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AULA, 10-09-19
INTRODUÇÃO
Direitos fundamentais: direitos positivados dentro de uma ordem jurídica interna de um país.
Distinção entre direitos e princípios fundamentais: Enquanto estes são valores fundantes da
estrutura política e governamental, interna e externamente, do Estado, aqueles são voltados ao ser humano.
De acordo com o critério aqui adotado, o termo “direitos fundamentais” se aplica àqueles direitos
(em geral atribuídos à pessoa humana) reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional
positivo de determinado Estado, ao passo que a expressão “direitos humanos” guarda relação com os
documentos de direito internacional, por referir-se àquelas posições jurídicas que se reconhecem ao ser
humano como tal, independentemente de sua vinculação com determinada ordem constitucional, e que,
portanto, aspiram à validade universal, para todos os povos e em todos os lugares, de tal sorte que revelam
um caráter supranacional (internacional) e universal.
Ainda na esfera dos direitos da assim chamada segunda dimensão, há que atentar para a
circunstância de que tal dimensão não engloba apenas direitos de cunho positivo, mas também as assim
denominadas “liberdades sociais”, como bem mostram os exemplos da liberdade de sindicalização, do
direito de greve, bem como o reconhecimento de direitos fundamentais aos trabalhadores, tais como o
direito a férias e ao repouso semanal remunerado, a garantia de um salário mínimo, a limitação da jornada
de trabalho, apenas para citar alguns dos mais representativos.
Terceira geração
Quarta geração:
Quinta geração:
A QUESTÃO TOPOGRÁFICA:
Art. 5º, § 1º CF: As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei1;
1
Trata-se de norma de eficácia limitada e aplicabilidade mediata. Normas não autoexecutáveis. Ou seja,
dependem de uma lei para a sua aplicação.
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS IMPLÍCITOS E DECORRENTES
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.
TRATADOS INTERNACIONAIS
A teoria monista, não aplicada, refere que basta a ratificação do Presidente da República para que a
legislação seja aplicada internamente.
Já a teoria dualista (adotada pelo STF) refere que o processo se divide em duas etapas: Primeiramente,
a aprovação pelo Congresso Nacional, mediante Decreto Legislativo e após a ratificação pelo Presidente
da República, mediante depósito do instrumento.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
a) Imprescritibilidade: São imprescritíveis. Ou seja, o fato de não exercer o direito não faz com que
se perca.
b) Irrenunciabilidade: Uma marca dos direitos fundamentais é que os seus destinatários não podem
a eles renunciar.
c) Concorrência: Podem ser exercidos vários direitos fundamentais ao mesmo tempo.
d) Historicidade: Os direitos fundamentais são resultados de um longo processo histórico, de uma
lenta evolução.
e) Universalidade: Sentido dessa característica dos direitos fundamentais é que estes se destinam a
todos os homens.
f) Inalienabilidade: São direitos intransferíveis e inegociáveis, porque não são de conteúdo
econômico patrimonial. Se a ordem constitucional os confere a todos, deles não se pode desfazer,
porque são indisponíveis.
g) Limitabilidade ou relatividade: Esta característica decorre da ideia de que os direitos
fundamentais não podem ser tidos como absolutos, de aplicação ilimitada. Ao se exercitar tais
direitos, muitas vzes um deles conflitará com outro.
DIREITO À VIDA: A vida, para o direito, possui um significado diferente do que para a biologia.
A vida que se quer é uma vida digna. Uma vida com qualidade. Quando o Estado promove a
“vida”, significa promover uma vida de qualidade, com saúde. É nesse sentido que deve ser
interpretado esse direito fundamental. É direito fundamental que impõe ao Estado o dever de agir
de duas formas: a) promover a vida; b) não permitir que ninguém tire a vida de outro. É a razão da
tutela penal do art. 121, CP.