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Sumário.

1. Introdução...........................................................................2
2. Direito a Vida.......................................................................3
3. Direito a Liberdade...........................................................3/4
4. Direito a Igualdade..............................................................5
5. Direito à Segurança............................................................6
6. Conclusão....................................................................................7

7. Referências Bibliográficas.................................................8
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1. Introdução.

No Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 esta determinado exercício dos


direitos individuais e sociais, bem como a liberdade, o bem-estar e a segurança dos
individuos e tambem o direito de se desenvolver com igualdade e justiça.

Em epigrafe, faz-se relevante destacar que a lista de direitos fundamentais não é


limitada, isto é, não se baliza nos direitos elencados no artigo em estudo. Há alguns direitos
não listados entre os incisos da carta magna que também têm seu status de direito
fundamental, impassível de restrição ou diminuição de alcance. O direito à anterioridade
tributária é um exemplo. Apesar de não estar listado entre os incisos do Art. 5º da CF, ele
está no Art. 150, III, "b" do texto constitucional. O entendimento, é de que a localização de
um artigo não é mais importante do que a essência, devendo, portanto, ser reconhecido
como de igual importância em relação aos listados no Art. 5º, sendo a estes e outros
conferida a classificação a direitos fundamentais não catalogados. Para que entendamos
que os direitos fundamentais previstos no Art. 5º, não se resumem aos que estão em seus
incisos, devemos ir mais a fundo no estudo do artigo em questão. Se faz importante também,
não usar o critério de exclusão dos artigos que estejam fora dessa lista trazida pelo Art. 5º.
Para que haja compreensão correta dos direitos fundamentais trazidos pela Lei Maior,
estudo do Art. 5º da CF, deve ser feito pela análise do que está descrito no caput.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Apesar da literalidade do artigo, que recomenda serem os direitos


fundamentais propostos apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país,
Paulo e Alexandrino (2015) indicam que o entendimento majoritário é o de que
estrangeiros não residentes também fazem jus aos direitos em questão.
O caput elenca cinco direitos fundamentais dos quais parte nosso estudo. Á luz da
doutrina entende-se que desses direitos derivam os que seguem e constam dos incisos
do artigo. A respeito dos direitos à vida e à igualdade, consideramos:

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2. Direito a Vida.

A priori, cabe lembrar que o direito à vida não nos parece absoluto. Visto que,
embora esteja garantido desde a concepção, compreendendo a existência intrauterina e
extrauterina. O feto anencéfalo é considerado inviável, pois está, biologicamente vivo, mas
juridicamente morto, segundo o STF. Tanto nesta hipótese quanto em caso de estupro ou
de risco iminente a vida da mãe, é permitido o aborto legal. Ora, desse modo podemos
concluir que existam casos em que o direito deixe de existir. Há então um duplo significado
do direito à vida a ser considerado: o direito de continuar vivo importa tanto quanto o direito
a uma vida digna. Desse modo o Estado deve envidar esforços para garantir a todos uma
existência regulada na dignidade da pessoa humana, que a maior parte da doutrina avalia
como o valor central do ordenamento jurídico brasileiro estando inclusive prevista no Art. 1º,
III, CF.

3. Direito a Liberdade.

Iniciando o estudo dos tipos de liberdade, primeiramente, há o direito de


locomoção que abrange a possibilidade de circular ou de permanecer em determinado
lugar. Este direito encontra-se protegido no artigo 5º da Constituição brasileira em vigor,
em seu inciso XV, nos seguintes termos: “é livre a locomoção no território nacional em
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou
dele sair com seus bens”, bem como em seu inciso LXVIII, dispondo que “conceder-se-
á ‘habeas-corpus’ sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.

A liberdade é um tema que admite várias discussões. Seu valor para os indivíduos
ocasiona debates extraordinários entre aqueles que se opõe quanto ao entendimento sobre
o assunto. A compreensão do termo varia em concordância com a cultura, a política, a
religião e logicamente com a época de que se trata. Mas não são apenas estes os fatores
que afetam o entendimento e a extensão que deve se dar a liberdade, mas também
acontecimentos históricos alteram a ideia do que seria a liberdade e sua real extensão.
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Um dos primeiros filósofos a esclarecer o conceito de liberdade foi Sócrates (469 a


399 a.c.). Um de seus maiores legados faz referência à frase: “conhece-te a ti mesmo”.
Princípio do qual percebe-se a inteligência de Sócrates sobre a liberdade. Para o filósofo,
o homem é livre a partir de que consegue dominar seus sentimentos, pensamentos e a si
próprio. E a escravidão se dá ao homem que deixa que as paixões o controlem. Para ele
o homem livre deve ter acima de tudo o auto domínio.

Evidente, que toda a preocupação em idealizar o significado da palavra liberdade


mostra o quão essencial ela é aos seres humanos, confirmando o dito inicialmente de que
cada indivíduo sua própria concepção sobre a liberdade e sua grandeza, e que cada um
sofre influencias de diferentes fatores. A liberdade possui relevância tamanha e
diferenciada entre as nações, tendo sido aclamada como direito fundamental dos homens.
Deste modo, torna-se impossível negar a seriedade do tema que sofreu e ainda sofre
mudanças constantes.

Portanto, vê-se que o direto à liberdade é extremamente amplo, visto que a palavra
liberdade abrange inúmeros direitos dos indivíduos, e, por isso, vem expresso na
Constituição Federal em inúmeros artigos que a protegem em suas diversas formas,
colaborando para o estabelecimento de sua relevância social e jurídica.

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4. Direito a Igualdade

A igualdade refere-se à equiparação de todas as pessoas no que diz respeito aos direitos e
garantias, mas é preciso entender a igualdade também sob um duplo aspecto.

Nem todos os grupos de pessoas, por razoes históricas, sociais e econômicas têm acesso
aos direitos da mesma forma. Essas disparidades existentes em nossa sociedade, não
podem ser ignoradas devendo-se prever, sempre de maneira admissível, condições
diferentes aqueles que tem oportunidades diferentes, a fim de nivelar minimamente as
condições de vida para todos.

Em relação ao direito à igualdade, não podem haver hipóteses que tragam


tratamento diverso a quem está em igualdade de condições, por outro lado, também devem
ser observadas as questões isonômicas e de equidade. Provendo as pessoas tratamento
diferente para quem é diferente em condições. Como exemplo podemos citar as cotas raciais
e as de PCD em concursos e vestibulares que visam diminuir a desigualdade social no país.
Essas e outras medidas estão sendo adotadas para que realmente o direito a igualdade seja
efetivo.
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5. Direito à Segurança.

Já há muito tempo percebe-se a generalizada onda de crescimento da


criminalidade na sociedade contemporânea o que coloca o tema segurança pública no
cerne do debate político e jurídico. Com frequência, fala-se em um direito à segurança
pública por parte do indivíduo, o que torna imperativa a reflexão a cerca de uma relação
possível entre àquela e os direitos fundamentais.

É dever do Estado proteger os interesses essenciais à conservação da vida


social digna, concebida pelo real exercício de direitos próprios ao ser humano, como à
vida, à liberdade e à igualdade. No caso da república Federativa do Brasil, consolida-se
nos embasamentos da Democracia e do Direito, estando assegurado por todo
ordenamento jurídico, especialmente pelo plano constitucional.

O direito à segurança, nada mais é do que uma espécie de direito social, que
traz para o Estado o dever de estabelecer políticas públicas de segurança que garantam
aos cidadãos o direito de ir, vir e transitar com de modo tranquilo nos locais públicos,
assegurando também a defesa da integridade física e patrimonial.

6. Direito a Propriedade

O direito é antecessor do Estado, e a propriedade privada deu origem ao direito.


Antes de surgir um estado os indivíduos já agiam e a noção de propriedade privada já era
inerente à ação do indivíduo. Entretanto, é dever do Estado sua regulamentação.

O direito de propriedade teve, ao longo de séculos, diferentes aspectos até chegar


ao entendimento atual que o vinculou a execução de uma função social. A propriedade
era antes vista como um poder absoluto de alguém sobre uma coisa, tida como um direito
absoluto, perpétuo e exclusivo de seu titular, que poderia dispor da mesma em toda
plenitude. Essa percepção evoluiu junto com a sociedade, que vem resgatando a
compreensão da propriedade voltada a coletividade, suavizando a forma absoluta
anterior e passando por um processo de relativização. Desse modo, com o objetivo de
que a propriedade tenha realmente uma função social, a própria Constituição traz meios
para limitar o direito de propriedade, ou até, sancionar o proprietário que exerce seu
direito sem observar os pareceres da justiça social.
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7. Conclusão.

Através do estudo do Art. 5º da Constituição Federal de 1988, foi possível


entender que grandes são as responsabilidades da população no que se refere a seus
próprios direitos, visto que, mesmo estando estes contemplados e assegurados no texto
da referida carta, é ao povo que cabe o papel de eleger quem os faz tornarem-se efetivos.

Sendo assim, quando o povo exercendo o direito de eleger seus representantes


não está devidamente politizado, o exercerá de forma equivocada, tirando de si próprio a
possibilidade de que seus direitos e garantias sejam respeitados. É nesse artigo que estão
garantidos os direitos fundamentais como estudado; á vida, á igualdade, á segurança, á
liberdade e á propriedade para que todo o povo possa viver da melhor maneira possível.

As normas elencadas no Art 5 podem e devem ser utilizadas quando um cidadão


percebe qualquer um de seus direitos desrespeitados, e infelizmente isso acontece
frequentemente, pois apesar de estarem previstos nem sempre são seguidos.

Vimos ainda, que a Constituição Federal é a principal pilastra para vivermos em um Brasil
ideal para todos e as normas constantes no Art 5, tamanha sua importância que são
acatadas como cláusulas pétreas, isto é, elas não podem ser modificadas. Porém ainda
que tenhamos tantas leis que assegurem o bem-estar no papel, na pratica elas não se
fazem do mesmo modo.
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8. Referências Bibliográficas.

PAULO, Vicente. Resumo de direito constitucional descomplicado. Disponível em:


https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:2015;001034508.
Acesso em: 15, set,2023

POLITIZE: Politize: Artigo 5, c2019. Página inicial. Disponível em:


https://www.politize.com.br/artigo-5/artigo-5/. Acesso em:16, set, 2023.

AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; BASSO, Maura. Segurança pública e direitos


fundamentais. Direito & Justiça. Disponivel em: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11302.
Acesso em:13, set, 2023.

CHAVES Braga, Roberta. Direito de Propriedade e a Constituição Federal de 1988 de


1988.Esmec.tjce.jus.br, 2014. Disponivel em:https://esmec.tjce.jus.br/wp-
content/uploads/2014/12/Roberta-Chaves-Braga.pdf. Acesso em: 15, set, 2023.

Constituição da República Federativa do Brasil. Senado.leg.br.


https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.p
df. Acesso em: 13, set, 2023.

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