Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Princípio da Taxatividade – a norma penal tem que ser clara, não pode ser ambígua, pois o
direito penal é entendido como a nossa última ratio, entende-se que o DP não pode falhar e se
o DP não pode falhar ele tem que ser preciso, taxativo, não pode ser dubio. A certeza, a clareza
a não ambiguidade do DP como ultima ratio ele não pode macular direitos, isso dentro de uma
perspectiva garantista.
Teoria do Garantismo Penal – essa teoria diz que o direito penal deve ser aplicado, entretanto
ele deve ser aplicado numa perspectiva constitucional.
Então dentro da TEORIA DO GARANTISMOS PENAL nos entendemos que o DP vai ser aplicado
em última ratio, porém mesmo sendo aplicado como última racio deve-se pugnar pelo
garantismo penal.
CUIDADO – em contrassenso ao garantismo penal nos temos outras correntes doutrinárias que
se contrapõem de forma cabal ao garantismo penal, são elas:
Teoria do Direito Penal do Inimigo – PESQUISAR – olhar os autores – essa teoria diz justamente
o contrário do garantismo penal, existem pessoas, certos criminosos que não merecem o
garantismo penal, que não é necessário observar a presunção de inocência, o devido processo
legal, proporcionalidade, essa teoria não é aplicada preponderantemente no Brasil, existem
alguns resquícios dela, mas não se aplica em sua totalidade. De acordo com essa teoria, quem
seriam os inimigos do Estado? Terroristas, pessoas que praticam crimes conta a Administração
Pública, tortura. Essa teoria se liga a outra teoria do Direito Penal que é a Teoria das
Velocidades do Direito Penal.
A Teoria das Velocidades do Direito Penal diz o seguinte: que a teoria do direito penal do
inimigo representa a terceira velocidade do DP que é uma aplicação do DP de aniquilamento
onde penas de morte, tortura, penas degradantes, cruéis, de banimento são admitidas.
COBRADAS EM OAB.
QUESTÃO CLÁSSICA DE OAB – a pena de multa poderá ser estendida para os herdeiros até o
limite do patrimônio transferido, ou até o limite da herança. Isso É ERRADO, porque a multa
tem caráter de pena.
Reparação de dano é na esfera cível.
CUIDADO – não confundir a pena imposta que é a pena aplicada com a pena cumprida. A pena
imposta não tem limitação pode ser condenado a 50 anos de reclusão, mas na prática é 40
anos.
Critério de aplicação da pena – nós temos – art. 68 do CP – que a pena vai ser aplicada pelo
critério trifásico, são três fases:
2º - analisar as causas atenuantes e as agravantes – ao analisar o crime nessa fase a pena ainda
não poderá ficar abaixo de 06 anos e nem acima de 20 anos.
3º - causas de aumento e diminuição da pena, aqui a pena poderá superar os 20 anos ou ficar
abaixo dos 06 anos.
Os limites legais se aplicam na 1º e na 2º fase, já na 3º fase não se aplicam, pois é o ponto final
da pena.
Tentativa – quanto mais próximo eu estou da consumação maior será a pena e quanto mais
longe eu estou da consumação menor será a pena.
Art. 14 do CP – tem dois institutos que as pessoas confundem demais e que é uma questão
certa NA OAB.
Você só precisa fazer uma pergunta para conseguir saber se é desistência voluntária ou
arrependimento eficaz – O INTER CRIMINIS ACABOU OU NÃO ACABOU? Se o Inter criminis já
acabou jamais poderá ser desistência voluntária, se o inter criminis não acabou será o
arrependimento eficaz.
EXEMPLO – imagine que o agente com o animus mecandi (intenção de matar) resolve por fim a
vida de seu amigo Douglas, o agente utilizando-se de um revolver – 38 de 6 disparos – decide
por fim a vida de Douglas, o agente começa o inter criminis – o crime começou – o agente
aborda o Douglas e desfere 3 disparos com ele, por algum motivo (não importa como ou o
motivo) a mãe de Douglas vê o filho alvejado, diante da cena ela se ajoelha e implora para que
o agente não mate o seu filho, aquilo comove o agente e ele desiste de prosseguir com os
disparos dos tiros.
PERGUNTA-SE – se o agente quisesse dar os outros três tiros ele daria? Daria. O inter criminis
acabou? Não acabou, ele foi interrompido porque o agente criminoso quis.
As provas vão tentar induzir ao erro dizendo... a desistência voluntaria não foi espontânea
porque foi a mãe que pediu, NÃO IMPORTA, NÃO EXISTE O QUESITO DA ESPONTANEIDADE, o
que existe é o quesito da voluntariedade, a voluntariedade nada mais é que eu ter vontade de
fazer alguma coisa e não faço mais.
Não confundir com a TENTATIVA – quando o crime não se consuma por circunstancias alheias
a vontade do agente.
A questão vai narrar esse caso e fará a seguinte pergunta: desistência voluntaria ou
arrependimento eficaz? Pensar se o inter criminis acabou, se não acabou será DESISTENCIA
VOLUNTÁRIA.
Mesmo exemplo, só que dessa vez o agente desfere os 6 tiros, por algum motivo, também não
importa qual motivo, o agente olha para o seu amigo se abando em sangue isso comove o
agente delituoso fazendo com que ele socorra Douglas o levando para o hospital.
ATENÇÃO - o revolver tinha 6 tiros e o agente disparou os 6 tirou, dessa forma o inter criminis
acabou. Levando a vítima para o hospital o agente faz isso na tentativa que o resultado morte
não se consuma
O estudante não pode fantasiar, se diz que o meio para tirar a vida de Douglas era uma arma
com um pente de 6 tiros não há o que fantasiar que ele poderia ter matado Douglas de outra
forma. Pode se questionar, por exemplo, se o agente não poderia ter dado várias coronhadas
na cabeça de Douglas, mas a questão não diz isso, não fantasie.
Os fins não justificam os meios – há professor ele poderia ter dado três tiros e se arrependido,
poderia, agora o que vai ser a diferença cabal é, ele poderia prosseguir, mas ele
voluntariamente não prosseguiu.
No arrependimento eficaz o agente conclui o inter criminis, mas após a conclusão deseja
impedir a consumação do delito e busca meios para isso. O agente deseja impedir a
consumação do delito.
Na desistência voluntária ele também desiste para que não haja a consumação do delito.
QUESTÃO MALDOSA – o agente com o animus mecandi deseja matar Douglas aconteceu a
desistência voluntária ou arrependimento eficaz, não importa, a consequência é a mesma. A
QUESTÃO VAI DIZER... o agente responderá por tentativa. QUEN DISSE ISSO? CAI EM PROVA
TODO DIA.
QUAL SERÁ A RESPOSTA DA QUESTÃO? Depende, a questão pode dizer que o agente
responderá pelos atos praticados, CORRETO.
OU A QUESTÃO VAI DIZER – em virtude dos tiros a vítima ficou incapacitado por 40 dias para o
trabalho – a resposta vai ser que o agente responderá por lesão corporal grave.
Incapacitado para o trabalho no período de 30 dias, responderá por lesão corporal grave.
Irretroatividade da Lei Penal – a lei penal é irretroativa. Exceção, se for para beneficiar o réu.
Para beneficiar o réu ela tanto retroage quanto vai para frente - ultruagir.
QUESTÃO: Trata-se de uma lei penal, ou simplesmente trata-se de uma lei híbrida, ela
retroage ou não? Lei híbrida possui aspectos penais e processuais. Para responder precisamos
lembrar da regra do processo penal, que a lei processual penal tem a aplicação imediata tanto
se for favorável ou desfavorável – tempus rege actum. A lei híbrida retroage.
Princípio do No Bis In Idem – ninguém será processado ou julgado duas vezes pelo mesmo fato
QUESTÃO - Determinado acusado de um crime decidiu, perante o juiz, jurados e MP, mentir
deliberadamente sobre um fato delituoso. Isso é falso testemunho ou conduta atípica? Não
existe o crime de falso testemunho do acusado. O acusado só não pode mentir, segundo o STJ,
os dados qualificativos: quem ele é, de quem ele é filho, onde ele nasceu..., mas sobre o fato
criminoso ele pode mentir tranquilamente, pode ficar calado.
Exceção da Irretroatividade Penal – Lei Excepcional e Lei Temporária – ambas são feitas para
determinado tempo ou período, a LEI TEMPORÁRIA ela traz em seu bojo, ela traz em seu
conteúdo o seu início e fim, já a LEI EXCEPCIONAL não, ela é motivada por uma circunstância e
enquanto essa circunstância perdurar e perdura.
O que acontece tanto na Leu Temporária como na Leu Excepcional é, durante o período de
vigência qualquer pessoa que cometeu aquele fato típico ilícito, mesmo que a norma não mais
exista você responde. A doutrina chama isso de ultratividade da norma ainda que seja gravosa.
Lugar do crime – teoria da ubiquidade ou teoria mista – considera-se o lugar do crime tanto
onde começou a ação ou omissão como onde produziu-se ou poderia produzir-se os seus
efeitos.
Tempo do crime – teoria da atividade – considera-se tempo do crime o momento da ação ou
omissão ainda que em outro momento se dê o resultado.
Exemplo – o agente no dia de seu aniversario de 18 anos às 11:45 desferiu golpes de faca
contra Horácio. QUESTÃO – Horácio ficou internado em estado grave durante uma semana
vindo a falecer em virtude das lesões causadas uma semana depois do ato criminoso. No
momento em que o agente praticou o crime ele era menor de idade e no momento que a
vítima faleceu o agente já era maior de idade. O agente será denunciado pelo ECA, pois o CP
adota a teoria da atividade se leva em conta o momento em que a conduta foi praticada e não
o momento da consumação.
Antigamente – entendimento do STJ sobre a questão de drogas – por exemplo, drogas que
eram enviadas por correio – a jurisprudência do STJ dia que o local de apreensão da droga é
que vai determinar a competência para julgamento – exemplo, Horácio mandou a droga do Icó
para o Juazeiro, a droga foi apreendida em Úmari, antigamente a resposta seria que a
competência para julgar o crime de tráfico será da justiça estadual do úmari. HOJE o STJ
mudou de entendimento, hoje não é mais o local de apreensão da droga, é o local de destino
da droga, ou seja, a competência será de Juazeiro.
IMPORTANTE – REGRA PROCESSUAL – crime contra a vida instala-se um júri para que o réu
possa ser julgado, o júri popular, segundo o entendimento do STF, será instaurado no local do
fato, não importando onde o resultado se consumou, porque a ideia do Tribunal do Júri é que
a pessoa que cometeu o crime seja julgado pelos seus pares.
Law Fer - seria a utilização do direito, sobretudo o direito penal, como instrumento de guerra
contra rivais políticos ou benefícios. O uso do direito penal como máquina política para
aniquilar inimigos.
Norma intermediária - é uma norma “x” que vigorou durante um tempo e ai surge uma norma
“y” que revoga a norma “x”, é o que a doutrina chama de repristinação, essa norma
intermediária vai levar como lógica o que a doutrina chama de lex mitior, ou seja, tem uma
norma intermediária qual a norma que eu aplico, a norma que veio antes ou a norma que veio
depois? Se aplica a lei melhor sempre – novatio legis impedius.
Alguém foi preso às 23 horas do dia 25/08 quando der meia noite e um minuto do dia 26/08
faz 1 dia que a pessoa está presa. Frações de pena, multa são desprezadas.