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DEBORAH
RESUMO
ABSTRACT
The article analyzes the limits of freedom of expression and fake news. For that,
the fundamental rights, the constitutional guarantees as well as the individual
and collective rights foreseen in the Brazilian law are examined. In addition, the
expression fake News will be analyzed and how current societies are dealing
with this phenomenon. Through the changes that have taken place over the
years, the rights provided for in the legislation have been hampered by fake
News, when there is dissemination of untrue information to the community.
Using the deductive methodology, it was concluded that with the emergence of
fake News, greater care is needed when news is disseminated, in addition to
punishment for those who disseminate information that is empty of true content
so that freedom of expression is respected according to normative
determination, since there is an increasing concern related to citizens and the
legal security of the fulfillment of their rights.
INTRODUÇÃO
1 OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Para Ada Pellegrini Grinover, a categoria dos direitos difusos pode ser
assim entendida,
2 FAKE NEWS
Fake News são notícias falsas nas quais existe uma ação deliberada
para enganar os consumidores. Não coincide com o conceito de false
news, que por sua vez, não partem de ação deliberada, mas de
incompetência ou irresponsabilidade de jornalistas na forma como
trabalham informações fornecidas por suas fontes. (Meneses, 2018,
p. 40)
Com o acesso à internet cada vez mais difundido, as fake news ganharam
força pois ficou muito mais fácil espalhar notícias. Com a velocidade de
produção de conteúdo e a rápida difusão das informações, tornou-se
corriqueiro em um ambiente como a internet, que parece não haver autoridade
nem punição para aqueles que reproduzem fake news, as informações serem
espalhadas com maior velocidade ainda.
O crescimento exponencial das novas tecnologias e do acesso a elas
criou uma verdadeira revolução na maneira como a sociedade se
informa e se comunica, permitindo o envio de mensagens
instantâneas e serviços de voz e vídeo em nível global.
Diferentemente dos tradicionais veículos de comunicação em massa,
quais sejam, os jornais impressos, o rádio e a televisão, que
funcionavam de maneira centralizada, unidirecional e verticalizada, a
chamada “era da informação” é marcada por um modelo “todos para
todos”, no qual qualquer pessoa pode produzir e compartilhar
conteúdo com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Isso
gera o fenômeno da “sobrecarga de informação” (information
overload), pois os dados não são mais filtrados pelos procedimentos
tradicionais e a quantidade de informação que um indivíduo recebe
supera sua capacidade de processá-la (ALVES, MACIEL, 2020).
Como dito no tópico acima, as fake news são notícias que circulam em
meios de comunicação de maneira errônea, atribuindo repercussão para
notícias falsas. A caracterização dessas notícias pode ser enquadrada da
seguinte maneira, não são dotadas de verdade; não há fontes confiáveis que
repassam as informações; e além de divulgar esses comunicados, pode haver
um potencial de manipular emoções em todos aqueles que consomem essas
informações. Essa situação de disseminação de informações, pode ser
demonstrada no cenário atual, por exemplo, com o surto de Covid-19 que
assola o mundo,
Essa procura por fake news está muito atrelada ao tipo de informações
que o usuário procura na internet. Se uma pessoa prefere notícias mais
sensacionalistas ou procura notícias parecidas com essas em suas redes
sociais, há uma filtragem para que sejam enviadas a ela informações daquele
tipo, o que pode ajudar a disseminar as fake news. Portanto, quanto mais
procura tiver e rede de amigos consumindo o mesmo tipo de informações,
maiores serão as disseminações de fake news,
Quanto a questão das emoções das pessoas que consomem esse tipo
de conteúdo, é possível entender o porquê são mais suscetíveis a alguns
sentimentos. Angústia, frustração, ansiedade, medo são algumas das
emoções que afloram em pessoas que consomem as fake news. Isso porque
como na maioria das vezes são notícias sensacionalistas, há nelas um
sentimento de dor, tragédia, dentre outros que não colaboram para otimizar e
acrescentar positivamente na vida das pessoas,
As fake news no Brasil tem um cunho político muito forte. Muitas vezes são
espalhadas por grupos políticos de ideais diferentes para atacar uns e outros
com o intuito de descredibilizar o grupo político que não o seu. A manipulação
de informações nesse caso, pode atingir o eleitorado que, baseado naquelas
informações, escolhe o seu voto.
Além disso, as fake news fizeram com que as pessoas passassem a ser
mais intolerantes umas com as outras, principalmente no campo político e
religioso, por receberem notícias daquilo que lhes interessa, não se preocupam
com o diálogo com o outro, restando o discurso de ódio e de não aceitação
daquilo que lhes é contrário,
Já alguns doutrinadores acreditam que o problema das fake news fica mais
agravado quando atinge direitos de maior porte. Por isso, quando as notícias
são divulgadas há que se preocupar com os direitos e princípios do
ordenamento jurídico, a fim de resguardar o direito de todos, conforme Pina,
Isso porque, conforme será analisado, mesmo que as fake news sejam
uma forma de expor opiniões, na medida em que interfere na vida das pessoas
de forma negativa, não há que se colocar o direito individual de expressão
acima do bem coletivo, motivo esse que justifica a priorização da liberdade de
expressão, princípio este que deve ser utilizado amplamente, porém, cuidando
para que suas opiniões não sejam disseminadores de notícias falsas.
São vários os projetos de lei que dissertam a respeito das fake news,
porém, foram expostos apenas alguns que tiveram mais relevância e destaque.
O último Projeto de Lei a ser citado no presente trabalho é o de nº 2630/2020
que foi aprovado pelo Senado Federal e Institui a Lei Brasileira de Liberdade,
Responsabilidade e Transparência na Internet. A seguir serão dispostos alguns
artigos acerca das fake news presentes no projeto.
A lei não exime o Estado do seu papel que é conceder educação para a
população quanto ao uso consciente da internet além de campanhas para
evitar a desinformação.
Art. 26. O Estado deve incluir nos estudos de que trata o art. 28 da
Lei nº 12.965, de de 2014, diagnósticos sobre a desinformação na
internet e a transparência de conteúdo patrocinado na internet
(BRASIL, 2020).
Nesse caso há uma lesão à saúde pública, pois, quanto menos vacinados
tiver, mais propensão de doenças irão surgir, devendo, portanto, ser
responsabilizada qualquer pessoa que dissemina essas informações sem
fundamento e sem conhecimento técnico. No contexto apresentado, a
liberdade de expressão não pode mais ser justificativa para as fake news, já
que o interesse público é maior do que a possibilidade de se espalhar boatos.
Outra ação por indenização também foi julgada, no caso a seguir, por
conta de imputação falsa de crime em redes sociais, que foi condenado a
pagar a vítima,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, Marco AS; MACIEL, Manuella RH. O fenômeno das fake news:
definição, combate e contexto. Publicado em fev 2020. Disponível em
https://revista.internetlab.org.br/o-fenomeno-das-fake-news-definicao-combate-
e-contexto/ Acesso em 15 jul 2021.
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo
– Os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. Ed. Saraiva,
2.ª ed., 2010. Livro em PDF. Paginação Irregular. P. 354