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Texto de Apoio
Os órgãos militares de comando das Forças Armadas são: o Chefe do Estado-maior General das
Forças Armadas e os comandantes dos ramos.
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Assegurar o funcionamento normal das instituições em todas as circunstâncias e face as
quaisquer ameaças directas ou indirectas;
Participar na protecção dos organismos, instalações ou meios civis determinantes para a
manutenção da vida da população, bem como tomar medidas de prevenção e de socorro
que se requeiram em determinadas circunstâncias por decisão da autoridade competente;
Participar em acções tendentes à manutenção da paz e ao respeito do direito
internacional;
Contribuir para a defesa e a segurança da região e do continente, apoiando as acções de
prevenção e resolução de conflitos;
Assegurar a defesa do território nacional face a todo tipo de ameaça, incluindo o
terrorismo. A missão genérica das Forças Armadas é assegurar a defesa militar contra
quaisquer ameaças ou agressões externas.
O Estado-Maior General das Forças Armadas é o órgão superior técnico militar, subordinado ao
Ministro da Defesa Nacional. O Estado-Maior General das Forças Armadas é dirigido por um
Chefe do Estado-Maior General, com o posto de General de Exército/Almirante.
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O Estado-Maior General das Forças Armadas tem por função realizar estudos, planear, conceber,
dirigir e controlar o emprego das Forças Armadas.
O Estado-Maior General das Forças Armadas constitui-se como Quartel-General das Forças
Armadas, compreendendo o conjunto das estruturas e capacidades adequadas para apoiar o
Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas no exercício das suas competências.
a) O Comando de Reservistas;
f) Os órgãos de apoio.
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Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é o Chefe Militar de mais elevada
autoridade na hierarquia das Forças Armadas.
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é nomeado pelo Presidente da República,
por um período de cinco anos, prorrogável por três anos, sem prejuízo da faculdade de
exoneração prevista na lei e de só exercer suas funções por um período máximo de oito anos.
Em tempo de guerra, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, por delegação do
Comandante-Chefe, assume a condução militar das operações nos termos da lei.
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Definir e dirigir as actividades relativas à inspecção, operações, educação cívico
patriótica, pessoal, informações militares, reconhecimento, comunicações, logística,
finanças, saúde, reservistas, policia militar, unidades cerimoniais e assuntos legais;
Ordenar a realização de inspecção, sindicâncias, auditorias e inquéritos às unidades,
órgãos e estabelecimentos de ensino das Forças Armadas;
Dirigir as actividades de interesse comum das Forças Armadas;
Exercer o Comando das Forças de Defesa e Segurança, por intermédio dos respectivos
Comandantes, em caso de estado de sítio ou de guerra, quando aquelas sejam colocadas
na sua dependência para efeitos operacionais, nos termos da lei;
Dirigir, sob a orientação do Ministro da Defesa Nacional, a participação das Forças
Armadas na satisfação dos compromissos militares decorrentes de acordos internacionais
e nas relações com organismos militares de outros países;
Decidir sobre as promoções a oficial subalterno e de oficial subalterno, oficial superior e
de oficiais superiores nos termos da lei;
Orientar e coordenar matéria relativa a remunerações e outras medidas de carácter social
respeitantes aos militares e suas famílias;
Nomear, exonerar e demitir dos cargos e funções os oficiais subalternos e superiores
integrados na Estrutura Orgânica das Forças Armadas;
Propor ao Ministro da Defesa Nacional a aplicação de penas disciplinares de dispensa
compulsiva de serviço, expulsão ou cessação da prestação do serviço militar;
Orientar e coordenar as actividades de colaboração das Forças Armadas em tarefas
relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida
das populações.
O Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é um oficial general com o posto de
Tenente-General/Vice-Almirante, hierarquicamente superior a todos os oficiais do seu posto,
coadjuva o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas na direcção das Forças Armadas
é nomeado pelo Presidente da República por um período de cinco anos, prorrogável por três
anos, sem prejuízo da faculdade de exoneração prevista na lei e só pode exercer suas funções por
um período máximo de oito anos.
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Em caso de exoneração ou vacatura do cargo, o Chefe do Estado-Maior General das Forças
Armadas submete ao Ministro que superintende a área da defesa nacional uma proposta de
nomes de oficiais generais que preencham as condições legais e que o Conselho Superior Militar
considere os mais adequados para o desempenho do cargo a prover.
Coadjuvar o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas na direcção das Forças
Armadas;
Exercer os poderes que lhe forem delegados pelo Chefe do Estado-Maior General das
Forças Armadas;
Substituir o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em caso de ausência
ou impedimento.
A Inspecção das Forças Armadas assegura o exercício da acção inspectiva, controlo e avaliação
do desempenho das unidades, órgãos e estabelecimentos de ensino das Forças Armadas.
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Fiscalizar a utilização racional dos recursos humanos, materiais e financeiros;
Elaborar planos e relatórios de actividades da Inspecção das Forças Armadas a submeter
ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas;
A Inspecção das Forças Armadas é dirigida por um Inspector com o posto de Major
General/Contra-Almirante, coadjuvado por um Vice-Inspector, com o posto de
Brigadeiro/Comodoro.
O Inspector e o Vice-Inspector das Forças Armadas são nomeados pelo Ministro que
superintende a área de defesa nacional, sob proposta do Chefe do Estado-Maior General das
Forças Armadas.
Departamentos
Definição
Departamentos de Operações
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Elaborar o plano de médio e longo prazo das Forças Armadas e proceder à sua revisão,
em conformidade com o ciclo do planeamento de forças estabelecido;
Compilar dados para a elaboração de relatórios sobre a situação geral das Forças
Armadas;
Elaborar e propor normas, planos e directivas que determinem e orientem as acções a
realizar no âmbito da preparação das Forças Armadas;
Preparar e actualizar os planos de defesa militar e de contingência;
Estudar e propor as condições de emprego de forças e meios afectos à componente
operacional do Sistema de Forças;
Estudar, propor normas de empenhamento, aplicáveis à actuação das Forças Armadas;
Fazer o acompanhamento da situação das forças que integrem a componente operacional
do Sistema de Forças, nomeadamente quanto aos respectivos estados de prontidão, graus
de disponibilidade e a capacidade de sustentação das forças;
Fazer o acompanhamento da situação operacional de Forças Especiais, quanto ao estado
de prontidão, disponibilidade e emprego;
Elaborar e propor directivas sobre o planeamento de forças e definição do sistema de
forças, os níveis de prontidão, disponibilidade e sustentação de combate pretendidos para
as diferentes forças;
Estudar, planear e propor a constituição de Comandos Operacionais quando tal se
afigurar necessário;
Estudar e propor a estrutura, quadros orgânicos de pessoal e material e as missões da
componente operacional do sistema de forças;
Elaborar e propor directivas sobre a programação de exercícios conjuntos e a orientação
de treino a seguir nos exercícios combinados;
Coordenar a gestão e controlo do espaço nacional em parceria com outras Forças de
Defesa e Segurança;
Emitir parecer sobre o uso do espaço terrestre, aéreo, marítimo, fluvial e lacustre;
Garantir o asseguramento topo-cartográfico e geodésico das Forças Armadas;
Assegurar a participação das Forças Armadas em outras missões de interesse público e
de Apoio à Paz;
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Assegurar a realização de exercícios no âmbito das Operações de Apoio à Paz e Defesa
Civil.
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Publicar estudos, obras bibliográficas e outros documentos relacionados com as suas
atribuições;
Conceber e propor programas e directivas relativas à educação física e desporto nas
Forças Armadas;
Assegurar o apoio e assistência social aos militares e seus dependentes;
Conceber directrizes que assegurem a promoção e a divulgação das actividades e boa
imagem das Forças Armadas;
Participar na elaboração de estudos e planeamento do Estado-Maior General das Forças
Armadas relativos à doutrina;
Conceber e desenvolver uma doutrina integrada, que oriente a acção das Forças Armadas
nos domínios de operações, educação cívica e patriótica e postura geral que assente na
experiência militar do país;
Elaborar e difundir normas, planos e directivas que determinem e orientem as acções a
desenvolver no âmbito da doutrina;
Conceber, difundir e implementar normas, planos e directivas que determinem e
orientem as acções de instrução básica nas Forças Armadas.
Departamento de Pessoal
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Propor promoções e graduações de militares;
Assegurar a implementação do processo de avaliação e desempenho dos militares;
Estudar, planear e propor efectivos a admitir anualmente para ingresso em
estabelecimentos de ensino militar;
Elaborar propostas de candidatos a nomear para prestação de serviço em representação
das Forças Armadas no exterior e organismos internacionais;
Assegurar a colocação dos efectivos militares para preenchimento orgânico dos Ramos e
demais unidades das Forças Armadas;
Participar na elaboração de propostas de regulamentos, manuais e instruções de âmbito
de pessoal, bem como propor alterações resultantes da sua aplicação;
Estudar, planear e propor normas de frequência de cursos em países estrangeiros
destinados aos militares das Forças Armadas;
Estudar, planear e propor normas de âmbito de gestão de carreiras militares;
Avaliar a adequação da Estrutura Orgânica, em coordenação com os demais órgãos das
Forças Armadas;
Processar abonos, remunerações e pensões;
Assegurar a execução de normas relativas ao regime remuneratório dos militares;
Prestar informações sobre requerimentos, exposições, reclamações e recursos no âmbito
de gestão do pessoal;
Identificar as necessidades de formação;
Coordenar e controlar actividades relativas à certificação das competências e emissão
dos respectivos comprovativos, nas áreas de formação;
Colaborar em actividades de avaliação respeitante à formação;
Emitir pareceres técnicos sobre áreas de responsabilidade específica, no âmbito de
gestão do pessoal;
Coordenar actividades no âmbito do género e desenvolvimento;
Zelar pela aplicação das normas relativas à justiça e disciplina militar.
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O Departamento de Informações Militares garante o estudo, planeamento e coordenação das
actividades relativas à prevenção, descobrimento e neutralização de actividades hostis às Forças
Armadas.
Departamento de Reconhecimento
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O Departamento de Reconhecimento é o órgão responsável pelo estudo, planeamento e
coordenação das actividades de busca de informações de reconhecimento no interesse das Forças
Armadas.
a) O Regimento de Reconhecimento;
b) O Batalhão de Rádio-Reconhecimento;
Departamento de Comunicações
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Assegurar uma correcta exploração e manutenção dos meios e sistemas de comando,
controlo e comunicações de forma a obter um alto grau de operacionalidade;
Assegurar uma supervisão técnica nos dispositivos das comunicações militares;
Elaborar estudos, planos, pareceres e projectos de directivas, sistema integrado de
comunicações, dos aspectos inerentes aos planos de defesa militar de contingência;
Gerir o espectro electromagnético no interesse da defesa e segurança, prevendo o uso das
faixas de utilização civil em caso de estado de sítio, emergência ou guerra;
Garantir a segurança militar no âmbito das comunicações;
Assegurar o abastecimento, a sustentação, a operação e o controlo das actividades das
Forças Armadas no domínio dos sistemas criptográficos e de segurança da informação;
Propor e participar na realização de verificações e auditorias técnicas dos materiais,
equipamentos, sistemas, procedimentos e documentação do seu âmbito.
a) A Escola de Comunicações;
c) O Centro de Comunicações.
Departamento de Logística.
Estudar, planear e coordenar o apoio logístico das Forças Armadas, nas funções de
aquisição, reabastecimento, transporte e serviços;
Organizar a contratação de Empreitada de Obras Publicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços para as Forças Armadas;
Exercer a direcção técnica no âmbito da logística de todas as unidades e órgãos das
Forças Armadas;
Elaborar plano director de reequipamento das Forças Armadas;
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Superintender e fiscalizar a Logística de Produção nas Forças Armadas;
Controlar e fiscalizar a qualidade dos bens, equipamento, material e armamento;
Garantir a gestão do património móvel e imóvel afecto às Forças Armadas;
Planear e propor a formação de técnicos de logística;
Emitir parecer sobre os efectivos e recursos humanos a empenhar em tarefas de
reabastecimento, transporte e serviços;
Executar política e estratégia de apoio logístico;
Coordenar e colaborar na prestação do apoio logístico as Forças de Segurança,
Bombeiros, Protecção Civil e outras Entidades quando e nas condições em que lhe for
determinado;
Estudar e propor o estabelecimento de restrições ao exercício do direito de propriedade,
relativamente a zonas confinantes com instituições militares das Forças Armadas ou de
interesse para a Defesa Nacional.
Estudar e planear a manutenção do equipamento das Forças Armadas;
Executar politica e estratégia do serviço de manutenção do equipamento militar e
optimizar a utilização das suas infra-estruturas;
Assegurar a execução do sistema unificado de manutenção;
Elaborar a proposta de distribuição de equipamento e material às unidades militares;
Promover e executar medidas de combate aos acidentes com equipamento militar;
Planear e propor a formação de técnicos de manutenção e exploração do equipamento
militar;
Elaborar e propor normas de exploração e manutenção do equipamento em uso nas
Forças Armadas;
Assegurar o aprovisionamento e conservação do equipamento das Forças Armadas.
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d) As Escolas de Condução Militar;
e) O Batalhão de Transportes.
Departamento de Finanças
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Promover a preparação e o envio de informação a prestar a entidades externas às Forças
Armadas, nos termos da legislação em vigor;
Conferir e ajustar as contas de gerência prestadas pelos órgãos responsáveis pela gestão
financeira, para ulterior fiscalização pelo Tribunal Administrativo;
Assegurar o pagamento das despesas das Forças Armadas através das autoridades
competentes. Na subordinação directa do Director do Departamento de Finanças funciona
a Escola de Finanças.
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Assegurar actividades de tratamento, hospitalização e transporte de doentes militares e
seus familiares. Na subordinação directa do Director do Departamento de Saúde Militar
funciona a Escola de Saúde Militar.
(Tenente)
Nampula
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