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DE PROJETOS
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
S729g
ISBN 978-65-5646-150-2
ISBN Digital 978-65-5646-151-9
CDD 658.404
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Definindo o Gerenciamento
de Projetos.....................................................................................7
CAPÍTULO 2
Principais Áreas de Conhecimento de Gerenciamento
de Projetos...................................................................................61
CAPÍTULO 3
Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos..................127
APRESENTAÇÃO
Olá, pós-graduando. Segundo o Guia PMBOK® e Manual PRINCE2™, por
definição, os projetos são únicos e temporários. Eles envolvem todo o trabalho
necessário para criar e concluir algo totalmente novo. O desenvolvimento de um
novo produto é uma tarefa única, enquanto a implementação de um novo sistema
de software é algo único. Mais ainda, a execução de qualquer iniciativa estratégica
precisa de iniciativas diferentes das estratégias de anos atrás.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O gerenciamento de projetos não é um assunto novo. Acompanhamos o tema
há mais de 20 anos. As pesquisas e conjunto de práticas, conforme conhecemos nos
dias de hoje, possuem mais de 900 anos. Durante essa jornada, através de estudos e
muita prática, presenciamos uma evolução do cenário econômico, social, tecnológico e
cultural. A gestão de projetos tem procurado se adaptar aos mais diversos cenários com
objetivo de entregar valor para as partes interessadas.
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Gerenciamento de Projetos
2 HISTÓRIA DA GESTÃO DE
PROJETOS
Vamos começar do início e traçar uma linha do tempo histórica sobre gerenciamento
de projetos, mas saiba que, embora histórica, o gerenciamento de projetos não é um
objeto empoeirado do passado disponível em bibliotecas universitárias. Ele continua
evoluindo e influenciando a maneira como as pessoas, instituições, governos fazem
quase tudo, que tem início, meio e fim.
Há registros que indicam que o planejamento deste grande projeto iniciou bem
antes da sua execução. Dados históricos revelam que a força de trabalho desse projeto
foi organizada em grupos (soldados, pessoas comuns e criminosos). Milhões foram
investidos para sua conclusão.
trabalho. Mas com a prática veio processo e refinamento, como veremos mais adiante
(WESTLAND, 2020).
FONTE: <https://support.office.com/pt-br/article/apresentar-os-
dados-em-um-gr%C3%A1fico-de-gantt-no-excel-f8910ab4-ceda-
4521-8207-f0fb34d9e2b6>. Acesso em: 24 fev. 2020.
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Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
O Project Management Institute (PMI), sem fins lucrativos, foi fundado por
cinco voluntários em 1969. Incorporado na Pensilvânia, realizou seu primeiro
simpósio em Atlanta, em 1969. Desde então, publicou um Guia do Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®), que descreve as processos e áreas
de conhecimento de gerenciamento de projetos e tornou-se padrão em 1998. O PMI
também é um organismo de certificação, oferecendo o Associado Certificado em
Gerenciamento de Projetos (CAPM) e o Profissional de Gerenciamento de Projetos
(PMP) (PMI, 2020).
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
FONTE: <https://www.gp3.com.br/artigo/181-o-que-e-analise-de-valor-
agregado-em-gestao-de-projetos/>. Acesso em: 29 fev. 2020.
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Gerenciamento de Projetos
2.2 FUNDAMENTOS DO
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Com o advento da globalização e alta disponibilidade de tecnologia a um baixo
custo, o contexto em que vivemos passou por profundas transformações. A tecnologia
aproximou pessoas, reduzindo fronteiras de comunicação entre pessoas, instituições
e mudou a forma como nos relacionamos. Todo histórico citado anteriormente
estava dentro de um contexto onde havia poucas mudanças, o ambiente era mais
controlável, previsível, lento e estável. O mundo VUCA em que vivemos torna o
ambiente complexo, fora de controle, imprevisível, rápido e instável, o que requer
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
Dizemos isso, pois a forma como você vai gerenciar o seu projeto depende muito
do contexto em que você está inserido e da complexidade do trabalho que precisa
ser realizado. Se você for gerenciar projetos de construção, onde o contexto é mais
previsível, uma abordagem clássica pode ser a mais recomendada. Agora, projetos
de pesquisa e desenvolvimento de softwares são mais dinâmicos e precisarão de
uma abordagem mais flexível. Veremos a sua aplicação ao longo deste material.
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
Para Carneiro (2010), a esfera pública tem utilizado com mais intensidade as
práticas de gerenciamento de projetos como uma ferramenta facilitadora para o
atingimento de um índice maior no êxito na implementação das políticas públicas.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
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Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
Mas o que é um ciclo de vida? O termo "ciclo de vida" implica duas coisas:
que um processo é infinito e que a sequência de eventos é obrigatória ou
unidirecional. Um ciclo de vida típico é mostrado a seguir. Não há começo nem fim
para um ciclo de vida e a sequência de eventos não pode mudar. Uma semente
não pode passar diretamente para o estágio de uma planta madura nem voltar ao
estágio de floração.
FONTE: <https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/153487-vetor-
da-planta-ciclo-de-vida>. Acesso em: 26 fev. 2020.
• Iniciação.
• Planejamento.
• Execução.
• Monitoramento e controle.
• Encerramento.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
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Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
de garantia e controle).
• Planejamento de risco (destacando riscos e ações possíveis para mitigá-
los).
• Planejamento dos benefícios (listando os critérios a serem atendidos
para obter a aceitação do cliente).
• Planejamento de comunicação (listando as informações necessárias
para informar as partes interessadas e como será feito).
• Planejamento das partes interessadas (categorias, partes interessadas
de primeiro e segundo nível e como serão gerenciadas).
• Planejamento de Aquisições (identificando produtos a serem adquiridos
de fornecedores externos).
Nesse ponto, o projeto foi planejado em detalhes e está pronto para ser
executado. Como resultado, teremos o plano de projeto que servirá de guia para
o processo de execução.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
3.5.1 Iniciação
A fase de iniciação envolve essencialmente “Lançamento” do projeto ou da
sua fase. Dada a complexidade e tamanho do projeto, ele pode ser dividido em
várias fases que funcionarão como pequenos projetos. Logo, todos os grupos
de processo aqui apresentados serão utilizados em cada fase antes de iniciar
a próxima. É a fase em que necessidade do negócio é identificada, a solução é
acordada, um projeto formado para produzir a solução e uma equipe do projeto
nomeada.
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Gerenciamento de Projetos
Isso inclui:
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
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Gerenciamento de Projetos
3.5.2 Planejamento
As atividades no planejamento do projeto são variadas porque você precisa
descobrir como atingir seus objetivos. E como gerente de projetos, você não
conseguirá atingir os resultados se tentar planejar tudo sozinho. Por esse motivo,
o detalhamento do projeto ocorre na fase de planejamento, pois você terá que
envolver a equipe e avaliar a necessidade de envolver parceiros estratégicos
para refinar as atividades. Cada projeto será diferente, pois os objetivos serão
diferentes. A maior parte do trabalho de planejamento está direcionada ao que
você precisa fazer para completar todo trabalho necessário e colocar a estrutura
em prática para que isso aconteça. Por estrutura, entendemos os processos e
governança para manter tudo funcionando sem problemas. São etapas como
o processo de gerenciamento de mudanças, o processo de orçamento, como
você obterá os aceites dos resultados quando chegar a hora, quais medidas de
qualidade são importantes etc.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
Nas forças armadas, sempre há algum tipo de ação, que vai do treinamento à
manutenção e, por trás de tudo, existe um plano. A estrutura para o planejamento
militar é frequentemente descrita como os procedimentos de tropas e processos
de tomada de decisão. Os líderes bem-sucedidos, dentro e fora das forças
armadas, precisam saber como planejar e gerenciar projetos, o que inclui o ajuste
dos planos conforme necessário para garantir o alcance dos objetivos.
Ele define os processos que todos devem seguir, para evitar muitas dores
de cabeça mais tarde. Por exemplo, se você especificar que as estimativas de
tempo e custos serão elaboradas por especialistas no assunto com base em seus
julgamentos, e isso é aprovado, mais tarde ninguém poderá reclamar que eles
queriam que você usasse uma técnica de estimativa diferente. Eles conhecem o
acordo desde o início. O planejamento agiliza o processo.
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Gerenciamento de Projetos
Seu plano de projeto precisa incluir informações suficientes para garantir que
você saiba exatamente quais processos e procedimentos precisam ser seguidos
e quem precisa estar envolvido.
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Esse momento é muito rico, principalmente por ser colaborativo, o que já traz
um fator muito importante em projetos, que é a comunicação.
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como premissa reduzir as incertezas do projeto. O que não significa que algo
poderá dar errado e precisará ser revisado e replanejado. Não existe projeto
que não sofrerá mudanças. Todo planejamento quando entra em contato com a
realidade, sofre impacto. Lembrando que no exemplo que estamos explorando,
estamos falando de um projeto de construção civil, que se feito corretamente,
terá pouca mudança. Em um projeto de tecnologia ou pesquisa, a existência
de incertezas é muito maior e requer outra abordagem no seu planejamento e
execução.
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3.5.3 Execução
Depois de passar com sucesso pela fase de planejamento, chegou a
hora de agir. Como gerente de projetos, você deverá tirar uma fotografia do
seu planejamento que servirá de linha de base ou referência inicial do seu
planejamento antes da execução. A fase de execução do projeto trata de entregas
e saídas como resultado. É aqui que o produto ou serviço pretendido é entregue
ao “cliente” para aprovação.
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Gerenciamento de Projetos
Crie um quadro Kanban, físico ou virtual, para visualizar tarefas. Neste ponto,
apresentamos o projeto e as tarefas associadas. Você criará uma coluna para
cada um dos seguintes itens: para fazer, em andamento e concluído.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
Não é porque uma solicitação de mudança foi feita, que ela deverá ser
executada. Primeiramente, você deve analisar os impactos no projeto e nos seus
objetivos.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
3.5.5 Encerramento
Fechar um projeto não é como desligar um interruptor. Ainda há muito a ser
feito e muita coisa pode dar errado.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
FONTE: <https://pmkb.com.br/artigos/cuidados-na-etapa-de-
encerramento-de-empreendimentos/>. Acesso em: 7 mar. 2020.
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Gerenciamento de Projetos
Mas você não consegue pensar em tudo! Por exemplo, em um projeto que
estávamos gerenciando, para produzir um novo sistema de gestão empresarial
(ERP), uma das funções necessárias do sistema de contas a pagar, era pagar
contratados no final de cada mês pelo trabalho que haviam realizado durante o
mês. Testamos o módulo várias vezes. Alguns bugs foram descobertos, mas o
programador os corrigiu.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
reais por nenhum trabalho realizado”. Portanto, nunca assuma que o "bom senso"
ou o “óbvio” se aplica aos contratos.
Finalizando reivindicações em aberto. Foi aqui que você fez uma reclamação
contra um fornecedor por um trabalho que você acredita ser abaixo do padrão,
mas o fornecedor está discutindo o caso. Ou pode ser que as penalidades
incorporadas no contrato tenham sido acionadas. Por exemplo, pode haver uma
penalidade no contrato se o fornecedor não atender a determinados marcos. Mas
descobrimos na prática que as cláusulas penais raramente funcionam, e tentar
argumentá-las pode fazer com que o fornecedor pare de trabalhar. E se for para
uma esfera jurídica, você terá custos maiores do que o previsto.
Observe que você deve registrar as lições aprendidas à medida que são
aprendidas, em vez de esperar até o final, por que as esquecerá.
O único problema é que você pode descobrir uma falha grave, anteriormente
não detectada, nos estágios finais do projeto. Este é um momento muito ruim para
descobrir uma falha grave. Outro ponto é a gestão de mudanças que deve levar
em consideração a transição do projeto para a produção e/ou como a instituição
deixará de usar o velho para usar o novo.
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Gerenciamento de Projetos
Vale ressaltar que um projeto somente está concluído quando o seu produto
final foi concluído e entregue. A etapa de encerramento, assim como todas as
atividades administrativas necessárias, é fundamental para a conclusão do
projeto.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O estudo da gestão de projetos é uma jornada. O objetivo deste curso é trazer
de forma prática a sua aplicação, assim como os conceitos fundamentais para o
seu entendimento. Existem cursos de pós-graduação, MBAs em gerenciamento
de projetos com mais de 400h de carga horária, o que, de certa forma, mostra
a sua extensão e profundidade. Esperamos que você tenha compreendido os
fundamentos da gestão de projetos e que seu conhecimento tenha expandido
para maior entendimento sobre o assunto.
REFERÊNCIAS
AACE – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia de Custos. Página
inicial. 2020. Disponível em: http://brasil-aacei.org/. Acesso em: 10 mar. 2020.
ABIDI, S.; JOSHI, M. The VUCA Company: How Indian companies have faced
Volatility, Uncertainty, Complexity & Ambiguity. 1. ed. Jaico, 2015.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
FINOCCHIO JR., J. Project Model Canvas. São Paulo: ALTA BOOKS, 2013.
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Gerenciamento de Projetos
2020.
PMI – Project Management Institute. Sobre nós. 2020. Disponível em: https://
www.pmi.org/about. Acesso em: 24 fev. 2020.
PMI – Project Management Institute. Página inicial. 2020. Disponível em: https://
www.pmi.org/brasil. Acesso em: 10 mar. 2020.
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Capítulo 1 Definindo o Gerenciamento
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Gerenciamento de Projetos
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C APÍTULO 2
Principais Áreas de Conhecimento
de Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No capítulo anterior, estudamos que um projeto é um esforço temporário
empreendido para criar um produto ou serviço único. Com essa característica
específica, sua estrutura de informação, organização, controle e divulgação
necessita de cuidados especiais. Muitos princípios que serão discutidos neste
capítulo também existem na gestão de processos contínuos de produtos ou
serviços, o que diferencia no contexto do gerenciamento de projetos é a sua
utilização e intensidade nas fases do seu ciclo de vida.
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Gerenciamento de Projetos
Um ponto importante que precisa estar claro para quem está gerenciando
um projeto é que o GUIA PMBOK® não é uma metodologia, confusão de
interpretação que muitas vezes ocorrem nas organizações, que leva a aplicar
de forma mecânica e processual as áreas de conhecimento e seus processos.
Devemos entender que o gerenciamento de projetos é a capacidade de interpretar
os objetivos de negócio que o projeto pretende atingir. Os processos das áreas de
conhecimento podem ajudar a alcançar esses resultados da forma mais eficaz
dentro da melhor eficiência do trabalho integrado das pessoas, utilizando os
recursos de negócio, financeiros, físicos e intelectuais disponíveis.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
Essa é uma ideia que não condiz com a realidade que vivemos hoje
para a gestão de ambientes complexos, em que o pensamento sistêmico tem
atingido melhores resultados pela sua capacidade de adaptação a mudanças
com respostas rápidas e eficazes em um mercado em constantes mudanças.
Ambientes complexos são sistemas de interações de atividades e pessoas onde
mudanças e incertezas envolvidas sempre estão trazendo novas variáveis e a
necessidade de ajustes constantes para adaptação, conforme Figura 3.
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
dinâmica da atualidade. Efetuar ações para evitar essas mudanças, sem entender
as novas variáveis que entraram no contexto, é uma ação que aumentará a
possibilidade de a entrega final do projeto (mesmo dentro do prazo, custo, escopo
e qualidade) não atender o seu objetivo.
2 GERENCIAMENTO DA
INTEGRAÇÃO DO PROJETO
Como foi explicado anteriormente, precisamos pensar os projetos como um
sistema com interações com vários ambientes. O gerenciamento da integração
é a área de conhecimento que tem essa especialização de unir em uma visão
sistêmica as informações e conhecimentos das outras áreas de conhecimento
e criar a sinergia necessária para a obtenção de um resultado único e alinhado
ao propósito ao qual o sistema se destina. A Dra. Donella H. Meadows, em seu
livro Thinking in System (2008), define um sistema como sendo “um conjunto de
elementos interconectados e coerentemente organizado para se alcançar algo”
(MEADOWS, 2008, p. 11). Essa visão consegue sintetizar muito bem o porquê
um sistema existe, a interação entre as partes sempre busca algum objetivo. Um
projeto sendo pensado como um sistema precisa ter claro qual é o seu objetivo
e ser capaz, ao longo de sua construção, identificar as mudanças que estão
ocorrendo e realizar as adaptações necessárias.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
Uma técnica que pode ser utilizada nessa fase para esclarecer o verdadeiro
porquê do projeto é o Design Thinking. É uma técnica com foco em entender e
se aprofundar na resolução de um problema e de forma colaborativa e empática
achar uma proposta de solução. Geralmente, um projeto é a resolução de
algum problema ou oportunidade que foi identificado e que precisa de uma ação
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Gerenciamento de Projetos
Uma opção que muitas equipes estão adotando e que o Guia PMBOK® 6ª
edição inclui é o uso de ferramentas de gestão visual como a ideia de utilizar
canvas (quadros), como por exemplo, o Project Model Canvas, do Professor José
Finocchio Jr. Documentos descritivos são importantes e muitas vezes necessários
por questões de governança corporativa, regras governamentais, entre outras
razões, mas a gestão visual é uma forte aliada na integração das informações por
trabalhar com princípios que ajudam na divulgação, compreensão e transparência
da informação, criando mais engajamento de todos os envolvidos e contribuindo
para a construção das narrativas de documentações que possam ser necessárias,
diminuindo a chance de contradições entre as informações.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
Projetos que utilizam conceitos e práticas ágeis têm adotado com muito
sucesso métodos de gestão que têm ajudado na capacidade de se adaptar às
aleatoriedades que os projetos apresentam durante a execução dos trabalhos.
Por exemplo, podemos destacar dois métodos que têm sido aplicados com
resultados bem expressivos: o Scrum e o Método Kanban. Eles nasceram
dentro de organizações de TI, mas a sua aplicação já ultrapassou esses limites
e já é utilizado em equipes de outras áreas e organizações dos mais diversos
segmentos.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
observação de uma parte para o entendimento de causa e efeito. Ele foi adaptado
do mundo da manufatura para a gestão do trabalho do conhecimento por David
Anderson (2011), que através do alinhamento dos objetivos, observando o fluxo
atual do trabalho e os problemas que impedem a melhor eficácia e eficiência, os
próprios envolvidos, independentemente do nível hierárquico ou da função que
exerce, pode participar e ter influência sobre as ações de melhorias. O foco está
na gestão do sistema e não nas pessoas, a melhoria tem que ser do sistema
como um todo e não somente de uma de suas partes.
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Gerenciamento de Projetos
marcante por estar falando de algo atual e aplicando uma correção, sendo muito
mais proativo e eficaz no seu resultado.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
científica até a virada para o século XXI, a gestão estava muito focada em
controlar a eficiência das pessoas, um olhar voltado para obter o máximo de
resultado individual, esse é um modelo que prioriza a eficiência dos recursos. Com
a evolução da compreensão do pensamento sistêmico e de suas implicações,
fica mais estruturado o entendimento que a soma das partes separadas não
necessariamente gerará o melhor resultado final, o que precisamos é otimizar o
trabalho integrado da equipe, avaliando o resultado da visão do sistema, esse é o
modelo que prioriza a eficiência do sistema.
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FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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FONTE: O autor
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3 GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO
PROJETO
O escopo do projeto é tudo o que será construído no projeto para atingir
o objetivo que foi determinado no plano de gerenciamento do projeto. Com as
definições de negócio alinhados e aprovados pelas partes interessadas, o gerente
de projetos deve se concentrar na definição do escopo que será realizado com a
colaboração da equipe do projeto e de especialistas externos, se for necessário.
No Guia PMBOK® 6ª edição (2017) é feita a diferenciação entre o que é escopo
do produto e escopo do projeto:
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
PMBOK® 6ª edição (2017), têm se tornado mais popular por sua característica
de ciclos curtos de implementação, em que o direcionamento de negócio e suas
alterações influenciam diretamente no que será construído no projeto. Isso não
significa que o projeto é iniciado sem nenhuma previsão e direcionamento, o
que ocorre é o entendimento claro do objetivo a ser atingido dentro do contexto
atual e os direcionadores de negócio, assim o escopo planejado é mais flexível,
com a priorização das atividades conforme sua importância para o resultado do
momento. Esse grupo de atividades é conhecido por Backlog. A gestão desse
repositório de atividades é ativa e constantemente é aumentado ou diminuído
conforme as mudanças que o projeto tem para adaptação a novas necessidades.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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4 GERENCIAMENTO DO
CRONOGRAMA DO PROJETO
Seu objetivo é garantir que o projeto seja entregado no prazo acordado com
uma visão geral das atividades que serão realizadas com suas dependências,
sequenciamento e previsão de tempo necessário. Em edições anteriores do Guia
PMBOK® era conhecimento com Gerenciamento do Tempo.
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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Gerenciamento de Projetos
Uma prática que tem sido adotada em projetos com abordagem ágil é
evitar grandes entregas com prazos muito longos, não atendendo à premissa
dos modelos adaptativos de ciclos mais curtos de feedback da validação das
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
Com esse controle é possível ter uma visão do andamento do projeto com
previsões mais assertivas de entrega do projeto e ajustando possíveis distorções
do cronograma e alinhar às expectativas das partes interessadas. É possível usar
várias técnicas de análise das informações, como os exemplos indicados no Guia
PMBOK® 6ª edição (2017) (capítulo 6.6.2.1), como análise de valor agregado,
gráfico de evolução regressiva, entre outros. O importante, ao aplicar a técnica
que melhor se adaptar à realidade do projeto, é identificar o mais cedo possível as
mudanças entre o planejado e o realizado, e realizar as ações mais adequadas.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
Para criar essas estimativas iniciais é possível usar várias técnicas no Guia
PMBOK® 6ª edição (2017) e que foram explicadas anteriormente.
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Gerenciamento de Projetos
Um fator que precisa ser avaliado mais que valores nominais associados ao
projeto é o custo-benefício que está sendo agregado ao(s) objetivo(s) do projeto.
Quando o foco maior são custos e resultados, podemos cair na situação em que
“tudo é custo e nada parece ter valor”, as decisões estão somente baseadas
em números e pouco se tem foco no contexto, projeções de mercado e outras
variáveis envolvidas além das econômicas.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
Na página 247 do Guia PMBOK® 6ª edição (2017) tem uma tabela com
as principais análises utilizadas em projetos com suas respectivas fórmulas e
explicações, segundo a visão do PMI.
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Gerenciamento de Projetos
6 GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
DO PROJETO
FIGURA 11 – PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DA
QUALIDADE AO LONGO DAS FASES
DO PROJETO
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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Gerenciamento de Projetos
evolução do entendimento por parte do PMI, essa visão era limitada à abrangência
dos recursos necessários para um projeto. Para ampliar essa visão, foi englobado
o gerenciamento dos recursos físicos (equipamentos, materiais, instalações,
infraestrutura, entre outros) e o gerenciamento das habilidades intelectuais
humanas necessárias à realização do projeto (recursos humanos).
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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Gerenciamento de Projetos
• Matriz RACI – é uma ferramenta pela qual cada recurso humano tem
o entendimento do seu papel dentro do contexto do projeto. O nome
corresponde à sigla para Responsible, Accountable, Consulted e Informed
(Responsável, Aprovador, Consultado e Informado). Ela é utilizada em
uma representação gráfica do objetivo do projeto e a ação necessária
de cada participante para que esse objetivo seja atingido. Foi criada
para eliminar a confusão na hora de definir o papel de cada um no
projeto e para aumentar a eficiência. É uma matriz de distribuição de
responsabilidades, em uma visão mais genérica.
• Delegation Board – é uma ferramenta do Management 3.0 utilizada
para estabelecer o relacionamento da equipe e da gestão quanto às
atividades existentes no projeto e o nível de autonomia para cada uma.
O modelo possui sete níveis diferentes, que vão do controle total do
gestor sobre a ação até a total delegação para equipe, sendo construído
em conjunto, de uma forma democrática e alinhando expectativas e
entendimentos.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
Outro aspecto que tem ganhado força na era digital para os trabalhadores
da era do conhecimento é o trabalho remoto com equipes. Essa possibilidade
tem viabilizado formas de efetuar as atividades com pessoas independentemente
de sua localização geográfica, diminuindo custos e viabilizando habilidades
importantes ao projeto. Esse modelo exige novas formas de gerenciamento que
privilegiam a auto-organização, como citado anteriormente.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
8 GERENCIAMENTO DAS
COMUNICAÇÕES DO PROJETO
FIGURA 13 – PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DAS
COMUNICAÇÕES AO LONGO DAS FASES
DO PROJETO
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
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Gerenciamento de Projetos
Com as práticas ágeis, a gestão visual se tornou muito popular como forma
de comunicação, um exemplo interessante é o método Kanban. Ele envolve o
alinhando entre o propósito do cliente, objetivos organizacionais, fluxo do sistema
de trabalho atual e os problemas que causam desperdícios, tudo sintetizado e
exposto nos quadros visuais de gestão do fluxo (Kanban Board). Com o Kanban
Board é possível fazer uma comunicação visual e fácil do andamento do projeto,
das atividades que estão prontas, sobrecargas do sistema e os gargalos
formados, impedimentos existentes e outros aspectos relacionados ao projeto
e seu contexto específico. Para as partes interessadas, que não podem por
questões de localização físicas usufruir dessas informações, existem ferramentas
virtuais que possibilitam esse acesso.
108
Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
• Estratégia de riscos.
• Metodologia para gestão dos riscos.
• Papéis e responsabilidades para os planos de ações sobre riscos.
• Financiamento para o gerenciamento dos riscos.
• Prazos das atividades sobre riscos do decorrer do projeto.
• Categorias para agrupar os riscos individuais pela lógica de estrutura
do projeto, ela pode ser representada na EAR (Estrutura Analítica de
Riscos), como no exemplo a seguir.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
• Eliminar – o risco não deverá mais existir, as ações definidas devem ser
com a intenção de acabar com ele.
• Mitigar – é reduzir a probabilidade de ocorrência, grau de impacto ou
ambos a um nível dentro dos parâmetros de tolerância acordado para o
contexto do projeto.
• Delegar – a organização junto à equipe de gerenciamento de projetos
pode chegar à conclusão de que o melhor é repassar os impactos de
ocorrência do risco para um terceiro, como por exemplo, uma agência de
seguros, dessa forma, resguardando o projeto.
• Aceitar – determinados riscos são simplesmente aceitos pela sua baixa
influência no projeto ou por estarem dentro da tolerância determinada
para esse tipo de ação.
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Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
10 GERENCIAMENTO DAS
AQUISIÇÕES DO PROJETO
É a área de conhecimento que cuida dos processos relacionados a
comprar ou adquirir produtos, serviços externos à equipe do projeto. Os
impactos de obrigações legais e penalidades relacionadas a contratos e acordos
comerciais são um ponto crucial para mitigar ou eliminar os riscos envolvidos.
Por essas questões, muitas organizações utilizam a sua própria estrutura de
compras e logística para esse gerenciamento, mas também pode ser definido o
acompanhamento de um profissional com as especializações necessárias para
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
Uma prática que vem ganhando força para o trabalho com as partes
interessadas para o alinhamento de expectativas, identificação de problemas
e direcionamento de soluções com práticas e conhecimentos emergentes do
trabalho em grupo são as Estruturas Libertadoras. São um conjunto de dinâmicas
e ações desenvolvidas inicialmente por Keith McCandless e Henri Lipmanowicz
(2013), no livro The Surprising Power of Liberating Structures, em que apresentam
a capacidade de grupos trabalharem o melhor dos seus conhecimentos, de
forma ordenada e dinâmica, criando o ambiente adequado para discussões e
engajamento de todos pelo sentimento de pertencimento e objetividade das
discussões em torno de resoluções coletivas, ampliando a visão sobre aspectos
cruciais dos assuntos tratados.
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Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
12 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Ao longo deste capítulo, observamos e avaliamos as áreas de conhecimento
entendendo seus processos, principais responsabilidades e a interligação
existente para a realização do projeto.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, D. J. Kanban: mudança evolucionária de sucesso para seu
negócio de tecnologia. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
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Capítulo 2 Principais Áreas de Conhecimento de
Gerenciamento de Projetos
OSINGA, F. P.B. Science, Strategy and War – The strategic theory of John
Boyd. 1. ed. New York: Routledge, 2007.
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Gerenciamento de Projetos
126
C APÍTULO 3
Modelo Geral para Gerenciamento
de Projetos
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Para ser um gerente de projeto bem-sucedido, você precisa ter condições
de visualizar todo o projeto do início ao fim, entender a sua complexidade e ter a
capacidade de atingir os resultados esperados com o seu projeto, utilizando os
métodos adequados. Essa necessidade é de extrema importância para que você
possa acompanhar o dinamismo e complexidade presentes nos dias de hoje. Os
gerentes de projeto precisam tornar suas práticas de gerenciamento mais flexíveis
e adaptáveis.
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Gerenciamento de Projetos
2 METODOLOGIA PRINCE2™ DE
GESTÃO DE PROJETOS
PRojects IN Controlled Environments ou Projetos em ambientes controlados
(PRINCE) é um método de gerenciamento de projetos não proprietário genérico,
a ponto de poder ser aplicado a qualquer projeto, independentemente de seu
porte, tipo, organização, região geográfica ou cultura (OGC, 2011).
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
3 PRINCÍPIOS
Os princípios nos quais o PRINCE2 se baseia têm origem em lições
aprendidas em projetos tanto positivas quanto negativas. Elas proporcionam um
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
4 TEMAS
Os temas fornecem informações sobre como o projeto deve ser gerenciado.
Eles podem ser considerados áreas de conhecimento ou como os princípios
são colocados em prática. Eles são configurados no início do projeto e depois
monitorados. Os projetos são mantidos no caminho, abordando constantemente
os seguintes temas:
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
5 PROCESSOS
A metodologia PRINCE2™ separa o projeto inteiro em várias etapas e cada
uma é gerenciada de maneira separada. São sete os processos envolvidos, a
saber:
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
6 ADAPTABILIDADE DO PRINCE2™
“O processo de adaptação ou Tailoring do PRINCE2 é realizado de acordo
com a necessidade do projeto. Nesse caso, deve-se avaliar a sua aplicação
projeto por projeto. Isso é muito diferente da implementação do PRINCE2 por
toda uma organização, ou seja, 'incorporação'.
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Gerenciamento de Projetos
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Atividades realizadas:
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
IP Autorizar o projeto
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
projeto.
Nesta seção, você identifica os riscos de alto nível que você prevê ao
assumir o projeto. Em resposta aos riscos que você identificou, defina o plano
de mitigação de riscos e um plano de exceção detalhado para garantir que
o projeto continue evoluindo e que o nível de motivação da equipe seja alto. A
Estratégia de Gerenciamento de Riscos descreve o procedimento, as funções e
responsabilidades e as diretrizes para o gerenciamento de riscos, incluindo os
padrões para avaliar o impacto no risco. Lembrando que lições aprendidas são
uma excelente fonte de consulta.
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Gerenciamento de Projetos
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
procedimentos.
• Cronograma para realização das atividades formais de comunicação do
projeto.
• Papéis e responsabilidades dos envolvidos nas atividades de
gerenciamento das comunicações do projeto.
• Análise de stakeholders.
145
Gerenciamento de Projetos
Seu objetivo é ser o guia do projeto, a fim de formar uma linha de base para
avaliação do seu sucesso. Fornece a direção e o escopo do projeto (junto ao
plano do estágio), formalizando os acordos entre o gerente do projeto e a diretoria
do projeto. Este é um documento vivo, pois deve sempre refletir o status atual,
planos e controles do projeto. Vários produtos de gerenciamento (Planos) são
desenvolvidos durante o início do projeto, nesse momento, você pode unificá-
los. Não é uma obrigação! O mais importante é você ter todas as informações
necessárias para iniciar, consultar e comunicar as partes interessadas com
segurança.
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
Segundo o Manual PRINCE2 (2011), essa atividade fornece meios para uma
avaliação regular do status dos pacotes de trabalho. A frequência e formalidade
desse pacote deve estar acordada previamente no plano de estágio para o
estágio atual.
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Gerenciamento de Projetos
e) Relatórios gerenciais
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
• Riscos e questões.
• Status dos produtos.
• Desvios (tempo, custo etc.).
• Ações corretivas empregadas.
• Lições aprendidas.
Antes de tomar uma decisão sobre o curso da ação, cada questão ou risco
deve ser registrado e depois avaliado quanto ao seu impacto. O gerente de projeto
deve garantir que os vários registros do projeto sejam mantidos atualizados com
objetivo de direcioná-los conforme autoridade apropriada. Para Ribeiro (2011), o
método PRINCE2TM recomenda que todos os riscos e questões do projeto sejam
documentados, avaliados, monitorados e que seus eventos sejam comunicados.
Para tratar questões do projeto, se deve utilizar o procedimento de controle de
mudança que deve estar descrito na estratégia de gerenciamento de configuração
do projeto.
h) Ações corretivas
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
Durante cada estágio, seria bastante normal para o gerente de projeto emitir
vários pacotes de trabalho ao mesmo tempo; isso pode ocorrer quando existem
várias equipes especializadas ou uma equipe interna e uma equipe externa.
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
c) Entregar produtos
d) Avalie o projeto
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
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FONTE: O autor
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: <http://www.mundoagil.com/responder-a-mudancas-
mais-que-seguir-um-plano/>. Acesso em: 30 mar. 2020.
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
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Gerenciamento de Projetos
1) Product owner
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
2) Scrum master
3) Time scrum
• Cuida da entrega.
• Pratica auto-organização e autogestão.
• Composição multidisciplinar.
• Define os requisitos incluídos em cada Sprint.
• Negocia prazos e a forma de execução dos trabalhos.
• Propõe soluções e alternativas.
• Reporta progressos, impedimentos e itens não planejados.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
a) História de usuário
Um projeto que utiliza o scrum como framework descreve por meio de user
story os itens do Product Backlog. As histórias de usuário visam pensar sempre
em três perguntas:
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
b) Backlog do Produto
O Product backlog é uma lista detalhada de tudo o que precisa ser realizado
para atingir os objetivos do projeto. Essa lista evolui ao longo do desenvolvimento
do produto, ela é o mapa do projeto que leva para o seu objetivo principal. O
segredo para atender integralmente à necessidade do cliente é um backlog
bem estruturado. Para que se ganhe em produtividade, o mais importante é a
atuação do Product owner priorizando seus respectivos itens. O Product owner
é o único responsável por tudo o que acontece nessa lista, ele deve consultar os
stakeholders e a equipe para se certificar de que elas representam tanto o que as
pessoas querem, como também o que precisa ser devidamente construído.
FONTE: O autor
c) Backlog da Sprint
Para cada Sprint é definido um Sprint Backlog, que é a meta principal a ser
realizada dentro do tempo determinado para aquele Sprint.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
d) Sprint
FIGURA 18 – SPRINT
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
e) Incremento do produto
FONTE: O autor
f) Reunião de revisão
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
g) Reunião de retrospectiva
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
FIGURA 21 – RETROSPECTIVA
FONTE: O autor
h) Lições aprendidas
O registro das lições aprendidas deve ser um esforço contínuo durante todo
o projeto. O uso das lições aprendidas durante uma sprint pode nos ajudar no
projeto atual ou identificar melhorias no processo gestão do projeto. Aprender com
as falhas do projeto e com os sucessos do projeto é um dos grandes desafios
das práticas ágeis. Ainda existe uma cultura de punição em muitas organizações.
Trabalho complexo geralmente é variável e imprevisível. Por não aprendermos
com as falhas do projeto, estamos fadados a repetir situações semelhantes. Ao
não maximizar o sucesso do projeto, perdemos oportunidades de implementar e
melhorar os processos e práticas para concluir com êxito.
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Gerenciamento de Projetos
FONTE: O autor
Esse ciclo se repete até a conclusão do projeto. Não existe um limite para a
quantidade de sprints de um projeto.
FONTE: O autor
i) Gestão
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
do projeto. Seu objetivo é permitir que o projeto esteja no caminho certo para
fornecer a solução esperada dentro do cronograma desejado.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
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Gerenciamento de Projetos
j) Benefícios
Existem boas razões para usar o Scrum para se tornar ágil. A seguir estão
alguns dos mais populares.
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
de troca necessárias, trocando o escopo existente por novo, onde agrega maior
valor.
a) ( ) Scrum Master.
b) ( ) Product Owner.
c) ( ) Time Scrum.
d) ( ) Gerente de Projetos.
9 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, tivemos a oportunidade de explorar a importância do olhar
sistêmico para os projetos, de compreender que agilidade é a nossa capacidade
de lidar com a complexidade e, consequentemente, se adaptar. Lembre-se de que
não existe metodologia de projetos como solução única para alcançar o sucesso.
Você precisará compreender o contexto onde você está inserido, compreender as
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Gerenciamento de Projetos
REFERÊNCIAS
AGILE MANIFESTO. Manifesto Para Desenvolvimento Ágil De Software.
2001. Disponível em: https://agilemanifesto.org/iso/ptbr/manifesto.html. Acesso
em: 10 mar. 2020.
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Capítulo 3 Modelo Geral para Gerenciamento de Projetos
Programmers, 2015.
PRINCE2. O que adaptar e o que manter. Prince2. 2017. Disponível em: https://
www.prince2.com/usa/blog/how-to-tailor-prince2. Acesso em: 25 mar. 2020.
171