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Professor Fernando - Direito Penal II

21/02/2022
1. Falando de prazos, no processo Civil, prazo que irá correr do inicio, ou seja, se a parte foi
intimada dia 10, o prazo começa a valer a partir do próximo dia útil, nesse caso, dia 11.
2. O CPC e o CPP são prazos processuais, portanto, diferentes do CC e do CP.
3. Para contagem dos prazos são usados somente dias úteis (no caso do civil) no caso do penal, são
contados dias corridos.
4. No CPP o prazo de defesa criminal é igual ao do CPC.
5. Importante, o prazo de defesa são de 10 corridos e não úteis.
6. E não conta o último dia.
7. A juntada é a hora que ele aponta no processo que fulano foi intimado, começa dai a correr o
prazo no caso do CIVIL.
8. Resumindo a contagem do prazo no penal - são dias corridos, portanto conta final de semana e
conta o dia subsequente da intimação.
9. O prazo geralmente são de 10 dias para defesa prévia.
10. Exemplo prático do prazo do Penal - se for intimado no dia 02, começa a contar no dia 03 caso
seja dia útil, caso contrário, começa a ser contado a partir do primeiro dia útil. Seguindo então a
intimação feita dia 02, começa a contar o prazo no dia 03 e a data final seria dia 12. Caso o dia
12 caia em final de semana, esse prazo será estendido até o próximo dia útil.
11. Em relação aos feriados, devemos sempre consultar o site do TJ-SP e se atentar para a instância
onde estiver seu caso, no caso para feriados nacionais.
12. Quando sistema do TJ fica indisponível por mais de 60 min, o prazo é passado automaticamente
para o dia seguinte (ou próximo dia útil)
13. São prazos processuais, peça, recurso, recurso especial
14. Quem processa é o Ministério Público. Há ações condicionadas a representação e ação
incondicionada. Incondicionada você é processado independente de sua vontade.
15. Condicionada a representação diz que o Ministério Público só pode agir se a parte der
sequencia.
16. Temos também a queixa crime, não precisando do Ministério Público. A queixa crime é uma
ação privada. As outras são públicas. Exemplo de queixa crime são calúnia, injúria, difamação e
tals. E o prazo para entrar com a ação são de 6 meses.
17. Sendo assim, tudo que for processual segue a regra do Processo Penal.
18. Já o Art. 10 do Código Penal, esse que nos interessa, não tem nada a ver com a ação. Nesse
caso, o Art 10 do Código penal nos mostra que o prazo conta a partir do dia da intimação e se
exclui do final, ou seja, se começa no dia 02 e o prazo são de 6 meses, no d ia 180 ele não conta.
Lembrando que são dias corridos.
19. Sendo esse o prazo do código penal e não do processo penal.
20. Prescrição conta pelo Art. 10
21. Crime consumado e tentado - o consumado se estabelece quando o fim acontece, ou seja, ele
reúne todos os elementos do tipo penal. Se o que o bandido fez e está de acordo com o código, o
crime está consumado. Ex.: o furto se consuma quando o meliante consegue levar o bem.
22. A tentativa é quando o crime não se consuma por vontade alheio do agente, ou seja, algo
impediu que o bandido cometesse o crime.
23. Outro exemplo, quero matar alguém, dou 3 tiros e não mato, portanto, não foi consumado.
Dessa forma, vira tentativa.
24. Se não consumou é tentado.
25. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste
de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados. Isso acontece muito em homicídio, injúria. A desistência voluntária, o agente tem
vontade de fazer, matar alguém por exemplo. Ai ele dá 2 tiros e para no 3, desistindo do
homicídio por livre e espontânea vontade. Nesse caso, se a vítima morrer, homicídio. Se não
morrer, torna-se lesão corporal grave.
26. Arrependimento eficaz - você está querendo matar alguém, mas se arrepende do que fez e presta
o socorro, para que o resultado não ocorra. DICA PROFESSOR - em defesa, ponha o ART 15
inteiro. Mesmo assim, responde pelo ato praticado.
27. Crime impossível ART 17. - não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou
por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. Por exemplo - não há
como consumar o crime quando vc quer matar com uma arma de fogo e ela falha e não faz nada.
28. Arrependimento posterior ART 16. - nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por
ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Nesse caso, como já dito,
tem que ser sem grave ameaça ou violência e tem que ser antes da denuncia.
29. Crime doloso - quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
30. Crime culposo - quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
31. Exclusão de ilicitude ART 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de
necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício
regular de direito.
32. Excesso punível. Parágrafo único - o agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá
pelo excesso doloso ou culposo.
33. Legítima defesa ART. 25 - entende-se por legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Precisa
ser algo que está para acontecer ou está acontecendo. A legítima defesa será feita usando o que
estiver disponível no momento.
34. Atentar para lei 9099 de 1995.

07/03/2022

1. Os inimputáveis - ART 26 - Na prática, na época em que a pessoa cometeu o crime se ela tinha
caráter de entendimento, se ela entende que aquilo é ilícito. Na data. Não se trata de menor.
Falamos de incapaz
2. Muito usado no criminal. O processo criminal está em curso. Antigamente, tinha o processo
principal e tudo que você queria pedir no processo, eram anexados por barbante, presa ao
processo. O réu tem direito de reaver os bens sendo lícito. Mas você não pede no processo
principal esse bem, você faz um incidente de processo, ele fica em apenso, grudado. Quando
você for analisar, é perguntado se você quer o principal ou a restituição (o apenso).
3. No digital, hoje, o apenso fica no final de para um, aparecendo como apenso.
4. O inimputável, como você sabe se ele era inimputável? Você faz um incidente (incidente de
sanidade metal, incidente de toxicológico). Ex.: o processo criminal de um roubo. Esse é o
principal. Aí chega a denuncia, abre prazo para defesa prévia. Aí faz requerimento, e tudo mais.
Nessa prévia você pede para instaurar o incidente. Esse é incidente pode ser do que você quiser
como sanidade mental, toxicológico, e tals. Aí, o processo principal pode ser pedido ao juiz para
ser suspenso até sair o resultado, mas aí depende do juiz.
5. Professor informou que costuma pedir incidente de dependência química, o toxicológico, pois
pode ser positivo e ai a pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3. Isso também vale para embriagues,
caindo como atenuante.
6. O exame toxicológico é feito mediante uma entrevista. Esse é o incidente de dependência.
7. Antes do resultado, Juiz não dá a sentença. Para tanto, o juiz noticia quem está fazendo o exame
(laboratório, perito) para receber o laudo. O laudo vem apontando por exemplo que na época do
crime, o réu ele compreendia parcialmente que o ato era ilícito. Com o laudo, o juiz abre vistas
primeiro para o MP e depois para defesa, para ver se está ok ou não. Estando ok por ambas as
partes depois pela homologação, o juiz joga no processo principal.
8. Ai sim o juiz irá aplicar a sentença e se for o caso, reduz no final.
9. Se for totalmente sem noção do que estava fazendo, o processo vai para medida de segurança
(internação)
10. No caso, se um dos lados pedir pronuncia, não vai para medida de segurança, mas sim para juri
no caso penal.
11. Na primeira fase do juri não tem pena. Na segunda fase do juri, ai sim rola o rito do Juri.
12. Não é indicado pedir exame de sanidade mental
13. Emoção e paixão após ART 27, não se usa mais.
14. ART. 29 - concurso de pessoas. Quem participa do crime, mesmo quem não relou na coisa,
salvo se participação de menor.
15. Portanto, se houve um crime mais grave cometido por outra parte e você não participou, você só
responde ai pelo crime inicial. Exemplo - roubo. durante o roubo o cara lá dentro matou um.
Porém, você não sabia. Você só responde pelo roubo e outro pelo latrocínio.
16. Art 30 - exemplo - aborto. Se ajuda alguém a fazer um aborto. Pois é caráter pessoal. Exemplo
2 - mulher vai fazer aborto, essa pena não se comunica (não respinga em outra pessoa por ser
pessoal), salvo se você auxiliar, se um terceiro auxiliar.
17. Art. 31 - Explicando. Todo crime para se iniciar, precisa indicar os atos executórios. Se você não
iniciou a conduta, automaticamente não há o crime.
18. Art 32 - DAS PENAS - lembre-se do RPM
19. Restritivas de direito / Privativas de Liberdade / Multa
20. Ver ART. 59 também a respeito de penas.
21. Quando o juiz for dar a pena ele verifica as circunstâncias judiciais no ART 59. Ele verifica as
circunstâncias judiciais. Seria o bom senso. O Juiz analisa essas circunstância.
22. Quando o juiz irá fixar a pena ele faz a dosimetria de pena, sendo essa dosimetria em 3 fases.
23. Fase 1 da dosimetria - fica entrem mínima e máxima - Ex.: Furto - pena de 1 a 4 anos. Na
primeira fase o juiz vê esse parâmetro. É aqui que o juiz olha o ART 59 - circunstancias judiciais
- vê se o cara é réu primário, se tem trabalho e tals. Juiz nesse caso vai até pegar e colocar 1 ano.
24. Fase 2 da dosimetria - ele verá agravantes e atenuantes - casos de aumento de pena. Por
exemplo, reincidência. Aí, ele pode aumentar a pena. Mas só não pode jamais fazer a
compensação entre as fases (no caso o Juiz), porém, o juiz pode compensar na mesma fase. Ex.
da fase 2 - ele sendo reincidente, o juiz pode dar aumento de 1/6, mas se ele confessou, ele pode
diminuir a pena em 1/6. Nesse caso ele compensa na mesma fase.
25. Fase 3 da dosimetria - o famoso “estourar a pena” sendo aumento ou diminuição da pena. Ele vê
os casos de aumento e pode aumentar a pena. Por exemplo, ele pode aumentar da metade. ele
também pode diminuir, mesmo da mínima. Só não pode diminuir abaixo da mínima em casos do
Título 3 - inimputáveis. Depois dessas 3 fases é a declaração da pena em si.
26. É na 3ª fase em que o incidente de teste toxicológico (por exemplo) é pedido pelo Juiz.
27. Depois das 3 fases teremos o regime de pena. O juiz fixa o regime e tem que justificar,
principalmente sendo um regime mais gravoso, por que na fundamentação a pena pode cair.
28. Ver sumula 440 STJ e Sumulas 718 e 179 do STF
29. A dosimetria de pena é no direito Penal.
30. Pena privativa de liberdade - são aquelas que impões cumprimento em regime fechado. Pode ser
fechado, semi aberto e aberto. O juiz dá aberto quando a pena for de 1 a 4 anos. Semi aberto
quando for de 4 a 8 anos e fechado quando for acima de 8 anos (mas quando é tráfico, juiz dá
fechado mesmo sendo de 4 a 8 anos). Em tese é assim que funciona.
31. Geralmente os crimes sem violência ou grave ameaça, de menor gravidade, se enquadram no
regime aberto. Fechado é acima de 8.
32. Mesmo assim, dependendo do crime e de como Juiz encara o crime nas 3 fases de dosimetria de
pena.
33. Lembrando súmula 440 do STJ, o juiz, quando coloca um regime de pena mais grave, ele
precisa justificar.
34. Vias de regra, a reincidência faz com que o regime de pena suba um degrau ex.: CRIME 1 -
ABERTO / CRIME 2 - SEMI ABERTO / CRIME 3 - FECHADO
35. Sempre se atentando as regras de penas lá em cima (ART 59) e as 3 fases da dosimetria de
penas.
36. Art. 43 - penas restritivas de direito - elas substituem as privativas de liberdade. Ex.: Juiz
condena a 1 ano, porém, substitui, converte por exemplo no art 43.
37. Perda de bens é quando algo foi pego ilicitamente, esse bem não retorna mais.
38. Atentar-se Art. 44 e 59.
39. Na prática, não há prestação pecuniária. Essa prestação é usada em transação penal, no sursi
processual do Gecrim.
40. Limitação de final de semana - o juiz impõe horários que você não pode estar mais na rua. Ex.;
se recolhe no sábado as 8:00 da manhã e só pode sair as 19:00, porém na prática, o juiz põe a
imposição de horas durante a semana.
41. Prestação de serviços - o juiz determina que você preste serviços em uma entidade,
independente do serviço. E será pelo tempo da pena, convertido em horas.
42. Interdição temporária de direitos, por exemplo perda do título eleitoral pelo período da pena.
Mas o padrão nesses casos é a prestação de serviços.
43. Não deixar a comarca sem autorização do juízo, limitação de horas e locais para ir como bares,
zonas e tals.
44. Quando a pena é convertida para restritiva tipo prestação de serviço e o réu não cumpre, nada
acontece a contexto, pois é regime aberto.
45. ART 109 - todo crime tem prescrição e o 109 é como se fosse uma tabela.
46. Se ele pegou 1 ano de pena, o crime prescreve em 4 anos.
47. Progressão de pena - Na execução penal, você pega 6 anos no fechado. Para pegar o semi-
aberto, ele terá de cumprir 1/6 da pena. Para ir para o aberto, mais 1/6 do que falta da pena.
48. Regressão de pena - Se ele está no semi aberto e faz um falta grave, ele retorna ao fechado.
49. Agora se a pena é restritiva e ele não cumpre as determinações do Juiz, ele retorna ao aberto. Se
no aberto comete falta grava, ele vai para o semi aberto. E se faz outra falta grave, ele vai ao
fechado.
50. ART. 44 parágrafo 2, quando a pena é inferior ou igual a um ano, o juiz pode impor multa e
apenas multa.
51. Nesse caso não gera reincidência.
52. Parágrafo 4 - ex, ele pintou 2 igrejas e não pintou as demais (eram 10). As que ele pintou
desconta do tempo da pena. Faltam 8, converte em horas e cumpre-se o que falta.
53. Parágrafo 5 - ex, você tem uma sentença para cumprir (restritiva de direito). E aí vem uma
condenação de regime semi aberto, impedindo de cumprir a restritiva. Nesse caso, o juiz pode
suspender a primeira, espera você cumprir a segunda e aí faz você retornar a restritiva. Assim
como tem juiz que pode cancelar a restritiva e somar a pena à segunda (semi aberto por
exemplo).
54. No caso de um sursi, a pena está parada, pois é período de prova.
55. Se faz cagada, cancela a restritiva e a pena volta.
56. Agora, o que ele cumpriu da restritiva, desconta da pena.

14/03/2022
1. ART 47 - interdição temporária de direito - quem é condenado, fica proibido de exercer função
pública. Inclusive quando você vai fazer licitação, o Estado pede diversos documentos e se tiver
trânsito em julgado, fica impedido. Tudo o que faz no processo criminal tem que ter trânsito em
julgado em definitivo. Sem isso, nós podemos trabalhar para o Estado, pois presume-se que é
inocente.
2. II - tudo que depende do Estado, você não pode contratar seja uma licitação, ou qualquer ofício.
Ex. Estagiário do TJ, você se equipara a servidor público, mas se houver um crime em trânsito
julgado contra você, pode perde o estágio.
3. III - mais comum no código de trânsito. Ex.: embriagues ao volante. O Juiz pode suspender
você de dirigir. Na prática, quando uma pessoa é condenada por crime de trânsito e suspende-se
o dirito de dirigir por 2 anos, e se está no prazo de apelação, o cartório manda pro Detran, pois
entende que tem efeito imediato, o que não pode. Entendem ser de caráter de restrição e isso
pode anular a sentença.
4. É muito comum e um processo penal haver muito pedido de nulidades. Nesse caso da
embriagues no volante, quando se pede a perícia, o legista responsável por esse trabalho pode
chegar após 4 horas. E nesse momento, o cara já se recuperou da embriagues. E aí o legista pode
apontar que o cara está alcoolizado e não embriagado, o que é diferente. Na hora de apontar, o
legista põe possivelmente alcoolizado. Mas o juiz coloca que estava embriagado, porém nesse
tempo passou para alcoolizado. Porém, o réu não tem nada a ver com isso. E ai fica passível de
anulação. Ou mudança do tipo de pena. Se apontado como alcoolizado, tem que apontar o
quanto. Se ele for incapaz de entender as coisas do crime.
5. IV - esse é um exemplo de medida restritiva, onde o juiz proíbe você de frequentar alguns
locais, não pode estar na rua após um determinado horário, enfim, restringir você de algumas
coisas que ele acredita que você poderá voltar a cometer crimes.
6. V - apenas olhar o código.
7. ART 49 - multa
8. essa multa o juiz aplica, mas em toda condenação tem multa. Ex. Fulano é condenado a 1 mais
multa. Multa de 160 dias por exemplo. Ai dividi o salário mínimo por 30 para ver quanto dará
por dia e ai multiplica-se pelos dias de multa.
9. Geralmente crime de tráfico a pena de multa é bem pesada. Em crime comum geralmente são
baixas.
10. A multa é uma dívida de valor, devendo ser paga em até 10 dias depois do trânsito em julgado.
de acordo com o ART. 50.
11. Porém na prática, não é bem assim. Esses 10 dias ninguém costuma pagar, hoje, não é o juiz de
conhecimento, mas sim o de execução.
12. Juiz de conhecimento é o que dá a pena, o que condena. O juiz de execução é o que executa a
pena do réu.
13. Quando o juiz de conhecimento dá a pena, ele perde a sentença, fazendo uma guia de
recolhimento em nome do réu com todos seus dados (do réu). Essa guia é enviada ao juiz de
execução, sendo esse juiz quem irá aplicar a pena, como dito acima.
14. É aqui que irá executar as multas, sendo elas, dívidas de valor.
15. O juiz de execução irá mandar pagar a multa em até 10 dias. Se o réu não paga, não é preso, mas
como a multa é uma dívida de valor, o nome do cara vai pro cadim, serasa e tals e pode haver
pedido de penhora.
16. Geralmente quando o valor é baixo, o Estado nem executa.
17. Mas o indicado é falar para o cliente pagar a multa quando é baixa.
18. O juiz costuma dividir a pena de multa.
19. ART 51 - a multa é dívida ativa. Vai para execução e o nome do cara vai pro pau. A fazenda
executa. Pode haver penhora, o nome do cara fica sujo na praça.
20. Se o condenado tiver doença mental, o mesmo fica livre da multa, pois ele é incapaz perante a
vida civil.
21. Capítulo II - da cominação das penas
22. ART 53 - ligado a dosimetria da pena, ligado a privativa de liberdade.
23. ART 54 - converter a privativa em liberdade por restrição de direito, isso pode ocorrer. Nos
crimes culposos essa conversão pode ser em qualquer quantidade de pena.
24. ART 55 - quando juiz da uma prestação de serviço a comunidade, ele manda para o juiz de
execução que fiscaliza as penas, irá subir a tabela vendo quanto dá a pena em horas, e aí, o réu
irá cumprir a restrição de direitos em horas.
25. O acompanhamento das presenças nas restritivas é feito ao juiz de execução. Caso não esteja
cumprindo, o juiz irá pedir justificativa, podendo aceitar ou não.
26. As horas serão iguais ao tempo de pena.
27. Será estabelecido um mínimo por semana ou por dia a ser cumprido.
28. Quando o cara trabalha e pega a pena restritiva de serviços, geralmente pedimos para converter
em prestação pecuniária, converter em dinheiro. Há juízes que aceitam e outros que não.
29. ART 56 - já explicado a respeito de função pública.
30. ART 57 - aplicado aos crimes de trânsito, crimes culposos.
31. ART 58 - pena de multa, já passado.
32. Parágrafo único - alguns crimes, por exemplo furto, o juiz pode deixar de aplicar a pena e
aplicar somente multa, levando em consideração o valor da coisa furtada.
33. CAPÍTULO III - Da Aplicação das penas
34. Falaremos de dosimetria de pena. Sem isso, não se faz recurso nenhum.
35. Muitos juízes erram na dosimetria de pena.
36. ART. 59 - quando o juiz erá aplicar a pena, ele irá fazer a dosimetria. Aí, ele irá discorrer na
sentença tudo o que houve no crime, fazendo o relato do processo. Esse relatório chama -
relatório do processo. Colocando sempre no começo se a ação procede ou não ou se procede
parcialmente. Ai, o juiz coloca “passo a dosimetria da pena” e escreve: 1ª FASE - todo crime
tem pena mínima e máxima. Ex. FURTO - pena de 1 a 4 anos. Nessa primeira fase o Juiz analisa
entre 1 e 4 anos, não podendo ficar nem menos que 1 nem mais que 4, tendo que verificar nessa
1ª fase, ele se atenta a tudo que está no art 59. Sendo assim, o ART. 59 se remete a 1ª fase da
dosimetria de pena. Das circunstâncias, por exemplo, como o réu cometeu o crime. Na prática, o
juiz coloca na base se o réu for primário e tals. O juiz vai aumentando por fração. Pego com
várias drogas e vários pesos, nesse caso, o juiz não fica na base, e ai pode aumentar a pena da
metade (pega a base e aumenta da metade da base). tudo que for ter aumento da pena, o Juiz tem
que fundamentar, caso não faço, é passível de anulação. Se for fixar em 1 ano, juiz só colocar
“fixo a pena no mínimo legal, ou seja, 1 ano”. / 2ª FASE - ART 61 - circunstâncias agravantes
(ver ART 65 também - no inciso II você terá um atenuante, porém, reponderá processo; Se for
confissão, tem que ser na delegacia e em juízo. Na segunda fase então, o juiz olha as atenuantes
e as agravantes somente. Lembrando, pode-se compensar as penas dentro de cada fase, nunca de
uma fase para outra, pois isso pode cair em BIS IN IDEN. / 3ª FASE - ART 68 - caso de
aumento ou diminuição, é nessa fase que a pena pode estourar, ou seja, a base fica maior ainda
do que a máxima. O juiz simplesmente não tem limite. Olhar ART 68. A 3ª fase é a fase de
aumento ou diminuição de pena. O juiz poderá aplicar no máximo ou no mínimo.
37. Finalizando - regime inicial de cumprimento de pena - depois das 3 fases de dosimetria, o juíz
colocará o regime inicial de cumprimento de pena.
38. 1 a 4 anos - regime aberto
39. 4 a 8 anos - regime semi aberto
40. acima de 8 anos - regime fechado
41. Porém, não são regra, servindo de norte apenas para o Juiz.

22/03/2022 (aula foi trocada com CIVIL II)


1. Nesse dia fizemos o trabalho em sala de aula. Trabalho foi fotografado, ver para estudar
também.
TRABALHO DIREITO PENAL II
1 - Como se dá a contagem e prazo no código penal? Explique
A - A exemplo se o réu for citado no dia 06 de Setembro para apresentar defesa prévia a qual
possui prazo de 10 dias, qual será o prazo fatal, o prazo final? Explique.
R.: De acordo com o Art. 10 do código penal, o dia do começo inclui-se no computo do
prazo, ou seja, o dia no qual ocorreu o fato até um dia antes do final.
A - se o réu foi intimado no dia 06 de setembro, o prazo começa a contar do dia útil
subsequente. Caso caia em dia de feriado ou final de semana, começa a partir do próximo
dia útil. No caso apontado, o prazo então começaria a contar do dia 08, pois 07 de setembro
é um feriado. O prazo final seria o dia 17 de setembro, pois no código penal, conta-se dias
corridos.

2 - Qual a diferença entre crime tentado e crime consumado? Explique.


R.: Crime tentado - aquele não consumado, o que não reúne todos os elementos do tipo penal.
Crime consumado - aquele que se consuma, aquele que reúne todos os elementos previstos dentro
de um art., dentro de um crime, todos os elementos do tipo penal.

3 - Quais são o efeitos da desistência voluntária e do arrependimento eficaz em relação ao delito?


Explique.
R.: De acordo com o Art. 15 do Código Penal, o indivíduo só responde pelos atos já praticados, ou
seja, até o momento da interrupção do ato completo.

4 - Diferencie crime doloso de crime culposo.


R.: De acordo com o Código Penal Art. 18.
I - crime doloso - quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
II - crime culposo - quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.

5 - Quais são as excludentes de ilicitude? Explique.


R.: De acordo com o Código Penal Art. 23
Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular do direito.

6 - Quais são as espécies de Pena? Explique cada uma delas.


R.: São elas:
I - Privativas de Liberdade - comprida em regime fechado, semiaberto ou aberto;
II - Restritiva de direitos - onde o agente tem direitos restringidos como por exemplo:
frequentar bares, limite de horas que pode ficar na rua, não sair da comarca, etc.;
III - De multa - consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença
e calculada em dias-multa.

7 - Quais são os regimes de cumprimento de pena? E quais são o critérios de fixação (para sua
fixação)?
R.: Regime fechado - acima de 8 anos;
Regime semiaberto - acima de 4 anos até 8 anos;
Regime aberto - acima de 1 ano até 4 anos.
8 - Quais são os critérios que o juiz utiliza para fixação da pena? Explique.
R.: De acordo com o Código Penal Art. 59, O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime,
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime.

9 - O que são circunstâncias agravantes e atenuantes?


R.: Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o
crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de
que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei
nº 11.340, de 2006)
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela
Lei nº 10.741, de 2003)
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de
desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
Agravantes no caso de concurso de pessoas
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em
virtude de condição ou qualidade pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

Circunstâncias atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na
data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou
minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

10 - A pena de multa é considerada dívida de valor, em caso de não pagamento ela poderá interferir
na pena privativa de liberdade? Quais são os efeitos do não pagamento da pena de multa?
R.: Pagamento da multa
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a
sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o
pagamento se realize em parcelas mensais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do
condenado quando: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) aplicada isoladamente; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
c) concedida a suspensão condicional da pena. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e
de sua família. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
No caso de não pagamento da multa, a mesma não interfere na pena, sendo essa, a multa,
cobrada conforme dívida ativa, podendo o nome do réu ser colocado junto ao serasa por exemplo e
ter seus bens penhorados para pagamento da mesma.

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