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DECRETO Nº 11636, DE 29 DE JANEIRO DE 1969

Aprova o Regulamento Geral da Polícia


Militar do Estado de Minas Gerais e dá outras
providências.

O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de suas


atribuições e tendo em vista o dispositivo no artigo 2º da Lei nº
4.775, de 23 de maio de 1968,

DECRETA:

Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento Geral da Polícia


Militar do Estado de Minas Gerais, que a este acompanha, assinado
pelo seu Comandante Geral.

Art. 2º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante


Geral da Polícia Militar.

Art. 3º - Este decreto entrará em vigor na data de sua


publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de janeiro de


1969.

Israel Pinheiro da Silva - Governador do Estado


Regulamento Geral da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais
(RG/PM), a que se refere o Decreto n°11.636, de 29 de janeiro de
l969.

PRIMEIRA PARTE
Da Competência e da Organização

TÍTULO I
Da Competência da Polícia Militar

Art. 1° - A Polícia Militar é instituição permanente e


regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade do Governador do Estado e Dentro dos limites da lei.

Art. 2° - Compete à Polícia Militar preservar e manter, na


forma da lei, a ordem pública e a segurança interna, sendo
considerada força auxiliar, reserva do Exército.

Art. 3° - Compete à Polícia Militar:


I - executar o policiamento ostensivo, fardado, planejado
pelas autoridades policiais competentes, a fim de assegurar o
cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício
dos poderes constituídos;
II - atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão em
locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a
perturbação da ordem;
III - atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da
ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas;
IV - atender a convocação do Governo Federal, em caso de
guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave subversão da
ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se ao Comando da
Região Militar, para emprego em suas atribuições específicas de
polícia e de guarda territorial;
V - manter a segurança e guarda das sedes dos poderes
governamentais, presídios, edifícios e estabelecimentos públicos,
bem como de instalações vitais;
VI - planejar, dirigir, coordenar, controlar e executar as
medidas de polícia, previstas nos códigos Florestal, de Caça e
Pesca, mediante delegação do Governo Federal;
VII - planejar, dirigir, coordenar, controlar de executar a
prevenção e extinção de incêndios a prestação de socorros públicos
e salvamentos;
VIII - exercer as medidas de proteção e defesa da população
nos casos de calamidade pública;
IX - exercer o policiamento de trânsito nas cidades do
interior do Estado e, supletivamente, na Capital do Estado;
X - exercer o policiamento rodoviário, supletivamente, nas
estradas estaduais, e mediante delegação do Governo Federal, nas
estradas federais;
XI - prestar as honras e guardas e exercer as atividades de
assistências militares;
XII - exercer as atividades do Gabinete Militar do Governador
do Estado;
XIII - organizar e manter cursos de formação, aperfeiçoamento
e especialização de seus quadros;
XIV - prestar assistência médica, hospitalar, odontológica e
farmacêutica ao seu pessoal e dependentes legais, nos limites da
regulamentação específica;
XV - ministrar educação e ensino e prestar assistência, por
meio de estabelecimentos próprios, na forma e nos limites da
legislação a respeito;
XVI - fornecer gêneros de primeira necessidade e outras
utilidades ao pessoal da Policia Militar e dependentes legais, na
forma da regulamentação específica;
XVII - exercer a polícia judiciária, nos termos da legislação
em vigor;
XVIII - integrar-se no esforço que vise a solucionar os
problemas da assistência social;
XIX - realizar pesquisas para o conhecimento objetivo dos
problemas sociais e da participação que deva ter a ação policial-
militar no equacionamento e solução desses problemas;
XX - pesquisar e adotar métodos de constante aperfeiçoamento
da ação policial-militar, elevando-lhe, cada vez mais, a
eficiência e o rendimento;
XXI - criar e desenvolver, nas relações com o cidadão e a
comunidade, compreensão pelo trabalho policial-militar, como fator
básico de realização do bem comum;
XXII - imprimir à ação policial-militar o sentido de
valorização da pessoa humana.
§ 1° - A Polícia Militar fica autorizada a movimentar suas
dotações orçamentárias, através de seus órgãos provedores e de
suas Unidades Orçamentárias.
§ 2° - Atendidas as disposições previstas em leis, as
Comissões de Concorrenciais serão compostas e terão suas
competências conforme dispuser o Comandante Geral em portaria.

TÍTULO II
Da Organização da Polícia Militar

CAPÍTULO I
Da Organização Geral

Art. 4° - A Polícia Militar compreende:


a) Órgãos de Direção:
I - Comandante Geral;
II - Alto Comando da Polícia Militar;
III - Estado Maior;
IIIa - Inspetoria Geral;
IIIb - Diretoria de Operações;
IIIc - Diretoria de Pessoal;
IIId - Diretoria de Ensino;
IIIe - Diretoria de Orçamento e Finanças;
IIIf - Diretoria de Saúde;
IIIg - Diretoria de Segurança Especializada.
b) Órgãos Auxiliares:
I - Gabinete do Comandante Geral;
II - Comissão de Promoções de Oficiais;
III - Comissão de Promoções de Praças;
IV - Comissão de Medalhas;
V - Comissões especiais;
VI - Contingente do Quartel General.
c) Órgãos de Apoio:
I - Serviço de Assistência Social;
II - Serviço de Intendência e Material Bélico;
III - Serviço de Comunicações;
IV - Serviço de Subsistência; (Revogado pelo Decreto 19351,
de 24/08/1978)
V - Serviço de Obras;
VI - Serviço de Saúde; (Alterado pelo Decreto 16917, de
08/01/1975)
VI - Centro Hospitalar.
VII - Serviço de Manutenção.
d) Órgãos Especiais:
I - Departamento de instrução;
II - Batalhão Escola;
III - Colégios Estaduais Tiradentes da Polícia Militar;
IV - Escolas “Caio Martins”.
e) Órgãos de Execução:
I - Unidades de Polícia.
II - Unidades de Bombeiros.

CAPÍTULO II
Do Comando e Administração

Art. 5º - Ao Governador do Estado, na qualidade de Chefe do


Poder Executivo, compete, privativamente, exercer o Comando
Supremo da Polícia Militar.

Art. 6° - O Comandante Geral, por delegação permanente do


Governador do Estado, é o Comandante da Polícia Militar.
Parágrafo único - O Comandante Geral desempenha suas funções
através de uma cadeia de comando estabelecida, assessorado,
assistido ou auxiliado pelos órgãos próprios.

Art. 7° - O Comando é função do posto e constitui uma


prerrogativa impessoal na qual se define e caracteriza o Chefe.

Art. 8° - A todos os postos da hierarquia militar competem


atribuições de comando e administração.
Parágrafo único - Cabe ao Comandante dar a tropa o seu
exemplo de bom caráter e de profissional consciencioso,
preparando-
a moral e tecnicamente para o desempenho de sua missão e
dirigindo-
a com clareza, acerto e segurança, como administrador, planeja o
provimento das necessidades materiais, estabelece e orienta as
relações internas e externas da organização que dirige,
assegurando-lhe a existência e a vida material.

CAPÍTULO III
Da Constituição

Art. 9° - Os órgãos de direção e auxiliares e que constituem


o Comando da polícia Militar são organizados em uma mesma
repartição geral, dotada de meios de vida autônoma e denominada
Quartel General (QG).

Art. 10 - Os órgãos de execução são constituídos de elementos


de tropa, que reunidos constituem:
I - Esquadrões e Regimento, quando se tratar de Unidades
montadas;
II - Grupos, Pelotões, Companhias e Batalhões;
III - Destacamentos (temporários ou permanentes).

Art. 11 - As frações de Unidades denominadas Companhia e


Esquadrão constituem subunidades.

Art. 12 - As Unidades e Subunidades que dispõem dos recursos


necessários a sua existência autônoma, são denominadas Corpos de
Tropa.
§ 1° - Os Corpos de Tropa podem compreender Unidades e
subunidades incorporadas.
§ 2° - As Subunidades isoladas serão sempre dotadas dos
recursos necessários a sua existência autônoma.
§ 3° - As Subunidades incorporadas, quando destacadas e
dotadas dos recursos necessários a sua existência autônoma, são
igualmente consideradas Corpos de Tropa.

CAPÍTULO IV
Unidades Administrativas, Estabelecimentos e Repartições

Art. 13 - Constituem Unidades Administrativas as organizações


da Polícia Militar que tem vida administrativa autônoma.
Parágrafo único - As que não disponham de autonomia
administrativa denominam-se Repartições Internas, salvo as que
constituem tropa.

Art. 14 - As organizações provisão, fabricação, reparação,


armazenamento, tratamento e ensino que disponham de existência
autônoma são consideradas Estabelecimentos da Polícia Militar.
Art. 15 - As organizações de comando, chefia, direção e
administração, instaladas e dotadas de meios de vida autônoma, são
consideradas Repartições da Polícia Militar.

SEGUNDA PARTE
Dos órgãos e suas atribuições

TÍTULO I
Do Comandante Geral

Art. 16 - O Comandante Geral é o responsável pela


administração, instrução, disciplina e emprego da Polícia Militar.
Para exercício de suas atribuições, mantém o planejamento, a
coordenação, a orientação e o controle da Corporação, assessorado
e assistido pelos órgãos próprios.

Art. 17 - São órgãos auxiliares do Comandante Geral:


I - Gabinete do Comandante Geral;
II - Comissão de Promoções de Oficiais;
III - Comissão de Medalhas;
IV - Comissões Especiais (criadas quando necessárias).

CAPÍTULO I
Do Gabinete do Comandante Geral

Art. 18 - O Gabinete do Comandante Geral incumbe-se de


preparar as sínteses necessárias às decisões do Comandante Geral
sobre assuntos estudados pelos órgãos competentes; de preparar os
documentos atinentes à decisão do Comandante Geral; de manter a
ligação com os diferentes órgãos da Polícia Militar; de
estabelecer a ligação entre a Polícia Militar e os demais órgãos
do Governo do Estado; de prestar assistência jurídica de decisões
do Comandante Geral e de tratar das questões referentes às
relações públicas.

Art. 19 - Compete ao Gabinete do Comandante Geral:


I - auxiliar o Comandante Geral no estudo e solução dos
assuntos de sua competência;
II - receber, preparar e expedir a correspondência oficial de
sua competência;
III - manter a ligação entre os diferentes órgãos da Polícia
Militar e o Comandante Geral, bem como relações entre este e o
Exército Brasileiro, Aeronáutica, Secretarias de Estado,
Prefeituras Municipais, Imprensa Oficial e outras repartições
municipais, estaduais e federais;
IV - encaminhar aos órgãos da Polícia Militar, pelos canais
competentes, processos e outros quaisquer documentos que exijam
informações ou pareceres;
V - esclarecer os processos pendentes de despachos do
Comandante Geral;
VI - transmitir as recomendações de caráter urgente;
VII - entender-se com os Assistentes Militares e Ajudantes de
Ordens, em nome do Comandante Geral, sobre as providências por
este determinadas e que tenham relação com aqueles elementos;
VIII - promover as relações públicas dentro e fora da
Corporação;
IX - coordenar e anotar audiências;
X - promover a representação do Comandante Geral nos atos a
que este não puder comparecer;
XI - organizar e controlar os programas de audiências,
visitas, conferências e solenidades;
XII - prestar assistência jurídica às decisões do Comandante
Geral e, quando solicitado, aos diversos órgãos da Polícia
Militar;
XIII - emitir parecer nos processos e expedientes que pelo
Comandante Geral lhe forem submetidos à apreciação e, quando for o
caso, sugerir o despacho cabível;
XIV - acompanhar na Assembléia Legislativa os projetos de
interesse da Policia Militar;
XV - minutar portarias, representações, justificativas e
exposições de motivos;
XVI - entrosar-se com a Assessoria Técnico-Consultiva do
Governador do Estado e o Departamento Jurídico, quanto aos
interesses da Polícia Militar;
XVII - organizar a biblioteca e arquivo especializado do
Gabinete;
XVIII - providenciar a publicação dos despachos, das ordens,
bem como dos demais assuntos de interesse geral da Corporação, que
devam ser insertos no Boletim da Polícia Militar;
XIX - organizar e publicar o Boletim da Polícia Militar, de
acordo com as normas em vigor;
XX - encarregar-se do cerimonial militar afeto ao Comandante
Geral;
XXI - planejar, em coordenação com a G3 todas as solenidades
na Polícia Militar, de âmbito geral, ainda que realizadas em
Corpos, Estabelecimentos ou Repartições e, nesse caso, em
entendimento com o órgão próprio do respectivo setor.

Art. 20 - O Gabinete do Comandante Geral se constitui de:


I - Chefia do Gabinete;
Ia - Subchefia do Gabinete;
Ia1 - Assessoria Jurídica;
Ia2 - Serviço de relações Públicas;
Ia3 - Secretaria;
Ia4 - Boletim da Polícia Militar;
Ia5 - Cerimonial;
Ib - Ajudancia de Ordens;
Ic - Centro de Estudos e Pesquisas.
Parágrafo único - O Comandante Geral estabelecerá as
atribuições do Centro de Estudos e Pesquisas.
CAPÍTULO II
Da Comissão de Promoções de Oficiais

Art. 21 - A Comissão de Promoções de Oficiais (CPO) da


Polícia Militar incumbe-se do trato das questões relativas à
promoção de oficiais, na conformidade da legislação vigente.

CAPÍTULO III
Da Comissão de Medalhas

Art. 22 - A Comissão de Medalhas é constituída e tem as


atribuições na forma da legislação vigente.

CAPÍTULO IV
Das Comissões Especiais

Art. 23 - As Comissões Especiais serão criadas quando


necessárias, competindo-lhes as atribuições delegadas pela
autoridade competente.

TÍTULO II
Do Alto Comando da Polícia Militar

Art. 24 - O Alto Comando da Polícia Militar é um órgão de


assessoramento do Comandante Geral, para estudos de assuntos de
alta relevância, os quais lhe forem submetidos por esta
autoridade.
§ 1° - Integram o Alto Comando da Policia Militar o
Comandante Geral, que o preside, o Chefe do Estado Maior, o
Diretor de Operações, o Inspetor Geral e os Diretores de
Diretoria.
§ 2° - O Alto Comando da Polícia Militar reúne-se quando
convocado pelo Comandante Geral e é secretariado pelo seu Chefe de
Gabinete.

TÍTULO III
Do Estado Maior

Art. 25 - O Estado Maior é o principal órgão de coordenação e


assessoramento do Comandante Geral. É responsável pela preparação
da Polícia Militar para o pleno exercício de suas funções,
cabendo-
lhe o estudo de todas as questões básicas. Compete-lhe, ainda,
elaborar os planos, instruções e diretrizes; fiscalizar e
coordenar as atividades de maneira a assegurar o mais eficiente
funcionamento da Corporação como um todo.
Art. 26 - Compete ao Estado Maior:
I - Obter informações, elaborar estudos, apresentar sugestões
ao Comandante Geral, preparar detalhes de seus planos, transformar
suas decisões em ordens aos executantes;
II - submeter à consideração do Comandante Geral os assuntos
que dependem de sua decisão ou sobre os quais deva ser informado,
bem assim os planos que forem elaborados, visando a futuras
emergências;
III - auxiliar o Comandante Geral na coordenação de esforços
dentro da Corporação;
IV - supervisionar a execução dos planos e ordens e tomar as
providências necessárias à realização dos objetivos da Polícia
Militar, consistindo em:
a) orientar e prestar esclarecimentos às Diretorias, Unidades
e Serviços e a elementos subordinados;
b) Interpretar os planos ou idéias do Comandante Geral, dando
assistência aos elementos da organização, no trabalho preparatório
para sua execução, bem como a verificação, por meio de inspeções,
do que está sendo executado, para manter o Comandante Geral
devidamente informado e esclarecido.
V - Promover um seguro e eficiente entrosamento com os órgãos
próprios da SSP, para adoção de medidas gerais de policiamento;
VI - promover e manter intercâmbio com os organismos
militares e policiais existentes nos outros Estados do Pais e
mesmo fora deste;
VII - submeter à aprovação do Comandante Geral a relação dos
oficiais da ativa ou da reserva, selecionados para integrar o
quadro de delegados especiais e de capturas, os quais ficarão
funcionalmente subordinados ao Secretário da Segurança Pública,
porém administrativa e disciplinarmente subordinados ao Comando
Geral da Policia Militar;
VIII - encaminhar à Secretaria de Segurança Pública
pareceres, informações e demais elementos que dependam da
consideração ou providências dessa pasta, opinando sobre os
mesmos;
IX - baixar, observando os preceitos regulamentares, ordens
de serviço e instruções, determinando os pormenores da
organização, disciplina e execução da missão.

Art. 27 - O Estado Maior compreende:


I - Chefia do Estado Maior;
Ia - Gabinete;
Ib - Comissão de Promoções de Praças;
II - Estado Maior Geral:
IIa - Diretoria de Operações;
IIb - Primeira Seção do Estado Maior (G1) - (Pessoal);
IIc - Segunda Seção do Estado Maior (G2) - (Informações);
IId - Terceira Seção do Estado Maior (G3) - (Operações e
instrução);
IIe - Quarta Seção do Estado Maior (G4) - (Logística);
III - Estado Maior Especial:
IIIa - Inspetoria Geral;
IIIb - Diretorias;
IIIc - Comandante do Quartel General;
IIId - Chefia do Serviço de Intendência e Material Bélico;
IIIe - Chefia do Serviço de Comunicações;
IIIf - Chefia do Serviço de Subsistência;
IIIg - Chefia do Serviço de Obras.

CAPÍTULO I
Do Gabinete do Estado Maior

Art. 28 - O Gabinete do Chefe do Estado Maior tem a


finalidade de secretariar suas atividades e desempenhar outras
atribuições que lhe forem designadas pelo Chefe do Estado Maior.

CAPÍTULO II
Da Comissão de Promoções de Praças

Art. 29 - A Comissão de Promoções de Praças é constituída e


tem as atribuições na forma prevista na legislação vigente.

TÍTULO IV
Do Estado Maior Geral

Art. 30 - O Estado Maior Geral é encarregado do planejamento,


coordenação e controle dos assuntos ligados ao emprego operacional
da Corporação.

CAPÍTULO I
Da Diretoria de Operações

Art. 31 - O Estado Maior Geral é dirigido pelo Diretor de


Operações que coordena as Seções nos trabalhos de planejamento,
assegurando a entrosagem necessária, essencial ao seu
funcionamento eficiente.
Parágrafo único - Cabe a Diretoria de Operações a coordenação
e controle operacional das Unidades de emprego da Corporação.

CAPÍTULO II
Da Central de Operações Policiais

Art. 32 - A Central de Operações Policiais é o local de onde


se estabelece orientação e controle das operações policiais na
Capital e no Estado e se acompanha o quadro da situação e o
desenvolvimento das ações.
Parágrafo único - Deverá ser dotada de recursos necessários a
sua destinação e estará sob a responsabilidade direta do Diretor
de Operações.
CAPÍTULO III
Da G1

Art. 33 - A G1 incumbe-se de planejamento, coordenação e


supervisão dos assuntos relativos a pessoal, recompletamento,
quadros de organização e legislação.

Art. 34 - Compete a G1:


I - elaborar os itens dos planos e ordens e das NGA do
Comando Geral, no que concerne as suas atribuições;
II - planejar, coordenar e supervisionar:
a) instruções sobre o prazo de entrega dos documentos
necessários para manter o Comando Geral informado sobre a situação
dos efetivos;
b) claros existentes e previstos, necessidades por
qualificação, distribuição de pessoal, em coordenação com o G3;
c) estado disciplinar da tropa quanto a ausentes e
desertores, cumprimento de leis e ordens, punições e sentenças,
uso dos uniformes, relações entre a tropa e a população;
d) estado moral da tropa, por meio de estudo da situação
disciplinar das Unidades, visitas, observações e relatórios;
e) dispensas, recreação, recompensas, citações,
condecorações, assistência religiosa, higiene pessoal, serviço
especial;
f) quadros de organização e dotação do pessoal;
g) atualização dos quadros de efetivos existentes;
h) classificação, designação, transferências, remoções,
substituições em coordenação com a G3 para estabelecimento das
prioridades;
i) legislação básica da Polícia Militar;
j) mobilização da Polícia Militar, tendo-se em vista sua
condição de força auxiliar, reserva do Exercício;
III - manter o controle numérico e nominal do pessoal
destacado e das situações funcionais de cada homem;
IV - manter atualizada a carta da situação, no que concerne a
suas atribuições.

Art. 35 - A G1 se constitui de:


I - Chefia;
II - Subchefia e Subseção Administrativa;
III - Subseção de controle e distribuição de Efetivo;
IV - Subseção de Destacamentos;
V - Subseção de Legislação e Mobilização;
VI - Subseção de Planejamento e Estatística.

CAPITULO IV
Da G2

Art. 36 - A G2 tem a seu cargo o planejamento, coordenação e


supervisão dos assuntos relativos a informações, contra-
informações e investigações.

Art. 37 - Compete a G2:


I - elaborar os itens dos planos e ordens, e das NGA do
Comando Geral, no que concerne às suas atribuições;
II - produzir informações, planejar, dirigir e fiscalizar os
esforços em busca de informações e transformações dos informes em
informações, inclusive o registro e arquivo dos documentos
respectivos;
III - difundir os informes e informações a todos os elementos
que deles necessitarem, particularmente ao Comando Geral, com a
devida oportunidade e objetividade;
IV - organizar e manter arquivo secreto com informações
relativas aos indivíduos que, pela sua situação ou função que
desempenharem, interessam às atuações que visem a manutenção da
ordem pública e da segurança interna;
V - organizar, para publicação, os boletins reservados do
Comando Geral, bem como os boletins de informações do Estado
Maior;
VI - manter atualizada uma carta da situação, assinalando os
locais de maiores incidências de crimes e onde a ordem pública
estiver alterada ou na iminência de o ser;
VII - organizar, manter e prover a mapoteca necessária ao
serviço operacional da Corporação, em coordenação com a G3;
VIII - planejar, organizar e orientar no âmbito da Corporação
(considerando todos os Corpos de Tropa como órgão de busca), a
busca de informes que interessem à segurança pública, tendo em
vista manter atualizado o arquivo secreto de que trata o item IV;
IX - planejar, organizar e orientar a coleta de dados e
informações úteis relativas a todos os municípios, organizando e
mantendo em dia um fichário informativo, permanentemente
atualizado, de todas as comunas mineiras;
X - coordenar os serviços de informações entre as Unidades e
Serviços, registrando e transmitindo as informações necessárias;
XI - proceder os levantamentos de todos os setores de
atividades do Estado, inclusive levantamento topográfico e croques
de pontos sensíveis e de interesse policial-militar;
XII - receber e expedir correspondência reservada do Estado
Maior;
XIII - manter estreito e permanente contato com o encarregado
de Relações Públicas do Gabinete do Comandante Geral, visando a
atuação dentro do ponto de vista preciso, definido e concordante
com a orientação do Comandante Geral no que concerne à
contrapropaganda;
XIV - encarregar-se da pesquisa social da aceitação pública
dos serviços da Polícia Militar, inteirando-se a respeito das
falhas, dos méritos e das necessidades policiais de cada região do
Estado, mantendo-se em condições de informar ao Comandante Geral
quais as medidas a serem tomadas;
XV - manter estreita ligação com o Departamento de Polícia
Técnica e Delegacia de Vigilância Social, ambos da Secretaria da
Segurança Pública, tendo em vista os seus objetivos específicos;
XVI - controlar, coordenar, planejar e fiscalizar a atuação
dos agentes sob sua orientação;
XVII - identificar os oficiais e praças da Corporação;
XVIII - fornecer a carteira de identidade ao pessoal da
Polícia Militar, na forma do regulamento do Gabinete de
Identificação da Corporação;
XIX - classificar e arquivar as fichas de identificação,
devendo manter fichário completo dos elementos da Polícia Militar;
XX - encarregar-se da identificação criminal dos elementos
processados pela Justiça Militar;
XXI - supervisionar as atividades dos identificadores dos
Corpos de Tropa (ICT), dispondo, em cada Unidade do interior, de
um Sargento ICT.

Art. 38 - A G2 se constitui de:


I - Chefia;
II - Subchefia e Subseção Administrativa;
III - Subseção de Buscas;
IV - Subseção de Segurança Interna;
V - Subseção de contra-informações;
VI - Subseção de Investigações;
VII - GIPM.

CAPITULO V
Da G3

Art. 39 - A G3 incumbe-se do planejamento, coordenação e


supervisão dos assuntos relativos a operações e instrução.

Art. 40 - Compete à G3:


I - elaborar os itens dos planos e ordens, e das NGA do
Comando Geral, no que concerne às suas atribuições;
II - organizar a elaboração de planos, a fim de acompanhar a
evolução técnica do policiamento;
III - planejar e coordenar o policiamento ostensivo do
Estado;
IV - estudar modificações nos planos de policiamento;
V - planejar, coordenar e supervisionar as solenidades
cívicas, paradas, desfiles e demais atividades correlatas, de
acordo com o Cerimonial Militar, em entrosamento com o Cerimonial
do Gabinete do Comandante Geral e do Palácio do Governo;
VI - planejar, coordenar e supervisionar:
1) as características da organização ou reorganização de
Unidades e propostas para alterações nos quadros de organização e
efetivos, em coordenação com a G1 e G4;
2) os exercícios táticos em geral, inclusive manobras, em
coordenação com as Seções e ainda a instrução de sua Seção e de
toda Polícia Militar;
3) prioridades na repartição de suprimentos críticos e
fornecimento de equipamento, em coordenação com a G4;
4) necessidades em suprimentos, em coordenação com a G4 e
Serviços interessados;
5) estudo continuado da situação, calcado em dados fornecidos
pelas Seções e em coordenação com as mesmas;
6) emprego das Unidades, em coordenação com as demais seções;
7) movimentos, reconhecimentos e medidas de segurança, defesa
de instalações e vias de transporte e de comunicações, em
coordenação com a G2 e G4;
8) estabelecimento da ligação com as Unidades e controle do
respectivo pessoal;
9) elaboração, organização e distribuição das ordens e cartas
de operações, em coordenação com a G2 e G4;
10) elaboração de documentos e relatórios sobre fatos
ocorridos e que constituam subsídio para a elaboração do histórico
da Polícia Militar;
11) operações, em coordenação com a G2;
12) localização de Unidades, Subunidades e Destacamentos, em
coordenação com as demais Seções.
VII - manter atualizada a carta da situação, no que concerne
a suas atribuições;
VIII - estudar as medidas que visem a beneficiar o
policiamento a cargo da Polícia Militar;
IX - planejar a localização de novas Unidades, Subunidades e
Destacamentos;
X - elaborar e organizar as diretrizes de instrução,
inclusive manobras, áreas de instrução e atividades relativas à
orientação da tropa.

Art. 41 - A G3 é constituída de:


I - Chefia;
II - Subchefia e Subseção Administrativa;
III - Subseção de Planejamento e Operações da Capital;
IV - Subseção de Planejamento e Operações do Interior;
V - Subseção de Planejamento e Segurança Interna;
VI - Subseção de Organização e Movimento;
VII - Subseção de Planejamento e Instrução.

CAPÍTULO VI
Da G4

Art. 42 - A G4 incumbe-se do planejamento, coordenação e


supervisão dos assuntos logísticos, relativos a suprimentos,
evacuações, hospitalizações, transportes, serviços e outras
atividades correlatas.

Art. 43 - Compete à G4:


I - elaborar os itens dos planos e ordens, e das NGA do
Comando Geral, no que concerne às suas atribuições;
II - planejar, coordenar e supervisionar:
a) a determinação das necessidades de suprimentos;
b) obtenção, armazenamento, segurança, distribuição e
documentação relativa a suprimentos;
c) estabelecimento de prioridade para suprimento e repartição
de artigos regulados;
d) evacuação e hospitalização de homens e animais;
e) transporte de unidades, suprimentos e pessoal, em
coordenação com a G3;
f) necessidades, designação, repartição, emprego e
deslocamento dos órgãos e unidades dos serviços;
g) manutenção e reparação de suprimentos e equipamentos;
h) construção de instalações;
i) manutenção de instalações e previsão do material
necessário;
j) estado geral do material e do equipamento;
l) higiene;
m) situação logística, planos, relatórios, ordens, cartas e
cálculos logísticos.
III - planejar a distribuição dos transportes disponíveis, em
função das necessidades, conforme as determinações do Comando
Geral;
IV - encarregar-se do fornecimento e fiscalização de
requisições e transportes para pessoal, bagagens e cargas;
V - coordenar a elaboração das correspondências, relatórios,
dados estatísticos e históricos relativos, no que respeita as suas
atribuições;
VI - coordenar a utilização de requisições de transporte para
pessoal, bagagem e cargas;
VII - controlar o fornecimento dos talões de requisições de
transportes;
VIII - manter atualizado o quadro de distribuição dos
veículos da Corporação;
IX - receber e relatar ao Chefe do Estado Maior os processos
decorrentes de acidentes com viaturas da Corporação, propondo as
medidas convenientes;
X - estabelecer as prioridades de movimento e distribuição de
meios de transporte;
XI - elaborar planos para aquisição de viaturas, tendo em
vista as necessidades e as disponibilidades orçamentárias, com
assistência do órgão próprio;
XII - manter a carta da situação atualizada no que concerne a
suas atribuições.

Art. 44 - A G4 se constitui de:


I - Chefia;
II - Subchefia e Subseção Administrativa;
III - Subseção de Suprimentos;
IV - Subseção de Movimento;
V - Subseção Operativa e de Planejamento.

TÍTULO V
Da Inspetoria Geral

Art. 45 - A Inspetoria Geral se incumbe de inspeções,


investigações administrativas e fiscalização disciplinar.

Art. 46 - Compete à Inspetoria Geral:


I - realizar, por meio de sindicância, inquéritos policiais-
militares, inquéritos e processos administrativos, as apurações
que forem de sua competência;
II - apurar, por delegação do Comandante Geral ou do Chefe do
Estado Maior, as irregularidades em que estiverem envolvidos
servidores da Polícia Militar, nos seguintes casos:
a) quando os infratores pertencerem a várias Unidades;
b) ocorrendo a infração em atividades policiais;
c) infrações cometidas em atividades privadas, afetando a
disciplina da Corporação;
d) irregularidades administrativas, de fundos e material.
III - solicitar ao Chefe do Estado Maior a punição dos
oficiais que cometerem infrações disciplinares como Delegados
Especiais e de Capturas;
IV - propor ao Comandante Geral, por intermédio do Chefe do
Estado Maior, a punição de oficiais, praças e servidores civis,
comprovadamente convictos da prática de transgressões
disciplinares, se a autoridade competente se mantiver omissa por
mais de 15 dias;
V - determinar às Unidades, quando estas não estiverem agindo
por sua iniciativa, a abertura de Conselhos de Disciplina e
processos administrativos;
VI - atender às reclamações do público quanto a conduta
social e profissional do pessoal da Polícia Militar;
VII - realizar estudos para aperfeiçoamento do regime
disciplinar, tendo em vista a eficiência do policial-militar no
desempenho de suas tarefas profissionais e o respeito aos seus
interesses legítimos;
VIII - propor providencias e recomendações visando a
recuperação social, e profissional do policial-militar faltoso e a
solução de problemas de desajustamento.

Art. 47 - A Inspetoria Geral se constitui de:


I - Inspetor Geral e seu Gabinete;
II - Cartório;
III - Seção de Perícias;
IV - Adjuntos e Comissões.

TÍTULO VI
Da Diretoria de Pessoal

Art. 48 - A Diretoria de Pessoal incumbe-se da orientação e


controle das atividades referentes a direitos e deveres do pessoal
da Corporação.

Art. 49 - Compete à Diretoria de Pessoal:


I - propor, no âmbito de suas atribuições, diretrizes,
regulamentos e programas, e orientar, coordenar e controlar sua
execução;
II - propor, por intermédio do Estado Maior, a movimentação
do pessoal por classificação, designação, transferência, promoção,
reclassificação, exclusão, expulsão, transferência para a reserva,
reforma, etc.;
III - cuidar da escrituração referente às alterações de todos
os componentes da Corporação, individualmente;
IV - promover a concessão de medalhas e condecorações;
V - solucionar os processos disciplinares ou criminais à luz
da legislação vigente, ou instrui-los convenientemente, quando
forem de competência superior;
VI - fiscalizar o andamento e os prazos legais para a
conclusão dos processos de justiça e disciplina;
VII - manter em dia o fichário dos elementos inativos de toda
a Corporação;
VIII - manter em dia um registro de decretos, leis, avisos,
portarias e acórdãos que interessem à Polícia Militar;
IX - manter em dia o registro de movimento de recrutas da
Corporação;
X - manter estrita e permanente ligação com os órgãos do
Exército, fazendo as comunicações no tocante à movimentação do
pessoal, através do Comandante Geral;
XI - superintender o registro de apresentação dos oficiais da
Corporação, tomando as medias disciplinares relacionadas com o
trânsito e permanência, conforme os dispositivos regulamentares;
XII - orientar, coordenar e fiscalizar as Unidades e
Serviços, no que diz respeito à escrituração, bem-estar e
assistência relativos ao pessoal;
XIII - manter em dia a relação nominal dos oficiais do QG,
com os respectivos endereços;
XIV - manter controle do pessoal licenciado, agregado ou à
disposição, administrando os oficiais nessa situação, inclusive
elaborando documentos, fichas para fins de promoção, condecoração,
etc., nisso compreendendo ainda a formulação de juízos e
conceitos, exceto as fichas de promoções dos oficiais do Quadro de
Delegados de Polícia, à disposição da Secretaria de Segurança
pública;
XV - elaborar, mantendo-o atualizado, o almanaque dos
oficiais e sargentos;
XVI - controlar as contagens de tempo de serviço do pessoal
da Polícia Militar, na forma da legislação a respeito;
XVII - encarregar-se da revisão de certidões de tempo de
serviço, inclusive as deduções e acréscimos solicitados;
XVIII - certificar as averbações solicitadas, de acordo com
as leis e regulamentos em vigor;
XIX - orientar, coordenar, controlar e fiscalizar o ingresso
de voluntários na Policia Militar, bem como a admissão de pessoal
civil;
XX - exercer as atividades de arquivo geral da Policia
Militar;
XXI - propor instruções especiais com objetivo de regularizar
e uniformizar os arquivos da Polícia Militar;
XXII - trazer em dia o histórico da Polícia Militar;
XXIII - exercer as atividades de secretaria da Comissão de
Promoções de Praças e Comissão de Medalhas;
XXIV - planejar e supervisionar a assistência social da
Corporação;
XXV - fiscalizar e orientar os Centros Sociais das Unidades;
XXVI - fiscalizar e orientar o cumprimento de sentenças,
punições, enquadramentos e classificação de comportamento militar
dos componentes da Corporação.
Art. 50 - A Diretoria do Pessoal se constitui de:
I - Diretor e seu Gabinete;
II - Divisão de Movimentação;
III - Divisão de Justiça e Disciplina;
IV - Divisão de Registro de Alterações do Pessoal;
V - Divisão de Contagem de Tempo;
VI - Divisão Auxiliar;
VIa - Histórico da Polícia Militar;
VIb - Arquivo Geral;
VIc - Expediente;
VII - Secretaria da CPP e da Comissão de Medalhas.

CAPÍTULO I
Do Serviço de Assistência Social

Art. 51 - O Serviço de Assistência Social, direta e


totalmente subordinado ao Diretor de Pessoal, se incumbe das
questões relativas à assistência social na Polícia Militar.

Art. 52 - Compete ao Serviço de Assistência Social:


I - orientar e assistir, no âmbito de suas atribuições, o
pessoal da Polícia Militar e suas famílias;
II - executar planos e programas de assistência social;
III - coordenar fatores ou recursos em favor da assistência à
maternidade, à infância e à velhice;
IV - fazer estudos e pesquisas relacionadas com assistência
social na Polícia Militar;
V - propor ao Diretor de Pessoal os critérios ou diretrizes a
que deva subordinar-se, notadamente em relação à concessão de
ajudas;
VI - controlar a aplicação das ajudas e recursos, mediante
levantamento e avaliação de resultados;
VII - promover trabalhos preventivos de assistência à
familia;
VIII - promover a realização de cursos e seminários sobre
assuntos de assistência à família;
IX - promover estudos de causas de desajustamento social e
profissional da Polícia Militar;
X - prestar assistência judiciária ao pessoal da Polícia
Militar, na forma regulamentar;
XI - prestar assistência religiosa na forma das disposições
legais e regulamentos sobre o assunto;
XII - promover trabalhos de economia doméstica;
XIII - orientar, coordenar e propor normas para os Centros
Sociais das Unidades.

Art. 53 - O Serviço de Assistência Social, se constitui de:


I - Chefia;
Ia - Subchefia e Divisão Administrativa;
Ia1 - Ajudante-Secretário;
Ia2 - Controle Administrativo;
Ia3 - Tesouraria;
Ia4 - Almoxarifado-Aprovisionadoria;
Ib - Divisão de Assistência à Família;
Ic - Divisão de Assistência Judiciária;
Id - Divisão de Assistência Religiosa.

CAPÍTULO II
Do Presídio da Polícia Militar

Art. 54 - O Presídio da Polícia Militar, direta e


totalmente subordinado ao Diretor de Pessoal, se incumbe das
questões relativas ao regime e sistema penitenciário do pessoal da
Corporação, preso pela Justiça Militar ou Justiça Comum, e
condenado, nas sentenças em que não caiba perda de patente ou
exclusão dos quadros do serviço ativo.
Parágrafo único - A competência específica do Presídio da
Polícia Militar, bem como sua constituição e funcionamento, serão
objetos da Portaria do Comandante Geral.

TÍTULO VII
Da Diretoria de Ensino

Art. 55 - A Diretoria de Ensino incumbe-se da orientação das


questões relativas ao ensino profissional da Corporação, no que se
refere aos cursos de formação, de aperfeiçoamento e especialização
dos quadros do pessoal da Polícia Militar. Elabora, de acordo com
as diretrizes baixadas pelo Comandante Geral, os programas,
regulamentos e diretrizes, cuja execução orienta, coordena e
controla.

Art. 56 - Compete à Diretoria de Ensino:


I - propor diretrizes, regulamentos e programas que regulem
o planejamento, a execução e a fiscalização do ensino com
definição doutrinária de natureza pedagógica;
II - examinar os programas de ensino, os planos anuais de
atividades, controlando sua execução e seu rendimento;
III - determinar a realização de pesquisas pedagógicas e
educacionais e experiências sobre métodos e processos de ensino;
IV - propor, sempre que julgar necessário, cursos, concursos,
estágios, etc., de aproveitamento para o ensino ou para a
Corporação;
V - promover e incentivar o uso e emprego da estatística nos
setores de sua responsabilidade, analisando e divulgando os seus
resultados;
VI - promover a evolução e o aperfeiçoamento do ensino na
Polícia militar, propondo a atualização da legislação respectiva,
visando ao aperfeiçoamento das normas para recrutamento de pessoal
docente e discente;
VII - indicar a capacidade de matrícula nos Estabelecimentos
de Ensino;
VIII - providenciar recursos bibliográficos, traduções,
revisões e divulgação de normas, instruções diversas, de assuntos
técnicos ou científicos de interesse do ensino;
IX - manter contato com outras organizações de ensino, seja
civil, militar ou policial, acompanhando o desenvolvimento e a
atualização do ensino nos seus múltiplos aspectos;
X - supervisionar as atividades esportivas da Polícia
Militar;
XI - manter uma relação dos professores, instrutores e
monitores, com os respectivos cursos que possuírem e qualificação
específica;
XII - esforçar-se para que seja mantido um efetivo docente
compatível com as necessidades das Escolas;
XIII - manter fichário completo de oficiais e praças
diplomados pelos diversos cursos;
XIV - avaliar o rendimento escolar, através do número de
graus, notas menções, promoções e reprovações, fazendo pesquisas
em torno das anormalidades;
XV - organizar as fichas de rendimento dos professores;
XVI - organizar e imprimir revistas ou publicações outras de
alcance pedagógico ou de relações públicas;
XVII - propor a aquisição, para a biblioteca dos
Estabelecimentos subordinados ou da DE, de livros, regulamentos,
revistas especializadas e outras publicações de interesse do
ensino em geral e dos Estabelecimentos em particular.

Art. 57 - A Diretoria de Ensino se constitui de:


I - Diretor e seu Gabinete;
II - Conselho Técnico;
III - Divisão de ensino e Divulgação;
IV - Divisão de Ensino de Bombeiros;
V - Divisão de Pesquisas, Estatística, Doutrina e
Planejamento.

CAPÍTULO ÚNICO
Do Conselho Técnico

Art. 58 - O Conselho Técnico é órgão permanente e técnico-


consultivo de assessoramento do Diretor de Ensino, nas questões
relacionadas com as atividades da Diretoria.

Art. 59 - A composição do Conselho Técnico, bem como sua


competência, serão objetos de portaria do Comandante Geral.

TÍTULO VIII
Da Diretoria de Orçamento e Finanças

Art. 60 - A Diretoria de Orçamento e Finanças se incumbe do


planejamento, coordenação, orientação e controle das atividades
relacionadas com as finanças e orçamento, na Polícia Militar.
Art. 61 - Compete a Diretoria do Orçamento e Finanças:
I - propor, no âmbito de suas atribuições, diretrizes,
regulamentos e programas, e orientar, coordenar e controlar sua
execução;
II - elaborar a proposta orçamentária da Polícia Militar para
cada exercício, tomando as providências indispensáveis para que
ela seja incluída na proposta geral do Estado, de forma a atender
as reais necessidades da Corporação, no exercício a que se refira;
III - orientar, supervisionar e controlar as economias
administrativas das Unidades e Serviços;
IV - remeter ao Tribunal de Contas e a outros órgão
competentes a documentação exigida por lei;
V - propor normas que venham unificar, simplificar e
aperfeiçoar a execução dos serviços administrativos,
proporcionando-lhes maior rapidez, eficiência e segurança;
VI - exercer as atividades de auditoria;
VII - determinar informações, por parte das Unidades e
Serviços, sobre irregularidades verificadas, submetendo a decisão
superior, quando escapar de sua competência a decisão;
VIII - promover apuração das contas dos responsáveis por
dinheiro e bens públicos;
IX - analisar, distribuir e fiscalizar a aplicação dos
recursos da Polícia Militar;
X - requisitar ou empenhar as verbas da polícia Militar;
XI - orientar e controlar a proposta orçamentária e a sua
execução;
XII - orientar, fiscalizar e controlar a contabilidade e a
escrituração dos órgão da administração da Polícia Militar, direta
ou indiretamente;
XIII - propor ao órgão competente, quando for o caso, a
instrução de inquérito o processo administrativo;
XIV - orientar tecnicamente, fiscalizar ou controlar os
serviços contábeis dos órgão da Polícia militar;
XV - propor ao Comandante Geral a aplicação das economias das
Unidades Administrativas, para os seguintes fins, exclusivamente:
a) manutenção e reparo do aquartelamento ou edifício;
b) bem-estar das praças;
c) eficiência da instrução e manutenção da disciplina;
d) representação da Unidade nos casos excepcionais e de
imprescindível necessidade, mesmo assim sob a maior moderação.
XVI - coordenar suas atividades para execução dos planos
realizados pelo Estado Maior Geral.

Art. 62 - A Diretoria de Orçamento e Finanças se constitui


de:
I - Diretor e seu Gabinete;
Ia - Auditoria;
II - Divisão de Tesouraria (Tesouraria Geral);
IIa - Seção de Pagamento do Pessoal;
IIb - Seção de Pagamento Geral;
III - Divisão de Controle;
IIIa - Seção de Contadoria;
IIIb - Seção de Tomada de Contas;
IIIc - Seção de Orçamento;
IV - Divisão de Mecanografia;
Iva - Seção de Processamento de Dados;
Ivb - Seção de Expedição de Títulos.

CAPÍTULO I
Da Divisão de Tesouraria
(Tesouraria Geral)

Art. 63 - A Divisão de Tesouraria se incumbe das questões


relativas à Tesouraria da Polícia Militar.

Art. 64 - Compete especificamente à Divisão de Tesouraria:


I - receber quaisquer quantias ou valores que devam ser
entregue à Polícia militar, inclusive cauções e depósitos;
II - efetuar os pagamentos que lhe forem cometidos, de
despesas de responsabilidades da Polícia militar, orçamentárias,
extra-orçamentárias ou autorizadas em créditos adicionais;
III - movimentar as contas bancárias;
IV - distribuir, controlar, diariamente, os suprimentos de
caixa;
V - receber numerário para pagamentos a seu cargo;
VI - elaborar boletins diários de caixa e conciliação
bancária;
VII - conferir e numerar os documentos de caixa;
VIII - preparar as fichas de lançamento relativas aos
pagamentos efetuados;
IX - receber registrar e guardar os bens de ausentes e
valores de terceiros;
X - propor normas para orientação, coordenação e controle das
tesourarias dos diversos órgãos da Polícia militar;
XI - recolher a estabelecimento bancário os recursos que
assim devam ser depositados.

CAPÍTULO II
Da Divisão de Controle

Art. 65 - A Divisão de Controle se incumbe das questões


relativas à elaboração de controle de planos e programas
financeiros e contabilidade na Polícia Militar.

Art. 66 - Compete especificamente à Divisão de Controle:


I - preparar, com elementos de previsão, obtidos nos órgãos
da Polícia militar, a proposta do orçamento anual da Corporação;
II - preparar, à vista doas propostas dos órgãos competentes,
o expediente para abertura de créditos adicionais;
III - acompanhar a execução orçamentária, inclusive para
realizar estudos, previsões e análises econômico-financeiras;
IV - orientar e fiscalizar a contabilidade dos serviços
industriais e comerciais da Polícia Militar;
V - controlar as economias administrativas das Unidades
propondo normas de orientação, fiscalização e aplicação de suas
rendas;
VI - controlar, sistematicamente, as disponibilidades;
VII - controlar as contas bancárias e o movimento de fundos;
VIII - registrar contratos, documentos e processos.

CAPITULO III
Da Divisão de Mecanografia

Art. 67 - A Divisão de Mecanografia se incumbe das questões


relativas a processamento de dados e expedição de títulos.

Art. 68 - Compete especificamente à Divisão de Mecanografia:


I - planejar, programar e executar o processamento de dados
de pessoal, de material, orçamentário e patrimonial;
II - orientar tecnicamente, fiscalizar e controlar os órgãos
incumbidos de fornecimento de dados;
III - preparar a expedição de títulos declaratórios de
vantagens.

TÍTULO IX
Da Diretoria de Saúde

Art. 69 - A Diretoria de Saúde é o órgão de direção do


Serviço de Saúde da Polícia Militar.

Art. 70 - Compete especificamente à Diretoria de Saúde:


I - propor, no âmbito de suas atribuições, diretrizes,
regulamentos e programas, e orientar, coordenar e controlar sua
execução;
II - organizar e propor os planos, programas e diretrizes
para aplicação dos princípios da medicina preventiva e preparação
do pessoal de saúde;
III - requisitar aos órgãos competentes da Polícia Militar a
execução das despesas orçamentárias previstas para o Serviço de
Saúde;
IV - receber, armazenar, distribuir, recuperar e redistribuir
o material de saúde que lhe for encaminhado pelo órgão competente
da Polícia Militar;
V - fiscalizar, coordenar, controlar, orientar e proporcionar
aos órgãos subordinados os meios e recursos necessários às suas
missões;
VI - estudar e propor a quem de direito as medidas relativas
ao equipamento e pessoal de saúde da Corporação;
VII - colaborar nos estudos de organização e propor os
projetos de regulamentos e manuais de saúde em geral da
Corporação;
VIII - providenciar as reparações e recuperações que escapem
às possibilidades dos seus órgãos de execução;
IX - estabelecer diretrizes de instrução para as medidas sob
sua direção, no que se refere a profilaxia de saúde;
X - organizar e manter fichários, quer do pessoal, quer do
material de saúde distribuído às Unidades;
XI - organizar e manter em dia mapas das atividades de seus
órgãos subordinados;
XII - prover pessoal de saúde para as Unidades da Polícia
Militar e promover, junto a quem de direito, sua movimentação e
distribuição;
XIII - fornecer elementos para a fixação dos quadros de saúde
e elaboração dos orçamentos de despesas com material de saúde da
Corporação;
XIV - estudar e propor, a quem de direito, convênios,
contratos e ajustes com organizações civis e militares, com o
objetivo de melhorar o estado sanitário dos elementos da
Corporação e seus dependentes legais;
XV - providenciar o preenchimento dos cargos e funções do
Serviço de Saúde, na forma da lei;
XVI - coordenar e controlar as atividades técnico-
administrativas.

Art. 71 - A diretoria de Saúde se constitui de:


I - Diretor;
Ia - Gabinete;
Ib - Divisão Técnica;
Ib1 - Serviço Médico;
Ib2 - Serviço Complementar;
Ib3 - Medicina Preventiva;
Ic - Divisão Administrativa;
Ic1 - Seção Administrativa;
Ic2 - Tesouraria;
Ic3 - Almoxarifado.
§ 1° - O Diretor de Saúde é o Chefe do Serviço de Saúde da
Polícia Militar.
§ 2° - A ação do Diretor de Saúde, como Chefe do Serviço,
estende-se a todo o Serviço de Saúde da Polícia Militar, através
dos órgãos de execução. (Alterado pelo Decreto 16917, de
08/01/1975)

Art. 69 - A Diretoria de Saúde e o órgão de direção setorial


do sistema de saúde. Incumbir-se-á do planejamento, coordenação,
fiscalização e controle das atividades de saúde na Polícia
Militar.

Art. 70 - A Diretoria de Saúde constitui-se de:


I - Diretoria;
I.a - Seção Médica (DS/1);
I.b - Seção Odontológica (DS/2);
I.C - Seção Farmacêutica (DS/3);
I.d - Seção de Expediente (DS/4);
I.e - Junta Superior de Saúde.
Art. 71 - Compete a Diretoria de Saúde, especificamente:
I - propor, no âmbito de suas atribuições, diretrizes,
regulamentos e programas de todas as atividades de saúde, e
orientar, fiscalizar, coordenar e exercer rigoroso controle sobre
sua execução;
II - elaborar e propor planos, programas e diretrizes para
aplicação da medicina preventiva no âmbito da Corporação;
III - exercer rigorosa fiscalização, controle, coordenação e
orientação junto aos órgãos subordinados;
IV - elaborar e propor os projetos de regulamentos e manuais
de saúde da Corporação;
V - organizar e manter controle do pessoal de saúde, que
serve nos órgãos de direção, apoio e execução, por especialização;
VI - fornecer sugestões para a fixação dos quadros de saúde
da Polícia Militar, ouvido o Chefe do Centro Hospitalar;
VII - estudar e propor, ao Comandante Geral, convênios,
contratos, acordos e ajustes com organizações civis e militares,
com o objetivo de melhorar o estado sanitário dos integrantes da
Polícia Militar e seus dependentes legais, ouvidos os órgãos
interessados;
VIII - fazer executar, através de fiscalização, todas as
atividades relacionadas com o estado sanitário e a assistência
médico-odontológica, farmacêutica e hospitalar do pessoal da
Corporação, da ativa, da reserva ou reformado e de seus
dependentes legais;
IX - promover gestões no sentido de que os diversos órgãos de
saúde funcionem em perfeita harmonia.
X - organizar e manter em dia a estatística das atividades de
saúde desenvolvidas na Corporação;
XI - manter os efetivos da Polícia Militar no mais alto grau
de eficiência física e mental;
XII - promover a elevação do estado sanitário do pessoal da
Polícia Militar, através de técnicas educativas;
XIII - propor, permanentemente, a realização de treinamento e
aperfeiçoamento do pessoal de saúde;
XIV - promover pesquisas científicas, tendo em vista a
procura de novos meios, novos processos e novos métodos, ou ainda,
o aperfeiçoamento dos já existentes, com a finalidade de melhorar
a ação dos órgãos de apoio a saúde, em seu conjunto, ou em algumas
de suas partes;
XV - propor normas para o funcionamento dos hospitais,
formações sanitárias e outros órgãos afins, na Polícia Militar.
Parágrafo único - Os Chefes de Seção prestarão permanente
assessoramento ao Diretor de Saúde, nas atividades de
planejamento, coordenação, controle e fiscalização da execução dos
programas de saúde, no âmbito da Polícia Militar.

TÍTULO X
Da Diretoria de Segurança Especializada

Art. 72 - A Diretoria de Segurança Especializada se incumbe


do planejamento, coordenação, orientação e controle técnico das
atividades de segurança especializada a cargo da Corporação.
Art. 73 - Compete especificamente à Diretoria de Segurança
Especializada:
I - propor, no âmbito de suas atribuições, diretrizes,
regulamentos e programas, elaborados ou encaminhados pelas
Subdiretorias, e orientar, coordenar e controlar tecnicamente sua
execução;
II - coordenar os trabalhos atinentes às Subdiretorias;
III - propor a fixação e distribuição do pessoal para as
atividades compreendidas no setor de sua especialidade;
IV - colaborar com a Diretoria de Ensino e Estado Maior Geral
na instrução e ensino das especialidades da Diretoria;
V - manifestar-se sobre quaisquer aspectos referentes à
especialidade da Diretoria.

Art. 74 - A Diretoria de Segurança Especializada compreende:


I - Diretor e seu Gabinete;
II - Subdiretoria Técnica de Bombeiros;
III - Subdiretoria Técnica de Policiamento Rural.

CAPÍTULO I
Da Subdiretoria Técnica de Bombeiros

Art. 75 - A Subdiretoria Técnica de Bombeiros incumbe-se do


assessoramento e coordenação das atividades de bombeiros no
Estado.

Art. 76 - Compete especificamente à Subdiretoria Técnica de


Bombeiros:
I - propor, no âmbito de suas atribuições, diretrizes,
regulamentos e programas, e orientar, coordenar e controlar sua
execução;
II - planejar e coordenar as atividades de bombeiros no
Estado e oferecer sugestões ao Estado Maior Geral;
III - propor convênio de bombeiros e fiscalizar seu
cumprimento nos termos da legislação em vigor;
IV - propor normas técnicas relativas às atividades de
bombeiros, controlando e fiscalizando sua execução, em harmonia
com as leis municipais;
V - estabelecer perfeito controle das atividades realizadas
pelos órgãos de bombeiros da Corporação, coligindo dados e
informações que permitam a realização dos estudos e previsões;
VI - incentivar, junto aos municípios do Estado, a criação de
serviços de bombeiros, nos termos das leis e regulamentos do
assunto;
VII - propor o plano geral para a Capital e para o interior
do Estado, de delimitação de zonas e criação de órgãos e
Destacamentos de Bombeiros;
VIII - colaborar com o Estado Maior Geral na fixação e
distribuição do pessoal para as atividades de bombeiros, reunindo
e estudando, anualmente, nas ocasiões oportunas, as propostas e
informações solicitadas aos órgãos de bombeiros;
IX - propor a padronização do equipamento de bombeiros em
todos os serviços públicos e privados de prevenção e extinção de
incêndios;
X - colaborar com a Diretoria de Ensino na instrução e ensino
de bombeiros;
XI - incentivar, planejar e orientar a formação de bombeiros
auxiliares civis (voluntários);
XII - encaminhar as normas técnicas de serviço de bombeiro
para os comandos de Unidades de Bombeiros e os que possuem frações
especializadas orgânicas;
XIII - oferecer às prefeituras municipais, quanto à prevenção
de incêndios, os meios de assistência e fiscalização,
indispensáveis a esse fim, inclusive colaboração técnica para a
aprovação de projetos de construção de edifícios, prédios,
moradias ou residências, mediante parecer da Divisão Técnica.

Art. 77 - A Subdiretoria Técnica de Bombeiros é constituída


de:
I - Subdiretor;
II - Divisão Técnica;
III - Divisão de Planejamento e Estatística.

CAPÍTULO II
Da Subdiretoria Técnica de Policiamento Rural

Art. 78 - A Subdiretoria Técnica de Policiamento Rural


incumbe-se do assessoramento e coordenação das atividades de
polícia, previstas nos Códigos Florestal, de Caça e Pesca, afetas
à Polícia Militar.

Art. 79 - Compete especificamente à Subdiretoria Técnica de


Policiamento Rural:
I - realizar o plano geral e propor normas técnicas de
emprego do policiamento rural para os comandos que possuem frações
especializadas orgânicas;
II - estabelecer as relações de convênio e fiscalizar seu
integral cumprimento;
III - manter o controle centralizado da documentação de
processos específicos;
IV - propor a distribuição de meios materiais específicos.

Art. 80 - A Subdiretoria Técnica de Policiamento Rural


compreende:
I - Subdiretor;
II - Divisão Técnica;
III - Divisão de Planejamento e Estatística.
TÍTULO XI
Do Contigente do Quartel General

Art. 81 - O Contingente do Quartel General se incumbe das


questões relativas à administração interna do Quartel General.

Art. 82 - O Contigente do Quartel General é comandado pelo


Comandante do Quartel General.

Art. 83 - Compete ao Contingente do Quartel General:


I - coordenar e controlar o pessoal empregado nas atividades
dos diferentes órgãos do Quartel General;
II - prever e prover os órgãos do QG dos meios materiais
necessários ao seu funcionamento;
III - exercer toda a administração interna do QG;
IV - supervisionar e controlar o refeitório do QG;
V - assegurar a disciplina do QG e regularidade dos serviços
internos;
VI - organizar a segurança imediata do Quartel General;
VII - zelar pela higiene, conforto e conservação dos imóveis
do QG;
VIII - promover os suprimentos do pessoal do QG;
IX - escriturar a escala dos oficiais e praças na segurança
do QG;
X - administrar o pessoal do QG;
XI - elaborar as certidões de tempo de serviço de oficiais e
praças do QG.

Art. 84 - O Contingente do Quartel General se constitui de:


I - Comandante;
II - Estado Maior;
III - Subunidades.
Parágrafo único - A organização pormenorizada do Contingente
do Quartel General será objeto de Portaria do Comandante Geral.

TÍTULO XII
Do Serviço de Intendência e Material Bélico

Art. 85 - O Serviço de Intendência e Material Bélico se


incumbe das questões relacionadas com os suprimentos em geral
necessários à vida material da Polícia Militar.

Art. 86 - Compete ao Serviço de Intendência e Material


Bélico:
I - estudar e propor normas para confecção, aquisição,
conservação e distribuição de material em geral;
II - adquirir e distribuir material destinado às Unidades
Administrativas;
III - elaborar as tabelas de suprimento;
IV - realizar concorrência para aquisição de material;
V - promover estudos sobre o mercado fornecedor;
VI - fiscalizar o cumprimento das normas técnicas para a
manutenção do material, quer em depósito, quer distribuído;
VII - preparar e remeter a diretoria de Orçamento e Finanças
as bases para fixação orçamentária;
VIII - estudar e propor o sistema de escrituração e modelos
relativos a material;
IX - manter a escrituração do material, exercendo controle
sobre a carga distribuída as Unidades Administrativas;
X - informar e emitir parecer sobre assuntos que lhe sejam
distribuídos:
XI - manter estreita ligação com as fontes fornecedoras,
velando para que os interesses da Corporação não sejam lesados;
XII - manter, através do Comandante Geral, ligação com os
órgãos competentes do Exército, sobre questões de interesse da
Polícia Militar;
XIII - supervisionar e fiscalizar a distribuição e controle
de material;
XIV - remeter aos órgãos competentes a documentação exigida
por lei;
XV - planejar e supervisionar as atividades de material
inclusive no que diz respeito a:
a) manutenção, evacuação e recuperação do material que esteja
fora das possibilidades das Unidades Administrativas;
b) inspeções técnicas do material e dos suprimentos, bem como
da respectiva manutenção;
c) coordenação da distribuição e estocagem das munições;
d) providências quanto a munição e ao material explosivo
julgado inservível;
e) providências quanto as indenizações de material em
decorrência de descargas, nos termos da legislação própria;
XVI - administrar o patrimônio da Polícia Militar, na
conformidade da legislação sobre o assunto;
XVII - coordenar suas atividades para execução dos planos
realizados pelo Estado Maior Geral.

Art. 87 - O Serviço de Intendência e Material Bélico se


constitui de:
I - Chefia;
II - Subchefia e Divisão Administrativa;
IIa - Tesouraria;
IIb - Secretaria;
IIc - Controle e Escrituração;
III - Divisão de Material de Intendência:
IIIa - Seção de Fardamento e Lubrificantes;
IIIb - Seção de Material de Expediente.
IIIc - Seção de Combustíveis e Lubrificantes;
IIId - Alfaiataria Militar;
IIIe - Tipografia da Polícia Militar;
IV - divisão de Material Bélico:
IVa - Seção de Armamento e Instrumentos de Precisão;
IVb - Seção de Munição, Explosivos e Agentes Químicos;
IVc - Seção de Viaturas;
V - Divisão de Material Diverso;
VI - Divisão de Patrimônio;

Art. 88 - A atual Alfaiataria Militar passa a integrar a


estrutura do Serviço de Intendência e Material Bélico e suas
atribuições serão fixadas em Portaria a ser baixada pelo
Comandante Geral.

Art. 89 - A Administração do patrimônio da Polícia Militar


far-se-á nos termos de decreto a ser baixado pelo executivo.

TÍTULO XIII
Do Serviço de Comunicações

Art. 90 - O Serviço de Comunicações incumbe-se do


planejamento e coordenação dos assuntos relativos a
telecomunicações na Polícia Militar.

Art. 91 - Compete ao Serviço de Comunicações:


I - planejar, orientar, coordenar e controlar os serviços de
telecomunicações a cargo da Polícia Militar;
II - promover estudos para a instalação e aperfeiçoamento dos
serviços de telecomunicações;
III - promover, junto aos órgãos federais, a legalização de
freqüência e autorização para o funcionamento de serviços de
telecomunicações na Polícia Militar;
IV - obter e substituir as potências de estações;
V - fiscalizar o funcionamento dos diversos setores de
telecomunicações da polícia Militar;
VI - emitir pareceres sobre radiocomunicação e questões de
tráfego entre as diversas redes da Polícia Militar;
VII - organizar e manter serviços de montagem e manutenção de
aparelhos de radiocomunicações;
VIII - organizar e manter oficina técnica para construção,
reparos e reformas de aparelhos de telecomunicações;
IX - inspecionar setores de radiocomunicação;
X - emitir pareceres em processos de aquisição de
equipamento;
XI - observar e fazer observar a orientação dos Conselhos
Federal e Estadual e Telecomunicações;
XII - coordenar suas atividades com outros órgãos afins do
Estado, principalmente da Secretaria de Segurança Pública;
XIII - exercer as atividades de protocolo geral, na Polícia
Militar;
XIV - propor instruções especiais com objetivo de regularizar
e uniformizar os protocolos da Polícia Militar;

Art. 92 - O Serviço de Comunicações é constituído de:


I - Chefia;
Ia - Subchefia;
Ib - Divisão de Planejamento e Fiscalização;
Ic - Divisão de Instalação, manutenção e Tráfego;
Id - Protocolo Geral;
Ie - Seções de Comunicações dos Corpos de Tropas.

CAPÍTULO ÚNICO
Das Seções de Comunicações dos Corpos de Tropa

Art. 93 - As Seções de Comunicações dos Corpos de Tropa


destinam-se a assegurar a execução das atividades de
telecomunicações no âmbito dos Corpos de Tropa.
Parágrafo único - As Seções de Comunicações são órgãos
integrantes dos Corpos de Tropa, a cujo Comando, em conseqüência,
ficam subordinadas, disciplinar e administrativamente, porém
tecnicamente subordinadas ao Chefe do Serviço de Comunicações.

TÍTULO XIV
Do Serviço de Subsistência

Art. 94 - O Serviço de Subsistência se incumbe,


exclusivamente da aquisição de gêneros de primeira necessidade e
fornecimento desses gêneros ao pessoal da Corporação, sendo-lhe
vedado qualquer outro tipo de atividade.

Art. 95 - Compete ao Serviço de Subsistência:


I - adquirir diretamente do produtor, ou em outras fontes,
gêneros de primeira necessidade;
II - fornecer gêneros ao pessoal da Polícia Militar e
pensionistas da Caixa Beneficente, sob a forma de venda à vista ou
venda em prestações, com desconto ou não em folha de vencimento.
Parágrafo único - Excepcionalmente, a critério do Comandante
Geral, o Serviço de Subsistência poderá fornecer gêneros ao
funcionalismo público em geral, sob a forma de venda à vista.

Art. 96 - Os resultados financeiros serão, a critério do


Comandante Geral destinados aos fins previstos no artigo 73 do
Regulamento de Administração do Exército, adotado na polícia
Militar por força do artigo 11 da Lei 763, de 12 de novembro de
l951.
Parágrafo único - Fica proibido ao Serviço de Subsistência,
sob qualquer modalidade, fazer doação de objetos ou artigos, bem
como pagar gratificações com suas rendas ou recursos próprios, ou
admitir pessoal que não esteja previsto nos Quadros de
Distribuição.

Art. 97 - O Serviço de Subsistência terá, exclusivamente para


cumprimento de suas atribuições específicas, um efetivo mínimo de
pessoal.
Art. 98 - O Serviço de Subsistência poderá manter filiais nas
Unidades do Interior do Estado, as quais funcionarão com pessoal
do próprio Batalhão.
Parágrafo único - O pessoal empregado nas filiais será
designado pelo Chefe do Serviço de Subsistência, mediante
entendimento com os respectivos Comandantes de Batalhões.

Art. 99 - O Serviço de Subsistência será objeto de


regulamento próprio.

TÍTULO XV
Do Serviço de Obras

Art. 100 - O Serviço de Obras se incumbe exclusivamente dos


projetos e execução das Obras da Polícia Militar, conservação e
recuperação dos prédios da Corporação, sendo-lhe vedado qualquer
outro tipo de atividade.
Parágrafo único - Somente em caso de grave perturbação da
ordem, o pessoal do Serviço de Obras poderá ser empregado em
funções estranhas às suas atividades específicas.

Art. 101 - Compete ao Serviço de Obras:


I - executar as obras da Polícia Militar;
II - executar os transportes necessários à realização das
tarefas da Unidade;
III - executar a produção industrial da Unidade, a venda dos
produtos manufaturados e a aquisição de material pela verba
própria de obras;
IV - encarregar-se da venda de material de construção ou
produtos manufaturados, expedindo as guias de entrega, transporte
e pagamento;
V - adquirir diretamente do produtor material de construção,
nos termos da legislação em vigor.
VI - estudar, propor e justificar a localização das obras da
Polícia militar;
VII - efetuar estudos técnicos relacionados com a execução de
obras;
VIII - efetuar perícias técnicas em obras danificadas
determinando as causas do dano, mediante ordem da autoridade
competente;
IX - projetar as obras da Polícia Militar;
X - executar os trabalhos topográficos necessários aos
projetos e às demais fases do trabalho;
XI - preparar especificações de cada obra projetada;
XII - elaborar o orçamento analítico das obras e as suas
revisões;
XIII - preparar a tabela de preços unitários do Serviço de
Obras;
XIV - calcular as estruturas de concreto armado;
XV - promover as pesquisas de material de construção;
XVI - manter o arquivo técnico dos projetos.

Art. 102 - O Serviço de Obras tem a seguinte organização


geral:
I - Chefia;
II - Estado Maior;
III - Subunidade de Comando;
IV - Subunidades de Obras.
§ 1° - A organização pormenorizada e atribuições funcionais
do Serviço de Obras serão o objeto de Portaria do Comandante
Geral.
§ 2° - O efetivo de praças do Serviço de obras constituir-se-
á de especialistas e artífices, permitindo-se porém um número
mínimo de praças de polícia, destinado, exclusivamente aos
serviços burocráticos.
§ 3° - Todos os oficiais do Serviço de Obras serão empenhados
em atividades ligadas à competência do Serviço, especialmente na
fiscalização de sua execução.
§ 4° - Os resultados financeiros serão, a critério do
Comandante Geral, destinados aos mesmos fins previstos no artigo
98 deste Regulamento.

TÍTULO XVI
Do Serviço de Saúde

Art. 103 - O Serviço de Saúde da Polícia Militar é um


conjunto de órgãos de direção e execução dos programas de saúde,
assistência médica, odontológica, hospitalar e farmacêutica, da
Polícia Militar.

Art. 104 - Compete ao Serviço de Saúde:


I - manter os efetivos da polícia Militar no mais alto grau
de eficiência física e mental;
II - executar as atividades relacionadas com o estado
sanitário e assistência médico-odontológica e hospitalar do
pessoal da Polícia Militar, da ativa, da reserva ou reformado e de
seus dependentes legais;
III - planejar, coordenar e executar as medidas de medicina
preventiva no âmbito da Corporação;
IV - coordenar suas atividades, através de convênios,
contratos e ajustes, com instituições afins, mediante autorização
do Comandante Geral;
V - contribuir para elevação do estado sanitário do pessoal
da Corporação, utilizando as técnicas educativas;
VI - realizar, permanentemente, o treinamento e o
aperfeiçoamento do pessoal de saúde;
VII - propor normas para funcionamento dos hospitais, Seções
de Saúde e outros órgãos afins, na Polícia Militar;
VIII - propor padronização de técnicas de administração
hospitalar;
IX - ministrar cursos de preparação de pessoal auxiliar de
saúde;
X - planejar, coordenar e executar medidas para melhorar o
estado sanitário do pessoal da Polícia Militar;
XI - fazer exames de saúde dos candidatos a admissão na
Polícia Militar, e no pessoal da Corporação, na conformidade das
leis e regulamentos vigentes;
XII - dar assistência médica curativa, ao pessoal da Polícia
Militar e dependentes legais, pelo emprego de todos os recursos
terapêuticos necessários à recuperação da saúde, considerada esta,
não apenas como a ausência de doença, mas como um estado de
completo bem-estar físico, mental e social.
XIII - fazer pesquisas científicas, tendo em vista a procura
de novos meios, novos processos e novos métodos, ou ainda o
aperfeiçoamento dos já existentes, com a finalidade de melhorar a
ação do Serviço de Saúde, em seu conjunto, ou em algumas de suas
partes;
XIV - proceder a aquisição, no meio civil, para fins de
suprimento aos órgãos de saúde, de produtos químicos,
farmacêuticos e acessórios, cuja produção ultrapasse de suas
possibilidades técnicas;
XV - suprir os órgãos de saúde de produtos químicos e
farmacêuticos necessários aos seus trabalhos, cuja preparação se
encontre dentro de suas finalidades técnicas;
XVI - obter diretamente, ou através dos órgãos próprios da
Corporação, estocar, manter e distribuir, material de saúde, tendo
em vista as necessidades normais da Polícia Militar e as dotações
fixadas.
§ 1° - Em locais ou áreas determinadas do Estado, o Serviço
de saúde poderá prestar assistência médica preventiva às
populações civis, em cooperação com a Secretaria da Saúde.
§ 2° - A ação policial da Polícia militar será acompanhada,
sempre que possível, da presença de auxiliar de saúde do Serviço
de Saúde, para casos de socorros de urgência às populações civis.
§ 3º - O Serviço de Saúde será composto de pessoal de saúde,
permitindo-se o mínimo de oficiais e praças de polícia,
destinados, estes, exclusivamente ao serviço burocrático.
§ 4° - Os resultados financeiros do Serviço de Saúde serão
aplicados exclusivamente para os fins previstos no artigo.

Art. 105 - O Serviço de Saúde tem a seguinte estrutura


orgânica:
I - Órgão de Direção;
Ia - Diretoria de Saúde.
II - Órgão de execução:
IIa - Hospital da Polícia militar;
IIb - Sanatório Eugênia Vargas;
IIc - Laboratório de Pesquisas;
IId - Junta Militar de saúde;
IIe - Escola de Formação de Auxiliares de Saúde;
IIf - Seções de Saúde dos Corpos de Tropa.

CAPÍTULO I
Do Hospital da Polícia Militar
Art. 106 - O Hospital da Polícia Militar, direta e totalmente
subordinado à Diretoria de Saúde, destina-se à execução das
atividades básicas do Serviço de Saúde.

Art. 107 - Compete fundamentalmente ao hospital da Polícia


Militar:
I - prestar tratamento hospitalar ao pessoal da Polícia
Militar e seus dependentes legais, na forma regulamentar;
II - proceder o aviamento do receituário e o fornecimento de
produtos farmacêuticos destinados ao pessoal da Polícia militar e
seus dependentes;
III - prestar tratamento ambulatório, bem assim assistência
médica de urgência;
IV - dar assistência médica curativa, pelo emprego de todos
os recursos terapêuticos necessários à recuperação da saúde;
V - fazer pesquisas científicas, no campo de suas atividades;
VI - Incumbir-se da execução de atividades médico-
odontológicas à maternidade e à infância, na Polícia Militar;
VII - executar todas as atividades necessárias ao exato
cumprimento das finalidades do Serviço de Saúde da Polícia
militar.
§ 1° - A organização e as atribuições funcionais do Hospital
da Polícia Militar, serão objeto de instruções regulamentares
específicas, baixadas pelo Comandante Geral.
§ 2° - A segurança externa (serviço de guarda) das
instalações do H.P.M. será da responsabilidade do Batalhão de
Guardas.

CAPÍTULO II
Do Sanatório Eugênia Vargas

Art. 108 - O Sanatório Eugênia Vargas, direta e totalmente


subordinado à Diretoria de Saúde, destina-se a receber e assegurar
o tratamento sanatorial do pessoal da Polícia militar e seus
dependentes legais, portadores de tuberculose.
§ 1° - A organização e as atribuições funcionais do Sanatório
Eugênia Vargas serão objeto de instruções regulamentares
específicas, baixadas pelo Comandante Geral.
§ 2° - A segurança externa (serviço de guarda) das
instalações do sanatório Eugênia Vargas será da responsabilidade
do batalhão de Guardas.

CAPÍTULO III
Do Laboratório de Pesquisas

Art. 109 - O laboratório de Pesquisas, direta e totalmente


subordinado à Diretoria de Saúde, destina-se à realização de
pesquisas clínicas em geral, e, bem assim, à realização de
pesquisas biológicas de interesse da Polícia Militar.
Parágrafo único - A organização e as atribuições funcionais
do Laboratório de Análise e pesquisa serão objeto de instruções
regulamentares específicas, baixadas pelo Comandante Geral.

CAPÍTULO IV
Da Junta Militar de Saúde

Art. 110 - A Junta Militar de Saúde, direta e totalmente


subordinada à Diretoria de Saúde, destina-se às inspeções de saúde
regulamentares do pessoal da polícia militar.
Parágrafo único - A Junta Militar de Saúde obedecerá, para
seu funcionamento, as disposições constantes das Instruções
Reguladoras das Inspeções de Saúde, baixadas pelo Comandante
Geral. (Alterado pelo Decreto 16917, de 08/01/1975)

TÍTULO XVI
Do Centro Hospitalar

Art. 103 - O Centro Hospitalar é órgão de apoio de saúde à


Corporação, destinado a executar os programas de saúde e
assistência médica, odontológica, farmacêutica e hospitalar.
Parágrafo único - O Chefe do Centro Hospitalar será um
Tenente-Coronel PM do Quadro de Polícia.

Art. 104 - O Centro Hospitalar tem a seguinte organização:


I - Chefia; Ia - Centro de Estudos;
II - Divisão Médica;
IIa - Seção de Clínicas Médicas;
IIb - Seção de Clínicas Cirúrgicas;
IIc - Seção de Serviços Médicos Auxiliares;
IId - Seção de Serviços Técnicos Auxiliares;
IIe - Seção de Farmácia Hospitalar;
IIf - Seção de Enfermagem;
IIg - Seção Sanatorial;
III - Divisão Odontológica;
IIIa - Seção de Serviços Clínicos Odontológicos;
IIIb - Seção de Serviços Odontológicos Auxiliares;
IIIc - Seção de Serviços Odontológicos Complementares;
IV - Divisão Farmacêutica:
IVa - Seção de Farmácia Comercial;
IVb - Seção de Laboratório Industrial Farmacêutico;
IVc - Seção Central de Medicamentos;
V - Divisão Administrativa;
Va - Seção de Pessoal;
Vb - Seção de Expediente;
Vc - Seção de Contabilidade;
Vd - Seção de Tesouraria;
Ve - Seção de Serviços;
Ve1 - Almoxarifado;
Ve2 - Aprovisionamento;
Ve3 - Serviços Gerais;
Vf - Seção de Comunicações;
Vg - Seção de Transportes;
VI - Junta Central de Saúde;
VIa - Junta Militar de Saúde de Seleção;
VIb - Junta Militar de Saúde Ordinária;
VIc - Junta Militar de Saúde Extraordinária;
§ 1º - As atividades relacionadas com a saúde serão
rotineiramente executadas nos seguintes locais:
1 - Hospital da Polícia Militar (HPM);
2 - Sanatório Eugênia Vargas (SEV);
3 - Centro Farmacêutico;
4 - Centro Odontológico:
§ 2º - O Comandante Geral poderá dispor, em resolução, sobre
normas complementares à organização do Centro Hospitalar.

Art. 105 - Compete ao Centro Hospitalar:


I - executar as atividades relacionadas com o estado
sanitário e a assistência médico-odontológica, hospitalar e
farmacêutica do pessoal da Polícia Militar, da ativa, da reserva
ou reformado e de seus dependentes legais;
II - realizar, permanentemente, o treinamento e o
aperfeiçoamento do pessoal de saúde;
III - estudar e desenvolver técnicas de administração
hospitalar;
IV - planejar, coordenar e executar medidas para melhoramento
do estado sanitário do pessoal da Polícia Militar, utilizando as
técnicas educativas e de acordo com as normas da Diretoria de
Saúde;
V - fazer exames da saúde dos candidatos à admissão na
Polícia Militar e no pessoal da Corporação, na forma das leis e
regulamentos vigentes;
VI - dar assistência médica curativa ao pessoal da Polícia
Militar e seus dependentes legais, pelo emprego de todos os
recursos terapêuticos necessários à recuperação da saúde,
considerada esta não apenas como a ausência de doença, mas como um
estado de completo bem-estar físico, mental e social;
VII - fazer pesquisas científicas, tendo em vista a procura
de novos processos e novos métodos, ou ainda o aperfeiçoamento dos
já existentes;
VIII - proceder à aquisição, nos meios comerciais cuja
produção ultrapasse as suas possibilidades técnicas, observada a
legislação pertinente e os recursos administrativos”;
IX - suprir os órgãos de saúde de produtos químicos e
farmacêuticos necessários aos seus trabalhos, cuja preparação se
encontre dentro de suas finalidades técnicas;
X - obter diretamente, ou através dos órgãos próprios da
Corporação, estocar, manter e distribuir material de saúde, tendo
em vista as necessidades normais da Polícia Militar e as dotações
orçamentárias próprias;
XI - contribuir para a elaboração da proposta de orçamento da
Polícia Militar, no que se refere ao campo específico da saúde,
observando as diretrizes baixadas pelo Comandante Geral;
XII - receber, armazenar e distribuir o material de saúde que
lhe for encaminhado pelo órgão provedor da Polícia Militar;
XIII - providenciar as reparações e recuperações dos meios
materiais disponíveis;
XIV - elaborar o plano de aplicação dos recursos financeiros,
na forma da legislação vigente;
XV - promover gestões no sentido de que os órgãos
subordinados funcionem em perfeita harmonia, objetivando sempre a
racionalização dos serviços técnicos especializados e
administrativos, simplificando as rotinas burocrática;
§ 1º - Em locais ou áreas determinadas do Estado, os órgãos
de saúde da Polícia Militar poderão prestar assistência médica
preventiva às populações civis, em cooperação com a Secretaria de
Estado da Saúde, mediante autorização do Comandante Geral.
§ 2º - A ação policial da Polícia Militar será acompanhada,
sempre que possível, de pessoal de saúde.
§ 3º - O Centro Hospitalar da Polícia Militar será composto
de pessoal de saúde, permitindo-se o mínimo de oficiais e praças
de polícia, destinados estes, exclusivamente, ao serviço
administrativo.
§ 4º - Os resultados financeiros do Centro Hospitalar serão
aplicados, exclusivamente, para os fins previstos no artigo,
observando-se as leis, regulamentos e instruções especiais
pertinentes.
§ 5º - Compete ao Comandante do Centro Hospitalar, além de
outras atribuições previstas em leis, regulamentos e instruções
especiais:
1) ordenar despesas e, na qualidade de responsável geral pela
administração financeira, econômica e patrimonial, todas as
atividades de caráter administrativo previstas nos artigos 31,
seus parágrafos, 32 e demais disposições do RAE, no que lhe for
pertinente;
2) exercer o controle disciplinar de todo o pessoal que serve
no Centro Hospitalar, inclusive médicos, dentistas e
farmacêuticos;
3) observar e fazer observar no âmbito de suas atribuições
como ordenador de despesas, todas as normas previstas na
legislação financeira.
§ 6º - Ao Centro de Estudos compete assessorar a Chefia do
Centro Hospitalar, nos casos necessários, e realizar estudos,
pesquisas e divulgação das atividades médicas, odontológicas e
farmacêuticas, e de problemas sociais e administrativos,
observando sempre as prescrições contidas em leis e regulamentos.

CAPÍTULO I
Da Divisão Médica

Art. 106 - À Divisão Médica compete toda atividade de


assistência médica, de natureza clínica, cirúrgica, preventiva,
social e sanatorial, tais como:
I - prestar tratamento hospitalar ao pessoal da Polícia
Militar e seus dependentes legais, na forma das leis, regulamentos
e instruções vigentes;
II - prestar tratamento por meio de ambulatório, bem como
assistência médica de urgência, através de pronto socorro;
III - dar assistência médica curativa, pelo emprego de todos
os recursos terapêuticos necessários a recuperação da saúde;
IV - colaborar com o Centro de Estudos na realização de
pesquisas científicas, no campo das atividades médicas;
V - incumbir-se da execução de atividades médicas inerentes a
maternidade e a infância;
VI - manter registros de atendimentos e de assistência
médica, para controle e fiscalização de suas atividades
específicas, objetivando o fornecimento de dados estatísticos ao
Centro Hospitalar, para possíveis correções e planejamento, sempre
com vista ao melhoramento do sistema de atendimento e da medicina
preventiva.
VII - realizar pesquisas clínicas em geral e pesquisa
biológicas de interesse da Polícia Militar;
VIII - orientar, controlar e fiscalizar as atividades dos
médicos residentes e internos, e de enfermagem;
IX - prestar assistência ao pessoal da Polícia Militar e seus
dependentes legais, nos casos de doenças crônicas ou infecto-
contagiosas, cujo tratamento requeira não só técnicas médicas e de
enfermagem especializadas, como também acomodações físicas
específicas.
Parágrafo único - Os médicos residentes e internos serão
distribuídos aos órgãos de execução do sistema de saúde da Polícia
Militar, com o objetivo básico de:
1) - prestar assistência médica contínua aos pacientes
hospitalizados e aos serviços de urgência;
2) - estagiar nas diversas clínicas do Centro Hospitalar e
formações sanitárias dos corpos de tropa, conforme dispuserem as
diretrizes e planos respectivos;
3) - realizar pesquisas médicas, nas clínicas médicas e
clínicas cirúrgicas, e no setor de medicina preventiva;
4) - substituir os médicos das OPM, no período de férias
regulamentares, no caso de médicos residentes, observadas as
proibições legais para os internos.

CAPÍTULO II
Da Divisão Odontológica

Art. 107 - À Divisão Odontológica compete a execução de todas


as atividades odontológicas, relacionadas com a prevenção,
recuperação e conservação da saúde bucal do pessoal da Polícia
Militar e de seus dependentes legais, e especificamente:
I - exercer as atividades de assistência odontológica de
natureza clínica, cirúrgica, preventiva e social;
II - providenciar de modo que as diversas clínicas
odontológicas estendam seu campo de ação a todos os setores da
Polícia Militar, executando as atividades específicas, na forma
das diretrizes vigentes;
III - resolver as questões relacionadas com os trabalhos
técnicos e administrativos, na esfera de suas atribuições;
IV - apresentar ao Centro Hospitalar relatórios das
atividades desenvolvidas pelos diversos órgãos que lhe são
subordinados, para possíveis correções nos planejamentos, visando
sempre a melhoria do sistema de atendimento;
V - manter um sistema de arquivo e de estatística, com
coleta de dados sobre o atendimento clínico-odontológico.
CAPÍTULO III
Da Divisão Farmacêutica

Art. 108 - Compete a Divisão Farmacêutica, especificadamente,


fornecer medicamentos a todos os elementos da Polícia Militar e
seus dependentes legais, observando o seguinte:
I - os produtos elaborados na Seção de Laboratório Industrial
Farmacêutico e os adquiridos com recursos administrativos do
Centro Hospitalar serão fornecidos aos usuários pela Seção de
Farmácia Comercial;
II - os produtos farmacêuticos adquiridos com dotações
orçamentárias e de outras origens, inclusive os que forem doados a
Polícia Militar, serão entregues a Seção Central de Medicamentos,
para distribuição gratuita, de acordo com o planejamento ou normas
fixadas pelo Diretor de Saúde;
III - elaborar o inventário físico das mercadorias existentes
na Divisão, em conjunto com o Almoxarifado, sempre pelo preço de
custo, e providenciar seu encaminhamento a Divisão Administrativa,
para fins de elaboração do balancete mensal de prestação de
contas;
IV - encaminhar, diariamente, a Divisão Administrativa, para
fins de contabilização, a demonstração das vendas realizadas e das
drogas e medicamentos recebidos;
V - encaminhar a Divisão Administrativa, devidamente
instruídos com orçamentos, em colaboração com o Almoxarifado,
pedidos de aquisição de drogas e medicamentos necessários as
atividades operacionais da farmácia.

CAPÍTULO IV
Da Divisão Administrativa

Art. 109 - À Divisão Administrativa compete, além de outras


atribuições previstas em leis, regulamentos e instruções
especiais:
I - organizar e manter a contabilidade e o controle dos
recursos orçamentários e administrativos, financeiros e materiais
do Centro Hospitalar;
II - organizar e manter o controle de todo o pessoal que
serve ao Centro Hospitalar;
III - organizar e manter o controle de todo o material de
saúde distribuído aos diversos órgãos do Centro Hospitalar,
exercendo a devida fiscalização de seu emprego;
IV - organizar e manter rigorosamente em dia e em ordem a
estatística de todas as atividades desenvolvidas pelos órgãos
integrantes do Centro Hospitalar;
V - observar e fazer observar, no âmbito de suas atribuições,
todas as normas previstas na legislação financeira;
VI - executar e fazer executar os planos e programas
administrativos e as diretrizes de aplicação, observadas as
formalidades legais;
VII - fazer observar, pela Seção de Contabilidade, todas as
normas previstas em leis, regulamentos e instruções especiais,
para as atividades ligadas à administração orçamentária,
financeira, econômica e patrimonial;
VIII - fazer observar, pela Seção de Contabilidade, o
cronograma de trabalho estabelecido e as normas de contabilidade
previstas para o controle econômico-financeiro e patrimonial;
IX - observar e fazer observar os prazos estabelecidos para
as prestações de contas, mensais e anuais, promovendo as
respectivas tomadas de contas na forma da legislação vigente;

X - manter em dia e em ordem a contabilização de material


pertinente e o de consumo do Centro Hospitalar, e bem assim as
mercadorias destinadas à comercialização;
XI - preparar o Boletim Interno, para conhecimento geral, com
os despachos e ordens emanados da Chefia do Centro Hospitalar;
XII - exercer rigoroso controle sobre os policiais-militares
encaminhados ao Centro, tendo em vista o gasto do menor prazo
possível entre a apresentação, o atendimento e o retorno dos
mesmos ao órgão de origem.
Parágrafo único - O Chefe da Divisão Administrativa será um
Major PM do Quadro de Polícia, substituto eventual do Chefe do
Centro Hospitalar.

CAPÍTULO V
Das Juntas Militares de Saúde

Art. 110 - As Juntas Militares da Saúde são órgãos destinados


a inspeções de saúde regulamentares do pessoal da Polícia Militar.
§ 1º- Inspeções de saúde são perícias ligadas à avaliação da
capacidade física e mental para o serviço ativo da Polícia
Militar, nos casos previstos em lei.
§ 2º - As Juntas Militares de Saúde, assim definidas neste
decreto, são as seguintes:
1) Junta Superior de Saúde (JSS);
2) Junta Central de Saúde (JCS);
3) Junta de Saúde da Unidade (JSU).
§ 3º - A JSS, direta e totalmente subordinada à Diretoria de
Saúde, é a junta militar de saúde da mais alta hierarquia da
Corporação, competindo-lhe inspecionar, em grau de recurso, os
pareceres emitidos pela Junta Central de Saúde.
§ 4º - A JCS, direta e totalmente subordinada ao Centro
Hospitalar, destina-se às inspeções de saúde regulamentares do
pessoal policial-militar e civil da Corporação, bem como dos
candidatos a ingresso em seus quadros.
§ 5º - A JSU terá por sede as Unidades da Polícia Militar e
será constituída por 2 (dois) oficiais de saúde no mínimo, sendo o
seu Presidente o de maior posto ou mais antigo.
§ 6º - As Juntas Militares de Saúde obedecerão, para sua
organização e funcionamento, as disposições constantes de
Instruções Reguladores das Inspeções de Saúde (IRIS), baixadas
através de Resolução do Comando Gerais
CAPÍTULO VI
Da escola de Formação de Auxiliares de Saúde

Art. 111 - A Escola de Formação de Auxiliares de Saúde é um


órgão de ensino destinado à formação e ao aperfeiçoamento técnico
do pessoal auxiliar de saúde, segundo disposições regulamentares
específicas.
§ 1° - Como órgão de ensino, é subordinado, sob os pontos de
vista disciplinar, administrativo e técnico, à Diretoria de Saúde
e, sob o ponto de vista técnico-pedagógico, à Diretoria de Ensino.
§ 2° - A organização, funcionamento e demais disposições são
objeto de instruções regulamentares específicas, baixadas pelo
Comandante Geral.

CAPÍTULO VII
Das Seções de Saúde dos Corpos de Tropa

Art. 112 - As Seções de Saúde dos Corpos de Tropa destinam-se


a assegurar a execução do serviço de saúde no âmbito dos Corpos de
tropa.
§ 1º - As seções de Saúde são órgãos integrantes dos Corpos
de Tropa, a cujo comando, em conseqüência, ficam subordinados,
disciplinar e administrativamente.
§ 2° - As Chefias das seções de Saúde dos Corpos de Tropa
ficam subordinadas tecnicamente ao Diretor de Saúde.

TÍTULO XVII
Do Serviço de Manutenção

Art. 113 - O Serviço de Manutenção se incumbe das questões


relativas à manutenção do material bélico da Polícia militar.

Art. 114 - Compete ao Serviço de Manutenção:


I - assegurar a regularidade e o bom funcionamento do
material bélico da Corporação;
II - manter o Comando da Polícia militar informado dos
assuntos relativos à manutenção de material bélico, oferecendo
sugestões, em tempo oportuno, que auxiliem os órgãos de
planejamento;
III - ter sob sua responsabilidade e controle, material
necessário ao funcionamento e assistência técnica do material
bélico;
IV - fiscalizar e registrar o movimento diário de veículos
sob sua guarda e controle, com especificação da natureza e origem
da ordem de serviço;
V - manter um serviço de pronto-socorro em condições de
atender, ininterruptamente, a qualquer pedido de assistência em
incidentes, acidentes ou avarias, com viaturas da Corporação;
VI - vistoriar periodicamente o material bélico da
Corporação, de acordo com plano do Comando Geral.
Parágrafo único - O Serviço de manutenção terá um efetivo
estritamente necessário e especializado, destinado à manutenção do
material bélico, permitindo-se, porém, um número reduzido de
praças de polícia que se destinará ao serviço burocrático.

Art. 115 - O Serviço de Manutenção tem a seguinte


organização geral:
I - Chefia;
II - Estado Maior;
III - Subunidade de Comando;
IV - Oficinas de Manutenção.
Parágrafo único - A atual Oficina de Armeiros passa a
integrar o Serviço de Manutenção.

Art. 116 - A organização pormenorizada e atribuições


funcionais do Serviço de Manutenção, bem como as normas para
utilização e manutenção do material bélico da Polícia Militar,
serão objeto de regulamentação própria, a ser baixada pelo
Comandante Geral.

TÍTULO XVIII
Do Departamento de Instrução

Art. 117 - O Departamento de Instrução, Academia da Polícia


Militar, destina-se à formação, aperfeiçoamento e especialização
dos quadros de oficiais, sargentos e subtenentes da Polícia
Militar, e proporciona:
I - formação básica técnico-profissional e humanística aos
futuros aspirantes-a-oficial e sargentos, habilitando-os para o
exercício das diversas funções policiais;
II - especialização dos oficiais e sargentos para o exercício
de cargos, funções e atribuições que exijam conhecimentos e
técnicas especiais, com vistas a determinadas atividades da
Polícia Militar;
III - aperfeiçoamento dos oficiais para ingresso no
oficialato superior;
IV - conhecimentos de alta administração, comando e Estado
Maior aos oficiais, para ingresso no coronelato;
V - aperfeiçoamento dos sargentos e subtenentes.

Art. 118 - O Corpo Docente do D.I. é constituído de:


I - Oficiais instrutores, pertencentes ao quadro da Escola;
II - Oficiais instrutores, pertencentes ao quadro de outras
Unidades ou Corporações;
III - professores civis pertencentes ao quadro da Escola;
IV - professores civis admitidos por contratos, na forma da
lei;
V - professores legalmente habilitados, contratados para
regência de aulas extras, mediante remuneração “pro-labore”;
VI - subtenentes e sargentos monitores para assuntos de
ensino militar, ensino policial e educação física, designados pelo
Comandante da Escola.

Art. 119 - O Departamento de Instrução será objeto de


Regulamento específico.

TÍTULO XIX
Do Batalhão Escola

Art. 120 - O Batalhão Escola, com a denominação especial de


“Batalhão de Voluntários da Pátria” (BVP), destina-se à formação,
aperfeiçoamento e especialização dos quadros de Cabos e Policiais
da Polícia Militar, e proporciona:
I - formação básica técnico-profissional e humanística aos
futuros cabos e policiais, habilitando-os para o exercício das
diversas funções policiais;
II - especialização aos Cabos e Policiais para o exercício de
cargos, funções e atribuições que exijam conhecimento e técnicas
especiais, com vistas a determinadas atividades da Polícia
Militar;
III - aperfeiçoamento de Cabos e Policiais.

Art. 121 - O Batalhão Escola se constitui de:


I - Comandante;
II - Estado Maior;
III - Subunidade de Comando;
IV - Subunidades de instrução.
Parágrafo único - A organização pormenorizada e atribuições
funcionais do Batalhão Escola serão objeto de Portaria, baixada
pelo Comando Geral.

TÍTULO XX
Dos Colégios Estaduais Tiradentes da Polícia Militar

Art. 122 - Os Colégios Estaduais Tiradentes da Polícia


Militar, sediados, respectivamente, em Belo Horizonte, Juiz de
Fora, Diamantina, Uberaba, Governador Valadares, Bom Despacho,
Lavras, Barbacena, Montes Claros, Manhuaçu e Passos, são
estabelecimentos de ensino médio, os quais se destinam à prestação
de assistência educacional ao pessoal da Polícia Militar e seus
dependentes legais.

Art. 123 - O Colégio Estadual Tiradentes da Polícia Militar,


sediado em Belo Horizonte, se organizará como unidade
administrativa.
Parágrafo único - Os demais estabelecimentos de ensino,
sediados no interior, serão, para o efeito do artigo, integrados
na administração da Unidade de Polícia onde se localizam.
Art. 124 - A administração do ensino e sua fiscalização far-
se-ão nos termos da legislação específica.

Art. 125 - Os Colégios Estaduais Tiradentes serão objeto do


Regulamento específico.

TÍTULO XXI
Das Escolas “Caio Martins”

Art. 126 - As Escolas “Caio Martins” se incumbem de questões


relativas a amparo e educação, no meio rural, do menor desamparado
e do homem do campo.

Art. 127 - As Escolas “Caio Martins” serão objeto de


regulamento próprio.

TÍTULO XXII
Das Unidades de Polícia

CAPÍTULO I
Dos Batalhões de Polícia do Interior do Estado

Art. 128 - Os Batalhões de Polícia sediados no Interior do


Estado se incumbem da execução, na área de sua circunscrição, de
todas as atividades policiais-militares de responsabilidade da
Polícia Militar.
§ 1° - Os Batalhões de Polícia serão integrados de órgãos de
execução, constituídos de subunidades policiais e frações de
bombeiros e vigilância rural, em organização e efetivos, conforme
as necessidades e as características locais.
§ 2° - As frações de bombeiros e vigilância rural serão,
respectivamente, os Destacamentos Policiais de Bombeiros e as
Delegacias de Vigilância Rural, subordinados ou as companhias de
Polícia Militar ou diretamente ao Batalhão.

Art. 129 - Compete aos batalhões de Polícia do interior do


Estado:
I - executar o policiamento ostensivo, fardado, através de
patrulhas a pé, motorizadas ou montadas, a fim de assegurar o
cumprimento da lei, a manutenção da ordem e o exercício dos
poderes constituídos;
II - executar, de modo racional, todos os serviços de
policiamento confiados à Unidade;
III - inspecionar e fazer inspecionar os destacamentos,
patrulhas, diligências e demais serviços da Unidade;
IV - manter um serviço de reclamações, a fim de receber as
queixas do público, relacionadas com o serviço policial executado
pela Unidade;
V - executar policiamento de trânsito;
VI - exercer policiamento ostensivo de diversões e sessões
especiais:
VII - executar o patrulhamento de áreas e setores;
VIII - empenhar-se no sentido da integração social, com base
na valorização dos esforços comunitários;
IX - promover campanhas tendentes a prevenção dos atos que
atentem contra a vida, os costumes, o patrimônio e a tranqüilidade
social;
X - exercer a polícia de capturas, na conformidade das
disposições legais;
XI - promover o aprimoramento dos métodos e processos
policiais e militares, bem como o grau de disciplina da tropa,
visando a elevar os níveis de eficiência e rendimento do trabalho;
XII - cooperar com as autoridades federais, estaduais ou
municipais, no sentido do fornecimento e obtenção de dados que
forem necessários ao exercício eficiente de sua competência;
XIII - dirigir, coordenar, fiscalizar e executar os trabalhos
de policiamento em geral;
XIV - manter guardas e seguranças em cadeias, xadrezes e
presídios;
XV - manter guarda e segurança de estabelecimento e prédios
públicos, instalações vitais, prédios particulares e outros, de
conformidade com planos e ordens;
XVI - executar guardas e escoltas de honra;
XVII - assistir as empresas públicas e particulares nas
medidas de segurança física;
XVIII - exercer, supletivamente, as atividades de polícia de
tráfego nas estradas, adotando o código e regulamento de trânsito
e o de sinalização de estradas federais, mediante entendimentos
com os órgãos próprios Federais e Estaduais;
XIX - executar as atividades compreendidas como “Serviços de
Bombeiros”, quando tiver fração subordinada de Bombeiros;
XX - executar as atividades de polícia previstas nos Códigos
Florestal, Caça e Pesca, quando tiver fração subordinada de
Vigilância Rural, tendo em vista Convênio com o Instituto Estadual
de Florestas;
XXI - assistir as populações locais, através de medidas
sanitárias, assistência e cooperação, de acordo com planos e
ordens;
XXII - atuar na repressão de desordens e agitações civis, em
locais ou áreas específicas;
XXIII - estar em condições de atendimento, para prevenir ou
reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção;
XXIV - executar diligências e escoltas de presos;
XXV - concentrar todo o esforço e atenção nos destacamentos
policiais, criando e desenvolvendo a compreensão de que aí se
desenvolve a atividade básica e fundamental da Corporação;
XXVI - dar aos seus destacamentos policiais todo apoio
necessário, seja material, seja humano, seja técnico-profissional,
fazendo visitas e inspeções periódicas e facilitando o perfeito
desempenho de suas funções.
Parágrafo único - A ação do Batalhão de Polícia deverá fazer-
se em perfeita harmonia com o Delegado de Polícia.
Art. 130 - Cada Batalhão de Polícia se constitui de:
I - Comandante;
II - Estado Maior;
III - Subunidades.
Parágrafo único - A organização pormenorizada dos batalhões
de Polícia será objeto de Portaria, baixada pelo Comandante Geral.

Art. 131 - Os batalhões de Polícia sediados no interior do


Estado serão descentralizados, geograficamente, a fim de que a
ação policial afeta a Unidade seja completa e obtenha melhor
rendimento.
§ 1º - Para esse fim, a circunscrição de cada Batalhão será
dividida em zonas policiais em que se localizarão as Companhias da
Unidade.
§ 2º - A delimitação das zonas poderá sofrer alterações e
adaptações, sempre que o interesse público o exigir.

CAPÍTULO II
Das Subunidades de Polícia do Interior do Estado

Art. 132 - As Companhias de Polícia constituem Subunidades


dos Batalhões de Polícia, dotadas de meios próprios materiais e
humanos em condições de poderem executar, com o máximo de
eficiência os serviços a seu cargo, dentro de suas respectivas
zonas de ação.

Art. 133 - As Companhias de Polícia serão organizadas e


funcionarão dentro de um esquema padrão, atendendo-se as
peculiaridades que sejam inerentes ao tipo e ao volume de serviço
atribuído a quaisquer delas.

Art. 134 - Possuirão uma Seção de Comando, além de


Contingentes, Destacamentos e Postos Policiais que sejam criados
dentro de suas respectivas zonas de ação.

Art. 135 - Serão comandadas por um capitão e contarão com


efetivo de oficiais e praças em número necessário ao desempenho de
suas atribuições, sendo de duzentos (200) homens o efetivo máximo
de cada uma delas.
Parágrafo único - Quando o efetivo da Companhia destacada
ultrapassar de 200 homens, será desdobrada em outra Companhia,
conforme as disposições deste Regulamento.

Art. 136 - A localização da Companhia de Polícia dentro de


sua zona de responsabilidade, deve recair em cidade de município
que indique condições de densidade populacional, vias de
comunicação e índice criminógeno, além, de outros fatores.
Art. 137 - Os serviços internos e administrativos das
Companhias de Polícia serão executados nos termos dos regulamentos
vigentes.

Art. 138 - As operações policiais serão executadas de


conformidade com as normas de ação adotadas pelo Comando Geral na
realização dos serviços.

Art. 139 - Compete especificamente as Companhias de Polícia:


I - executar o policiamento ostensivo, fardado, através de
patrulhas a pé, motorizadas ou montadas, dentro dos planos das
Unidades;
II - executar, de modo racional, todos os serviços de
policiamento confiados a Subunidade;
III - estar em permanente contato com os destacamentos,
patrulhas, diligências e demais serviços;
IV - receber as queixas do público, relacionadas com o
serviço afeto a Unidade e investigar as suas causas, comunicando
ao Comandante do batalhão, mesmo que as tenham solucionado;
V - executar o policiamento de trânsito, supletivamente,
desde que não haja corporação policial encarregada desse mister;
VI - exercer policiamento ostensivo de diversões e sessões
especiais, dentro dos planos da Unidade;
VII - atender as requisições das autoridades competentes;
VIII - dirigir, coordenar, fiscalizar e executar os trabalhos
de policiamento afetos a sua Subunidade;
IX - manter a guarda e a segurança de cadeias, xadrezes e
presídios, dentro dos planos da Unidade;
X - manter a guarda e a segurança de estabelecimentos e
prédios públicos, instalações vitais, prédios particulares e
outros, dentro dos planos da Unidade;
XI - executar, supletivamente, as atividades de polícia de
tráfego nas estradas, adotando o Código e regulamentos de trânsito
e o de sinalização de estradas federais, mediante entendimentos
com os órgãos próprios Federais e Estaduais;
XII - executar as atividades de polícia previstas nos Códigos
Florestal, Caça e Pesca, quando tiver fração subordinada de
Vigilância Rural, de acordo com convênio com o Instituto Estadual
de Florestas;
XIII - executar as atividades compreendidas como “Serviços de
Bombeiros”, quando tiver fração subordinada de Bombeiros;
XIV - assistir as populações locais, através de medidas
sanitárias, assistência e cooperação, dentro dos planos da
unidade;
XV - atuar na repressão de desordens e agitações civis,
conforme planos e ordens;
XVI - estar em condições de atendimento, para prevenir ou
reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção;
XVII - executar diligências e escoltas e a polícia de
capturas, na conformidade dos planos e ordens;
XVIII - coordenar seus trabalhos com as autoridades
competentes;
XIX - cooperar com as autoridades estaduais, federais ou
municipais, no sentido do fornecimento e obtenção de dados que
forem necessários ao exercício eficiente de sua competência;
XX - executar patrulhamento de áreas e setores;
XXI - cooperar nas campanhas tendentes a prevenção dos atos
que atentem contra a vida, os costumes, o patrimônio e a
tranqüilidade social;
XXII - adotar métodos e processos de ação policial-militar,
racionais e eficientes.

CAPÍTULO III
Dos Destacamentos

Art. 140 - Os Destacamentos Policiais, de Bombeiros ou


Delegacias de Vigilância Rural, são órgãos menores, com efetivo
máximo de cinqüenta (50) homens, cujo comando será exercido:
I - por oficial subalterno, quando o efetivo for superior a
trinta (30) homens;
II - por subtenente, quando o efetivo variar entre vinte e um
(21) e trinta (30) praças;
III - por primeiro sargento, quando o efetivo variar de
dezesseis (16) a vinte (20) praças;
IV - por segundo sargento, quando o efetivo variar entre (11)
e quinze (15) praças;
V - por terceiro sargento, quando o efetivo variar entre
quatro (4) e dez (10) praças;
VI - por cabo, quando, finalmente, o efetivo for de 3 (três)
praças ou menos.
§ 1° - O Destacamento cujo efetivo ultrapassar de cinqüenta
(50) homens, deverá ser transformado em Companhia destacada,
subordinados a ela os Destacamentos vizinhos, desde que seus
efetivos reunidos não sejam superiores a duzentos (200) homens.
§ 2° - Nas cidades sedes de Batalhões, o policiamento será
feito pela Companhia ou Companhias que estacionarem na sede,
dirigido, coordenado e fiscalizado pelo Comando da Unidade.

Art. 141 - O pessoal dos Destacamentos somente deverá ser


empregado nos misteres da profissão, cabendo responsabilidade a
quem desviá-los das funções.

CAPÍTULO IV
Do Destacamento Policial

Art. 142 - O Destacamento Policial se incumbe, na zona em que


estiver destacado, da execução imediata das atividades policiais
comuns, afetas à Unidade a que pertence.

Art. 143 - Compete ao Destacamento Policial:


I - executar o policiamento ostensivo, fardado, da zona sob
sua responsabilidade;
II - executar, de modo racional e dentro dos planos e ordens,
os serviços policiais afetos ao Destacamento;
III - manter permanente ligação com seus superiores
funcionais;
IV - manter permanente contato com seus subordinados e
serviços;
V - executar o policiamento de trânsito, dentro de planos e
ordens;
VI - exercer policiamento ostensivo de diversões e sessões
especiais, dentro dos planos da Subunidades;
VII - atender as requisições das autoridades competentes;
VIII - manter guardas e segurança de cadeias e xadrezes,
dentro dos planos da Subunidade;
IX - manter guardas e segurança de estabelecimentos e prédios
públicos, instalações vitais, prédios particulares e outros,
dentro de planos e ordens;
X - executar, supletivamente, as atividades de polícia de
tráfego nas estradas, adotando o Código e Regulamento de Trânsito
e o de sinalização de estradas federais, mediante planos da
Subunidade de mediante entendimentos com os órgãos próprios
Federais ou Estaduais;
XI - assistir às populações locais, através de medidas
sanitárias, assistência e cooperação, na conformidade de planos e
ordens;
XII - adotar medidas de prevenção de crimes e contravenções,
em coordenação com as autoridades policiais competentes;
XIII - atuar na repressão de desordens e agitações civis,
conforme planos e ordens;
XIV - estar em condições de atendimento, para prevenir ou
reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção;
XV - executar diligências e escoltas e a polícia de captura,
na conformidade de planos e ordens;
XVI - coordenar seus trabalhos com as autoridades policiais
competentes;
XVII - executar patrulhamento de áreas e setores;
XVIII - adotar métodos e processos de ação policial,
racionais e eficientes;
XIX - cooperar com as autoridades estaduais, federais e
municipais, no sentido do fornecimento e obtenção de dados que
forem necessários, dentro de planos e ordens;
XX - executar os planos de policiamento e operações
policiais, na respectiva zona.

CAPÍTULO V
Do Destacamento Policial de Bombeiros

Art. 144 - O Destacamento Policial de Bombeiros se incumbe,


na zona em que estiver destacado, da execução das atividades que
se relacionam com prevenção e extinção de incêndios e salvamento.

Art. 145 - Compete ao Destacamento de Bombeiros:


I - prevenir incêndios e sinistros em geral;
II - combater incêndios, inclusive nos aeroportos civis e
militares, quando para isso houver solicitação de autoridade
competente;
III - salvar vidas e materiais, nos casos de calamidade
pública, incêndio, desmoronamento, inundações, afogamento e outros
sinistros;
IV - proteger a vida em lagos ou rios, onde haja afluência
pública numerosa ou não;
V - fornecer água, excepcionalmente, aos hospitais, quartéis,
escolas ou habitações coletivas, quando localizadas em zonas da
cidade e seja notório acidente em rede ou escassez de
abastecimento;
VI - prestar socorro em local onde tenha ocorrido acidente ou
seja este iminente, ou sempre que se fizer necessário o emprego de
pessoal ou material especializado;
VII - exercer a segurança e policiamento em todas as partes
ou locais onde suas guarnições existam ou tenham atividades;
VIII - assistir as administrações locais no cumprimento das
disposições preventivas de incêndios;
IX - oferecer às prefeituras municipais, quanto à prevenção
de incêndios, os meios de assistência e fiscalização
indispensáveis a esse fim.
Parágrafo único - Só poderão integrar o Destacamento Policial
de Bombeiros oficiais com o curso da especialidade e praças com
qualificação policial-militar correspondente, os quais não poderão
ser afastados dos Destacamentos a não ser por interesse do
serviço.

CAPÍTULO VI
Da Delegacia de Vigilância Rural

Art. 146 - A Delegacia de Vigilância Rural se incumbe, na


zona em que estiver localizada, das medidas de polícia previstas
nos Códigos Florestal, Caça e Pesca, delegadas à Polícia Militar
pelo Governo Federal.

Art. 147 - Compete especificamente a Delegacia de Vigilância


Rural:
I - executar o policiamento florestal de caça e pesca,
prevenção e extinção de incêndios florestais, através de patrulhas
rurais;
II - proteger as florestas contra os danos conseqüentes da
ação do homem por meios coercitivos e pela educação florestal;
III - controlar as explorações florestais, estabelecendo
normas e concedendo licenças;
IV - executar o serviço de guarda e fiscalização da área
florestal que lhe for confiada;
V - difundir a legislação florestal, através de campanhas
educativas;
VI - conceder licenças para desmates, queimadas, transportes
de produtos e subprodutos florestais;
VII - cooperar com a autoridade competente na prevenção e
repressão dos crimes e contravenções de natureza comum, nas zonas
de sua jurisdição;
VIII - exercer a polícia judiciária, prevista nos Códigos
Florestal e de Caça e Pesca;
IX - assistir às populações rurais, através de medidas
sanitárias, assistência e cooperação;
X - colaborar com entidades públicas e privadas em trabalhos
de reflorestamento;
XI - conceder licença para caça e pesca;
XII - exercer policiamento em locais destinados a exposições
agropecuárias, competições esportivas de tiro ao vôo, de caça e
jornadas de pesca.

CAPÍTULO VII
Dos Batalhões de Polícia da Capital do Estado

Art. 148 - Os Batalhões de Polícia sediados na Capital do


Estado tem a mesma competência e organização dos Batalhões de
Polícia sediados no interior, não possuindo, entretanto,
Destacamentos Policiais, de Bombeiros e Delegacias de Vigilância
Rural.
Parágrafo único - Poderão, entretanto, destacar subunidades
ou frações menores, a fim de facilitar o controle e fiscalização
dos serviços policiais. Nesse caso, adotarão as normas aplicáveis
aos Batalhões de Polícia do Interior.

CAPÍTULO VIII
Do Batalhão de Guardas

Art. 149 - O Batalhão de Guardas, além das atribuições


normais às Unidades de Polícia, incumbe-se primacialmente da
guarda e segurança policial-militar, permanente ou temporária, de
prédios públicos e particulares e da repressão a agitações civis
ou a grave subversão da ordem, na conformidade dos planos e ordens
do Comando Geral;

Art. 150 - Compete ao Batalhão de Guardas:


I - manter guarda e segurança em prédios públicos, na
conformidade dos planos e ordens do Comando Geral;
II - manter guarda e segurança de instalações vitais, prédios
particulares e outros, de conformidade dos planos e ordens do
Comando Geral;
III - atuar na repressão de desordens e agitações civis, em
locais ou áreas, de conformidade com planos e ordens do Comando
Geral;
IV - estar em condições de atendimento, para prevenir e
reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção;
V - executar policiamento ostensivo, preventivo ou
repressivo, a fim de assegurar a ordem pública, ou restabelecê-la,
em caso de sua perturbação em áreas da Capital ou do Interior do
Estado;
VI - assistir às empresas públicas e particulares nas medidas
de segurança física;
VII - executar outras atribuições e missões, de conformidade
com planos e ordens do Comando Geral;
VIII - executar guardas e escoltas de honra.

Art. 151 - O Batalhão de Guardas tem a seguinte organização


geral:
I - Comandante;
II - Estado Maior;
III - Subunidades.
Parágrafo único - A organização pormenorizada do Batalhão de
Guardas será objeto de Portaria do Comandante Geral.

CAPÍTULO IX
Do Regimento de Cavalaria

Art. 152 - O Regimento de Cavalaria de Minas, em razão de


suas características principais, se incumbe de atribuições comuns
às Unidades de Polícia Militar em que se requeiram grande
mobilidade, rapidez e flexibilidade de ação policial-militar.

Art. 153 - Compete especificamente ao Regimento de cavalaria


de Minas:
I - executar policiamento ostensivo, em ações rápidas e
flexíveis, em qualquer zona ou área;
II - executar policiamento ostensivo em que se permite
intervir em zonas ou áleas impraticáveis a outro tipo de ação
policial;
III - atuar, preventiva ou repressivamente, cobrindo grande
raio de ação;
IV - atuar na repressão de desordens e agitações civis, em
locais ou áreas, agindo com flexibilidade de ação, de conformidade
com planos e ordens do Comando Geral;
V - agir, em razão de sua mobilidade, para pronto
atendimento, onde sua presença se faça necessária;
VI - estar em condições de atendimento, para prevenir ou
reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção;
VII - executar guardas e escoltas de honra;
VIII - atuar de modo específico, em policiamento de trânsito,
rodoviário ou de qualquer outra modalidade;
IX - executar outras atribuições e missões, de acordo com
planos e ordens do Comando Geral.

Art. 154 - O Regimento de Cavalaria de minas se constitui de:


I - Comandante;
II -Estado Maior;
III - Esquadrões.
§ 1° - O Serviço de Cães compreenderá o canil central e canis
regionais, estes nas Unidades, Companhias e Destacamentos do
interior do Estado.
§ 2° - Os Esquadrões Motorizados congregarão pessoal e
viaturas policiais da Corporação dotadas de rádio, utilizadas no
policiamento da Capital.
§ 3° - A organização pormenorizada do Regimento de Cavalaria
de Minas será objeto de Portaria baixada pelo Comandante Geral.

TÍTULO XXIII
Das Unidades de Bombeiros

Art. 155 - As Unidades de Bombeiros são os Batalhões de


Bombeiros que se incumbem em suas áreas de ação, da coordenação,
controle e execução das atividades que se relacionam com prevenção
e extinção de incêndios e salvamento.

Art. 156 - Compete especificamente aos batalhões de


Bombeiros:
I - prevenir incêndios e sinistros em geral;
II - combater incêndios, inclusive nos aeroportos civis e
militares, quando para isso houver solicitação de autoridade
competente;
III - salvar vidas e materiais nos casos de calamidade
pública, incêndio, desmoronamento, inundação, afogamento e outros
sinistros;
IV - proteger a vida, em lagos ou rios, onde haja afluência
pública, numerosa ou não;
V - fornecer água, excepcionalmente, aos hospitais, quartéis,
escolas ou habitações coletivas, quando localizadas em zonas da
cidade e seja notório acidente em rede ou escassez de
abastecimento;
VI - prestar socorro em local onde tenha ocorrido acidente ou
seja este iminente, ou sempre que se fizer necessário o emprego de
pessoal ou material especializado;
VII - exercer a segurança e policiamento em todas as partes
ou locais onde suas guarnições existam ou tenham atividades;
VIII - assistir as administrações locais no cumprimento das
disposições preventivas de incêndios;
IX - oferecer às prefeituras municipais, quanto à prevenção
de incêndios, os meios de assistência e fiscalização
indispensáveis a esse fim.

Art. 157 - Cada Batalhão de Bombeiros se constitui de:


I - Comandante;
II - Estado Maior;
III - Subunidades.
Parágrafo único - A organização pormenorizada dos batalhões
de Bombeiros será objeto de Portaria baixada pelo Comandante
Geral.

CAPÍTULO ÚNICO
Da Subunidade Escola do 1° Batalhão de Bombeiros

Art. 158 - Haverá uma Companhia Escola, estruturada


organicamente no 1° Batalhão de Bombeiros, encarregada, como órgão
técnico, da formação dos policiais destinados aos serviços de
bombeiros.

Art. 159 - A Companhia Escola será organizada e funcionará de


forma a promover a especialização técnica de oficiais graduados e
policiais a serem empregados nos serviços de bombeiros, além de
manter a instrução de conservação e aperfeiçoamento.

Art. 160 - A Companhia Escola será comandada por um capitão e


contará com efetivo de oficiais e praças em número necessário ao
desempenho de suas atribuições.

Art. 161 - Os serviços internos e administrativos da


Companhia Escola serão executados nos termos dos regulamentos
vigentes.

Art. 162 - A organização e funcionamento da Companhia Escola


serão objeto de Portaria, baixada pelo Comandante Geral.

TERCEIRA PARTE
Das atribuições inerentes a cada posto, graduação e função

TÍTULO I
Do comando e administração

CAPÍTULO I
Do Comandante Geral

Art. 163 - Ao Comandante Geral, na qualidade de Comandante da


Polícia Militar, incumbe planejar, organizar, dirigir, coordenar e
controlar, mediata ou imediatamente as atividades da Polícia
Militar, zelando para que se observe rigorosa e fielmente sua
competência.

Art. 164 - Compete ao Comandante Geral, além de outras


atribuições previstas em leis e regulamentos:
I - praticar os atos necessários ao regular funcionamento da
Polícia Militar e que por lei não forem de competência do
Governador do Estado;
II - supervisionar e fiscalizar todos os serviços da Polícia
Militar, praticando quaisquer atos que assegurem a plena
realização de seus objetivos;
III - delegar atribuições de sua competência, que poderá
novamente avocar, a seu critério;
IV - assessorar o Governador do Estado nos assuntos relativos
à Polícia nos assuntos relativos à Polícia Militar;
V - propor ao Governador do Estado a expedição de atos
relativos a pessoal da Polícia Militar, não incluídos em sua
competência;
VI - ordenar o empenho de despesas por conta de verbas ou
créditos relativos à Polícia Militar;
VII - autorizar despesas e assinar as respectivas ordens;
VIII - solicitar as providências que se fizerem necessárias à
abertura de créditos suplementares, especiais e extraordinários;
IX - decidir sobre reclamações, proferir despechos e
solucionar questões administrativas;
X - entender-se com o Chefe do Poder Executivo ou com o
Secretário da segurança pública, sobre todos os assuntos relativos
à Polícia Militar;
XI - determinar às Unidades as providências para o
cumprimento de seus objetivos;
XII - elogiar servidor da Polícia Militar e impor-lhe
penalidades;
XIII - proceder ou mandar proceder a sindicâncias, inquéritos
policiais-militares ou a processos administrativos para a apuração
de fatos ou irregularidades, que cheguem ao seu conhecimento;
XIV - nomear as comissões previstas nos regulamentos e as que
julgar indispensáveis ao bom andamento do serviço, e por livre
escolha as que reclamarem aptidões especiais ou dependerem de sua
confiança especial;
XV - corresponder-se diretamente com o Chefe do Poder
executivo e com as autoridades civis e militares;
XVI - atender a convocação do Governo Federal, inclusive
mobilização, em decorrência da condição da Polícia Militar ser
reserva do Exército;
XVII - preencher os cargos vagos, mediante propostas das
autoridades interessadas;
XVIII - nomear Aspirante a Oficial e preencher as vagas de
Subtenentes, Sargentos, Cabos e Policiais, na forma da lei;
XIX - mandar submeter a inspeção de saúde pela Junta militar
de Saúde os servidores da Polícia Militar que requerem licença,
engajamento, reforma, aposentadoria, posse, etc.;
XX - mandar averbar o tempo de serviço prestado pelos
oficiais e praças, na forma da lei.
§ 1° - todos os atos normativos, gerais ou especiais, que
regulem situações no âmbito da Corporação, devem ser praticados
pelo Comandante Geral.
§ 2° - Todas as providências, junto aos órgãos civis, deverão
ser tomadas através do Comandante Geral ou por delegação expressa
dessa autoridade.
§ 3° - Toda correspondência, bem como qualquer outra
providência dirigida à Inspetoria Geral das Polícias Militares
(IGPM) será praticada pelo Comandante Geral da Polícia Militar ou,
em caso de impedimento, pelo seu substituto legal.
§ 4° - Ao Comandante Geral cabe responsabilizar os
subordinados por tudo que fizerem ou deixarem de fazer.
§ 5° - Todas as ordens de uma Unidade superior a uma
subordinada, devem ser dadas pelo Comandante Superior ao
Comandante imediatamente subordinado, não se observando esta
cadeia de comando somente em situações de urgência, e nessa
circunstância, ambos os Comandantes, tanto o que expedir como o
que receber a ordem, devem dar conhecimento da mesma aos
Comandantes intermediários, o mais cedo possível.
§ 6° - As unidades e Serviços ligar-se-ão ao Comando Geral
através dos órgãos do comando, conforme a natureza do assunto.

CAPÍTULO II
Do Chefe do Estado Maior

Art. 165 - O Chefe do Estado Maior é o principal elemento de


coordenação e de assessoramento do Comandante Geral. Supervisiona
e dirige o trabalho do Estado Maior, tendo em vista a unidade de
ação. Encaminha as decisões do Comandante Geral aos Oficiais do
Estado Maior para a preparação das ordens necessárias, ou
transmiti-las, já sob a forma de ordem, diretamente aos elementos
executantes. Nesse caso, informará sobre as ordens que expediu aos
oficiais do Estado Maior nelas interessados.

Art. 166 - Compete ao Chefe do Estado Maior, além de outras


atribuições previstas em leis e regulamentos:
I - estabelecer e difundir as normas para o funcionamento
geral do Estado Maior;
II - supervisionar, dirigir e coordenar os trabalhos do
Comando Geral da Polícia Militar, nisto incluindo:
1 - atividades dos órgãos do Estado Maior;
2 - relações dos órgãos entre si;
3 - relações com os órgãos subordinados.
III - tomar conhecimento das decisões do Comandante Geral e
em conseqüência:
1 - assentar as decisões complementares que se fizerem
necessárias;
2 - distribuir, pormenorizadamente, as tarefas, tendo em
vista a preparação de planos e ordens, coordenando a execução
progressiva desse trabalho e submetendo os documentos resultantes
à aprovação do Comandante Geral.
3 - orientar as Diretorias, Unidades e órgãos interessados,
das intenções do Comandante geral.
IV - assegurar-se de que todas as instruções expedidas aos
elementos subordinados estejam de acordo com os objetivos da
Polícia Militar;
V - verificar, pessoalmente e por meio dos oficiais do Estado
Maior, se as ordens e instruções do Comandante Geral estão sendo
executadas;
VI - realizar o estudo continuado da situação, a fim de não
se surpreender pelos acontecimentos futuros;
VII - examinar os relatórios do Estado Maior, antes de
apresenta-los ao Comandante geral;
VIII - determinar que todos os oficiais do Estado Maior lhe
dêem conhecimento de qualquer ordem que lhes tenha sido dada
diretamente pelo Comandante Geral;
IX - reunir freqüentemente o Estado Maior para uma apreciação
do trabalho realizado na etapa anterior e antecipar idéias quanto
aos trabalhos do período seguinte;
X - fiscalizar diretamente os Corpos de Tropa e
Estabelecimentos da Polícia Militar, quando julgar conveniente.
§ 1° - O Chefe do Estado Maior é o Subcomandante Geral da
Polícia militar, tendo, para tanto, precedência sobre os demais
oficiais do mesmo posto.
§ 2° - As unidades, Subunidades isoladas e os Serviços são
subordinados hierárquica e disciplinarmente ao Comandante Geral,
através do Chefe do Estado Maior.

CAPÍTULO III
Do Diretor de Operações

Art. 167 - O Diretor de Operações é o auxiliar do Chefe do


Estado Maior no cumprimento imediato da competência da Polícia
militar de manutenção da ordem pública e segurança interna.

Art. 168 - Compete ao Diretor de Operações, além de outras


atribuições que possam receber de acordo com leis ou regulamentos:
I - dirigir e coordenar os trabalhos dos órgão do Estado
Maior Geral;
II - dirigir e coordenar os trabalhos da Central de Operações
policiais;
III - praticar os atos necessários à fiel execução da
competência do Estado Maior Geral;
IV - coordenar a elaboração de planos para futuras operações
policiais-militares;
V - controlar a execução das operações policiais-militares em
curso;
VI - desempenhar outras atribuições que lhe forem
determinadas pelo Chefe do Estado Maior.
Parágrafo único - O Diretor de Operações exerce o comando
operacional das Unidades de emprego da Corporação.

CAPÍTULO IV
Do Inspetor Geral

Art. 169 - Ao Inspetor Geral compete, além de outras


atribuições previstas em leis e regulamentos:
I - administrar a Inspetoria Geral, zelando para que se
observe rigorosa e fielmente sua competência;
II - realizar inspeções;
III - apresentar relatórios;
IV - presidir as sindicâncias, inquéritos ou processos
administrativos, ou lhes designar presidente;
V - emitir ou subscrever pareceres em matéria de sua
competência;
VI - examinar os casos de faltas disciplinares que afetem os
objetivos da Polícia Militar, e fazer recomendações;
VII - aplicar penas, dentro da competência que lhe for
designada no Regulamento Disciplinar;
VIII - propor nomeação de Conselho de Justificação;
IX - emitir parecer em processos administrativos, conselhos
de disciplina e processos oriundos dos conselhos de justificação;
X - indicar ao Comandante Geral, por intermédio do Chefe do
Estado Maior, com base em processos dos Conselhos de Justificação,
o afastamento do oficial que se revelar moral e profissionalmente
incapaz;
XI - encaminhar ao chefe do Estado Maior, para exame e
solução, os inquéritos que realizar, por delegação daquela
autoridade ou do Comandante Geral.
XII - realizar inspeções, regulares ou incertas, nas
Unidades, Estabelecimentos, Serviços e Destacamentos, para
verificações administrativas, disciplinares, de material e de
fundos;
XIII - instaurar, por sua iniciativa, durante as inspeções
aludidas no inciso anterior, inquéritos e sindicâncias sobre as
infrações encontradas no lugar inspecionado;
XIV - aplicar penas disciplinares, no decurso das inspeções,
fazendo-as publicar no boletim interno da unidade inspecionada;
XV - fiscalizar a apresentação do pessoal, fazendo apresentar
preso à sua Unidade aquele que for encontrado em via pública com o
uniforme alterado;
XVI - fornecer ao Diretor de Operações dados relativos aos
delegados Especiais, no que diz respeito às suas qualidades ou
condições apreciadas, para fins de confecção de fichas de
promoção.
§ 1° - O Inspetor geral terá um número de auxiliares
necessários ao desempenho da plena competência da inspetoria
geral.
§ 2° - O Inspetor Geral é o assistente imediato do Chefe do
Estado Maior e tem precedência funcional sobre Diretores,
Comandantes e Chefes de Corpos, Estabelecimentos e Repartições.

CAPÍTULO V
Do Diretor de Diretoria

Art. 170 - Ao Diretor de Diretoria compete:


I - administrar a Diretoria, zelando por que se observem
rigorosa e fielmente sua competência;
II - dirigir, orientar e coordenar, tecnicamente no âmbito de
suas atribuições;
III - assessorar o Comandante geral nos assuntos de sua
competência;
IV - encaminhar ao Comandante geral, através da Chefia do
Estado Maior, as conclusões relativas aos atos de sua execução;
V - propor a expedição de atos necessários, desde que escapem
de sua competência;
VI - fiscalizar os serviços no âmbito de suas atribuições;
VII - apresentar relatórios e propor medidas.
Parágrafo único - o Diretor de Diretoria se liga diretamente
às Unidades e Serviços nos assuntos de sua competência.

CAPÍTULO VI
Do Chefe do Serviço ou Seção do Estado Maior

Art. 171 - Ao Chefe de Serviço ou Seção do Estado Maior


Compete:
I - administrar o Serviço ou Seção, zelando para que se
observe rigorosa e fielmente sua competência;
II - dirigir, orientar e coordenar, tecnicamente, os
assuntos, no âmbito de suas atribuições;
III - praticar todos os atos e medidas no âmbito de suas
atribuições;
IV - exercer ação disciplinar sobre seus auxiliares diretos;
V - propor à autoridade superior atos e medidas, desde que
escapem de sua competência;
VI - apresentar relatórios e propor medidas.

CAPÍTULO VII
Do Chefe de Gabinete

Art. 172 - Ao Chefe de Gabinete compete:


I - dirigir o Gabinete respectivo, adotando providências
imediatas para a solução dos casos urgentes e resolver aqueles
que, por sua natureza, não exijam decisão da autoridade
competente;
II - desempenhar atividades de coordenação;
III - supervisionar o preparo do expediente a ser assinado ou
despachado pela autoridade e de sua competência pessoal;
IV - atender às partes e encaminhá-las à autoridade ou
marcar-
lhes a audiência;
V - supervisionar o serviço de redação, informações e
relações públicas;
VI - determinar as atribuições dos oficiais e auxiliares do
Gabinete e distribuir-lhes tarefas;
VII - colaborar com a autoridade nos assuntos da competência
desta, prestando-lhe informações;
VIII - praticar ou determinar que se pratiquem os atos
necessários a fiel execução da competência do Gabinete;
IX - desempenhar outras atribuições que lhe forem
determinadas pela autoridade respectiva.

CAPÍTULO VIII
Do Comandante de Unidade

Art. 173 - O Comandante de Unidade é responsável pela sua


administração, instrução e emprego; cumpre-lhe, além dos encargos
que lhe são taxativamente atribuídos pelos diversos regulamentos,
as atribuições e deveres seguintes:
I - superintender todos os serviços e elementos da unidade,
facilitando, contudo, o livre exercício das funções de seus
subordinados, para que desenvolvam o espírito de iniciativa,
indispensável a consecução dos objetivos da Polícia Militar e
sintam a responsabilidade decorrente;
II - ter a iniciativa necessária ao exercício do comando e
usá-la sob sua inteira responsabilidade;
III - esforçar-se para que os seus subordinados façam do
cumprimento do dever civil e profissional um verdadeiro culto, e
exigir que pautem sua conduta pelas normas da mais severa moral,
compelindo-os a satisfazerem seus compromissos morais e
pecuniários, inclusive de assistência a família, e punindo-os se
se mostrarem recalcitrantes na satisfação de tais compromissos;
IV - imprimir a todos os seus atos, como exemplo, a máxima
correção, pontualidade e justiça;
V - velar para que os oficiais sob seu comando sirvam, em
tudo e por tudo, de exemplo aos subordinados;
VI - zelar para que, pelos diversos elementos da Unidade,
sejam fielmente observadas todas as disposições regulamentares, e
exista entre eles a maior coesão e uniformidade, de modo a ser
sempre mantida a indispensável unidade de instrução,
administração, disciplina e serviços;
VII - procurar, com o máximo critério, conhecer os seus
oficiais, observando cuidadosamente suas capacidades física,
intelectual e de trabalho e suas virtudes e defeitos, não só para
formar juízo próprio, como para prestar, com exatidão, as
informações regulamentares e outras que forem necessárias;
VIII - providenciar para que a Unidade possa cumprir rigorosa
e fielmente sua competência;
IX - coordenar, controlar e fiscalizar, de modo racional,
todos os serviços de policiamento confiados a elementos da
Unidade;
X - inspecionar e fazer inspecionar os destacamentos,
patrulhas, diligências e demais serviços da Unidade;
XI - orientar, pessoalmente, ou por intermédio dos órgãos
competentes, os comandados sobre a conduta que devem ter para com
as autoridades civis e o público em geral;
XII - manter-se em contato pessoal ou por intermédio dos
oficiais competentes com as autoridades civis, junto às quais seus
comandados prestem serviços;
XIII - organizar e fazer executar, mantendo-o sempre
atualizado, um serviço estatístico das ocorrências policiais
atendidas por seus comandados, encaminhando nos prazos devidos ao
Comando Geral um relatório sobre as mesmas;
XIV - providenciar no sentido de que a Sala de Operações
Policiais da unidade esteja permanentemente atualizada;
XV - destacar, se não houver ordem em contrário, remover ou
recolher os oficiais e praças da circunscrição atribuída a sua
Unidade, a bem da disciplina ou a pedido próprio, nos casos
devidamente justificáveis, tomando as providências complementares
que se fizerem necessárias. Nos demais casos, somente mediante
autorização do Comando Geral, através da Diretoria de Operações;
XVI - cumprir cuidadosamente as obrigações que lhe forem
impostas pela legislação do serviço militar;
XVII - organizar o horário da Unidade, submetendo-o à
aprovação do Comandante Geral;
XVIII - transcrever, a seu juízo, em boletim, as recompensas
concedidas pelos comandos subordinados;
XIX - prestar homenagens aos seus subordinados mortos que
durante sua permanência na Polícia Militar se tornaram dignos, e
publicar em boletim referencia especial que enalteça as suas
virtudes cívicas e profissionais;
XX - atender as ponderações justas de todos os seus
subordinados, quando feitas em termos e desde que sejam de sua
competência;
XXI - retificar em boletim, justificando, qualquer nota
publicada no aditamento de comandos subordinados, quando estes,
depois de observados, não tenham feito a necessária correção, sem
prejuízo de qualquer providencia de ordem disciplinar, que julgue
necessário;
XXII - conceder aos oficiais e praças férias, dispensas, de
serviço e trânsito, de conformidade com a legislação em vigor;
XXIII - conceder a oficiais e praças licença para contrair
matrimônio, de conformidade com a legislação em vigor;
XXIV - conceder aos seus comandados as recompensas de que
trata o regulamento disciplinar;
XXV - permitir que as Bandas de Música e Bandas de Clarins ou
Corneteiros toquem em festas e atos que não tenham caráter
político, mediante contrato e entendimento com a Ordem dos
Músicos, procedendo, quanto ao produto das tocatas, conforme o
estabelecido nos regulamentos vigentes;
XXVI - mandar registrar aos assentamentos de seus comandados
as alterações concernentes a sua vida profissional, inclusive as
declarações de herdeiros;
XXVII - lançar, de próprio punho, seu juízo, não só nas
folhas de informações, como em qualquer documento análogo acerca
dos oficiais da Unidade;
XXVIII - providenciar para que seja sempre passado o
“Atestado de Origem”, nos casos de ferimentos ou doença adquirida
em ato de serviço ou instrução, de acordo com as prescrições em
vigor;
XXIX - despachar ou informar com presteza os requerimentos,
partes, consultas, queixas, pedidos de reconsideração etc., de
oficiais e praças, e mandar arquivar os que não estejam redigidos
em termos convenientes, os de natureza capciosa ou que não se
fundamentem em dispositivos legais, publicando em boletim as
razões desse ato e punindo os seus autores, se houver cabimento;
XXX - nomear as comissões que se tornem necessárias ao bom
andamento do serviço;
XXXI - corresponder-se diretamente com as autoridades civis e
militares, quando o assunto não exigir a intervenção da autoridade
superior, ressalvadas as disposições regulamentares;
XXXII - comunicar imediatamente à autoridade superior
qualquer fato grave ocorrido na Unidade, solicitando-lhe
intervenção se não estiver em suas atribuições providenciar a
respeito;
XXXIII - mandar incluir na Unidade os oficiais e praças nela
classificados ou para ela transferidos sem especificação das
funções a exercer, designando-os para as funções correspondentes a
seus postos ou graduações, de acordo com as prescrições
regulamentares e o quadro de organização e distribuição em vigor;
XXXIV - reincluir as praças desertoras que se apresentarem ou
forem capturada, se julgadas aptas em inspeção de saúde;
XXXV - preencher os cargos, mediante proposta das autoridades
interessadas, ouvidos os comandos intermediários a que estejam
subordinados os propostos;
XXXVI - utilizar, na atividade fim da unidade, nunca menos de
85% do efetivo existente;
XXXVII - excluir da unidade:
a) os oficiais e praças falecidos, procedendo, quanto aos
espólios, como dispõe a legislação em vigor;
b) os oficiais e praças transferidos;
c) os oficiais promovidos e os que deixarem de pertencer à
Unidade por qualquer outro motivo;
d) as praças a serem reformadas por haverem sido julgadas
inválidas ou fisicamente incapazes para o serviço ativo;
e) as praças mandadas matricular nos cursos de formação de
oficiais da Polícia Militar;
f) as praças que desertarem;
g) as praças que requererem baixa do serviço e obtiverem
deferimento;
h) disciplinarmente, nos limites de sua competência, a praça
que se enquadrar nas penas de exclusão.
XXXVIII - aplicar penas disciplinares nos casos e limites de
sua competência;
XXXIX - anular a incorporação do voluntário moralmente
inidôneo ou que tenha utilizado, para o ingresso na Polícia
Militar, documentos graciosos ou falsos;
XL - anular a incorporação do que tiver ocultado algum
requisito ou condição, ou iludido, de qualquer outra forma, as
autoridades da Polícia Militar, conseguindo ingressar em suas
fileiras;
XLI - manter adido, como se efetivo fosse, desde que não haja
incompatibilidade hierárquica, e até nova classificação, o oficial
excluído do estado efetivo da Unidade por efeito de promoção,
ficando o mesmo sujeito ao exercício do cargo (se houver vaga) e
ao recebimento de encargos que lhe forem cometidos (mesmo não
havendo vagas);
XLII - manter adidos, durante os prazos fixados no
regulamento de administração para a passagem de carga, os oficiais
e praças movimentados, arbitrando prazos nunca inferiores aos
previstos para os casos de passagem de carga, para casos de
passagem de encargos; desligá-los após o término dos mesmos e em
outras situações definidas em leis e regulamentos;
XLIII - manter adidas as praças que, julgadas incapazes
fisicamente, aguardem reforma, amparadas nas disposições em vigor;
XLIV - pedir providências à autoridade superior se,
decorridos os prazos do encaminhamento do processo de que trata o
inciso anterior, não houver sido solucionado;
XLV - conceder engajamento ou reengajamento a praças da
Unidade de acordo com as disposições vigentes;
XLVI - remeter às autoridades competentes, na época oportuna,
os mapas, relações, fichas e outros documentos que forem exigidos
pelos regulamentos e por outras disposições em vigor;
XLVII - comunicar, simultânea e imediatamente, ao órgão
competente e à autoridade a que estiver subordinado, a
apresentação de oficiais incluídos em qualquer caráter;
XLVIII - distribuir as casas residenciais que estejam a cargo
da Unidade, entre oficiais e praças, consoante as prescrições
existentes;
XLIX - mandar adir ou encostar os excluídos, até seguirem a
seus destinos, e as praças de outras Unidades que se apresentarem
em objeto de serviço, até o dia do regresso;
L - comunicar, imediatamente, ao órgão e autoridade de que
trata o número XLVII, a falta de apresentação de oficiais ou
praças, decorridos trinta (30) dias da sua inclusão na Unidade;
LI - efetivar a reintegração no seu primitivo posto da praça
que for absolvida em grau de recurso;
LII - facilitar às autoridades competentes os exames,
verificações, inspeções e fiscalizações, quando determinadas pela
autoridade superior ou em cumprimento de dispositivos
regulamentares;
LIII - distribuir os animais e material de acordo com as
dotações das Unidades subordinadas e transferi-los, dentro da
unidade, quando o serviço assim o exigir;
LIV - transferir, dentro da Unidade, por conveniência do
serviço, oficiais e praças, observando-se que nenhum oficial
poderá ser mantido em cargos administrativos internos por mais de
dois (2) anos consecutivos;
LV - enviar, nos prazos devidos, à autoridade imediatamente
superior, o relatório anual;
LVI - dar suas ordens e instruções, sempre que possível, por
intermédio do Subcomandante, devendo, porém aqueles que as
receberem diretamente, dar ciência a este, na primeira
oportunidade;
LVII - receber de seu antecessor, mediante relação, os
documentos de caráter sigiloso, de acordo com as normas vigentes
reguladoras do assunto;
LVIII - encaminhar, pelos trâmites legais, ao julgamento do
estado Maior da polícia Militar, os processos relativos aos
trabalhos de natureza técnico-profissional destinados a
publicação, apresentados por seus comandados; tratando-se de
propostas ou sugestões acerca de prescrições regulamentares ou de
manuais, deverá ser observado o regulamento vigente; quanto aos
trabalhos de caráter secreto, serão encaminhados diretamente ao
Chefe de Estado Maior da Polícia Militar, dentro das normas
contidas no Regulamento para a Salvaguarda de assuntos Sigilosos;
LIX - fornecer mediante requerimento do interessado, e
obedecendo a legislação pertinente ao assunto, certidões do que
constar nos arquivos da Unidade desde que não se trate de assunto
sigiloso, publicando a decisão;
LX - anular, quando houver razões para isto, qualquer ato
seu, dentro do prazo de sessenta (60) dias;
LXI - conceder, atendendo as conveniências, permissão escrita
para as praças sob seu comando usarem arma, quando de folga;
LXII - estabelecer as Normas Gerais de Ação (NGA) da Unidade;
LXIII - comunicar à Inspetoria Geral as faltas dos Delegados
Especiais de Polícia praticadas no exercício da função.

CAPÍTULO IX
Do Subcomandante

Art. 174 - O Subcomandante é o auxiliar emediato do


Comandante da Unidade, seu intermediário na expedição de todas as
ordens relativas à disciplina, instrução, serviços policiais e
gerais, cuja execução cumpre-lhe fiscalizar.
§ 1º - O Subcomandante é o chefe do Estado Maior da Unidade e
o responsável perante o Comandante por todos os serviços policiais
e pela coordenação dos seus elementos, a fim de poder informar seu
Comandante quanto à execução de suas decisões.
§ 2° - É o principal assessor do Comandante no cumprimento
dos objetivos da Unidade em geral e nos serviços policiais, em
particular.
§ 3° - O Subcomandante poderá cumular suas funções com outros
encargos previstos nos quadros de organização e distribuição.

Art. 175 - Incumbe ao Subcomandante, além das atribuições e


deveres estabelecidos em outros regulamentos, o seguinte:
I - encaminhar ao Comandante, devidamente informado, todos os
documentos que dependam da decisão deste;
II - levar ao conhecimento do Comandante, verbalmente ou por
escrito, depois de convenientemente apuradas, todas as ocorrências
que não lhe caibam resolver;
III - dar conhecimento ao Comandante de todas as ocorrências
e fatos a respeito dos quais haja providenciado por iniciativa
própria;
IV - assinar os documentos e tomar providências de caráter
urgente na ausência ou impedimento ocasional do Comandante, dando-
lhe conhecimento na primeira oportunidade;
V - velar assiduamente pela conduta civil e profissional dos
oficiais e praças do Corpo;
VI - assinar todos os documentos referentes ao Comandante;
VII - autenticar livros e documentos;
VIII - autenticar as cópias do boletim do Corpo, bem como as
ordens e instruções do Comandante que importem em coordenação de
assuntos referentes a mais de uma Seção do Estado Maior do Corpo;
IX - organizar os relatórios e pareceres do Corpo;
X - fornecer, anualmente, aos civis que tenham encargos
diários no quartel, um cartão de identidade que lhes faculte o
ingresso para as suas atividades;
XI - fiscalizar segundo diretrizes traçadas e de modo intenso
os destacamentos e outros serviços do Corpo, aproveitando todas as
oportunidades, a fim de verificar o alcance dos objetivos visados
e a conveniência da adoção de novas medidas;
XII - propor ao Comandante as reformas e alterações que lhes
parecerem necessárias ao perfeito funcionamento e melhoria do
serviço policial;
XIII - escalar oficiais;
XIV - dirigir a Sala de Operações do Corpo;
XV - coordenar, controlar e supervisionar a execução das
operações policiais em curso.

CAPÍTULO X
Do Secretário

Art. 176 - O Secretário é o auxiliar imediato do Comandante e


seu assessor nos assuntos referentes a relações públicas,
incumbindo-lhe, além de outras atribuições previstas em leis e
regulamentos:
I - dirigir a escrituração referente à correspondência do
Comandante;
II - redigir toda a correspondência cuja natureza assim o
exigir;
III - responder pela carga do material distribuído ao
Gabinete do Comandante e à Secretaria;
IV - auscultar a opinião pública;
V - encarregar-se das ligações com a imprensa, notadamente
para fins de esclarecimentos públicos, respeitando e fazendo
respeitar sempre as limitações impostas pela segurança pública e
segurança nacional;
VI - ligar-se com o Serviço de Relações Públicas dos órgãos
superiores, vizinhos e subordinados;
VII - cooperar no preparo de solenidades e na sua divulgação,
quando for o caso;
VIII - colaborar com o oficial de Educação Física na
organização de programas de competições esportivas e prática de
desportos recreativos;
IX - elaborar programas de diversões;
X - administrar a sala de estar dos oficiais, dos subtenentes
e sargentos, dos cabos e policiais;
XI - desempenhar as funções de bibliotecário e encarregar-se
da sala de recepções;
XII - receber toda a correspondência externa destinada ao
Corpo; entregar a sigilosa ao S2; encaminhar a oficial-ostensiva
ao Ajudante para protocolar e distribuir; fazer distribuir
pessoalmente, mediante recibo, a registrada ou com valor, aos
oficiais ou aos Comandantes de Subunidades (quando destinada a
praça);
XIII - cooperar com o Comando nos assuntos de assistência e
previdência social.
§ 1° - O Secretário coordena suas atividades com o Estado
Maior do Corpo.
§ 2º - Para desempenho de suas funções, pode utilizar todas
as dependências do Corpo, mediante entendimentos; contará com a
cooperação do oficial de educação física, do médico e do capelão.

CAPÍTULO XI
Do S1

Art. 177 - O S1 é o Chefe da Primeira Seção do Estado Maior


do Corpo; incumbe-lhe deveres e atribuições referentes ao pessoal,
boletim, serviço especial, justiça e disciplina.
Parágrafo único - Na Subunidade isolada, quando não houver
distribuição específica, a função de S1 será exercida
cumulativamente pelo Subcomandante.

Art. 178 - No desempenho de suas funções, compete-lhe:


I - coordenar os serviços de ordens;
II - organizar e manter em dia as relações de oficiais,
aspirantes e outras praças, para efeito das escalas de serviço;
III - organizar os mapas, relações e outros documentos
referentes ao efetivo do Corpo, que devam ser encaminhados a
outras autoridades;
IV - organizar o mapa da força e apresentá-lo ao S3 com a
devida antecedência, sempre que houver formatura do Corpo;
V - responder pela carga do material distribuído a sua Seção
e ao gabinete do Subcomandante;
VI - organizar os boletins ostensivos do Corpo, conforme as
determinações do Comandante;
VII - autenticar ordens e instruções que somente digam
respeito a assuntos de sua Seção;
VIII - manter o controle numérico e nominal do pessoal e das
situações funcionais de cada homem;
IX - apresentar sugestões referentes a transferências,
designações, preenchimentos de claros, classificação e
reclassificação do pessoal;
X - estar em condições de informar ao Comandante sobre o
estado moral do seu Corpo;
XI - fazer estudos continuados do estado disciplinar do Corpo
e propor medidas;
XII - fazer coleções de leis, decretos, regulamentos, ordens
ou quaisquer normas que interessem aos serviços do Corpo e fazer a
devida divulgação e orientação dos mesmos no âmbito dos elementos
subordinados; as ordens internas, de caráter geral, em vigor,
serão afixadas em quadros no seu Gabinete e na Sala do Oficial de
Dia, juntamente com a planta do quartel terrenos do Corpo;
XIII - fazer serviços de estatística e controle dos
destacamentos; XIV - oferecer sugestões sobre recompensas e
promoções das praças do Corpo;
XV - fazer estudos continuados da situação, em coordenação
com o S3;
XVI - elaborar os itens das ordens de operações e NGA, no
âmbito de suas atribuições;
XVII - desempenhar as atividades de ligação com autoridades
civis no que diz respeito à competência do Corpo;
XVIII - manter, no que diz respeito às suas atribuições,
completos e Atualizados, todos os dados na Sala de Operações;
XIX - manter o registro das alterações disciplinares
individuais;
XX - planejar, coordenar e supervisionar;
a) recompletamento das Subunidades e Destacamentos
subordinados, dentro das prioridades estabelecidas pelo S3;
b) organização e equipamento das Subunidades e Destacamentos
subordinados, em coordenação com o S3 e S4;
c) medidas para que se alcance a maior eficiência da tropa,
através de:
1 - colocação do homem indicado na função apropriada,
classificando-o e designando-o corretamente;
2 - exploração das possibilidades do indivíduo,
desenvolvendo-
as pela instrução;
3 - estímulo do desejo de produzir e de progresso individual;
4 - utilização do indivíduo inteiramente nas funções
essenciais;
XXI - preparar o relatório do Corpo, bem como outros
relatórios ligados à competência do Corpo, exigidos pelo Escalão
Superior;
XXII - comandar a parada diária, de acordo com o previsto
neste Regulamento;
XXIII - organizar e manter em dia uma relação nominal dos
oficiais da Unidade com os respectivos endereços e telefones, que
será colocada em quadro, em lugar visível, no Gabinete do
Subcomandante; uma cópia dessa relação será afixada na sala do
oficial de dia.
XXIV - organizar o trabalho preliminar de qualificação
policial militar das praças, de acordo com as normas em vigor.

CAPÍTULO XII
Do S2

Art. 179 - O S2 é o chefe da Segunda Seção do Estado Maior do


Corpo. É o encarregado da elaboração e supervisão das medidas de
informação e contra-informação.

Art. 180 - Compete ao S2:


I - dirigir a instrução de informações do pessoal da sua
Seção e do Corpo em coordenação com o S3;
II - coordenar com os demais elementos do Corpo todas as
medidas que se relacionem com a informação e contra-informação;
III - fazer relatório e coletar informes periódicos;
IV - receber, protocolar, dar ciência e arquivar os
documentos sigilosos, segundo ordens do Comandante;
V - confeccionar e distribuir o boletim reservado;
VI - fazer a correspondência sigilosa relativa a sua Seção;
controlar os documentos sigilosos, protocolando-os, ainda que
feitos em outras seções;
VII - ter sob guarda pessoal o material para a
correspondência criptográfica e os documentos sigilosos
controlados;
VIII - cooperar com o S3 na elaboração das instruções e
planos;
IX - manter atualizada uma carta da situação de
responsabilidade do Corpo, assinalando os locais de maior
incidência de crimes, e onde a ordem pública estiver alterada ou
na iminência de o ser;
X - organizar, manter e prover a mapoteca necessária ao
serviço operacional do Corpo;
XI - planejar, organizar e orientar no âmbito do Corpo a
busca de informes que interessem à ordem pública e à segurança
interna;
XII - planejar, organizar e orientar a coleta de dados e
informações úteis relativas a todos os municípios da
circunscrição, organizando e mantendo em dia um fichário
informativo;
XIII - procurar os levantamentos de todos os setores de
atividades, no âmbito do Corpo;
XIV - elaborar os itens das ordens de operações e NGA da
Unidade, no que concerne às suas atribuições;
XV - manter estreito e permanente contato com o encarregado
de relações públicas, visando a atuação dentro do ponto de vista
preciso definidos e concordantes com a orientação do Comandante
Geral, no que concerne à contra-propaganda;
XVI - encarregar-se de pesquisa social da aceitação pública
dos serviços do Corpo;
XVII - supervisionar e controlar no âmbito do Corpo os
serviços de identificação de oficiais e praças, na forma da
legislação vigente;
XVIII - fazer estudos continuados da situação, em coordenação
com o S3 da Unidade;
XIX - orientar, tecnicamente, os elementos da Unidade no que
diz respeito a suas atribuições;
XX - manter registro individual, sob o ponto de vista das
atividades privadas do pessoal do Corpo.

CAPÍTULO XIII
Do S3

Art. 181 - O S3 é o chefe da Terceira Seção do Estado Maior


do Corpo. É o encarregado da elaboração e supervisão dos trabalhos
de instrução e operações.

Art. 182 - Compete ao S3:


I - planejar e organizar, mediante determinação do comandante
(verbal ou escrita), toda a instrução do Corpo;
II - organizar e manter em dia o registro de instrução de
oficiais, dirigido pelo Comandante ou Subcomandante;
III - superintender a distribuição e emprego dos meios
auxiliares de instrução;
IV - elaborar e submeter à aprovação do Comandante do Corpo
os documentos de instrução de responsabilidade do mesmo;
V - organizar as cerimônias, e as paradas militares em
coordenação com os outros oficiais do Estado Maior do Corpo;
VI - elaborar os itens das ordens de operações e das NGA da
Unidade, no que concerne às suas atribuições;
VII - coordenar e expedir planos e ordens de operações;
VIII - planejar, coordenar e supervisionar;
a) todo o policiamento afeto ao Corpo e segurança interna;
b) os planos, a fim de acompanhar a evolução técnica de
policiamento;
c) os planos de defesa de instalações vitais ou de pontos
sensíveis, para caso de emergência;
d) juntamente com os demais membros do Estado Maior do Corpo,
os exercícios e manobras;
e) instalação, aumento, diminuição e extinção de
destacamentos, em coordenação com o S1e S2;
f) localização das subunidades, em coordenação com o S1 e S2;
g) os locais de maior incidência de crimes, e onde a ordem
pública estiver alterada ou na eminência de o ser, em coordenação
com o S2;
h) possibilidades do Corpo, quanto a efetivo, em coordenação
com o S1;
i) o emprego da Unidade com as Unidades vizinhas;
j) a organização e equipamento da Unidade, em coordenação com
o S1 e S4;
l) os programas de visitas e inspeções;
m) estudos continuados da situação, em coordenação com os
demais membros do Estado Maior;
n) a elaboração de planos para futuras operações;
o) programas e reuniões na sala de operações.
IX - orientar tecnicamente o Corpo no âmbito de suas
atribuições;
X - manter, completos e atualizados, no que diz respeito às
suas atribuições, todos os dados na Sala de Operações;
XI - relacionar e organizar o arquivamento de toda a
documentação de instrução e operações, para facilitar a consulta e
inspeções;
XII - presidir a seleção das praças que devam ser
matriculadas nos diversos cursos, relacionando-as em colaboração
com o S1;
XIII - reunir dados que auxiliem o Comandante a apreciar as
causas que influem na instrução e operações do Corpo.
XIV - preparar e coordenar os planos para fiscalização:
a) da distribuição do pessoal recém incluído, com a
colaboração do S1;
b) do emprego e consumo dos meios auxiliares de instrução;
c) do funcionamento dos diversos cursos da Unidade;
XV - fiscalizar a instrução, por delegação do Comandante do
Corpo, a fim de propor medidas para melhor rendimento da mesma;
XVI - coordenar as atividades dos responsáveis pelos diversos
ramos da instrução, tendo em vista a produção de notas, quadros e
outros elementos para a sala de instrução do Corpo;
XVII - preparar com a colaboração do S1, a qualificação das
praças, de acordo com as disposições regulamentares;
XVIII - autenticar todos os documentos relativos a instrução
e operações.

Capítulo XIV
Do S4

Art. 183 - O S4 é o chefe da Quarta Seção do Estado Maior do


Corpo e também o seu fiscal administrativo. É o auxiliar do
Comandante na administração do Corpo e o principal responsável
para perfeita observância de todas as disposições regulamentares
relativas à administração. Para isso, dispõe do controle
administrativo, da tesouraria, do almoxarifado, das oficinas, do
serviço de aprovisionamento e da Subunidade de serviços.
§ 1° - Nas Subunidades isoladas a função de fiscal
administrativo e S4 será exercida cumulativamente pelo
Subcomandante.
§ 2° - Cabe ao Comandante desdobrar estas funções, quando no
Quadro de Distribuição não estiver previsto o S4 também como
fiscal administrativo.

Art. 184 - Ao S4 compete:


I - coordenar e fiscalizar os serviços dos seus elementos de
execução;
II - planejar, coordenar e fiscalizar:
a) a determinação das necessidades de suprimento;
b) obtenção, armazenamento, segurança, distribuição e
documentação relativa a suprimentos;
c) estabelecimento de prioridade para suprimento e repartição
de artigos regulados;
d) evacuação e hospitalização de homens e animais;
e) transporte de suprimentos e pessoal, inclusive
planejamento dos movimentos;
f) manutenção e reparação de suprimentos e equipamentos;
g) estado geral do material e do equipamento;
h) higiene;
i) estudo da situação logística, planos, relatórios, ordens,
cartas e cálculos logísticos.
§ 1° - O S1 acumula as funções referentes à logística,
desempenhadas pelos oficiais do estado maior especial não
representados no Corpo, tais como transporte, material bélico,
intendência, agentes químicos.
§ 2º - O S4 manterá estreita ligação com o S3, para
verificação das possibilidades para verificação das possibilidades
para elaboração dos programas de instrução e do plano de emprego
da Unidade.
§ 3° - O fiscal administrativo não participa de serviços
estranhos à função.

SEÇÃO ÚNICA
Do Controle Administrativo

Art. 185 - O Controle Administrativo é um órgão auxiliar do


Fiscal Administrativo nas questões relativas a controle de planos,
programas e contabilidade; e na execução econômico-financeira da
Unidade, inclusive tomada de contas interna.

CAPÍTULO XV
Do Ajudante

Art. 186 - O Ajudante se incumbe das questões relativas à


escrituração, protocolo, arquivo e histórico da Unidade.
Parágrafo único - Estas funções serão desempenhadas pelo
Secretário do Corpo, quando de outra forma não dispuser o Quadro
de Distribuição.

Art. 187 - Compete ao Ajudante, além de outras atribuições


previstas em leis e regulamentos:
I - dirigir a escrituração referente ao arquivo e ao registro
das alterações dos oficiais e praças;
II - subscrever certidões e papéis análogos;
III - trazer em dia o histórico do Corpo;
IV - conferir e autenticar as cópias, mandadas extrair por
autoridade competente, de documentos existentes no arquivo;
V - manter em dia o arquivamento da documentação do Corpo e o
arquivo na mais completa ordem;
VI - fiscalizar pessoalmente a expedição da correspondência,
fazendo registrá-la no protocolo em que será passado o competente
recibo;
VII - organizar a documentação referente aos processos de
deserção;
VIII - organizar o trabalho de qualificação das praças, de
acordo com as normas em vigor;
IX - receber a documentação diária interna para efeito de
protocolo e encaminhamento devido;
X - manter arquivo de toda documentação individual;
XI - exercer o controle do pessoal licenciado, agregado ou à
disposição, administrando as praças nessa situação, inclusive
elaborando documentos, fichas para os fins devidos;
XII - exercer, no âmbito da Unidade, as atividades referentes
a recrutamento e seleção de voluntários;
XIII - organizar as fichas de promoção de graduados, processo
de reforma e de concessão de medalhas.

CAPÍTULO XVI
Do Tesoureiro, Almoxarife e Aprovisionador

Art. 188 - Os oficiais que exercem nos Corpos de Tropa as


funções de Tesoureiro, Almoxarife e Aprovisionador, e outras
atribuições nos termos dos regulamentos específicos, incumbem-se,
de modo geral, como agentes de administração do Corpo, da execução
dos provimentos e da respectiva escrituração.

Art. 189 - Compete, ainda, aos oficiais que exercem as


funções de Tesoureiro, Almoxarife e Aprovisionador:
I - ministrar a instrução relativa as suas atividades de
conformidade com os programas de instrução da Unidade;
II - dirigir o pessoal auxiliar das dependências internas a
seu cargo, orientá-lo na execução dos trabalhos que lhe
distribuir, pelos quais são responsáveis perante o Fiscal
Administrativo;
III - exercer, durante o serviço, ação disciplinar sobre o
pessoal que dirigem, apurando as faltas e participando ao Fiscal
Administrativo.

Art. 190 - O Tesoureiro, Almoxarife e Aprovisionador são


subordinados diretamente ao Fiscal Administrativo, no desempenho
de suas atribuições.
§ 1º - O Tesoureiro, Almoxarife e o Aprovisionador, sem
prejuízo da mútua colaboração a bem do serviço, são entre si
independentes, do ponto de vista de suas funções.
§ 2º - Quando o Corpo dispuser de um só oficial para estas
funções, este acumulará todas as funções a que se refere o
parágrafo anterior.
§ 3º - Dispondo o Corpo de Dois oficiais, ao de maior posto
ou mais antigo, serão atribuídas as funções de Tesoureiro e ao
outro as de Almoxarife e Aprovisionador.

Art. 191 - O oficial nas funções de que trata esta Seção, nos
limites fixados pelo Comandante, toma parte na instrução dos
oficiais, coadjuva na instrução de sua atividade e participa dos
serviços da Unidade.
Art. 192 - As funções de Tesoureiro, Almoxarife e
Aprovisionador serão exercidas de acordo com as prescrições
regulamentares contidas no regulamento de administração,
legislação geral e as disposições que se referirem a finanças,
material e subsistência.
Parágrafo único - O Tesoureiro, e Almoxarife e o
Aprovisionador terão os auxiliares previstos nos Quadros de
Distribuição, além de outros que lhes possam ser atribuídos pelo
Comandante, em caráter eventual ou permanente, para o desempenho
de incumbências normais ou extraordinárias, que interessem à vida
administrativa da Unidade.

CAPÍTULO XVII
Do Encarregado das Munições e Agente Químico

Art. 193 - O encarregado das munições e agente químico é o


adjunto do S4 e o responsável por tudo quanto se relacione com a
munição e agente químico no âmbito da Unidade, sendo também o
conselheiro técnico do Comandante e de seu Estado Maior sobre
todos os assuntos referentes ao seu emprego.
Parágrafo único - Essas funções são desempenhadas, na
Unidade, pelo Almoxarife.

Art. 194 - Compete-lhe especialmente:


I - manter em dia um fichário do movimento de munições, por
lotes de tiro ou elemento de munição;
II - manter em dia todas as informações relativas às
munições, tais como listas de munições (nomenclatura), informações
sobre munições de emprego proibido; dotações de munições da
Unidade; dados sobre peso, volume e transporte de munições;
III - manter organizado o paiol, de maneira a facilitar a
distribuição por Subunidade, obedecendo as regras de utilização
dos lotes mais antigos;
IV - organizar com antecedência os lotes de tiros quando se
tratar de munição de armamento pesado fornecida em elementos
separados, de modo que a distribuição seja sempre feita em tiros
organizados com elementos do mesmo lote;
V - controlar a temperatura, umidade e a execução de medidas
de segurança dos paióis e confeccionar os diagramas termo-
higrométricos dos mesmos;
VI - organizar mostruários e outros meios auxiliares de
instrução no que diz respeito à munição;
VII - propor as medidas de segurança que se fizerem
necessárias, dos locais onde estiverem as munições, da própria
munição e do pessoal que deve manuseá-la;
VIII - supervisionar a instrução de defesa contra agentes
químicos, biológicos e radioativos em coordenação com o S3;
IX - fazer sugestões referentes aos suprimentos de agentes
químicos, bem como armazenagem e conservação do material;
X - supervisionar a instalação e a manutenção das medidas de
defesa contra agentes químicos, biológicos e radioativos;
XI - supervisionar o emprego de agentes de descontaminação;
XII - encarregar-se do material de proteção contra incêndio.

CAPÍTULO XVIII
Do Oficial de Comunicações

Art. 195 - O Oficial de Comunicações é o encarregado das


comunicações do Corpo e responsável pela eficiência e continuidade
de seu funcionamento.

Art. 196 - Incumbe-lhe especialmente:


I - cooperar com o comando nas instruções desta
especialidade;
II - dar assistência técnica ao material de telecomunicações
da Unidade, inclusive o distribuído às Subunidades, providenciando
para que o mesmo se mantenha em perfeitas condições de
funcionamento.
Parágrafo único - O Oficial de comunicações acumula essas
funções com outra prevista nos Quadros de Distribuição.

CAPÍTULO XIX
Do Oficial de Educação Física

Art. 197 - Em cada Corpo de Tropa, um oficial com o curso de


especialidade terá as funções de oficial de educação física,
cabendo-lhe a direção da educação física do Corpo e administração
das dependências destinadas à prática de esportes, sala d’armas,
depósito de material etc.
Parágrafo único - Nos Corpos em que não haja oficial com o
referido curso, o Comandante designará um que revelar predileção
para essas funções.

Art. 198 - Ao oficial de educação física compete:


I - auxiliar o S3 nos assuntos referentes à educação física;
II - organizar e submeter ao S3 os programas para educação
física, de acordo com as prescrições vigentes, bem como os
programas para as competições esportivas do Corpo, em coordenação
com o Secretário do Corpo;
III - assistir, sempre que possível, às sessões de educação
física e esportivas e verificar se estão sendo conduzidas de
acordo com os programas estabelecidos e as instruções particulares
do Comando;
IV - orientar e fiscalizar tecnicamente o trabalho dos
instrutores e monitores das subunidades, sugerindo ao comando as
reuniões necessárias para apreciação sobre execução, o estudo dos
programas e organizações das sessões;
V - coadjuvar o comando no treinamento físico dos oficiais,
na instrução de esgrima e na instrução profissional relativa à sua
especialidade;
VI - dirigir a instrução e o preparo físico e esportivo dos
sargentos;
VII - organizar, auxiliado pelo médico, as turmas de
concorrentes às provas esportivas das competições externas em que
tome parte o Corpo;
VIII - preparar, conduzir e dirigir as representações do
Corpo nas competições externas;
IX - providenciar sobre a organização das fichas de preparo
dos concorrentes às competições esportivas individuais e
coletivas, de acordo com as disposições regulamentares;
X - zelar pela conservação de todas as dependências e
terrenos destinados à prática de exercícios físicos e esportes;
XI - colaborar com o médico, juntamente com os instrutores
das subunidades, nos trabalhos da classificação dos homens e na
apuração dos resultados da educação física;
XII - organizar programas de competições esportivas e
práticas de desportos recreativos.

Art. 199 - O oficial de educação física exercerá essas


funções, em regra, sem prejuízo das atribuições normais no Corpo,
podendo, no entanto, a juízo do Comandante, ser dispensado das
partes destas que colidam com a sua atividade especializada.

Art. 200 - O oficial de educação física participa das


atividades policiais da Unidade.

Art. 201 - Deverá o oficial de educação física dar especial


atenção ao preparo físico-profissional do homem destacado.

CAPÍTULO XX
Do Mestre de Música

Art. 202 - O Mestre de Música é o encarregado da Banda de


Música e responde pela sua apresentação.

Art. 203 - Ao Mestre de Música compete:


I - dirigir pessoalmente a instrução e ensaios da Banda de
Música;
II - responder pela disciplina da Banda de Música nos
ensaios, tocatas, formaturas e apresentações, levando ao
conhecimento da autoridade superior as irregularidades que
ocorrerem se não for de sua competência resolvê-las;
III - examinar todo o instrumental antes dos ensaios,
tocatas, formaturas e apresentações, participando à autoridade
superior as alterações que verificar;
IV - passar minuciosa revista no pessoal da Banda antes das
tocatas, formaturas e apresentações exigindo correta apresentação,
asseio dos uniformes e limpeza dos instrumentos;
V - responder pela carga e conservação do instrumental e
material diversos atribuídos à Banda de Música.
Art. 204 - O mestre de música é substituído nos seus
impedimentos pelo contra-mestre ou pelo 1º sargento músico
designado pelo Comandante da Unidade.

CAPÍTULO XXI
Do Encarregado de Manutenção e Transportes

Art. 205 - O encarregado de Manutenção e Transportes se


incumbe da fiscalização, operação, inspeção e manutenção das
viaturas motorizadas do Corpo.

Art. 206 - Incumbe-lhe:


I - fiscalizar a instrução relativa ao funcionamento e
manutenção orgânica das viaturas;
II - realizar, pelo menos mensalmente, inspeções para
determinar as condições das viaturas e assegurar a manutenção
preventiva;
III - manter a escrituração sobre o material motorizado e
suprimentos correspondentes;
IV - antecipar-se às necessidades de manutenção e manter-se
informado dos recursos para as reparações orgânicas e suprimentos
de peças;
V - sugerir ao Comandante medidas com relação a problemas de
transportes motorizados;
VI - estar familiarizado com o suprimento de combustíveis e
peças, funcionamento e manutenção do primeiro e segundo escalão;
VII - responder pela oficina mecânica do Corpo;
VIII - controlar o movimento das viaturas;
IX - dirigir ou fiscalizar as equipes de apoio de manutenção
ao movimento de viaturas em operações de comboio;
X - fiscalizar o transporte de suprimentos dos pontos de
distribuição para os depósitos do Corpo e entre os seus elementos.

Art. 207 - Sempre que possível, o encarregado da Manutenção e


Transportes deve ser qualificado tecnicamente, com cursos ou
especialização no assunto.

Art. 208 - As funções de encarregado da Manutenção e


Transportes poderão ser exercidas cumulativamente com as de
Aprovisionador do Corpo.

CAPÍTULO XXII
Dos Médicos

Art. 209 - O médico dirige o serviço de saúde do Corpo,


secundado por auxiliares respectivos, e é o único responsável
perante o Comandante pelo estado sanitário do pessoal do Corpo e
condições higiênicas dos quartéis, companhias e destacamentos,
além de se encarregar na forma da lei da assistência médica às
pessoas da família do militar.

Art. 210 - Ao médico incumbe, além dos deveres e atribuições


de natureza técnica e funcional que lhe são impostos por leis e
regulamentos, o seguinte:
I - passar diariamente a revista médica no pessoal do Corpo,
no horário fixado pelo Comandante;
II - proceder periodicamente à revista sanitária do pessoal,
de acordo com as instruções a respeito;
III - visitar freqüentemente, acompanhado pelos seus
auxiliares, as dependências do quartel, as companhias e
destacamentos, apresentando as sugestões que julgar necessárias à
melhoria das condições higiênicas;
IV - visitar pessoalmente ou por intermédio de um auxiliar,
uma vez por semana, no mínimo, os oficiais e praças do Corpo, em
tratamento no Hospital, quando na mesma localidade;
V - assegurar ao Comandante a necessária assistência técnica,
para verificação de alegações de moléstia e de aptidão física do
pessoal, para determinados serviços especiais;
VI - proceder, como perito, aos exames de corpo de delito e
de sanidade, na forma da lei;
VII - proceder aos inquéritos epidemiológicos, determinados
pelo Comandante;
VIII - providenciar, “ex-officio” para ser feito o exame de
corpo de delito e lavrado o respectivo auto, de acordo com as
prescrições do Código de Justiça Militar, quando baixar a Hospital
ou Enfermaria ferido ou doente que autorize suspeita de crime;
IX - proceder a exame de sanidade, quando o ofendido tiver
alta do Hospital ou enfermidade, ou quando, passados trinta (30)
dias do ferimento, lesão ou ofensa física, não tiver o mesmo
restabelecido;
X - ministrar a instrução do serviço de saúde, na
conformidade das disposições regulamentares;
XI - ministrar às praças do Corpo a instrução de profilaxia e
higiene e de primeiros socorros médicos, de conformidade com o
programa de instrução do mesmo e disposições regulamentares;
XII - fazer conferências técnicas para oficiais e praças, de
acordo com o programa de instrução do Corpo;
XIII - organizar e ministrar a instrução das praças de saúde,
de acordo com as diretrizes e programas de instrução;
XIV - dar parte diária de todas as ocorrências referentes ao
serviço a seu cargo, assinalando o movimento de homens doentes, em
observação, convalescentes e baixados, fazendo acompanhá-la da
matéria que deva ser publicada em boletim, devidamente redigida e
sob a forma de proposta;
XV - prestar assistência médica às pessoas das famílias dos
oficiais e praças, sem prejuízo das suas funções prescritas neste
e em outros regulamentos;
XVI - examinar com o Aprovisionador os víveres e, na ausência
do veterinário, a carne verde;
XVII - examinar com o Fiscal Administrativo as rações
preparadas;
XVIII - providenciar sobre a alimentação do pessoal baixado à
enfermaria, examinar as dietas e fiscalizar a sua distribuição;
XIX - corresponder-se com seus chefes técnicos, por
intermédio do Comandante do Corpo, salvo urgência de necessidade
de intervenção de tais autoridades, quando poderá entender-se
diretamente, dando, porém, ciência ao mesmo Comandante, logo que
possível;
XX - escalar serviços e zelar pela ordem, asseio e disciplina
no âmbito de suas atribuições;
XXI - ter sob sua guarda e responsabilidade pessoal os
tóxicos e entorpecentes, de acordo com as instruções especiais
reguladoras do assunto;
XXII - organizar e manter em dia e em ordem a escrituração
referente a seu cargo e responder pela carga e conservação do
material distribuído à Seção de Saúde.

Art. 211 - O médico-chefe tem, sobre o pessoal da Seção de


Saúde, autoridade administrativa quanto à organização e
funcionamento do serviço, e autoridade disciplinar durante a
execução do mesmo.
Parágrafo único - Sob sua autoridade imediata ficam todas as
praças baixadas, em convalescença e em observação médica na
enfermaria.

Art. 212 - O médico participa da instrução dos oficiais, nos


limites fixados pelo Comandante, a quem coadjuva na parte relativa
a sua especialidade.
Parágrafo único - O médico assessora o Estado Maior e
Comandante em todos os serviços policiais da Unidade no âmbito de
suas atribuições e acompanha esta ou frações subordinadas em seus
deslocamentos.

Art. 213 - Aos médicos auxiliares, se houver, incumbe a


execução dos serviços que lhes forem distribuídos pelo médico-
chefe, auxiliando-o, especialmente, na instrução técnica do
pessoal de saúde, nos exames, visitas sanitárias e perícias.

Art. 214 - Um dos médicos da Seção de Saúde será encarregada


da parte médica da educação física; esta função caberá a um
especializado, sempre que houver, sem prejuízo das suas
atribuições normais.
Parágrafo único - Nos Corpos, onde houver só um médico, este
se encarregará desta parte.

Art. 215 - Ao médico encarregado da parte médica da educação


física compete:
I - auxiliar tecnicamente na parte relativa as suas
atribuições especializadas;
II - proceder, juntamente com os demais médicos do Corpo, nas
épocas estabelecidas nos programas de educação física, aos exames
clínicos das praças (sargentos, cabos e policiais);
III - proceder, auxiliado pelo oficial de educação física,
instrutores e monitores das subunidades, à coleta dos dados
biométricos constantes da parte morfo-fisiológica das fichas, de
acordo com as instruções que as acompanham;
IV - proceder à tomada de novas medidas biométricas, nas
épocas (fixadas nos programas e instruções para a educação física;
V - organizar, auxiliado pelo oficial de Educação Física, à
proporção em que se forem completando as medidas indicadas nas
fichas, os perfis morfo-fisiológicos;
VI - registrar os novos perfis decorrentes de alterações
verificadas em exames posteriores;
VII - grupar homogeneamente as praças, auxiliado pelo oficial
de Educação Física, e pelos instrutores e monitores das
subunidades;
VIII - proceder à tomada das medidas necessárias à
organização da parte biótipo-etnológica das fichas, sem prejuízo
do funcionamento da instrução e serviços do Corpo, para facilitar
a seleção atlético-esportiva;
IX - verificar o comportamento físico de cada homem, em face
dos exercícios que lhe são ministrados, indicando ao oficial de
Educação Física, de conformidade com as suas observações, as
transferências de turma que julgar oportunas;
X - cooperar com o oficial de Educação Física na organização
das turmas de concorrentes às provas esportivas, opinando no ponto
de vista constitucional e fisiológico;
XI - fazer registrar no “Livro de Registro de Acidentes na
Educação Física” qualquer acidente ocorrido nessa instrução e na
prática atlético-esportiva, indicando sua causa, terapêutica e
seqüência e, nas cadernetas de saúde de cada homem todas as
alterações de saúde com ele ocorridas, pedindo, para isso, os
dados necessários à Seção de Saúde;
XII - fazer, de acordo com as determinações do Comandante do
Corpo, conferências para os oficiais, sobre anatomia e fisiologia
aplicada à educação física e sobre noções sumárias desses mesmos
assuntos, para os sargentos e cabos;
XIII - remeter, no fim de cada ano de instrução, por
intermédio do Comandante do Corpo, um relatório sobre seus
trabalhos, à Diretoria de Ensino e uma cópia do mesmo à Diretoria
de Saúde.

Art. 216 - O médico encarregado da parte médica da educação


física disporá, de acordo com o oficial de educação física, para
os trabalhos de escrituração, do pessoal auxiliar deste e das
praças designadas, a seu pedido, pelo chefe da Seção de Saúde.

Art. 217 - Os Corpos de Tropa serão dotados de um gabinete de


exame fisiológico, que servirá também para os trabalhos coletivos
de que tratam os artigos anteriores.
CAPÍTULO XXIII
Do Dentista

Art. 218 - Nos Corpos em que haja gabinete odontológico, este


funcionará, sempre que possível, em uma das dependências da Seção
de Saúde.

Art. 219 - O dentista é subordinado administrativa e


disciplinarmente ao Comandante do Corpo, e técnica e
funcionalmente ao Chefe da Seção de Saúde, por intermédio do qual
se relacionará com o comando, neste particular.

Art. 220 - o dentista responde pelo estado sanitário do


pessoal do Corpo no âmbito de sua especialidade, além de se
encarregar da assistência odontológica aos oficiais e praças e
respectivas famílias, na forma da lei.
§ 1º - Deverá visitar freqüentemente as Companhias e
Destacamentos, para cumprimento de suas funções especializadas.
§ 2º - Procederá periodicamente a revista sanitária do
pessoal, de acordo com as instruções a respeito.

Art. 221 - As atribuições do dentista são fixadas em


disposições especiais em vigor.

Art. 222 - O dentista participa da instrução dos oficiais,


nos limites indicados pelo Comandante e acompanha o Corpo em todos
os seus deslocamentos.

CAPÍTULO XXIV
Do Veterinário

Art. 223 - O veterinário dirige o serviço de saúde e higiene


dos animais, pelo qual é responsável perante o Comandante e as
autoridades técnicas superiores.

Art. 224 - Compete ao veterinário, além das atribuições e


deveres estabelecidos em leis e regulamentos especialmente o
seguinte:
I - ter a seu cargo a enfermaria e farmácia veterinária, a
ferradoria, o plantio de forragens e a invernada do Corpo;
II - exercer, sobre os animais do Corpo, a mais severa
vigilância sanitária;
III - examinar a forragem e fiscalizar o forrageamento dos
animais;
IV - visitar freqüentemente os depósitos de forragem, baias e
outras dependências, que interessem ao serviço, mantendo-se ao
corrente do estado de conservação e das condições higiênicas das
mesmas, e promovendo, junto ao Comando, as medidas que julgar
oportunas;
V - examinar diariamente a qualidade da carne verde e demais
alimentos de origem animal destinados ao consumo do Corpo e,
quando este abater por sua conta, proceder aos exames “ante” e
“post-mortem” das reses;
VI - verificar freqüentemente com o médico e o aprovisionador
a qualidade das rações, participando ao Comando as alterações
encontradas e sugerir as medidas que julgar oportunas;
VII - responder pela carga e conservação do material
especializado ou não, distribuídos às dependências a seu cargo;
VIII - proceder, diariamente, à hora fixada, a visita aos
animais baixados, doentes e em observação;
IX - passar revista sanitária geral dos animais, acompanhado
de seus auxiliares, nos dias e horas fixados;
X - registrar nos cadernos especiais de registro dos animais
as alterações com eles verificadas;
XI - atender, extraordinariamente, aos animais que necessitem
de cuidados urgentes;
XII - propor ao Comando o sacrifício de animais cujas
condições de saúde aconselhem tal providência, fazendo sacrificar,
excepcional e sumariamente, os vitimados por lesões incuráveis,
conseqüentes de acidentes graves, e os que manifestarem sintomas
inconfundíveis de hidrofobia;
XIII - providenciar, em casos de moléstias contagiosas e de
surtos epidêmicos, as medidas preventivas aconselhadas, de acordo
com as disposições técnicas regulamentares, comunicando ao Comando
as providências tomadas, solicitando as que julgar oportunas e
escapem à sua alçada;
XIV - participar, diariamente, em livro especial, todas as
alterações ocorridas no serviço, fazendo acompanhá-lo da matéria
que deva ser publicada em boletim, devidamente redigida e sob a
forma de proposta;
XV - manter em dia a escrituração e o arquivo dos documentos
do serviço a seu cargo;
XVI - enviar, nas épocas oportunas, à Diretoria de Saúde e
por intermédio do Comandante do Corpo, os mapas, pedidos e
relatórios referentes ao serviço, de conformidade com as
disposições e regulamentos em vigor;
XVII - dirigir a instrução técnica dos enfermeiros-
veterinários e ferradores;
XVIII - zelar pela qualidade e quantidade das rações
distribuídas aos animais e propor, por intermédio do Fiscal
Administrativo, tudo quanto julgar conveniente à melhoria do
forrageamento;
XIX - escalar o serviço diário da enfermaria-veterinária e
ferradoria;
XX - assistir às “Revistas de Animais”, de acordo com o
previsto neste Regulamento.

Art. 225 - O veterinário toma parte na instrução dos


oficiais, nos limites fixados pelo respectivo comandante, e o
coadjuva na parte relativa à sua especialidade.

CAPÍTULO XXV
Do Farmacêutico

Art. 226 - As atribuições do farmacêutico obedecerão ao que,


a respeito estabelecem os regulamentos e instruções especiais a
ele relativas.

Art. 227 - Se no Corpo existir farmácia, esta funcionará,


sempre que possível, em uma das dependências da Seção de Saúde, de
que é parte integrante.

Art. 228 - O farmacêutico é subordinado, administrativa e


disciplinarmente, ao Comandante do Corpo e técnica e
funcionalmente ao Chefe da Seção de Saúde, por intermédio do qual
se relacionará com o Comando, nesse particular.

CAPÍTULO XXVI
Do Capelão

Art. 229 - O Capelão é o encarregado dos assuntos de ordem


espiritual e colaborador nos de ordem moral e de assistência e
previdência sociais da Unidade.

TÍTULO II
Das Dependências Internas e Pessoal Auxiliar
CAPÍTULO I
Da Ajudância

Art. 230 - O sargento arquivista é o auxiliar direto do


ajudante cabendo-lhe, em princípio:
I - organizar e conservar o arquivo do Corpo;
II - executar e distribuir às praças os trabalhos de
escrituração, de acordo com as instruções recebidas do Ajudante;
III - zelar pelo material distribuído à Ajudância.
Parágrafo único - Para a execução dos trabalhos da Ajudância
o sargento arquivista tem, como auxiliares, datilógrafos e outras
praças.

CAPÍTULO II
Da 1ª Seção

Art. 231 - O 1º sargento da S1 é o auxiliar imediato do S1 do


Corpo, no serviço da 1ª Seção.

Art. 232 - Cumpre-lhe:


I - ter perfeito conhecimento dos regulamentos, instruções,
avisos e ordens gerais, bem como os relativos à vida do Corpo,
para o que deverá organizar índices dos boletins internos e de
todos os atos oficiais da Polícia Militar;
II - coordenar a matéria que deva ser publicada em boletim
cuja execução dirige;
III - executar os trabalhos afetos à Seção e distribuí-los
aos seus auxiliares, de acordo com as instruções dadas pelo S1;
IV - ter uma cópia da escala dos subtenentes, sargentos,
cabos e demais praças, organizada pelo S1, convenientemente
alterada;
V - zelar pelo material distribuído à Seção;
VI - organizar a parada diária;
VII - comparecer às formaturas em que deva tomar parte o S1;
VIII - proceder a distribuição do boletim, ao toque
respectivo.

CAPÍTULO III
Das 2ª, 3ª e 4ª Seções

Art. 233 - As praças das 2ª, 3ª e 4ª Seções são auxiliares


diretos dos respectivos chefes de seção, competindo-lhes executar
os trabalhos de escrituração que lhes forem confiados, mantendo-os
permanentemente em ordem e em dia.

CAPÍTULO IV
Da Tesouraria

Art. 234 - Os graduados e outras praças em serviço na


Tesouraria são auxiliares diretos do tesoureiro, sob cujas ordens
servem.

Art. 235 - Às praças referidas no artigo anterior compete a


execução dos trabalhos de contabilidade, escrituração e arquivo
que lhes forem distribuídos pelo tesoureiro, perante o qual ficam
responsáveis pela correção e exatidão dos mesmos.

CAPÍTULO V
Do Almoxarifado

Art. 236 - Os graduados e outras praças em serviço no


Almoxarifado são auxiliares imediatos do almoxarife, na
escrituração, na guarda e conservação do material em depósito e
nos trabalhos de recebimento e distribuição do material do Corpo.

CAPÍTULO VI
Do Aprovisionamento

Art. 237 - O serviço de aprovisionamento do Corpo compreende


o recebimento, a conservação e distribuição de víveres e
forragens, a escrituração correspondente e a preparação e
distribuição dos alimentos.
Art. 238 - Os graduados e outras praças em serviço no
aprovisionamento são auxiliares diretos do aprovisionador,
competindo-lhes a escrituração, o recebimento, conservação e
distribuição dos víveres e forragens de conformidade com as
disposições regulamentares e as determinações do aprovisionador.

Art. 239 - Ao graduado do rancho incumbe a direção do serviço


de cozinha e do refeitório, zelando pela ordem, asseio e
disciplina dos mesmos.

Art. 240 - Os policiais serventes do rancho são auxiliares


imediatos do graduado, competindo-lhes o serviço de copa e faxina,
e ficam responsáveis, perante o aprovisionador, pela carga e
conservação da louça, móveis e utensílios que lhes forem
distribuídos.

Art. 241 - Ao cozinheiro compete:


I - receber os víveres do dia, preparar as refeições, de
conformidade com o cardápio estabelecido e proceder a entrega aos
copeiros;
II - zelar pela boa ordem do serviço na cozinha, sendo
responsável pelo asseio e disciplina internos;
III - responder pela carga e conservação do material que lhe
for distribuído.

CAPÍTULO VII
Da Seção de Saúde

Art. 242 - Ao sargento auxiliar de saúde compete os mesmos


deveres e atribuições dos enfermeiros do Hospital da Polícia
Militar, no que lhe for aplicável, cumprindo-lhe ainda:
I - encarregar-se de toda a escrituração relativa ao serviço;
II - organizar o boletim das baixas;
III - organizar a relação do pessoal para a escala do serviço
diário da Seção de Saúde;
IV - estar sempre ao corrente do serviço da Seção e
participar ao médico as alterações que ocorrerem;
V - ser o monitor da instrução técnica do pessoal da Seção;
VI - acompanhar os médicos em todas as fases do serviço e
executar, com fidelidade, todas as ordens, quer de natureza
técnica, quer administrativa;
VII - zelar pela conservação, asseio e boa ordem das
dependências da Seção de Saúde, bem como de todo o material a ela
distribuído;
VIII - guardar, sob sua responsabilidade, os medicamentos
ordinários e soluções destinadas a curativos comuns, só fornecendo
qualquer medicamento mediante ordem dos médicos, salvo nos casos
de urgência, o que deverá ser comunicado na primeira oportunidade;
IX - dirigir a distribuição de medicamentos e de refeições
aos doentes.
Art. 243 - O cabo auxiliar de saúde tem atribuições
correspondentes a ajudante de enfermeiro, incumbindo-lhe, ainda:
I - assistir à visita médica;
II - comparecer a toda instrução em que deva tomar parte;
III - auxiliar o sargento auxiliar de saúde em suas
atribuições, especialmente quanto à escrituração, conservação e
limpeza do material e dependências da Seção de Saúde.

Art. 244 - Ao sargento auxiliar de saúde, compete, além das


funções que lhe forem atribuídas como auxiliar da Seção de Saúde:
I - chefiar a seção de padioleiros do Corpo;
II - auxiliar o médico na instrução técnica de padioleiros.

Art. 245 - Ao cabo padioleiro incumbe:


I - auxiliar os serviços gerais da Seção de Saúde, de acordo
com as instruções do médico-chefe;
II - auxiliar o sargento auxiliar de saúde na instrução da
especialidade;
III - comparecer a toda instrução em que deva tomar parte;
IV - dirigir o serviço de faxina da Seção de Saúde, de acordo
com as instruções do médico chefe.

Art. 246 - Os policiais padioleiros participam de todos os


serviços e instruções da Seção de Saúde, de acordo com as ordens
estabelecidas pelo médico chefe.

Art. 247 - As praças da Seção de Saúde, no que respeita à


instrução, ao serviço técnico e à disciplina, durante a execução
do serviço, ficam sob a dependência do médico chefe; quanto à
administração, instrução geral e disciplina, fora daquele limite,
dependerão do Comandante da respectiva Subunidade.

CAPÍTULO VIII
Da Seção de Veterinária

Art. 248 - Ao sargento enfermeiro-veterinário compete:


I - encarregar-se de toda a escrituração relativa ao serviço;
II - zelar pela conservação e limpeza das dependências e do
material distribuído à enfermaria e farmácia veterinária;
III - acompanhar o veterinário em todas as fases do serviço,
auxiliando-o no desempenho de suas atribuições;
IV - zelar pela disciplina e boa ordem do serviço, de acordo
com as ordens e instruções do seu chefe;
V - organizar a relação do pessoal para efeito de escala de
serviço;
VI - ser monitor da instrução técnica do pessoal do serviço;
VII - fazer curativos e dirigir a distribuição de
medicamentos, de acordo com as instruções recebidas do
veterinário;
VIII - manter seu chefe sempre ao corrente de todas as
alterações verificadas no serviço.

Art. 249 - O sargento mestre ferrador é o encarregado da


ferradoria, competindo-lhe:
I - dirigir o serviço de ferragem dos animais, executando
pessoalmente os que exijam técnica especial;
II - auxiliar a instrução dos ferradores;
III - zelar pela limpeza, boa ordem e disciplina no serviço
da ferradoria, e pela conservação do material que lhe seja
distribuído.

Art. 250 - Os cabos e policiais enfermeiros-veterinários e os


cabos e policiais ferradores executam os serviços que lhes forem
determinados, de acordo com as ordens e instruções recebidas de
seus chefes, e concorrem na escala do serviço organizada pelo
veterinário.

Art. 251 - As praças do serviço de veterinária do Corpo, no


que respeita à instrução, ao serviço técnico e à disciplina,
durante a execução do serviço, ficam sob a dependência do
veterinário; quanto à administração, instrução geral e disciplina,
fora daquele limite, dependerão do comandante da Subunidade a que
pertencem.

CAPÍTULO IX
Das Comunicações

Art. 252 - Os sargentos de comunicações do Corpo são os


auxiliares imediatos do oficial de comunicações, competindo-lhes:
I - secundar a ação do seu chefe na instrução do pessoal de
comunicações e no funcionamento do serviço das respectivas turmas;
II - cumprir rigorosamente as determinações e instruções do
seu chefe, mantendo-o a par das ocorrências e circunstâncias que
interessem à eficiência das comunicações;
III - exercer autoridade técnica e disciplinar indispensável
sobre os cabos e policiais de suas turmas;
IV - dedicar-se inteiramente ao preparo do pessoal e, com
todo interesse, ao perfeito funcionamento das comunicações;
V - exigir do pessoal qualificado toda dedicação aos misteres
do serviço de que é encarregado;
VI - exercer rigorosa vigilância sobre o material que lhes
for confiado, zelando pela sua conservação e providenciando, em
tempo, sobre as avarias ou extravios que se verificarem.

Art. 253 - Aos cabos de comunicações incumbe:


I - secundar os chefes de turma nos seus encargos de
instrução, funcionamento das comunicações, zelo e conservação do
material;
II - executar, com as subturmas a seu cargo, os serviços
técnicos e de instrução que lhes forem determinados.

Art. 254 - Aos policiais das diversas turmas de comunicações


incumbe a execução fiel dos trabalhos que lhes forem afetos, para
o que deverão manter-se sempre em dia com os conhecimentos
técnicos indispensáveis à eficiência das comunicações.

CAPÍTULO X
Do Pessoal das Oficinas

Art. 255 - Aos sargentos mestres mecânicos, além das suas


atribuições normais, como encarregados de uma ou mais oficinas
especializadas, incumbe:
I - auxiliar o encarregado das oficinas na preparação do
armamento, munição e outros materiais, para distribuição e
transporte;
II - conhecer o material do Corpo suscetível de manutenção e
recuperação em sua oficina, bem como peças de substituição, a fim
de executar tais serviços com os recursos da oficina;
III - ter sob sua responsabilidade imediata e manter em ordem
o material e a ferramenta de sua oficina, de modo a poder, à
simples vista, informar sobre a sua utilização, devendo dispor de
elementos para executar imediatamente qualquer serviço urgente;
IV - participar diariamente ao oficial a que esteja
diretamente subordinada a oficina a seu cargo, logo no início dos
trabalhos, as faltas do pessoal.

CAPÍTULO XI
Dos Motoristas

Art. 256 - Aos motoristas incumbe:


I - dirigir a viatura que lhe for designada, de acordo com as
normas, regras de trânsito e regulamentos em vigor;
II - zelar pelo funcionamento e manutenção de 1º escalão da
viatura, ficando por isto responsável perante o comandante da
subunidade e oficial de manutenção e transportes;
III - zelar pela conservação, acondicionamento e utilização
do equipamento e ferramentas da viatura;
IV - dispensar os cuidados prescritos quanto às cargas e
carregamentos das viaturas e pelas quais fica responsável;
V - manter em ordem e em dia as fichas e outros documentos de
sua alçada relativos à viatura que lhe for designada;
VI - executar a limpeza da viatura que lhe for distribuída,
mantendo-a em perfeito estado de apresentação.
III - zelar pela conservação, acondicionamento e utilização
do equipamento e ferramentas da viatura;
IV - dispensar os cuidados prescritos quanto as cargas e
carregamentos das viaturas e pelas quais fica responsável;
V - manter em ordem e em dia as fichas e outros documentos de
sua alçada relativos à viatura que lhe for designada;
VI - executar a limpeza da viatura que lhe for distribuída,
mantendo-a em perfeito estado de apresentação.

CAPÍTULO XII
Dos Músicos

Art. 257 - Ao músico incumbe:


I - esforçar-se pelo desenvolvimento próprio, procurando
sempre melhorar os conhecimentos de sua especialidade e tirar o
máximo proveito das lições que lhe forem ministradas;
II - ter o maior cuidado com o instrumento que lhe seja
confiado, mantendo-o em bom estado de conservação, limpeza e
afinação;
III - participar imediatamente ao mestre os extravios ou
desarranjos verificados no instrumento que lhe estiver confiado,
esforçando-se invariavelmente pelo bom estado e conservação do
mesmo;
IV - tratar da sua montada e zelar pela conservação e limpeza
do arreamento, equipamento e armamento, quando lhe estejam
distribuídos.

Art. 258 - Os músicos, no ponto de vista de instrução


musical, ficam sob a dependência do mestre de música regente ou
contramestre; quanto à instrução geral, administração e
disciplina, e serviços policiais, dependem do comandante da
subunidade a que pertencem.
Parágrafo único - Os músicos participam dos serviços da
Unidade, na forma e nos limites estabelecidos pelo Comando.

CAPÍTULO XIII
Dos outros elementos

Art. 259 - Outros elementos do Corpo, não referidos neste


título, têm suas atribuições e deveres particularmente fixados nos
manuais de instrução.
Parágrafo único - As praças dos elementos referidos neste
artigo participam dos serviços gerais do Corpo, sem prejuízo das
suas atribuições próprias.

TÍTULO III
Da Subunidade

CAPÍTULO I
Do Comandante

Art. 260 - Ao comandante de subunidade, além dos encargos que


lhe são particularmente atribuídos em outros regulamentos,
compete:
I - educar profissionalmente seus comandados orientando-os no
sentido da compenetração do dever, inspirando-se sempre na
justiça, tanto para punir como para recompensar;
II - ter sempre em vista que o comando de uma subunidade é a
verdadeira escola de comando, em que o oficial aprimora as suas
virtudes profissionais e adquire a energia capaz de manter e
elevar o nível moral e técnico profissional da tropa nos serviços
policiais-militares;
III - procurar conhecer com segurança a personalidade,
inteligência e preparo profissional de cada um dos seus oficiais e
praças, a fim de melhor orientar-se no cumprimento de sua missão,
como educador, instrutor, disciplinador e responsável direto pela
zona policial a seu cargo, exigindo-lhes esforços compatíveis com
as suas possibilidades morais, intelectuais e físicas;
IV - procurar especialmente desenvolver, entre todos os seus
comandados, o sentimento do dever nunca se esquecendo de que os
melhores esforços devem tender sempre para um único e nobilitante
fim - a preparação e o emprego da subunidade para a manutenção da
ordem pública e a segurança interna;
V - exigir dos seus oficiais, sargentos, cabos e policiais a
compenetração das responsabilidades correspondentes à autoridade
de cada um deles, que deverá fundamentar-se no cumprimento
rigoroso do dever, na máxima dedicação ao serviço e no perfeito
conhecimento das leis, dos manuais de instrução, regulamentos e
ordem em vigor e na aprimorada preparação técnico-profissional,
compatíveis com as suas atribuições, a fim de que possam ter a
responsabilidade indispensável à autoridade de que são possuídos,
servindo de exemplo aos seus subordinados e as sociedades onde
servem.
VI - considerar a subunidade como uma família, de que deve
ser o chefe enérgico e justo, e interessar-se para que a todos os
seus membros se faça inteira justiça;
VII - esforçar-se para que a sua subunidade se apresente de
maneira impecável em qualquer ato ou serviço;
VIII - cuidar, com especial atenção, da educação moral e
cívica, das relações humanas e tratamento com o público em geral,
principalmente dos recém-admitidos;
IX - administrar a subunidade, zelando, com especial carinho,
pelo conforto e bem-estar de suas praças;
X - zelar pela saúde de seus mandados e esforçar-se para que
as praças adquiram e cultivem hábitos salutares da higiene física
e moral, aconselhando-as freqüentemente neste sentido;
XI - interessar-se pelos seus comandados, quando enfermos,
levando-lhes o conforto de sua visita sempre que possível, e
prestando-lhes a necessária assistência moral e material;
XII - providenciar para que sejam passados os atestados de
origem aos seus comandados, de acordo com as instruções
reguladoras do assunto;
XIII - organizar e manter em dia uma relação nominal de todas
as praças da subunidade, com os respectivos endereços e os nomes e
endereços de suas famílias, ou de pessoas por elas mais
diretamente interessadas, para efeito de comunicações importantes
a respeito das mesmas;
XIV - ouvir com atenção os seus comandados e providenciar, de
acordo com os seus princípios de justiça, para que sejam
assegurados os seus direitos e satisfeitos os seus interesses
pessoais, sem prejuízo da disciplina, do serviço e da instrução.
XV - apreciar, perante a subunidade, os atos meritórios de
seus comandados, que possam servir de exemplo, quer tenham sido
ou não publicados em boletim;
XVI - submeter, mediante parte, à decisão da autoridade
superior, os casos que, a seu juízo, merecerem recompensa ou
punição superior as suas atribuições;
XVII - acompanhar com solicitude os processos em que estejam
envolvidos os seus comandados, esforçando-se para que não lhes
faltem os recursos legais de defesa, nem sejam aqueles retardados;
XVIII - zelar pela conservação do material distribuído à
subunidade e providenciar, de acordo com as disposições vigentes,
sobre as reparações e substituições necessárias;
XIX - providenciar, de acordo com as normas regulamentares,
para que se mantenham completas as dotações de material da
subunidade, especialmente quanto ao armamento, equipamento e
demais materiais necessários aos serviços policiais-militares.
XX - inspecionar freqüentemente os animais da subunidade e
suas cavalarias, verificando se as condições pertinentes ao trato
e higiene, são convenientemente observadas, e providenciando, de
acordo com o veterinário do Corpo, para que a alimentação seja
feita conforme o estado de cada animal e a natureza dos esforços
individualmente despendidos;
XXI - proporcionar aos animais treinamento e emprego gradual
e progressivo, tendo sempre em vista o vigor da cavalhada;
XXII - fiscalizar ou determinar que se fiscalize a
distribuição de forragem aos animais de sua subunidade;
XXIII - realizar inspeções para determinar as condições das
viaturas da subunidade e assegurar, de acordo com o encarregado da
manutenção e transportes, a manutenção preventiva;
XXIV - verificar o reconhecimento e consumo de combustíveis e
lubrificantes pelas viaturas de sua subunidade;
XXV - distribuir eqüitativamente o pessoal, o material e os
animais da subunidade pelos respectivos destacamento;
XXVI - entregar aos pelotões ou seções (destacamentos),
conforme as condições de aquartelamento local, convenientemente
relacionado, todo o armamento, viaturas, equipamentos, arreamento
e outros materiais de uso diário, correspondente aos seus efetivos
reais;
XXVII - responsabilizar os comandantes de pelotões ou seções
(destacamento):
a) pela instrução profissional dos seus homens, bem assim
pelo asseio e conservação dos uniformes;
b) pela ordem dos serviços dos seus elementos;
c) pelo asseio das dependências que ocupa;
d) pelo estado dos respectivos animais ou viaturas;
e) pela guarda, conservação e limpeza de todo o material a
seu cargo;
XXVIII - fiscalizar freqüentemente os destacamentos, não só
para tornar efetiva a responsabilidade prevista no número
anterior, como também, para manter a indispensável unidade de
instrução, disciplina, administração e serviços de subunidade, sem
prejuízo da iniciativa e autoridade de seus oficiais;
XXIX - providenciar para que os pagamentos dos vencimentos
dos seus comandados seja efetuado no mesmo dia do recebimento dos
cheques respectivos, devolvendo-se ao órgão responsável os dos que
não pertencerem mais à subunidade.
XXX - fiscalizar toda a escrituração da subunidade,
providenciando para que se mantenha sempre em dia e em condições
de ser examinada pela autoridade superior competência;
XXXI - zelar pela boa apresentação de seus comandados e pela
correção e asseio dos uniformes, reprimindo qualquer alteração do
plano em vigor;
XXXII - escalar o serviço normal da subunidade e o que à
mesma for determinado;
XXXIII - permitir a troca de serviço de escala às praças de
sua subunidade, e, somente antes de iniciado o serviço, as que
devam ficar sob as ordens de outra autoridade;
XXXIV - assinar documentos de baixas a enfermaria ou
hospital e, quando no quartel, também as extraordinárias de
oficiais e praças da subunidade;
XXXV - participar ao comandante da Unidade as ocorrências
havidas na subunidade cujas providências a respeito escapem as
suas atribuições assim como as que, pela importância, convenha
levar ao seu conhecimento, embora sobre elas tenha providenciado;
XXXVI - remeter ao comandante da Unidade, nas datas
oportunas, os documentos regulamentares, ficando responsável pela
exatidão dos mesmos;
XXXVII - inspecionar mensalmente o material da carga da
subunidade e tornar efetiva a responsabilidade dos seus detentores
pelas irregularidades encontradas;
XXXVIII - cumprir o plano de policiamento na zona policial da
subunidade;
XXXIX - manter assídua ligação com as autoridades civis e
militares no âmbito de suas atribuições;
XL - manter a ordem, o asseio e a disciplina em sua
subunidade, assegurando permanente serviço de guarda e polícia dos
alojamentos e demais dependências;
XLI - solicitar providências, com a necessária antecedência,
para a alimentação de sua subunidade, quando esta deva permanecer,
em serviço ou instrução, em lugar distante do quartel, e, bem
assim, para o fornecimento dos recursos médicos de urgência,
indispensáveis;
XLII - anotar, no boletim do Corpo, os artigos que devam ser
lidos à subunidade, especialmente os que se referirem a
substituições, transferências e punições;
XLIII - aditar ao boletim todas as ordens e providências que
julgar necessárias;
XLIV - assistir, pessoalmente ou por intermédio de um oficial
subalterno, à leitura do boletim à sua subunidade;
XLV - fazer registrar, diariamente, pelos oficiais
subalternos, em livros especiais, os serviços e instrução,
executados ou ministrados, as faltas verificadas, os resultados
obtidos e todas as observações úteis no julgamento da marcha de
cada ramo da instrução, assim procedendo com a que pessoalmente
ministrar;
XLVI - escalar mensalmente e quando não houver subcomandante,
um oficial subalterno, para seu auxiliar imediato na administração
e disciplina da subunidade, sem prejuízo de suas funções normais,
a fim de melhor orientá-lo, de acordo com a sua experiência, na
apreciação dos preceitos regulamentares;
XLVII - assistir, diariamente a limpeza da cavalhada, ou
escalar um subalterno para o fazer, quando for o caso.

CAPÍTULO II
Dos Oficiais Subalternos

Art. 261 - Os oficiais subalternos são os principais


auxiliares do respectivo comandante, na disciplina, na instrução,
educação e serviços.

Art. 262 - Ao oficial subalterno incumbe:


I - manter-se sempre a par das instruções e ordens do
comandante da subunidade, a fim de secundar-lhe os esforços e
tornar-se apto a substituí-lo, eventualmente, sem solução de
continuidade;
II - comandar destacamentos policiais ou frações de tropa que
lhe forem atribuídos, na forma regulamentar;
III - cumprir com esmero as ordens do comandante da
subunidade, sem prejuízo da iniciativa própria, que lhe cabe usar
no desempenho de suas atribuições;
IV - ter pleno conhecimento das disposições legais e
regulamentares em vigor e das ordens e instruções particulares dos
comandantes da Unidade e Subunidade;
V - responder, por ordem de antigüidade, pelo comando da
subunidade, na ausência do respectivo comandante, tornando, sem
hesitar, quando necessário, qualquer providência de caráter
urgente;
VI - visitar freqüentemente o alojamento, as baias, as
garagens e os depósitos a seu cargo, zelando pela limpeza,
conservação e boa ordem;
VII - responder pela carga e conservação do material que
tenha sido distribuído a fração sob seu comando;
VIII - pedir ao comandante da subunidade o material
necessário (armamento, equipamento, arreamento, viaturas ao
cumprimento das suas atribuições, bem como o material) necessário
à limpeza e conservação;
IX - participar, por escrito, ao comandante da subunidade, os
extravios de objetos distribuídos às suas praças ou a cargo do
plantão ou seção, indicando os responsáveis se houver;
X - zelar pela correta apresentação de seus homens;
XI - entender-se com as autoridades superiores do Corpo, em
objeto de serviço, somente por intermédio do Comandante de sua
subunidade ou por ordem dele, salvo no desempenho de serviços
sujeitos diretamente à autoridade superior;
XII - conhecer, individual e perfeitamente bem, todas praças
de seu pelotão ou seção, não só para obter o máximo resultado na
instrução e nos serviços, como para bem informar o comandante da
subunidade;
XIII - exercer rigorosa fiscalização dos serviços a cargo de
seus comandados, sempre com a atenção voltada para as dificuldades
que possam surgir, verificando as condições ambientais, de maneira
a antever situações novas, que exijam alterações das medidas
tomadas;
XIV - sugerir modificações que possam melhorar o serviço,
fundamentando sempre por escrito a sugestão;
XV - exercer rigorosa fiscalização do destacamento sob sua
jurisdição;
XVI - estudar, quando mensalmente escalado auxiliar da
administração e disciplina da subunidade, todas as questões que
tenham de ser resolvidas pelo seu comandante e submeter-lhe a
solução que daria, citando as disposições regulamentares que o
orientaram;
XVII - ler diariamente o boletim interno e seus aditamentos;
XVIII - comparecer pontualmente ao quartel e aos locais de
instrução, participando, com antecedência, quando, por motivo de
força maior, se encontre impedido de assim proceder, mantendo o
seu substituto imediato sempre em condições de substituí-lo, sem
tardança e sem solução de continuidade;
XIX - assistir à distribuição de fardamento e material ao
pessoal de seu Pelotão ou Seção, bem como às revistas de
fardamento;
XX - registrar pessoalmente a instrução que houver
ministrado, de acordo com as disposições em vigor;
XXI - apresentar-se ao Comandante de sua subunidade logo que
este chegue ao quartel, ou assim que os seus afazeres o permitam;
Parágrafo único - Os segundos tenentes não poderão ser
empenhados, durante os dois primeiros anos de serviço no posto, em
outra função, nem mesmo dentro da própria unidade a que
pertencerem; concorrerão, porém, às substituições que lhes
competirem.

CAPÍTULO III
Dos Aspirantes a Oficial

Art. 263 - Os Aspirantes a Oficiais exercem as funções


inerentes aos oficiais subalternos, com atribuições e deveres
semelhantes, respeitadas as restrições previstas em leis,
regulamentos e instruções a respeito.

CAPÍTULO IV
Do Subtenente

Art. 264 - Ao subtenente, quando almoxarife da subunidade,


compete auxiliar na administração, de conformidade com as ordens
do respectivo comandante e de acordo com as atribuições que lhe
são fixadas na legislação e regulamentos vigentes.
Art. 265 - Além das atribuições constantes de outros
regulamentos, particularmente do Regulamento de Administração,
incumbe-lhe:
I - entregar, mediante recibo, o material distribuído aos
pelotões ou seções e a outras dependências da subunidade, e, bem
assim, qualquer artigo que, por ordem do respectivo comandante,
deva sair da arrecadação, fornecendo aos pelotões e seções, quando
tenham depósito próprio, a relação do material distribuído,
conferida com a que fica em seu poder;
II - entregar, para as formaturas, exercícios ou serviços, o
material dos pelotões ou seções, verificando o seu estado, ao
recebê-lo de volta, participando as faltas ou estragos ao
comandante de subunidade;
III - propor ao respectivo comandante todas as medidas que
julgar convenientes para o melhoramento das condições materiais da
subunidade;
IV - organizar todas as relações de material que devam ser
apresentadas pela subunidade;
V - acompanhar o comandante da subunidade nas revistas e
inspeções de material e solicitar as formaturas especiais que se
tornarem necessárias, para a verificação e fiscalização que lhe
compete;
VI - encarregar-se, de acordo com as instruções do seu
comandante, das providências relativas à alimentação da
subunidade, quando esta deva permanecer, em serviço ou instrução,
em lugar distante do quartel;
VII - instruir os sargentos e cabos da subunidade nos
assuntos relativos à escrituração e contabilidade, e auxiliar a
instrução geral das praças na parte referente à conservação e uso
dos uniformes e limpeza do armamento;
VIII - exercer, nas formaturas, comando de pelotão, ou seção,
quando o determinar o comandante da subunidade ou quando lhe
competir por direito;
IX - exercer sobre o pessoal da subunidade a necessária
autoridade, na ausência do respectivo comandante e de seus
oficiais, recorrendo ao oficial de dia, quando necessário, e
submetendo seus atos à consideração do mesmo comandante;
X - apresentar-se diariamente ao comandante da subunidade,
logo que este chegue ao quartel, informando-lhe sobre o andamento
das ordens recebidas.

Art. 266 - O subtenente, para desempenho de suas atribuições,


tem como auxiliar o furriel e os policiais auxiliares desses
serviços.

Art. 267 - Os subtenentes, quando no comando de destacamento


policial, tem as atribuições e deveres previstos neste Regulamento
para os comandantes de destacamento.

CAPÍTULO V
Dos Sargentos

Art. 268 - Os sargentos são os auxiliares do comandante e dos


oficiais da subunidade na educação, instrução, disciplina,
administração e serviços.

Art. 269 - Aos sargentos incumbe, em princípio, assegurar a


observância ininterrupta das ordens vigentes, impondo-se a
confiança dos seus chefes e a estima e respeito dos seus
subordinados.
Art. 270 - Ao 1º Sargento, quando sargenteante da subunidade,
compete:
I - ter a seu cargo toda a escrituração corrente da
subunidade, referente ao pessoal, serviço e instrução, e executá-
la, auxiliado pelos demais sargentos, mantendo-a em dia e em
ordem;
II - fiscalizar a execução da escrituração que distribuir aos
seus auxiliares, ficando responsável pelas irregularidades
verificadas;
III - organizar as relações do pessoal para as escalas do
serviço a cargo do comandante da subunidade;
IV - responsabilizar-se pelo arquivamento de todos os
documentos que devam ser conservados na subunidade, inclusive os
boletins e aditamentos;
V - organizar um índice dos assuntos que interessam à
subunidade, publicados nos boletins internos;
VI - responder pela subunidade, na ausência dos oficiais e do
subtenente, exercendo sua autoridade sobre os demais sargentos e
praças, nas questões de serviço e disciplina;
VII - proceder a chamada ou verificação das praças nas
formaturas, anotando-lhes as faltas;
VIII - instruir os demais sargentos nos assuntos concernentes
à escrituração, a fim de pô-los a par do serviço e prepará-los
para o substituírem em seus impedimentos;
IX - auxiliar a instrução da subunidade como lhe foi
determinado pelo respectivo comandante;
X - estar em condições de substituir os oficiais subalternos
nos comandos de pelotão ou seção;
XI - conhecer a instrução até a escola do pelotão ou seção,
bem como os diversos manuais de instrução e regulamentos, os quais
devem possuir, no que for necessário ao exercício de suas
atribuições;
XII - proceder a leitura do boletim e seus aditamentos à
subunidade;
XIII - pôr em forma, 15 minutos antes da parada, as praças
que devam entrar de serviço, fazer a respectiva chamada, revistar-
lhes os uniformes, equipamento e armamento, e conduzi-las, ao
toque e hora regulamentares, ao lugar determinado;
XIV - formar as praças da subunidade para as revistas, ou
determinar por escala, com o conhecimento do respectivo comandante
e na forma estabelecida neste regulamento um outro sargento para
substituí-lo;
XV - apresentar, diariamente, ao comandante da subunidade, os
documentos relativos a todos os assuntos que devam ser por ele
resolvidos, salvo os que interessem, pessoalmente, a determinado
oficial ou estejam sendo por este tratados;
XVI - participar ao oficial do dia, na ausência de oficial ou
do subtenente da subunidade, qualquer ocorrência que exija
providência imediata;
XVII - apresentar-se, diariamente, ao oficial da subunidade
que chegue em primeiro lugar ao quartel, participando-lhe as
ocorrências havidas e, bem assim, ao respectivo comandante, logo
após sua chegada;
XVIII - submeter-se à assinatura do comandante da subunidade
o expediente diário, a hora por ele marcada.

Art. 271 - Aos demais sargentos da subunidade incumbe:


I - Auxiliar a instrução e serviços das subunidade e
ministrar a que lhes competir, em virtude das disposições
regulamentares, programas e ordens;
II - comunicar ao comandante de pelotão ou seção tudo o que,
na sua ausência, ocorrer com o pessoal;
III - auxiliar o 1º sargento, fora das horas de instrução e
serviço em toda a escrituração da subunidade e em tudo que se
relacionar com o serviço da mesma;
IV - auxiliar o comandante do pelotão ou seção na
fiscalização da fiel observância das ordens e instruções relativas
à limpeza, conservação e arrumação das dependências que ocupa e de
material distribuído aos homens, verificando se todos se encontram
inteirados das ordens gerais e particulares que lhes dizem
respeito;
V - conhecer a instrução e os principais manuais de instrução
e regulamentos, devendo possuí-los, como foi estabelecido para o
1º sargento;
VI - participar as faltas verificadas nos elementos de tropa
sob seu comando, em qualquer formatura;
VII - substituir por ordem de graduação ou antigüidade, o 1º
sargento em seus impedimentos fortuitos, ou, na sargenteação das
subunidade, em seus impedimentos prolongados, por ordem do
respectivo comandante;
VIII - apresentar-se, diariamente, ao oficial a que esteja
diretamente subordinado e ao 1º sargento da subunidade, logo que
estes cheguem ao quartel e seus afazeres o permitam;
IX - responder, perante os comandantes de pelotões ou seções
e subtenentes, pelo material e viaturas que lhes tenham sido
distribuídos.

Art. 272 - Os sargentos executam o policiamento afeto a


Unidade na conformidade dos planos de policiamento e das ordens de
operações.
Parágrafo único - Quando no comando de destacamento policial,
têm as atribuições e deveres previstos neste Regulamento para os
comandantes de destacamentos.

CAPITULO VI
Do Furriel e Policial Auxiliar

Art. 273 - O Furriel é o principal auxiliar na execução da


administração da subunidade, competindo-lhe:
I - organizar os papéis de vencimentos das praças da
Subunidade, mediante alterações fornecidas pelo subtenente;
II - organizar diariamente, sob a direção do subtenente, os
vales de rações das praças arranchadas e, bem assim, os de
forragens dos animais da subunidade;
III - executar os trabalhos de escrituração que lhe forem
dados pelo subtenente e colaborar eficazmente com ele na
fiscalização, conservação e limpeza do material da subunidade;
IV - manter-se em condições de prestar na ausência do
almoxarife da subunidade, quaisquer informações relativas ao
material da subunidade;
V - proceder, de acordo com as ordens, a entrega,
distribuição e recolhimento do material.

Art. 274 - O policial auxiliar serve sob as ordens do


subtenente e auxilia diretamente o furriel na arrumação,
conservação e limpeza do material em depósito, na subunidade e,
bem assim, na entrega, distribuição e recolhimento deste material.

CAPÍTULO VII
Dos Comandantes de Destacamento

Art. 275 - Aos comandantes de destacamentos incumbe;


I - executar o policiamento da zona em que servir;
II - instruir freqüentemente as praças sob seu comando nos
diferentes ramos dos serviços;
III - inspecionar armamento, fardamento, viaturas,
equipamento e mais artigos, participando a autoridade
imediatamente superior as falhas e irregularidades que
encontrarem;
IV - designar os serviços que tiver de executar, indicando as
praças necessárias;
V - rondar e fazer rondar, durante o dia e à noite, em horas
indeterminadas, o serviço de sua responsabilidade;
VI - velar pela limpeza do recinto do quartel, assim como
pelo asseio da tropa e material a seu cargo;
VII - conservar de prontidão a tropa, de acordo com as
exigências do serviço;
VIII - observar e fazer observar a mais rigorosa disciplina
entre os seus comandados;
IX - guardar toda a reserva sobre o serviço;
X - providenciar de modo que nunca se retarde o auxílio da
força de seu comando, quando requisitada por autoridade
competente;
XI - ter sempre em dia e convenientemente escriturados, os
livros e talões pertencentes ao quartel, inspecionando-o
cuidadosamente ao assumir o comando, a fim de dar parte das
irregularidades que encontrarem;
XII - organizar, de acordo com o formulário adotado a parte
de ausência e o inventário dos artigos extraviados pelas praças
que se ausentarem sem licença, guardando, convenientemente
relacionados, o armamento, o fardamento e todos os demais artigos
deixados pelas mesmas praças;
XIII - ler ou mandar ler as praças de seu comando os boletins
da Unidade;
XIV - educar profissionalmente seus comandados, orientando-os
no sentido da compenetração do dever, inspirando-se sempre na
justiça em todos os seus atos;
XV - ter sempre em vista que o destacamento policial é fração
básica da Corporação, em que o policial tem a oportunidade de
prestar os mais relevantes serviços à sociedade;
XVI - procurar conhecer com segurança a personalidade,
inteligência e preparo profissional de cada um de seus comandados,
a fim de melhor orientar-se no cumprimento de sua missão, como
educador, instrutor e responsável direto perante seus superiores
pela cena policial a seu cargo;
XVII - procurar especialmente desenvolver, entre todos os
seus comandados, o sentimento do dever, nunca esquecendo que os
melhores esforços devem tender sempre para um único e nobilitante
fim - o preparo e o emprego do destacamento para a manutenção da
ordem pública e segurança interna;
XVIII - esforçar-se para que o destacamento se apresente de
maneira impecável em qualquer ato ou serviço;
XIX - cuidar, com especial atenção, da educação moral e
cívica, das relações humanas e tratamento com o público em geral;
XX - administrar o destacamento, zelando por que se observe
rigorosa e fielmente suas importantes finalidades;
XXI - providenciar para que sejam passados os atestados de
origem aos seus comandados, de acordo com as instruções
reguladoras do assunto;
XXII - submeter, mediante parte, à decisão da autoridade
superior, os casos que, a seu juízo, merecerem recompensa ou
punição superiores às suas atribuições;
XXIII - zelar pela conservação de material distribuído ao
destacamento e providenciar, de acordo com as disposições
vigentes, sobre as reparações e substituições necessárias;
XXIV - providenciar, de acordo com as normas regulamentares,
especialmente quanto a armamento para que se mantenham completas
as dotações de material do destacamento, equipamento e demais
materiais necessários aos serviços;
XXV - responsabilizar seus comandados;
XXVI - manter em dia toda a escrituração do destacamento, em
condições de ser examinada pela autoridade superior competente;
XXVII - zelar pela boa apresentação de seus comandados e pela
correção e asseio dos uniformes, reprimindo qualquer alteração do
plano em vigor;
XXVIII - escalar serviços;
XXIX - fazer relatórios, emitir pareceres, assinar
documentos, no âmbito de suas atribuições;
XXX - participar ao comandante imediatamente superior as
ocorrências havidas no destacamento cujas providências a respeito
escapem às suas atribuições, assim como as que pela importância
convenha levar ao seu conhecimento, embora sobre elas tenha
providenciado;
XXXI - remeter ao comandante imediatamente superior, nas
datas oportunas, os documentos regulamentares, ficando responsável
pela exatidão dos mesmos;
XXXII - zelar pelo bom entendimento dos comandados, com as
autoridades civis e militares e o público em geral;
XXXIII - permanecer na zona policial que lhe couber, dela não
se afastando, nem permitindo que os comandados se afastem, sem
autorização do comandante superior, a não ser em casos de serviço,
devendo em qualquer hipótese, cientificar as autoridades policiais
e judiciárias locais;
XXXIV - manter assídua ligação com as autoridades civis e
militares no âmbito de suas atribuições;
XXXV - cumprir as ordens e planos de operações de
policiamento na zona policial do destacamento;
XXXVI - fiscalizar de modo racional todos os serviços,
confiados a elementos do destacamento;
XXXVII - incentivar os comandados a se integrarem na vida
comunitária do município;
XXXVIII - sem prejuízo da função específica, fazer com que o
Destacamento participe das campanhas assistências.

CAPÍTULO VIII
Dos Cabos

Art. 276 - Aos cabos, como um dos elementos essenciais de


execução, incumbe:
I - cuidar da instrução e dos serviços do elemento de tropa
que lhes competir ou lhes for confiado;
II - comunicar ao seu comandante direto as ocorrências que se
verificarem com o pessoal a seu cargo;
III - comandar o elemento de tropa que regularmente lhes
competir ou que lhes seja confiado;
IV - manter-se em condições de substituir eventualmente os
sargentos na instrução e nos serviços;
V - auxiliar o serviço da dependência para o qual forem
designados;
VI - cumprir e executar as atribuições que lhes forem
cometidas.

CAPÍTULO IX
Dos Policiais

Art. 277 - O Policial é um dos elementos essenciais de


execução; a ele, cabe, fundamentalmente, o dever de pautar sua
conduta pela mais escrupulosa observância das ordens dos seus
superiores e das disposições legais e regulamentares, de modo a
mostrar-se digno da farda que veste, revelando, como atributos
fundamentais de sua nobre missão, o respeito e a obediência a seus
chefes, a fraternal camaradagem para com os companheiros, o
preparo técnico-profissional no desempenho de suas funções, o
cuidado com o material que lhe seja entregue, o asseio corporal e
dos uniformes, a dedicação pelo serviço, o amor à causa e à
Corporação e a consciente submissão às regras disciplinares.
Parágrafo único - O Policial deve particularmente observar
com atenção o tratamento para com o público em geral, fazendo das
relações humanas uma constante no desempenho de suas atribuições;
deve ser enérgico e imparcial.

Art. 278 - Ao Policial cumpre, particularmente:


I - esforçar-se por aprender tudo o que lhe for ensinado
pelos seus instrutores;
II - esforçar-se para cumprir bem e exatamente todas as suas
atribuições;
III - evitar alterações com camaradas ou civis e abster-se da
prática de vícios que prejudiquem a saúde e aviltem o moral;
IV - manter relações somente com pessoas cujas qualidades
morais as recomendem;
V - apresentar-se sempre rigorosamente uniformizado e asseado
e com a máxima compostura nos serviços;
VI - estar sempre decentemente trajado, nas ocasiões
permitidas, evitando misturar peças de uniformes com as civis;
VII - compenetrar-se da autoridade de que é investido e da
conseqüente responsabilidade;
VIII - cumprir com exatidão as atribuições que lhe cabem nos
serviços, zelando pelo material de que é detentor, abstendo-se de
desencaminhar ou extraviar, propositadamente ou por negligência,
peças de fardamento, armamento, equipamento ou outros objetos
pertencentes à Fazenda Estadual;
IX - comunicar imediatamente ao seu chefe direto as
ocorrências havidas no desempenho de suas atribuições cujas
providências a respeito escapem à sua alçada, assim como as que
pela importância convenha levar ao seu conhecimento, embora sobre
elas tenha providenciado;
X - não se descuidar da assistência moral e material à
família;
XI - ser pontual na instrução e no serviço, participando ao
seu chefe, sem perda de tempo e pelo meio mais rápido ao seu
alcance, de tal modo que lhe seja possível providenciar a
respeito, quando, por motivo de doença ou força maior, se encontre
impedido de cumprir esse dever;
XII - evitar o emprego de violência ao efetuar prisões ou
detenções, só usando de força física ou de armas em casos
taxativamente permitidos em lei;
XIII - atuar, do ponto de vista policial, em qualquer local
em que estiver, mesmo de folga ou trajes civis, a fim de prevenir
ou reprimir prática de delito, desde que não haja elemento ou
força de serviço suficiente, situação essa em que se considera ato
de serviço para os efeitos legais;
XIV - pleitear, exclusivamente pelos meios legais, seus
direitos, não recorrendo em hipótese alguma, a terceiros;
XV - proceder com absoluta correção, não abusando de conceito
e confiança decorrentes da função, para contrair dívidas, fazer
transações pecuniárias ou para outro ato de interesse particular.

TÍTULO IV
Das Subunidades de Comando e de Serviços

Art. 279 - As subunidades de Comando e de Serviços são


elementos de administração, disciplina e instrução de todo o
pessoal auxiliar das dependências internas do Corpo, não
pertencentes às outras subunidades orgânicas.

Art. 280 - As atribuições e deveres inerentes ao comandante e


auxiliares diretos do comando e da administração da Subunidade são
idênticas às dos seus correspondentes nas demais subunidades.
TÍTULO V
Das Subunidades Isoladas

Art. 281 - As prescrições deste Regulamento, referentes à


Unidade são extensivas, no que for aplicável às Subunidades
isoladas ou destacadas, dotadas de meios de vida autônomos,
constituindo Corpos de Tropa, sendo semelhantes as atribuições dos
postos e funções correspondentes.

QUARTA PARTE
Serviços Gerais

TÍTULO I
Boletim Interno

Art. 282 - O Boletim Interno é o documento em que o


Comandante fará constar todas as suas ordens, às ordens das
autoridades superiores e os fatos de que deva a Unidades ter
conhecimento.
§ 1º - O boletim é dividido em quatro partes:
1º - Serviços diários;
2º - Instrução;
3º - Assuntos Gerais e Administrativos;
4º - Justiça e Disciplina.
§ 2º - O boletim interno será publicado diariamente ou não,
conforme os dados e o vulto do serviço.

Art. 283 - Do boletim constará especialmente:


I - discriminação do serviço a ser feito pela Unidade;
II - ordens e decisões do comandante, mesmo que já tenham
sido executadas;
III - determinações das autoridades superiores, mesmo que já
cumpridas, com a citação do documento de transmissão;
IV - alterações ocorridas com o pessoal e o material da
Unidade;
V - ordens e disposições gerais que interessem à Unidade e
referência sucinta a novos manuais de instrução, regulamentos ou
instruções com indicação do órgão oficial em que forem publicados;
VI - referências a oficiais e praças falecidos que pelo seu
passado e conduta mereçam ser apontadas como exemplo;
VII - apreciação do comandante ou da autoridade superior
sobre a instrução da Unidade, bem como dos serviços, e referências
a documentos de instrução recebidos ou expedidos;
VIII - fatos extraordinários que interessem à Unidade, assim
como o que deva ser publicado por força de regulamentos e
disposições em vigor.
Parágrafo Único - Não serão publicadas neste boletim:
I - as ocorrências cujo conhecimento tenha sido dado à
Unidade em caráter sigiloso, bem como quaisquer alusões a essas
ocorrências;
II - as ocorrências são relacionadas com o serviço da Polícia
Militar, salvo se tiverem dado lugar a expedição de alguma ordem
ou estiverem ligados a comemorações de caráter cívico.

Art. 284 - O boletim será elaborado em tantas vias, todas


autenticadas pelo comandante e conferidas pelo S/1 quantas forem
necessárias à distribuição às subunidades às dependências internas
e as autoridades a que estiver a Unidade imediatamente
subordinada de acordo com as normas em vigor e observando-se a
respeito as seguintes disposições:
I - os comandantes de subunidades poderão anexar as cópias do
boletim destinadas às subunidades um aditamento, com as minúcias
necessárias ao cumprimento das ordens nele contidas acrescentando
as suas próprias ordens;
II - uma cópia do aditamento da subunidade será enviada ao
comandante da Unidade, a título de participação das providências
tomadas e ordens expedidas;
III - o boletim e o aditamento serão lidos as subunidades, em
formatura especial de todo o pessoal, ao toque respectivo;
IV - os comandantes de subunidades, em seguida a leitura do
boletim, farão ler o seu aditamento, do qual deverão constar todas
as suas ordens, em conseqüência das dos comandos superiores, e
outras ordens de sua alçada instruções, serviços especiais e
emprego do tempo no dia seguinte;
V - aos oficiais será permitida a leitura do boletim e
aditamento na reserva da subunidade, podendo, entretanto, o
subcomandante ou o comandante da Unidade, este em casos
excepcionais, reunir os oficiais para ouvirem, em sua presença, a
leitura do boletim;
VI - o boletim deverá ser conhecido no mesmo dia de sua
publicação, por todos os oficiais e praças da Unidade, e o
aditamento pelos da respectiva Subunidade. Para isso, será aposto
o ciente, pelos oficiais, na última página das cópias de sua
subunidade ou dependência, e bem assim, anotadas as praças que,
por qualquer motivo, hajam faltado à formatura correspondente, às
quais será feita a leitura do que a elas interessar, pelo sargento
ou sargento de dia, á subunidade, em hora fixada pelo respectivo
comandante;
VII - as ordens urgentes que constarem do boletim e
intereçarem aos oficiais ou praças em serviço ou destacados ser-
lhes-ão dadas a conhecer imediatamente, pelo mais rápido meio e
por intermédio da subunidade a que pertencerem;
VIII - o desconhecimento do boletim não justifica falta;
IX - os boletins e seus aditamentos, com a assinatura
autógrafa do comandante da Unidade serão colecionados e
periodicamente encadernados ou brochados em um volume com um
índice de nomes e outro de assuntos, organizados pela 1ª Seção,
sendo o volume arquivado na Ajudância; com as cópias dos
aditamentos das subunidades subordinadas serão tomadas idênticas
providências;
X - procedimento anterior terão as subunidades, relativamente
aos boletins que lhes forem distribuídos, bem como em relação aos
originais dos respectivos aditamentos.
Art. 285 - Normalmente o boletim deverá estar pronto meia
hora antes do término do expediente; para isso, havendo acúmulo de
matéria, a parte que não exija conhecimento imediato poderá
constituir assunto do boletim seguinte.
Parágrafo único - O boletim será distribuído antes do término
do expediente.

Art. 286 - Nos domingos e feriados poderá ser publicado


boletim quando houver expediente nas Unidades, motivado por
situações extraordinárias.

TÍTULO II
Do Trabalho Diário
CAPÍTULO I
Do Horário

Art. 287 - O horário da vida diária da Unidade, compreendendo


serviços, instrução, expediente, rancho etc., é estabelecido pelo
comandante, por períodos que poderão variar com as estações do
ano, os interesses do serviço e de acordo com determinações
superiores.

Art. 288 - O horário correspondente a cada período será


publicado em boletim, sempre que possível com antecedência de uma
semana; serão igualmente publicados com antecedência indispensável
quaisquer alterações nele introduzidas.

CAPÍTULO II
Da Alvorada

Art. 289 - Em situação normal o toque de alvorada, feito de


acordo com o horário da Unidade, por ordem do oficial de dia,
indica o despertar e o começo da atividade diária.
§ 1º - Ao terminar o toque respectivo, o homem deverá
levantar-se e providenciar a arrumação da cama e seus pertences.
§ 2º - Aos que tenham permanecido de serviço à noite, será
permitido permanecer no leito até a hora fixada no horário ou nas
NGA da Unidade.
§ 3º - idêntico procedimento do parágrafo anterior poderá ser
observado nos domingos, dias feriados e quando houver instrução
pela manhã.

CAPÍTULO III
Da Instrução

Art. 290 - A instrução na Unidade será ministrada,


ordinariamente, como manutenção e atualização de conhecimento
técnico-profissional e, extraordinariamente, aqueles que não
venham cumprindo a contento suas atribuições.

Art. 291 - A instrução é ministrada de conformidade com os


programas e quadros de trabalhos preestabelecidos e de acordo com
os manuais, regulamentos e disposições particulares em vigor.

CAPÍTULO IV
Do Expediente

Art. 292 - O expediente é a fase da jornada destinada à


preparação e execução dos trabalhos normais da administração geral
da unidade e ao funcionamento das dependências internas.
Parágrafo único - Os serviços de escala e outros de natureza
permanente independem do horário de expediente da Unidade, assim
como todos os trabalhos e serviços, em situações normais.

Art. 293 - O expediente normalmente começa e termina de


acordo com o horário fixado para a Unidade, devendo haver uma
interrupção para a refeição do almoço, quando a jornada for
superior a seis horas.

Art. 294 - Durante o expediente, os oficiais e praças manter-


se-ão com o uniforme fixado.

Art. 295 - Durante as horas de serviço, todos devem devotar-


se, exclusivamente, ao exercício de suas funções e aos misteres
profissionais.

CAPÍTULO V
Das Faxinas

Art. 296 - Faxinas são todos os trabalhos de utilidade geral,


executados no quartel ou fora dele, compreendendo limpeza,
lavagem, capinação, arrumação, carga ou descarga de material, e
outros semelhantes.

Art. 297 - O serviço de faxina obedece às seguintes


disposições:
I - sempre que as circunstâncias e a dotação orçamentária o
permitirem, as faxinas gerais serão feitas por civis contratados
ou mediante concessão com organização especializada, sendo, no
primeiro caso, o número daqueles fixados pelo comandante, de
acordo com a verba de que dispuser; não havendo recursos
pecuniários, as faxinas serão feitas por praças, de preferência
aquelas que, por qualquer motivo, não possam ser empregadas nos
serviços policiais;
II - as faxinas privativas da subunidade são feitas pelas
praças respectivas e as das dependências internas pelos policiais
a elas pertencentes;
III - o lixo proveniente das faxinas privativas das
subunidades e outras dependências, salvo ordem em contrário, será
transportado pelos próprios executantes do serviço até o depósito
a isso destinado.

CAPÍTULO VI
Do Silêncio

Art. 298 - O toque de silêncio é feito de acordo com o


horário da Unidade, por ordem do oficial de dia.

TÍTULO III
Escala de Serviço

Art. 299 - A escala de serviço é a relação de pessoas ou


coletividades que concorrem na execução de determinado serviço,
tendo por finalidade principal a distribuição eqüitativa de todos
os serviços da Unidade ou de outra organização pelos executantes.
§ 1º - Em cada Unidade, ou subunidade, as escalas respectivas
são reunidas em um só documento, devendo cada uma delas conter os
esclarecimentos que facilitem o seu fim.
§ 2º - Todas as escalas são rigorosamente escrituradas e
mantidas em dia pelas autoridades responsáveis sendo nelas
convenientemente registrados os serviços escalados e executados,
bem como as alterações verificadas por ordem ou motivo superior.

Art. 300 - Serviço de escala é todo o serviço não atribuído


permanentemente à mesma pessoa ou coletividade e que não importe
em delegação pessoal ou escolha.

Art. 301 - O serviço de escala deve obedecer às seguintes


regras:
I - o serviço externo é escalado antes do interno e, em cada
caso, o extraordinário antes do ordinário, tendo-se bem em vista a
perfeita eqüidade na distribuição;
II - a designação para determinado serviço deve recair em
quem, no mesmo serviço, maior folga tiver;
III - em igualdade de folga, deve designar-se primeiro o de
menor posto ou graduação ou mais moderno;
IV - as folgas são contadas separadamente para cada serviço;
V - é considerado mais folgado o último incluído na escala,
excetuados os casos de reinclusão, quando não haja decorrido o
prazo dentro do qual lhe houvesse tocado o serviço;
VI - a troca de serviço não altera as folgas da escala, nem,
consequentemente, o critério da designação;
VII - só depois de apresentado pronto à Unidade, poderá o
policial-militar ser escalado para qualquer serviço;
VIII - para contagem de folga, o serviço pessoal será
considerado como executado, desde que o designado o tenha
iniciado, e, relativamente ao coletivo, desde que a tropa tenha
entrado em forma;
IX - em caso de restabelecimento de um serviço, levar-se-á em
consideração, para contagem das folgas, a escala anterior desse
serviço;
X - a designação para os serviços da Unidade deve ser
publicada no boletim interno e das subunidades, nos respectivos
aditamentos, mencionando-se todas as alterações havidas.

Art. 302 - O Serviço de escala tem duração variável e é


contado em horas, podendo ser:
I - de duração de 24 horas, de parada a parada;
II - em turnos de 6 em 6 horas, com uma folga, para o mesmo
indivíduo, sempre que possível, de 18 horas, no mínimo;
III - em turnos de 8 em 8 horas, com uma folga, para o mesmo
indivíduo, sempre que possível, de 24 horas, no mínimo;
IV - por jornada completa.
§ 1º - Quando o serviço de escala tiver a duração de 24
horas, deve observar-se para o mesmo indivíduo, entre dois
serviços da mesma natureza ou de natureza diferente, sempre que
possível, a folga de 48 horas no mínimo; neste caso ainda, quando
qualquer policial-militar tiver entrado de serviço num sábado,
domingo ou feriado, deve evitar-se, na medida do possível que a
sua imediata designação para o serviço recaia em qualquer um
destes dias; para isto, poderão ser organizadas escalas especiais
paralelas à comum.
§ 2º - No serviço de escala em turnos, deverá ser
proporcionada ao policial-militar um descanso semanal,
independentemente da folga entre um e outro serviço.
§ 3º - Quando o serviço for por jornada completa, a duração
do mesmo deverá constar da ordem que o motivou.

Art. 303 - Nos serviços policiais, a escala para determinado


setor e turno deve recair, sempre que possível, no mesmo
indivíduo, admitindo-se rodízio, decorrido prazo mínimo de três
meses.

Art. 304 - Os serviços de escala são designados:


I - pelo subcomandante - o oficial e a subunidade ou
subunidades que deverão fornecer pessoal para os serviços
ordinários e extraordinários;
II - pelo S1 - o adjunto e o auxiliar do fiscal de dia (se
for o caso), o comandante e o cabo da guarda do quartel, e, em
princípio, os subtenentes e sargentos para os serviços policiais;
III - pelos comandantes das subunidades - o serviço de dia à
subunidade, a guarda da subunidade, a das garagens e a das
cavalariças (nas unidades montadas) e o pessoal para os diversos
serviços determinados em boletim;
IV - pelos chefes das seções de serviços - o serviço relativo
à seção.
Art. 305 - Nas subunidades isoladas ou destacadas, bem como
nos demais destacamentos, o serviço de escala será provido, em
linhas gerais, como previsto para a Unidade, com as modificações
decorrentes da diferença de composição, ainda que reduzidos quanto
ao número de homens, de acordo com os efetivos.
§ 1º - Nas subunidades isoladas, só haverá oficial de dia e
adjunto quando houver número suficiente e a situação o exigir, a
juízo do comandante; normalmente, porém, terão um sargento de dia
com os encargos atribuídos ao oficial de dia no que for compatível
com a sua graduação.
§ 2º - Nas frações destacadas, as adaptações do serviço de
escala deverão constar de planos e ordens particulares, tendo em
vista suas peculiaridades e finalidades.

Art. 306 - O serviço será determinado, quando possível, à


mesma fração de tropa, em sua totalidade, admitindo-se exceções
para os serviços providos de oficiais e sargentos, devendo este
princípio estender-se às menores frações, de modo que os homens
reunidos em um mesmo serviço tenham as relações de intimidade
decorrentes do convívio diário.

Art. 307 - A fiscalização dos serviços de escala compete, em


princípio, à autoridade que o escalou, salvo os determinados por
autoridade superior, à qual cabe a fiscalização.
§ 1º - Cabe ao Subcomandante a fiscalização dos serviços de
oficiais e de adjunto e os serviços especiais e extraordinários
determinados pela Unidade;
§ 2º - Cabe ao oficial-de-dia a fiscalização do serviço de
guarda do quartel e de ordens. Na ausência das autoridades
competentes, incumbe-lhe fiscalizar todos os demais serviços de
escala da Unidade.
§ 3º - Os oficiais escalados para os serviços policiais
fiscalizarão os respectivos serviços.

CAPÍTULO I
Do Serviço Externo

Art. 308 - O serviço externo é todo serviço prestado fora do


quartel, interessado à Unidade ou simultaneamente às Unidades,
Estabelecimentos e Repartições, e abrange os serviços policiais,
especiais ou comuns, as guardas e os serviços extraordinários.

Art. 309 - São serviços externos:


1 - patrulhamentos e rondas;
2 - guardas diversas;
3 - escoltas, capturas e diligências;
4 - serviços de trânsito;
5 - guarda ou controle de estabelecimentos, instalações ou
pontos sensíveis;
6 - serviços de bombeiros;
7 - serviço em zona rural;
8 - guardas e escoltas de honra;
9 - paradas, desfiles e outras solenidades;
10 - honras fúnebres (guardas, escoltas e salvas);
11 - representações da Unidade;
12 - assistência médica, odontológica e veterinária;
13 - Outros serviços que se tornem necessários, com as
características estabelecidas no artigo anterior.
§ 1º - As guardas e escoltas de honra, paradas e honras
fúnebres obedecerão às disposições do Regulamento de Continências
das Forças Armadas.
§ 2º - As guardas de estabelecimentos, próprios do Estado,
palácios de governo, presídios etc., cuja vigilância e preservação
estejam confiadas à Corporação serão regidas pelas disposições
deste Regulamento, no que diz respeito ao serviço de guarda e por
ordens particulares.

CAPÍTULO II
Do Serviço Policial

Art. 310 - O serviço policial, como objeto principal da vida


da Unidade, compreende suas atividades básicas e é desempenhado
segundo critérios variáveis, predominantemente, de modalidade, de
processo, de tipo, de lugar, de número, de forma, de tempo de
circunstâncias e de finalidades.
Parágrafo único - As missões específicas da Unidade para os
serviços policiais serão executadas segundo planos e ordens do
Comando Geral, de acordo com os preceitos e disposições deste e de
outros regulamentos, bem como de normas, diretrizes e instruções a
respeito, conforme cada caso em particular.

Art. 311 - O serviço policial compreende serviço permanente e


serviço de escala.

Art. 312 - Para execução do serviço policial, atribuir-se-á a


cada Unidade um espaço geográfico, que é a sua circunscrição
policial.
Parágrafo único - A circunscrição policial da Unidade abrange
todas as áreas de localidades e as zonas rurais nela
compreendidas, ou uma ou outra, conforme o caso específico.

Art. 313 - Área de localidade é a extensão geográfica de uma


vila, cidade ou grande cidade, ou parte delas.

Art. 314 - As áreas de localidades podem ser entregues à


vigilância permanente de uma ou mais Unidades, cuja execução dos
serviços policiais é a estas confiadas.
§ 1º - Tendo em vista a eficiência e melhor distribuição do
serviço, a área de localidade será dividida pelas subunidades em
subáreas e estas, por sua vez, em setores, os quais serão
entregues à vigilância de um ou mais policiais.
§ 2º - Um setor compreende um espaço geográfico nunca
inferior a um quarteirão urbano.

Art. 315 - Os aspectos importantes da localidade, tais como


edifícios de administração pública, sedes de governo nacional,
estadual ou municipal, sedes de assembléias legislativas, serviços
de utilidade pública, instalações policiais-militares etc., que
exigirem vigilância concentrada, deverão ter, em princípio,
policiais em serviço de guarda ou em policiamento fixo, providos
pela Unidade responsável por aquela área de localidade.
Parágrafo único - O cumprimento de interdições judiciais ou
administrativas, policiamento de diversões públicas, estações de
embarque e desembarque, barreiras etc., bem como outros serviços
de policiamento fixo, obedecerão ao disposto neste artigo.

Art. 316 - Os postos de controle de trânsito urbano ou nas


rodovias, bem como os demais serviços policiais dessa natureza
poderão ser atribuídos a Unidades ou fração especializada nesses
serviços da Corporação.

Art. 317 - O policial-militar, mesmo de folga, é obrigado a


atuar, do ponto de vista policial, em qualquer local em que
esteja, a fim de prevenir ou reprimir a prática de delito, e desde
que não haja elemento ou força de serviço suficiente.
Parágrafo único - Para todos os efeitos legais, considera-se
essa situação como ato de serviço.

Art. 318 - O serviço policial, normalmente, se organiza


compreendendo o seguinte:
I - comandante das operações policiais e auxiliares no
serviço da Central de Operações Policiais;
II - serviço de patrulhamento;
III - serviço de guarda de estabelecimentos, instalações e
pontos sensíveis;
IV - serviço de trânsito;
V - serviço de bombeiros;
VI - capturas, escoltas e diligências;
VII - serviço em zona rural;
VIII - missões diversas atribuídas à Unidade;
IX - serviços especiais;
X - serviços extraordinários.

CAPÍTULO III
Do Comandante das Operações Policiais

Art. 319 - Na Capital do Estado, ao Comandante das Operações


Policiais, como um representante do Diretor de Operações, incumbe
a direção, coordenação e controle dos serviços policiais a cargo
da Polícia Militar; para isto, dispõe da Central de Operações
Policiais e de número de auxiliares necessários ao Serviço.
Parágrafo único - Nas demais localidades, o comandante das
Operações Policiais representa a autoridade que o escalou e o
serviço se limita à área ou fração que for fixada.

Art. 320 - Compete ao Comandante das Operações Policiais:


I - coordenar todas as atividades policiais de sua
responsabilidade, adotando medidas que facilitem o controle dessas
atividades;
II - prestar assistência moral e material aos policiais em
serviço, orientando-os em suas dúvidas e dificuldades;
III - atender às solicitações do público, de caráter urgente,
bem como encaminhar às demais seções do Estado Maior aquelas que
dependam de estudo ou devam ser solucionadas pelas mesmas seções;
IV - dirigir o serviço de patrulhamento motorizado,
confeccionando os respectivos registros;
V - acompanhar os serviços dos comandantes de patrulhamento,
serviços de socorro, incêndio e salvamento, coordenando e
controlando sua execução, registrando o desenrolar dos mesmos;
VI - manter estreita cooperação com os demais órgãos
policiais do Estado e com as Forças Armadas, prestando-lhes o
auxílio devido;
VII - manter fichários atualizados sobre veículos roubados e
outros assuntos indispensáveis aos serviços da Central;
VIII - manter devidamente atualizados os mapas e demais
referências contendo registros de dados que interessem aos
serviços da Central;
IX - assegurar, durante o seu serviço, o exato cumprimento
das ordens e disposições regulamentares, relativas ao serviço;
X - participar à autoridade competente as ocorrências de
serviço;
XI - dar conhecimento imediato ao Diretor de Operações, ou
mesmo ao Chefe do EM, quando não possa fazê-lo ao primeiro, de
todas as ocorrências que exigirem pronta intervenção do comando;
XII - fazer encaminhar à autoridade policial competente os
presos por infração às normas penais comuns;
XIII - encaminhar à autoridade militar os presos por
infrações às disposições penais militares ou da disciplina
militar;
XIV - rubricar todos os papéis regulamentares relativos ao
seu serviço;
XV - fazer registrar todas as ocorrências havidas no serviço;
XVI - divulgar ordens, orientar e assistir às Unidades,
fazendo ligação, quando necessário, com outros órgãos da
Administração Pública;
XVII - transmitir aos subordinados as ordens e instruções
particulares do comando, relativas ao serviço, acrescidas de
instruções pormenorizadas que julgue oportunas, e controlar a
execução do serviço, verificando se estão sendo observadas as
disposições regulamentares e cumpridas as ordens e instruções
dadas;
XVIII - permanecer na Central de Operações Policiais durante
as horas determinadas, sempre pronto e uniformizado para atender a
qualquer eventualidade.
Art. 321 - Ao serviço de Comandante das Operações Policiais
devem concorrer:
I - Na Capital do Estado: conforme dispuseram as NGA, os
tenentes-coronéis e majores do Estado Maior e os adidos,
excedentes e à sua disposição; quando o número deles for inferior
a cinco, passarão a concorrer os capitães, tendo o tenente-coronel
ou major como Fiscal. O Comandante Geral poderá designar outros
oficiais para concorrer ao serviço de Comandante das Operações
Policiais;
II - nas localidades sedes de Batalhão: os capitães, tenentes
e aspirantes a oficial, exceto quando o número deles for inferior
a cinco, hipótese em que o serviço passará a ser de Fiscal das
Operações Policiais, tendo normalmente como auxiliar um subtenente
ou 1º sargento;
III - nas demais localidades: o serviço será adaptado às suas
peculiaridades, podendo ser acumuladas as funções de Comandante
das Operações Policiais com as de Chefe de Patrulhamento, ou mesmo
suprimidos durante certas horas, ou atribuir permanentemente o
serviço à mesma pessoa, que, neste caso, será o próprio Comandante
do Destacamento.
§ 1º - Os auxiliares nos serviços da Central de Operações
Policiais, na Capital, formam a seguinte equipe, em cada turno:
1 - Oficiais (capitães ou subalternos) adjuntos;
2 - Subtenente (ou sargentos) auxiliares;
3 - Operadores de rádio;
4 - Operadores de telefone;
5 - Operadores de carta;
6 - Datilógrafos;
7 - Mensageiros;
8 - Outros, conforme as necessidades do serviço.
§ 2º - Nas demais localidades, a equipe auxiliar será
adaptada, podendo-se, conforme o caso, ser reduzida.
§ 3º - As atribuições de cada integrante da equipe serão
previstas nas Normas Gerais de Ação do Estado Maior.

Art. 322 - A tropa empregada em serviço policial depende


direta ou indiretamente do Comandante das Operações Policiais
respectivas, e o serviço é feito sempre de acordo com as
disposições regulamentares, salvo no caso de ordens e instruções
especiais a respeito.
Parágrafo único - Quando se empregar, numa localidade ou
unidades ou frações diferentes, a subordinação dos serviços ao
Comandante das Operações Policiais não inibe os comandantes das
Unidades ou frações de se interessarem pela parte do serviço
atribuído aos respectivos elementos; não lhes é permitido, porém,
modificar as normas do serviço estabelecidas pelo Comandante das
Operações.
CAPÍTULO IV
Do Serviço de Patrulhamento

Art. 323 - O serviço de patrulhamento se destina a cobertura


de toda a extensão da área de localidade, em vigilância
essencialmente móvel.

Art. 324 - São serviços de patrulhamento:


1 - comandante do patrulhamento;
2 - subcomandante do patrulhamento;
3 - auxiliares do patrulhamento;
4 - patrulheiros (um, em dupla ou mais patrulheiros);
5 - patrulhas motorizadas;
6 - patrulhas montadas;
7 - outros serviços com as características estabelecidas no
artigo anterior.

Art. 325 - Ao serviço de comandante de Patrulhamento devem


concorrer:
1 - Na Capital do Estado: todos os capitães da Unidade,
exceto, quando o número deles for inferior a cinco, hipótese em
que concorrerão também os tenentes e aspirantes da Unidade;
2 - Nas localidades sedes de batalhão: todos os subtenentes
ou 1º sargentos, exceto quando o número deles for inferior a
cinco, hipótese em que concorrerão também os demais sargentos;
3 - Nas demais localidades: o serviço será adaptado às suas
peculiaridades.

Art. 326 - Ao serviço de patrulheiro devem concorrer todas as


praças prontas da Unidade, atendendo-se em princípio, às seguintes
regras:
1 - patrulha motorizada: todas as praças (sargentos, cabos e
policiais), desde que habilitados para esse serviço;
2 - demais serviços de patrulheiros; todos os cabos e
policiais.
§ 1º - A fim de se obter melhor eficiência no serviço, quando
se adotar o sistema de duplas, elas, sempre que possível, serão da
seguinte forma constituídas:
1 - um sargento ou cabo e um policial (patrulha motorizada);
2 - um policial veterano e um moderno;
3 - um policial de maior grau de instrução e um de menor
grau;
4 - um sargento ou cabo e um recruta na última fase de
instrução (patrulha motorizada).
§ 2º - A patrulha motorizada pode ser composta de um ou mais
patrulheiros e na segunda hipótese terá o chefe da Guarnição,
cabendo-lhe manter a disciplina em todas as ações da Guarnição e
desenvolver trabalho de equipe, agindo com harmonia e camaradagem.
§ 3º - O mesmo espírito de disciplina, harmonia e
camaradagem, imprescindíveis ao trabalho de equipe, deve presidir
todas as ações dos demais patrulheiros, quer agindo aos pares,
quando haverá o chefe da dupla, quer agindo isoladamente.

SEÇÃO I
Do Comandante do Patrulhamento

Art. 327 - O comandante de patrulhamento é um representante


do Comandante da Unidade, competindo-lhe orientar, coordenar e
fiscalizar todos os serviços de patrulhamento de área de
localidade a si atribuídas.

Art. 328 - Compete ao comandante de patrulhamento:


I - orientar, coordenar e fiscalizar todos os serviços de
patrulhamento de sua área;
II - orientar e assistir, freqüentemente, os patrulheiros,
dando-lhes apoio moral e material;
III - tomar conhecimento e resolver os casos disciplinares ou
de foro militar, ocorridos em sua área de policiamento, dando de
tudo conhecimento ao Comandante das Operações Policiais;
V - solucionar as ocorrências com policiais-militares e,
quando constituírem crime comum ou contravenção, tomar as
providências legais cabíveis, depois de autuados os indiciados,
fazendo-os apresentar-se ao quartel de sua Unidade;
VI - encaminhar ao quartel respectivo, as ocorrências com
militares, quando constituírem crime militar;
VII - instruir constantemente os patrulheiros no sentido de
evitarem efetuar prisões ilegais ou desnecessárias, identificações
injustificáveis ou buscas indevidas;
VIII - passar ou mandar fazer passar o visto no bloco de
ocorrências de patrulheiros todas as vezes que fizer ou mandar
fazer as rondas;
IX - comunicar ao comandante das operações policiais,
pessoalmente ou por meio elétrico, o início de seu turno de
serviço, dando-lhe cumprimento de todos os pormenores do mesmo;
X - comparecer aos locais de ocorrências graves, assumindo a
direção dos trabalhos, dando disso conhecimento ao comandante das
Operações Policiais;
XI - participar ao subcomandante da Unidade todas as
ocorrências extraordinárias havidas; se antes de fazê-lo ao
subcomandante encontrar o Comandante da Unidade, prestar-lhe-á as
mesmas informações, sem que isso o exonere daquela atribuição;
XII - dar conhecimento imediato ao subcomandante da Unidade
ou ao Comandante, quando não possa fazê-lo ao primeiro, de todas
as ocorrências que exigirem pronta intervenção do comando;
XIII - comunicar ao oficial de dia, na ausência de autoridade
superior da Unidade, em casos extraordinários, a apresentação de
praças para serviço urgente, não previsto nas ordens de comando;
XIV - providenciar, nas mesmas condições do item precedente,
para que seja feita a substituição de praças que não compareçam ao
serviço, adoeçam ou se ausentem;
XV - rubricar todos os papéis regulamentares relativos ao seu
serviço;
XVI - dividir as rondas pelos subcomandantes do patrulhamento
e auxiliares;
XVII - transmitir aos seus subordinados as ordens e
instruções particulares, relativas ao serviço, acrescidas das
instruções pormenorizadas que julgue oportunas, e fiscalizar
freqüentemente a execução do serviço, verificando se estão sendo
observadas as disposições regulamentares e cumpridas as ordens e
instruções dadas;
XVIII - assistir as revistas do pessoal, relativas ao seu
turno, impedindo que praças entrem de serviço, sem que estejam
devidamente preparadas e em condições;
XIX - estar bem a par de todas as ocorrências em seu turno de
serviço, fazendo-as registrar de acordo com as instruções a
respeito;
XX - esforçar-se para maior eficiência do serviço, tomando
todas as providências que o caso requer, agindo com iniciativa e
firmeza.

SEÇÃO II
Do Subcomandante do Patrulhamento

Art. 329 - O Subcomandante do Patrulhamento é o auxiliar


imediato do Comandante do Patrulhamento; por ele responde em seus
impedimentos eventuais e dele depende diretamente até a hora da
entrega do serviço.
Parágrafo único - Quando o Subcomandante responder
eventualmente pelo Comandante do Patrulhamento, deverá participar-
lhe as ocorrências havidas durante o seu impedimento, mesmo que já
as tenha comunicado à autoridade superior ou haja providenciado a
respeito.

Art. 330 - Ao Subcomandante do Patrulhamento incumbe:


I - apresentar-se ao Comandante do Patrulhamento ao iniciar
seu serviço e executar e fazer executar todas as suas
determinações;
II - passar revista no pessoal de seu turno de serviço, antes
do serviço, anunciando as alterações encontradas ao Comandante do
Patrulhamento;
III - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo de
sua execução;
IV - secundá-lo, por iniciativa própria, na fiscalização da
execução das ordens em vigor, relativas ao serviço;
V - comunicar ao Comandante do Patrulhamento todas as
ocorrências que verificar e as providências que a respeito tenha
tomado;
VI - acompanhar o Comandante do Patrulhamento em suas rondas,
salvo quando dispensado por ele ou na execução de outro serviço;
VII - organizar e escriturar os papéis relativos ao serviço.

SEÇÃO III
Do Auxiliar do Patrulhamento

Art. 331 - Ao Auxiliar do Patrulhamento é atribuída a


orientação, fiscalização e controle de uma sub-área de localidade,
que corresponde, em princípio, a dez setores de patrulhamento; é o
auxiliar do Comandante do Patrulhamento no que se referir ao
serviço de sua sub-área, e ainda, de conformidade com as
determinações daquele oficial, na fiscalização dos demais
serviços.

Art. 332 - Incumbe-lhe:


I - apresentar-se ao Comandante do Patrulhamento e ao seu
Subcomandante, ao entrar e sair do serviço;
II - fiscalizar os serviços de sua sub-área informando ao
Comandante do Patrulhamento todas as providências tomadas;
III - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo de
sua execução;
IV - comunicar ao Comandante do Patrulhamento todas as
ocorrências que verificar e as providências que a respeito tenha
tomado;
V - executar e fazer executar todas as determinações do
Comandante do Patrulhamento;
VI - orientar e assistir, freqüentemente, os patrulheiros, em
todos os sentidos;
VII - encaminhar ao Comandante do Patrulhamento os casos
disciplinares e de crime, militar ou comum, havidos com os
policiais-militares;
VIII - instruir freqüentemente os patrulheiros;
IX - passar o visto no bloco de ocorrências dos patrulheiros
todas as vezes que fazer a ronda de Serviço;
X - comparecer ao local de ocorrências, sempre que possível,
assumindo a direção dos trabalhos, dando disso conhecimento ao
Comandante do Patrulhamento;
XI - estar bem a par de todas as ocorrências de sua sub-área,
fazendo-as registrar de acordo com as instruções a respeito;
XII - esforçar-se para maior eficiência do serviço, tomando
todas as providências que o caso requerer, agindo com iniciativa e
firmeza.

SEÇÃO IV
Do Patrulheiro

Art. 333 - O patrulheiro é o elemento básico do serviço de


patrulhamento, cabendo-lhe a execução do patrulhamento de área, a
pé, montado, motorizado, etc., na forma deste e de outros
regulamentos e de acordo com as instruções e ordens particulares
do serviço.

Art. 334 - Ao patrulheiro incumbe:


I - estar sempre alerta e vigilante, em condições de bem
cumprir a sua missão;
II - cumprir com exatidão as ordens e disposições
regulamentares, relativas ao serviço;
III - não se afastar do seu setor, a não ser nos casos
permitidos;
IV - procurar estar sempre em lugar onde possa ser facilmente
avistado pelo povo;
V - ter todo empenho em exercer a polícia preventiva, seja
pela ação de presença, seja por advertências e conselhos
oportunos, ou outras medidas que evitem a transgressão da lei;
VI - prender em flagrante os criminosos e contraventores,
comunicando imediatamente ao chefe do Patrulhamento ou a um de
seus auxiliares e encaminhando à Delegacia competente;
VII - não maltratar os presos, nem consentir que pessoa
alguma os maltrate;
VIII - isolar os locais de crime, arrolar as testemunhas e
preservar as provas técnicas;
IX - notificar os infratores de posturas municipais para que
compareçam à primeira audiência da autoridade policial competente;
X - na ausência dos encarregados, fiscalizar a regularidade
do trânsito de veículos e anotar as infrações para a devida
comunicação;
XI - comunicar, ao Comandante do Patrulhamento e às
autoridades do Departamento de Trânsito, o encontro de veículos
abandonados na via pública;
XII - não consentir o estacionamento inútil de pedestres às
portas das casas de diversões, impedindo a livre circulação;
XIII - não permitir o trânsito, pelos passeios, de
bicicletas, patins, patinetes, que perturbem o livre trânsito;
XIV - impedir que se realizem nas ruas jogos de peteca,
futebol, malha e outros que perturbem o sossego público e o livre
trânsito;
XV - verificar, à noite, se algum morador esqueceu janelas ou
portas de fácil acesso abertas; avisá-lo do esquecimento ou, caso
não encontre pessoa alguma, comunicar o fato ao Comandante do
Patrulhamento e manter vigilância sobre o prédio, até que seja
providenciado a respeito;
XVI - em caso de incêndio, comunicar prontamente o fato ao
serviço de bombeiros e ao Comandante do Patrulhamento, dando aviso
aos moradores vizinhos, se suas casas também estiverem sob a
ameaça do fogo;
XVII - evitar entrar em propriedade particular e, quando a
isso for obrigado, observar as formalidades legais;
XVIII - respeitar e fazer respeitar as imunidades
diplomáticas e parlamentares;
XIX - atender com presteza a pedidos de socorro e de
intervenção nas ocorrências relativas a crimes ou fatos de alçada
da polícia;
XX - auxiliar as autoridades federais, estaduais e
municipais, guardas de jardins e matas e demais funcionários
públicos quando, no desempenho regular de suas funções forem
desacatados ou desobedecidos;
XXI - comunicar, pelo meio mais rápido, ao Comandante do
Patrulhamento, tomando, além disso as medidas de sua obrigação:
1 - o encontro de cadáver;
2 - o encontro de indivíduo ferido e em abandono na via
pública;
3 - ajuntamentos ilícitos e sociedades secretas;
4 - aparecimento em seu setor de pessoas suspeitas;
5 - ameaça ou prenúncio de desordem e tumulto;
XXII - comunicar imediatamente ao Comandante de
Patrulhamento, para que ele tome providências junto às autoridades
competentes:
1 - a existência de imundícies e animais mortos na via
pública, pondo em risco a saúde da população;
2 - a irregularidade no funcionamento da iluminação pública;
3 - se há condutores de água, esgotos ou gás arrebentados;
4 - se há casos de moléstias infecto-contagiosas, ou
irregularidades contra a saúde pública;
5 - o encontro de doentes em abandono na via pública;
XXIII - não efetuar detenções, identificações, nem buscas
pessoais, sem motivos realmente justos;
XXIV - recorrer ao Comandante do Patrulhamento sempre que se
sentir em dúvida na execução do serviço;
XXV - não se afastar de seu setor de patrulhamento, a não ser
nos seguintes casos, os quais serão levados ao conhecimento do
Comandante do Patrulhamento na primeira oportunidade:
1 - para conduzir à Delegacia o indivíduo preso em flagrante;
2 - para perseguir o indivíduo encontrado na prática de crime
ou contravenção;
3 - para conduzir detidos à Delegacia, na falta do carro de
presos;
4 - para acudir apitos de socorro ou incêndio, bem como
pedidos verbais de socorro;
5 - para conduzir à farmácia mais próxima qualquer pessoa que
carecer de assistência urgente;
6 - para chamar médico, enfermeiro, enfermeira ou parteira,
em caso de grande urgência;
7 - para comunicar-se pessoalmente com o órgão central ou de
comando, quando não se dispuser de meios de comunicações ou estes
falharem;
8 - por ordem do Comandante do Patrulhamento ou seus
auxiliares;
XXVI - conduzir os aprestos indispensáveis ao serviço:
caneta, bloco de ocorrências policiais, guia policial da cidade,
apito, planta reduzida de setor, com indicação visível do ponto
base e seleção dos pontos notáveis, identidade policial, arma,
cassetete, algema, etc.;
XXVII - evitar palestrar com companheiro ou com qualquer
pessoa desnecessariamente;
XXVIII - são ingerir, em hipótese alguma, bebidas alcoólicas;
XXIX - só fazer uso de armas nos casos de legítima defesa e
estrito cumprimento do dever legal, procurando agir com moderação
e prudência;
XXX - guardar a reserva que o serviço exigir e não comentar,
com estranhos, fatos internos da Corporação;
XXXI - falar pouco e somente no desempenho do serviço,
esforçando-se por ser claro e preciso, a fim de evitar mal
entendidos; imprimir a necessária austeridade às suas funções;
XXXII - esforçar-se para ficar conhecendo os habitantes da
localidade e seus costumes;
XXXIII - prestar informações e esclarecimentos a quem os
solicitar;
XXXIV - aconselhar ou advertir aqueles que precisarem, mas
sem os irritar ou humilhar;
XXXV - não aceitar gratificação de qualquer pessoa do povo
por serviços atinentes à função;
XXXVI - anunciar o serviço na forma e como for estipulado;
XXXVII - apresentar-se aos auxiliares e comandante do
patrulhamento que fiscalizarem seu setor, entregando-lhe o bloco
de ocorrências para aporem o seu visto;
XXXVIII - participar imediatamente ao comandante do
patrulhamento ou seus auxiliares toda alteração de caráter
disciplinar que ocorrer no serviço;
XXXIX - comunicar ao auxiliar ou chefe do patrulhamento
qualquer enfermidade que o impossibilite de continuar o serviço;
XL - ao assumir o serviço, deverá saber localizar:
1 - pelo menos um aparelho telefônico que possa ser utilizado
no serviço, a qualquer hora do dia ou da noite;
2 - residências de médicos, enfermeiras e parteiras;
3 - estacionamento de táxis;
4 - farmácia, hospitais e postos de assistência;
5 - edifícios públicos federais, estaduais e municipais;
6 - hotéis e pensões;
7 - casas comerciais em geral;
8 - residências de autoridades policiais, judiciárias, etc.
XLI - saber localizar, ainda, para exercer mais rigorosa
vigilância:
1 - casas de diversões como bares, botequins, salões de
bilhar e outras;
2 - casas suspeitas e de tolerância;
3 - locais escuros e perigosos à segurança pública;
XLII - arrecadar e entregar a quem de direito ou encaminhar à
autoridade policial; caso não sejam procurados pelo dono, objetos
diversos encontrados em via pública ou esquecidos em lojas, bares,
táxis, etc.;
XLIII - estar atento às saídas de crianças de escolas;
XLIV - encaminhar menores extraviados às suas residências, ou
ao Comandante do Patrulhamento, quando não souber o seu endereço;
XLV - providenciar o recolhimento de menores abandonados,
vadios ou libertinos encontrados em via pública, à autoridade
competente.

SEÇÃO V
Da Patrulha Motorizada

Art. 335 - O serviço de patrulha motorizada é, na Polícia


Militar, aquele executado através das Patrulhas Volantes.
§ 1º - Destina-se a reforçar o patrulhamento a pé, manter
vigilância nas áreas de localidade escassamente policiadas,
realizar intervenções de caráter urgente e atender ocorrências em
geral.
§ 2º - Para efeito de direção, coordenação e controle, as
patrulhas motorizadas são diretamente subordinadas à Central de
Operações Policiais.

Art. 336 - A execução dos serviços das patrulhas motorizadas


obedecem aos preceitos e disposições deste regulamento para o
serviço de patrulhamento e mais os seguintes, além das normas
previstas em outros regulamentos e em instruções e ordens
particulares de serviço:
I - permanecer na viatura, não se associando a outras
guarnições sem ordem superior;
II - não conduzir viaturas sem carteira e ordem superior, nem
tocar ou deixar alguém tocar nas instalações de rádio-
comunicações;
III - agir com calma e prudência, só fazendo uso da sirene em
caso de real necessidade;
IV - observar todas as regras de tráfego, evitando-se o abuso
de livre trânsito;
V - zelar e fazer zelar pela boa conservação das armas e
material diversos;
VI - observar fielmente as determinações da Central de
Operações Policiais sobre os pontos de estacionamento e itinerário
de ronda;
VII - estabelecer as comunicações com a Central de Operações
Policiais;
VIII - registrar as ocorrências havidas;
IX - pedir a Central de Operações Policiais, por telefone, os
esclarecimentos que não puderem ser feitos pelo rádio;
X - só atender requisições de autoridades que não tenham ação
direta na Central de Operações Policiais, mediante ordem do
Comandante das Operações Policiais;
XI - redigir o relatório das alterações de seu serviço;
XII - sempre que se julgar em dúvida, chamar a Central de
Operações Policiais e solicitar o auxílio do Comandante das
Operações Policiais;
XIII - permanecer em seu posto sempre em condições de
executar com precisão sua tarefa e quando em movimento, não
ultrapassar, sem ordem, a velocidade máxima permitida;
XIV - manter a viatura em perfeito estado de higiene e
limpeza;
XV - ao entrar de serviço, examinar atentamente o estado de
funcionamento e conservação da viatura, verificar se a mesma se
encontra devidamente equipada com todos os acessórios necessários
ao serviço;
XVI - não sair com os pneus desregulados, freios
desajustados, luzes e faróis em mau funcionamento, sem gasolina,
óleo lubrificante e água no radiador, suficientes para o serviço a
executar;
XVII - comunicar imediatamente todas as alterações
verificadas na viatura e em seu equipamento.
SEÇÃO VI
Da Patrulha Montada

Art. 337 - O serviço de patrulha montada obedece aos


preceitos e disposições previstos neste regulamento para o serviço
de patrulheiros e mais aquelas previstas em outros regulamentos e
em instruções e ordens particulares para esse tipo de serviço.

CAPÍTULO V
Do Policiamento Fixo

Art. 338 - O serviço de policiamento fixo, que será provido


por um ou mais policiais, obedece aos preceitos e disposições
deste regulamento para o serviço de patrulheiro adaptados a esse
tipo de serviço, e mais aquelas previstas em outros regulamentos e
em instruções e ordens particulares.

CAPÍTULO VI
Do Serviço de Trânsito

Art. 339 - O serviço de trânsito compreende atividades


variáveis, ligadas à segurança de tráfego e seu controle.

Art. 340 - São serviços de trânsito:


I - postos de controle de trânsito;
II - patrulhas de trânsito;
III - outros serviços com as características estabelecidas no
artigo anterior.

SEÇÃO I
Do Posto de Controle de Trânsito

Art. 341 - Posto de controle de trânsito é um ponto na via


terrestre, no qual o policial exerce o controle do trânsito, de
acordo com as normas legais aplicáveis e disposições deste e de
outros regulamentos, bem como de instruções e normas a respeito.

Art. 342 - O policial, quando em serviço no posto de controle


de trânsito tem as atribuições de dirigir, orientar e controlar o
tráfego, empregando os sinais próprios, incumbindo-lhes as mesmas
atribuições previstas para o serviço de patrulheiro, adaptadas a
esse tipo de serviço e mais as seguintes:
I - manter-se atento ao serviço e evitar palestras com outros
elementos da Corporação ou com o público, e, notadamente, com
motoristas;
II - permanecer no posto, dele não se afastando, a não ser
nos casos permitidos;
III - reduzir ao estritamente necessário suas explicações e
informações aos que as solicitarem, sejam referentes ao serviço ou
a outros assuntos;
IV - impedir que elementos de folga intervenham nos serviços
que lhe estiverem confiados, salvo caso de absoluta necessidade;
V - compelir os condutores de veículos e os pedestres à
obediência das determinações legais e regulamentares, bem como as
contidas nas demais normas em vigor, referente ao trânsito em
geral;
VI - multar, quando necessário e indistintamente, os que
transgredirem nos preceitos do Código Nacional de Trânsito e seu
Regulamento e as demais normas pertinentes;
VII - usar linguagem própria nas relações com os condutores
de veículos ou pedestres, evitando termos de gíria ou gestos
deselegantes;
VIII - portar-se com decência em seu posto, mantendo-se
uniformizado, desencostado, sem fumar ou tomar posições
displicentes;
IX - conhecer a direção do tráfego nas imediações dos postos
de serviço, mantendo-se em condições de o desviar, em caso de
necessidade, para outra via ou de substituir ou auxiliar seus
iguais dos postos vizinhos;
X - zelar pela fiscalização de trânsito em geral, a fim de
evitar congestionamento de qualquer espécie;
XI - colocar-se à vista do público, em seu posto,
diligenciando no sentido de evitar que os motoristas cometam
infrações;
XII - autuar o motorista ou qualquer condutor de veículo,
pelas infrações momentâneas, somente quando sua advertência não
for suficiente para convencer o infrator;
XIII - conhecer os postos de táxis, ônibus e outros veículos
de condução coletiva, a fim de bem informar aos transeuntes a
respeito;
XIV - recusar o recebimento de chaves de automóveis e repelir
a incumbência de encostá-lo nos pontos de estacionamento;
XV - tomar providências cabíveis, em face de furtos ou roubos
de veículos, nas imediações de seu posto.

SEÇÃO II
Da Patrulha de Trânsito

Art. 343 - Os serviços de patrulhas de trânsito, que se


destinam à direção, orientação, fiscalização e informação de
trânsito, tem as mesmas características dos demais serviços de
patrulha, sendo-lhes, portanto, aplicáveis as disposições deste
regulamento, no que diz respeito ao serviço de patrulha e regidas
por instruções e ordens particulares.
§ 1º - Para efeito de direção, coordenação e controle, as
patrulhas de trânsito, quando motorizadas se subordinam
diretamente à Central de Operações Policiais.
§ 2º - Ao serviço de trânsito concorrem todas as praças da
Unidade, na conformidade das regras previstas para o serviço de
patrulheiros.

CAPÍTULO VII
Do Serviço de Bombeiros

Art. 344 - O serviço de bombeiros compreende:


1 - inspetor de serviço de bombeiros;
2 - serviço de socorro para incêndio;
3 - serviço de salvamento;
4 - patrulha de prevenção;
5 - outros serviços que se tornem necessários.
SEÇÃO I
Do Inspetor de Serviço de Bombeiros

Art. 345 - O Inspetor de Serviço de Bombeiros é um auxiliar


do Comandante das Operações Policiais na direção, coordenação e
controle dos serviços de socorro para incêndio e salvamento das
Unidades de Bombeiros.

Art. 346 - Ao Inspetor de Serviço de Bombeiros compete:


I - permanecer na Central das Operações Policiais, sempre
pronto para atender chamado para incêndio ou outro serviço;
II - comunicar ao comandante das Operações Policiais, o
início do serviço, dando-lhe conhecimento detalhado do mesmo;
III - participar ao comandante das Operações Policiais todas
as ocorrências havidas, sugerindo-lhe as medidas a tomar;
IV - receber as comunicações, quesitos e relatórios, visá-los
e despachá-los para o destino devido;
V - tomar as deliberações necessárias à execução dos diversos
serviços de bombeiros, quando se tratar de casos que fujam às
atribuições dos respectivos oficiais chefes dos mesmos;
VI - exigir o cumprimento das ordens emanadas e colocar-se a
par de todas as atividades durante as horas de serviço;
VII - promover apoio aos chefes de serviço, quando necessário
e comparecer aos incêndios, desde que de maior vulto ou por
solicitação especial do chefe de socorro ou chefe de salvamento;
VIII - por ocasião dos trabalhos de maior envergadura,
coordenar os diversos setores de bombeiros que devam ter
participação;
IX - sugerir sobre as corridas para fora da Capital, mandando
o oficial chefe de socorro com o seu pessoal, o chefe de
salvamento ou, tomar outras providências, caso julgue necessárias;
X - fiscalizar os serviços de socorro para incêndio e
salvamento, fazendo as observações aos respectivos chefes e os
orientando quanto à execução dos mesmos;
XI - assumir a direção dos trabalhos, quando comparecer aos
locais;
XII - esclarecer as dúvidas que surgirem nos diversos
serviços de bombeiros;
XIII - observar as irregularidades dos diversos setores de
serviço e sugerir modificações e aperfeiçoamento dos diversos
órgãos responsáveis.

Art. 347 - Ao serviço de inspetor de serviço de bombeiros


devem concorrer todos os capitães das Unidades de Bombeiros;
quando o número deles for inferior a cinco, passarão a concorrer
também os primeiros-tenentes das mesmas Unidades.
SEÇÃO II
Do Serviço de Socorro para Incêndio

Art. 348 - O serviço de socorro para incêndio compreende:


1 - chefe de socorro para incêndio;
2 - guarnições (organizadas segundo critérios variáveis, de
homens e material).

SUBSEÇÃO ÚNICA
Do Chefe de Socorro para Incêndio

Art. 349 - O chefe de socorro para incêndio tem como


principal atribuição, além das previstas em outros regulamentos,
instruções e ordens particulares:
I - permanecer no quartel, sempre pronto a atender um chamado
para incêndio e outros serviços de natureza;
II - receber os anúncios de auxiliar de chefe de socorro e do
chefe do serviço de salvamento (quando este for subtenente ou
sargento) e transmiti-lo ao Inspetor de Serviço, imediatamente
após a rendição do serviço;
III - ao receber o serviço, verificar o estado de
funcionamento das viaturas e inspecionar todo o material que
compõe as cargas respectivas;
IV - assinar toda a documentação relativa ao serviço,
conferindo-a e encaminhá-la, no máximo 24 horas após sua rendição;
V - elaborar os relatórios dos serviços que se realizarem,
encaminhando-os da mesma forma ao item anterior;
VI - solicitar o comparecimento do Inspetor de Serviço, todas
as vezes que intervir em trabalhos de maior envergadura;
VII - comunicar-se com o Inspetor de Serviço imediatamente
após proceder ao reconhecimento em qualquer serviço para que tenha
sido solicitado socorro, colocando-o inteiramente a par da
situação;
VIII - proceder à verificação das condições profissionais dos
elementos componentes do socorro, ministrando constantemente
instruções sobre como proceder;
IX - confirmar pessoalmente o chamado de socorro ou autorizar
que o telefonista o faça;
X - determinar as viaturas e guarnições que devam comparecer
ao chamado de socorro, segundo a necessidade, orientando aos
motoristas quanto ao local do chamado, velocidade dos carros,
emprego da sirene, etc.;
XI - em caso de acidente durante a corrida, tomar todas as
providências necessárias, ou determinar que o mais graduado de
seus auxiliares o faça;
XII - chegado ao local, proceder ao reconhecimento, de
conformidade com as normas e instruções a respeito;
XIII - impedir durante a extinção de incêndio, ou execução de
qualquer serviço profissional, que pessoas estranhas penetrem nos
locais onde se exerçam as atividades do socorro, sob suas ordens;
XIV - solicitar o comparecimento do Serviço de Proteção e
Salvamento caso verifique necessidade de seus trabalhos, o que
poderá ser feito ainda por ocasião da partida do quartel, segundo
a análise que fizer do chamado recebido;
XV - esforçar-se para que o estabelecimento das linhas e o
ataque se façam o mais rápido possível;
XVI - empregar o material de extinção absolutamente
necessário e especialmente o agente extintor, que deve ser usado
adequadamente;
XVII - fazer todas as observações e indagações necessárias à
complementação do seu reconhecimento e especialmente, a elucidação
da causa do sinistro;
XVIII - em caso de incêndio, proceder ao ataque de modo a
preservar os indícios que possam favorecer à perícia;
XIX - colher os materiais importantes sob o ponto de vista de
pesquisa;
XX - entregar à autoridade policial, mediante recibo, os
objetos de valor que tenham sido encontrados ou salvados durante a
execução das atividades profissionais;
XXI - dirigir atentamente os trabalhos do pessoal sob seu
comando, entregando a chefia ao Inspetor de Serviço que porventura
compareça ou seja solicitado ao local, prestando-lhe todas as
informações necessárias ao bom andamento do serviço;
XXII - em caso de incêndio, dispor o ataque de modo a
circunscrever o incêndio e isolar os prédios vizinhos;
XXIII - evacuar os moradores dos prédios vizinhos, caso se
torne necessário;
XXIV - orientar o serviço de policiamento, quando na
organização do isolamento local;
XXV - evitar que se façam demolições ou arrombamentos
desnecessários;
XXVI - proceder à vistoria final e ordenar o rescaldo ao
término dos trabalhos de extinção, escalando o pessoal para
procedê-lo;
XXVII - determinar o recolhimento ao quartel dos componentes
do socorro que não mais sejam necessários ao local;
XXVIII - mandar desarmar as linhas cujo concurso durante o
ataque se torne dispensável;
XXIX - após o incêndio, proceder a revista do pessoal,
visando apurar quaisquer acidentes com seus comandados;
XXX - relacionar os homens que tenham destacado durante os
trabalhos, bem como os que tenham cometido faltas;
XXXI - receber as ordens das autoridades competentes,
fazendo-
as cumprir imediatamente;
XXXII - fazer cumprir por seus auxiliares as instruções
especiais da competência de cada um deles, exigindo prestação de
contas do determinado aos mesmos;
XXXIII - acatar as decisões do Inspetor de Serviço;
XXXIV - providenciar junto às autoridades ou requisitar, todo
o auxílio de que necessitar para o êxito de sua missão;
XXXV - entregar às autoridades competentes, todo e qualquer
suspeito que encontre no local;
XXXVI - após a complementação dos serviços profissionais,
entregar às autoridades policiais encarregadas da guarda do local
o prédio sinistrado (em caso de incêndio), bem como seus
pertences;
XXXVII - fiscalizar o seu pessoal durante o serviço e
orientá-
lo sobre os métodos a serem empregados nas diversas intervenções
de socorro;
XXXVIII - participar ao sub-comandante da Unidade todas as
ocorrências havidas; se antes de fazê-lo ao subcomandante
encontrar o Comandante da Unidade, prestar-lhe-á as mesmas
informações, sem que isso o exonere daquela atribuição;
XXXIX - dar conhecimento imediato ao subcomandante da Unidade
ou ao Comandante, quando não possa fazê-lo ao primeiro, de todas
as ocorrências que exigirem pronta intervenção do comando;
XL - comunicar ao oficial de dia, na ausência da autoridade
superior da Unidade, em casos extraordinários, a apresentação de
praças para serviço urgente, não previsto nas ordens de comando;
XLI - providenciar, nas mesmas condições do item precedente,
para que seja feita a substituição de praças que não compareçam ao
serviço, adoeçam ou se ausentem.
Parágrafo único - Ao serviço de Chefe de Socorro para
Incêndio devem concorrer todos os tenentes e os aspirantes prontos
na Unidade, que possuam os cursos de formação técnica de
bombeiros.

SEÇÃO III
Do Serviço de Salvamento

Art. 350 - O serviço de salvamento compreende:


1 - Chefe do Serviço de Salvamento;
2 - Número variável de homens e material, organizados segundo
critérios apropriados.

SUBSEÇÃO ÚNICA
Do Chefe de Serviço de Salvamento

Art. 351 - O Chefe do Serviço de Salvamento tem as


atribuições previstas neste regulamento para o chefe de socorro
para incêndio, com as adaptações decorrentes da diferença de tipo,
natureza e finalidade de serviço, e mais aquelas previstas em
outros regulamentos e em instruções e ordens particulares.
Parágrafo único - Aplicam-se os mesmos critérios para a
escala de serviço adotadas para o serviço de chefe de socorro para
incêndio.

SEÇÃO IV
Da Patrulha de Prevenção

Art. 352 - O serviço de patrulha de prevenção que tem por


principal finalidade identificar e diminuir riscos de incêndio e
outros sinistros, através de inspeções e vistorias, obedece ao
disposto em regulamentos, diretrizes e instruções e em ordens
particulares para esse tipo de serviço.
CAPÍTULO VIII
Do Serviço Policial em Zona Rural

Art. 353 - Os espaços geográficos situados fora da área de


localidade e que compreendem as zonas rurais terão os serviços
policiais adaptados às suas características físicas típicas,
sendo-
lhes aplicados métodos de execução apropriados, de conformidade
com instruções e ordens a respeito.

Art. 354 - As medidas de polícia previstas nos Códigos


Florestal, de Caça e de Pesca, delegadas à Polícia Militar pelo
Governo Federal, serão executadas pela Unidade, através de sua
fração de vigilância rural, sem prejuízo de outras missões que
possam ser atribuídas a ela ou a outros elementos, nas zonas
rurais.

Art. 355 - Os serviços da Unidade, quando em missões


policiais em zonas rurais se subordinam à coordenação e controle
do comandante das Operações Policiais, direta ou indiretamente.

Art. 356 - Os serviços policiais das zonas rurais podem, em


razão de suas finalidades, estender-se a áreas de localidades, ou
vice-versa.

Art. 357 - São serviços policiais em zonas rurais:


1 - Patrulhas Rurais;
2 - Guardas Florestais;
3 - Outros serviços com as características mencionadas neste
Capítulo.

SEÇÃO I
Da Patrulha Rural

Art. 358 - O serviço de patrulha rural obedece, em linhas


gerais, aos preceitos e disposições previstos neste regulamento
para o serviço de patrulhamento, com as adaptações decorrentes de
sua finalidade.

Art. 359 - As atribuições das patrulhas rurais, além das


constantes de outras normas, são as seguintes, complementadas por
instruções e ordens particulares:
I - realizar vistorias em locais de desmates, orientando as
explorações florestais;
II - embargar as derrubadas e queimadas que estejam sendo
praticadas sem a necessária autorização, apreendendo os produtos,
sub-produtos e ferramentas utilizadas na infração;
III - fiscalizar o transporte de produtos e subprodutos
florestais;
IV - lavrar autos de apreensões contra os infratores;
V - prender e autuar os infratores, promovendo o respectivo
processo, ou conduzir à autoridade da Polícia Militar competente;
VI - inspecionar os produtos e subprodutos florestais
estocados em siderurgias, serrarias, depósitos, lenharias,
carvoarias e indústrias têxteis;
VII - fiscalizar o transporte, extração e o comércio de
plantas vivas procedentes de florestas;
VIII - prevenir e extinguir incêndios florestais;
IX - fiscalizar o transporte e o comércio de pássaros e
animais silvestres, nas barreiras, rodovias, mercados e feiras;
X - fiscalizar a prática de caça e pesca;
XI - fiscalizar o transporte e o comércio de pescados nas
feiras, mercados e frigoríficos;
XII - cooperar na prevenção e repressão dos crimes e
contravenções de natureza comum nas zonas de sua vigilância;
XIII - exercer vigilância no que se refere ao fabrico, venda,
transporte e soltura de balões que possam provocar incêndios em
florestas e demais formas de vegetações;
XIV - providenciar para que sejam prestados socorros médicos
às vítimas de acidentes, ocorridos em sua zona de vigilândia;
XV - assistir às populações de sua zona de vigilância,
através de medidas de combate à doença;
XVI - fiscalizar o transporte de arma de caça durante o
período defeso;
XVII - prestar assistência aos proprietários rurais, na
fiscalização da caça e da pesca dentro de seus domínios;
XVIII - difundir a legislação florestal, de caça e de pesca;
XIX - orientar as populações rurais sobre as normas de
exploração e transporte de produtos e subprodutos florestais,
prática de caça e de pesca, inclusive sobre o fornecimento de
licenças.

SEÇÃO II
Da Guarda Florestal

Art. 360 - A guarda das reservas, hortos e parques


florestais, cuja vigilância e preservação estejam confiados à
Corporação, será regida pelas disposições deste regulamento, no
que diz respeito ao serviço de guarda e por instruções e ordens
particulares.

CAPÍTULO IX
Serviço Interno

Art. 361 - O serviço interno abrange todos os trabalhos


necessários ao regular funcionamento da Unidade e compreende o
serviço permanente e o serviço de escala.
§ 1º - O serviço permanente é executado segundo determinações
dos comandantes das subunidades e chefes das dependências
internas, de acordo com os preceitos e disposições deste e de
outros regulamentos.
§ 2º - O serviço interno de escala compreende:
1 - Oficial de Dia à Unidade e seu adjunto;
2 - Guarda do quartel;
3 - Dia às subunidades;
4 - Guarda das subunidades;
5 - Guarda das garagens;
6 - Guarda das cavalariças;
7 - Dia à enfermaria;
8 - Ordens à Unidade;
9 - Dia à enfermaria veterinária;
10 - Serviços especiais;
11 - Serviços extraordinários.

SEÇÃO I
Do Oficial de Dia

Art. 362 - O oficial de dia é um representante do Comandante


e tem como principais atribuições, além das previstas em outros
regulamentos:
I - assegurar, durante o seu serviço, o exato cumprimento das
ordens da Unidade e disposições regulamentares, relativas ao
serviço diário;
II - receber o Comandante da Unidade, todas as vezes que este
entrar no quartel, e apresentar-se ao subcomandante assim que
chegue, só podendo retardar essas apresentações em conseqüência de
trabalho urgente, no qual seja indispensável a sua presença, neste
caso, deverá apresentar-se imediatamente após a cessação do
impedimento, declarando-lhes os motivos do retardamento;
III - verificar, ao assumir o serviço, em companhia de seu
antecessor, respeitadas as restrições do § 1º deste artigo, se
todas as dependências do quartel estão em ordem, e assegurar-se da
presença de todos os presos e detidos nos lugares onde devam
permanecer; após estas providências, ambos deverão se apresentar
ao subcomandante;
IV - participar ao subcomandante todas as ocorrências
extraordinárias havidas depois do seu último encontro com essa
autoridade, mencionando-as, ainda, na parte diária; se antes de
fazê-lo ao subcomandante, encontrar o comandante da unidade,
prestar-lhe-á as mesmas informações, sem que isso o exonere
daquela atribuição;
V - providenciar para que sejam feitos a tempo os toques
regulamentares, de modo que todas as formaturas ou atos
conseqüentes se realizem no momento oportuno;
VI - receber qualquer autoridade civil ou militar de
categoria igual ou superior à do comandante, e acompanhá-la à
presença deste ou do oficial de maior posto que se achar no
quartel;
VII - só permitir a entrada de civis no quartel depois de
inteirado de sua identidade, motivo de sua presença e do
conhecimento da pessoa com quem deseja entender-se e, mesmo assim,
devidamente acompanhado, quando julgar essa medida necessária;
VIII - estar bem ao corrente da entrada, permanência e saída
de quaisquer pessoas estranhas à Unidade;
IX - ter sob sua responsabilidade os objetos existentes nas
dependências privativas do oficial de dia e de oficiais presos;
X - providenciar sobre alojamento e alimentação das praças
apresentadas à unidade depois de encerrado o expediente e fazê-las
encontrar à subunidade que para tal estiver designada;
XI - assinar as baixas extraordinárias ocorridas depois do
expediente, quando não se achar no quartel o comandante da
subunidade interessada ou seu substituto;
XII - inspecionar freqüentemente, as restrições do § 1º deste
artigo, as dependências do quartel, verificando se estão sendo
regularmente cumpridas as ordens em vigor, e tomando as
providências que não exijam a intervenção de autoridade superior;
XIII - zelar pela limpeza das dependências do quartel, a
cargo do serviço de faxina;
XIV - dar conhecimento imediato ao subcomandante, ou ao
comandante, quando não possa fazê-lo ao primeiro, de todas as
ocorrências que exigirem pronta intervenção do comando;
XV - fazer recolher aos lugares competentes os presos e
detidos, e pô-los em liberdade quando para isso esteja autorizado;
XVI - conservar em seu poder, durante a noite, a partir das
21 horas, as chaves das prisões e de todas as entradas do quartel,
menos a do portão principal, que ficará com o comandante da
guarda;
XVII - passar, ou fazer passar, pelo adjunto, quando não
possa fazê-lo pessoalmente, as revistas regulamentares, limitando-
se a receber, do comandante da subunidade, a relação das faltas,
quando este deseje passar a revista à sua tropa, tudo fazendo
constar da parte diária;
XVIII - determinar às subunidades, na ausência dos
respectivos comandantes, ou de autoridade superior da Unidade, em
casos extraordinários a apresentação de praças para serviço
urgente, não previsto nas ordens de comando;
XIX - providenciar, nas mesmas condições de número
precedente, para que seja feita a substituição de praças que não
compareçam ao serviço, adoeçam ou se ausentem;
XX - atender com presteza, na ausência do comandante ou
subcomandante, às determinações de autoridade que tenha ação de
comando sobre a unidade, empregando todos os meios para dar
conhecimento de semelhante ocorrência àquelas autoridades, no mais
curto prazo possível;
XXI - impedir, salvo motivo de instrução ou serviço normal, a
saída de qualquer força armada, sem conhecimento prévio e ordem do
comando da unidade, a menos que, por circunstâncias especiais, uma
autoridade nas condições previstas no número anterior, o determine
diretamente, procedendo, então, como está determinado na última
parte do item anterior;
XXII - impedir a saída de animais, viaturas ou outro
material, sem ordem da autoridade competente, salvo nos casos de
instrução ou serviço normal, fazendo constar da parte diária as
saídas extraordinárias e bem assim o regresso, mencionando as
horas;
XXIII - permanecer no quartel durante as horas determinadas
neste regulamento, sempre pronto e uniformizado para atender a
qualquer eventualidade;
XXIV - rubricar todos os papéis regulamentares relativos ao
seu serviço;
XXV - fazer registrar pelo adjunto e assinar, no respectivo
livro de parte, todas as ocorrências havidas no serviço, inclusive
saída ou entrada de tropa por motivo que não seja de instrução ou
serviço normal;
XXVI - assistir a todas as refeições das praças, ficando
responsável pela disciplina no refeitório, durante as mesmas;
XXVII - aos domingos e feriados, e na ausência do fiscal
administrativo, médico, aprovisionador e de veterinário, examinar
as rações preparadas, víveres, carne verde e forragem;
XXVIII - não permitir que as praças saiam do quartel sem
estarem convenientemente uniformizadas;
XXIX - revistar as viaturas estranhas que tenham de entrar no
quartel;
XXX - dividir os quartos de ronda noturna pelo adjunto e
sargento de dia às subunidades;
XXXI - dividir a ronda noturna da guarda entre o seu
comandante e o cabo ou cabos da mesma;
XXXII - impedir a abertura de qualquer dependência fora das
horas de expediente, sem ser pelo respectivo chefe ou mediante
ordem escrita deste, com declaração do motivo;
XXXIII - transmitir ao comandante da guarda do quartel as
ordens e instruções particulares do Comandante da Unidade,
relativas ao serviço, acrescidas das instruções pormenorizadas que
julgue oportunas, e fiscalizar freqüentemente a execução do
serviço, verificando se estão cumpridas as ordens e instruções
dadas;
XXXIV - assistir ao recebimento de todo material que entre no
quartel, fora das horas de expediente, e, a qualquer hora, à
distribuição de víveres e forragem;
§ 1º - Quando não se acharem presentes os oficiais
responsáveis por qualquer dependência da Unidade, o oficial de
dia, como representante do Comandante, tem autoridade para
intervir nessa dependência, sempre que se tornar necessária a
repressão de irregularidades que afetem a ordem, a higiene e a
disciplina; se, porém, achar-se presente o responsável direto ou o
oficial seu substituto eventual, a intervenção do oficial de dia
só deverá efetivar-se quando solicitada.
§ 2º - O oficial de dia deverá ministrar a instrução de que
estiver encarregado em sua subunidade ou na unidade, quando esta
não exija seu afastamento do quartel, cabendo-lhe avisar ao
adjunto e ao comandante da guarda o local preciso em que a
qualquer momento será encontrado.
§ 3º - Quando julgar necessário, o Comandante da Unidade
poderá mandar escalar oficiais auxiliares do oficial de dia, com
atribuições prescritas de acordo com a situação particular que
tiver aconselhado esta medida.
§ 4º - Quando o serviço for feito por fiscal de dia, este
terá todas as atribuições do oficial de dia durante a sua
permanência no quartel, passando-as ao auxiliar durante a sua
ausência, só se tornando responsável, daí em diante, pelos fatos
para cuja solução for solicitado pelo auxiliar.
§ 5º - Quando nas funções de fiscal de dia, o oficial poderá
pernoitar em sua residência, devendo, entretanto, assistir à
revista do recolher e à primeira refeição das praças no dia
seguinte, salvo quando houver oficial preso ou detido ou ordem
especial do comandante por motivo de forma maior, casos em que
pernoitará no quartel.
SEÇÃO II
Do Adjunto

Art. 363 - O sargento adjunto é o auxiliar imediato do


oficial de dia, por ele responde em seus impedimentos eventuais e
dele depende diretamente até a hora da entrega da parte do dia.
Parágrafo único - Quando o adjunto responder eventualmente
pelo oficial de dia, deverá participar-lhe as ocorrências havidas
durante o seu impedimento, mesmo que já as tenha comunicado à
autoridade superior ou haja providenciado a respeito.

Art. 364 - Ao adjunto incumbe essencialmente:


I - apresentar-se ao oficial de dia após receber o serviço,
executar e fazer executar todas as suas determinações;
II - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo de
sua execução;
III - secundá-lo, por iniciativa própria, na fiscalização da
execução das ordens em vigor, relativas ao serviço;
IV - responder, perante o oficial de dia, pela perfeita
execução da limpeza do quartel, a cargo do serviço de faxina;
V - comunicar ao oficial de dia todas as ocorrências que
verificar e as providências que a respeito tenha tomado;
VI - acompanhar o oficial de dia nas suas visitas às
dependências do quartel, salvo quando dispensado por ele ou na
execução de outro serviço;
VII - passar revista às subunidades por ordem do oficial de
dia;
VIII - organizar e escriturar os papéis relativos ao serviço,
de modo que uma hora, no máximo, depois da parada, estejam
concluídos e à disposição do subcomandante.

SEÇÃO III
Do Serviço de Dia à Subunidade

Art. 365 - O serviço de dia à Subunidade, quanto às relações


externas, começa normalmente depois da leitura do boletim, salvo
nos dias em que, por qualquer circunstância, não se achem
presentes os oficiais, o subtenente ou o 1º sargento da
subunidade, caso em que seguirá a regra geral para os serviços
diários.
§ 1º - O serviço de dia à subunidade é tirado por sargento ou
cabo.
§ 2º - Ordinariamente, antes da leitura do boletim, o serviço
de dia à subunidade só se entende com as autoridades da subunidade
respectiva.

Art. 366 - Ao serviço de dia a subunidade incumbe:


I - apresentar-se ao oficial de dia, ao adjunto e ao
comandante de sua subunidade, logo depois da parada e, novamente,
após a leitura do boletim;
II - fiscalizar o serviço de guarda da subunidade;
III - cumprir e fazer cumprir todas as ordens gerais e
particulares, referentes ao serviço na subunidade;
IV - manter a ordem, o asseio e a disciplina na subunidade;
V - responder pelo 1º sargento, na sua ausência;
VI - cumprir as determinações do oficial de dia, relativas à
sua subunidade ou ao serviço da Unidade;
VII - comunicar, com a necessária urgência, ao comandante da
subunidade, aos oficiais, ao subtenente e ao 1º sargento, as
ordens extraordinárias que receba de imediato interesse dos mesmos
ou da subunidade;
VIII - comunicar com urgência ao comandante da subunidade as
ocorrências verificadas durante o serviço, que exijam seu imediato
conhecimento, independentemente das providências tomadas a
respeito;
IX - por em forma a subunidade para as formaturas e revistas;
X - conduzir, em forma, a subunidade para o rancho, exigindo
que as praças se apresentem corretamente fardadas e apresentar ao
aprovisionador a relação das praças que, por motivo de serviço,
não compareçam à hora regulamentar;
XI - apresentar ao oficial de dia, para o conveniente
destino, as praças da subunidade que devam ser recolhidas presas;
XII - velar para que as praças detidas de sua subunidade se
mantenham nos lugares determinados;
XIII - substituir o sargenteante da subunidade nos dias
feriados e domingos, nas suas atribuições relativas à parada;
XIV - permitir somente a saída de viaturas, quando
devidamente autorizadas, verificando se o motorista ou condutor
satisfaz e executa todas as normas prescritas.

Art. 367 - Nas unidades em que os animais se achem


distribuídos às subunidades, o serviço de dia tem mais os
seguintes encargos:
I - verificar a limpeza e outros cuidados com os animais, bem
como zelar pela conservação das cavalariças, de acordo com as
regras estabelecidas e ordens recebidas;
II - receber a forragem destinada à alimentação dos animais
da subunidade e assistir à sua distribuição, bem como da água,
tudo de acordo com as ordens em vigor;
III - acompanhar o comandante da subunidade ou outra
autoridade, o oficial de dia e o veterinário nas revistas às
cavalariças, prestando-lhes as informações pedidas;
IV - inspecionar com freqüência as cavalariças, tanto de dia
como de noite, verificando se tudo corre normalmente, corrigindo
as irregularidades que encontre e pedindo providências para as que
escapem à sua alçada;
V - anotar os animais que se desferrarem e os que o
veterinário considerar em condições de não poderem prestar
serviço, e registrar os respectivos números no quadro de avisos da
subunidade para conhecimento dos interessados e providências
decorrentes;
VI - apresentar diariamente à enfermaria veterinária os
animais que necessitarem curativos ou tratamento, bem como ao
veterinário o caderno de registro da subunidade, para as
necessárias alterações;
VII - proibir que qualquer animal da subunidade seja retirado
das baias sem a necessária autorização;
VIII - examinar minuciosamente os animais que saírem ou
regressarem, a fim de inteirar-se, com segurança, das
irregularidades ocorridas e comunicar à autoridade competente,
para as devidas providências.

Art. 368 - Nas Unidades cujas subunidades disponham de


viaturas, o serviço de dia tem ainda os seguintes encargos:
I - verificar a limpeza, arrumação e segurança da garagem,
oficina e depósito de suprimentos, principalmente se este contém
combustíveis;
II - acompanhar o comandante da subunidade ou outra
autoridade, o oficial de dia e o oficial de manutenção e
transportes nas revistas às dependências do item I, prestando-lhes
as informações pedidas;
III - anotar as viaturas que sofrerem panes ou acidentes,
comunicando verbalmente ao comandante da subunidade e registrando
no livro de partes essas alterações;
IV - inspecionar com freqüência as dependências constantes do
nº I, verificando se tudo corre normalmente, corrigindo ou
solicitando providências para as irregularidades;
V - examinar as viaturas na saída e no regresso,
transcrevendo no livro de partes:
a) reabastecimento;
b) leitura do odômetro;
c)natureza do serviço prestado e quem o autorizou;
d) as observações que julgar oportunas;
VI - anotar e transcrever no livro de partes a quantidade de
lubrificante e combustível que recebeu de seu antecessor, a que
for consumida e a que passou para seu sucessor.

SEÇÃO IV
Da Guarda do Quartel

Art. 369 - A guarda do quartel é normalmente comandada por um


2º e 3º sargento e constituída de cabos e policiais necessários ao
serviço de sentinelas.
Parágrafo único - Excepcionalmente, será a guarda do quartel
comandada por oficial; nesse caso, será acrescida de um
corneteiro, passando o sargento às funções de auxiliar do
comandante da guarda.

Art. 370 - A guarda do quartel tem por principais


finalidades:
I - manter os presos e detidos nos locais determinados, não
permitindo que os primeiros saiam das prisões nem os últimos do
quartel, salvo mediante ordem da autoridade competente;
II - manter a segurança normal do quartel;
III - impedir a saída de praças desuniformizadas, mal
fardados ou desasseadas;
IV - só permitir a saída de praças, durante o expediente ou
impedimento do quartel, mediante ordem ou licença especial;
V - impedir a entrada de bebidas alcoólicas;
VI - não permitir ajuntamento nas proximidades das prisões
nem nas imediações do corpo da guarda e dos postos de serviço;
VII - impedir a saída de animais, viaturas ou outro material
sem ordem da autoridade competente;
VIII - impedir a entrada de força não pertencente à Unidade,
sem conhecimento e ordem do oficial de dia, devendo, à noite,
reconhecer à distância aquela que se aproximar do quartel;
IX - impedir que os presos se comuniquem com praças da
Unidade ou pessoas estranhas, sem licença do oficial de dia, e que
seja quebrada a incomunicabilidade dos que a tal condição
estiverem sujeitos;
X - dar conhecimento imediato ao oficial de dia, da entrada
de oficial estranho à Unidade, no recinto do quartel;
XI - levar à presença do oficial de dia as praças de outras
Unidades que pretendam entrar no recinto do quartel;
XII - proibir a entrada de civis estranhos ao serviço da
Unidade, sem prévio conhecimento e autorização do oficial de dia;
XIII - permitir a entrada de civis, empregados na Unidade,
mediante a apresentação do cartão de identidade em vigor,
fornecido pelo subcomandante;
XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura, à noite,
depois de reconhecida e revistada, a distância, quando necessário;
XV - fornecer escolta para os presos que devam ser
acompanhados, no interior do quartel;
XVI - relacionar as praças da Unidade que se recolherem ao
quartel depois de fechado o portão, e permitir a saída, nesse
caso, somente das que estejam autorizadas pelo oficial de dia;
XVII - prestar as continências regulamentares.

Art. 371 - Na execução dos serviços que lhes incumbe, as


guardas reger-se-ão pelas disposições regulamentares vigentes,
relativas ao assunto, e instruções especiais do Comandante da
Unidade.

SUBSEÇÃO I
Corpo da Guarda

Art. 372 - Corpo da Guarda é o conjunto de dependências onde


se encontram os alojamentos de pessoal da guarda e as prisões.
Parágrafo único - No Corpo da Guarda é absolutamente proibida
a permanência de civis ou praças estranhas à guarda.

Art. 373 - No Corpo da Guarda serão afixados quadros contendo


relações do material carga, ao mesmo distribuído, deveres gerais
de pessoal da guarda e ordens particulares do Comandante da
Unidade.

Art. 374 - Os postos de sentinela, especialmente os das


sentinelas das armas e das prisões, devem ser ligados ao corpo da
guarda por meio de campainha elétrica.

SUBSEÇÃO II
Do Comandante da Guarda

Art. 375 - O Comandante da Guarda é o responsável pela


execução de todas as ordens referentes ao serviço da guarda e
depende diretamente do oficial de dia.

Art. 376 - Compete-lhe:


I - formar a guarda rapidamente, ao sinal de alarme dado
pelas sentinelas, reconhecer imediatamente o motivo e agir por
iniciativa própria, se for o caso;
II - responder, perante o oficial de dia, pelo asseio, ordem
e disciplina, tanto nas prisões como no alojamento das praças da
guarda;
III - conferir, ao assumir o serviço, o material distribuído
ao corpo da guarda e constante do quadro nele afixado, dando parte
imediatamente ao oficial de dia, das faltas e estragos
verificados;
IV - cumprir e fazer cumprir, por todas as praças da guarda,
os deveres e atribuições correspondentes;
V - velar pela fiel execução do serviço, de conformidade com
as ordens e instruções em vigor;
VI - verificar, ao assumir o serviço, se todas as praças
presas se encontram nos lugares determinados;
VII - examinar cuidadosamente as condições de segurança das
prisões;
VIII - dar conhecimento, às praças da guarda, das ordens e
disposições regulamentares relativas ao serviço, e especialmente
das ordens e instruções particulares a cada posto;
IX - passar revista, constantemente, no pessoal da guarda,
pondo-a em forma, durante o dia, sempre que tenha de render os
quartos de sentinelas; proceder da mesma maneira, durante a noite
sempre que circunstâncias especiais o exigirem;
X - só abrir as prisões durante o dia, durante o dia,
mediante ordem do oficial de dia e, à noite, somente com a sua
presença;
XI - formar a guarda, sempre que tenha de abrir as prisões,
em torno dos respectivos portões, de baioneta armada, a fim de
evitar surpresas;
XII - exigir dos presos compostura compatível com a
finalidade moral da punição, não lhes permitindo diversões
coletivas ou individuais ruidosas;
XIII - passar revista, tanto na guarda como nos presos, na
mesma hora em que é passada nas subunidades, sem prejuízo de
outras que julgue conveniente;
XIV - verificar freqüentemente se as sentinelas têm pleno
conhecimento das ordens particulares relativas ao seu posto;
XV - só permitir entrada ou saída no quartel, pelos lugares
normais; fechar, às 18 horas, os portões do quartel, exceto o
portão principal, que será fechado ao toque de revista do
recolher, deixando aberta, apenas, a passagem individual nela
existente;
XVI - conservar em seu poder, durante o dia, as chaves das
prisões e das diferentes entradas do quartel, entregando-as ao
oficial de dia às 21 horas, exceção feita à do portão principal;
XVII - dar imediato conhecimento, ao oficial de dia, de
qualquer ocorrência extraordinária havida na guarda, mesmo que
tenha providenciado a respeito;
XVIII - entregar ao oficial de dia logo depois de substituído
no serviço, a parte da guarda, nela fazendo constar a relação
nominal das praças da guarda, os roteiros das sentinelas e rondas,
as concorrências havidas durante o serviço e a situação do
material carga do corpo da guarda;
XIX - anexar à parte da guarda uma relação das praças que
entraram no quartel após a revista, mencionando a hora de entrada;
XX - anotar e relacionar as entradas e saídas de viaturas,
com declaração das horas, e anexar a relação à parte da guarda;
XXI - levar ao conhecimento do oficial de dia a presença, no
quartel de qualquer militar estranho à unidade, bem como a dos
oficiais e praças da própria Unidade que, aí não residindo nela
penetrem depois do toque de silêncio ou encerramento do
expediente.

SUBSEÇÃO III
Do Cabo da Guarda

Art. 377 - O cabo da guarda é o auxiliar imediato do


comandante da guarda, cujas ordens deverá cumprir com presteza e
exatidão, sendo ainda o seu substituto eventual em seus
impedimentos momentâneos, quando se tratar de sargento.

Art. 378 - Ao cabo da guarda incumbe:


I - esforçar-se para que nenhuma falta ocorra no serviço,
corrigindo imediatamente as que verificar, e solicitando a
intervenção do comandante da guarda, quando necessário;
II - dar ciência ao comandante da guarda de todas as
ocorrências que chegarem ao seu conhecimento e interessarem ao
serviço;
III - conduzir, em forma e em atitude marcial, as praças que
devem render os quartos de sentinelas e exigir destas a
transmissão clara e fiel das ordens recebidas, fazendo-as
verificar o perfeito funcionamento da campainha elétrica que liga
o posto ao corpo da guarda;
IV - secundar o comandante da guarda, se sargento, na
vigilância de tudo o que se relacionar com o serviço, por
iniciativa própria ou por determinação daquele;
V - atender, com a máxima presteza, ao chamado das sentinelas
e dirigir-se aos respectivos postos logo que tenha conhecimento de
alguma anormalidade;
VI - fazer afastar previamente, para transmissão das ordens
particulares das sentinelas nos respectivos postos, todas as
pessoas estranhas ao serviço;
VII - não se afastar do corpo da guarda sem ordem ou licença
do respectivo comandante, salvo motivo de serviço, deixando sempre
um policial como seu substituto eventual;
VIII - assegurar-se constantemente de que as sentinelas se
acham bem inteiradas das ordens de serviço recebidas;
IX - conduzir ao rancho, ao toque respectivo, as praças
arranchadas da guarda, deixando pelo menos duas no corpo da
guarda, para atender imediatamente as sentinelas e levarem ao seu
conhecimento qualquer ocorrência de caráter urgente;
X - reconhecer pessoas, viaturas ou forças que pretendam
entrar no quartel.
Parágrafo único - Quando houver mais de um cabo na guarda, o
serviço será distribuído conforme determinar o respectivo
comandante.

SUBSEÇÃO IV
Policiais da Guarda

Art. 379 - Os policiais da guarda destinam-se ao serviço de


sentinelas, competindo-lhes a observância rigorosa de todas as
ordens gerais e, especialmente, o fiel cumprimento das ordens
particulares aos respectivos postos.
Parágrafo único - Os policiais da guarda devem manter-se
uniformizados, equipados e armados, durante o serviço, prontos a
entrar rapidamente em forma e atender a qualquer eventualidade;
poderão afrouxar os equipamentos nas horas de descanso, no
alojamento da guarda, de onde só se afastarão por ordem ou com
permissão do comandante da guarda. Durante as horas de expediente
permanecerão em atitude militar correta, nunca deitados, nem
recostadas nas camas ou tarimbas.

SUBSEÇÃO V
Das Sentinelas

Art. 380 - A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e


inviolável, sendo, por lei, punido com severidade quem atentar
contra a sua autoridade; por isso e pela responsabilidade que lhe
incumbe, o policial investido de tão nobre função deve portar-se
com zelo, serenidade e energia, próprias à autoridade que lhe foi
atribuída.
Parágrafo único - Em qualquer situação, a sentinela deve ter
sua arma carregada e travada, a fim de poder defender-se e agir
pela força.

Art. 381 - Incumbe particularmente à sentinela:


I - estar sempre alerta e vigilante, em condições de bem
cumprir a sua missão;
II - não abandonar sua arma e manter-se pronta a empregá-la
de acordo com as ordens particulares que tenha recebido;
III - não conversar nem fumar durante o serviço;
IV - evitar explicações e esclarecimentos a pessoas estranhas
ao serviço, chamando, para isso, o cabo da guarda sempre que se
tornar necessário;
V - não admitir ajuntamento nas proximidades de seu posto;
VI - não consentir que praças ou civis saiam do quartel
sobraçando embrulhos quaisquer, sem permissão do cabo ou do
comandante da guarda;
VII - só permitir a entrada de civis mediante autorização
superior;
VIII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas;
IX - só consentir a saída de praças que estejam corretamente
uniformizadas e limpas, munidas dos documentos necessários;
X - fazer parar qualquer pessoa, força ou viatura, que
pretenda entrar no quartel à noite, e chamar o cabo da guarda para
a necessária identificação;
XI - prestar as continências regulamentares;
XII - fazer anotar, na ausência do cabo da guarda, e
participar a este todas as praças que se recolherem ao quartel
após a revista de recolher;
XIII - dar sinal de alarme;
a) toda vez que na circunvizinhança de seu posto, notar
qualquer ajuntamento suspeito;
b) quando qualquer indivíduo insistir em penetrar no quartel
antes de ser identificado;
c) na tentativa de arrombamento e fuga de presos;
d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e às ordens
relativas ao posto;
e) na verificação de qualquer anormalidade de caráter
alarmante;
f) por ordem do cabo, do comandante da guarda ou do oficial
de dia.

Art. 382 - Em situação que exija maior segurança da sentinela


para o cabal desempenho de sua missão, incumbe-lhe, especialmente
à noite, e de conformidade com as instruções e ordens particulares
recebidas, além das prescrições normais estabelecidas as
seguintes:
I - fazer passar ao largo de seu posto os transeuntes e
veículos;
II - dar sinal de aproximação de qualquer força, logo que a
perceba;
III - fazer parar pessoas, viaturas ou forças que pretendam
entrar no quartel, à distância que permita o reconhecimento
respectivo.
§ 1º - Para o cumprimento dessas disposições, a sentinela
deverá:
I - comandar “passe de largo”, no caso do item I; se não for
imediatamente obedecido, repetirá o comando, dará o sinal de
chamada ou de alarme e prepara-se para agir pela força; se ainda o
segundo comando não for cumprido, intimará terceira vez e, se se
tratar de indivíduo isolado, avançará para ele com a arma
carregada e a baioneta armada, efetuando a sua detenção; só
atirará se o transeunte o agredir; tratando-se de grupos ou de
viaturas, fará um primeiro disparo para o ar e em seguida, caso
não seja ainda obedecida, atirará no grupo ou na viatura. No caso
de ameaça clara de agressão, a sentinela fica dispensada das
precauções acima;
II - no caso de item III, perguntará, à distância
conveniente: “Quem vem lá?”; se a resposta for “amigo”, “de paz”,
“oficial” ou “ronda”, deixará prosseguir, se pessoalmente o
reconhecer como tal; em caso contrário ou na falta de resposta,
comandará: “Faça alto” e providenciará para o reconhecimento pelo
cabo da guarda; não sendo obedecida ao comando: “Faça alto”,
procederá como dispõe a última parte do número anterior.
§ 2º - Em situações excepcionais, o comandante da Unidade
poderá dar ordens mais rigorosas às sentinelas; estas ordens serão
transmitidas por escrito ao oficial de dia.
§ 3º - Nos quartéis situados em zonas urbanas e de trânsito,
o Comandante da Unidade determinará um esboço, permanentemente
afixado no corpo da guarda, os limites em que devem ser tomadas as
medidas acima.

Art. 383 - A sentinela do portão principal ou mais próxima ao


sarilho ou do corpo da guarda denomina-se “sentinela das armas”;
as demais denominam-se “sentinelas cobertas”.

Art. 384 - A sentinela das armas manter-se-á, durante o dia,


parada no seu posto e, normalmente, na posição regulamentar de
“descansar”, devendo tomar a posição de “sentido”, no caso de
interpelação por qualquer pessoa, militar, ou civil, e nos demais
casos como os previstos no Regulamento de Continências das Forças
Armadas.
§ 1º - Depois de fechado o portão do quartel, a sentinela
poderá movimentar-se, no exterior, num raio de cinco metros do seu
posto fixo, fazendo-o neste caso em “Ombro Armas” e sempre em
atitude marcial.
§ 2º - As sentinelas cobertas obedecerão, em linhas gerais,
às prescrições do presente artigo e parágrafo anterior, que
poderão variar de conformidade com instruções particulares ao
posto.

Art. 385 - As sentinelas se comunicam com o corpo da guarda


por meio de sinais, de campainha ou a viva voz.
§ 1º - Os sinais referidos neste artigo podem ser “de
chamada” ou “de alarme”.
§ 2º - No caso de sinal a viva voz, o de alarme será o Brado
de “as armas”.

Art. 386 - Quando a escala for de 24 em 24 horas, o serviço


em cada posto de sentinela deverá ser dado por três ou mais
homens, dividido em quartos, de modo que um mesmo homem não
permaneça de sentinela por mais de duas horas consecutivas.
Parágrafo único - Quando o posto das armas ficar muito
afastado do alojamento da guarda, a sentinela será dupla e, neste
caso, um dos homens manter-se-á no posto e outro assegurará
permanente ligação entre ele e o corpo da guarda; podendo o último
ser dispensado de uso do fuzil (mosquetão) ou espada durante o
dia, em situação normal; à noite, a sentinela fixa permanecerá ao
lado exterior do portão.
SUBSEÇÃO VI
Do Reforço

Art. 387 - Sempre que a situação o exigir, as guardas serão


aumentadas geralmente para o serviço à noite, com o
estabelecimento de novos postos de sentinela e intensificação do
serviço de ronda; esse feito por meio de um “reforço” em praças,
correspondente às necessidades.

Art. 388 - As praças de reforço são escaladas de modo


semelhante às da guarda, formarão na parada e serão apresentadas
ao oficial de dia, às 18 horas, para o serviço; durante o dia
participarão dos trabalhos normais de suas subunidades.

SEÇÃO V
Da Guarda da Subunidade

Art. 389 - A guarda da subunidade é constituída pelo cabo de


dia (comandante da guarda) e pelos policiais plantões,
restringindo-se o serviço às dependências da subunidade acessíveis
às Praças.

Art. 390 - O serviço de guarda à subunidade tem por fim:


I - manter a ordem, a disciplina e o asseio no alojamento e
demais dependências acessíveis às praças;
II - vigiar as praças detidas ao alojamento;
III - não consentir jogos de azar, disputa ou algazarra;
IV - não permitir a saída de objetos sem autorização dos
respectivos donos ou responsáveis;
V - cumprir e fazer cumprir todas as determinações das
autoridades competentes;
§ 1º - As praças da guarda permanecerão no quartel durante
todo o serviço; o cabo de dia e o plantão da hora conservar-se-ão
com equipamento de guarnição, desarmados.
§ 2º - Quando a Subunidade ocupar mais de um alojamento, o
número de plantões poderá ser aumentado, na razão de três homens
por alojamento, a juízo do comandante da subunidade.

Art. 391 - Conforme cada caso em particular, o Comandante da


subunidade, mediante autorização do Comandante da Unidade, poderá
suprimir o serviço de guarda; nesse caso, as dependências da
subunidade acessíveis às praças ficarão sob a responsabilidade
direta do Serviço de Dia à subunidade, que manterá a ordem, a
disciplina, o asseio e as determinações das autoridades
competentes, com auxílio das próprias praças alojadas.
SUBSEÇÃO I
Do Cabo de Dia

Art. 392 - O Cabo de dia é o principal responsável pela ordem


e exatidão do serviço de guarda à subunidade.

Art. 393 - Cumpre-lhe:


I - verificar com o seu antecessor, na ocasião de receber o
serviço, se todas as dependências estão em ordem e limpas e se as
praças detidas encontram-se nos lugares determinados;
II - transmitir aos plantões as ordens gerais e particulares
relativas ao serviço e velar pela sua fiel execução;
III - assistir à substituição dos plantões, verificando se as
ordens são transmitidas com exatidão;
IV - apresentar-se, logo depois da parada, ao seu comandante
de subunidade, ao sargenteante e ao serviço de dia à subunidade;
V - dirigir a limpeza das dependências da subunidade sob a
jurisdição da guarda, feita pelos plantões, logo em seguida ao
café da manhã;
VI - providenciar para que as praças da subunidade entrem
rapidamente em forma, para todas as formaturas normais ou
extraordinárias;
VII - apresentar ao 1º sargento ou ao serviço de dia à
subunidade, na ausência daquele, as praças que devam comparecer à
visita médica, e acompanhá-las à presença do médico;
VIII - participar ao 1º sargento ou ao serviço de dia à
subunidade, na ausência do primeiro, as irregularidades ocorridas
na subunidade, mesmo as que tenham exigido providências imediatas;
IX - distribuir os quartos de serviço pelos plantões;
X - apresentar-se a todos os oficiais que entrarem no
alojamento, e aos da subunidade, à primeira vez que ali
penetrarem;
XI - zelar para que as camas se conservem sempre arrumadas
pelos seus donos, e os armários fechados;
XII - fazer levantar as praças ao findar o toque de alvorada,
salvo ordem em contrário;
XIII - não consentir a presença de civis no alojamento, sem
que estejam convenientemente autorizados e acompanhados;
XIV - verificar e relacionar as praças que, ao toque de
silêncio, não se encontrem em suas camas, para que conste de parte
do sargento de dia e possa informar sobre o destino de cada uma
delas;
XV - apresentar ao serviço de dia, por ocasião das formaturas
para o rancho, a nota das praças arranchadas que, por motivo de
serviço não possam comparecer ao rancho na hora regulamentar;
XVI - verificar, por ocasião da formatura para o rancho, se
todas as praças em forma são arranchadas.
SUBSEÇÃO II
Dos Plantões

Art. 394 - O plantão de serviço (plantão da hora) é a


sentinela da subunidade, competindo-lhe:
I - estar atento a tudo o que ocorrer no alojamento,
comunicando imediatamente ao cabo de dia qualquer alteração que
verificar;
II - proceder como estabelece o Regulamento de Continências
das Forças Armadas, ao entrar qualquer oficial no alojamento;
III - apresentar-se aos oficiais que entrarem no alojamento,
quando ausente o cabo de dia;
IV - não permitir que as praças detidas no alojamento, dele
se afastem, sem ser por motivo de serviço e com ordem do cabo de
dia;
V - não consentir que seja prejudicado, por qualquer meio, o
asseio do alojamento e dependências que lhe caiba guardar;
VI - zelar para que as camas se conservem arrumadas;
VII - impedir, durante o expediente, a entrada de praças na
dependência destinada a dormitório, sempre que haja vestiário
separado, e outro local apropriado à permanência das mesmas nas
horas de folga;
VIII - fazer levantar as praças ao findar o toque de
alvorada, quando ausente o cabo de dia;
IX - não consentir a entrada de civis no alojamento sem que
estejam devidamente acompanhados e sem ordem do cabo de dia;
X - examinar todos os volumes que tenham de sair do
alojamento, conduzidos por praças, que não tenham sido verificadas
pelo sargento ou cabo de dia, impedindo a saída dos que não
estejam devidamente autorizados;
XI - impedir a saída de qualquer objeto, sem autorização do
dono ou responsável e sem ordem do sargento ou cabo de dia;
XII - não consentir que qualquer praça se utilize ou apodere
de objetos pertencentes a outrem, sem autorização do dono ou
responsável;
XIII - impedir a entrada de praças de outras subunidades,
depois da revista de recolher;
XIV - não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer
perturbação do silêncio, depois do respectivo toque de silêncio;
XV - anotar as praças que se recolherem ao alojamento depois
do toque de silêncio, e dar conhecimento ao cabo de dia no momento
oportuno;
XVI - dar sinal de silêncio imediatamente após a última nota
do respectivo toque;
XVII - acender e apagar as luzes do alojamento nas horas
determinadas.
§ 1º - Os plantões são substituídos, ordinariamente, às
mesmas horas que as sentinelas da guarda do quartel.
§ 2º - Caso o plantão da hora não se aperceba da entrada de
um oficial no alojamento, qualquer praça dará o sinal ou a voz que
a ele compete.
§ 3º - Os plantões farão, sob a direção do cabo de dia, a
limpeza do alojamento e dependências a cargo da guarda.
§ 4º - O posto do plantão da hora é, normalmente, na entrada
do alojamento.

SEÇÃO VI
Da guarda das garagens

Art. 395 - A guarda das garagens será um serviço integrante


da Unidade ou subunidade conforme a quem caiba a responsabilidade
sobre tais dependências.

Art. 396 - O comandante da Unidade tendo em vista o número de


garagens, sua localização e as condições de segurança, fixa nas
Normas Gerais de Ação, a graduação do comandante e o efetivo das
guardas das garagens, bem como a conduta e regras de serviço.

SEÇÃO VII
Da guarda das cavalariças

Art. 397 - A guarda das cavalariças é parte integrante do


serviço de subunidade, sendo constituída por um número de praças
indispensáveis ao serviço.

Art. 398 - A guarda das cavalariças tem por finalidade:


I - manter as cavalariças em estado de asseio e ordem;
II - velar para que os animais sejam tratados com o máximo
cuidado, tanto relativamente à alimentação, como ao conforto que
lhes deve ser dado;
III - dispensar especial atenção a tudo quanto respeitar à
higiene e cuidados com a saúde dos animais;
IV - zelar pela guarda e conservação de todos os objetos a
seu cargo ou que lhes forem entregues.
§ 1º - A guarda das cavalariças deverá conservar-se nas
imediações destas, não podendo suas praças daí se afastarem sem
conhecimento do respectivo comandante, que, só por ordem superior
ou motivo de serviço inadiável o permitirá, sempre, porém, de modo
que permaneça pelo menos um homem em vigilância.
§ 2º - Nas Unidades em que as cavalariças não estiverem
distribuídas pelas subunidades, a guarda respectiva será regulada
pelo comandante da Unidade, para o conjunto das cavalariças.

Art. 399 - O comandante da guarda das cavalariças é o


responsável perante o serviço de dia à subunidade, pela fiel
execução do serviço a cargo da guarda, competindo-lhe:
I - verificar, em companhia do seu antecessor, ao entrar de
serviço, se as cavalariças estão em ordem, se os animais estão
limpos e cuidados, e se o material está de acordo com a relação-
carga e em condições de emprego imediato;
II - distribuir os policiais da guarda por grupos de baias e
dar-lhes as instruções precisas para o serviço;
III - designar os homens para os quartos de serviço de
plantão durante a noite, conforme as regras estabelecidas para o
referido serviço;
IV - receber a forragem destinada ao consumo durante as 24
horas do serviço, e dirigir a distribuição da mesma e da água, nas
horas regulamentares;
V - assistir à substituição dos plantões, prestando atenção
para que as ordens e instruções sejam fielmente transmitidas;
VI - corrigir as irregularidades no serviço ou pedir a
intervenção do sargento de dia, quando não forem de sua alçada;
VII - comunicar ao serviço de dia à subunidade todas as
ocorrências que se verificarem e as providências que haja tomado;
VIII - dirigir e fiscalizar o serviço de limpeza das
cavalariças;
IX - impedir que qualquer animal da subunidade seja retirado
das baias sem a necessária autorização.

Art. 400 - Aos policiais da guarda das cavalariças compete:


I - conservar em completo estado de asseio as baias ou grupos
de baias de que tenham sido incumbidos;
II - examinar freqüentemente os animais a seu cargo e mantê-
los limpos e cuidados;
III - impedir sejam retirados das cavalariças os objetos ou
utensílios que lhes tenham sido distribuídos ou confiados;
IV - preparar a forragem e distribuí-la, bem como a água,
tudo sob a direção do comandante da guarda;
V - não consentir que alguém lance mão de montada que não
seja a própria, salvo ordem de autoridade competente;
VI - atender prontamente a qualquer acidente ou alteração
verificada com os animais;
VII - comunicar imediatamente ao comandante da guarda as
irregularidades que não possam corrigir.

Art. 401 - O serviço de cavalariças à noite, será


transformado em serviço de plantões, executado pelos policiais da
guarda, escaladas pelo respectivo comandante, que o fará à hora
determinada no horário da Unidade; neste caso, os homens serão
distribuídos em quartos de serviço e ordinariamente substituídos
às mesmas horas que as sentinelas da guarda do quartel.

SEÇÃO VIII
Do Serviço de Ordens

Art. 402 - O serviço de ordens é executado pelos corneteiros


ou clarins e outros policiais, e destina-se à transmissão de
ordens e remessas de documentos.
§ 1º - O número de policiais de ordens é fixado pelo
comandante da Unidade e os lugares onde deverão permanecer,
durante o serviço, são determinados pelas autoridades de que
dependem.
§ 2º - O corneteiro de ordens ao comando só executará os
toques que lhe forem determinados.
§ 3º - O corneteiro de ordens ao oficial de dia o acompanhará
permanentemente e executará os toques por ele determinados, os de
comando e os impostos pelo horário da Unidade, estes mediante
autorização do mesmo oficial.

Art. 403 - Os policiais de ordens, transportados, terão,


durante o serviço, seus animais ou viaturas em condições de rápida
execução das ordens que receberem, permanecendo, como os demais,
nos lugares determinados pelas autoridades a que estiverem
servindo.

Art. 404 - Os policiais de ordens dependem diretamente das


autoridades a cuja disposição se encontrem.

SEÇÃO IX
Da Escala do Serviço Interno

Art. 405 - Ao serviço interno de escala devem concorrer:


1 - Oficial de dia - Os tenentes e os aspirantes de polícia
prontos na Unidade (exceto os que estiverem em funções privativas
de capitão ou posto superior); os adidos e excedentes, a juízo do
comandante. Em estabelecimentos, Repartições e nas Unidades de
Serviço, concorrerão também à escala os demais tenentes e
aspirantes.
2 - Adjuntos - Todos os 1ºs sargentos da Unidade, e mais os
2ºs sargentos que, a juízo do comandante, se tornem necessários;
3 - Comandante da guarda do quartel e dia a subunidade. Todos
os 2ºs sargentos e mais os 3ºs sargentos;
4 - Cabos das guardas do quartel, da subunidade, das garagens
e das cavalariças - Todos os cabos;
5 - Serviço de ordens - Todos os corneteiros ou clarins e
outros policiais habilitados para esse serviço;
6 - Serviço de Guarda - Todos os policiais;
7 - Dia às Enfermarias - Cabos e policiais de saúde na seção
de saúde e cabos e policiais de veterinária na seção veterinária.
§ 1º - Quando o número de tenentes e aspirantes que concorrem
à escala de oficial-de-dia for menor de três, passarão a concorrer
também os capitães, obedecido o critério estabelecido no item 1; o
serviço será então de fiscal-de-dia, tendo normalmente como
auxiliar um subtenente.
§ 2º - Da escala de auxiliar do fiscal-de-dia participarão
todos os subtenentes; quando o corpo possuir menos de três
subtenentes, participarão também os 1ºs sargentos, de modo que
nela nunca figurem menos de três auxiliares.
§ 3º - Em cada outra escala, sempre que o número de praças
concorrentes for inferior a cinco, serão chamadas as praças de
graduações inferiores aos das que normalmente concorrem ao
serviço, até completar aquele número na respectiva escala.
§ 4º - Nas subunidades de comando e de serviço, concorrerão
ao serviço interno de escalas as praças disponíveis de qualquer
qualificação policial-militar, sem prejuízo do funcionamento das
dependências a que servem.
§ 5º - As praças adidas poderão concorrer às escalas
respectivas, a critério do comandante da Unidade.
§ 6º - Para os serviços constantes dos itens 2, 3, 4 e 6, em
princípio, não são designadas as praças das seções de serviços, as
quais deverão concorrer aos serviços das respectivas seções.

TÍTULO IV
Das formaturas

Art. 406 - Formatura é toda reunião do pessoal em forma,


armado ou desarmado.

Art. 407 - As formaturas podem ser:


1 - gerais ou parciais, da Unidade ou Subunidade;
2 - ordinárias ou extraordinárias.
§ 1º - As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou
inopinadas.
§ 2º - As formaturas ordinárias são as destinadas às revistas
normais do pessoal, aos serviços policiais, ao rancho, a parada e
à instrução.
§ 3º - As formaturas extraordinárias previstas são as
determinadas nos programas da Unidade ou Subunidade, para revistas
de material ou animais, ou ordenadas em boletim, destinadas a
solenidades internas ou externas.
§ 4º - As formaturas extraordinárias inopinadas são as
impostas pelas circunstâncias do momento, em virtude de
anormalidade ou em função de medidas comuns de caráter interno.

Art. 408 - As formaturas extraordinárias ou ordinárias terão


origem, em regra, na Subunidade, pela reunião dos oficiais e
praças que dela devem participar.
§ 1º - Nas formaturas ordinárias será exigida o uniforme do
dia, salvo ordens especiais.
§ 2º - Para a instrução o pessoal formará com o uniforme que
for determinado, podendo, de acordo com a natureza da instrução e
mediante autorização do comandante da subunidade, usar uniformes
velhos, mesmo remendados.
§ 3º - Nas formaturas extraordinárias inopinadas, os homens
entrarão em forma no uniforme em que estiverem, ao toque ou ordem
de reunir.

CAPÍTULO I
Das formaturas gerais

Art. 409 - Nas ordens para formaturas, serão designados, com


precisão, hora, local da reunião, formação e uniforme, e, bem
assim, fornecidos todos os esclarecimentos necessários a uma
perfeita execução, para o que, serão observadas as seguintes
disposições:
I - as subunidades deverão estar em forma, no local
determinado pelo comandante, cinco minutos antes da hora por este
marcada;
II - em cada subunidade, as ordens serão dadas de modo que
não seja retardada a hora da reunião da Unidade; os oficiais
subalternos passarão revista aos seus pelotões e seções, o mais
antigo apresentará toda a tropa ao comandante da subunidade, que a
conduzirá, no momento oportuno, ao local da reunião da Unidade;
III - onde houver, os clarins ou corneteiros, tambores
deslocar-se-ão com as respectivas subunidades e, no ponto da
reunião da Unidade, serão apresentados ao chefe da respectiva
banda, ficando sob o seu comando;
IV - reunidas as subunidades no local marcado, para a
formatura da Unidade, o subcomandante assumirá o comando de toda a
tropa, até a chegada do comandante da Unidade;
V - o comandante só se aproximará de sua tropa para assumir o
comando, depois de avisado pelo S3, de que as subunidades se
encontram prontas para recebê-lo, a menos que justificáveis
delongas exijam conduta diferente.

Art. 410 - As formaturas nas Unidades montadas e motorizadas


quando a pé, serão reguladas pelas mesmas disposições anteriores,
e, quando a cavalo, ou com o material, por aquelas que lhe forem
aplicáveis, observando-se, quanto ao ensilhamento dos animais,
atrelagem das viaturas e preparação do material, as disposições
regulamentares peculiares e as instruções particulares.

CAPÍTULO II
Da Parada Diária

Art. 411 - A parada interna diária é uma formatura destinada


à revista do pessoal para o serviço diário, que é contado de
parada a parada.
§ 1º - Realiza-se a pé, à hora determinada pelo comandante da
Unidade, em local escolhido no pátio do quartel.
§ 2º - Nela tomam parte todas as praças que tenham de entrar
de serviço (com os uniformes, equipamentos e armamentos adequados
ao respectivo serviço), de que trata este artigo e, onde houver,
as bandas de música ou de corneteiros.
§ 3º - Todos os oficiais que tenham de entrar de serviço
formarão na parada após as formalidades do artigo, salvo os de
maior posto ou mais antigos do que o S1, que ficarão dispensados
dessa cerimônia.

Art. 412 - A parada será organizada pelo 1º sargento da S1,


auxiliado pelo 1º sargento mais antigo, e, comandada pelo S1 da
Unidade (exceto aos domingos e feriados que será comandada pelo
oficial de dia que entrar de serviço).

Art. 413 - A hora prevista em BI, os 1ºs sargentos das


subunidades conduzirão em forma, ao local determinado todas as
praças que tenham de entrar de serviço, apresentando-se ao 1º
sargento da S1.
Art. 414 - A parada diária obedecerá às seguintes
formalidades:
I - será organizada da direita para a esquerda:
a) banda de música ou corneteiros, onde houver;
b) guardas, por ordem de graduação ou antigüidade dos
respectivos comandantes;
c) guardas das subunidades;
d) serviços diversos;
II - terminada a organização da tropa o 1º sargento da S1
retificará o alinhamento e aguardará a chegada do S1;
III - ao aproximar-se o S1, o 1º sargento da S1 comandará: -
“Parada, Sentido”; vai em seguida ao encontro do mesmo oficial,
apresenta-se e passa-lhe o comando da força;
IV - o S1, em uniforme de expediente, assume o comando da
parada, toma posição na altura do centro da mesma à distância de
15 passos, frente para ela, tendo na sua esquerda o 1º sargento da
S1 e comanda: “Parada, descansar”. Nessa ocasião, os oficiais de
serviço entrarão em forma: o oficial de dia a direita das guardas,
e os demais, à direita das frações que comandarem;
V - acompanhado do 1º sargento, o S1 inicia a revista das
guardas, passada homem a homem, fazendo com que o 1º sargento
ajudante vá anotando as observações por ele feitas referentes às
irregularidades verificadas em uniforme, equipamento, armamento,
etc.;
VI - em cada guarda que o S1 passe revista, além do 1º
sargento da S1, deverá ser acompanhado pelo respectivo comandante,
sendo que o oficial de dia o acompanhará na revista do pessoal que
entre no serviço interno (guarda do quartel, guardas de
subunidades, etc.). Esses elementos retornarão a seus lugares,
logo que o S1 termine a revista das guardas e seus comandos, o
mesmo acontecendo ao 1º sargento da S1;
VII - terminada a revista, o S1 voltará à sua posição
anterior (15 passos de distância, frente para a parada), e
comandará: “Parada. Sentido”. “Ombro-Armas”. “Em continência ao
terreno - Apresentar Armas”. A tropa fará a continência
regulamentar. A banda de música ou de corneteiros se houver,
tocará os compassos da marcha da ordenança;
VIII - os oficiais se reunirão ao S1 e, formados em uma
fileira, enquadrando-o, assistirão ao desfile de toda a parada até
o ponto de liberação determinado pelo comandante da Unidade, de
onde os diferentes elementos em forma, bem como as bandas,
seguirão seus destinos.

Art. 415 - Em seguida à parada, as guardas e os demais


elementos de serviço procederão às substituições.

CAPÍTULO III
Da Parada Geral

Art. 416 - A “parada geral” tem por principal finalidade


manter a coesão e o contato de todos os oficiais e praças da
Unidade e dar oportunidade aos comandos de verificar as condições
de sua tropa.
§ 1º - A parada geral realizada uma vez por semana em dia e
hora a ser determinada pelo comandante da Unidade terá cunho
solene.
§ 2º - Nela tomam parte todos os oficiais da Unidade e o
maior efetivo em praças possível (pessoal que entra de serviço e
todo o de folga na Unidade).

Art. 417 - Comandada pelo subcomandante da Unidade esta


parada substitui a diária obedecendo, afora as formalidades desta,
mais às seguintes:
I - além de maior efetivo possível, tomarão parte os oficiais
da Unidade, tendo em vista um reajustamento geral. Os oficiais sem
comando assisti-la-ão, formados, em torno do comandante;
II - as praças de folga formarão, por subunidade, à esquerda
do último elemento de serviço;
III - durante o tempo que durar a revista das guardas e
plantões, a banda de música (ou fanfarra), se houver, tocará
marchas;
IV - após a continência ao terreno e antes do desfile será
cantado o Hino Nacional e o da Inconfidência e o comandante fará
uma breve preleção à tropa, em forma de recomendações,
observações, ensinamentos históricos, morais, cívicos, sociais,
disciplinares, etc.;
V - toda a tropa que toma parte na parada dará, na formação,
mais conveniente do efetivo em forma, tantas voltas no pátio do
quartel quantas forem determinadas pela autoridade superior que
estiver presente, cantando canções militares, e a seguir, tomará
os seus destinos.

CAPÍTULO IV
Das Substituições das Guardas e dos demais Serviços

Art. 418 - Na substituição das guardas serão observadas as


seguintes formalidades:
I - logo que a sentinela das armas der o sinal de aproximação
da guarda que vem substituir a que está de serviço, esta entra e
forma e, na posição de sentido, aguarda a chegada daquela;
II - a guarda que chega, colocar-se-á à esquerda (em frente,
se o local permitir) da que vai substituir o seu comandante
comandará: “Sem intervalos, pela direita (esquerda) perfilar” e
depois “firme”; em seguida mandará - “Em continência, apresentar
armas”; feito o manejo de armas correspondente, o comandante da
guarda que vai sair corresponderá à saudação mandado “Apresentar
armas” e a seguir “Descansar armas” no que será seguido pelo outro
comandante;
III - finda esta parte do cerimonial, os dois comandantes se
dirigirão um ao encontro do outro, fazendo alto a distância de
dois passos e o comandante da guarda que entra de serviço se
apresenta: “Tenente X”, comandante da guarda que entra”:
IV - de posse das ordens e instruções, o comandante da guarda
que entra organizará o seu serviço (roteiro, ordens particulares a
cada posto, etc.) e, em seguida, receberá a carga de material que
ficará sob sua guarda;
V - o comandante da guarda que entra transmitirá as ordens ao
cabo da guarda e mandará que este proceda à substituição das
sentinelas, pelo seu primeiro quarto, devendo ser a sentinela das
armas a última a substituir;
VI - rendição de serviço ou sentinela:
a) cinco minutos antes da hora prevista para a substituição
do serviço ou sentinela, o comandante ou substituto da guarda
colocará os homens que irão entrar de serviço em coluna por um e
dispostos na ordem de rendição e ordenará, se for o caso: “Armar
baionetas”;
b) em seguida conduz a tropa no passo ordinário para o
primeiro posto, onde será procedida a substituição. O comandante
marchará à esquerda, na altura do centro da coluna;
c) junto ao posto mandará ALTO e colocará os homens voltados
para o local em que se verificará a substituição;
d) em seguida o comandante dará o comando: “RENDER POSTO”. A
este comando, o policial que vai substituir o sentinela ou
serviço, sairá de forma, indo colocar-se em frente da sentinela
que também deverá ter saído simultaneamente do seu posto dando um
passo em frente após ter feito “OMBRO ARMA”. O comandante colocar-
se-á à simultaneidade ao lado dos dois policiais, com a frente
voltada para os mesmos. As sentinelas ficarão distantes um passo
uma da outra;
e) estando o comandante e os policiais na posição do item
“d”, o primeiro comandará “PASSAR ORDENS”, após “TROCAR POSTOS”.
Esta troca será efetuada obedecendo à seqüência dos movimentos
abaixo, executados simultaneamente pelas duas sentinelas ou
serviço:
1 - um passo oblíquo à direita;
2 - um passo à frente;
3 - um passo oblíquo à esquerda;
4 - meia volta-volver.
f) será dado o comando: “AOS SEUS LUGARES MARCHE”. A essa
voz, ambos os policiais farão meia-volta-volver, seguindo o
substituto para o seu posto, dando um passo à frente, e, em
seguida, meia volta e descansa a arma; o substituído entrará em
forma na causa da tropa, descansando a arma, independentemente de
comando, para prosseguir-se na rendição do posto seguinte ou
recolhimento no corpo da guarda;
VII - substituídas as sentinelas ou serviço, os comandantes
das duas guardas se apresentam ao oficial de dia, se o serviço for
interno, ou comunica pelo meio mais rápído, quando possível, para
o quartel avisando haver recebido o serviço, se for o trabalho
externo. Em ambos os casos, participa as irregularidades
verificadas;
VIII - as guardas repetirão as continências da chegada,
começando pela que sai de serviço, a qual se retirará em seguida.

CAPÍTULO V
Da Substituição dos Serviços Externos

Art. 419 - As substituições dos serviços externos obedecerão


às normas gerais de ação.
Capítulo VI
Das Revistas

Art. 420 - Revista é o ato pelo qual se verifica a presença e


apresentação pessoal da tropa ou a existência e o estado do
material regulamentar e dos animais.
§ 1º - As revistas podem ser normais extraordinárias, de
pessoal, de material ou de animais.
§ 2º - As revistas normais são as fixadas em regulamentos ou
nos programas de instrução das Unidades e as extraordinárias são
determinadas pelos comandos dos Corpos e dos seus elementos
orgânicos, ou chefias dos serviços, sempre que julgarem
necessárias.
§ 3º - Em regra, as revistas de pessoal são feitas em
formatura, a que devem comparecer todos os oficiais e praças
subordinadas à autoridade determinante; as do material
distribuído, igualmente com o pessoal em forma, no local
determinado; as do material em depósito, nas dependências
correspondentes, e com a presença de todos os seus responsáveis.
§ 4º - As viaturas devem ser revistadas sistemática e
periodicamente, em todas as situações, de modo que se possam
prevenir; localizar e corrigir os defeitos mecânicos, antes que se
agravem.

SEÇÃO I
Da Revista do Pessoal

Art. 421 - Ordinariamente são passadas três revistas diárias,


às horas determinadas pelo comandante da Unidade, por ocasião do
início e do término do expediente, nos dias úteis, e a revista da
noite ou do recolher.
Parágrafo único - O pessoal deverá ser passado em revista
antes de entrar de serviço.

Art. 422 - As revistas de pessoal devem obedecer às seguintes


disposições:
I - início do expediente:
a) a revista será destinada a constatar a presença do pessoal
e feita todos os dias úteis e em hora determinada pelo comandante
da Unidade;
b) esta revista é passada no âmbito das subunidades.
II - término do expediente:
a) inspecionar, no âmbito das subunidades, a apresentação
pessoal de cada homem, de modo a permitir a saída somente daqueles
que estiverem em condições ideais;
b) aqueles, que não atenderem as condições da letra “a”,
somente após sanadas as irregularidades se apresentarão ao oficial
do dia, que os liberará.
III - revista do recolher:
a) a revista do recolher destina-se a constatar a presença
das praças inseridas no pernoite e será passada diariamente à hora
prescrita no horário da Unidade;
b) a chamada é realizada, por subunidade em forma no
alojamento, pelo oficial de dia ou seu adjunto, que em seguida,
mandará “Fora de forma”;
c) quando o número de subunidade for superior a duas, o
oficial de dia encarregará o adjunto da prevista de certo número,
a seu critério, fazendo as demais.

Art. 423 - Entre a revista do recolher e o toque de alvorada,


o oficial de dia certificar-se-á da presença das praças que devam
permanecer no quartel, por meio de revistas incertas, passadas,
porém, de modo a não despertar os homens, salvo, excepcionalmente,
para identificá-los.
Parágrafo único - O comandante e o subcomandante da Unidade e
os comandantes de subunidades, estes nos elementos que comandarem,
poderão passar revistas incertas, sendo indispensável, para os
últimos, prévio aviso ao oficial de dia.

SEÇÃO II
Da Revista de Viaturas Automóveis

Art. 424 - As revistas de viaturas automóveis visam,


principalmente, a observar as condições mecânicas das viaturas, o
seu aspecto externo, o estado de conservação, a execução das
operações de manutenção e a utilização correta do material
automóvel.

Art. 425 - As revistas de viaturas automóveis devem orientar-


se pelas instruções em vigor e obedecer às seguintes disposições:
I - os comandantes de Unidades, especialmente os das
motorizadas, devem realizar constantes verificações para se
certificarem do aspecto geral e das condições aparentes das
viaturas, da existência e do grau de conservação das ferramentas e
acessórios respectivos, bem como do estado dos parques ou das
garagens e dos meios disponíveis para a manutenção;
II - os comandantes de Unidades e subunidades revistarão
mensalmente as viaturas que lhes estão distribuídas com a
finalidade de verificar a maneira pela qual os motoristas
desempenham seus encargos, assinalando os erros por eles cometidos
e corrigi-los convenientemente;
III - os comandantes de pelotões ou seções e o subtenente da
subunidade revistarão semanalmente as viaturas de suas
responsabilidades, a fim de verificar o estado das mesmas e
orientar os motoristas nos cuidados indispensáveis ao seu bom
funcionamento;
IV - as viaturas em depósito devem ser revistadas
mensalmente, inclusive as que tenham estado imobilizadas por mais
de duas semanas.

Art. 426 - Quando a Unidade dispuser no seu efetivo de


oficial de manutenção e transportes as revistas nos itens 1 e 2
acima serão feitas com a sua presença sem prejuízo das que tenha
de realizar no desempenho de suas funções.

SEÇÃO III
Da Revista de Material

Art. 427 - A revista do material é o exame procedido por


qualquer chefe, que tenha autoridade administrativa sobre os
responsáveis, com a finalidade não só de verificar a presença, mas
também o estado de conservação do material de distribuição e
responsabilidade individual (armamento, arreamento, equipamento,
etc).
Parágrafo único - As revistas de viaturas automóveis obedecem
ao prescrito na Seção II, anterior.

Art. 428 - As revistas de material, procedidas uma vez por


mês pelos comandantes de subunidades e uma vez por trimestre pelo
comandante da Unidade, obedecerão as seguintes disposições:
I - devem ser realizadas ao mesmo tempo por todas as
subunidades, em dia e hora fixadas em Boletim ou no horário geral
da Unidade;
II - o responsável direto pela guarda e conservação do
material a ser revistado, deve estar obrigatoriamente presente;
III - a circunstância de não ter sido passada a revista de
material na época oportuna, por causa eventual, não isenta o
detentor da responsabilidade pelo extravio ou falta de conservação
do material sob sua guarda e que venha a ser constatada em
qualquer tempo;
IV - o material de uso coletivo (metralhadoras, fuzis-
metralhadoras, material de comunicações, etc.) será examinado em
locais adrede escolhidos, presente o responsável direto pela sua
guarda e conservação;
V - as faltas assinaladas serão comunicadas ao comandante da
Unidade por intermédio do fiscal administrativo, mencionando-se
não só os responsáveis como a natureza e a causa do estrago, se
for o caso;
VI - a execução da revista deve ser fixada em normas que
visem a ordem, rapidez e facilidade, podendo contar com a
cooperação de oficiais especializados (de comunicações, etc.) da
Unidade para o exame do material de suas especialidades.

SEÇÃO IV
Da Revista de Animais

Art. 429 - Os comandantes de Unidades e subunidades, sempre


que julgarem oportuno, passarão revista aos animais das
respectivas cargas, para verificarem o seu estado de limpeza.
§ 1º - Em princípio, todas as revistas de animais serão
realizadas com a presença do veterinário da unidade e seus
auxiliares, para revistas determinadas pelos comandantes de
subunidades, essa presença será solicitada ao comandante da
Unidade.
§ 2º - O local e particularidades da execução das revistas de
animais devem observar, em princípio, as disposições especiais
vigentes e serão fixados pela autoridade que as determinar, de
modo a não prejudicar a instrução e demais serviços da Unidade.

TÍTULO V
Rancho

Art. 430 - A alimentação da tropa deve ser objeto de máxima


preocupação da administração da Unidade.
§ 1º - Normalmente haverá três refeições diárias - café,
almoço e jantar, distribuídas de acordo com o horário da Unidade.
§ 2º - Conforme as possibilidades em pessoal e em material, o
rancho de cada Unidade terá refeitório em 3 salas separadas para
oficiais, para subtenentes e sargentos, e para cabos e policiais.
§ 3º - Cada mesa de refeição será naturalmente chefiada pelo
mais graduado ou mais antigo que dela faça parte, ao qual compete
zelar pela ordem e disciplina durante as refeições, comunicando às
autoridades presentes as irregularidades que se verificarem.

Art. 431 - O arranchamento do oficial ou praça é facultativo.


Parágrafo único - O fornecimento de marmitas às famílias de
oficiais ou praças, sob qualquer pretexto, é expressamente
proibido.

Art. 432 - Nos feriados nacionais e datas festivas, haverá


melhoria das refeições.

Art. 433 - O preparo das refeições será fiscalizado pelo


fiscal administrativo.
Parágrafo único - Nos domingos e feriados, o exame das
refeições será feito pelo oficial de dia, salvo se encontrar-se no
quartel o fiscal administrativo.

Art. 434 - As praças arranchadas que, por motivo de serviço,


não comparecerem à hora regulamentar, serão servidas logo que as
circunstâncias o permitam.

Art. 435 - As refeições serão distribuídas de acordo com o


horário fixado pelo Comando da Unidade.

Art. 436 - As disposições relativas à organização, direção,


execução e fiscalização de tudo que se referir ao rancho, não
previstas neste regulamento, são estabelecidas em normas ou
regulamentos especiais.
Art. 437 - O serviço de rancho poderá funcionar de acordo com
uma das seguintes opções:
I - com pessoal policial-militar, extritamente;
II - com civis contratados e policiais-militares, portanto,
em sistema misto;
III - por ajustes com terceiros e mediante concorrência,
neste caso obedecerá o estabelecido neste regulamento, nos artigos
575 a 577.
Parágrafo único - No ajuste firmado, figurará,
obrigatoriamente, entre outras, uma cláusula a que se obrigará o
concorrente acompanhar a Unidade quando esta, por motivo de ordem
superior ou disposição regulamentar, deslocar-se para campos de
instrução ou de manobras.

TÍTULO VI
Das Oficinas

Art. 438 - A Unidade poderá possuir, de acordo com os seus


recursos e possibilidades materiais, as seguintes oficinas, além
de outras que se tornarem estritamente necessárias:
I - ferraria (somente no RCM);
II - correaria e selaria (somente no RCM);
III - mecânica;
IV - serviços gerais.
§ 1º - A instalação ou supressão de oficinas dependerá de
aprovação do Comandante Geral.
§ 2º - Entende-se como oficina de serviços gerais aquela
destinada a atender pequenos serviços de bombeiro, eletricista,
carpinteiro, marceneiro e limpeza.

Art. 439 - As oficinas da Unidade destinam-se a execução de


pequenos reparos das instalações, bem como do material distribuído
e em uso na Unidade, não proibidos em regulamentos especiais.

CAPÍTULO I
Da Organização

Art. 440 - O Comandante da Unidade designará um oficial que


ficará responsável pela disciplina do pessoal, pelo bom
funcionamento das oficinas e pelos materiais a elas distribuídos e
sua contabilidade.
Parágrafo único - Compete ao oficial de manutenção e
transportes responder pela oficina mecânica.

Art. 441 - Cada oficina terá um encarregado, que é o


responsável, perante o oficial designado, não só pela execução dos
trabalhos que lhe forem ordenados, como pela guarda, conservação e
emprego de todo o material que lhe for confiado.
Parágrafo único - Os encarregados das oficinas são
responsáveis pela ordem e disciplina nas mesmas, e não permitirão
que nelas permaneçam elementos estranhos ao serviço, nem que
participem dos trabalhos, sem consentimento ou ordem superior.

Art. 442 - Quanto ao pessoal, as oficinas serão organizadas


com o pessoal constante do Quadro de Distribuição em vigor.
Parágrafo único - Os encarregados de oficinas serão
normalmente os mais graduados ou mais antigos em serviço nas
mesmas, designados em boletim interno, por proposta do oficial
designado, quando se tratar de pessoal previsto no quadro de
distribuição.

Art. 443 - Ao oficial responsável compete propor ao fiscal


administrativo as aquisições de materiais indispensáveis à
organização e funcionamento das oficinas.

Art. 444 - A escrituração e contabilidade das oficinas, bem


como sua justificação perante o comando da Unidade, serão feitas
mensalmente pelo oficial designado, que apresentará ao fiscal
administrativo, com a antecedência necessária, uma relação de
todos os trabalhos executados.

CAPÍTULO II
Da Instalação e Funcionamento

Art. 445 - O Comando da Unidade deverá esforçar-se para que


cada oficina funcione em dependência separada, própria e segura, a
fim de poder efetivar a responsabilidade dos respectivos
encarregados, nos casos previstos.

Art. 446 - Nos trabalhos das oficinas será observada a


seguinte disposição:
1) nenhum trabalho será executado pelo pessoal em serviço,
sem autorização ou ordem escrita do comandante ou fiscal
administrativo, salvo os de caráter urgente, ordenados pelo
comando, os quais, entretanto, serão ulteriormente confirmados em
documento;
2) nenhum trabalho será executado nas oficinas sem que seja
previamente orçado pelo respectivo encarregado, de acordo com o
que a respeito prescreve a legislação própria.

Art. 447 - O horário de trabalho das oficinas constará do


boletim da Unidade.
TÍTULO VII
Do Quartel, Alojamento e Dependências

Art. 448 - A organização da Unidade, as facilidades de


vigilância e a melhor ligação entre o comando, a tropa e os
serviços são elementos preponderantes na distribuição dos
edifícios, o que constituem o quartel.

Art. 449 - Além das conveniências referidas no artigo


procedente, dever-se-á ter em vista:
I - tanto quanto possível, cada Subunidade, Serviço e demais
elementos funcionarão em dependências próprias, constituindo
gabinetes, reservas, alojamentos, oficinas, depósitos, etc.;
II - os gabinetes são normalmente as dependências em que
trabalham os oficiais; nas reservas, trabalham os sargentos e
subtenentes;
III - em cada Unidade poderá haver alojamento para oficiais,
sargentos e subtenentes, cabos e policiais;
IV - os alojamentos devem compreender dormitórios e
vestiários; sempre que possível, os armários de roupa do pessoal
serão colocados em dependência própria (vestiário) ou reunidos
numa parte do alojamento, separados das camas;
V - as camas serão distribuídas no alojamento com os
intervalos aconselhados pela higiene;
VI - nas camas, armários, cabide ou noutros móveis de uso
pessoal das praças, serão colocados, bem à vista, os números e as
graduações dos seus detentores;
VII - nas entradas das diversas dependências, serão colocadas
placas indicativas;
VIII - quando em uma dependência ou alojamento não houver ou
estiver ausente o responsável designado pela ordem, asseio e
higiene e pela conservação dos objetos de uso comum aí existentes,
o mais graduado ou mais antigo dos que a ocuparem ou estiver
presente terá a direção e responsabilidade daqueles encargos;
IX - em cada alojamento, sala de trabalho ou dependência
qualquer, deverá haver, em lugar bem visível, um quadro com a
relação do material-carga aí em uso;
X - na sala do oficial de dia e no gabinete do S1 serão
afixadas em quadro próprio as ordens e disposições particulares em
vigor na Unidade, para conhecimento, especialmente, dos oficiais
recém-incluídos;
XI - as dependências sanitárias merecerão atenção muito
especial dos responsáveis pelo seu estado de asseio e higiene;
XII - constantes cuidados deverão ser por todos dispensados
no sentido de evitar riscos de incêndio;
XIII - todos os relógios do quartel devem ser conservados
certos pelo relógio principal, que será regulado pelo S1 da
Unidade;
XIV - em todas as dependências serão afixados quadros com o
resumo das ordens internas em vigor que particularmente lhes
interessarem.
QUINTA PARTE
Das Cerimônias e Formalidades
CAPÍTULO I
Dos Símbolos e Cores Nacionais

Art. 450 - São símbolos nacionais, conforme Lei Federal nº


5.443, de 28 de maio de 1968:
a) A Bandeira Nacional;
b) O Hino Nacional;
c) As Armas Nacionais;
d) O Selo Nacional.

Art. 451 - A Bandeira Nacional é a que foi adotada pelo


Decreto Federal nº 4, de 19 de novembro de 1889.

Art. 452 - Cada Corpo de Tropa, Estabelecimento ou Repartição


terá sob sua guarda uma Bandeira Nacional, símbolo da Pátria,
destinada a estimular entre os que agrupam em torno dela, o
elevado sentimento de sacrifício no cumprimento do dever de
cidadão e de policial-militar.
Parágrafo único - A Bandeira Nacional é guardada no gabinete
do Comandante, Chefe ou Diretor, em armário de porta envidraçada.

Art. 453 - Os Corpos de Tropa conduzirão as suas Bandeiras em


solenidades e formaturas salvo em manobras e exercícios.
Parágrafo único - Os Corpos de efetivo inferior a batalhão ou
equivalente só usarão a Bandeira Nacional nas guardas de honra,
guardas fúnebres, nas cerimônias de compromissos, no dia 19 de
novembro, nas paradas e formaturas para a entrega de medalhas e
condecorações.

Art. 454 - Cada Corpo de Tropa, Estabelecimento ou Repartição


possuirá uma Bandeira Nacional para ser hasteada nos respectivos
mastros, nos dias indicados no Regulamento de Continências, Honras
e Sinais de Respeito das Forças Armadas e demais legislações em
vigor.

Art. 455 - O Hino Nacional é o que se compõe da música de


Francisco Manoel da Silva e poema de Joaquim Osório Duque Estrada,
conforme o disposto nos Decretos Federais nº 171, de 20 de janeiro
de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922.
Parágrafo único - A execução vocal e instrumental do Hino
Nacional, obedece ao prescrito no Regulamento de Continência,
Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas, sendo vedada sua
execução, em continência, fora dos casos previstos na Lei Federal
nº 5.443, de 28 de maio de 1968.
Art. 456 - As Armas Nacionais são as instituídas pelo Decreto
Federal nº 4, de 19 de novembro de 1889.
Parágrafo único - Foi obrigatório o uso das Armas Nacionais
nos Quartéis Estabelecidos e Repartições, bem como nos armamentos.

Art. 457 - O Selo Nacional tem os distintivos a que se refere


o Decreto Federal nº 4, de 18 de novembro de 1889.
Parágrafo único - Será usado para autenticar os diplomas e
certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais
ou reconhecidos bem como outros documentos de caráter oficial, de
acordo com a legislação vigente.

Art. 458 - São consideradas Cores Nacionais o verde e o


amarelo, sendo admissível seu uso, inclusive em combinação com o
azul e o branco, para a ornamentação em geral, nos casos em que
não seja permitido o uso da Bandeira Nacional.
Parágrafo único - É vedado seu emprego para a composição de
qualquer peça de ornamentação em galhardelas, flâmulas, painéis,
escudos, etc, com aspecto, formato ou com as disposições da
Bandeira Nacional.

CAPÍTULO II
Dos Símbolos do Estado de Minas Gerais

Art. 459 - São símbolos estaduais:


a) A Bandeira do Estado de Minas Gerais;
b) o Selo do Estado.

Art. 460 - A Bandeira do Estado de Minas Gerais é a que foi


instituída pela Lei nº 2.793, de 8 de janeiro de 1963.
§ 1º - Deverá estar presente em todas as formalidades da
Polícia Militar em que se conduzir a Bandeira nacional, conduzida
sempre por oficial.
§ 2º - Cada Corpo de Tropa, Estabelecimento ou Repartição da
Polícia Militar, terá sob sua guarda uma Bandeira do Estado de
Minas Gerais, que será guardada junto com a Bandeira Nacional.
§ 3º - Nos dias designados para o hasteamento da Bandeira
Nacional, a Bandeira do Estado de Minas Gerais também o será do
lado esquerdo daquela.

Art. 461 - O Selo do Estado de Minas Gerais é o que foi


adotado pela Lei nº 1, de 14 de setembro de 1891, cujo desenho foi
aprovado pelo Decreto nº 6.498, de 5 de janeiro de 1924 e é usado
na Corporação nos termos dessa lei.
CAPÍTULO III
Dos Símbolos, Cores, Estandartes, Insígnias e Distintivos da
Polícia Militar

Art. 462 - O Símbolo da Polícia Militar é o que for previsto


no Regulamento de Uniformes e insígnias da Polícia Militar
(RUIPM).

Art. 463 - O vermelho goles, o azul blau e o amarelo ouro


(cores heraldicas) quando apresentados em justaposição significam
Polícia Militar.

Art. 464 - Os Corpos de Tropa que possuirem estandartes


históricos, legalmente autorizados, poderão conduzi-los nas
condições estabelecidas em normas que regem o assunto.
§ 1º - Os estandartes serão guardados nos gabinetes dos
Comandantes, juntamente com a Bandeira Nacional e a do Estado de
Minas Gerais.
§ 2º - Os estandartes de equipes desportivas, constituídos
das insignias de comando de origem e demais características,
obedecerão às normas que regem o assunto e poderão figurar nas
cerimônias e competições desportivas das Polícias Militares.

Art. 465 - A presença de altas autoridades civis, militares e


das Polícias Militares, dos Comandantes, Chefes e Diretores, nos
Corpos de Tropa, Estabelecimentos e Repartições, será indicada por
meio de insígnias.
Parágrafo único - Seu uso é regulado pelo Regulamento de
Continências, Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas.

Art. 466 - Os distintivos simbólicos são os destinados a


evocar feitos policiais-militares e são os que forem previstos no
Regulamento de Uniformes e Insígnias da Polícia Militar (RUIPM).

CAPÍTULO IV
Das Canções

Art. 467 - A Polícia Militar e seus Corpos de Tropa poderão


ter suas canções, evocativas de feitos do passado.

Art. 468 - Nas marchas, nos estacionamentos e no interior dos


quartéis, particularmente no regresso de sonelidades externas,
poderão ser entoadas canções militares e policiais-militares.

Art. 469 - As canções só serão adotadas com aprovação do


Estado Maior da Polícia Militar.
Art. 470 - Nos movimentos fora das povoações, serão
permitidas canções populares que não ofendam à moral nem encerrem
crítica pessoal, política ou religiosa.

CAPÍTULO V
Dos Feriados

Art. 471 - Os feriados serão comemorados na Polícia Militar,


consoante as disposições em vigor e as determinações dos
respectivos Comandantes, Chefes ou Diretores, comportando sempre
publicação, de véspera, de um boletim alusivo à data.

Art. 472 - São feriados os dias estabelecidos em lei,


decreto, ou determinados pelo Governo Federal ou Estadual.

Art. 473 - Nos dias feriados, sábados e domingos não haverá


expediente, nem instrução; funcionarão, normalmente, todos os
serviços internos e externos e os demais trabalhos diários
regulamentares.
Parágrafo único - Nos Corpos de Tropa, Estabelecimentos e
Repartições, conforme a necessidade, poderá haver expediente ou
instrução aos sábados, por decisão do Comandante Geral.

CAPÍTULO VI
Das Festas na Polícia Militar

Art. 474 - Festas na Polícia Militar são as comemorações de


feitos e fatos nacionais e estaduais ou relativos à vida da
Corporação, destinados à exaltação do pariotismo, ao estímulo do
sentimento cívico e ao revigoramento, num ambiente de sã
camaradagem, do “Espírito de Corpo” e ao desenvolvimento de todas
as energias em benefício do serviço da Polícia Militar.
Parágrafo único - Realizar-se-ão segundo programa pré-
estabelecido pelo Comandante, Chefe ou Diretor, aprovado, em
princípio, pela autoridade imediatamente superior.

Art. 475 - As festas na Polícia Militar compreendem:


a) uma parte recreativa, constituída de provas de hipismo,
atletismo, tiro, esgrima, jogos esportivos e outros de natureza
militar;
b) uma parte ilustrativa, constituída de conferências ou
palestras, em que se relembrem, não só a data comemorada, como
outros fatos notáveis da história nacional ou estadual,
especialmente os que se relacionem com os feitos memoráveis de
nossa história militar.
Parágrafo único - Tais festas poderão comportar ainda:
a) formatura do Corpo, Estabelecimento ou Repartição, ou de
um de seus elementos;
b) reuniões internas de caráter social, às quais poderão
comparecer elementos civis.

Art. 476 - Às comemorações de glórias e feitos militares


devem ter caráter estritamente nacional ou estadual, evitando-se
manifestações que possam ferir suscetibilidades patrióticas de
representantes estrangeiros ou de outros Estados, máximo quando
tais representantes a elas compareçam.

Art. 477 - Nas festas na Polícia Militar devem ser


rigorosamente observados os princípios de sobriedade e
temperatura, evitando-se os exageros sempre nocivos, dispendiosos
e incompatíveis com a conduta policial-militar.
Parágrafo único - Nas festas nos recintos dos quartéis, em
hipótese alguma, é permitido o uso de bebidas alcoólicas.

Art. 478 - Em dias anteriores às datas que devam ser


comemoradas, serão feitas, nas subunidades, dissertações sobre o
fato histórico, de modo a preparar o espírito do policial-militar
para bem compreender o sentido da comemoração.

Art. 479 - O dia Sete de Setembro é consagrado como Dia da


Pátria.
Parágrafo único - As comemorações do Dia da Pátria podem
iniciar-se em dias anteriores, os quais, como aquele, constituem a
Semana da Pátria; compreenderão uma série de solenidades,
inclusive palestras alusivas ao fato histórico da programação de
nossa independência política e ao desenvolvimento do Brasil.

Art. 480 - No dia da Bandeira Nacional, 19 de Novembro, a


comemoração dar-se-á como está prescrito no Regulamento de
Continências, Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas.

Art. 481 - No dia 21 de Abril, data em que se comemora a


morte do mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva
Xavier, o Tiradentes, haverá festividades, na forma prevista em
lei.

Art. 482 - No dia 10 de outubro comemora-se o aniversário da


Polícia Militar. Nesse dia haverá solenidades nos Corpos,
Estabelecimentos e Repartições da Corporação.

Art. 483 - Nas datas em que ocorrer desfile público, a


Polícia Militar far-se-á presente com sua tropa disponível.
CAPÍTULO VII
Das Galerias de Retratos

Art. 484 - No Quartel General da Polícia Militar, será


organizada nos gabinetes respectivos, como homenagem, a galeria de
retratos em que figurarão os ex-comandantes gerais e ex-chefes do
Estado Maior, efetivos.
§ 1º - Haverá, também, no Gabinete do Comando do Corpo ou
Estabelecimento, a galeria de retratos dos ex-titulares daqueles
cargos.
§ 2º - Dos vultos mais notáveis de nossa história, como o do
protomártir de nossa independência, o Tiradentes, e outros que a
lei determinar, serão obrigatoriamente colocados retratos nas
dependências dos Corpos, Estabelecimentos e Repartições.
§ 3º - Faculta-se, ainda, colocar retratos de outros vultos
históricos nas mesmas dependências dos órgãos de que trata o
parágrafo anterior.

Art. 485 - A inauguração de retratos nas diversas galerias


constituirá ato solene e será feito em dias feriados, devendo
constar de boletim para ser transcrito no histórico da
organização.
§ 1º - Na parte inferior do retrto de cada vulto notável ou
autoridade, deverá constar o nome e o feito por que se distinguiu;
se militar ou policial-militar, também o posto.
§ 2º - Os retratos dos ex-Comandantes ou Chefes deverão ser
inaugurados pelos que os sucederem. Para isto, os oficiais
substituídos deixarão com seus substitutos uma fotografia de 24 x
30 cm, descoberto e de frente.

CAPÍTULO VIII
Da Correspondência

Art. 486 - Os papéis da correspondência oficial, que


transitam pela Polícia Militar, são regulados pelas publicações
específicas e abrangem duas classes distintas:
1 - a correspondência sigilosa;
2 - a correspondência ostensiva.

Art. 487 - A correspondência sigilosa é aquela que, por sua


natureza, tem sua divulgação, seu manuseio, classificação,
marcação, incineração, etc., sujeitos às prescrições do
“Regulamento para a Salvaguarda de Assuntos Sigilosos”. Segundo a
categoria do assunto e quanto a extensão do meio em que pode
circular, será classificada pela autoridade competente em:
1 - ultra-secreta;
2 - secreta;
3 - confidencial;
4 - reservada.
Art. 488 - A correspondência ostensiva é a que não está
compreendida nas categorias anteriores e cujo conhecimento ou
divulgação não prejudica os interesses nacionais ou a
administração, não sendo, entretanto, permitida sua publicação
além da imprensa oficial, salvo quando autorizada.

Art. 489 - O trânsito da correspondência, em geral, obedecerá


a ordem hierárquica das autoridades, salvo casos expressamente
declarados nos regulamentos e instruções especiais.
Parágrafo único - Respeitado o princípio acima declarado, a
correspondência ultra-secreta ou secreta transitará, em princípio,
de signatário para destinatário.

Art. 490 - É a seguinte a correspondência oficial sigilosa ou


ostensiva em uso da Polícia Militar:
1 - quanto à forma:
a ) Avisos;
b) Cartas e Cartões;
c) Despachos ou Decisões;
d) Exposições de motivos;
e) Instruções;
f) Memorandos;
g) Memoriais;
h) Notas;
i) Ofícios;
j) Ordens;
l) Portarias;
m) Rádios, telegramas e telefonemas;
n) Relatórios;
o) Remessas ou restituições;
p) Requerimentos.
2) quanto ao conteúdo, além dos enumerados no item 1, existem
mais:
a) Circulares;
b) Consultas;
c) Encaminhamentos;
d) Indicações;
e) Informações;
f) Pareceres;
g) Partes;
h) Propostas;
i) Queixas;
j) Reconsiderações de atos;
l) Representações.
Parágrafo único - Conquanto não constituindo elementos de
correspondência militar, são de uso freqüente na Polícia Militar
mais as seguintes: apostilas, atas, certidões, decretos, editais,
termos, diretrizes, planos, programas, etc.

Art. 491 - Nenhum documento será encaminhado por uma


autoridade:
I - sem que esta o informe convenientemente, de acordo com as
Leis e Regulamentos em vigor, fundamentando francamente sua
opinião, a menos que o documento, por sua natureza, não o
comporta, ou se trate de conduta superior, ou ainda não caiba
parecer ou informação, como no caso de simples remessa ou
restituição;
II - sem estar redigido em termos convenientes e respeitados
os princípios da subordinação hierárquica, bem como as normas
regulamentares;
III - sem que tenham sido diligenciados todos os meios e
recursos para obter os indispensáveis elementos da informação que
o documento requerer.

Art. 492 - A correspondência oficial deve ser clara, precisa


e concisa, redigida em linguagem corrente e tão completa quanto
possível, destacando-se o essencial, sem preâmbulos ou fórmulas de
pura cortesia, o que é dispensável quando deva transitar somente
dentro da Polícia Militar.

CAPÍTULO IX
Das Abreviaturas

Art. As abreviaturas destinam-se à simplificação de palavras


e expressões correntes na linguagem de uso na Polícia Militar.
Parágrafo único - As abreviaturas devem ser empregadas
somente entre policiais-militares. Não serão usadas na
correspondência dirigida às autoridades superiores da Polícia
Militar (Comandante Geral, Chefe do Estado Maior, Diretores de
Diretorias) e das Forças Armadas.

Art. 494 - Só é permitido o emprego de abreviaturas previstas


nos regulamentos ou instruções.

CAPÍTULO X
Das Apresentações

Art. 495 - O policial-militar que se apresentar ou for


apresentado a um superior, além da continência regulamentar, dirá
o seu posto ou graduação, nome e função que exerce.

Art. 496 - Todos os oficiais devem apresentar-se diariamente


a seu Comandante, Chefe ou Diretor, e a outras autoridades de
acordo com as Normas Gerais de Ação da mesma, a fim de
cumprimentá-
los. Em caso de impedimento momentâneo, fá-lo-á tão logo lhes seja
possível, declarando àquelas autoridades os motivos do
retardamento.
Art. 497 - O policial-militar que chegar a uma Unidade,
Contingente ou Destacamento Policial, por motivo de serviço ou
nela for movimentado, fará sua apresentação pessoal, dentro de
quarenta e oito (48) horas, ao Ajudante ou à autoridade mais
elevada da localidade, ou ainda a que tenha dependência funcional
direta; do mesmo modo, e na ordem inversa, procederá quando tenha
de sair da localidade.
§ 1º - Na Capital do Estado, a apresentação se fará ao
Diretor do Pessoal, quando se tratar de oficial ou de Ajudante do
Corpo para esse fim designado, quando se tratar de praças.
§ 2º - Tratando-se de policial-militar do posto ou graduação
mais elevada que o da maior autoridade da localidade, a
apresentação é substituída por uma comunicação. Nesse caso, essa
autoridade, pessoalmente ou por intermédio de representação
apresentar-se-á àquele policial-militar.

Art. 498 - O Comandante de qualquer tropa ou fração de tropa


que passar por uma localidade apresentar-se-á à autoridade
policial-militar mais elevada ali existente, declarando-lhe a
procedência, o destino e a missão, salvo se for secreta ou
confidencial, o que será mencionado.
§ 1º - À autoridade a quem deve ser feita apresentação,
designará dia e hora para a apresentação coletiva dos oficiais da
tropa, se esta permanecer, no mínimo, vinte e quatro (24) horas na
localidade.
§ 2º - Se o comandante da tropa for de posto mais elevado que
o da autoridade da localidade, procederá como no caso do § 2º do
artigo anterior.

Art. 499 - As apresentações deverão ser feitas durante as


horas de trabalho normal; nos casos de urgência, entretanto, podem
realizar-se a qualquer momento.
Parágrafo único - Se, além da razão de urgência, prevalecerem
motivos de entendimento pessoal direto com determinadas
autoridades, pode a apresentação lhe ser feita a qualquer hora do
dia ou da noite e em qualquer lugar.

Art. 500 - Quando houver livro ou ficha própria, a


apresentação será registrada pessoalmente e acrescida do endereço,
inclusive telefone, e procedência.

Art. 501 - Quando o oficial for classificado ou transferido


para outro Corpo sediado em outra cidade, procederá da seguinte
maneira:
1 - ao apresentar-se ao Comandante, Chefe ou Diretor, para
seguir, deverá declarar sua provável chegada à localidade e que se
destina e quais as providências deseja sejam tomadas para a sua
primeira instalação;
II - aquela autoridade deverá, ao receber essa declaração,
transmiti-la, pelo rádio ou pelo modo mais prático e mais rápido,
ao novo Comandante de oficial apresentado;
III - recebida a comunicação, deverá aquela autoridade
designar um oficial, no máximo do mesmo posto daquele, com a
missão de recebê-lo no local da chegada, providenciar, se for o
caso, sobre as acomodações perdidas e prestar-lhe todo o auxílio
decorrente do espírito de camaradagem e de sua atenciosa
solicitude.
Parágrafo único - Tratando-se de praças, serão feitas, as
autoridades da localidade de destino, as comunicações sobre o
embarque, a fim de orientar as providências que se fizerem
necessárias.

Art. 502 - Ao iniciar e terminar qualquer serviço, o


policial-
militar se apresentará à autoridade nomeante e a que estiver
imediatamente subordinado.

Art. 503 - O policial-militar designado para serviço


extraordinário que deve ser desempenhado ao próprio Corpo, se
outra determinação não receber, apresentar-se-á por via
hierárquica, dentro de vinte e quatro (24) horas, a contar do
momento em que tiver conhecimento da designação, ao seu
Comandante, Chefe ou Diretor e à autoridade sob cujas ordens vai
ficar. Deverá proceder, na ordem inversa, uma vez terminado o
serviço.
Parágrafo único - Semelhante situação não exonera do serviço
o policial-militar designado, senão durante o tempo de efetivo
trabalho no serviço extraordinário, salvo ordem expressa em
contrário.

Art. 504 - O policial-militar nominalmente chamado por


autoridade superior à do seu Comandante, Chefe ou Diretor imediato
a que tenha sobre ele jurisdição funcional, a ela apresentar-se-á
imediatamente, e, na primeira oportunidade, participará o fato ao
seu Comandante, Chefe ou Diretor, relatando-lhe, também, a ordem
que recebeu, salvo se for confidencial ou secreta, circunstância
esta que será então declarada.

Art. 505 - Todas as apresentações, exceto as motivadas por


serviço comum, feitas às autoridades que disponham de boletim,
serão publicadas.

Art. 506 - A praça que tiver de falar com o Comandante ou


Subcomandante da Unidade ou do Corpo, deverá achar-se
uniformizada, de acordo com as NGA em vigor.
SEXTA PARTE
Prescrições Diversas

TÍTULO I
Da Chegada e Saída de Tropa

Art. 507 - O Comandante de Corpo, quando informado da próxima


chegada de tropa, que não esteja sob o seu comando, determinará as
necessárias providências para sua conveniente instalação.
Parágrafo único - A tropa chegada só fará serviço depois do
indispensável descanso, a juízo da autoridade competente.
Art. 508 - O Comandante da tropa que ocupar qualquer
aquartelamento de outra Unidade, será responsável pela conservação
do edifício e guarda do material do aquartelamento aí existente.

Art. 509 - Quando um Corpo tenha de se afastar da sede, o


respectivo comandante entregará à autoridade competente, mediante
inventário, os móveis e utensílios que não possa ou não deva
transportar.
§ 1º - No caso de afastamento temporário, o Corpo deixará no
quartel uma tropa comandada por oficial, que ficará responsável
pela guarda e conservação do material e aquartelamento.
§ 2º - As dependências que ficarem fechadas e lacradas só
poderão ser abertas por ordem explícita da autoridade competente,
na presença do oficial encarregado da guarda do quartel e do
portador e executante da ordem, sendo em seguida tomadas as mesmas
providências quanto ao fechamento.

Art. 510 - A tropa que se deva afastar deixará de concorrer


ao serviço atribuído ao Corpo, quatro dias antes de sua partida.

TÍTULO II
Dos Destacamentos

Art. 511 - Denomina-se destacamento, para fins das


disposições deste regulamento, a fração de Corpo estacionada fora
da sede deste.
§ 1º - Os destacamentos podem ser temporários ou permanentes;
aqueles, de duração prefixada, ou não, e estes, de caráter
definitivo.
§ 2º - A autoridade do Comandante do destacamento é
equivalente à de comandante de Corpo em relação aos seus
subordinados, observadas, entretanto, as restrições expressas
neste e em outros regulamentos.
§ 3º - Desde que estacionem na circunscrição de uma
determinada Unidade, ficam os destacamentos subordinados
imediatamente ao Comandante do Corpo, salvo determinação contrária
e expressa da autoridade competente, e respeitadas, em qualquer
caso, as restrições aqui estabelecidas.
Art. 512 - Os destacamentos de efetivo equivalente ou
superior ao de uma subunidade terão serviços próprios organizados
com pessoal do Corpo, que ficará considerada adido ao elemento
destacado.
§ 1º - Quando o efetivo for inferior ao uma subunidade, serão
as necessidades do destacamento atendidas com os recursos de que
estiver provido e por iniciativa do próprio comandante, na falta
de instruções particulares.
§ 2º - Em qualquer dos casos, desde que haja facilidade de
transporte diário, os destacamentos poderão ser providos pelo
Corpo, dispensando-se, neste caso, a organização dos serviços
próprios.
§ 3º - Os destacamentos permanentes terão os serviços
organizados em caráter definitivo, sendo, porém, os provimentos de
armamento, fardamento e munições feitos sempre pelo Corpo.
§ 4º - Em qualquer situação, a tropa destacada fica
subordinada ao comandante do Corpo, para efeito de instrução.

Art. 513 - Ao ser constituído um destacamento, o comando do


Corpo deverá fornecer-lhe os recursos em dinheiro ou em espécie,
necessários aos seus suprimentos, até que pela autoridade
competente seja regularizada a situação do destacamento quanto ao
aprovisionamento.

TÍTULO III
Dos Círculos

Art. 514 - Círculo, para os efeitos deste Regulamento, é o


âmbito de convivência íntima entre o pessoal da Polícia Militar de
uma mesma categoria.

Art. 515 - Os Círculos caracterizam-se pela hierarquia e tem


por finalidade o desenvolvimento do espírito de camaradagem entre
os seus pares, num ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do
respeito aos princípios disciplinares.

Art. 516 - Os Círculos na Polícia Militar são os seguintes:


I - De oficiais superiores;
II - de capitães;
III - de oficiais subalternos e aspirantes a oficial;
IV - de alunos da Escola de Formação de Oficiais;
V - de subtenentes e sargentos;
VI - de cabos e policiais.

Art. 517 - Embora seja de interesse para a Polícia Militar


que todos os seus componentes se mantenham física, moral e
intelectualmente capazes, pelo cultivo dos jogos esportivos mais
aconselháveis e pela boa apresentação nos meios sociais, é, no
entanto, inconveniente a sua prática em promiscuidade, pelos
sérios prejuízos que traz a disciplina e a compostura a manter em
qualquer situação.

Art. 518 - Em princípio os jogos esportivos e as competições


serão realizadas entre policiais-militares do mesmo círculo.
§ 1º - Não será permitida a oficiais e praças a prática, em
comum, de qualquer competição oficial de âmbito policial-militar,
bem como a participação em competições da mesma natureza.
§ 2º - Nos trabalhos eqüestres deverão ser igualmente
observadas as disposições do presente artigo.

TÍTULO IV
Das Férias

Art. 519 - Férias são dispensas totais de serviço, concedidas


a oficiais e praças, nas condições estabelecidas na legislação
própria.
Parágrafo único - As férias são concedidas anualmente e por
decênio de serviço.

CAPÍTULO I
Das Férias Anuais

Art. 520 - Os policiais-militares têm direito a gozar, por


ano, as férias que forem estabelecidas pela legislação própria.

Art. 521 - São autoridades para conceder férias anuais:


I - O Comandante Geral, aos oficiais de seu gabinete e aos
Comandantes de Corpos, Estabelecimentos ou Repartições;
II - Os Comandantes de Corpos, Estabelecimentos e
Repartições, aos seus oficiais e praças.

Art. 522 - O gozo de férias obedecerá as seguintes


prescrições:
I - O Comandante do Corpo organizará um plano de férias
anuais, tendo em vista o interesse do serviço e obrigatoriamente
sua concessão a todos que a ela tenham direito;
II - O oficial ou praça só não gozará anualmente o período de
férias quando ocorrer absoluta necessidade do serviço, caso em que
poderá acumular até dois períodos consecutivos a que tenha feito
jus;
III - O período de férias anuais poderá ser gozado onde
interessar ao policial-militar, dentro do pais, mediante permissão
do respectivo Comandante do Corpo, Estabelecimento ou Repartição,
e, no exterior, mediante autorização do Governador do Estado;
IV - O policial-militar em férias anuais não perderá direito
aos vencimentos e vantagens que esteja percebendo ao inicia-las,
salvo se durante o seu afastamento cessar a situação que deu
margem à mesma percepção.
V - O boletim interno publicará a concessão de férias ao
subordinado, declarando ainda a data em que o mesmo deverá
apresentar-se ao Corpo, Estabelecimento ou repartição, pronto para
o serviço.
VI - As férias não serão interrompidas por motivo de
transferência, designação, nomeação ou classificação, sendo que o
desligamento se fará quando da sua apresentação por conclusão de
férias.
VII - Durante o trânsito ou após a sua conclusão, não poderão
ser concedidas férias, devendo o policial-militar movimentado, ao
apresentar-se em seu destino, entrar no plano de férias da
respectiva organização policial-militar.
VIII - Somente o Comandante Geral ou autoridade com
atribuições para movimentar policiais-militares, em casos
especiais e consideradas devidamente as necessidades da
organização policial-militar de destino, poderá conceder férias ao
policial-militar movimentado, se o mesmo estiver contemplado, na
época precisa da movimentação, no plano de férias da organização a
que pertencia antes de ser movimentado.
IX - As férias subordinam-se às exigências do serviço,
devendo, para isso, o plano de férias ser estabelecido visando a
não apresentar solução de continuidade à administração, bem como a
não perturbar a execução do serviço e programas de instrução; os
oficiais e praças deverão iniciá-las, no máximo, antes do término
do ano seguinte ao que fizeram jus.

Art. 523 - As férias escolares serão concedidas de


conformidade com o regulamento dos órgãos de ensino da Polícia
Militar, não podendo o policial-militar gozá-las no mesmo
exercício com as anuais, exceto se não atingirem o limite
estabelecido em legislação própria, caso em que terão direito à
diferença de dias entre um e outra.

CAPÍTULO II
Das Férias-Prêmio

Art. 524 - A concessão de férias-prêmio obedecerá às


seguintes prescrições:
I - a petição será dirigida ao Comandante do Corpo,
Estabelecimento ou Repartição, pelos tramites regulamentares;
II - o órgão competente do Corpo, Estabelecimento ou
repartição procederá à contagem do tempo de serviço do requerente,
de acordo com as normas estabelecidas no Estatuto da Polícia
Militar;
III - deferido o requerimento, o policial-militar só entrará
em gozo das férias-prêmio de conformidade com a escala
estabelecida pelo órgão competente, a qual poderá ser alterada por
conveniência do serviço;
IV - o deferimento ou a permissão para o gozo de férias-
prêmio somente será concedido às praças que estejam, pelo menos,
no bom comportamento.
TÍTULO V
Do Serviço de Saúde

Art. 525 - O Serviço de Saúde nos Corpos de Tropa é


assegurado pela Seção de Saúde constituída pelo pessoal, material
e dependências necessárias à execução do serviço.

Art. 526 - O funcionamento do serviço será regido por


regulamento do Serviço de Saúde e por este regulamentado.

Art. 527 - A enfermaria instalada no Corpo, nos moldes e com


os fins prescritos em regulamento próprio, é o órgão essencial da
Seção de Saúde; é dirigida pelo Chefe da Seção, que fiscaliza tudo
que se referir ao seu funcionamento, guarda e higiene.

CAPÍTULO I
Do Pessoal de Execução

Art. 528 - O pessoal da Seção de Saúde é constituído segundo


os tipos previstos em regulamento próprio, não podendo ser
empenhado em trabalhos estranhos à especialidade, exceto nos casos
expressamente determinados neste regulamento.
§ 1° - O pessoal da Seção de Saúde, no que se refere à
instrução, serviços técnicos, e disciplina, durante o serviço,
fica sob a autoridade do Chefe da Seção; no que se referir à
administração e disciplina gerais fica sob a do Comandante da
Subunidade a que pertencer.
§ 2° - A instrução peculiar do pessoal da Seção de Saúde será
ministrada sob a direção do médico-chefe, ficando a instrução não
especializada a cargo da Subunidade a que pertencer, de acordo com
o programa de instrução do Corpo.

CAPÍTULO II
Das Revistas Sanitárias

Art. 529 - O Chefe da Seção de Saúde efetua, em dias marcados


pelo Comandante, revistas gerais de saúde em todas as praças do
Corpo de sorte que cada homem seja convenientemente examinado e
pesado de três em três meses, sendo devidamente registrados os
respectivos resultados.
Parágrafo único - No caso de pessoal destacado, o médico
deverá percorrer os destacamentos, a fim de cumprir o estabelecido
neste artigo, segundo programa previamente aprovado.

Art. 530 - A vista médica é uma revista passada diariamente


pelo médico, à hora designada no horário do Corpo, de preferência
em uma dependência especial da Seção de Saúde, às praças que à
mesma devam comparecer por motivo de doença ou ordem superior.
Parágrafo único - Excepcionalmente, quando o estado dos
doentes não permitir o seu comparecimento à Seção de Saúde, a
visita médica poderá ser feita nos alojamentos ou residências dos
doentes.

Art. 531 - A visita médica obedecerá às seguintes


disposições:
I - toda praça que se sentir adoentado, não podendo fazer o
serviço ou instrução participará à autoridade de que dependa
diretamente, a fim de comparecer à visita médica;
II - no horário de visita médica, os doentes devem
apresentar-
se à Seção de Saúde;
III - o médico examinará individualmente as praças
apresentadas, consignando em livro de visita médica o seu parecer
relativo a cada homem, e assinalando as prescrições médicas, a
situação em que permanecerá o doente, a indicação do lugar de
tratamento e todas as demais informações de interesse para o
comando; lançará na papeleta médica, também, as prescrições
médicas;
IV - as papeletas médicas serão levadas diariamente ao
subcomandante, a fim de que esta autoridade se inteire das
ocorrências havidas e ordene as providências necessárias sobre as
prescrições e indicações do médico;
V - as alterações resultantes da visita médica que devam
constar do boletim do Corpo serão apresentadas pelo médico, sob a
forma de proposta.

Art. 532 - As providências que cabem aos médicos indicar,


relativamente aos doentes em conseqüência das observações feitas
durante a visita, consistem em:
I - dispensa do uso de peças de fardamento ou equipamento,
por prazo determinado;
II - dispensa do serviço ou instrução, total ou parcial, até
72 (setenta e duas) horas, para os casos de indisposições
ligeiras;
III - baixa ao hospital ou enfermaria - para todos os
doentes, graves ou que necessitem de cuidados assíduos ou
especializados;
IV - baixa ao hospital para todos os doentes contagiosos;
V - encaminhamento à junta de saúde ou aos serviços médicos
especializados;
VI - quando na Unidade existirem 2 ou mais médicos, formar-
se-
á uma Junta que poderá prescrever até 5 dias de licença,
prorrogável uma vez por igual período.
§ 1° - A convalescença, a critério do comandante do Corpo e
mediante parecer do médico, poderá ser gozada no interior do
quartel ou na residência particular do interessado.
§ 2° - Nos documentos de baixa ao hospital, deverão constar
todos os esclarecimentos que possam elucidar o diagnóstico e
orientar o tratamento, além das indicações dos antecedentes do
doente e de outras informações necessárias.
§ 3° - Aos oficiais e praças, quando for de interesse
pessoal, é permitida a baixa a hospitais particulares desde que
referendada pelo médico da Unidade e autorizada pelo comandante da
Unidade.

Art. 533 - Comparecerão obrigatoriamente à visita médica as


praças:
I - que alegarem ou manifestarem doença;
II - que, por qualquer motivo, tiverem permanecido afastadas
do quartel por mais de quatro dias;
III - que se apresentarem à Unidade, por transferência,
conclusão de licença ou outro qualquer motivo;
IV - que forem candidatas a cursos;
V - que, para aquele fim receberem ordem de autoridades
competentes.

CAPÍTULO III
Dos Preceitos de Medicina Preventiva

Art. 534 - Os diferentes preceitos de higiene em geral e de


profilaxia das doenças ou afecções transmissíveis ou evitáveis
serão observados pelos médicos do Corpo, com o fim de preservar a
saúde dos homens e instruí-los nesse sentido.
§ 1° - Além das medidas de que trata o presente artigo, devem
ser especialmente consideradas as disposições relativas à
profilaxia das moléstias venéreas.
§ 2° - Os oficiais e praças são obrigados a se submeterem às
vacinações preventivas contra moléstias contagiosas, bem como a
exames radiográficos determinados para o Corpo.

Art. 535 - Contra as moléstias venéreas, será desenvolvida


pelos médicos rigorosa campanha, como auxílio moral e material
prestado pelo comando do Corpo.

Art. 536 - As instruções em vigor para a profilaxia


antivenérea serão executadas cuidadosamente, observando-se mais as
seguintes disposições:
I - o médico-chefe, ou um médico auxiliar, fará uma vez por
mês, em hora e dia designados pelo comandante do Corpo,
conferencias de cunho eminentemente prático sobre profilaxia das
moléstias venéreas;
II - os médicos devem ser secundados, na propaganda contra as
moléstias venéreas, por todos os oficiais e pelas praças
suficientemente esclarecidas nesse sentido;
III - todas as praças serão instruídas no sentido de
comparecer sempre à Seção de Saúde, ao menor vestígio de doença
venérea;
IV - o médico-chefe enviará ao subcomandante os nomes das
praças portadoras de moléstias venéreas;
V - em registro especial serão inscritas todas as praças
atacadas de sífilis, sobre as quais serão exercidas fiscalizações
contínuas, de modo a compeli-las ao necessário tratamento pelo
prazo conveniente e eficaz.

CAPÍTULO IV
Da Assistência Médica

Art. 537 - O chefe e demais médicos da Seção de Saúde prestam


assistência a todo pessoal do Corpo e às pessoas de sua família
que, por lei, tenham direito àquela assistência, sem prejuízo do
serviço da caserna.
§ 1° - A assistência de que trata o presente artigo é
prestada em dependência da Seção de Saúde, de acordo com o horário
proposto pelo médico chefe e aprovado pelo comando.
§ 2° - A assistência em domicílio será prestada quando o
estado de saúde do doente não permitir o seu comparecimento à
Seção de Saúde.

CAPÍTULO V
Do Serviço Interno

Art. 538 - O serviço interno diário de saúde compreende:


I - a assistência ininterrupta aos doentes e, se for o caso,
à guarda enfermaria;
II - os primeiros socorros médicos de urgência;
III - a assistência, por meio de consultas e curativos, ao
pessoal do Corpo e pessoas de sua família, em dependências da
Seção de Saúde ou em domicílio;
IV - a vigilância sanitária contínua do quartel e do pessoal.
§ 1º - O serviço ordinário é executado por todo o pessoal da
Seção de Saúde, de acordo com a distribuição feita pelo respectivo
chefe, e por serviço de escala, destinado a atender às
necessidades extraordinárias fora do período de expediente.
§ 2° - O pessoal escalado para o serviço diário não fica
isento das obrigações do serviço ordinário que lhe competir.
§ 3° - Em certas circunstâncias, a critério do comandante do
Corpo, poderá ser escalado um médico para o serviço de dia à Seção
de Saúde.
§ 4° - O pessoal de serviço obedecerá, quanto às normas
gerais, às disposições estabelecidas para o serviço interno diário
do Corpo, no que lhe for aplicável.

Art. 539 - Ao médico de serviço compete, além das atribuições


normais que lhe forem dadas pelo médico-chefe, o seguinte:
I - permanecer no quartel, depois de encerrado o expediente
do Corpo, sempre que o serviço exigir, ou por motivo de força
maior, a juízo do comandante;
II - prestar os socorros médicos de urgência ao pessoal do
Corpo;
III - atender aos casos urgentes, fora das horas do
expediente;
IV - providenciar sobre a assistência indispensável exigida
pelos doentes em estado grave, seja no quartel, seja durante o seu
transporte para o hospital;
V - verificar as dietas destinadas aos doentes antes de sua
distribuição;
VI - percorrer as dependências da Seção de Saúde e,
especialmente, se houver, as enfermarias, verificando o estado de
asseio e ordem, assim como a conduta do pessoal de serviço na
Seção;
VII - fiscalizar a aplicação dos medicamentos e curativos,
pelos enfermeiros, orientando-os, sempre que necessário, nesse
mister;
VIII - baixar à enfermaria ou hospital as praças que
adoecerem depois da visita médica;
IX - passar pelo menos uma revista à noite, na enfermaria,
quando houver doentes graves;
X - transmitir, em parte, ao sub-comandante, por intermédio
do médico-chefe, as ocorrências verificadas durante o serviço.
§ 1° - A escala do médico de dia será organizada pelo
subcomandante e a ela concorrerão todos os médicos do Corpo,
inclusive o médico-chefe.
§ 2° - O nome, residência, telefone e todos os informes
necessários sobre o médico de serviço, deverão figurar na
enfermaria, em lugar bem visível.

Art. 540 - Diariamente são escalados, para o serviço da Seção


de Saúde, o número de auxiliares destinados ao auxílio dos
trabalhos de assistência aos doentes, condução dos que não possam
se locomover, limpeza das dependências da Seção e serviços de
ronda e vigilância noturna da mesma.

Art. 541 - O serviço de assistência externa é organizado e


escalado pelo médico-chefe, que fornecerá o material necessário,
tudo mediante aprovação do comandante do Corpo.
Parágrafo único - Nos exercícios que, por sua natureza ou
devido as condições climáticas aumentem as probalidades de
acidentes, o médico-chefe, de acordo com as ordens do comandante
do Corpo, estabelecerá um serviço especial de assistência, para o
socorro imediato e indispensável.

CAPÍTULO VI
Do Serviço de Saúde - Chefia

Art. 542 - Nas localidades onde houver um comando organizado,


a chefia do respectivo serviço de saúde caberá a um oficial médico
designado para o exercício dessa função. Nas demais localidades,
esta será exercida pelo oficial médico de maior posto ou mais
antigo, em efetivo serviço na mesma.
CAPÍTULO VII
Do Serviço Médico de Dia

Art. 543 - Na Capital e nas localidades em que se torne


necessária e seja possível a organização de uma escala com cinco
médicos, no mínimo, será estabelecido o serviço médico de dia, que
se regerá pelas disposições seguintes:
I - será escalado diariamente pela autoridade competente um
médico de dia;
II - haverá um posto médico, instalado no Hospital, se
houver, ou em outro local apropriado, de fácil acesso;
III - o posto médico é a sede do serviço médico de dia onde
permanecerá;
IV - o posto médico deverá compreender: dependências para
consultas, sala de pequenas intervenções cirúrgicas e curativos,
vestiário, dormitórios para o médico e enfermeiros, instalações
sanitárias, etc;
V - o pessoal auxiliar do posto é constituído por enfermeiros
auxiliares, escalados diária ou semanalmente, como o determinar a
autoridade para isso competente;
VI - o Serviço do posto corresponde ao de assistência de
urgência e pronto socorro ao pessoal da Polícia Militar e seus
dependentes;
VII - o pronto socorro em residência só será prestado em
casos de acidentes ou moléstias graves;
VIII - sem prejuízo do serviço de pronto socorro, haverá, no
posto o de consultas externas dadas pelo médico de dia;
IX - o médico baixará, extraordinariamente, ao hospital,
aqueles que procurarem o posto e que, pelo seu estado de saúde,
não possam dirigir-se ao seu Corpo, Estabelecimento ou Repartição,
comunicando imediatamente a estes, a baixa;
X - os policiais-militares em trânsito que necessitarem
baixar, deverão fazê-lo pelo posto médico;
XI - o médico de dia é responsável por todo o material
existente no posto, durante o seu serviço;
XII - quando houver ocorrência extraordinária, de caráter
técnico ou disciplinar, o médico de dia dará ciência a autoridade
competente;
XIII - no posto haverá um livro de partes onde serão
consignadas, pelo médico de dia, todas as ocorrências que se
verificarem durante o serviço assinalando, especialmente, quando
se tratar de pronto socorro, os nomes das pessoas assistidas a
natureza do socorro, assim como todo o material consumido;
XIV - deverá o médico de dia permanecer no posto durante todo
o serviço dele afastando só para atender a casos urgentes;
XV - ao ser substituído, o médico de dia fará entrega ao seu
substituto, do material em carga no posto, assim como deverá
transmitir-lhe todas as ordens em vigor.

TÍTULO VI
Partes de doente, tratamento de saúde e incapacidade física
CAPÍTULO I
Das Partes de Doente

SEÇÃO I
Dos Oficiais

Art. 544 - O oficial ou aspirante a oficial que adoecer e não


preferir baixar ao hospital, deverá participar, por escrito à
autoridade a que estiver diretamente subordinado achar-se
impossibilitado de continuar em serviço.
Parágrafo único - Recebida a parte de doente, a autoridade
competente providenciará para que seja o interessado examinado
pelo médico do Corpo, Estabelecimento ou Repartição que deverá
informar sobre o seu estado e duração provável de impedimento;
este exame será dispensado se a parte de doente for acompanhada de
atestado de médico da Corporação.

Art. 545 - Não se apresentando o oficial pronto para o


serviço até três dias depois da entrega da parte de doente ou
imediatamente após esta, se a informação do médico opinar por
simulação, será submetido a inspeção de saúde.
Parágrafo único - Somente nos casos de impossibilidade de
locomoção de prejuízo para a saúde do doente ou de perigo para a
saúde pública, pode a inspeção ser realizada na residência do
oficial.

Art. 546 - Publicado em boletim o resultado da inspeção de


saúde e arbitrado o prazo para o tratamento será o oficial
considerado com licença para esse fim, a contar da data da parte
de doente de acordo com as normas e leis que regulam o assunto.
Parágrafo único - No caso de não ser reconhecida a moléstia,
o oficial ficará sujeito às sanções que se impuserem.

Art. 547 - Se a junta médica declarar a necessidade do


afastamento do doente de território da localidade, este
participará o lugar em que pretende tratar-se ao seu comandante,
chefe ou diretor, o qual permitirá a partida do oficial, se houver
urgência, publicando em boletim o seu ato.

Art. 548 - O Comandante, Chefe ou Diretor do Corpo,


Estabelecimento ou Repartição colocará em observação o oficial que
der parte de doente depois de escalado para o serviço, declarando
esta circunstância. Idêntica providência será tomada em relação ao
oficial que solicitar licença para tratamento de saúde, após
movimentado.
SEÇÃO II
Das Praças

Art. 549 - A praça que adoecer participará à autoridade de


que dependa diretamente, a fim de comparecer à visita médica.
§ 1° - Quando o estado do doente não permitir o
comparecimento a Seção de Saúde, a visita médica poderá ser feita
na respectiva residência.
§ 2° - O comandante, chefe ou diretor de Corpo,
Estabelecimento ou Repartição colocará em observação a praça que
alegar doença, quando escalada para o serviço, declarando esta
circunstância. Idêntica providência será tomada em relação a praça
que solicitar tratamento de saúde após movimentada.
§ 3° - As providências que cabem aos médicos indicar
relativamente aos doentes em conseqüência das observações feitas
durante a visita, são as constantes do art. 532 deste Regulamento.

CAPÍTULO II
Do Tratamento de Saúde

Art. 550 - Os direitos do pessoal da Polícia Militar para


tratamento da própria saúde ou de pessoa da família são regulados
de acordo com as normas estabelecidas em legislação especial.

Art. 551 - A licença para tratamento da própria saúde é


concedida a pedido ou “ex-officio”, sendo em ambos os casos
indispensável a inspeção de saúde pela junta de saúde, a qual
indicará em ata o prazo da referida licença.
§ 1° - A licença terá início na data em que for julgado
doente pela junta militar de saúde; se, porém tiver dado antes
parte de doente e houver sido, por isso, afastado do serviço, o
início da licença será da data da parte, caso a junta o considere
doente.
§ 2° - o oficial poderá gozar a licença onde lhe convenha,
ficando, entretanto, obrigado a participar, por escrito, o seu
endereço à autoridade a que estiver aubordinado.
§ 3° - As praças podem gozar a licença fora da sede do Corpo,
Estabelecimento ou Repartição, com permissão da autoridade
competente.
§ 4° - Findo o prazo da licença, ou, no caso de pedido de
prorrogação, o policial-militar é submetido a nova inspeção por
junta militar de saúde, de cuja ata deverá constar se o mesmo está
apto para o serviço, se necessita de prorrogação e por que prazo,
ou se está incapacitado definitivamente.
§ 5° - Quando em gozo de licença, a praça ou oficial deve, no
caso de desejar prorrogação da mesma, fazer a devida participação,
antes de findo o prazo da licença, ao seu comandante, chefe ou
diretor.
§ 6° - A autoridade competente para conceder a licença poderá
também mandar cassá-la, mediante inspeção de saúde, desde que
verifique não persistir a causa que a houver motivado.
§ 7° - Finda a licença, nesta compreendida a prorrogação, o
oficial ou a praça deverá apresentar-se ao seu Corpo, no dia
seguinte ao término do prazo arbitrado sendo submetido a nova
inspeção de saúde; quando a licença, porém terminar em virtude de
cassação, terá o prazo de 48 horas para apresentar-se, se residir
no local onde a deve fazer; caso contrário, a autoridade que
cassou a licença arbitrará o prazo necessário.
§ 8° - O oficial ou praça poderá desistir da licença
concedida ou desistir da licença em cujo gozo se acha, sendo que a
autoridade que a conceder só deverá aceitar a desistência após
passar por inspeção de saúde e julgado apto para o serviço ativo.
§ 9° - A concessão, a desistência, o término ou cassação da
licença, serão publicados em boletim interno do Corpo.

CAPÍTULO III
Da Incapacidade Física

Art. 552 - Deverá ser reformado ou excluído na forma da


legislação em vigor o oficial ou praça julgado inválido ou
fisicamente incapaz para o serviço ativo.

Art. 553 - Toda praça em tratamento no hospital militar,


julgada incapaz por sofrer de moléstia contagiosa, não poderá ter
alta desse estabelecimento para ser mandada apresentar-se à sua
Unidade.
§ 1° - Naquela situação só poderá ser concedida alta se o
caso estiver previsto como de possível tratamento domiciliar,
procedendo-se de comum acordo com as normas e regulamentos
vigentes.
§ 2° - Quando a praça julgada incapaz naquela situação, não
estiver baixada, será mandada apresentar-se à autoridade sanitária
competente, para o respectivo destino, sem prejuízo das demais
providências de ordem legal.

Art. 554 - Serão mantidas adidas às respectivas organizações


policiais-militares as praças que, julgadas inválidas ou
fisicamente incapazes definitivamente para o serviço ativo,
aguardem reforma, quando amparadas nas disposições em vigor.

TÍTULO VII
Do Trânsito e Instalação

Art. 555 - Os oficiais que tenham de afastar-se em caráter


definitivo, da localidade em que servem, por motivo de
transferência, classificação, adição ou comissão de caráter
permanente, terão direito a períodos de trânsito e instalações
fixadas em legislação própria.
§ 1º - O período de trânsito e instalação é contado desde a
data do desligamento de sua Unidade até sua apresentação no
destino.
§ 2° - Em casos especiais, a juízo do comandante, esses
períodos poderão ser ampliados ou reduzidos.
§ 3° - Quando movimentada no interesse da disciplina, o
período de trânsito será contado após o cumprimento da punição,
caso em que os períodos ficarão reduzidos à metade.

Art. 556 - O oficial ou a praça que, em trânsito, ficar de


passagem em uma localidade sede, alegando doença, deverá dar parte
de doente sendo baixado ao hospital ou enfermaria, por ordem do
comandante, com declaração daquela circunstância.
§ 1° - Logo que tenha alta e for julgado em condições de
viajar seguirá o destino, na primeira oportunidade.
§ 2° - Se desde logo verificar-se que está em condições de
prosseguir viagem, deverá a baixa ser tornada em efeito, e seguirá
imediatamente ao seu destino, sem prejuízo das providências de
caráter disciplinar, se for o caso.
§ 3° - De modo idêntico proceder-se-á com o policial-militar
que, achando-se em uma outra localidade-sede, receba ordem de
recolher-se à sua e declare-se impossibilitado de seguir, por
motivo de doença.

Art. 557 - Nos navios, aviões, trens ou ônibus, em que


viajarem praças isoladas, o oficial ou praça de maior posto ou
graduação que nele se achar deverá zelar pela disciplina e pelo
decoro que deve ser observado por todos os policiais-militares.
Parágrafo único - Os policiais-militares que viajarem
isolados tem o dever de se apresentar, logo que possível, ao de
maior posto ou graduação que estiver presente.

TÍTULO VIII
Das Dependências Diversas

CAPÍTULO I
Da Sala de Recepção

Art. 558 - Em cada Corpo deverá haver uma sala especialmente


mobiliada, destinada a recepção de autoridades e visitas, podendo
nela ser instalados retratos dos grandes vultos da nossa história.

Art. 559 - A sala de recepção fica sob a responsabilidade do


chefe de Relações Públicas.

CAPÍTULO II
Da Sala de Operações e da Sala de Instrução

Art. 560 - Os Corpos disporão de uma sala de operações, que é


o local de onde se estabelece orientação e controle das operações
policiais de responsabilidade do Corpo e se acompanha o quadro da
situação e o desenvolvimento das ações.

Art. 561 - Haverá também a sala de instrução,


convenientemente aparelhada, destinada às instruções internas dos
quadros, às organizações da instrução do Corpo e à realização de
conferências.

Art. 562 - A Sala de Operações e a Sala de Instrução ficam


sob a responsabilidade do S/3 e nelas serão instalados e mantidos
em dia o arquivo, mapas, etc., necessários aos seus fins.

CAPÍTULO III
Do Cassino

Art. 563 - Poderá haver no Corpo um cassino de oficiais com


as seguintes instalações: sala de leitura e jogos de salão,
dormitório e vestiários.
Parágrafo único - O cassino será utilizado nos momentos de
absoluta folga ou para os dias em que devam os oficiais permanecer
à disposição no Corpo, aguardando ordens.

SEÇÃO I
Da Sala de Leituras e Jogos

Art. 564 - Destinada à leitura de revistas, jornais e outras


publicações, bem como a prática de jogos de salão (bilhar,
“snoocker”, damas, dominó, gamão, xadrez e ping-pong).

Art. 565 - Só é permitida a permanência de oficiais em trajes


civis, nas instalações do cassino, fora das horas do expediente do
Corpo.

Art. 566 - O horário de funcionamento da sala de leitura e


jogos será estabelecido pelo Comandante do Corpo, de modo que não
venha prejudicar a disciplina e a marcha normal do expediente, da
instrução e dos serviços.

SEÇÃO II
Dos Dormitórios e Vestiários

Art. 567 - De acordo com as disponibilidades do quartel,


poderá ser permitida a residência de oficiais em dependências
internas apropriadas.
§ 1° - Os oficiais que residirem em cômodos do quartel são
responsáveis pela ordem e asseio do respectivo dormitório e pela
conservação dos móveis e utensílios da carga do Corpo ali
existentes.
§ 2° - Nos dormitórios de oficiais não será permitida a
presença de civis.

Art. 568 - As condições de ocupação dos cômodos, assim como a


indenização de despesas extraordinárias decorrentes, serão
reguladas em instruções particulares do comandante do Corpo.

Art. 569 - Haverá ainda nas Unidades um vestiário para


oficiais, tendo anexos lavatórios, banheiros e instalações
sanitárias.

Art. 570 - No Corpo de Tropa poderá haver cassinos dos


subtenentes e sargentos, cabos e policiais, que serão mantidos
pelo Corpo e poderão constar de sala de leitura e jogos de salão.
§ 1° - A direção, manutenção da disciplina e responsabilidade
da carga desses cassinos serão do chefe de Relações Públicas, que
deverá ter como auxiliar um subtenente designado pelo comandante
do Corpo.
§ 2° - Como nas demais dependências da unidade, é proibido às
praças o uso de trajes civis.

TÍTULO IX
Da Biblioteca

Art. 571 - Cada unidade deverá possuir e manter, com os


recursos de própria economia uma biblioteca constituída de obras
de cultura geral, assuntos policiais-militares, história e
geografia do Brasil, especialmente, e assinaturas de revistas
especializadas e jornais. Poderá dispor de galerias de retratos de
que trata este Regulamento.
Parágrafo único - A biblioteca deverá também facilitar a
aquisição de livros de instrução, especialmente manuais e
regulamentos incumbindo-se de encomendas, mediante adiantamentos
do comandante do Corpo, para indenização pelos interessados.

Art. 572 - O funcionamento da biblioteca obedecerá as


seguintes disposições:
I - o chefe de relações públicas do Corpo desempenhará as
funções de bibliotecário, sendo o responsável pela ordem na
biblioteca, pelo material e sua conservação;
II - o bibliotecário terá tantos auxiliares, por ele
indicados e designados pelo comandante do Corpo, quantos
necessários, os quais ali exercerão tarefa sem prejuízo dos
serviços;
III - a biblioteca poderá dispor, em dependências separadas,
de salas de leitura para oficiais, para subtenentes e sargentos e
para cabos e policiais;
IV - o franqueamento da biblioteca, bem como a utilização de
livros, obedecerá ao horário e às regras fixados pelo comandante
do Corpo;
V - a escrituração de biblioteca constará, essencialmente, de
um mapa do material e livros, mencionados quantitativamente, um
catálogo das obras, com os respectivos preços, um livro de entrada
e saída, e um livro de receita e despesa;
VI - os livros não considerados raros poderão ser retirados
da biblioteca por oficiais ou praças, mediante recibo e por prazo
limitado, nunca maior de quinze dias; os interessados ficarão
responsáveis pelos mesmos e por sua conservação;
VII - decorrido o período constante do número anterior, o
bibliotecário solicitará aos interessados a devolução dos livros;
se não forem entregues dentro do prazo de 8 dias, no máximo, a
contar da terminação do prazo regulamentar, são considerados
extraviados pelos seus detentores, que os indenizarão pelos meios
regulamentares, sem prejuízo das medidas disciplinares cabíveis;
VIII - quaisquer prejuízos causados a biblioteca serão
indenizados pelos responsáveis, nas mesmas condições do item
anterior;
IX - cada biblioteca obedecerá as instruções próprias,
aprovadas pelo comandante do Corpo; suas disposições não poderão
colidir com as do presente Título.

TÍTULO X
Da Barbearia e da Cantina

Art. 573 - O comandante do Corpo poderá permitir, no


respectivo quartel o funcionamento de barbearia e cantina,
exclusivamente destinadas a estes misteres.
Parágrafo único - As despesas do pessoal em qualquer delas
serão feitas à vista, ou mediante autorização dos respectivos
comandantes de subunidades, para desconto mensal.

Art. 574 - As organizações acima serão instaladas por ajuste


e mediante concorrência com pessoas físicas ou jurídicas.
Parágrafo único - Em caráter excepcional, a Unidade poderá
manter a barbearia com seu próprio pessoal, dependendo isso de
prévia autorização do Comandante Geral, que decidirá a vista de
justificativa da impossibilidade absoluta de ajuste com pessoal
civil.
Art. 575 - O concorrente deve ser reservista, de comprovada
idoneidade física e moral e de boa conduta, atestada pela polícia
civil, e, se pessoa jurídica, legalmente estabelecida.
Parágrafo único - No ajuste firmado, figurarão,
obrigatoriamente, entre outras, as seguintes cláusulas, a que se
obrigará o concorrente:
I - ficar, juntamente com os seus auxiliares, sob a ação dos
preceitos regulamentares, no que concerne às normas de serviço,
moralidade e higiene do Corpo;
II - permanecer à testa do serviço durante as horas do
funcionamento, dentro do horário fixado;
III - assumir os encargos de todas as despesas feitas com
instalação, consumo de luz e outras eventuais de seu interesse
exclusivo e responder pelo asseio e ordem nas dependências
ocupadas;
IV - sujeitar-se a um desconto mensal, de no mínimo 5%, sobre
o total das despesas feitas pelos oficiais e praças.

Art. 576 - Os ajustes estabelecerão muitas obrigatórias para


os casos de infração de suas cláusulas e terão a duração máxima de
2 anos, podendo ser rescindidos:
I - por falta de idoneidade pessoal do ajustante, verificada
ulteriormente e comprovada em sindicância regular;
II - por falta de cumprimento do ajustado, verificada depois
da terceira infração punida com multa e publicada em boletim;
III - por acordo entre as partes mediante aviso prévio de
trinta (30) dias no mínimo;
IV - por mudança de sede ou afastamento prolongado da
unidade.

Art. 577 - O ajustante poderá ter tantos auxiliares quantos


necessários ao serviço; para aceitação dos mesmos, será dado
conhecimento ao comandante do Corpo e serão exigidas as mesmas
condições de idoneidade, conduta e situação militar, estabelecidas
para o concorrente.

TÍTULO XI
Qualificação, recrutamento e acesso das praças

Art. 578 - As praças são grupadas por qualificações


policiais-
militares. Tais qualificações são atribuídas de acordo com a
capacidade adquirida nos cursos de formação, aperfeiçoamento ou
especialização, e nas instruções ministradas na Polícia Militar ou
com a que for demonstrada em provas de habilitação, sempre que o
recrutamento para certas qualificações deva recair sobre pessoal
já habilitado na vida civil.
Parágrafo único - As praças de certas qualificações
policiais-
militares podem ser reunidas em quadros especiais.

Art. 579 - Há duas espécies de qualificação policial-militar:


1 - Qualificação Policial-Militar Geral (QPMG).
2 - Qualificação Policial-Militar Particular (QPMP).

Art. 580 - Qualificação Policial-Militar Geral é a


denominação dada a um grupo de Qualificações Policiais-Militares
Particulares diversas, para as quais são exigidos conhecimentos
gerais que tem afinidade de natureza técnica ou tática.

Art. 581 - Qualificação Policial-Militar Particular é a


denominação dada a um conjunto de funções para as quais é exigida
a mesma habilitação.
Art. 582 - Função policial-militar é a atividade exercida
pela praça na organização da Polícia Militar a que pertence de
conformidade com o previsto nos quadros de distribuição.
Parágrafo único - Para o exercício de qualquer função
policial-militar, a praça deve estar qualificada.

Art. 583 - A discriminação das qualificações policiais-


militares inclusive quadros especiais, bem como as condições de
formação, habilitação, ingresso na qualificação, aperfeiçoamento,
acesso ou promoção e movimentação de praças, obedecem a
regulamentação ou instrução próprias.

Art. 584 - Além das praças qualificadas conforme artigos


anteriores, há ainda as praças especiais de polícia:
1 - aspirante a oficial, que concluiu o curso de escola de
formação de oficiais de polícia;
2 - alunos do curso de escola de formação de oficiais de
polícia.

TÍTULO XII
Dos regulamentos, manuais e publicações

Art. 585 - Os exemplares de regulamentos, manuais de


instrução e outras publicações de caráter profissional
distribuídos aos Corpos serão incluídos na carga e não podem, sob
pretexto algum, constituir propriedade particular.
§ 1° - Os exemplares dos documentos referidos no presente
artigo deverão ser mantidos em dia pelos responsáveis, que irão
introduzindo nos mesmos as sucessivas alterações, à medida que
forem publicadas e distribuídas.
§ 2° - Todos os detentores de regulamentos e manuais de
instrução e outras publicações deverão observar o disposto no
parágrafo anterior.
§ 3° - Os oficiais e praças deverão possuir os regulamentos e
manuais ostensivos de sua especialidade ou atividade e
obrigatoriamente os que dizem respeito às suas funções, a fim de
manterem-se a par de todas as disposições regulamentares gerais e,
especialmente, das que interessem diretamente ao exercício de suas
funções.

Art. 586 - Dos exemplares dos manuais, regulamentos e outras


publicações cancelados, dois serão mantidos na Biblioteca do Corpo
para efeito de consultas.
Parágrafo único - Os demais exemplares de que trata o
presente artigo serão recolhidos ao arquivo do Corpo e
interiormente relacionados e descarregados de acordo com a
legislação e normas vigentes.
Art. 587 - As publicações de caráter sigiloso distribuídas ao
Corpo e não redistribuídas aos órgãos subordinados, ficarão, sob a
responsabilidade pessoal do respectivo comandante e serão
relacionadas e guardadas em arquivo especial.
Parágrafo único - Os demais documentos da mesma natureza
(ofícios, informações, instruções, etc.) serão conservados em
arquivo especial, sob a responsabilidade do S2.

Art. 588 - As publicações e outros documentos de caráter


sigiloso só serão descarregados mediante ordem da autoridade
competente e de acordo com a legislação e as instruções especiais
vigentes.

Art. 589 - Sempre que houver substituição do detentor das


publicações sigilosas da carga do Corpo, proceder-se-á de acordo
com a legislação e instruções referidas no artigo anterior.
Parágrafo único - O mesmo procedimento deverá ser observado
nos casos de transferência ou recolhimento dos documentos em
apreço.

TÍTULO XIII
Dos protocolos e arquivos

Art. 590 - Os documentos de qualquer procedência que não


devam ser encaminhados, depois de solucionados, serão arquivados,
segundo técnicas modernas e atuais.
§ 1° - Igualmente arquivadas, serão as cópias de todos os
documentos expedidos os originais dos boletins internos, programas
e instruções oriundos do Corpo, Estabelecimento ou Repartição.
§ 2° - Aplicam-se às subunidades e dependências internas as
prescrições deste artigo.

Art. 591 - Os documentos externos de qualquer procedência


serão recebidos pelo ajudante, que encaminha a parte sigilosa
deles ao S2 e manda protocolar a ostensiva, a qual recebe no
protocolo uma numeração seguida anual.
§ 1° - Os documentos que retornarem, conservarão o número
primitivo do protocolo.
§ 2° - Os documentos sigilosos terão um protocolo e arquivo
especial a cargo do S2.

Art. 592 - Os documentos internos do Corpo serão protocolados


pelo Ajudante e receberão numeração seguida durante o ano. Deles
serão extraídas uma ou mais cópias, conforme a necessidade da
distribuição e a organização dada ao arquivo.
Parágrafo único - Os documentos sigilosos receberão numeração
distinta.
Art. 593 - A saída dos documentos será dada com o número que
tiverem tomado no protocolo respectivo.

Art. 594 - Para arquivamento, os documentos serão


colecionados por assuntos, espécies, épocas e procedência.
Parágrafo único - Obrigatoriamente formarão coleções
distintas os documentos relativos a promoção, instrução, justiça,
disciplina e finanças.

Art. 595 - Os boletins internos receberão numeração própria,


por ano, e serão periodicamente encadernados ou brochados.
Parágrafo único - Os demais documentos originários do Corpo
serão colecionados por espécie e igualmente encadernados ou
brochados periodicamente.

Art. 596 - Os documentos arquivados serão conservados em


armários ou gavetas adequados, sob a guarda e responsabilidade dos
respectivos detentores.
Parágrafo único - O arquivista não será empenhado em outras
funções e deverá ter, sempre, um ou dois auxiliares em condições
de o substituir nos impedimentos eventuais.

Art. 597 - Os documentos internos não referentes a operações,


finanças, material permanente, justiça, disciplina ou instrução,
já solucionados definitivamente e que dispensem ulteriores
consultas, poderão ser descarregados e incinerados, decorridos
seis meses de seu arquivamento.
§ 1° - Ao comandante do Corpo Diretor ou Chefe compete julgar
da conveniência ou não da descarga e incineração e ordená-la em
boletim.
§ 2° - Incinerados os documentos, esta alteração constará das
fichas os livros de protocolos respectivos.

Art. 598 - Os documentos não compreendidos no artigo anterior


poderão ser descarregados e incinerados, mediante ordem da
autoridade superior, provocada pelo comandante do Corpo.
Parágrafo único - Proceder-se-á com eles da forma indicada no
§ 2° do artigo anterior.

Art. 599 - Cabe à Diretoria de Pessoal e Serviço de


Comunicações baixar instruções especiais com o objetivo de
regularizar e uniformizar os protocolos e arquivos da Polícia
Militar.
TÍTULO XIV
Das Substituições

CAPÍTULO I
Do Cargo, Encargo, Função, Posse, Sede e Comandante

Art. 600 - Cargo é um conjunto de atribuições definidas por


regulamento e cometido, em caráter permanente, ao oficial ou
praça. Quando nomeado ou designado para exercer um cargo, é
efetivo se satisfaz os requisitos do posto e quadro ou
especialização; interino se não satisfaz estes requisitos.
§ 1° - O cargo é considerado vago enquanto não exercido por
detentor efetivo ou desde que se afaste definitivamente do Corpo,
Estabelecimento ou Repartição, e até novo detentor efetivo tomar
posse.
§ 2° - O oficial ou praça em trânsito não se encontra no
exercício de cargo.

Art. 601 - Encargo é a atribuição de serviço cometida a


oficial ou praça, ou organização da Polícia Militar.

Art. 602 - Função ou exercício é a execução, dentro das


normas regulamentares, das atribuições estipuladas para os cargos
e encargos.
§ 1º - A entrada em exercício ou função ocorre quando o
oficial ou praça passa a executar as medidas necessárias ao
desempenho de suas novas atribuições no local da atividade
própria, assumindo efetivamente as responsabilidades do cargo ou
encargo.
§ 2° - Nenhuma atribuição poderá ser cometida ao oficial ou
praça afastado das funções, por incompatibilidade, antes do
término do processo a que estiver sujeito.

Art. 603 - Posse é o ato pelo qual o policial-militar fica


investido da capacidade legal para exercer determinado cargo ou
encargo.

Art. 604 - Sede, no Estado, é todo território do município ou


dos municípios, caso haja meios freqüentes de transporte urbano,
suburbano ou rural entre eles, em que estão situadas as
instalações do Corpo e a residência do policial-militar.

Art. 605 - Organização é a denominação genérica dada ao


Corpo, repartição, estabelecimento e qualquer outra unidade,
tática ou administrativa, que faça parte do todo orgânico da
Polícia Militar.
Art. 606 - Comandante é a denominação genérica dada ao
policial-militar mais graduado ou mais antigo, de cada Corpo,
abrangendo assim seu comandante, diretor, chefe, ou outras
denominações que tenha ou venha a ter.

CAPÍTULO II
Das Substituições Temporárias

Art. 607 - Substituição temporária é a realizada pelo


policial-militar quando, em caráter transitório, assume ou
responde pelo cargo, encargo ou função, atribuído privativamente a
posto ou graduação superior ou idêntica a sua.

Art. 608 - Aplicam-se às substituições decorrentes os mesmos


dispositivos referentes à substituição inicial que as determinou.

Art. 609 - Nas substituições temporárias de oficiais e praças


deverá ser obedecido critério idêntico.

Art. 610 - Só serão realizadas as formalidades de formatura


de tropa estabelecidas no Regulamento de Continências, Honras e
Sinais de Respeito das Forças Armadas, para as recepções e
despedidas de oficiais, nas substituições temporárias normais de
comando.

Art. 611 - Nas organizações da Polícia Militar que disponham


de normas próprias sobre substituições, estas se farão de acordo
com tais disposições, respeitadas as prescrições deste
Regulamento.

Art. 612 - Os policiais-militares adidos ou a disposição e os


que não estejam prontos para o serviço não concorrem as
substituições temporárias; a elas concorrerão, entretanto, os
adidos como se efetivo fossem e os excedentes.

Art. 613 - Todas as substituições realizadas na forma deste


regulamento serão publicadas em boletim, sendo as de comandante,
chefe ou diretor, comunicadas pelo meio mais rápido, a autoridade
imediatamente superior.

Art. 614 - Quando houver dúvida na substituição, apelar-se-á


para a autoridade superior, mantendo-se na função ou exercício,
até a solução definitiva, o policial-militar que já a tenha
assumido, salvo quando essa situação acarretar incompatibilidade
hierárquica.
Art. 615 - As substituições temporárias podem ser:
I - normais - por motivo de cargo vago; afastamento da
organização policial-militar do detentor efetivo, interino ou
transitório, por prazo superior a trinta dias, quer para fins de
licença, quer por haver sido nomeado ou designado para função,
cargo ou serviços estranhos ao Corpo, Estabelecimento ou
Repartição; as decorrentes destas substituições;
II - eventuais - por afastamento da organização policial-
militar do detentor efetivo, interino ou transitório, por motivo
de dispensa de serviço (comum, nojo, gala, instalação, e como
recompensa), férias e serviço estranho ao Corpo, Estabelecimento
ou Repartição, de duração provável menor de trinta dias; as
decorrentes destas substituições.
§ 1° - As substituições temporárias resultantes de
afastamento do detentor efetivo, interino ou transitório, a
serviço do Corpo, Estabelecimento ou Repartição, por qualquer
prazo, são consideradas eventuais.
§ 2° - As substituições temporárias obedecem ao princípio
hierárquico da precedência hierárquica, respeitados os cargos
privativos de funções especificadas nos Quadros de Distribuição.
Serão feitas dentro de cada Corpo, Estabelecimento ou Repartição,
salvo exceções previstas em regulamentos próprios destas
organizações.
§ 3° - Nas substituições temporárias, o policial-militar não
poderá assumir funções para as quais não esteja devidamente
habilitado ou que não existam no Quadro a que pertence.
§ 4° - Nas substituições temporárias normais, o substituto:
I - quando satisfaz as condições dos parágrafos anteriores:
a) assumirá o cargo (encargo ou função) que já tenha exercido
por detentor efetivo;
b) responderá pelo mesmo, em caso contrário.
II - quando não satisfaz as condições exigidas responderá
pelo cargo (encargo ou função).
§ 5° - Nas substituições temporárias eventuais o substituto
em qualquer circunstância, responderá pelo cargo (encargo ou
função).

CAPÍTULO III
Das substituições dos Destacamentos

Art. 616 - No caso de tropa destacada do Corpo, as


substituições temporárias serão reguladas como se segue:
I - os oficiais dos destacamentos não concorrem às
substituições que se verificarem no Corpo, exceto a de comandante:
do mesmo modo os oficiais em serviço na sede do Corpo não
concorrerão às substituições no destacamento;
II - no destacamento, as substituições de praças serão feitas
com as devidamente habilitadas pertencentes ao mesmo; na falta de
tais elementos, cabe ao comandante do Corpo a que pertencer o
destacamento fazer tais substituições, desde que disponha de
praças habilitadas.
CAPÍTULO IV
Das Substituições entre Oficiais

Art. 617 - Nas substituições temporárias entre oficiais,


serão obedecidas as prescrições dos artigos precedentes e mais as
contidas nos artigos que se seguem.

Art. 618 - Nos Corpos de Tropa, Estabelecimentos ou


Repartições, o comandante, chefe ou diretor, é substituído pelo
Subcomandante, subchefe, ou subdiretor, ou, na falta destes, pelo
de maior posto ou mais antigo dos oficiais efetivos e prontos,
habilitados ao exercício destas funções.
Parágrafo único - Os oficiais dos Quadros Técnicos, Saúde,
Engenharia ou congêneres só concorrerão às substituições de chefia
quando os subordinados diretos e imediatos, em sua totalidade,
também forem desses quadros.

Art. 619 - O oficial promovido, desde que não haja


incompatibilidade hierárquica, deve ficar adido como se efetivo
fosse até nova classificação, e sujeito ao exercício de cargo (se
houver vaga), e ao recebimento de encargos (mesmo não havendo
vaga) que lhe forem cometidos.

Art. 620 - O oficial sem o curso da especialização não pode


assumir cargo privativo de função qualificada prevista no Quadro
de Distribuição; responderá pelo mesmo, exceto oficial com o curso
de aperfeiçoamento, que poderá assumir qualquer cargo que importe
em comando ou direção.
Parágrafo único - Os oficiais de polícia não poderão ser
substituídos por oficiais de serviços, técnicos, ou assemelhados
aos postos de oficiais.

Art. 621 - As funções nas seções técnicas de ensino, só


poderão ser exercidas por possuidores do curso de técnica de
ensino ou curso superior semelhante; caso contrário, o substituto
responderá pelas funções.

Art. 622 - Na falta absoluta de oficiais dos Quadros dos


Serviços para as substituições que se impuserem, o comandante
pedirá providências à autoridade superior;

Art. 623 - Quando da substituição de comandante, resultar que


algum chefe de serviço fique sob a jurisdição de oficial de posto
menos elevado ou de menor antigüidade, embora aquele não fique
subordinado hierarquicamente a este, deverão ambos, nas suas
relações de serviço, observar os preceitos compatíveis com o bom
desempenho do comando, em harmonia com a situação funcional
decorrente; será indispensável, em tal caso, que as ordens se
revistam da forma de solicitação, as quais, no entanto não poderão
deixar de ser cumpridas.

Art. 624 - Na situação do artigo anterior, os casos de


responsabilidade funcional e disciplinar serão submetidos, pelo
comandante, chefe ou diretor, a consideração da autoridade
imediatamente superior.

Art. 625 - As funções, cargos ou encargos atribuídos a


oficial subalterno, são exercidos indiferentemente por primeiro ou
segundo tenente, respeitadas as funções especializadas e as
privativas de determinado posto, constantes dos Quadros de
Distribuição.

Art. 626 - Os oficiais sem curso de formação de oficiais da


ativa, não concorrerão às substituições que acarretem exercício de
funções privativas de postos inexistentes no seu Quadro; poderão
responder por estas funções ou cargos vagos, quando não houver no
Corpo, Estabelecimento ou Repartição, oficiais com aqueles cursos,
para o exercício de funções sem acumulações.

Parágrafo único - Quando nas condições anteriores ocorrer o


caso de um oficial ficar sob o comando ou chefia de outro de menor
posto ou antigüidade, a autoridade competente fará a
transferência, dentro da organização da Polícia Militar, ou passa-
lo-á a adido, não concorrendo às substituições.

Art. 627 - Os aspirantes a oficial concorrem às substituições


temporárias e respeitadas as restrições previstas em lei ou outros
regulamentos.

Art. 628 - O oficial detentor efetivo de um cargo que estiver


afastado da sede do Corpo, Estabelecimento ou Repartição, por
prazo superior ou inferior a trinta dias, e for movimentado,
continuará sendo o detentor efetivo do cargo ou função; a
substituição temporária normal ou eventual, já decorrente,
prosseguirá até a data de sua apresentação e desligamento.
Parágrafo único - Se durante o período de afastamento da
sede, apresentar-se o novo titular efetivo, este deverá assumir o
cargo ou função sem aguardar o retorno do oficial afastado.

CAPÍTULO V
Das Substituições de Praças

Art. 629 - Tendo em vista a competência do comandante, chefe


ou diretor para fazer transferências, às substituições entre
praças devem, segundo a ordem hierárquica, observar às
habilitações correspondentes às qualificações policiais-militares
gerais (QPMG) e qualificações policiais-militares particulares
(QPMP).

Art. 630 - As substituições são feitas, em princípio, dentro


da menor fração a partir da subunidade.

Art. 631 - Toda substituição temporária será feita dentro da


qualificação; em qualquer caso respeitar-se-á a ordem hierárquica.

Art. 632 - Um sargento de determinada qualificação, só pode


assumir função hierárquica superior à sua graduação, dentro da
própria qualificação.

Art. 633 - O subtenente é substituído pelo sargento mais


graduado ou mais antigo de sua subunidade qualificado para o
exercício da função; o sargento da S1 do Corpo pelo mais antigo de
uma das subunidades, e os destas pelo primeiro sargento mais
antigo das subunidades; o sargenteante da subunidade pelo sargento
mais antigo da mesma.

Art. 634 - Não havendo na subunidade, praça qualificado para


a substituição, na forma estabelecida no artigo anterior, caberá a
mais antiga responder pela função procedendo-se do mesmo modo com
os Corpos ou organizações dos demais escalões.

Art. 635 - Nas funções no âmbito do Corpo, Estabelecimento ou


Repartição, as substituições serão feitas pelo mais antigo do
Corpo, Estabelecimento ou Repartição, obedecendo ao critério da
qualificação. Caso não haja praça para a substituição, com a
qualificação específica, será designado um policial-militar de
graduação igual ou inferior ao previsto para a função vaga, que
responderá pela mesma.

CAPÍTULO VI
Das substituições no Quartel General e Comando de Corpo ou
Estabelecimento

Art. 636 - As substituições temporárias de oficiais que


exercem cargos de comando ou chefia em órgãos de direção do
Quartel General e dos que exercem comando de Corpo ou
Estabelecimento obedecem as prescrições anteriores, respeitadas as
constantes dos artigos que se seguem.

Art. 637 - O Comandante Geral é substituído pelo Chefe do


Estado Maior e este pelo Coronel mais antigo do Quartel General.
Art. 638 - Não haverá substituição quando o titular do cargo
se deslocar, em serviço dentro da área correspondente à função que
exerce:
a) para o Comandante Geral e Chefe do Estado Maior - todo o
Estado;
b) para o Diretor de Operações, Inspetor Geral e Diretores
nas áreas de suas competências;
c) para os Comandantes de Corpos ou Estabelecimentos do
interior - a Capital e a circunscrição de sua organização;
d) para os Comandantes de Corpos ou Estabelecimentos da
Capital - a Capital do Estado e a circunscrição de sua
organização, quando possuir destacamentos.
Parágrafo único - Nos casos acima os Chefes de Gabinete,
Subcomandantes e Subchefes, responderão apenas pelo expediente.

Art. 639 - Nos casos em que, de acordo com as prescrições


acima, um oficial responder pelo expediente, suas relações com
outras autoridades subordinadas, mas que sobre aquele tenham
precedência hierárquica limitam-se ao encaminhamento de
documentos, os quais, quando necessário, serão solucionados pelo
escalão superior.

TÍTULO XV
Das Situações Extraordinárias da Tropa

Art. 640 - As situações extraordinárias da tropa são as


decorrentes de ordens de sobreaviso, de prontidão e de marcha.

CAPÍTULO I
Do Sobreaviso

Art. 641 - A ordem de sobreaviso determina a situação na qual


o Corpo fica prevenido da possibilidade de ser chamado para o
desempenho de qualquer missão extraordinária.

Art. 642 - Da ordem de sobreaviso resultarão as seguintes


medidas:
I - todas as providências de ordem preventiva, relativas ao
pessoal e ao material e impostas pelas circunstâncias decorrentes
da situação da tropa serão tomadas pelos diversos comandantes e
chefes de serviços, logo que o corpo receba a ordem de sobreaviso;
II - os oficiais de folga deverão permanecer no quartel ou em
suas residências, mas neste caso, em íntima ligação com o Corpo em
condições de poderem recolher-se imediatamente ao quartel, em caso
de ordem ou de qualquer eventualidade;
III - obrigatoriamente deverá permanecer no quartel um terço
dos oficiais do Corpo, em regra, pelo menos um oficial por
subunidade;
IV - todas as praças de folga permanecerão no quartel;
V - poderá ser permitido às praças, a juízo do comandante do
Corpo, saírem a rua por tempo fixado, em pequenas turmas por
subunidade, desde que fiquem, porém, em condições de regressar ao
quartel dentro do menor prazo possível;
VI - a atividade normal do Corpo não será perturbada;
VII - se a ordem de sobreaviso não atingir a totalidade do
Corpo, as presentes disposições inclusive as de ordem pessoal, só
abrangerão aos oficiais e praças da fração de tropa que tiver sido
designada.

CAPÍTULO II
Da Prontidão

Art. 643 - A ordem de prontidão importa em ficar o Corpo


preparado para sair do quartel logo que receber ordem para
desempenhar qualquer missão dentro da respectiva localidade ou a
distância que permita sejam atendidas, com os recursos do próprio
Corpo, as suas necessidades.

Art. 644 - Da ordem de prontidão resultarão as seguintes


medidas:
I - todos os oficiais do Corpo permanecerão no quartel,
uniformizados e armados, devendo ficar permanentemente um oficial
em cada subunidade;
II - avisados os oficiais, ficam os mesmos responsáveis pelo
comparecimento ao quartel, no mais curto prazo possível;
III - todas as praças permanecerão uniformizadas em suas
subunidades, sendo-lhes distribuído armamento e equipamento;
IV - a munição será distribuída aos comandantes de
subunidades;
V - poderão ser suspensas, a juízo do Comandante Geral, as
dispensas do serviço concedidas a oficiais e praças do Corpo que
se encontrarem na localidade, sendo-lhes expedidas ordens a
respeito;
VI - se a ordem de prontidão não atingir a totalidade do
Corpo, as providências inclusive as de caráter pessoal, só
abrangerão os oficiais e praças da fração que for designada;
VII - todas as ordens e toques gerais constituirão atribuição
exclusiva do comandante do Corpo;
VIII - os elementos de tropa ou de serviço, em todos os
escalões, ficarão sob as ordens dos respectivos comandantes ou
chefes;
IX - a fração do Corpo que se achar de prontidão e deixar o
quartel para apresentar-se a outra autoridade, sob cujas ordens
deva ficar, passa depender diretamente dessa autoridade, que
providenciará o estacionamento da tropa e seu aproveitamento, caso
já não o tenha sido feito pela autoridade competente;
X - todas os oficiais e praças de prontidão serão arranchados
por conta do Estado, conforme legislação a respeito.
Art. 645 - Nos casos em que for determinada “prontidão
rigorosa”, todos os oficiais permanecerão em suas subunidades;
serão intensificadas todas as medidas impostas pela situação, e
poderão ser alteradas os serviços policiais normais.

CAPÍTULO III
Da Ordem de Marcha

Art. 646 - A ordem de marcha impõe que o Corpo fique


preparado com todos os recursos necessários a sua existência fora
da localidade, em condições de deslocar-se e desempenhar qualquer
missão, dentro do mais curto prazo ou daquele que lhe for
determinado.

Art. 647 - A ordem de marcha impõe as seguintes medidas:


I - a permanência de oficiais e praças e a situação da tropa
serão reguladas na ordem de marcha, de conformidade com as
circunstâncias;
II - consideram-se cessadas todas as dispensas de serviço,
concedidas a oficiais e praças, que serão imediatamente avisados;
III - se a ordem não atingir a totalidade do Corpo, proceder-
se-á como foi previsto, em caso semelhante para a ordem de
prontidão;
IV - a fração do Corpo que receber ordem de marcha passa a
depender diretamente da autoridade a que lhe seja mandada
apresentar, logo que deixe o quartel;
V - estando fixada a ordem de partida do Corpo, todas as
ordens e toques gerais constituirão exclusiva atribuição do
respectivo comandante;
VI - os elementos de tropa ou dos serviços, em todos os
escalões, ficam sob as ordens diretas dos respectivos comandantes
ou chefes;
VII - todas as providências tendentes a adaptação do Corpo às
circunstâncias impostas pela situação serão tomadas a partir do
momento em que for recebida a ordem, dentro do prazo estabelecido.

CAPÍTULO IV
Das Prescrições Comuns às Situações Extraordinárias

Art. 648 - Quando a uma tropa for determinada uma das


situações extraordinárias definidas neste título, o respectivo
comandante manterá ligação permanente e constantemente verificada,
com a autoridade que tiver dado ordem ou com a que estiver
diretamente subordinado. Na falta de nova ordem, cumpre-lhe
provocá-la no fim de cada período de vinte e quatro (24) horas,
contadas da primeira ordem recebida.

Art. 649 - As ordens de sobreaviso, de prontidão ou de marcha


partirão sempre do Comandante Geral, através do Chefe do Estado
Maior.
Parágrafo único - Os Comandantes de Corpos, nas respectivas
circunscrições, poderão, atendendo às necessidades, determinar
alguma dessas situações extraordinárias, o que será imediatamente
comunicado à autoridade superior.

Art. 650 - A instrução intensiva, a rigorosa observância das


regras de serviço interno e externo e a facilidade de rápido e
seguro comparecimento dos oficiais e das praças aos respectivos
quartéis (residências nas proximidades, ligações rápidas e
eficientes, etc.), evitarão os inconvenientes e fadigas
decorrentes de freqüentes sobreavisos, prontidões e ordens de
marcha.

Art. 651 - Verificadas, freqüentemente, pelas autoridades


superiores, perfeita execução das providências contidas no artigo
precedente, as situações extraordinárias serão por elas adotadas,
em regra, somente nos seguintes casos:
I - sobreaviso, na iminência de perturbação da ordem na
localidade, ou provável deslocamento;
II - prontidão, na ocorrência de fatos graves que tornem
iminente o emprego de tropa na localidade ou em suas proximidades.
Desta situação se passará a uma das outras ou se voltará à
normalidade, consoante as circunstâncias e mediante ordem
superior;
III - ordem de marcha, quando expedida por autoridade
competente para determinar o emprego da tropa fora de sua
localidade.

Art. 652 - Os comandantes de Corpos porão em prática,


mensalmente, mesmo em períodos normais e sem aviso prévio, uma ou
outra destas situações extraordinárias, a título de verificação e
por tempo que não prejudique os serviços e atribuições normais.

TÍTULO XVI
Dos Centros Sociais

Art. 653 - As obras sociais, destinadas a auxiliar e a


amparar, em suas necessidades fundamentais, as famílias dos
oficiais e praças, são reguladas por legislação própria.

Art. 654 - Nas Unidades Administrativas, o conjunto de obras


sociais constitui o Centro Social da própria Unidade, e sua
organização e funcionamento obedecem a normas específicas.
§ 1° - O Centro Social é dirigido por uma comissão de
oficiais presidida pelo comandante, chefe ou diretor.
§ 2º - Unidades Administrativas da mesma localidade, poderão
constituir, de comum acordo, um Centro Social conjunto, que terá
denominação própria, sendo seu diretor o comandante de Unidade de
maior posto ou precedência.
TÍTULO XVII
Do Quadro de Delegados Especiais de Polícia

Art. 655 - A Polícia Militar organizará e manterá o Quadro de


Delegados Especiais de Polícia e de Capturas, constituído de
oficiais da ativa, da Reserva e Reformados, selecionados segundo
critérios a serem estabelecidos pelo Comandante Geral.
§ 1° - Mediante solicitação do Secretário de Segurança
Pública, que especificará a localidade ou localidades a serem
ocupadas, o Comandante Geral indicará o nome do oficial a ser
designado para as funções de Delegado Especial de Polícia ou de
Captura, passando-o à disposição daquela autoridade. (Alterado
pelo Decreto 12210, de 14/11/1969)

§ 1º - Mediante solicitação do Secretário de Segurança


Pública, o Comandante Geral indicará, do respectivo quadro, os
nomes dos oficiais que poderão ser designados para as funções de
Delegado Especial de Polícia ou de Captura, passando o designado à
disposição daquela autoridade.

§ 2° - O oficial nessa situação ficará funcionalmente


subordinado ao Secretário de Segurança Pública, porém,
administrativa e disciplinarmente, subordinado ao Comando Geral da
Polícia Militar.
§ 3° - Ao oficial do quadro de que trata o artigo, quando da
ativa e sem funções em delegacia, incumbirá o exercício de funções
nos quadros da Polícia Militar, mediante designação do Comandante
Geral.
§ 4° - O oficial da ativa, de posto até Major, inclusive, ao
ser designado Delegado, passará adido ao Corpo em cuja
circunscrição estiver servindo.
§ 5° - As fichas de promoções dos oficiais à disposição da
Secretaria de Segurança Pública serão elaboradas pelo Diretor de
Operações, que manterá um caderno registro da situação desses
oficiais, nos termos do R.P.O.
§ 6° - Os Comandantes de Corpos remeterão ao Diretor de
Operações suas observações sobre os Oficiais Delegados, para fins
de fichas de promoção, qualquer que seja o tempo de permanência do
oficial da circunscrição do Corpo.
§ 7° - Os Oficiais da ativa, de posto superior ao de major,
ficarão adidos ao Q. G. e sua atuação funcional deverá ser também
registrada pelo Diretor de Operações, que fornecerá a Comissão de
Promoções as informações que se fizerem necessárias.
§ 8º - O Assistente Militar da Secretaria de Segurança
Pública deverá comunicar ao Comandante Geral a transferência do
Oficial de circunscrição, para fins de ajustamento do aspecto da
adição.
TÍTULO XVIII
Dos Sargentos Monitores de Educação Física e Monitores
Desportivos

Art. 656 - Os Sargentos Monitores de Educação Física e


Monitores Desportivos, que prestem ou venham a prestar serviços
nas Praças de Esportes do Estado, terão, em situação permanente,
encargos de sua especialidade, no setor da Polícia Militar a que
estiverem ligados, e não ficarão à disposição da Diretoria de
Esportes do Estado.
§ 1° - Pertencerão ao quadro de efetivo do Corpo em cuja
circunscrição se localizar a Praça de Esportes e terão seus
vencimentos pedidos na folha do Destacamento Policial da cidade
onde estiverem servindo.
§ 2º - Participarão, em situações extraordinárias, dos
serviços do Destacamento e, em qualquer caso, ministrarão
instrução de sua especialidade ao pessoal destacado, consoante
programas do E. M.
§ 3° - O Comandante Geral deverá, em portaria, regular a
situação dos Sargentos Monitores nas Praças de Esportes,
observadas as disposições deste Regulamento.

TÍTULO XIX
Das Disposições Gerais

Art. 657 - Os Corpos, Estabelecimentos e Repartições deverão


remeter relatórios, nas épocas e condições próprias, segundo
modelo previsto pelo Comandante Geral.

Art. 658 - O funcionamento interno das Repartições do Quartel


General será regulado por Normas Gerais de Ação (NGA), propostas
pelos respectivos Diretores ou Chefes e aprovadas pelo Comandante
Geral.

Art. 659 - Ficam extintas, na Polícia Militar, as funções de


ordenanças.

Art. 660 - É vedada a utilização de componentes da Polícia


Militar em funções estranhas ao serviço da Corporação, sob pena de
responsabilidade de quem o permitir.

Art. 661 - É terminantemente proibido proceder descontos


particulares em folhas de vencimentos de componentes da
Corporação, a não ser por decisão judicial.
Parágrafo único - Serão mantidos os compromissos
anteriormente assumidos pela Corporação, até seu completo
pagamento, ou suspensão por mutuo consentimento.
Art. 662 - São expressamente proibidas transações comerciais
de qualquer espécie, no interior dos quartéis ou suas
dependências, entre vendedores ou corretores e integrantes da
Corporação.

Quartel General em Belo Horizonte, 29 de janeiro de l969.

Coronel PM José Ortiga - Comandante Geral

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