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Trabalho de Direito Constitucional I

Nome.: Almir Tadeu Tieghi Menozzi


Instituição.: Faculdade Galileu de Botucatu
Turma.: 2º Termo (2º Período)
Turno.: Noite

Trabalho: OPÇÃO 2 – Resumo/Pesquisa a respeito de no mínimo 5 (cinco) direitos ou garantias funda-


mentais previstas na Constituição Federal de 1988. Deve ser utilizada a Constituição e pelo menos um dos livros
abaixo relacionados. Pode ser utilizado mais de um livro, ou podem ser utilizados todos, a critério de cada aluno
pesquisador. Indique as principais características de cada direito/garantia fundamental pesquisado.

Livro referência - a) MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 10ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
Livro referência - b) SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 25ª ed. São Paulo: Ma-
lheiros, 2005

Antes de falar propriamente sobre 5(cinco) direito ou garantia fundamentais, o autor no mostra o conceito de
garantia fundamental descrito abaixo:

” DIREITOS E GARANTIAS
No âmbito das classificações dos direitos fundamentais, intenta-se, por vezes, distanciar os direitos das garanti-
as. Há, no Estatuto Político, direitos que têm como objeto imediato um bem específico da pessoa (vida, honra,
liberdade física)128. Há também outras normas que protegem esses direitos indiretamente, ao limitar, por ve-
zes procedimentalmente, o exercício do poder. São essas normas que dão origem aos direitos­garantia, às cha-
madas garantias fundamentais.
As garantias fundamentais asseguram ao indivíduo a possibilidade de exigir dos Poderes Públicos o respeito ao
direito que instrumentalizam. Vários direitos previstos nos incisos do art. 5º da Constituição se ajustam a esse
conceito. Vejam-se, por exemplo, as normas ali consignadas de direito processual penal. Nem sempre, contudo,
a fronteira entre uma e outra categoria se mostra límpida - o que, na realidade, não apresenta maior importância
prática, uma vez que a nossa ordem constitucional confere tratamento unívoco aos direitos e garantias funda-
mentais.”

1 - DIREITO À VIDA - A existência humana é o pressuposto elementar de todos os demais direitos e liberda-
des dispostos na Constituição. O direito à vida é a premissa dos direitos proclamados pelo constituinte; não faria sentido
declarar qualquer outro se, antes, não fosse assegurado o próprio direito de estar vivo. A centralidade para qualquer or-
dem jurídica do direito à vida é também ressaltada em tratados internacionais de que o Brasil é parte. Pacto Internacio-
nal de Direitos Civis e Políticos das Nações Unidas, de 1 9683, explicita que "o direito à vida é inerente à pessoa huma-
na" e que "este direito deverá ser protegido pela lei", além de dispor que "ninguém poderá ser arbitrariamente privado
de sua vida". O constituinte brasileiro, coerentemente, proclama o direito à vida, mencionando-o como o primeiro dos
cinco valores básicos que inspiram a lista dos direitos fundamentais enumerados no art. 5º do texto constitucional, se-
guido da liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Os atentados dolosos contra a vida devem ser perseguidos cri-
minalmente, conforme o constituinte deixa sentir, instituindo para tais casos o processo penal por meio do júri (art. 5º,
XXXVIII).

2 - LIBERDADE - As liberdades são proclamadas partindo-se da perspectiva da pessoa humana como ser em
busca da autorrealização, responsável pela escolha dos meios aptos para realizar as suas potencialidades. O Estado de-
mocrático se justifica como meio para que essas liberdades sejam guarnecidas e estimuladas, inclusive por meio de me-
didas que assegurem maior igualdade entre todos, prevenindo que as liberdades se tornem meramente formais. O Estado
democrático se justifica, também, como instância de solução de conflitos resultantes dessas liberdades. A efetividade
dessas liberdades, de seu turno, presta serviço ao regime democrático, na medida em que viabiliza a participação mais
intensa de todos os interessados nas decisões políticas fundamentais. As liberdades citadas pelo autor são: Liberdade de
expressão, direito a intimidade e a vida privada, liberdade de associação e de reunião e liberdade de consciência e religi-
ão.

3 - DIREITO DE PROPRIEDADE NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 - Somente no âmbito do art. 5 , mencio-


ne-se que os incisos XXII a XXXI tratam do tema do direito de propriedade em sentido amplo, aqui contemplados o di-
reito de sucessão, o direito autoral e o direito de propriedade imaterial, dentre outros. Assim, a par de consagrar a garan-
tia institucional do direito de propriedade no art. 5º, XXII - é garantido o direito de propriedade -, o texto estabelece, lo-
go no inciso seguinte, que a propriedade atenderá a sua função social. Não são poucas as dificuldades que enfrenta o in-
térprete na aplicação do art. 5º, XXII, da Constituição, tendo em vista que essa garantia institucional deve traçar limites
à ação legislativa, ao mesmo tempo em que é por ela (ação legislativa) conformada. Deve-se perquirir um conceito de
propriedade adequado que permita assegurar a proteção do instituto.
A dimensão do direito de propriedade como direito subjetivo exige que se identifique uma densidade normati-
va mínima apta a proteger as posições jurídicas contra intervenções ilegítimas.

4 - DIREITO A IGUALDADE - Segundo José Afonso da Silva, a igualdade constitui o signo fundamental da
democracia. Não admite os privilégios e distinções que um regime simplesmente liberal consagra. A constituição só têm
reconhecido a igualdade no seu sentido jurídico-formal: igualdade perante a lei. A Constituição de 1988 abre o capítulo
dos direitos individuais com o princípio de que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (Art.
5º, caput). A previsão, ainda que programática, de que o Brasil tem como um de seus objetivos fundamentais reduzir as
desigualdades sociais e regionais (Art. 3º, III), veemente repulsa a qualquer forma de discriminação (Art. 3º, IV), a uni-
versalidade da seguridade social, a garantia ao direito à saúde, à educação baseada em princípios democráticos e de
igualdade de condições de acesso e permanência na escola, enfim a preocupação com a justiça social como objetivo das
ordens econômica e social (Arts. 170, 193, 196 e 205) constituem reais promessas de busca da igualdade material.

5 - DIREITO A SEGURANÇA - O Professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho arrola os direito à segurança
(direitos cujo objetivo imediato é a segurança) como categoria de direitos individuais, não propriamente como garantias
individuais. E o caput do Art. 5º fala em inviolabilidade do direito [...] à segurança, o que, no entanto, não impede seja
ele considerado um conjunto de garantias, natureza que, aliás, se acha ínsita no termo segurança. Efetivamente esse con-
junto de direito aparelha situações, proibições, limitações e procedimentos destinados a assegurar o exercício e o gozo
de algum direito individual fundamental (intimidade, liberdade pessoal ou a incolumidade física ou moral)

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