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RESUMO DIREITO PENAL

1º Bimestre
Fábia Sabado

ESPÉCIES DE PENA

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE


Segue um sistema de 3 fases

Penas
- Restritivas
- Multa (cumulativas ou não com a pena privativa)

Reclusão e Detenção
- São as espécies de penas privativas de liberdade reservadas aos crimes
- É correto falar que, não há distinção entre ambas, ficando a reclusão, todavia,
reservada aos crimes de maior gravidade e a detenção àqueles menos graves, de
acordo com critérios de política criminal estabelecidos pelo legislador.
Ex: Interpertução de telefone só acontece em crimes de reclusão
- Se um cara for condenado aos dois, mesmo que por crimes diferentes, primeiro ele
cumpre a pena de reclusão e depois de detenção
- Perssalto Progressivo: o condenado pode ir do regime fechado direito pro aberto,
mas ele não pode fazer o contrário (ir do aberto pro fechado)

PROGRESSÃO DE REGIME

Critérios utilizados antes da lei 13964/10 (pacote anticrime)


Crimes Comuns 1/6 da pena
Crimes Hediondos 1/6 da pena antes de 2007
Primário em crime hediondo 2/5 da pena depois de 2007
Reincidente em crime hediondo 3/5 da pena depois de 2007
Mulher gestante ou pessoa com deficiência 1/8 da pena (único critério que se
manteve)

Critérios utilizados após a lei 13.064/19 (pacote anticrime)


16% primário em crimes sem violência e grave ameaça
20% reincidente em crimes sem violência
25% primário em crimes com violêncisa e grave ameaça
30% reindente em crimes com violência e grave ameaça
40% primário em crime hediondo ou equipado
50% primário em crime hediondo ou equipando com resultado de morte
60% reincidente em crime hediondo ou equipanado
70% reincidente em crime hediondo ou equipando com resultado de morte
50% organização criminosa para crime hediondo
50% milícia privada
1/8 mulher gestante ou pessoa com deficiência

• Reincidente: ter praticado outro crime já tendo praticado outro anteriormente

- Prisão Simples: detenção (crimes pequenos)

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO


- São em tese, substitutas da penas privativas de liberdade (Ex: ao invés de ser
preso você pode realizar tal tarefa)
- O tempo que o cara ficaria preso, ele também vai fazer a atividade

Prestação Pecuniária (1 modalidade)


- Destinação para a vítima
- Caráter indenizatório
- Diferença da Pena de Multa
• Calculada de forma parecida com a pena de multa (que tem a sua destinação para
o estado) entretanto, essa tem destinação completamente diferente, ou seja, para a
vítima
• A pena privativa de liberdade segue um sistema de 3 fases, enquanto as penas de
multa e prestação pecuniária, apenas 2 fases

Perda de Bens e Valores


- Vai haver confisco dos bens do autor, desde que eles sejam lícitos
- E se ele morrer? Os bens são confiscados do mesmo jeito
- O confisco tem que ser equivalente ao prejuízo que ele causou ou ao proveito que
ele conquistou, não pode ser abusivo

Prestação de serviços comunitários ou em entidade pública (3 unidade)


- Jornada de 8 horas semanais
- Preferência durante a semana, excepcionalmente durante os finais de semana
- Atividade não remunerada

Interdição temporária de direito


- Proibição do exercício de cargo, função ou atividade
- Suspensão de CNH
- Proibição de frequentar determinados lugares
- Proibição de se inscrever em concurso público

Limitação de fim de semana


- Consiste na obrigação de permanecer em casa de albergardo ou outro
estabelecimento adequado

PENA DE MULTA
Sistema bi-fásico
1 fase: circustâncias judiciais e majorantes/minorantes - de 10 a 360 dias-multa
2 fase: capacidade econômica do réu - de 1/30 partes do salário mínimo vigente ou
5x do salário mínimo

• Na legislação extravagante temos um teto superior ao estabelecido pelo código


penal

• Essas 3 podem ser acumulativas, posso ser preso e também obrigado a pagar
multa

Critérios para o juiz permitir a substituição da pena privativa de liberdade para as


penas restritivas de direito
1. Qual é o quantitativo de pena do indivíduo? Só pode cuja pena não seja superior
a 4 anos
2. Os crimes precisam ser sem violência ou grave ameaça
3. Sempre que praticado crime culposo
4. Se o indivíduo, nos últimos 5 anos, já foi beneficiado por esse direito, ele não
pode mais ter

MEDIDA DE SEGURANÇA
- Quando os iniputáveis cometem algum crime, o que acontece com eles?
- Em suma, são isentas de pena, no entanto, como praticam fato atípico e
antijurídico, há uma medida de segurança para tal
- Duração de 1 a 3 anos

1. Internação e Hospital
2. Sujeição a tratamento ambulatorial

Princípio da Razoabilidade: pessoas semi-imputável usam esse argumento para


diminuir a pena

DOSIMETRIA DA PENA
- É um cálculo divido em 3 fases (sistema tri-fásico)

PENA BASE - 1 FASE


QUALIFICADORES E PRIVILÉGIOS (primeira etapa)
1. Fixar a pena através da identificação de qualificadoras e privilégios

Qualificadoras
- São elementos previstos em um crime específico, que o enquadra em um tipo
penal mais grave
- É quando a lei traz uma figura mais gravosa, com penas próprias, altera as penas
mínimas do tipo trazendo novas elementares
- Autônomo e Independente

Privilégios
-
- Ex: homicidio privilegiado

CIRCUSTÂNCIAS JUDICIAIS (segunda etapa)


2. Avaliar as circustâncias judiciais previstas no Art. 59

- A cada circustância judicial, o juiz aplica o critério apriorístico: aumento de 1/6 a


cada vetor do art. 59
- Natureza Subjetiva: juiz irá valorar de acordo com o caso concreto, de maneira
negativa ou positiva

O juiz deve analisar 8 vetores no caso concreto...

1. Culpabilidade
- Reprovabilidade daquela conduta social daquele agente por parte da sociedade

2. Antecedente
- Na legislação atual, antecedente é a mesma coisa que reincidente
- Posterior ao cumprimento de pena (5 anos após) o cara não pode ser considerado
reincidente (e passa a ser primário novamente)

• OBS: Maus antecedentes


- Represneta o período anterior: o cara ainda não tem condenação, nem sentença
transitada em julgada, mas ele tem vários processos em andamento. Isso não pode
ser usado para julgar o agente, pois viola o Princípio de Presunção de Inocência (ou
de não culpabilidade).
- "Ninguém será considerado antes do transito em julgado, estabelecendo a
presunção de inocência"
- Inqueritos e processos em andamento não podem ser utilizados em desfavor ao
réu (STJ: "É vedada a utilização destes para agravar a pena base" ou seja, valorar
negativamente os antecedentes do agente).
• PS: se o indivíduo tiver condenação, ai poderá ser agravada a pena base, por eles
ter maus antecedentes, porque ai é o caso de um indivíduo que já foi condenado, ou
seja, já é considerado reincidente

• OBS: se o juiz decidir agravar na primeira fase, ele não pode agravar na segunda.
Então ele decide em qual vai agravar, porque se reincidente e antecedente
significam a mesma coisa, ele é livre pra escolher onde ele vai valorar

3. Conduta Social
- Ação do indivíduo perante a sociedade que ele está inserido: o juiz pode, por
natureza subjetiva, entender que o comportamento daquele indivíduo não merece a
troca, como andar com gente de má fe, mal convívio social e etc. Portanto, negar tal
substituição. Art. 44
- Crítica: a punição do modo dele dele ser ao invés do que ele fez de fato

4. Personalidade do agente
- Critica: fere o princípio da lesividade, ou seja, não pode ser julgado pelo
comportamento e sim pelo o que de fato fez
- Exame criminológico: laudo do diretor do estabelecimento carcerário depois do
cara já ter sido preso (ex: o preso briga com os outros/preso contribui com a
cozinha)

5. Motivos
- Existem crimes em que a motivação vai se constituir como qualificadora, e existem
agravantes que também estão relacionadas a motivação
- Motivação Fútil: ação feita por coisa besta/pequena (ex: morte por briga de
trânsita)
- Motivação Tomp: ação que é repugnante/repudiada

• Existem condutas que a conduta do agente apresente tanto motivação fútil quanto
tomp. Nesse caso por exemplo, o juiz pode aplicar a futil na primeira fase e a tomp
como agravante (ou ao contrário) - Isso não viola o Bis Idem

6. Circustâncias/Consequência do Crime
- Quais são os impactos que isso pode causar na vida de uma pessoa?
Ex: a pessoa que foi morta era o pai que mantia financeiramente 3 filhos

7. Comportamento da vítima
- Como se a vítima deixasse mais favorável que acontecesse o crime
Ex: estou mexendo no celular na praça pública

• OBS: O juiz não é obrigado a sempre partir do quanto minimo na 1 fase,


entretanto, muitos optam por isso, porque se ele optar por partir de outro valor, ele
será obrigado a justificar e fundamentar tal decisão.
Isso pode criar uma armadilha para o próprio juiz, porque quando ele parte de um
valor para além do quanto minimo, ele precisa explicar com base no processo, com
base na conduta do indivíduo, ou seja, dependendo da explicação, ele já pode estar
valorando qualquer eleemnto que pode estra distribuido entre as 3 fases da
dosimetria. E se ele está utilizando aquele motivo para partir além do quanto
mínimo, ele já não vai mais poder valora-lo em outra fase, em função do Bis Idem.

PENA PROVISÓRIA OU INTERMEDIÁRIA - 2 FASE


- Se na fase anterior o juiz fixou a Pena Base de 10 anos, deve-se partir desse
número a partir daqui

AGRAVANTES OU ATENUANTES
- O juiz deve avaliar a presença destes
- Elas estão fixas dentro do nosso código penal

Agravantes
- Art. 61/62
- A cada agravante: 1/6
- A lei traz uma situação mais gravosa, no entanto, não diz em quanto a pena deve
ser aumentada, ficando a cargo do juiz decidir o quanto
- São circustâncias que sempre agravam a pena: quando não constituem ou
qualificam crime

Atenuantes
- Art. 65
- A cada atenuante: 1/6
- Circustâncias que sempre atenuam a pena: ser um agente menor de 21 anos na
data do fato ou maior de 70 anos na data da sentença (diminuindo a pena, também
diminui o prazo prescricional)

Atenuante Inominada
- O juiz pode reconhecer outras circustâncias consideradas relevantes, posterior ou
anterior ao crime, mesmo que não previstas em leis
- Situação que posso acontecer exclusivamente em cede de um caso concreto, em
que um juiz decida diminuir a pena do indivíduo, e que não existe previsão legal
para aquela diminuição, porque aconteceu somente naquele caso

PENA DEFINITIVA - 3 FASE

MAJORANTES E MINORANTES

Majorante
- Causa de aumento de pena
- Pode ser aumentado a cima do teto previsto em lei

Minorante
- Causa de diminuição de pena

Exemplo: o cara passa pela primeira e segunda fase apenas com privilégios e
atenuantes (inexiste causa de aumento/valoração) ou seja, a pena diminuiu demais,
e ainda assim, nesssa fase o réu irá ter 1/3 a 2/3 da sua pena diminuida

OBSERVAÇÕES:

• Não são todos os crimes que possuem qualificadoras e privilégios, há crimes que
só possuem modalidade simples. Se só há modalidade simples, o juiz começa na
segunda etapa da 1 fase

• Eu não posso valorar negativamente duplamente pelo mesmo fato gerador (Bis
Idem) mas e se for ao contrário? eu posso pelo mesmo motivo diminuir a pena do
indivíduo? SIM, EU POSSO VALORAR DUPLAMENTE SE FOR POSITIVO AO RÉU

• Qualificadora não pode ser agravante: fere o Bis Idem (uma pessoa não pode ser
penalizada pelo mesmo crime mais de uma vez)

• Na 2 fase não pode o juiz estabelecer o limite máximo da pena, tem que esperar a
fase 3

• Não pode ter o valor menor do que o mínimo estabelecido

• Indentifica-se as majorantes e as minorantes no cod.penal quando houver fração

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
- A extinção da punibilidade são fatores ou circunstâncias que excluem o direito de
punir do Estado
- Não se discute se quer sobre o mérito, nem chega até lá

Momento e efeitos da declaração de extinção da punibilidade

Antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória


- Impede qualquer efeito da condenação, como aplicação de pena, reincidência,
maus antecedentes etc.

Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória


- Somente apaga o efeito principal da condenação (imposição de Pena ou Medida
de Segurança)
Exceção: Anistia e abolitio criminis (atingem todos os efeitos penais, restando os
civis somente)

Hipotese específica:
Crimes tributários: o pagamento do crédito anula a punibilidade (Ex: não paguei
impostos)
Crimes Patrimoniais: não há extinção da punibilidade, mas apenas a redução da
pena (Ex: furtei um celular e devolvi ele depois)

HIPOTESES EM QUE EXTINGUE-SE A PUNIBILIDADE

1. A Morte do Agente
- Ex: Indivíduo foi condenado a uma Pena Privativa de Liberdade mas ele também
foi condenado a uma Pena de Multa. E logo após, ele faleceu. Porém, ele tem
herança/patrominios... será que esses bens podem ser sacrificados para pagar a
Pena de Multa? mesmo ele já tendo falecido? A resposta é SIM, mas respeitando a
cota-parte dos herdeiros legais (apenas o restante vai ser utilizado para a pena)

2. Pela Anistia, Graça ou Indulto


- São modalidades de perdão, o indivíduo pode vir a ser perdoado pelo crime que
ele praticou

Anistia
- Conferida pelo Congresso Nacional/Senado Federal, mais a camara de deputados
por intermédio de uma aprovação de lei
- Pode ser conferida dea maneira individual ou coletiva (mais comum coletiva)

Graça
- Forma conferida pelo presidente da república e de maneira individual

Indulto
- Concedida pelo presidente da república de maneira coletiva

• Os crimes hediondos ou equiparados não estão sucetiveis a esses perdões


PS: Equipados = Tráfico, Tortura e Terrorismo

3. Pelo retroatividade de lei que não considera mais o fato criminoso


- Abolicis Criminis
- Lei novo que beneficia o agente, então retroage para alcançar efeitos anteriores

4. Da Prescrição, Decadência e Perempção


Prescrição
- Todo crime prescreve
- Há um tempo para que aquele indivíduo possa ser processado pelo Ministério
Público
- É uma forma de extinção da punibilidade quando o Estado dorme enquanto ele
decide demandar contra tal réu

Decadência
- É a perda do direito do autor de ingressar com a ação
- Nas Ações Penais Privadas: perda do direito de oferecer queixa-crime
- Nas Ações Penais Públicas Condicionadas: perda do direito de represetanção
Prazo: 6 meses após o reconhecimento de quem é o autor do fato
- Subsidiária da Pública: prazo para o ofendido apresentar queixa-crime é a partir do
dia em que o esgota o prazo do Ministério Público oferecer

Perempção
- É uma sanção processual imposta ao autor, presumindo-se que este desistiu
prosseguiram com a ação. Ela abandona o processo que ela mesmo propôs
- Apenas possível nos crimes de ação penal privada (menor potencial ofensivo)

5. Pela Renúncia do direito de queixa ou pelo Perdão Aceito, nos crimes de


ação privada

Renúncia pelo direito de queixa


- A renúncia acontece quando as 2 partes manifestam de forma escrita ou
tacitamente que não iram oferecer queixa-crime contra a outra pessoa

Perdão Aceito
- Nos crimes de ação penal privada não existe perdão judicial, o perdão tem de ser
feito de forma bilateral entre as 2 partes, assim pode se excluir a culpabilidade

6. Pela retratação, nos casos em que a lei admite


- Retratação = desistência da Representação já manifestada (Ação Penal Pública
Condicionada)

7. Pelo Perdão Judicial


- Não se confunde com os perdões inciais (que são de caráter político)
- Nesse caso, o juiz pode aferir o perdão para crimes que haja previsão legal sobre
Ex: homícidio (desde que culposo; desde que os danos promovidos já seja
suficiente para punir aquele autor) pai deixou a criança dentro do carro sem querer

8. Prescrição
- Ela vai depender a depender de cada crime: dependendo da pena estipulada pelo
elaborador, terá um prazo prescricional diferente
- Há uma tabela para fazer essa conta referente aos Anos X Prazo Prescricional

Crimes Imprescindíveis
- Racismo, xenofobia, antireligiosa... (infiançável)
- Contra a ordem constitucional

TEORIA DA AÇÃO PENAL


- Forma de tratamento dada a determinados crimes para que eles possam receber
um forma de procedimento legal
- Toda ação penal é pública, o que diferencia é a iniciativa

Como eu vou saber a ação penal de cada crime?


O próprio código pena, contando que quando não for falado, aquele crime de ação
penal pública incondicionada vai ser considerado

Dividido em 2...
CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA
- A titularidade é do Estado (Ministério Público) por intermédio da denúncia
- Crimes de médio e grande potencial ofensivo

1. Incondicionada
- Não tem condições pré-estabelecidas para a proprositura daquela demanda
- O Ministério Público não precisa esperar absolutamente nada, se trata de matéria
de ordem pública, família, ele não precisa aguardar a opinião da vítima ou a opinião
da família da vítima) independe da vontade da vítima
- A titularidade é exclusiva do Ministério Público

2. Condicionada
- Há condição

a. À representação
- Uma manifestação da vontade da vítima sobre o procedimento do feito
- Prazo da representação: 6 meses, contados a partir do dia em que o agente
souber quem é o autor do fato
Ex: o crime contra honra aconteceu através de uma conta falsa no twitter
- A Retratação é a desistência da representação
- Prazo da Retratação: até o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público

OBS: há um tratamento diferenciado quando vinculado ao contexo de violência


doméstica e familiar contra a mulher. Nesse caso, a lesão corporal não admite
retratação, visto que a ação penal pública é incondicionada (entendimento
exclusivo).
b. À requisição do ministro da justiça
- Crimes contra a honra do presidente da república
- Crimes contra a honra do chefe de governo/gov de estrangeiro
- Não existe prazo para a requisição do ministro da justiça (PS: porém, tende-se a
lembrer que todo crime prescreve, então o prazo prescricional do próprio crime
controla isso)

Como saber se o crime é de ação penal pública condionada ou incondicionada?


R: o próprio código penal vai dizer. Quando o código não falar nada, significa dizer
que é incondicionada. Quando for condicionada, vai estar expressamente dito
"somente prosegue mediante representação", por exemplo...

CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA


- A titularidade é da própria vítima (ou representante legal) por intermédio da
queixa-crime
- Geralmente são crimes de menor potencial ofensivo (tendo exceções)

1. Propriamente Privada
- Pode a vítima, ofendido ou representante legal porpor a demanda
- Admite a possibilidade de sucessão em caso de morte ou ausência da vítima
– O sucessor tem o prazo de 60 dias para prosseguir com a ação, sob pena de
perempção

2. Personalissíma
Art 236
- A titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido; não há exercício da
ação pelo representante legal, nem há sucessão por morte ou ausência, pois
trata-se de um direito personalíssimo e intransmissível. Assim, falecendo o ofendido,
aguarda-se até a extinção da punibilidade
– Há apenas uma hipótese em nosso ordenamento jurídico, que é aquela prevista
no art. 236 CP: induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento
- Crime contra o casamento
- Só o conjugue prejudicado pode propor a demanda
- Ex: eu não posso me casar com a minha irmã, mas eu fui induzido a casar com ela
sem saber que ela era a minha irmã.

3. Subsidiaria da Pública
- Vai tratar de crimes que são de ação penal pública, mas que por inércia do
Ministério Público, é necessário que a vítima proponha uma ação no lugar deles,
como substituto processual
- Depois que eu ofereço a queixa-crime, o MP volta a ser o titular do processo e
comandá-lo
- O prazo para o ofendido apresentar queixa-crime é a partir do dia em que o esgota
o prazo do Ministério Público oferecer

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