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Operações Aplicadas na

Segurança Pública e Privada


Operações Policiais

Professor Paulino
paulinojose@uol.com.br
Objetivos
Proporcionar ao aluno uma visão atual
e globalizada das várias operações
policiais existentes e aplicadas
à realidade brasileira.
A estruturação da Segurança
Pública dentro da CF/88 e a
estruturação da Segurança Pública
no Estado de Goiás (CE/GO).
Na sociedade atual, os desafios
enfrentados , no campo da Segurança
Pública, são cada vez maiores e mais
complexos. As diversas formas de
violência presentes em nossa sociedade
exigem do profissional da Segurança
Pública uma capacitação aprimorada,
de modo que ele possua uma visão
crítica sobre os conflitos sociais e
sobre o papel das instituições policiais
no contexto sócio/político e cultural
brasileiro.
Análise morfológica
SISTEMA:
Um sistema é um conjunto de elementos interconectados
de modo a formar um todo organizado. Palavra de origem
grega, “sistema” significa “combinar”, “ajustar”, “formar um
conjunto”.
Todo sistema possui um objetivo geral a ser atingido, e a
boa integração dos elementos componentes do sistema é
chamado sinergia, determinando que as transformações
ocorridas em uma das partes influenciará todas as outras. A
alta sinergia de um sistema faz com que seja possível a este
cumprir sua finalidade e atingir seu objetivo geral com
eficiência; por outro lado se houver falta de sinergia, pode
implicar em mau funcionamento do sistema, vindo a causar
inclusive falha completa ou falência no sistema.
PADRÃO:
O termo padrão (do inglês standard) pode ter
diversas acepções, de acordo com a área em que
é utilizado. Neste caso padrão é um modelo ou
norma a ser seguido, com o fim de se alcançar um
objetivo de maneira mais eficaz.

POLICIAMENTO:
É o ato de policiar um determinado local ou
sociedade, realizado pela Polícia. Mas o que seria
então Polícia?
A constituição do Sistema
Policial no Brasil
POLÍCIA
Em termos gerais, polícia é a atividade de vigiar,
policiar. Muitos governos têm uma instituição policial
para aplicação de leis. Por extensão, o termo "polícia"
é, também, utilizado para designar as corporações e as
pessoas que têm, como principal função, o exercício
daquela atividade.
Hoje em dia, o termo "polícia" está, normalmente,
associado aos serviços e agentes do estado nos quais o
mesmo delega a autoridade para o exercício dos seus
poderes de polícia, dentro de um limite definido de
responsabilidade legal, territorial ou funcional.
Normalmente, aos agentes de autoridade policial é
concedido um poder para o uso da força no âmbito do
cumprimento de leis.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

Preâmbulo

As Constituições normalmente possuem um texto


introdutório, uma espécie de apresentação, conhecida
como preâmbulo. Mas qual a sua finalidade?
O preâmbulo tem por finalidade retratar os principais
objetivos do Texto Constitucional, enunciando os princípios
constitucionais mais valiosos, assim como as ideias
essenciais que alimentaram o processo de criação da
Constituição.
Invocando a metáfora de um livro, e comparando-o
a uma Constituição, podemos dizer que o preâmbulo
seria uma espécie de prefácio, já que explica a
essência dos pontos centrais do Texto principal.
Vejamos, então, o preâmbulo da CF/88:

PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos
de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna
e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Gostaria de chamar atenção para dois pontos, em especial, do
Preâmbulo:

1. Em primeiro lugar, a importância da


consideração do povo como titular da
Constituição.

2. Além disso, há outra passagem muito


interessante no final do preâmbulo, que diz
ter sido criada a Constituição “sob a
proteção de Deus”.
Estruturação da Segurança
Pública dentro da CF/88.
Título V
Da Defesa do Estado e das Instituições
Democráticas

Capítulo III
Da Segurança Pública
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros
militares.
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social
ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em
lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas
de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao
patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão
permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei,
ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária
e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe
a execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o
funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança
pública, de maneira a garantir a eficiência de suas
atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços
e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes
dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na
forma do § 4º do art. 39.
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e
fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente; e
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.
Segurança Pública
De uma forma mais ampla, a segurança pública
pode ser considerada um processo composto por
elementos de ordem preventiva, repressiva, judicial,
de saúde e social. Devido a isso, você pode entender
porque a segurança pública necessita de um conjunto
de ferramentas e de conhecimentos que envolvem os
diversos setores da sociedade, sempre focados nos
mesmos objetivos.
A segurança pública busca, acima de tudo, a
manutenção da ordem pública, a tranquilidade, o
respeito às leis e aos costumes que mantêm a adequada
convivência em uma sociedade, com a total preservação
dos direitos de seus cidadãos.
Sendo assim, entendemos que a segurança
pública busca afastar da sociedade qualquer ato que
perturbe a ordem pública, no que se refere ao prejuízo
de uma vida, da liberdade ou dos direitos de uma
pessoa. Essa ordem pública está vinculada às garantias
de segurança, tranquilidade e salubridade, às noções de
ordem moral, estética, política e econômica.
Mais uma vez, torna-se importante relatar que
atualmente, muitas pessoas ainda acreditam que apenas
a polícia é responsável pela manutenção da segurança
pública em uma sociedade. Na verdade todos nós somos
responsáveis por manter a ordem na sociedade, seja por
meio do bom comportamento social, ou da força
coercitiva dos órgãos de segurança que deverão agir no
que se refere às medidas de repressão e de punição.
Essa ideia errônea de achar que cabe somente ao
governo prover a segurança ainda ocorre por uma
explicação histórica, já que antigamente a segurança
pública seria uma garantia dada pelo Estado de uma
convivência social isenta de violência, permitindo a todos
os cidadãos a garantia de seus direitos por meio da
Constituição Federal e do poder de polícia.
A própria Constituição Federal de 1988 diz em seu
artigo 144º que a segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, por intermédio dos seguintes
órgãos: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal,
Polícia Ferroviária Federal, Polícias Civis, Polícias
Militares e Corpo de Bombeiros Militares.

Portanto, a Constituição diz que é dever da


sociedade agir de maneira conjunta para que a
democracia seja garantida contra a violação dos direitos
ocasionada pela criminalidade. A segurança pública é a
condição essencial para que a paz social seja
assegurada a cada indivíduo.
Outros atores no cenário da
Segurança Pública
Ministério da Justiça
Comandado pelo Ministro da Justiça,
atua fazendo parte do Poder Executivo
Brasileiro e não tem ligação alguma com o
Poder Judiciário. Este mesmo faz a defesa da
ordem jurídica e dos direitos políticos e
constitucionais, significando assim que o
ministério cuida da proteção da lei e tem como
objetivo garantir a segurança pública e a
justiça no Brasil.
SENASP
Secretaria Nacional de Segurança Pública

À Secretaria Nacional de Segurança Pública compete:


I - assessorar o Ministro de Estado na definição, implementação e
acompanhamento da Política Nacional de Segurança Pública e dos
Programas Federais de Prevenção Social e Controle da Violência e
Criminalidade;
II - planejar, acompanhar e avaliar a implementação de programas do
Governo Federal para a área de segurança pública;
III - elaborar propostas de legislação e regulamentação em assuntos de
segurança pública, referentes ao setor público e ao setor privado;
IV - promover a integração dos órgãos de segurança pública;
V - estimular a modernização e o reaparelhamento dos órgãos de
segurança pública;
VI - promover a interface de ações com organismos governamentais e não-
governamentais, de âmbito nacional e internacional;
VII - realizar e fomentar estudos e pesquisas voltados para a
redução da criminalidade e da violência;
VIII - estimular e propor aos órgãos estaduais e municipais a
elaboração de planos e programas integrados de segurança
pública, objetivando controlar ações de organizações criminosas
ou fatores específicos geradores de criminalidade e violência, bem
como estimular ações sociais de prevenção da violência e da
criminalidade;
IX - exercer, por seu titular, as funções de Ouvidor-Geral das
Polícias Federais;
X - implementar, manter, modernizar e dirigir a Rede de
Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça
e Fiscalização - Rede Infoseg;
XI - promover e coordenar as reuniões do Conselho Nacional de
Segurança Pública;
XII - incentivar e acompanhar a atuação dos Conselhos Regionais
de Segurança Pública; e
XIII - coordenar as atividades da Força Nacional de Segurança
Pública.
Força Nacional de Segurança
A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) foi
criada em junho de 2004 pelo Ministério da Justiça,
para atuar nos Estados em situações emergenciais,
nos momentos de crise. A FNSP é comandada pela
Secretaria Nacional de Segurança e reúne os
melhores policiais dos Estados e da Polícia Federal.
Swat brasileira
O grupo de elite, uma espécie de Swat brasileira,
foi inspirado nas forças de paz da Organização das
Nações Unidas (ONU). Com a criação da tropa, o
governo federal pretendia evitar o envio das Forças
Armadas para ajudar as polícias estaduais no
combate ao crime.
DEPEN – Departamento Penitenciário Nacional
O DEPEN é responsável pelo Sistema Penitenciário
Federal, cujos principais objetivos são isolamento das
lideranças do crime organizado, cumprimento rigoroso
da Lei de Execução Penal e custódia de: presos
condenados e provisórios sujeitos ao regime disciplinar
diferenciado; líderes de organizações criminosas; presos
responsáveis pela prática reiterada de crimes
violentos; presos responsáveis por ato de fuga ou grave
indisciplina no sistema prisional de origem; presos de
alta periculosidade e que possam comprometer a ordem
e segurança pública; réus colaboradores presos ou
delatores premiados.
SUSEPE – Superintendência do Sistema de
Execução Penal

DGAP – Diretoria-Geral de Administração


Penitenciária no Estado de Goiás
Polícia Científica
A chamada polícia científica é uma área
especializada da polícia que é responsável por atividades
ligadas à análise e à investigação técnica, envolvendo
mormente o trabalho de profissionais dotados de
expertise científica. Dentre as principais carreiras
policiais na polícia científica, pode-se elencar o
atendente de necrotério policial, auxiliar de necropsia,
desenhista técnico-pericial, fotografo técnico-pericial,
médico legista, oficial administrativo, perito criminal e o
técnico de laboratório.
Guardas Municipais

A Guarda Municipal (GM) ou Guarda


Civil Municipal (GCM) ou (GCMFRON)
quando se tratar de guarda de fronteira é a
denominação utilizada no Brasil para designar
as instituições que podem ser criadas pelos
municípios para colaborar na segurança
pública, utilizando-se do poder de polícia
delegado pelo município através de leis
complementares.
Polícia Legislativa
A Polícia Legislativa é o órgão da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal
responsável pela preservação da ordem e do
patrimônio, bem como pela prevenção e
apuração de infrações penais, nos seus
edifícios e dependências externas. Para tanto
mantém vigilância permanente por meio de
policiamento ostensivo e sistemas eletrônicos.
Polícia das Forças Armadas

1 – Polícia do Exército – PE

2 – Polícia da Aeronáutica – PA

3 – Polícia da Marinha – Fuzileiros Navais


A Polícia do Exército se constitui de
unidades especializadas da Infantaria do Exército
Brasileiro, que desenvolvem a missão de polícia
militar junto a guarnições sedes de grandes
comandos ou de grandes unidades da Força
Terrestre.
Como unidades operacionais de Polícia do
Exército, existem vários batalhões, companhias
independentes e pelotões.
Os militares da Polícia do Exército Brasileiro
identificam-se pelo uso de braçadeira preta, com
as letras "PE" em branco (ou braçadeira branca
com letras vermelhas).
Atribuições:

1 - Realizar operações de Garantia da Lei e da Ordem - GLO


2 - Assegurar o respeito à lei, ordens, bem como o
cumprimento dos regulamentos militares;
3 - Prevenir o crime;
4 - Efetuar investigações rotineiras no âmbito do Exército;
5 - Policiamento de trânsito e de pessoal;
6 - Controle de trânsito nas áreas militares;
7 - Segurança de instalações militares e oficiais;
8 - Escolta de altas autoridades e comboios militares;
9 - -Segurança e proteção pessoal de autoridades civis e
militares;
10 - Investigações criminais;
11 - Guarda de presos à disposição da justiça militar;

Continua...
12 - Perícias diversas:
exames grafotécnicos; laudo pericial de acidente de tráfego;
exames em armas de fogo; laudo pericial em projétil de arma
de fogo; e exame residuográfico de pólvora; reprodução
simulada de fatos; laudo pericial de descrição de local; laudo
pericial papiloscópico; laudo pericial de avaliação em
material.
13 - Operações de controle de distúrbios;
14 – Evacuação, controle e guarda de prisioneiro de guerra;
15 - Prisão de desertores e prisioneiros foragidos;
16 - Controle de circulação de civis extraviados;
17 - Escolta de comboios;
18 - Controle da área de calamidade pública; e
19 - Segurança em área de retaguarda e ocupação em caso
de guerra.
20 - Patrulhamento na área militar.
PROCON
O Órgão de Proteção e Defesa do
Consumidor (PROCON) é um órgão auxiliar do
Poder Judiciário e funciona para solucionar os
conflitos entre o consumidor e a empresa que
vende um produto ou presta um serviço. É uma
tentativa de acordo antes que o consumidor
precise acionar o judiciário. Se a conciliação não
for possível, o PROCON encaminha o caso para
o Juizado Especial Cível responsável.
Estruturação da Segurança Pública no
Estado de Goiás

- Secretaria de Segurança Pública – SSP/GO;


- Polícia Civil;
- Polícia Militar;
- Corpo de Bombeiros Militar;
- Detran;
- SUSEPE (Polícia Penitenciária);
- PROCON;
- Guardas Municipais.
Polícia
O termo "polícia" está, normalmente,
associado aos serviços e agentes do estado
nos quais o mesmo delega a autoridade para
o exercício dos seus poderes de polícia,
dentro de um limite definido de
responsabilidade legal, territorial ou funcional.
Normalmente, aos agentes de autoridade
policial é concedido um poder para o uso da
força no âmbito do cumprimento de leis.
Polícia administrativa X Polícia judiciária
A primeira diferença existente entre a
polícia administrativa e a judiciária é o fato de
a primeira atuar preventivamente e a segunda
repressivamente.
Assim, a polícia administrativa teria
como objetivo impedir a conduta antissocial ao
passo que a judiciária apurar os fatos já
ocorridos.
Há aqueles que sustentam que a
principal diferença entre elas está na ocorrência
ou não de um ilícito penal. Assim, a polícia
administrativa atua na prevenção e repressão do
ilícito administrativo ao passo que judiciária age
a partir do ilícito penal.
Uma outra diferença apontada pela
doutrina está no fato de que a polícia
administrativa atua sobre bens, direitos e
atividades ao passo que a judiciária somente
sobre pessoas.
Por fim, a polícia administrativa é
exercida pelos variados órgãos da Administração
Pública ao passo que a polícia judiciária é
exercida por corporações especializadas de
forma privativa, como a polícia civil. A polícia
civil é de fato quem exerce as funções de polícia
judiciária (exceto nas apurações de infrações
penais militares). A polícia militar exerce
atividade ostensiva e de preservação da ordem
pública.
Polícia Eclética ou Mista
Além das polícias administrativa e judiciária existe
também a polícia eclética, ou mista, que exerce
simultaneamente as funções preventiva e repressiva.
A polícia brasileira se encaixa nesta definição
pois um mesmo órgão acumula as duas funções.
A prática ensina que a distinção entre Polícia
Judiciária e Polícia Administrativa é delicada,
passando muitas vezes, um agente, durante a sua
atuação, da função de Polícia Administrativa para a de
Polícia Judiciária.
Poder de Polícia
Art. 78 do Código tributário Nacional

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato
ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais ou coletivos.
Sendo assim, podemos dizer que: o
poder de polícia é o mecanismo de
frenagem de que dispõe a Administração
Pública, para deter os abusos do direito
individual. Por esse mecanismo, que faz
parte de toda Administração, o Estado (em
sentido amplo: União, Estados e Municípios)
detém a atividade dos particulares que se
revelar contrária, nociva ou inconveniente
ao bem estar social e à segurança nacional.
Ordem Pública
Ordem Pública é a situação e o estado de
legalidade normal, em que as autoridades
exercem suas precípuas atribuições e os
cidadãos as respeitam e acatam.
É consenso, pois, que a ordem pública se
materializa pelo convívio social pacífico e
harmônico, pautado pelo interesse público,
pela estabilidade das instituições e pela
observância dos direitos individuais e coletivos.
Preservação da Ordem Pública
Por preservação da ordem pública se entende
a manutenção da ordem do Estado e do bem social,
através de ações coativas objetivando coibir as
ameaças à convivência pacífica em sociedade. Estas
ações coativas estão presentes em instrumentos
judiciais, policiais, prisionais e promotorias públicas.
A segurança pública é a garantia que o Estado
proporciona de preservação da ordem pública diante
de toda espécie violação que não contenha
conotação ideológica
Crime
Segundo o art. 1° da Lei de Introdução do Código
Penal (decreto-lei n. 2.848, de 7-12-1940):
“Considera-se crime a infração penal a que a lei comina
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,
quer alternativamente ou cumulativamente com a pena
de multa; contravenção, a infração penal a que a lei
comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de
multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.”
Entretanto, no Código Penal vigente não está
expresso o conceito de crime, como continha nas
legislações passadas, ficando a cargo dos doutrinadores
o definirem e conceituarem.
CRIME DOLOSO: É o crime cometido com plena
consciência da ilegalidade da conduta praticada,
visando o resultado ilícito ou assumindo o risco de
produzi-lo. Desta forma, o dolo pode ser direto,
por meio do qual o agente busca a realização da
conduta típica, ou indireto, no qual ele assume o
risco de produzir o resultado lesivo, sendo que
este divide-se em alternativo, onde existem dois
resultados previsíveis e o agente não se preocupa
em produzir um ou outro, ou eventual, no qual o
agente assume o risco de produzir um resultado
diverso do originalmente previsto.
CRIME CULPOSO: É o crime resultante da
inobservância do cuidado necessário do agente,
o qual não intenta nem assume o risco do
resultado típico, porém a ele dá causa por
imprudência, negligência e imperícia. Ou seja, é
um agir descuidado que acaba por gerar um
resultado ilícito não desejável, porém previsível.
Ocorre crime culposo, por exemplo, quando o
motorista, trafegando por via pública em alta
velocidade, agindo com imprudência, atropela
um pedestre que circulava pelo local.
O crime como fato típico, antijurídico e culpável
Teoria Tripartida

Para a teoria tripartida o crime é um


fato típico, antijurídico e culpável. Esta
linha de raciocínio é seguida pela maioria
dos doutrinadores brasileiros.
Contravenção Penal
Contravenção penal consiste numa infração penal
de baixa gravidade, considerada um "delito menor".
As contravenções são menos graves que os crimes,
podendo estas variar de acordo com a legislação e
contexto de determinada sociedade as quais se aplicam.
A pena para a contravenção penal varia entre a
prisão simples e/ou o pagamento de multa. No
entanto, para que o delito seja tido como contravenção,
este não deve apresentar, sob a ótica do Direito Penal,
uma ameaça relevante
A diferença entre crime e
contravenção penal
Contravenção Penal são crimes de menor
potencial ofensivo, ou seja, são para aqueles
crimes que ferem com menor gravidade um
bem jurídico tutelado pelo direito Ex: jogo do
bicho.
obs.: a contravenção é regulada pela Lei das
contravencoes penais.
Já o crime em suma seriam todos aqueles
que se encontram dispostos (inseridos) no
código penal. ex.; art. 121 matar alguém,
observe qual o bem tutelado (protegido)! A
vida não é mesmo? Ela é um bem de maior ou
menor importância? Poxa matar alguém!!! É
claro que é Maior, e neste caso a pena
também será mais rígida do que se comparado
a um jogo do bicho...
Poder de Polícia
Poder de Polícia é uma prerrogativa
dada à Administração Pública, a fim de
restringir a liberdade individual em
nome do interesse público.

Assim, a polícia divide-se em duas


espécies, quais sejam: Polícia
Administrativa e Polícia Judicial.
Poder de Polícia
Art. 78 do Código tributário Nacional

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato
ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais ou coletivos.
Sendo assim, podemos dizer que: o
poder de polícia é o mecanismo de
frenagem de que dispõe a Administração
Pública, para deter os abusos do direito
individual. Por esse mecanismo, que faz
parte de toda Administração, o Estado (em
sentido amplo: União, Estados e Municípios)
detém a atividade dos particulares que se
revelar contrária, nociva ou inconveniente
ao bem estar social e à segurança nacional.
A estrutura do Sistema de
Policiamento Brasileiro
Sistema brasileiro de
policiamento
O Estado Nacional Brasileiro
apresenta um sistema de policiamento
moderadamente descentralizado e
multiplamente descoordenado.
SISTEMA DESCENTRALIZADO

Podemos perceber que o comando das


forças policiais é descentralizado, vez que a
Constituição colocou o comando das policiais civis
e militares e do corpo de bombeiros subordinados
ao Governo dos Estados e do Distrito Federal.
Sendo que no Distrito Federal as polícias militares
e corpos de bombeiros foram mantidos como
forças auxiliares e de reserva do Exército, no caso
de ameaça à segurança nacional.
Polícia Ostensiva Preventiva e Polícia Judiciária

Para fins didáticos, podemos dividir as forças


policiais em Polícia Ostensiva Preventiva e
Polícia Judiciária
Policiamento Ostensivo Preventivo

Distinguido pelo seu uniforme, armamento,


equipamento ostensivo, por suas viaturas caracterizadas
e identificadas e pelo seu treinamento diferenciado e
tem por finalidade agir preventivamente a fim de evitar
que o crime aconteça e no caso de ocorrência do delito
realizar a prisão em flagrante do autor, além de
preservar a ordem pública. Exemplo a Polícia Militar e
a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Policiamento Judiciário
É a Polícia investigativa, age após a
ocorrência do crime de modo velado com o
objetivo de apurar os crimes, apontar sua
autoria e coletar provas que ajudem a
confirmação desta autoria. Exemplo o
Departamento de Polícia Federal (DPF)
e a Polícia Civil.
SISTEMA MULTIFACETADO E DESCOORDENADO

O sistema brasileiro de policiamento caracteriza-se


pela existência de forças múltiplas e descoordenadas
entre si.

Como exemplo do Caráter Descoordenado das


forças policiais brasileiras citamos situação do
enfrentamento e apuração dos crimes de tráfico de drogas
no território nacional, que embora seja da competência da
Polícia Federal, é apurado de forma contumaz pelas polícias
estaduais, através de convênios firmados entre Estados e a
União.
SEGURANÇA NACIONAL

Cabe ao Estado, como titular de substancial


parcela do Poder Nacional, prover segurança à
nação.
A CF em seu artigo 5º, caput, refere-se à
segurança como um direito inviolável e no artigo
6º diz que a segurança é dos direitos sociais de
todo cidadão.
Desta maneira, didaticamente podemos fazer a seguinte visualização:

SEGURANÇA NACIONAL = Segurança Externa + Segurança Interna

SEGURANÇA INTERNA = Defesa Interna + Segurança Pública


POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

A Polícia comunitária é um conceito mais


amplo, que abrange todas as atividades voltadas para a
solução dos problemas que afetam a segurança de uma
determinada comunidade, que devam ser praticadas por
órgãos governamentais ou não. No complexo da Polícia
Comunitária se compreende vários segmentos e forças
da sociedade, frequentemente chamados de “os seis
grandes”, são eles: a polícia, a comunidade,
autoridades civis eleitas, a comunidade de
negócios, outras instituições e a mídia, a respeito
do qual discorremos a seguir:
CONCEITOS UTILIZADOS NO
POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
- POLÍCIA COMUNITÁRIA: É a corporação policial que é
embasada na Filosofia de Polícia Comunitária.
É a Filosofia de Polícia Comunitária aplicada na gestão da
corporação.

- POLICIAMENTO COMUNITÁRIO: É a aplicação prática da


Filosofia de Polícia Comunitária nas atividades policiais.
É a Estratégia de Polícia Comunitária aplicada na execução de
policiamento.

- PROJETO COMUNITÁRIO: É um esforço empreendido para


interferir na qualidade de vida da comunidade.

- SEGURANÇA COMUNITÁRIA: É a segurança resultante dos


esforços da comunidade, da polícia e de todas as forças vivas
atuantes na localidade.
- QUADRANTE: É o espaço geográfico de responsabilidade
de uma guarnição policial militar setorizada.

- MONITORAMENTO: É a atividade pela qual os policiais


militares executam o patrulhamento de acordo com o
Procedimento Operacional Padrão, desenvolvendo esta
atividade com saturação de uma área, com o objetivo de
verificar locais e pessoas de forma a acompanhar a rotina
das atividades da localidade, buscando aumentar a
segurança da comunidade e propiciar o convívio social
harmônico.
- VISITA COMUNITÁRIA: É o ato do policial militar se
deslocar a uma residência, escola, igreja, estabelecimento
comercial ou qualquer outro local de interesse da segurança
pública, para repassar as orientações necessárias ao
incremento da segurança, além de integrar-se de maneira
proativa na vida social da comunidade.

- VISITA SOLIDÁRIA: É o atendimento policial militar à


pessoa vítima de ação delituosa.

- SATURAÇÃO: É o policiamento repetitivo e recorrente em


uma determinada localidade durante todo o período de
serviço da guarnição.
- AGRESSOR DA SOCIEDADE: É o indivíduo que cause
prejuízo indevido à qualidade de vida da comunidade,
através de conduta tipificada penalmente ou não.

- ZONA QUENTE DE CRIMINALIDADE (ZQC): É a


localidade que possui histórico de atendimentos policiais
anteriores recorrentes, dos quais geram suspeição de
atividades criminosas.

- ATENDIMENTO POLICIAL MILITAR: É a prestação de


qualquer serviço policial militar de atendimento proativo ou
reativo.
- COMPORTAMENTO PROATIVO DO CIDADÃO: É a
conduta na qual o cidadão passa a ser agente direto na
promoção da segurança individual e coletiva, adotando um
comportamento que dificulte a ação de um agressor da
sociedade.

- VÍTIMA FÁCIL: É o ato de o cidadão conduzir-se ou


comportar-se, de maneira tal, a que facilite a ação do
agressor da sociedade sobre a sua integridade física e o
seu patrimônio.

- FISCAL DE SEGURANÇA: É postura a ser desenvolvida


pelo cidadão, pela qual, o mesmo assume uma conduta
fiscalizadora frente às possíveis causas de criminalidade,
passando a acionar os setores competentes do poder
público, ou da sociedade civil, para solucionar estas não
conformidades.
- EMPATIA: É a condição de poder colocar-se no lugar do
outro.

- FORÇAS VIVAS: São as pessoas ou instituições que tem o


poder de influenciar a qualidade de vida das pessoas que
moram e trabalham no quadrante, a saber: Poder Judiciário,
Autoridades Políticas, Ministério Público, Corpo de Bombeiros
Militar, Polícia Civil, Escolas Públicas e Particulares, Conselho
Tutelar, Conselhos Comunitários, Associações de Moradores e
outras representatividades, Igrejas, Empresas, Imprensa e,
principalmente, o máximo possível de moradores.

- CULTURA DE SEGURANÇA: É o complexo de informações


e costumes que capacitem o cidadão a ser um agente
promotor de sua segurança particular e pública.
- REUNIÃO MENSAL DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA: É o
agrupamento das forças vivas atuantes na localidade para
discutir e estabelecer parcerias em prol da melhoria da
qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no
quadrante com interesse direcionado para a segurança pública,
com periodicidade mínima mensal.

- ATENDIMENTO PROATIVO: É o trabalho que tem início de


ofício pela própria PM, com o propósito preventivo. Excetuando-
se as solicitações de atendimentos não decorrentes de ação
delituosa.

- ATENDIMENTO REATIVO: É o trabalho realizado pela PM


no atendimento policial militar empenhado através do COPOM,
telefone móvel funcional ou de forma ocasional, resultante da
notícia de ação delituosa, infracional ou de trânsito.
O que é planejamento

Planejamento é um processo desenvolvido


para alcançar uma situação futura desejada de um
modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a
melhor concentração de esforços humanos e
recursos pela empresa.
Toda empresa (pública ou privada) precisa
desenvolver estratégias almejando os seguintes
aspectos:
“Fazer certo a “coisa””, pois em se fazendo o
contrário – fazer errado a “coisa”, estaremos
provocando perdas de tempo e recursos
Eficiência (retrabalho, desperdício), contrariando os
princípios da eficiência; um segundo clichê
muito utilizado para definir eficiência é "fazer
mais com menos"

"Fazer a “coisa” certa"”, pois em se fazendo o


contrário, estaríamos „fazendo a “coisa” errada", a
“coisa” que não deveria ter sido feita, “coisa” fora de
Eficácia lugar e hora, “coisa” a ser empreendida de forma
diferente, em outras palavras: deveríamos fazer outra
“coisa” que não esta.
"Fazer a “coisa” que tem que ser feita"; sendo dos
três, o conceito mais difícil de se entender, pois
somente é percebida por pesquisas de opinião sobre
Efetividade ações que causam efeitos, impacto ou transformação
de uma realidade que se modificou ou de metas
previamente estabelecidas.
Para fins de analogia e exemplificação,
podemos dizer que a eficiência é cavar, com
perfeição técnica, um poço artesiano. Eficácia é
encontrar a água e efetividade diz respeito aos
efeitos da perfuração do poço artesiano.

Na verdade, esses aspectos se interagem.


Desta forma, a fórmula administrativa para
conseguir ao sucesso da estratégia é:
EFICIÊNCIA + EFICÁCIA = EFETIVIDADE
Planejamento de Operações
Policiais
Planejamento é uma ferramenta administrativa, que
possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos,
construir um referencial futuro, o trâmite adequado e
reavaliar todo o processo a que se destina. Sendo,
portanto, o lado racional da ação. Tratando-se de um
processo de deliberação abstrato e explícito que
escolhe e organiza ações, antecipando os resultados
esperados. Esta deliberação busca alcançar, da melhor
forma possível, alguns objetivos pré-definidos.
Planejar é decidir com antecedência o que fazer,
como fazê-lo, quando fazê-lo, e quem deve fazê-lo.
Planejamento Estratégico
É o conjunto de mecanismos sistêmicos que utiliza processos
metodológicos para, dentro de um contexto, definir o
estabelecimento de metas, o empreendimento de ações, a
mobilização de recursos e a tomada de decisões, visando à
consecução de objetivos, a fim de alcançar o sucesso.
Tanto o plano, quanto a estratégia, têm muitas definições,
todavia, existem algumas diferenças básicas entre as duas
conceituações. Em linhas gerais, a estratégia é a síntese de uma
ideia, que surge da criatividade, sendo qualquer um capaz de
estabelecê-la para alcançar objetivos. Já o plano, remete a uma
análise fundamentada em metodologia específica, requerendo
conhecimento formal, tendo por objetivos a realização de
projetos.
A união das duas palavras: Plano + Estratégia, gera a ideia
de ação, hands on, surgindo o Planejamento Estratégico
Ferramenta: ANÁLISE SWOT
O que é SWOT:

SWOT é a sigla dos termos ingleses


Strengths (Forças), Weaknesses
(Fraquezas), Opportunities
(Oportunidades) e Threats (Ameaças)
que consiste em uma ferramenta de
análise bastante popular no âmbito
empresarial.
Em Administração de Empresas,
a Análise SWOT é um importante
instrumento utilizado para
planejamento estratégico que consiste
em recolher dados importantes que
caracterizam o ambiente interno
(forças e fraquezas) e externo
(oportunidades e ameaças) da
empresa.
A Análise SWOT tem forte influência da
escola militarista de formulação estratégica.
Isso significa analisar detalhadamente o
adversário e o ambiente em que se realizará
o combate, para identificar as oportunidades
e ameaças e os pontos fortes e fracos da
tropa. Com base nessa análise, busca-se
o melhor posicionamento e a definição do
melhor plano de ação para o ataque e a
defesa.
- Strengths (forças) - vantagens internas
da empresa em relação às concorrentes.
Ex.: qualidade do produto oferecido, bom
serviço prestado ao cliente, solidez
financeira, etc.

-Weaknesses (fraquezas) - desvantagens


internas da empresa em relação às
concorrentes. Ex.: altos custos de produção,
má imagem, instalações desadequadas,
marca fraca, etc.;
- Opportunities (oportunidades) – aspectos
externos positivos que podem potenciar a
vantagem competitiva da empresa. Ex.:
mudanças nos gostos dos clientes, falência de
empresa concorrente, etc.;

-Threats (ameaças) - aspectos externos


negativos que podem por em risco a vantagem
competitiva da empresa. Ex.: novos
competidores, perda de trabalhadores
fundamentais, etc.
Análise SWOT
Operações Policiais
Trata-se de estratégias organizacionais
para combater as inúmeras formas de
delinquência, especialmente relacionadas ao
narcotráfico, aos bandos de criminosos,
assim como as redes ilegais de prostituição,
máfias ou de qualquer indivíduo ou grupo
contrário às leis.
O fundamental em qualquer operação
policial é que sua aplicação não levante
suspeita e assim os grupos ilegais possam
ser presos e estarem à disposição de justiça.
Tipos de
Policiamento
- Patrulhamento;
- Policiamento ostensivo a pé;
- Policiamento motorizado de motocicleta;
- Policiamento ostensivo de trânsito;
- Policiamento com cães;
- Policiamento montado;
- Operações policiais especiais;
- Policiamento aéreo;
- Policiamento de proteção ambiental;
- Policiamento rodoviário;
- Policiamento em praias;
- Policiamento comunitário.
Tipos de Operações Policiais
- Ordinárias: ocorrem com grande frequência e
podem ser comumente vistas nas ruas. Ex.:
Bloqueios, Cigarra, Comboio;

- Sazonais: atuação singular sem repetição


programada. Ex.: Cumprimento de mandados de
busca e apreensão, Policiamento em eventos –
grandes shows.
- Pontuais: ocorre com frequência já definida
em prol de épocas/períodos de tempo
específicos. Ex.: Carnaval, Eleições, Festa do
Divino Pai Eterno (Trindade-GO), Desfiles
Militares (7 de setembro e 24 de outubro);

- Força-tarefa: reúne operadores de segurança


pública de diferentes órgãos na intenção de que
todos desempenhem a mesma tarefa. Pouco
utilizada no Brasil;
- Integração/integradas: reúne operadores de
segurança pública de diferentes órgãos na
intenção de que todos desempenhem suas
funções legalmente estabelecidas em prol de um
mesmo objetivo. Ex.: Cumprimento de mandados
de prisão, busca e apreensão. Força Nacional;

- Apoio: destinada normalmente a acompanhar


agentes legitimados a exercer o poder de polícia.
Escolta de autoridades constituídas, em casos
extremos de VIP;
- Especiais: requer treinamento específico e
diferenciado do operador de segurança
pública para que sua execução atinja os
objetivos planejados, tais como ocorrências
com reféns, com bombas, controle de
distúrbios civis, desocupação de terras, etc...
Policiamento Comunitário
O fundamento da polícia comunitária é a integração
entre policiais e a comunidade, sendo dever da polícia,
nesse caso, agir preventivamente com os cidadãos para
identificar e solucionar os problemas. Essa integração
entre a polícia e a comunidade envolve a participação
do policiamento ostensivo e investigativo, cujas
políticas são amparadas pela sociedade de maneira
democrática. Em que tanto as responsabilidades
quanto a manutenção da paz social e da ordem pública
não cabem somente à polícia, mas também a todos os
cidadãos.

Dessa maneira, as funções são basicamente prestar


serviço à sociedade com o auxílio da mesma.
Teoria da janela quebrada
Os autores da teoria defendiam que se uma janela
de uma fábrica fosse quebrada e não fosse de imediato
realizado seu conserto, as pessoas que passassem pelo
local presumiriam que ninguém se importava com aquilo
e que, naquela região, não havia autoridade responsável
por punir os responsáveis pela atitude danosa.
Em pouco tempo, outras pessoas começariam a
atirar pedras para quebrar as demais janelas.
CONCLUSÃO: Pequenas desordens evoluiriam para
crimes de cada vez maior escala, apontando a sensação
de impunidade como latente fomento à atividade
criminosa.
A teoria veio afirmar que: Todo crime deve
ser rigorosamente punido. Todo delinquente
começa praticando pequenos delitos. Não sendo
punido ele vai cometendo crimes cada vez mais
graves e violentos. Assim, punindo-se os crimes
de pequena gravidade, podemos combater os
de maior hediondez.

“Não precisamos esperar que o carro seja


roubado para punir alguém, bastando que a
janela seja quebrada para que o agente seja
punido”
Operações Policiais e Direitos
Humanos
A atuação da polícia e os Direitos Humanos

Com a evolução da humanidade, passou-se a


observar o Homem de uma outra forma, como
um ser que possui direitos na sua sociedade. Neste
momento, os direitos sociais, econômicos e culturais
passam a ser valorizados, estudados e exigidos em
diversas sociedades. O indivíduo passou a ser visto
como um ser que tem direitos inerentes a ele como
humano e não apenas como cidadão.
Essa nova visão passou a impor ao policial
moderno novos limites de atuação e uma reflexão
sobre sua autoridade de usar a força sob certas
circunstâncias.
Sob esta ótica, para que o trabalho policial
seja executado de forma eficaz, as instituições
policiais devem ser comandadas e gerenciadas
com base em princípios expressos na
Resolução nº 34/ 169 da Assembleia Geral das
Nações Unidas, de 17 de dezembro de 1979,
são eles: respeito e obediência à lei;
respeito pela dignidade inerente da pessoa
humana e respeito pelos direitos humanos.
Por razões éticas e legais, a polícia deve se
pautar pelo cumprimento de tais princípios. Os
abusos e excessos devem ser punidos para evitar
que todo o trabalho de se construir uma polícia
justa, eficiente e comprometida com o Estado
democrático, seja comprometido.
Não se deve confundir esta preocupação com
a proteção ao criminoso, pois seu objetivo é
conter o abuso de poder e garantir a dignidade
do ser humano e o cumprimento da lei de forma
justa e eficaz.
Como os direitos humanos interferem na
atividade policial
O trabalho policial é extremamente
difícil e deveria merecer todo o respeito da
sociedade, no entanto, muitas vezes não
encontra na sociedade brasileira a consideração
e apoio que requer.
A segurança pública necessita ser
compreendida sob o prisma dos Direitos
Humanos, para que se ajuste a atuação das
polícias e aconteça seu aprimoramento.
O respeito aos Direitos Humanos não
implica em afrouxamento, tolerância ou
complacência em relação à criminalidade, ao
contrário exige respeito à vida e à
integridade física das pessoas.
A polícia como um todo tem que buscar
a confiabilidade do cidadão, por isso é
imperioso, respeitar o cidadão para
conquistar o seu respeito.
Grupos Vulneráveis
Grupo vulnerável é um conjunto
de pessoas que por questões
ligadas a gênero, idade, condição
social, deficiência e orientação
sexual, tornam-se mais
suscetíveis à violação de seus
direitos.
Para efeito didático esses grupos
são classificados em seis categorias:
Mulheres;
Crianças e adolescentes;
Idosos;
População de rua;
Pessoas com deficiência física ou
sofrimento mental; e
Comunidade LGBTT.
Existem outros grupos na
sociedade em situação de risco,
porém, a vulnerabilidade neste
caso é a sujeição constante ao
preconceito e à discriminação,
independente de outros fatores.
É extremamente relevante que
você saiba diferenciar um grupo
vulnerável de uma minoria.
Minorias são:

Um grupo de cidadãos de um Estado,


constituindo minoria numérica e em posição não
dominante no Estado, dotada de características
étnicas, religiosas ou linguísticas que diferem
daquelas da maioria da população, tendo um
senso de solidariedade um para com o outro,
motivado, senão apenas implicitamente, por
vontade coletiva de sobreviver e cujo objetivo é
conquistar igualdade com a maioria, nos fatos e
na lei.
A Organização das Nações Unidas
não instituiu um conceito universal sobre
minoria. O entendimento da Corte
Internacional de Justiça é de que cada
Estado tem discricionariedade para
arbitrar se o grupo possui fatores
característicos distintivos e se incide no
conceito de minoria.
Resumindo, a identificação de uma
minoria envolve a apreciação de critérios
objetivos e subjetivos. Em outras
palavras, caberá ao Estado reconhecer
determinados grupos como índios e
demarcar terras para eles, ou
remanescentes de quilombos, e
reconhecer aquele sítio como
histórico dando-lhes titularização coletiva
das terras; ou como ciganos, etc.
Atuação Policial Frente aos
Grupos Vulneráveis
Tipos de minorias

Segundo o artigo 27 do Pacto


Internacional dos Direitos Civis e
Políticos, as minorias protegidas
são étnicas, religiosas e
linguísticas.
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos

Art. 27 - Nos Estados em que existam minorias


étnicas, religiosas ou linguísticas não será
negado o direito que assiste às pessoas que
pertençam a essas minorias, em conjunto com
os restantes membros do seu grupo, a ter a sua
própria vida cultural, a professar e praticar a sua
própria religião e a utilizar a sua própria língua.
Minorias étnicas

São grupos que apresentam


fatores distinguíveis em termos
de experiências históricas
compartilhadas e sua adesão a
certas tradições e significantes.
O uso progressivo (seletivo)
da força
Conceitos básicos:
Força é toda intervenção compulsória sobre o indivíduo
ou grupos de indivíduos,
reduzindo ou eliminando sua capacidade de auto decisão.
Nível do uso da força é entendido desde a simples
presença policial em uma intervenção
até a utilização da arma de fogo, em seu uso extremo
(uso letal).
Ética é o conjunto de princípios morais ou valores que
governam a conduta de um
indivíduo ou de membros de uma mesma profissão.
Uso progressivo da força consiste na seleção
adequada de opções de força pelo policial
em resposta ao nível de submissão do indivíduo suspeito
ou infrator a ser controlado.
O policial tem o dever de aplicar a lei e de
reprimir com energia a sua transgressão em
defesa da sociedade. A mesma sociedade da qual
ele faz parte e de onde ele foi escolhido para se
juntar à força policial.
A tarefa da polícia é delicada na medida em
que se reconhece como inteiramente legítimo o
uso de força, para resolução de conflitos, desde
que esgotadas todas as possibilidades de
negociação, persuasão e mediação (FARIA,1999).
São vários os instrumentos nacionais que regulam
o uso da força e arma de fogo pela Força Policial.
Veja: O Código Penal contém justificativas ou causas
de exclusão da antijuridicidade relacionadas no artigo
23, ou seja, estado de necessidade, legítima defesa,
estrito cumprimento do dever legal e
exercício regular de direito, como se vê:
Exclusão de ilicitude
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
- em estado de necessidade;
- em legítima defesa;
- em estrito cumprimento do dever legal ou no
exercício regular de direito.
Obrigado!
Bom estudo!

Profº. Paulino

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