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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
51º BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA
(BATALHÃO CAPITÃO-MOR BENTO MACIEL PARENTE)

PLANO DE SESSÃO

Data: Conforme
QTS
Turma de Instruendos: Alunos do CFC 2023 Hora: Conforme
QTS
MATÉRIA: Operação Tipo Polícia na Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
UNIDADE DIDÁTICA: Q-101
ASSUNTO: Legislação e Regras de Engajamento
FONTES DE CONSULTA: EB70-MC-10.242 OPERAÇÃO DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
OBJETIVOS:
- Conhecer a legislação de emprego em GLO;
- Conhecer as regras de engajamento para o emprego de tropa em GLO.

LOCAL DA INSTRUÇÃO: Sala de instrução 1° Cia

INSTRUTOR: 3° Sgt Donizete


MONITORES E AUXILIARES: -

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS:
- Preparação do local de instrução e meio auxiliares.

MEDIDAS DE SEGURANÇA:
- A instrução não oferece risco, mas caso algum aluno venha a passar mal, o mesmo será encaminhado até a
divisão de saúde do Batalhão.

____________________ ____________________ ____________________


3° Sgt Donizete Cap Gurjão Maj Jhonatan
Instrutor Instrutor Chefe Coordenador do Curso
SESSÃO DE INSTRUÇÃO MILITAR
Tempo Assuntos a serem abordados MAI
1. INTRODUÇÃO:
Tendo em vista que esta é a instrução inicial sobre GLO, não há ligação
com a sessão anterior. Será apresentado um vídeo jornalístico sobre as
Operações de Garantia da Lei e da Ordem. E após farei a apresentação dos
objetivos.

Teremos como objetivos nessa instrução:


Objetivos:
Identificar a legislação que ampara o emprego da tropa em operações
GLO;
10 min
Identificar as regras de engajamento para o emprego de tropa em
GLO.

Para alcançar os objetivos vamos seguir o seguinte sumário:


INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Considerações Iniciais;
Constituição Federal de 1988;
Lei Complementar N° 97/99;
Decreto N° 3.897/01;
Regras de Engajamento
CONCLUSÃO
Retificação de Aprendizagem;
Retirada de Dúvidas.

No decorrer da instrução caso algum aluno venha a passar mal será


levado a Div Saúde acompanhado do Cb de dia.
Durante a instrução caso o instrutor perceba sonolência no grupamento,
o mesmo dará ordem para o grupamento levantar e em seguida sentar-se, no Projetor
máximo duas vezes visando despertar a atenção dos alunos. Multimídia e Eqp
de Som
No desenrrolar da instrução caso o militar venha sentir sono o mesmo
será orientado a ficar de pé a retaguarda.
Durante a instrução será dado intervalo para consumo de água e
necessidades fisiológicas com tempo de 10 min.
2. DESENVOLVIMENTO:
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Garantia da Lei e da Ordem é a atuação coordenada das Forças
Armadas e dos órgãos de segurança pública na execução de ações e
medidas provenientes do poder nacional, em caráter integrado, com
realce na expressão militar.
70 min Tais operações representam ações desencadeadas depois de esgotados
os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio público/privado,
relacionados no Art. 144 da Constituição Federal, desde que fique
caracterizada a inexistência, insuficiência ou indisponibilidade dos
meios legais.
A base legal para o emprego da força Terrestre nas ações de GLO
encontram-se no Art. 142 da CF, o qual enumera as hipóteses de
emprego das Forças Armadas. Debelada a anormalidade, cabe aos
órgãos de segurança pública a manutenção da lei e da ordem
pública, retornando a Força Terrestre à caserna, uma vez que seu
emprego deve ser de caráter eventual, episódico, de duração
limitada e em área previamente definida.
A decisão de emprego da Força Terrestre em ações de GLO é da
competência exclusiva do Presidente da República.
Na hipótese de emprego da Força Terrestre, em Op GLO, os seguintes
aspectos deverão ser observados:
- a atuação da Força Terrestre ocorrerá de acordo com as diretrizes
baixadas em ato do Presidente da República;
- consideraram-se esgotados os meios previstos no Art.144 da CF,
inclusive no que concerne às Policias Militares;
- o Exército objetivará a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio;
- a Polícia Militar, caso disponha de meios, com a anuência do
Governador do Estado, atuará, parcial ou totalmente, sob controle
operacional do comando militar responsável pelas operações; e
- o Exército poderá, quando determinado, prestar apoio Logístico,
de Inteligência, de Comunicações e de Instrução, bem como
assessoramento aos órgãos governamentais.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército


e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e
regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à Projetor
70 min defesa da Pátria, à Garantia dos Poderes Constitucionais e, por Multimídia e Eqp
iniciativa de qualquer destes, da Lei e da Ordem. de Som
§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem
adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças
Armadas.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
Polícia Federal;
Polícia Rodoviária Federal;
Polícia Ferroviária Federal;
Polícias Civis;
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.

LEI COMPLEMENTAR N° 97 DE 09/07/1999

Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o


emprego das Forças Armadas.
Art. 1° As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e
pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e
regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do Presidente da República e destinam-se à
defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Art. 15 O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na
garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na
participação em operações de paz, é de responsabilidade do
Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da
Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte
forma de subordinação:
§ 1° Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das
Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido
manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por
intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do
Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
Art. 16-A. Cabe às Forças Armadas, além de outras ações pertinentes,
também como atribuições subsidiárias, preservadas as
competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por meio de
ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no
mar e nas águas interiores, independentemente da posse, da
propriedade, da finalidade ou de qualquer gravame que sobre ela
recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente
ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo,
executando, dentre outras, as ações de:
patrulhamento;
revista de pessoas, veículos terrestres, embarcações e aeronaves; e
prisões em flagrante delito.

DECRETO N° 3.897 DE 24/08/2001

Fixa as diretrizes para o emprego das Forças Armadas na garantia da


lei e da ordem, e dá outras providências.
Art. 2º É de competência exclusiva do Presidente da República a
decisão de emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da
ordem.
§ 1º A decisão presidencial poderá ocorrer por sua própria iniciativa,
ou dos outros poderes constitucionais, representados pelo
Presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo Presidente do Projetor
70 min Senado Federal ou pelo Presidente da Câmara dos Deputados. Multimídia e Eqp
§ 2º O Presidente da República, à vista de solicitação de Governador de Som
de Estado ou do Distrito Federal, poderá, por iniciativa própria,
determinar o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e
da ordem.
Art. 5º O emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem,
que deverá ser episódico, em área previamente definida e ter a
menor duração possível, abrange, ademais da hipótese objeto dos
arts. 3º e 4º, outras em que se presuma ser possível a perturbação da
ordem, tais como as relativas a eventos oficiais ou públicos,
particularmente os que contem com a participação de Chefe de
Estado, ou de Governo, estrangeiro, e à realização de pleitos
eleitorais, nesse caso quando solicitado.

REGRAS DE ENGAJAMNETO

Caracteriza-se por uma série de instruções predefinidas que orientam o


emprego das unidades que se encontram na zona de operações,
consentindo ou limitando determinados tipos de comportamentos,
em particular o uso da força, a fim de permitir atingir os objetivos
políticos e militares estabelecidos pelas autoridades competentes,
evitar excessos e prevenir contra o possível envolvimento em
processos judiciais decorrentes de atos cometidos durante a
operação.
As regras de engajamento disciplinam o emprego controlado da força,
contendo procedimentos que digam respeito :
- à força oponente;
- à população;
- a outros públicos específicos;
FORÇA OPONENTE:
Identifique se está praticando ou existe apenas uma intenção de
praticar um ato hostil.
Uma demonstração de intenção hostil pode não requerer uso da força,
mas deve requerer o preparo de uma reação com certo grau de
força.
A prática de um ato hostil requer o imediato emprego da força para
preservar a integridade da tropa.
Os incidentes de maior gravidade deverão ser reportados de imediato
ao Comandante imediatamente, para evitar repercussão negativa na
mídia (prisões/detenções de manifestantes, disparos de arma em
público, confrontos, etc).

POPULAÇÃO:
Nenhum cidadão brasileiro deve ser considerado ou tratado como
inimigo.
Em caso de receber ofensas por parte de populares a tropa não deve
revidar, gesticular, responder ou ameaçar. A conduta da tropa é a de
permanecer séria e concentrada em sua missão. Tal atitude,
profissional, evita o envolvimento emocional que demandam em
atitudes desastrosas.
As manifestações de apreço de populares devem ser respondidas de
modo amigável e cordial.
Especial atenção deve ser reservada às crianças, mesmo quando
utilizadas por forças adversas (como escudos muitas vezes),
merecem cuidados. Não esquecer que toda a criança é um ser em
formação e a imagem que ela forma da força terrestre é importante Projetor
70 min para o futuro cidadão. Multimídia e Eqp
Todo militar deve ter conhecimento de que ao prender um de Som
manifestante/força adversa será o responsável por quaisquer danos
físicos ou mentais provocados a esse elemento.

OUTRO PÚBLICOS ESPECÍFICOS:


IMPRENSA
Deve ser buscado o acompanhamento das operações por profissionais
da imprensa, desde que isto não coloque em risco o sigilo
necessário à operação e sempre de forma a preservar a integridade
física dos mesmos.
Deve ser dito de forma clara que o Exército não assume
responsabilidade por danos que porventura venham a sofrer no
desempenho de suas atividades jornalísticas junto à Força.
O acesso de profissionais da imprensa em áreas como PC ou áreas
isoladas pela tropa deve ser feito somente com autorização do Cmt
da operação e, mesmo assim, devidamente acompanhados.

AUTORIDADES
Prefeitos, vereadores, secretários de governo, parlamentares, líderes
religiosos ou líderes comunitários, essas personalidades devem ser
encaminhadas ao Cmt da operação ou ao negociador do escalão
superior. Devem receber tratamento cordial e amistoso.
O trânsito dessas autoridades pela área de operações somente com
autorização do Cmt da Força e devidamente acompanhados

As normas de engajamento em todos os níveis devem ser definidas


obedecendo-se aos seguintes princípios:
1) Devem ser simples e de fácil compreensão: o executante do nível
mais baixo não pode ter dúvidas quanto ao que fazer;
2) Devem possuir a maior abrangência possível de situações, de modo
a evitar que o executante não saiba como proceder em alguma
situação. O "imprevisto" deve ser, realmente, aquilo que seria
"impossível" prever em "planejamento";
3) Devem ser perfeitamente exequíveis: de nada adiantará definir
regras que a tropa, por qualquer fator (até por sua formação
cultural), não poderá, não saberá, ou terá dificuldades em executar;
4) Devem ser inteligentes: a obediência tem que ser irrestrita ao
princípio que a MISSÃO SERÁ SEMPRE CUMPRIDA, mas para
isto é fundamental que a autoridade que vai estabelecer as normas
tenha compreendido perfeitamente a finalidade, o "espírito" da
missão atribuída (MISSÃO PELA FINALIDADE). Isto será obtido
definindo-se para os executantes procedimentos que, embora
possam parecer não levar ao objetivo final, na realidade atingirão
com eficiência a finalidade para a qual aquela missão foi atribuída;
5) As regras de engajamento de um escalão mais baixo podem e
devem detalhar o que foi recebido do escalão superior. O que elas
NÃO PODEM EM NENHUMA HIPÓTESE é contrariar a direção
geral dos procedimentos contidos nas normas superiores. Para isso
é preciso que cada Cmt identifique perfeitamente a intenção Projetor
15 min (finalidade da missão) do Cmt superior; Multimídia e Eqp
6) O maior princípio norteador de normas de engajamento é: "O de Som
EXÉRCITO NÃO PODE SER DESMORALIZADO”.

3. CONCLUSÃO
Como conclusão será apresentado exemplos de situações e ações
correspondentes com base nos principios apresentados sobre regras
de engajamento.
Após o término de toda explanação teórica, será realizada uma
retificação de aprendizado e retirada de dúvidas por parte dos alunos.

Visto: Visto: Visto:

3º Sgt Donizete Cap Gurjão Maj Jhonatan


Instrutor Instrutor Chefe Coordenador do Curso

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