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Bruno Morales1
RESUMO
1 - INTRODUÇÃO
A Segurança Pública não é só uma área coadjuvante na gestão de um
Estado, mas sim um dos maiores clamores sociais, é também uma área baseada
nos direitos e nas garantias individuais e coletivas, portanto, é de suma importância
abordar esse tema que hodiernamente preocupa os brasileiros. Desse modo, busca-
se analisar o sistema de segurança atual, o ordenamento jurídico que regula esse
sistema e possíveis alterações sem que se modifique sobremaneira tal sistema,
objetivando com essas inovações obter resultados mais positivos do que os que
temos na atualidade.
A segurança pública como conhecemos hoje está em total declínio, seja por
falta de gestão de qualidade, seja por questões culturais ou por ineficiência do
Estado num todo. Por esses fatos o trabalho em tela se objetiva, e todos os estudos
e esforços são voltados para buscar uma possível solução para esse problema que
assola a sociedade brasileira.
2 - SEGURANÇA PÚBLICA
Conforme nos ensina Silva, segurança
2 SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 8ª ed. São Paulo: Malheiros,
2012, p.649.
3 ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ENAP). Políticas Públicas: conceito e
4PEIXOTO, Júlio Afrânio. Histórias do Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Cia. Editora Nacional, 2008.
Disponível em: <http://www.ebookbrasil.org/el.ibris/peixoto.html>. Acesso em: 20/05/2018.
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Para realizar o serviço policial ostensivo, foi criada a Divisão da Guarda Real
de Polícia, com a incumbência de garantir a manutenção da ordem pública. Com a
ineficácia da Guarda Real de Polícia para manter o controle dos municípios do
Estado Imperial brasileiro, esta foi extinta, resultando na criação do Corpo de
Guardas Municipais Permanentes, que acabou sendo denominada, em 1866, Corpo
Militar de Polícia da Corte e, em 1920, recebeu o nome Polícia Militar, até hoje
presente no país.5
Com a promulgação da Constituição Federal de 1934, as Polícias Militares
passaram a estar no contexto de proteção e garantia da ordem pública e foram
integradas às forças auxiliares do Exército Brasileiro, pelo teor de seu art. 167. Com
a Lei federal 192/1936, foram reorganizadas as funções estaduais das Polícias
Militares, atribuindo-lhes atividades efetivamente policiais, atuando em âmbito
territorial estadual em tempo de paz e se submetendo à convocação do Exército
Brasileiro em tempos de guerra.
Em 1967 nasce a Inspetoria Geral de Polícias Militares, criada pelo
Ministério do Exército (Decreto-Lei 317/1967), com a finalidade de supervisão e
controle da atividade de repressão e garantia da ordem pública, exercida pelas
Polícias Militares estaduais em todo o território nacional.
No auge do regime militar no Brasil, sob o comando do General de Exército
Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil (1969-1974), a história mostra efetiva
fusão entre Guardas Civis atuantes e as Polícias Militares estaduais.
Com a Constituição Federal de 1988, a qual vige na atualidade, volta ao
cenário a Guarda Civil Municipal, destinada à proteção dos bens, serviços e
instalações do município, mantendo as Polícias Militares como forças de segurança
pública estaduais.
5SOUZA, Aulus Eduardo Teixeira de. Guarda Municipal: A responsabilidade dos Municípios pela
Segurança Pública. Curitiba: Juruá, 2015.
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3.1 Competências
Diante do que foi arguido, trataremos das funções específicas desses órgãos
que são mencionados nos parágrafos do artigo 144, como segue:
7MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 31ª ed. São Paulo: Atlas, 2015, p.846.
8 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional. 38ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015,
p.793.
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4 - SISTEMA DE FILTROS
O sistema em tela baseia-se no sistema de tratamento e filtragem de água.
Um sistema completo de purificação de água deve ser capaz de realizar mais de
uma etapa de filtração, garantindo água de excelente qualidade para o consumo.
E o que isso tem a ver com Segurança Pública? Simples, um eficiente
sistema de Segurança Pública deve realizar mais de uma etapa, ou seja, passar por
alguns processos de filtragem para obter excelente qualidade. O atual modelo de
Segurança Pública não trabalha com uma filtragem efetiva, o que temos são forças
9TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. RE 658.570. Rel. Min. Roberto Barroso.
Julgamento em 06/08/2015, Plenário, DJE de 30/09/2015, com repercussão geral.
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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inicialmente buscou-se resumidamente demonstrar as faces do atual
Sistema de Segurança Pública brasileiro, as instituições presentes nesse sistema e
suas competências, bem como o que é e para que serve a Segurança Pública.
Posteriormente, foi apresentado o Sistema de Filtros, um sistema que poderá inovar
a Segurança Pública, se aplicado de maneira correta e com os devidos
investimentos.
A proposta do trabalho em tela foi demonstrar que não há a necessidade de
grandes mudanças no ordenamento jurídico existente, pode-se alterar algo para se
adequar às realidades do tempo presente, mas nada radicalmente. O necessário
para que um sistema obtenha resultados satisfatórios é boa vontade política e
investimentos de qualidade.
Por fim, deixo uma reflexão trazida pelo Ministro Gilmar Mendes, quando
discursou no Seminário “Segurança Pública e democracia nos 20 anos da
Constituição de 1988”, in verbis:
10 G1.COM. Especialistas apontam causas para o aumento da violência no RS. Porto Alegre,
21/12/2016. Disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/02/especialistas-
apontam-causas-para-o-aumento-da-violencia-no-rs.html.
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REFERÊNCIAS
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 31ª ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PEIXOTO, Júlio Afrânio. Histórias do Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Cia. Editora
Nacional, 2008. Disponível em: <http://www.ebookbrasil.org/el.ibris/peixoto.html>.
Acesso em: 20/05/2018.
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 8ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2012.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional. 38ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2015.