreas de Administração Militar;

b) A Escola Prática de Serviços;

c) Os Centros de Manutenção e Oficinas;

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d) As Escolas de Condução Militar;

e) O Batalhão de Transportes.

Departamento de Finanças

O Departamento de Finanças responde pelo planeamento, gestão e controlo das actividades


financeiras das Forças Armadas.

Funções do Departamento de Finanças:

 Preparar os projectos orçamentais das Forças Armadas;


 Promover a execução e o controlo do orçamento das Forças Armadas;
 Promover, junto das autoridades competentes a canalização dos meios financeiros para
utilização das Forças Armadas;
 Colaborar na gestão dos recursos financeiros das Forças Armadas, tendo em vista obter a
maior eficácia na sua utilização;
 Assegurar a execução de um adequado sistema de contabilidade relativo a todas as
actividades desenvolvidas nas Forças Armadas;
 Propor as normas de execução necessárias ao funcionamento da administração financeira
nas Forças Armadas, garantindo a coordenação e o apoio adequado aos órgãos colocados
na sua dependência técnica;
 Garantir o serviço de contas correntes com os organismos que tenham relação com
entidades militares e a pessoas singulares ou colectivas, desde que autorizado;
 Proceder à contabilização, liquidação e pagamento de todos os vencimentos do pessoal
das Forças Armadas;
 Exercer a autoridade técnica e a realização de auditorias no âmbito da administração
financeira;
 Participar na realização de estudos e planeamento do Estado-Maior General das Forças
Armadas;
 Assegurar a execução de um adequado sistema contabilístico, integrando as componentes
orçamentais, patrimonial e analítica;

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 Promover a preparação e o envio de informação a prestar a entidades externas às Forças
Armadas, nos termos da legislação em vigor;
 Conferir e ajustar as contas de gerência prestadas pelos órgãos responsáveis pela gestão
financeira, para ulterior fiscalização pelo Tribunal Administrativo;
 Assegurar o pagamento das despesas das Forças Armadas através das autoridades
competentes. Na subordinação directa do Director do Departamento de Finanças funciona
a Escola de Finanças.

Departamento de Saúde Militar

O Departamento de Saúde Militar garante o planeamento e organização do asseguramento


médico-militar das Forças Armadas.

Funções do Departamento de Saúde Militar:

 Executar políticas e estratégias de serviços de saúde militar e optimizar a utilização das


suas infra-estruturas e equipamentos;
 Propor a organização dos serviços de saúde militar nas Forças Armadas;
 Assegurar a execução de um sistema unificado de assistência médica e medicamentosa;
 Promover e executar medidas de higiene, saneamento do meio ambiente e de prevenção
de doenças e acidentes;
 Planear e propor a formação de técnicos de saúde militar;
 Promover e executar medidas de combate às doenças infecto-contagiosas e de
tóxicodependência.
 Executar actividades de classificação e selecção de mancebos e militares;
 Participar em estudos sobre medidas de harmonização do sistema de assistência médica a
militares e seus dependentes;
 Elaborar a proposta de aquisição de medicamentos, material médico-cirúrgico,
consumíveis e outros produtos farmacêuticos e garantir a sua distribuição às unidades
sanitárias militares e em campanha;
 Coordenar a actividade das juntas hospitalares de inspecção e emitir parecer sobre as
suas deliberações;
 Planear e propor normas de protecção contra armas químicas e de extermínio em massa;

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 Assegurar actividades de tratamento, hospitalização e transporte de doentes militares e
seus familiares. Na subordinação directa do Director do Departamento de Saúde Militar
funciona a Escola de Saúde Militar.

Docente: Carlos Pareia

(Tenente)

Nampula

2024

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