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Técnicas Militares III

3° SGT DOS SANTOS


A FORÇA TERRESTRE NAS OPERAÇÕES
DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

c) Situações de comprometimento e grave


comprometimento da Ordem Pública e Interna
d) Ações de GLO e fundamentos do emprego
e) Fases do emprego da tropa nas operações de GLO
OBJETIVOS
• Distinguir situação de comprometimento da Ordem
Pública de situação de grave comprometimento da
Ordem Pública. (CONCEITUAL)
• Distinguir situação de comprometimento da Ordem
Interna de situação de grave comprometimento da
Ordem Interna. (CONCEITUAL)
• Identificar as ações de GLO de acordo com o grau e
natureza dos óbices representados pelas ações das
F Adv. (FACTUAL)
• Examinar os fundamentos do emprego em ações de
GLO. (CONCEITUAL)
• Examinar as fases do emprego da tropa.
(CONCEITUAL)
SUMÁRIO
• INTRODUÇÃO
• DESENVOLVIMENTO
• Situação de comprometimento e grave comprometimento da
ordem pública e interna
• Ações de GLO e fundamentos do emprego
• 4.1. Ações de garantia da lei e da ordem
• 4.2. Fundamentos do emprego em ações de garantia da lei e da ordem
• Fases do emprego da tropa nas operações de GLO
• 5.1. Generalidades
• 5.2. Fases de Emprego da Tropa
• CONCLUSÃO
A FORÇA TERRESTRE NAS
OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E
DA ORDEM

3. SITUAÇÕES DE COMPROMETIMENTO E GRAVE


COMPROMETIMENTO DA ORDEM PÚBLICA E INTERNA

a) Operações de Garantia da Lei e da Ordem (Op GLO) –


Operações militares conduzidas pelas Forças Armadas, por
decisão do Presidente da República, de forma episódica, em
área previamente estabelecida e por tempo limitado, com o
propósito de assegurar o pleno funcionamento do estado
democrático de direito, da paz social e da ordem pública.

b) Segurança Integrada (Seg Intg) – Expressão usada nos


planejamentos de GLO da F Ter, com o objetivo de estimular
e caracterizar uma maior participação e integração de todos
os setores envolvidos.
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OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E
DA ORDEM

c) Forças Adversas (APOP) – São pessoas, grupos de pessoas ou


organizações cuja atuação comprometa o pleno funcionamento
do estado democrático de direito, a paz social e a ordem pública.

d) Ordem Pública – Conjunto de regras formais que emanam do


ordenamento jurídico da nação, tendo por escopo regular as
relações sociais de todos os níveis do interesse público,
estabelecendo um clima de convivência harmoniosa e pacífica,
fiscalizado pelo poder de polícia e constituindo uma situação ou
condição que conduza ao bem comum.

e) Segurança Pública – Garantia que o Estado proporciona à Nação


a fim de assegurar a ordem pública, ou seja, ausência de prejuízo
aos direitos do cidadão, pelo eficiente funcionamento dos órgãos
do Estado.
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OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E
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f) Ordem Interna – Situação em que as instituições públicas


exercem as atividades que lhe são afetas e se inter-relacionam,
conforme definido no ordenamento legal do Estado.

g) Situação de Normalidade – Situação na qual os indivíduos,


grupos sociais e a Nação sentem-se seguros para concretizar
suas aspirações, interesses e objetivos, porque o Estado, em seu
sentido mais amplo, mantém a ordem pública e a incolumidade
das pessoas e do patrimônio. As APOP podem estar atuantes,
sem entretanto, ameaçar a estabilidade institucional do País. No
plano legal, caracteriza-se pela plena vigência das garantias
individuais e pela não utilização das medidas de defesa do
Estado e das instituições democráticas. Nesta situação, o
emprego da F Ter pode ser determinado, caso fique
caracterizado o comprometimento da ordem pública.
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OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E
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h) Situação de Não-Normalidade – Situação na qual


as APOP, de forma potencial ou efetiva, ameacem
a integridade nacional, o livre exercício de
qualquer dos Poderes, o ordenamento jurídico em
vigor e a paz social, acarretando grave
comprometimento da ordem pública e da ordem
interna. Caracteriza-se pela intervenção da União
nos Estados ou no Distrito Federal, ou pela
decretação do estado de defesa ou do estado de
sítio.
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OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E
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i) Comprometimento da Ordem Pública – Situação em


que os órgãos de segurança pública não se mostram
capazes de se contraporem, com eficácia, às APOP
que ameaçam a integridade das pessoas e do
patrimônio e o pleno exercício do estado de direito,
sem caracterizar ameaça à estabilidade institucional.

j) Grave comprometimento da Ordem Pública –


Situação em que a ação das APOP, por sua natureza,
origem, amplitude e vulto, representa ameaça
potencial à estabilidade institucional da Nação.
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k) Comprometimento da Ordem Interna –


Situação em que a ação das APOP, por sua
natureza, origem, amplitude e vulto, representa
ameaça de grave e iminente instabilidade
institucional.

l) Grave comprometimento da Ordem Interna –


Situação em que a ação das APOP, por sua
natureza, origem, amplitude e vulto, representa
ameaça à integridade e à soberania nacional.
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OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E
DA ORDEM
m) Área de Operações (A Op) – Espaço geográfico necessário à
condução de operações militares que não justifiquem a
criação de um Teatro de Operações.

n) Zona de Operações (Z Op) – Delimitação de área com a


finalidade de atribuir responsabilidades operacionais a
determinada força ou unidade, em operações militares de
não-guerra, em um espaço de manobra adequado e
compatível com suas possibilidades. É o espaço operacional
no qual se desenvolverão as operações contra FAdv em
situação de não-normalidade.

o) Área Problema (A Prbl) – Área onde as APOP se apresentam


organizadas e atuantes, explorando os pontos de tensão
existentes ou potenciais.
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p) Área Sensível (A Sen) – Área física ou de atividade


humana que pela sua própria característica e/ou por
problemas conjunturais, é passível de exploração por
forças adversas.

q) Força de Pacificação (F Pac) – Conjunto de forças


alocadas a um comando que recebe a missão de operar
em uma A Op ou Z Op. A Força de Pacificação,
normalmente, será organizada com base em uma brigada.

r) Linha de Isolamento (L Iso) – Linha contínua que delimita


uma A Op ou Z Op, devendo, em princípio, ser apoiada em
acidentes facilmente identificados no terreno, abranger as
A Prbl e garantir espaço suficiente para manobra.
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s) Pacificar – Ação genérica que representa o ato, por


parte das FA, de desenvolver operações contra uma
ou mais APOP, com a finalidade de garantia da lei e
da ordem, seja em uma A Op, seja em uma Z Op.

t) Dissuasão – Atitude estratégica que, por intermédio


de meios de qualquer natureza, inclusive militares,
tem por finalidade desaconselhar ou desviar
adversários, reais ou potenciais, de possíveis ou
presumíveis propósitos bélicos.
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• 4.1. Ações de garantia da lei e da ordem
• As ações de GLO podem ser PREVENTIVAS ou REPRESSIVAS, de
acordo com o grau e a natureza dos óbices representados pelas ações
das APOP.
a) Ações preventivas – As ações preventivas têm caráter permanente e,
normalmente, abrangem atividades de preparo da tropa, de
inteligência, de operações psicológicas e de comunicação social.
b) Ações repressivas
1) As ações repressivas deverão ter caráter episódico e poderão ocorrer:
a) numa situação de normalidade, num quadro de cooperação com os
governos estaduais ou com o Ministério da Justiça, apoiando ou coordenando as
ações dos órgãos de segurança pública e, até mesmo, atuando de forma isolada;
ou
b) numa situação de não-normalidade, com aplicação de medidas de defesa
do Estado
2) As ações e medidas repressivas conduzidas na situação de não-normalidade
poderão ocorrer tanto na A Op, quanto na Z Op nas áreas onde o apoio externo
deva ser interditado, que serão delimitadas, na A Prbl, com base no ato legal da
autoridade que determinou o emprego da F Ter.
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• 4.2. Fundamentos do emprego em ações de garantia da lei e da
ordem
• a. Atuação de forma integrada
O planejamento e a execução contemplam a possibilidade de participação das
outras Forças, órgãos de segurança pública e órgãos do Poder Executivo, do Poder
Judiciário, do Ministério Público e outros órgãos afins.
• b. Emprego da atividade de inteligência
1) É imprescindível a disponibilidade dos conhecimentos necessários sobre as
APOP, sobre o ambiente operacional (rural ou urbano) e sobre as características da
população presente no local da operação. O Sistema de Inteligência intensificará o
levantamento de dados, de modo a produzir os conhecimentos essenciais às
tomadas de decisão do escalão executante, em todas as fases das operações.
2) O emprego de ações em força sem o adequado apoio de inteligência fatalmente
conduzirá a F Ter à desmoralização, ao antagonismo com a opinião pública e ao
insucesso.
3) A inteligência não se limita à produção de conhecimentos para o emprego de
ações em força, mas também tem o importantíssimo papel de produzir
conhecimentos para as atividades de Comunicação Social e de Operações
Psicológicas.
4) Durante as ações de GLO deverão ser executadas operações de contra-
inteligência para salvaguardar as informações, o pessoal e as instalações civis e
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• c. Limitação do uso da força e das restrições à população
1) Nas ações de GLO, o uso da força deve ser restrito ao mínimo absolutamente
indispensável. O uso progressivo da força deve ser levado em consideração,
dentro dos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e legalidade.
2) A necessidade de evitar o desgaste da força legal impõe a limitação, ao
mínimo necessário, do emprego de ações em força ou que sejam restritivas à
população. Tal limitação refere-se à intensidade e à amplitude no tempo e no
espaço.
3) Por se tratar de um tipo de operação que visa a garantir ou restaurar a lei e a
ordem, é de capital importância que a população possa depositar sua confiança
na tropa que realiza a operação. Para tanto, o estabelecimento de orientações,
bem como sua correta compreensão e aplicação constituem-se em segurança
para os executantes da operação e demonstração de respeito para com a
população.
4) As orientações específicas devem ser expedidas para cada operação, no nível
estratégico (normas de conduta política), no nível operacional (regras de
comportamento operativo) e no nível tático (regras de engajamento), levando-se
em consideração a necessidade das ações a serem realizadas, a
proporcionalidade do esforço e dos meios a serem empregados e as orientações
do escalão superior.
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5) Deve-se ter em mente, também:


a) a definição de procedimentos para a tropa buscando abranger
o maior número de situações possíveis;
b) a proteção a ser dada para a tropa, os cidadãos e os bens
patrimoniais incluídos na missão; e
c) a consolidação dessas regras em documento próprio, com
difusão para todos os militares e autoridades envolvidos na
operação.
6) A redação dessas orientações deve ser a mais detalhada
e clara possível. Devem ser objeto de instrução e
adestramento, visando a evitar interpretações indesejadas.
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• d. Emprego da dissuasão
O poder de dissuasão deve ser explorado ao
máximo, com o objetivo de impedir a adoção de
medidas repressivas.
• e. Emprego do princípio da massa
A dissuasão é obtida por meio do emprego do
Princípio da MASSA, que fica caracterizado ao se
atribuir uma ampla superioridade de meios às forças
legais em relação às APOP.
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• f. A definição da responsabilidade da negociação e ligações
institucionais
– 1) Sempre que houver o emprego da F Ter, será designado um oficial, em
princípio oficial-general, para estabelecer a ligação com as autoridades
políticas da respectiva Unidade Federada.
– 2) Nas ações de GLO, o uso da força deverá ser sempre precedido de
negociação, com a finalidade de preservar a integridade física de pessoas
e/ou de bens, bem como preservar a imagem da F Ter.
– 3) A negociação, em uma primeira fase, deve ser conduzida por pessoas
habilitadas e autorizadas para tal e não pertencentes à força empregada na
operação. Nessa fase, negociar não é atribuição do comandante da força
empregada nem de seus comandantes subordinados, ainda que eles
possam oferecer segurança ao(s) negociador (es) ou mesmo atuar como
elemento de dissuasão durante as negociações.
– 4) O emprego da força, já em outra fase, é uma consequência da falência
da negociação e admite a possibilidade de danos à integridade física de
pessoas e/ou bens. Tal fato deve ficar claro para o(s) negociador (es), a
autoridade que determina o emprego da força e para a opinião pública.
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• g. Emprego de Operações Psicológicas (Op Psc)


As Op Psc devem ser empregadas antes, durante e após o
emprego da tropa. O emprego antecipado tem como principal
finalidade preparar a A Op para a chegada da tropa e minimizar
possíveis resistências. Após a saída da tropa é vital que se
mantenha o emprego de Op Psc para possibilitar o
dimensionamento do resultado obtido, minimizar os possíveis
efeitos colaterais e desmobilizar a população. Antes da decisão do
emprego da Força Terrestre em Op GLO, deve-se considerar o
emprego de Op Psc, visando a evitar o acionamento do Exército.
Para que isso ocorra, é necessário que as Op Psc acompanhem e
estudem as situações internas, em coordenação com a
Inteligência, realizando o estudo do Levantamento Estratégico de
Área (LEA) e a análise dos diversos públicos-alvo. Essas
informações devem constar do Plano de Segurança Integrada
(PSI).
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• h. Emprego da Comunicação Social
O êxito das ações de GLO depende do apoio da população. O
uso adequado e intensivo da Comunicação Social, em seu
sentido mais abrangente (Relações Públicas, Informações
Públicas e Divulgação Institucional), coordenadas com as
atividades de Operações Psicológicas, é básico para a
conquista e manutenção do apoio da população.

• i. Cumprimento da missão e preservação da imagem


do Exército
Tornando-se necessário o uso da força, deve ser buscado o
resultado decisivo no mais curto prazo, permitindo, dessa
forma, a preservação da boa imagem do Exército junto à
sociedade brasileira.
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• 5. FASES DO EMPREGO DA TROPA NAS OPERAÇÕES DE


GLO

• 5.1. Generalidades
Deve-se levar em consideração que as operações desenvolver-se-ão
dentro de um quadro de normalidade institucional, onde não será
adotada nenhuma medida de defesa do Estado, ou de não-normalidade
institucional, quando serão adotadas as referidas medidas.
É importante ressaltar, também, que o emprego da F Ter estará
respaldado por instrumento jurídico, definido quando da emissão da
ordem do Presidente da República e, ainda, que já terão sido esgotadas
todas as possibilidades de solução pacífica ou o emprego de meios de
segurança pública.
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• 5.2. Fases de Emprego da Tropa

• 1) Deslocamento para a Área Problema


Poderá ser ostensivo ou sigiloso. Preferencialmente, será
ostensivo visando causar impacto e fazer com que as
APOP saibam que o Exército vai fazer cumprir as
determinações legais que estão sendo afrontadas e que
talvez seja conveniente repensar as posições por elas
adotadas.
Deve-se prever a aproximação por mais de um itinerário.
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• 2) Isolamento da Área e Tomada do Dispositivo Inicial
O deslocamento da tropa deve terminar em posições que assegurem o cerco tático
com o completo isolamento da área.
Com a fração da tropa que atuará como força de cerco já em posição, a fração que
executará a ação principal (investimento) ocupará sigilosamente o dispositivo inicial.
A reserva, que poderá estar articulada, cerrará em seguida para posições próximas
às da força de investimento.
O comando da tropa deverá estabelecer uma Base de Operações (B Op) onde
permanecerão os apoios e para onde serão conduzidos os elementos das APOP
aprisionados ou feridos e as baixas da tropa.
Já a partir dessa fase e prosseguindo durante todo o restante da operação, uma
medida de valor dissuasório será o sobrevoo constante da área pelos helicópteros
disponíveis. O voo deverá ser realizado a baixa altura, portas abertas, se possível
com metralhadoras instaladas na aeronave e levando um aparelho de som que
possa ser utilizado para fazer a exortação ao entendimento.
As operações de GLO, em princípio, serão desenvolvidas numa área denominada
ÁREA DE OPERAÇÕES (A Op), segundo as condicionantes político-jurídicas vigentes.
A figura 1-1 apresenta um exemplo de Área de Operações.
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• 3) Exortação ao Entendimento Pacífico
Com o dispositivo inicial montado, o comandante, usando o seu sistema de som e/ou
helicóptero, dará início às medidas visando a explicar à população a missão da tropa,
mostrando de maneira clara que: - a missão vai ser cumprida; - o Exército não pretende fazer
uso de força; e - as reivindicações feitas estão sendo conduzidas por métodos que afrontam as
leis brasileiras.
• 4) Investimento
Caso o prazo para cumprimento da missão permita, a hora do investimento deve ser protelada
de modo que as condições de sobrevivência na área cercada (corte dos serviços públicos
essenciais – água, energia elétrica, telefone etc.) comecem a funcionar como instrumento de
pressão sobre a APOP, com a consequente desagregação das relações sociais internas e
enfraquecimento das lideranças.
Deve-se utilizar o recurso da finta, ensaiando-se a tomada do dispositivo em horários
diferentes, de modo a produzir insegurança e incerteza quanto ao momento real da ação.
Essas fintas visam a desgastar as APOP no que concerne as suas medidas de defesa.
Nesse período de espera, devem ser adotadas todas as medidas que levem ao
enfraquecimento das lideranças, buscando, com isso, isolá-las da massa.
No interior da formação que a tropa adotar para o investimento, deverão ser posicionados os
militares encarregados de fotografar e filmar. Eles devem dirigir suas objetivas buscando
focalizar particularmente as lideranças. A simples presença das máquinas, ―flashes‖ e luzes,
funciona como fator de inibição para atuação dos organizadores da resistência. Os elementos
da imprensa poderão realizar seus trabalhos, desde que não interfiram na manobra.
A FORÇA TERRESTRE NAS
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• Elementos com missão especial devem ser escalados para:
a) aprisionar os líderes;
b) atender mulheres, crianças, deficientes físicos e idosos;
c) capturar armas, documentos e outros tipos de materiais que possam caracterizar em juízo
os ilícitos cometidos; e
d) outras missões específicas, conforme cada caso.
• Na hora da ação no objetivo, serão fatores decisivos de sucesso:
a) o alto grau de adestramento da tropa;
b) a indiscutível liderança, particularmente nos menores escalões (GC; Pel; Cia);
c) o perfeito conhecimento e cumprimento das REGRAS DE ENGAJAMENTO;
d) a sincronização de todos os movimentos;
e) a firmeza de atitudes, determinação e manutenção da iniciativa; e
f) a manutenção da serenidade diante de provocações.
• A ação da tropa em terra deverá estar coordenada com a utilização dos
helicópteros.
• O movimento da tropa deverá, sempre que possível, buscar separar os segmentos
radicais do restante da população, dispensando tratamento diferenciado aos dois
segmentos.
• O término da operação estará caracterizado pelo restabelecimento da lei e da
ordem.
CONCLUSÃO
Qual a diferença de Comprometimento da Ordem para Grave
comprometimento da Ordem Pública?

Comprometimento da Ordem Pública – Situação em que os órgãos


de segurança pública não se mostram capazes de se contraporem,
com eficácia, às APOP que ameaçam a integridade das pessoas e
do patrimônio e o pleno exercício do estado de direito, sem
caracterizar ameaça à estabilidade institucional.

Grave comprometimento da Ordem Pública – Situação em que a


ação das APOP, por sua natureza, origem, amplitude e vulto,
representa ameaça potencial à estabilidade institucional da Nação.
CONCLUSÃO
• Quais são as Fases de Emprego da Tropa?
– Investimento
– Isolamento da Área e Tomada do Dispositivo Inicial
– Deslocamento para a Área Problema
– Exortação ao Entendimento Pacífico

• Qual sua Sequência?


• Deslocamento para a Área Problema
• Isolamento da Área e Tomada do Dispositivo Inicial
• Exortação ao Entendimento Pacífico
• Investimento

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