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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA

CENTRO DE ENSINO DA PMRO


CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

ANTONIO MARCOS CARNEIRO DA SILVA AL SGT PM


CLOVES REIS DE SOUZA AL SGT PM
FABRÍCIO SANTOS DUARTE AL SGT PM
DANIEL ANDRADE DA SILVA AL SGT PM
LUCIANO RODRIGUES BARBOSA AL SGT PM

DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ARTIGO 5º)

Vilhena/RO
2021
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA
CENTRO DE ENSINO DA PMRO
CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

ANTONIO MARCOS CARNEIRO DA SILVA AL SGT PM


CLOVES REIS DE SOUZA AL SGT PM
FABRÍCIO SANTOS DUARTE AL SGT PM
DANIEL ANDRADE DA SILVA AL SGT PM
LUCIANO RODRIGUES BARBOSA AL SGT PM

DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ARTIGO 5º)

Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de


Formação de Sargento Policial Militar como requisito
parcial de avaliação, durante o estudo da Disciplina de
Direitos Humanos, ministrada pela instrutora Major PM
Vanilce.

Vilhena/RO
2021
RESUMO

Uma definição sobre os direitos individuais e coletivos tem-se o foco nos incisos da
Constituição e, com isso a abordagem segue-se interpretando-os e demonstrando
que há uma ligação de paridade entre a Constituição e os Direitos Humanos.
Pretende-se então, esmiuçar neste trabalho o artigo 5º com conceitos de alguns
autores que serão citados, aspectos históricos, dentre outras análises. Desta forma,
além de argumentar sobre os direitos individuais e coletivos para uma melhor visão
do artigo 5º da Constituição Federal, enfatizar a necessidade de se fazer cumprir
pelo poder público e a sociedade em geral tais direitos, já que são garantias
essenciais, minímas para qualquer ser humano, destacando, ainda, a importância
da temática na formação no curso de sargento.

Palavras-chave – Direitos. Humanos. Constituição.

ABSTRACT

A definition of individual and collective rights focuses on the Constitution's provisions,


and with this, the approach follows interpreting them and demonstrating that there is
a connection of parity between the Constitution and Human Rights. The intention is,
then, to scrutinize Article 5 with concepts from some authors who will be cited,
historical aspects, among other analyses. In this way, besides arguing about the
individual and collective rights for a better view of Article 5 of the Federal
Constitution, emphasizing the need to enforce by the government and society in
general such rights, since they are essential guarantees, minimal to any human
being, highlighting, still, the importance of the theme in the formation of the sergeant
course.

Keywords - Rights.Humans. Constitution.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................5
2 ASPECTOS HISTÓRICOS.....................................................................................6
3 CONCEITO DE DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS.....................................7
4 CONCLUSÃO.........................................................................................................9
REFERÊNCIAS.......................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

Pretende-se neste trabalho fazer uma abordagem sistêmica na


Constituição Federal de 1988 no que tange ao que esta, contido no artigo 5º.
Neste artigo e em seus incisos estão destacados os Direitos Individuais e
Coletivos, merecendo destaque os direitos: à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, decorrendo destes todos os demais que estão
salvaguardados nos incisos I a LXXVII.
Para desenvolver uma maior elucidação e definição sobre os direitos
individuais e coletivos tem-se o foco nos incisos e com isso a abordagem segue-se
os interpretando e demonstrando que há uma ligação de paridade entre a
Constituição e os Direitos Humanos. Pretende-se então, esmiuçar neste trabalho o
artigo 5º com conceitos e aspectos históricos, dentre outras análises.
Nesse sentido, então conceituaremos os direitos individuais e coletivos
para uma melhor visão e como na prática eles contribuem para termos direitos à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade diante dos obstáculos
encontrados para concretizar uma harmonia na sociedade.
Nas diversas fases da abordagem do tema supra citado, foram acionadas
as técnicas do referente e da pesquisa bibliográfica.
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2 ASPECTOS HISTÓRICOS

É conhecido que as sociedades desde os primórdios já se baseavam em


normas de suas tradições culturais de sua comunidade, já que não havia uma
constituição propriamente dita, impressa e divulgada; isso remete-nos a ideia de que
o homem, no decorrer histórico, foram rejeitando ações e atitudes consideradas
aviltantes à dignidade humana, chegando na atual consciência enraizada do direito
que vem sendo aplicada no seio social.
Esses padrões normativos repassados de pais para filhos ou mesmo de
uma liderança grupal, sustentavam as relações comunitárias, porém havia a
necessidade de estabelecer condutas universais que garantissem o alcance de um
maior número de pessoas por meio de documentos considerados universais
reconhecidamente pelo Estado e respeitado pelas nações, na busca social por
instrumentos que garantissem tratamento justo ao ser humano.
A história comprova esse anseio social, visto que as ações resultaram nos
atuais ordenamentos jurídicos, em decretos e declarações universais os quais
buscavam e buscam afirmar as condutas em padrões minimamente aceitos.
Essa origem remete desde o antigo Egito que já previa proteção individual
em relação ao Estado, passando pelo Código de Hamurábi, influências dos
ensinamentos de Buda, estudos que surgiram na Grécia os anseios de igualdade e
liberdade apregoados pela Revolução Francesa mostram-nos a insatisfação pelo
modelo da época, buscando centralizar o homem como o centro das ações e, para
tanto, buscando um tratamento mínimo que considerasse a dignidade da pessoa por
sua condição humana.
Assim, não foi diferente com o povo brasileiro que nasceu da
miscigenação cultural e racial advindo de um processo de colonização que não teve
um planejamento social e econômico que pudessem dar forma a uma sociedade se
não por meio de lutas sociais contra sequencia de fatos históricos de domínio e
opressão das classes menos favorecidas que culminaram na promulgação da
Constituição Federal no de 1988 como resposta a uma reação popular de
insatisfação social.
A Constituição Federal vigente do Brasil foi estabelecida por assembleia
constituinte no dia 22 de agosto de 1988 com a participação de 559 parlamentares
que, por quase dois anos, reuniam-se para dar corpo ao atual texto da Constituição
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Federal; ela foi apresentada oficialmente no dia 5 de outubro no ano de 1988.

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional


Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a
seguinte Constituição da República Federativa do Brasil." - Preâmbulo da
Constituição Federal de 1988.

É necessário destacar que o povo brasileiro vinha de um período de


regime militar que aspirava uma constituinte que desse mais garantias contra o
Estado, tanto que a constituição ficou conhecida como constituição cidadã, onde os
representantes do povo estabeleceram uma constituição pautada nos anseios
democráticos que pairavam na época.
A Constituição passa a assegurar direitos, considerados como
fundamentais, cabendo ao Estado, o Poder Público, respeitar, defender e promover
essas garantias. O Estado passa a ser não mais um instrumento de domínio total;
agora o Estado tem a função de preservar essas garantias instituídas em
verdadeiros “campos de batalhas sociais”; essas conquistas, que a nós, parecem
naturais, foram marcadas por grandes lutas travadas por homens e mulheres que se
destacaram na história.

3 CONCEITO DE DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,


garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade (Constituição Federal DE 1998).

O artigo 5º da constituição norteia as relações entre Estado e Sociedade,


garantindo direitos a homens e mulheres indistintamente; neste artigo os direitos e
garantias fundamentais são expostos e tratado num rol de incisos que limitam as
ações do Estado, regendo o poder público na tomada de decisões, visto que sua
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violação, torna passivel de punição os agentes que cometem tais violação.


É notorio destacar que apenas o servidor público comete violação dos
direitos humanos. Apenas o Estado representado por seus agentes podem incorrer
em transgressão de violação dos Direitos Humanos.
Ainda, infelizmente, a mídia tem apresentado inúmeras reportagens
sobre violação dos direitos individuais e coletivos que chocam a opinião pública, mas
o que são esses direitos humanos? Quando surgiu? Quem pode ter esse direito?
Para responder a essas perguntas é necessário um apanhado histórico para
compreender todo esse processo de mudança social, visto que, no passado, esses
direitos, nem sempre foram direitos. Pode se dizer que essas conquistas sociais do
passado forjaram o atual direito.
É notório destacar que apenas o servidor público comete violação dos
direitos humanos. Apenas o Estado representado por seus agentes podem incorrer
em transgressão de violação dos Direitos Humanos, que tem por escopo o
respeito as regras estabelecidas da pela Constituição Federal para proteção
principal não apenas da vida, mas também da dignidade desta vida.
Os direitos fundamentais garantido no artigo 5º são dispostos em 78
incisos os quais apresentam inúmeros direitos essências, alcançando todos os
cidadãos brasileiros ou estrangeiros residentes em território brasileiro.
É preciso destacar que esses direitos individuais e coletivos não são
direitos absolutos. Ha excessos que podem ser suprimidos, conforme os termos
expressos na Constituição federal.
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4 CONCLUSÃO

Este trabalho em grupo, através de uma pesquisa bibliográfica,


possibilitou re-avivar a própria história, a tomada de consciência das conquistas
alcançadas, bem como entender que o processo é inacabado, devendo homens e
mulheres estar constantemente, em busca da melhoria da vida individual e social,
bem como defender as que já foram garantidas por lei, melhorando a realidade
social conforme forem surgindo.
Nas atividades cotidianas da Policial Militar, órgão ao qual estamos
empregados e que compõem o sistema de segurança pública, é preciso massificar,
cotidianamente, a importância de salvaguardar essas garantias fundamentais
contidas no artigo 5º.
Assim, o servidor deve redobrar sua atenção e zelo no trato com a
sociedade, bem como velar para que todos os representantes do Estado tenham a
mesma postura diante da sociedade, mesmo nos casos em flagrante delito, onde o
agente, a margem da lei, tenha suprimido o direito alheio. Não cabe ao agente do
Estado punir com base em suas próprias decisões, mas encaminhá-lo a órgãos
competentes para ter o julgamento conforme rege a lei.
Por isso, ao examinar a história entende-se que mudanças nem sempre
foram fáceis, mas necessárias para corrigir injustiças ou mesmo para mostrar ser
injustiça a suposta “justiça” que muitas vezes se pratica, sendo imprescindível a
decisão de opor a todo e qualquer sistema opressor que confronta a dignidade
humana.
Rui Barbosa, em Oração aos Moços afirma, que: “justiça tardia é se não
uma injustiça institucionalizada”. Não se pode aceitar o atraso da justiça na defesa
dos que por ela clamam. Por isso, o poder público, o Estado, deve não postegar
ações necessárias para proteger o direito individual e coletivo, uma vez que, já foram
conquistados, devem ser aplicados a quem couber sem demora.
Portanto, é preciso o policial militar esteja ciente de sua atuação, agindo
com convicção sob o manto do regramento jurídico para não ser ele o agente
causador da violação, sob pena de punição administrativa, penal e cível.
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REFERÊNCIAS

ABNT.http://www2.ufac.br/ppgespa/normas/anexos/abnt/nbr-10520-2002.pdf/view, acesso
em 19 de abril de 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,2002.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da língua


portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010.

http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/rui_barbosa/FCRB_RuiBarbos
a_Oracao_aos_mocos.pdf, acesso em 20 de abril 2021.

MARTINS, Dileta Silveira.Portugues Instrumental, de acordo com as atuais normas da


ABNT.22ª edição.editora Sagral 2001.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª Edição, revista e


Ampliada. Editora Cortez, 2000.

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