Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1º Bimestre
Fábia Sabado
ESPÉCIES DE PENA
Penas
- Restritivas
- Multa (cumulativas ou não com a pena privativa)
Reclusão e Detenção
- São as espécies de penas privativas de liberdade reservadas aos crimes
- É correto falar que, não há distinção entre ambas, ficando a reclusão, todavia,
reservada aos crimes de maior gravidade e a detenção àqueles menos graves, de
acordo com critérios de política criminal estabelecidos pelo legislador.
Ex: Interpertução de telefone só acontece em crimes de reclusão
- Se um cara for condenado aos dois, mesmo que por crimes diferentes, primeiro ele
cumpre a pena de reclusão e depois de detenção
- Perssalto Progressivo: o condenado pode ir do regime fechado direito pro aberto,
mas ele não pode fazer o contrário (ir do aberto pro fechado)
PROGRESSÃO DE REGIME
PENA DE MULTA
Sistema bi-fásico
1 fase: circustâncias judiciais e majorantes/minorantes - de 10 a 360 dias-multa
2 fase: capacidade econômica do réu - de 1/30 partes do salário mínimo vigente ou
5x do salário mínimo
• Essas 3 podem ser acumulativas, posso ser preso e também obrigado a pagar
multa
MEDIDA DE SEGURANÇA
- Quando os iniputáveis cometem algum crime, o que acontece com eles?
- Em suma, são isentas de pena, no entanto, como praticam fato atípico e
antijurídico, há uma medida de segurança para tal
- Duração de 1 a 3 anos
1. Internação e Hospital
2. Sujeição a tratamento ambulatorial
DOSIMETRIA DA PENA
- É um cálculo divido em 3 fases (sistema tri-fásico)
Qualificadoras
- São elementos previstos em um crime específico, que o enquadra em um tipo
penal mais grave
- É quando a lei traz uma figura mais gravosa, com penas próprias, altera as penas
mínimas do tipo trazendo novas elementares
- Autônomo e Independente
Privilégios
-
- Ex: homicidio privilegiado
1. Culpabilidade
- Reprovabilidade daquela conduta social daquele agente por parte da sociedade
2. Antecedente
- Na legislação atual, antecedente é a mesma coisa que reincidente
- Posterior ao cumprimento de pena (5 anos após) o cara não pode ser considerado
reincidente (e passa a ser primário novamente)
• OBS: se o juiz decidir agravar na primeira fase, ele não pode agravar na segunda.
Então ele decide em qual vai agravar, porque se reincidente e antecedente
significam a mesma coisa, ele é livre pra escolher onde ele vai valorar
3. Conduta Social
- Ação do indivíduo perante a sociedade que ele está inserido: o juiz pode, por
natureza subjetiva, entender que o comportamento daquele indivíduo não merece a
troca, como andar com gente de má fe, mal convívio social e etc. Portanto, negar tal
substituição. Art. 44
- Crítica: a punição do modo dele dele ser ao invés do que ele fez de fato
4. Personalidade do agente
- Critica: fere o princípio da lesividade, ou seja, não pode ser julgado pelo
comportamento e sim pelo o que de fato fez
- Exame criminológico: laudo do diretor do estabelecimento carcerário depois do
cara já ter sido preso (ex: o preso briga com os outros/preso contribui com a
cozinha)
5. Motivos
- Existem crimes em que a motivação vai se constituir como qualificadora, e existem
agravantes que também estão relacionadas a motivação
- Motivação Fútil: ação feita por coisa besta/pequena (ex: morte por briga de
trânsita)
- Motivação Tomp: ação que é repugnante/repudiada
• Existem condutas que a conduta do agente apresente tanto motivação fútil quanto
tomp. Nesse caso por exemplo, o juiz pode aplicar a futil na primeira fase e a tomp
como agravante (ou ao contrário) - Isso não viola o Bis Idem
6. Circustâncias/Consequência do Crime
- Quais são os impactos que isso pode causar na vida de uma pessoa?
Ex: a pessoa que foi morta era o pai que mantia financeiramente 3 filhos
7. Comportamento da vítima
- Como se a vítima deixasse mais favorável que acontecesse o crime
Ex: estou mexendo no celular na praça pública
AGRAVANTES OU ATENUANTES
- O juiz deve avaliar a presença destes
- Elas estão fixas dentro do nosso código penal
Agravantes
- Art. 61/62
- A cada agravante: 1/6
- A lei traz uma situação mais gravosa, no entanto, não diz em quanto a pena deve
ser aumentada, ficando a cargo do juiz decidir o quanto
- São circustâncias que sempre agravam a pena: quando não constituem ou
qualificam crime
Atenuantes
- Art. 65
- A cada atenuante: 1/6
- Circustâncias que sempre atenuam a pena: ser um agente menor de 21 anos na
data do fato ou maior de 70 anos na data da sentença (diminuindo a pena, também
diminui o prazo prescricional)
Atenuante Inominada
- O juiz pode reconhecer outras circustâncias consideradas relevantes, posterior ou
anterior ao crime, mesmo que não previstas em leis
- Situação que posso acontecer exclusivamente em cede de um caso concreto, em
que um juiz decida diminuir a pena do indivíduo, e que não existe previsão legal
para aquela diminuição, porque aconteceu somente naquele caso
MAJORANTES E MINORANTES
Majorante
- Causa de aumento de pena
- Pode ser aumentado a cima do teto previsto em lei
Minorante
- Causa de diminuição de pena
Exemplo: o cara passa pela primeira e segunda fase apenas com privilégios e
atenuantes (inexiste causa de aumento/valoração) ou seja, a pena diminuiu demais,
e ainda assim, nesssa fase o réu irá ter 1/3 a 2/3 da sua pena diminuida
OBSERVAÇÕES:
• Não são todos os crimes que possuem qualificadoras e privilégios, há crimes que
só possuem modalidade simples. Se só há modalidade simples, o juiz começa na
segunda etapa da 1 fase
• Eu não posso valorar negativamente duplamente pelo mesmo fato gerador (Bis
Idem) mas e se for ao contrário? eu posso pelo mesmo motivo diminuir a pena do
indivíduo? SIM, EU POSSO VALORAR DUPLAMENTE SE FOR POSITIVO AO RÉU
• Qualificadora não pode ser agravante: fere o Bis Idem (uma pessoa não pode ser
penalizada pelo mesmo crime mais de uma vez)
• Na 2 fase não pode o juiz estabelecer o limite máximo da pena, tem que esperar a
fase 3
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
- A extinção da punibilidade são fatores ou circunstâncias que excluem o direito de
punir do Estado
- Não se discute se quer sobre o mérito, nem chega até lá
Hipotese específica:
Crimes tributários: o pagamento do crédito anula a punibilidade (Ex: não paguei
impostos)
Crimes Patrimoniais: não há extinção da punibilidade, mas apenas a redução da
pena (Ex: furtei um celular e devolvi ele depois)
1. A Morte do Agente
- Ex: Indivíduo foi condenado a uma Pena Privativa de Liberdade mas ele também
foi condenado a uma Pena de Multa. E logo após, ele faleceu. Porém, ele tem
herança/patrominios... será que esses bens podem ser sacrificados para pagar a
Pena de Multa? mesmo ele já tendo falecido? A resposta é SIM, mas respeitando a
cota-parte dos herdeiros legais (apenas o restante vai ser utilizado para a pena)
Anistia
- Conferida pelo Congresso Nacional/Senado Federal, mais a camara de deputados
por intermédio de uma aprovação de lei
- Pode ser conferida dea maneira individual ou coletiva (mais comum coletiva)
Graça
- Forma conferida pelo presidente da república e de maneira individual
Indulto
- Concedida pelo presidente da república de maneira coletiva
Decadência
- É a perda do direito do autor de ingressar com a ação
- Nas Ações Penais Privadas: perda do direito de oferecer queixa-crime
- Nas Ações Penais Públicas Condicionadas: perda do direito de represetanção
Prazo: 6 meses após o reconhecimento de quem é o autor do fato
- Subsidiária da Pública: prazo para o ofendido apresentar queixa-crime é a partir do
dia em que o esgota o prazo do Ministério Público oferecer
Perempção
- É uma sanção processual imposta ao autor, presumindo-se que este desistiu
prosseguiram com a ação. Ela abandona o processo que ela mesmo propôs
- Apenas possível nos crimes de ação penal privada (menor potencial ofensivo)
Perdão Aceito
- Nos crimes de ação penal privada não existe perdão judicial, o perdão tem de ser
feito de forma bilateral entre as 2 partes, assim pode se excluir a culpabilidade
8. Prescrição
- Ela vai depender a depender de cada crime: dependendo da pena estipulada pelo
elaborador, terá um prazo prescricional diferente
- Há uma tabela para fazer essa conta referente aos Anos X Prazo Prescricional
Crimes Imprescindíveis
- Racismo, xenofobia, antireligiosa... (infiançável)
- Contra a ordem constitucional
Dividido em 2...
CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA
- A titularidade é do Estado (Ministério Público) por intermédio da denúncia
- Crimes de médio e grande potencial ofensivo
1. Incondicionada
- Não tem condições pré-estabelecidas para a proprositura daquela demanda
- O Ministério Público não precisa esperar absolutamente nada, se trata de matéria
de ordem pública, família, ele não precisa aguardar a opinião da vítima ou a opinião
da família da vítima) independe da vontade da vítima
- A titularidade é exclusiva do Ministério Público
2. Condicionada
- Há condição
a. À representação
- Uma manifestação da vontade da vítima sobre o procedimento do feito
- Prazo da representação: 6 meses, contados a partir do dia em que o agente
souber quem é o autor do fato
Ex: o crime contra honra aconteceu através de uma conta falsa no twitter
- A Retratação é a desistência da representação
- Prazo da Retratação: até o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público
1. Propriamente Privada
- Pode a vítima, ofendido ou representante legal porpor a demanda
- Admite a possibilidade de sucessão em caso de morte ou ausência da vítima
– O sucessor tem o prazo de 60 dias para prosseguir com a ação, sob pena de
perempção
2. Personalissíma
Art 236
- A titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido; não há exercício da
ação pelo representante legal, nem há sucessão por morte ou ausência, pois
trata-se de um direito personalíssimo e intransmissível. Assim, falecendo o ofendido,
aguarda-se até a extinção da punibilidade
– Há apenas uma hipótese em nosso ordenamento jurídico, que é aquela prevista
no art. 236 CP: induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento
- Crime contra o casamento
- Só o conjugue prejudicado pode propor a demanda
- Ex: eu não posso me casar com a minha irmã, mas eu fui induzido a casar com ela
sem saber que ela era a minha irmã.
3. Subsidiaria da Pública
- Vai tratar de crimes que são de ação penal pública, mas que por inércia do
Ministério Público, é necessário que a vítima proponha uma ação no lugar deles,
como substituto processual
- Depois que eu ofereço a queixa-crime, o MP volta a ser o titular do processo e
comandá-lo
- O prazo para o ofendido apresentar queixa-crime é a partir do dia em que o esgota
o prazo do Ministério Público oferecer