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Licensed to Regiane Amaro Azevedo Zati - regiane_amaro@hotmail.com - 030.845.

301-81

PARTE 3

1- LEI DE EXECUÇÃO PENAL

5- LIVRAMENTO CONDICIONAL

7- AGRAVO EM EXECUÇÃO

11- AÇÕES AUTÔNOMAS E IMPUGNAÇÃO

12- PRESCRIÇÃO

CONTEÚDO
ÍNDICE DE
17- PRISÕES

20- RELAXAMENTO DE PRISÃO

22- LIBERDADE PROVISÓRIA

25- PRISÃO PREVENTIVA

26- PRISÃO TEMPORÁRIA


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LEI DE EXECUÇÃO PENAL


LEI N° 7.210/84
A LEP regula as execuções das penas e as medidas de seguranças do Brasil.
Juiz da Vara de Execução: É ele que decide sobre os direitos dos presos, sendo
assim, qualquer pedido realizado dentro da execução, será direcionado a ele.
A execução penal começa após o trânsito em julgado da decisão condenatória,
exceto a execução provisória.
No âmbito da execução criminal deverão ser observados todos os direitos e
garantias e princípios constitucionais.

detração, art. 42 do cp
A detração é a computação do tempo da prisão provisória na pena A detração não pode ser uma "conta" do individuo com o
privativa de liberdade ou medida de segurança. É observada após estado. Exemplo: Carlos comete um crime, na expectativa de
a sentença condenatória. não ficar preso, pois teria direito à detração daquele 1 ano,
referente a OUTRO delito. Caso seja condenado, pela prática
deste delito, não terá direito à detração anterior.

Regimes Prisionais e Modificação do Regime durante a execução da pena


O regime a ser cumprido pelo condenado é determinado na sentença condenatória.

Em caso de processos distintos, que ainda não iniciaram a execução da pena, sendo assim o
resultado da soma das condenações determinará o novo regime.

Sendo assim, se uma pessoa possui 2 condenações distintas mas ainda não iniciou o cumprimento de nenhum, o juiz da vara de
execução fará a soma das penas, e dependendo do resultado poderá ser alterado o regime.
EXEMPLO: João tem duas condenações em comarcas diferentes, cada uma com 5 anos, o regime em cada uma será
semiaberto. Mas, quando o juiz fizer a soma, será 10 anos, ou seja, regime fechado.

Se a nova condenação é durante um cumprimento de pena, a determinação do regime será da soma do restante da
pena que está sendo cumprida + nova condenação. Art. 111 da LEP.

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unificação das penas


A unificação das penas ocorre em crime continuado e em concurso formal próprio.
Os crimes mencionados anteriormente são analisados no mesmo processo. Mas, se ocorrer em casos distintos, a
unificação das penas será realizada na fase de execução criminal. Ou seja, a competência é do juiz da vara de
execução criminal.

concurso formal, art. 70 do cp crime continuado, art. 71 do cp

Nos casos de concurso formal, o juiz vai utilizar o critério Nos casos de concurso formal, o juiz vai utilizar também o
da exasperação da pena, ou seja, aplica-se a pena mais critério da exasperação da pena, ou seja, aplica-se a pena
grave, mas se forem iguais, irá aplicar uma das penas e mais grave, mas se forem iguais, irá aplicar uma das
aumenta-se de 1/6 até a metade. penas e aumenta-se de 1/6 a 2/3 (em qualquer caso).

E
ES
ATENÇÃO: O juiz pode aplicar o cúmulo material em um crime continuado, ou seja, somar as duas penas e
T

aplicar. Nesse caso, você vai requer ao juiz da execução criminal que adote o critério da exasperação da
pena. Se o Juiz indeferir seu pedido, cabe o recurso de AGRAVO EM EXECUÇÃO!!!

REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO, ART. 52, 53 E 54 DA LEP


O preso provisório ou condenado que pratica um crime A inclusão do preso no RDD, de acordo com o artigo 54 da
doloso, cometerá uma falta grave. Com as seguintes LEP, dependerá de requerimento realizado pelo diretor do
características: estabelecimento ou outra autoridade administrativa.

a) A falta grave tem duração máxima de 2 anos;


b) Recolhimento a cela individual; PORÉM, só o juiz pode determinar!
c) Visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, em caso de terceiro
apenas com ordem judicial por 2 horas; ES
E
A decisão judicial será precedida da manifestação do MP e
T

d) Saída da cela por 2 horas diárias, em grupos de até 4 presos,


desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; da defesa, e deve ser fundamentada. Caso não ocorra a
e) Entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu manifestação da defesa, será cerceamento da defesa, art.
defensor; 5°, inciso LV da CRFB/88
f) fiscalização do conteúdo da correspondência; E
ES
g) participação em audiências judiciais preferencialmente por A falta grave NÃO interrompe o prazo para comutação da
T

videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no pena ou indulto!!! Isso cai MUITO em questão e peça.
mesmo ambiente do preso. SÚMULA N° 535 DO STJ.

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PROGRESSÃO de regime
O condenado, após cumprir parte da pena irá passar gradativamente para o regime menos severo.
Para a progressão de regime acontecer, o condenado precisa de 2 requisitos:

requisito objetivo: requisito subjetivo:

Este requisito é referente ao tempo que o condenado já Este requisito é referente ao merecimento do condenado,
cumpriu a pena. ex: bom comportamento carcerário.

Requisito Objetivo (GERAL), ART. 112 DA LEP:


16% da pena Réu Primário + SEM violência ou grave ameaça.
20% da pena Réu Reincidente+ Sem violência ou grave ameaça.
25% da pena Réu Primário + COM violência ou grave ameaça.
30% da pena Réu Reincidente+ COM violência ou grave ameaça.
40% da pena Réu Primário + Crime hediondo ou equiparado.
50% da pena Réu Primário + Crime hediondo ou equiparado com MORTE.
60% da pena Réu Reincidente + Crime hediondo ou equiparado.
70% da pena Réu Reincidente + Crime hediondo ou equiparado com MORTE.

PROGRESSÃO DE REGIME ESPECIAL PARA MULHER: Mulher gestante ou mãe ou responsável


por criança ou por pessoa deficiente, os requisitos para a progressão serão:

1- Não ter cometido crime COM violência ou grave ameaça;


2- Não ter cometido crime contra filho ou dependente;
3- Cumprido 1/8 da pena;
4- Ser primária com bom comportamento comprovado pelo diretor;
5- Não ter participado de organização consumidor. Artigo 112, §3° da LEP.

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Requisito subjetivo (GERAL), ART. 112 DA LEP:


O condenado, deve mostrar que tem merecimento de progredir de regime. O requisito é o atestado
de bom comportamento carcerário emitida pelo diretor do presídio.

Exame Criminológico NAÕ é requisito legal para a progressão de regime!!! Mas, não é proibida.

SÚMULA N° 439 DO STJ: Admite-se o exame criminológico


pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.

regressão do regime, ART. 118 DA LEP:


Na regressão o condenado vai retornar ao regime mais gravoso, ou seja, irá sair de um regime
menos severo para um mais rigoroso, em caso de praticar os seguintes atos:

1- Praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;


2- Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante
da pena em execução, torne incabível o regime.

E
ES
T

O CONDENADO DEVE SER OUVIDO PREVIAMENTE!!! Caso contrário, será cerceamento de defesa,
art. 5°, inciso LV da CRFB/88.

remição da pena, ART. 126 DA LEP:


O condenado que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, ou seja, diminuir o
tempo de cumprimento da pena, caso ele trabalhe ou estude.
a) 1 dia de pena a cada 12 horas de estudos, divididas no mínimo em 3 dias.
b) 1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho.
E
ES
Se o condenado praticar falta grave, o juiz poderá revogar ATÉ um 1/3 do tempo remido, ou seja,
T

NÃO PODE REVOGAR O TEMPO TODO REMIDO!!!! Artigo 127 da LEP.

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autorização de saída
permissão de saída, arts. 120 e 121 da lep: saída temporária, arts. 122-125 da lep:
É cabível nos regimes fechado e semiaberto; É cabível no regime e semiaberto;
É concedido pelo DIRETOR do presídio/estabelecimento; É concedido pelo JUIZ, após ouvir o MP;
A saída do condenado é mediante escolta; Sem vigilância, mas pode o monitoramento eletrônico;
Casos de falecimento ou doença grave do cônjuge, Casos de visita à família, em casos de estudos, e de
companheira, ascendente, descendente ou irmão, ou em participação em atividades que ajudem o retorno ao
caso de tratamento médico. convívio social.
O prazo de duração é de 7 dias, mas pode ser renovado
por mais 4 vezes durante o ano.

livramento condicional
art. 83 do código penal; art. 66, inciso iii, alínea "e", e o art. 131, ambos da lep.

Trata-se de um benefício que permite o condenado antecipar o retorno ao convívio social, porém
ele precisa preencher alguns requisitos e condições.
Somente a pena privativa de liberdade pode ter o benefício, porém, pode ser concedido em
qualquer regime.
O benefício só será concedido nas penas igual ou superior a 2 anos. Em caso de processos
distintos, é permitido a soma das penas para atingir o limite mínimo (dois anos). Artigo 84 do CP.

cumprimento da pena para obter o benefício:


+1/3 da pena Condenado primário OU reincidente em crime NÃO doloso.
+metade da pena Réu Reincidente em crime doloso
+2/3 da pena Condenado em crimes hediondos ou equiparados, NÃO é reincidente específico.

VEDAÇÕES Do benefício:
Não é possível o benefício para o reincidente específico, ou seja, é reincidente em crime hediondo ou equiparado.
Não é possível o benefício se o condenado for condenado por crime hediondo ou equiparado, com resultado
MORTE, independentemente se o agente for primário ou reincidente. Artigo 112, inciso VI alínea "a", e VIII, da
LEP.
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ULA
M


SÚMULA 441 STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento
condicional.

REQUISITOS SUBJETIVOS:
1) Bom comportamento durante a pena;
2) Não cometimento de falta grave nos últimos 2 meses;
3) Bom desempenho no trabalho atribuído;
4) Aptidão para trabalho.
No caso do condenado por crime doloso cometido com violência ou grave ameaça, além dos requisitos acima, é
necessário a constatação que o condenado não irá voltar a delinquir. Pode ser realizado o exame
criminológico.
O juiz irá determinar as condições que o liberado ficará durante o benefício em uma audiência.
Se até o término do livramento não for revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.

revogação do livramento:

revogação obrigatória revogação facultativa


Será revogado o benefício se o liberado for PODERÁ haver a revogação do livramento, se o
condenado em sentença irrecorrível por crime beneficiário deixar de cumprir alguma das
cometido durante o benefício OU crime anterior. condições determinadas OU o beneficiário foi
(pena privativa de liberdade). condenado em sentença condenatória por crime ou
contravenção. (pena NÃO privativa de liberdade).

suspensão do livramento:
Se o beneficiário cometer uma infração penal, o juiz poderá suspender o livramento condicional e o liberado
irá retornar a prisão. Porém, se houver sentença irrecorrível, o benefício será revogado.

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agravo em execução ART. 197 Da lei de execução penal


COMO IDENTIFICAR ESSA PEÇA? qual é a base legal?
Decisão proferida pelo JUIZ DE EXECUÇÃO! ARTIGOS: 197, da LEP.

QUAL É O PRAZO PARA APRESENTAR A PEÇA?

O RESE é peça BIPARTIDA (Interposição + razões)

O prazo é de 5 dias! Súmula n° 700 do STF.

estruturação: agravo em execução


interposição
1° endereçamento
Na interposição o endereçamento será para o juiz de execução, ou seja, o juiz da VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL. Ficar atento em relação a comarca e
vara, caso não tenha essas informações "..."

como fica:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara de Execução Criminal da comarca de ...

2° Após o endereçamento você vai "qualificar" o réu


Não será uma qualificação completa igual a queixa-crime, pois aqui o réu já foi qualificado.

Nessa parte, você irá colocar o número do processo (geralmente não tem no enunciado, assim você coloca "...").
Em seguida irá informar o nome do réu, informar que está com procuração (não precisa ser com poderes especiais), e que irá interpor o AGRAVO EM
EXECUÇÃO, bem como NÃO esquecer de mencionar o artigo.
OBS: Na interposição você deve pedir para que o recurso seja procedido o JUÍZO DE RETRATAÇÃO COM BASE NO ART. 589 DO CPP (igual o RESE,
não esquecer!!!).
Você também irá pedir que o seu recurso seja recebido e processado, e que seja remetido para o Tribunal de Justiça do Estado... (se houver estado,
deve colocar).

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como fica:

Processo N°...

MARIA, já qualificada nos autos, por seu procurador infra-assinado, mediante procuração em
anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o AGRAVO EM
EXECUÇÃO, com base no artigo 197 do Lei de Execução Penal.

Assim requer que seja recebido o recurso, e procedido o juízo de retratação, nos termos do artigo
589 do Código de Processo Penal, Caso seja mantida a decisão, requer já com razões inclusas, a
remessa para o Tribunal de Justiça do Estado de...

3° por fim, você irá finalizar a sua interposição da seguinte forma:


como fica: Caso tenha, colocar a data no
último dia do prazo!
Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

razões da CONTRARRAZÕES DE apelação


1° endereçamento
Nas razões o endereçamento será para o Tribunal de justiça do Estado (se o enunciado informar o Estado, deve ser colocado), bem como deve
mencionar o nome do Agravante e do Agravado, e no número do processo.
como fica:

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...


Agravante...
Agravado...
Processo N°...

2° Após o endereçamento você deve fazer uma saudação ao tribunal


como fica:

Razões do Recurso do Agravo em Execução


Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
Colenda Câmara Criminal

3° Após a saudação será os fatos


Nos fatos você irá fazer um relato sobre enunciado. Sem inventar informações, hein?

4° Após os fatos será os direitos


Aqui é o mais importante, pois será onde você irá conseguir mais pontos.
O conteúdo dos direitos do Agravo em execução é REFUTAR A DECISÃO do juiz. Sendo assim, você irá analisar o art. 66 da LEP, para saber a
competência do juiz de execução.

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o que pode ser refutado no agravo em execução?

a) Em caso do juiz negar a progressão de regime;


b) Quando o juiz determina a regressão do regime e a perda de todos
os dias remidos;
c) Indeferimento do pedido da unificação das penas;
d) Nega o livramento condicional;
e) Indeferimento do pedido de autorização de saída;
f) Nega a remição, comutação ou indulto.

5° Após os direitos será os pedidos

Aqui você irá formular pedidos específicos para cada tese que você desenvolveu nos direitos. NÃO ESQUECER DE MENCIONAR OS ARTIGOS.

IMPORTANTE: Você pediu na interposição que o seu recurso fosse recebido e processado. Agora nos pedidos, você deve pedir que seja CONHECIDO E
PROVIDO o seu recurso, bem como pedir a REFORMA da decisão.
como fica:

Ante o exposto, requer que seja conhecido e provido o referido recurso, bem como seja reformada a decisão, para o fim que:
1) Pedir tudo que alegou nas teses de direito;
2) Caso você realize o pedido de livramento condicional, deve pedir a expedição do alvará de soltura.

6° por fim, você irá finalizar a sua peça da seguinte forma:


como fica: Caso tenha, colocar a data no
último dia do prazo!
Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

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MODELO DE ESTRUTURA Do agravo em execução


CAIU NO EXAME DA ORDEM XVI; XXIV E XXIX.
interposição

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da EXECUÇÃO CRIMINAL da Comarca ...
Processo N°...

MARIA, já qualificada nos autos, por seu procurador infra-assinado, mediante procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, interpor o AGRAVO EM EXECUÇÃO, com base no artigo 197, da Lei de Execução Penal.

Assim requer que seja recebido o recurso, e procedido o juízo de retratação, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal, Caso seja mantida
a decisão, requer já com razões inclusas, a remessa para o Tribunal de Justiça do Estado de...
Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

EM SEGUIDA DA INTERPOSIÇÃO, SERÁ AS RAZÕES:

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...


Agravante: Maria
Agravado...
Processo N°... Razões do Recurso de Agravo em Execução
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
Colenda Câmara Criminal
DOS FATOS
Aqui você irá fazer um relato sobre as informações do enunciado.

DO DIREITO
Nos direitos você vai REFUTAR a decisão do juiz de execução.

PEDIDOS
Ante o exposto, requer que seja conhecido e provido o referido recurso, bem como seja reformada a decisão, para o fim que:
1) Pedir tudo que alegou nas teses de direito;
2) Caso você realize o pedido de livramento condicional, deve pedir a expedição do alvará de soltura.

Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

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ações autônomas de impugnação


revisão criminal habeas corpus
É uma ação de impugnação, com finalidade de rever É um remédio constitucional que tem o objetivo de
decisão condenatória que transitou em julgado, art. EVITAR ou CESSAR a violência ou a coação à
621 do CPP. Sendo assim, o requisito principal, é liberdade de locomoção, decorrente de ilegalidade
que para haver a revisão criminal, da decisão não ou abuso de poder.
pode caber qualquer recurso.
Base legal: Art. 647 e 648 do CPP, e Art. 5°,
A competência originária da revisão criminal é dos
LXVIII, da CF/88.
tribunais.
Habeas Corpus liberatório/repressivo: É quando já
É cabível quando a sentença condenatória se fundar
ocorreu a violência ou coação da liberdade de
em algum meio de prova, comprovadamente falso,
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
OU quando a sentença for contrária a lei ou a prova
nos autos, OU descobriu novas provas após a
Habeas Corpus preventivo: A violência ou coação da
sentença que diminua a pena ou comprove a
liberdade de locomoção ainda NÃO ocorreu, mas há
inocência.
iminência de acontecer. Sendo assim, irá impetrar
Não há prazo, pode ser a qualquer momento após o HC de forma preventiva.
trânsito em julgado, inclusive após a extinção da
pena.

Essa revisão só cabe em PROL do réu.

recurso ordinário constitucional em habeas corpus


É um recurso com finalidade de impugnar a decisão DENEGATÓRIA de alguns remédios constitucionais. Mas, o
que importa para nós é a decisão denegatória de Habeas Corpus. Art. 102, inciso II, alínea "a" da CRFB/88
(STF) e Art. 105, inciso II, alínea "a" da CRFB/88 (STJ).

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prescrição
A prescrição é a perda da pretensão punitiva ou executória do estado. Trata-se de uma extinção
de punibilidade, art. 107, inciso IV do código penal.
A prescrição é regulada pelos prazos que estão no ARTIGO 109 do CP.
A prescrição pode ser: prescrição da pretensão punitiva estatal E a prescrição da pretensão
executória.

prescrição da pretensão punitiva estatal prescrição da pretensão executória


Ocorre ANTES do trânsito em julgado da sentença Incide DEPOIS do trânsito em julgado da sentença
condenatória. Havendo essa prescrição, o estado condenatória. Havendo essa prescrição, o estado
perde o direito de punir perde o direito de executar a sanção que há na
sentença.
Essa prescrição é dividida em abstrato e concreto.

prescrição da pretensão punitiva estatal


quando começa a correr o prazo prescricional punitiva? Art. 111 do cp
a) Começa a correr no dia em que o crime se consumou;
b) Se for tentativa, começou a correr quando cessou a prática criminosa;
c) Se for crime permanente, no dia que cessou a permanência;
d) Em caso de bigamia OU falsificação/alteração do registro civil, começa na data que o poder pub. tomou ciência do
fato;
e) Crimes contra dignidade sexual de crianças e adolescentes, irá começar a correr quando a vítima completar 18 anos.

1) abstrato:
Nessa prescrição você vai observar o limite máximo da Exemplo: João comete o crime de roubo simples, no
pena em abstrato que foi imposta e vai enquadrar em qual o máximo da pena é 10 anos. O prazo prescricional
algum dos incisos do art. 109 do cp. será de 16 anos, artigo 109, inciso II, do CP.

Se o crime praticado pelo agente houver causas de aumento de pena, será considerado a fração que mais
aumenta a pena. Se tiver causa de diminuição, a fração será a que menos diminui a pena. Pois, a finalidade é
verificar a PENA MÁXIMA.

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causas interruptivas da prescrição PUNITIVA


Pode haver causas que interrompem a prescrição, havendo alguma dessas causas o prazo de
prescrição começa a correr do ZERO, desde o inicio.

causas que interrompem a prescrição:


1) Recebimento da denúncia ou queixa: A partir do momento que a denúncia ou queixa é recebido, o prazo prescricional
volta a contar do inicio.
BS
O

Se o recebimento for por o juiz absolutamente INCOMPETENTE, a decisão


não gera efeito, pois é nulo. Sendo assim, NÃO interrompe a prescrição.

X:
E

Se o sujeito comete o crime de homicídio simples, cuja a pena máxima é de 20


anos, o prazo de prescrição será de 20 anos, conforme o art. 109, inciso I, do CP.

Data do
Data da recebimento
20 anos de
consumação da denúncia
prescrição OU seja, houve
prescrição!!!

02/06/2020 02/06/2040

INTERROMPEU O
PRAZO, COMEÇA
TUDO DE NOVO
Data do Publicação de
Data da recebimento sentença
20 anos de 20 anos de
consumação da denúncia condenatória
prescrição prescrição

02/06/2020 02/06/2021 02/06/2041

2) A decisão de PRONÚNCIA também interrompe a prescrição, art. 117, inciso II, do CP.
3) A decisão confirmatória da PRONÚNCIA também interrompe a prescrição, ou seja, é quando o réu é pronunciado mas
recorre e no recurso o tribunal confirma a pronúncia. Essa decisão do tribunal confirmando, interrompe a prescrição, art.
117, inciso III, do CP.
4) A publicação de sentença ou acórdão também interrompe o prazo prescricional, art. 117, inciso IV, do CP.
5) O inicio do cumprimento de pena ou a continuação do cumprimento, interrompe o prazo da prescrição. (prescrição da
pretensão executória). Se o condenado fugir, o prazo volta a correr a partir da data da fuga, e o prazo da prescrição será
contado com base no tempo que resta da pena. Art. 117, inciso V, do CP; Art. 112, inciso II, do CP; Art. 113 do CP.
6) A reincidência interrompe somente o prazo da prescrição da pretensão executória. Súmula N° 220 do STJ.

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2) em concreto retroativa:
Essa prescrição não incide na pena máxima em abstrato, O prazo prescricional é considerada a partir da sentença
aqui será considerado a pena que foi aplicada na condenatória ou acórdão PARA TRÁS, ou seja, a
sentença condenatória, e assim enquadra a pena em prescrição retroativa irá verificar se houve prescrição
algum dos incisos do art. 109 do CP. antes da sentença ou acórdão, considerando os marcos
Há o pressuposto do trânsito em julgado da sentença interruptivos antes da sentença condenatória.
penal condenatória para a ACUSAÇÃO.
utilizando o mesmo crime do exemplo anterior: A prescrição seria
de 8 anos, art. 109,
IV, do CP.

Data do 8 anos de Sentença


Data da recebimento prescrição Condenatória com
consumação da denúncia
retroativa, tendo
pena aplicada de 3
em vista a pena
aplicada anos

02/06/2020 02/06/2022 15/10/2030

HOUVE A PRESCRIÇÃO
RETROATIVA!

2) em concreto SUPERVENIENTE:
Essa prescrição incide ANTES do trânsito em julgado O prazo prescricional é considerada a partir da sentença
para todos, servirá como base a pena aplicada na condenatória ou acórdão PARA FRENTE, até o trânsito
sentença condenatória. em julgado da sentença.

Data do Sentença
Data da recebimento
8 anos de
Trânsito em
Condenatória com prescrição
consumação da denúncia pena aplicada de 3 superveniente, julgado
tendo em vista a
anos
pena aplicada

02/06/2020 02/06/2022 15/10/2025 15/10/2034

HOUVE A PRESCRIÇÃO
SUPERVENIENTE!

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prescrição da pretensão EXECUTÓRIA, art. 110, do cp


O decurso do prazo faz com que o estado perca o direito de executar a pena imposta na sentença.

A prescrição executória incide APÓS o trânsito em julgado da sentença que condena o réu. É regulado
pela pena determinada na sentença, verificando os prazos de prescrição do art. 109 do CP.

X:
E

Se o sujeito comete o crime de homicídio simples, e é condenado com pena de 5


anos. O prazo prescricional será de 12 anos, dessa forma, o estado após o trânsito
em julgado terá 12 anos para iniciar a execução da pena. Caso ultrapasse o prazo e
o estado não inicie, será extinta a punibilidade pela prescrição da pretensão
executória.
Se na sentença condenatória for reconhecido que o réu é reincidente, o prazo da prescrição executória
será aumentado de 1/3. Art. 110 do CP.

Em caso de concurso de crimes, cada delito terá seu prazo prescricional de forma isolada. Art. 119 do
CP. Súmula n° 497 do STF.

quando inicia a prescrição da pretensão executória?


a) Começa a contar o prazo quando transita em julgado para a acusação OU quando revoga a suspensão
condicional da pena OU revoga o livramento condicional;

b) Da data que a execução é interrompida, ex: se o condenado fugir, a prescrição começa a contar a partir da
data da fuga, será levado em consideração o tempo que resta da pena. Art. 112, II e Art. 113, ambos do CP.
PORÉM, se a interrupção for devido o Artigo 41 do CP, não irá correr a prescrição, pois mesmo havendo a
interrupção, haverá a efetiva execução da pena.

Data do Sentença
Data da recebimento
8 anos de
Não iniciou o
Condenatória com prescrição
consumação da denúncia pena aplicada de 3 executória, tendo cumprimento de
em vista a pena pena
anos
aplicada

02/06/2020 02/06/2022 15/10/2025 15/10/2034

Havendo essa prescrição, haverá a


extinção de punibilidade, e o
Estado perderá o direito de
executar a pena.

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causas suspensivas da prescrição:


O tempo decorrido antes da suspensão, será computado no prazo.
Sendo assim, o prazo não irá recomeçar do inicio, mas de onde parou.

causas que suspendem a prescrição punitiva:


a) A prescrição não irá correr enquanto não for resolvida, em outro processo, questão que depende o
reconhecimento da existência do crime. Art. 116, I, do CP.
b) A prescrição fica suspensa enquanto o réu cumpre pena (de outro processo), no exterior. Art. 116, II, do CP.
c) A prescrição fica suspensa enquanto tramitam embargos de declaração ou recursos aos tribunais superiores.
Art. 116, III, do CP.
d) A prescrição fica suspensa no período do acordo de não persecução penal. Art. 116, IV, do CP.

causa que suspende a prescrição executória:


a) A prescrição executória será suspensa quando o réu é condenado em duas comarcas diferentes, se ele iniciar o
cumprimento de pena em uma delas, na outra condenação não correrá a prescrição.

E
ES
T

A prescrição é uma tese preliminar, no qual você alega a extinção de punibilidade,


art. 107, inciso IV, do CP. Contudo, pode ser um assunto das questões. Sendo
assim, observe bem os prazos mencionados nos enunciados.

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prisão
A prisão processual pode ser cautelar ou provisória, pois ocorre antes do trânsito em
julgado da sentença condenatória. Tem o objetivo de impedir que o sujeito pratique
novos delitos ou pratique atos que influenciam na instrução do processo.

Não é uma prisão


tipos de prisão provisória: cautelar, é pré-cautelar!

1- Prisão em flagrante: arts. 301-310 do CPP;


2- Prisão Preventiva: arts. 311-316 do CPP;
São prisões cautelares!
3- Prisão Temporária: Lei N° 7.960/89

prisão em flagrante
Essa prisão é independente da ordem judicial, pois tem o intuito de restringir a liberdade
de quem está dentro dos incisos do Artigo 302 do CPP.

Flagrante facultativo: Qualquer pessoa pode prender em flagrante, art. 301 do CPP;
flagrante obrigatório: A policia deve prender, obrigatoriamente.

E
ES
T

Particular que prende em flagrante: Exercício regular de um direito, art. 23, inciso III, do CP;
Policial que prende em flagrante: Estrito do cumprimento de dever legal, art. 23, inciso III, do CP.

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espécies de flagrante

próprio presumido

impróprio
É quando o sujeito está praticando o crime OU É quando o sujeito é encontrado logo após a
acabou de cometê-lo. A prisão deve ocorrer prática do crime, com objetos que façam
imediatamente. Art. 302, incisos I e II, do CPP. presumir que ele é o autor da infração.
O sujeito é pego logo após a execução do crime. porém
deve haver uma lógico que ele é o autor do crime.
Geralmente, é após uma perseguição. Art. 302, inciso
III, do CPP.

A perseguição deve ser ININTERRUPTA!!! Se a perseguição


for cessada, não haverá situação de flagrante.

preparado Esperado Forjado

ESTE FLAGRANTE É ILEGAL!!! ESTE FLAGRANTE É LEGAL!!! ESTE FLAGRANTE É CRIME!!!


É quando há interferência na ação do sujeito, o É quando os policiais sabem que o delito será É quando criam provas para forjar uma
flagrante é provocado. O sujeito é praticado, sendo assim vão até o local e aguardam o pratica de um delito que não existiu,
instigado/provocado/induzido a praticar o delito. crime se consumar para realizar a prisão. Não há com objetivo de incriminar o sujeito.
SÚMULA N° 145 DO STF! interferências dos policiais, eles apenas aguardam o
TESE: Você poderá pedir o
TESE: Você poderá pedir o relaxamento da prisão. momento correto para realizar a prisão..
relaxamento da prisão.

ação controlada

ESTE FLAGRANTE É LEGAL!!!


A autoridade policial, pode retardar a operação para buscar maiores
informações ou provas contra os sujeitos envolvidos. Não é necessário
a autorização judicial, mas deve haver a comunicação ao juiz.

Havendo a prisão em flagrante, o juiz deve designar uma audiência de custódia em 24h. Art. 310 do CPP.
Na audiência de custódia, o juiz poderá relaxar a prisão (se for ilegal), pode converter em prisão
preventiva ou pode conceder liberdade provisória (com ou sem fiança), art. 310 do CPP.

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situações que tornam a prisão ilegal:


-Não comunicou ao juiz em 24h sobre a prisão em flagrante;
-Não emitiu nota de culpa ao preso;
-Não comunicou a defensoria pública em 24h; Art. 306 do CPP
-Não comunicou imediatamente à família do preso;
-Não houve a comunicação imediatamente ao juiz e MP;
-A lavratura da prisão em flagrante não foi observada as formalidades
legais;
-Sendo Ação Penal condicionada à representação, falta a representação do
ofendido;
-Na ação penal privada tiver a ausência do requerimento da vítima;
-No art. 304, do CPP tem a ordem da oitiva, se houver inversão nessa
ordem, a prisão será ilegal;
-Ausência de laudo que comprova a substância entorpecente;
-Não houver a audiência de custódia;
-Preso sem situação de flagrância;
-Flagrante preparado;
-Flagrante forjado;
-Preso por fato atípico.

Alguns dos artigos para fundamentar as ilegalidades: 304 e 306 do CPP; art. 5°, inciso LXI e LXIV
da CRFB/88; art. 50, §1° da lei n° 11.343/06; art. 302 do CPP; súmula n° 145 do STF. .

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relaxamento de prisão
COMO IDENTIFICAR ESSA PEÇA? qual é a base legal?
ARTIGOS: 310, inciso I, do CPP e art. 5°, LXV,
Quando houver uma PRISÃO ILEGAL!
da CF/88

estruturação: relaxamento de prisão


1° endereçamento
No endereçamento você precisa ficar atento a 2 informações: 1° se o enunciado informou qual é a vara que o processo está tramitando, 2° se o
enunciado mencionou a comarca. Em caso se omissão do enunciado colocar "..."

como fica:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara criminal da comarca de ...

2° Após o endereçamento você vai "qualificar" o réu


Aqui será uma qualificação completa IGUAL a queixa-crime. Porém, você não irá precisar qualificar outra pessoa, apenas o réu.

Em seguida irá informar o nome do réu, informar que está com procuração (não precisa ser com poderes especiais, esse detalhe é apenas na queixa-
crime), e que irá REQUERER O RELAXAMENTO DE PRISÃO, bem como NÃO esquecer de mencionar os artigos.

como fica:

Autos N°...

MARIA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., Endereço eletrônico...,


Residente e domiciliado..., por seu procurador infra-assinado, mediante procuração em anexo,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer o RELAXAMENTO DE PRISÃO,
com base no artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal e Artigo 5°, inciso LXV da
CRFB/88, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

3° Após as qualificações será os fatos


Nos fatos você irá fazer um relato sobre enunciado. Sem inventar informações, hein?

4° Após os fatos será os direitos


Aqui é o mais importante, pois será onde você irá conseguir mais pontos.
O conteúdo dos direitos do relaxamento de prisão é APONTAR AS ILEGALIDADES que ocorreram na prisão.

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5° Após os direitos será os pedidos

Você deve pedir o RELAXAMENTO DA PRISÃO, bem como a expedição do alvará de soltura. Por fim, deve pedir a vista ao MP.

como fica:

Ante o exposto, requer:


1) a vista ao Ministério Público;
2) O relaxamento da prisão em flagrante;
3) A expedição do alvará de soltura.

6° por fim, você irá finalizar a sua peça da seguinte forma:


como fica:

Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

MODELO DE ESTRUTURA Do relaxamento de prisão

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca ...
Autos N°...

MARIA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., Endereço eletrônico..., Residente e domiciliado..., por seu
procurador infra-assinado, mediante procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer o
RELAXAMENTO DE PRISÃO, com base no artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal e Artigo 5°, inciso LXV da CRFB/88,
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS
Aqui você irá fazer um relato sobre as informações do enunciado. Não inventar informações!!!

DO DIREITO
O conteúdo dos direitos do relaxamento de prisão é APONTAR AS ILEGALIDADES que ocorreram na prisão.

PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
1) a vista ao Ministério Público;
2) O relaxamento da prisão em flagrante;
3) A expedição do alvará de soltura.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

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liberdade provisória
É o instituto que concede ao acusado o direito de responder ao processo em liberdade,
pode haver condições ou não. Art. 310, inciso III, do CPP.

Se não houver requisitos para a decretação de prisão preventiva, o juiz deve conceder a
liberdade provisória. Ou seja, a prisão em flagrante foi LEGAL, mas não há necessidade de
manter o acusado preso.

COMO IDENTIFICAR ESSA PEÇA? qual é a base legal?


ARTIGOS: 310, inciso III, do CPP; art. 5°,
Quando a prisão é LEGAL, mas não há requisitos para
LXVI, da CF/88 e art. 321 do CPP.
autorizar a prisão preventiva,

estruturação: liberdade provisória


1° endereçamento
No endereçamento você precisa ficar atento a 2 informações: 1° se o enunciado informou qual é a vara que o processo está tramitando, 2° se o
enunciado mencionou a comarca. Em caso se omissão do enunciado colocar "..."

como fica:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara criminal da comarca de ...

2° Após o endereçamento você vai "qualificar" o réu


Aqui será uma qualificação completa IGUAL a queixa-crime. Porém, você não irá precisar qualificar outra pessoa, apenas o réu.

Em seguida irá informar o nome do réu, informar que está com procuração (não precisa ser com poderes especiais, esse detalhe é apenas na queixa-crime),
e que irá REQUERER O RELAXAMENTO DE PRISÃO, bem como NÃO esquecer de mencionar os artigos.
como fica:

Autos N°...

MARIA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., Endereço eletrônico...,


Residente e domiciliado..., por seu procurador infra-assinado, mediante procuração em anexo,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a LIBERADE PROVISÓRIA, com
base nos artigos 310, inciso III, e 321, ambos do Código de Processo Penal e Artigo 5°, inciso
LXVI da CRFB/88, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

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3° Após as qualificações será os fatos


Nos fatos você irá fazer um relato sobre enunciado. Sem inventar informações, hein?

4° Após os fatos será os direitos


Aqui é o mais importante, pois será onde você irá conseguir mais pontos.
O conteúdo dos para pedir a concessão da liberdade provisória são os seguintes:

1) Quando não tiver os requisitos para autorizar uma prisão preventiva, você deverá alegar a impossibilidade da preventiva;
2) Quando houver causa de excludente de ilicitude;
3) Nos casos que cabe a fiança, mas o juiz verifica que o acusado não tem condições econômicas, art. 350 do CPP;
4) Utilizando o princípio da presunção da inocência, art. 5°, LVII, da CRFB/88;
5) Você deve pedir que seja aplicada, se for o caso, as medidas cautelares diversas da prisão ou fiança, com base nos arts.
319 e 320 do CPP. (Esta trata-se de uma tese subsidiária).

O item 5 é uma tese subsidiária, no qual não sendo concedida a liberdade provisória, que seja aplicada a fiança
ou uma medida cautelar diversa da prisão.

5° Após os direitos será os pedidos

Você deve pedir a concessão da liberdade provisória, bem como a expedição do alvará de soltura. Por fim, deve pedir a vista ao MP. Se por um acaso,
você pediu que fosse aplicada a fiança ou as medidas cautelares da prisão, você deve pedir também nos pedidos.
como fica:

Ante o exposto, requer:


1) a vista ao Ministério Público;
2) A concessão da liberdade provisória;
3) A expedição do alvará de soltura;
4) A concessão da fiança ou outra medida cautelar diversa da prisão

6° por fim, você irá finalizar a sua peça da seguinte forma:


como fica:

Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

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MODELO DE ESTRUTURA Da liberdade provisória

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca ...
Autos N°...

MARIA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., Endereço eletrônico..., Residente e domiciliado..., por seu
procurador infra-assinado, mediante procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a
LIBERADE PROVISÓRIA, com base nos artigos 310, inciso III, e 321, ambos do Código de Processo Penal e Artigo 5°, inciso
LXVI da CRFB/88, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS
Aqui você irá fazer um relato sobre as informações do enunciado. Não inventar informações!!!

DO DIREITO

1) Deve apontar que não há requisitos para autorizar uma prisão preventiva, você deverá alegar a impossibilidade da
preventiva;
2) Apontar, se houver, as causas de excludente de ilicitude;
3) Nos casos que cabe a fiança, mas o acusado não tem condições econômicas para arcar com a fiança, art. 350 do CPP;
4) Utilizar o princípio da presunção da inocência, art. 5°, LVII, da CRFB/88;
5) Você deve pedir que seja aplicada, se for o caso, as medidas cautelares diversas da prisão ou fiança, com base nos arts.
319 e 320 do CPP. (Esta trata-se de uma tese subsidiária).

PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
1) a vista ao Ministério Público;
2) A concessão da liberdade provisória;
3) A expedição do alvará de soltura;
4) A concessão da fiança ou outra medida cautelar diversa da prisão

Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., data...
Advogado...
OAB...

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prisão preventiva
Essa é uma prisão cautelar/provisória, que pode ser concedida quando estão presentes as
hipóteses dos arts. 312 e 313 do CPP e art. 5°, inciso LXI da CRFB/88. A ordem desta
prisão deve ser escrita e fundamentada pelo juiz competente.
Para a decretação da prisão preventiva, deve haver indícios suficientes de autoria + prova
da materialidade do crime. Além disso, outro requisito é que a liberdade do acusado cause
perigo (periculum libertatis), PORÉM, esta gravidade não é com base do crime em
abstrato. O acusado deve oferecer perigo real para a sociedade.

outros requisitos da prisão preventiva:

a) Garantia da ordem pública: É quando há risco de outras práticas criminosas. Sendo


assim, o juiz precisa analisar as gravidades e perigo do caso concreto.

Nesse item, o juiz deve observar o perigo do caso concreto, e não


do crime em abstrato, apenas o crime em abstrato não constitui
motivo idôneo para decretar a prisão preventiva.

b) Conveniência da instrução criminal: É quando houver risco comprovado que a liberdade do


acusado irá atrapalhar a instrução criminal. Após este risco cessar, a preventiva poderá ser
revogada, pois o motivo não existe mais.
c) Garantia da aplicação da lei penal: Tem o objetivo se garantir que o autor da infração
penal cumpra a pena que será imposta. Tem finalidade de evitar que o acusado fuja, e
impossibilite a aplicação da pena. PORÉM, precisa ter fundamento concreto, não pode
decretar a preventiva com apenas um presunção que o acusado vai fugir.
d) Garantia de ordem econômica: É quando o acusado pode colocar em risco a situação
financeira de instituição ou de algum órgão estatal.

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e) Também pode ser decretada a prisão preventiva, se o réu descumprir alguma das
obrigações de outras medidas cautelares, art. 312, §1° do CPP.

Não é admitida a preventiva com finalidade de antecipar o cumprimento da pena, art. 313, §2°, do CPP.
A prisão preventiva não pode ser decretada se o juiz verificar que houve excludente de ilicitude, art.
314, do CPP.
Se o juiz não fundamentar a decisão que decreta a preventiva, essa decisão será nula, art. 315, §2°, do
CPP.
O juiz pode revogar, de ofício ou a requerimento das partes, a prisão preventiva, art. 316, do CPP.
Após a decretação da prisão, o juiz deve revisar a prisão a cada 90 dias, para saber se realmente é
necessário a manutenção. Caso não aconteça essa revisão, a prisão se torna ILEGAL, art. 316, §único,
do CPP.

quando pode haver a substituição da preventiva em domiciliar?


-Quando o acusado for maior de 80 anos;
-Acusado debilitado por doença grave;
-O acusado é essencial para cuidar de pessoa menor de 6 anos ou com deficiência;
-Estiver gestante;
-Mulher com filho de até 12 anos incompleto;
-Homem que seja o único responsável por criança de até 12 anos incompleto;
-Mulher gestante ou for mãe/responsável por criança ou pessoa com deficiência (não
tenha cometido crime com violência ou grave ameaça E que não tenha cometido crime
contra o filho/dependente).
artigo 318 e 318-a, do cpp

prisão temporária
Está prevista na lei n° 7.960/89. É cabível apenas no inquérito policial, e é destinada quando for
essencial para as investigações.
O prazo da prisão temporária é de 5 dias, podendo ser prorrogáveis por mais 5 dias (crimes comuns).
Se for crimes hediondos, o prazo é de 30 dias, podendo ser prorrogáveis por mais 30 dias. Art. 2°, da
lei n° 7.960/89, e art. 2°, §4°, da lei n° 8.072/90.
Não pode haver a decretação da prisão de ofício, DEVE ter o requerimento do MP ou autoridade policial.
Art. 2, da lei n° 7.960/89.

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requisitos para a decretação da prisão temporária:


-Quando for essencial para as investigações;
-Quando o acusado não tiver residência fixa OU não forneça elementos para esclarecer
sua identidade;
-Quando tiver fundada razões quanto a autoria ou participação do acusado no crime.
-O crime que o indiciado cometeu PRECISA estar previsto no rol taxativo do art. 1, inciso
III, da lei n° 7.960/89, bem como os crimes hediondos e equiparados. Se o crime não
estiver no rol, não pode ser decretada a prisão temporária.

situações que tornam a prisão ilegal:


-O juiz decretar a prisão de ofício;
-O crime não estar previsto no art. 1, inciso III, da lei n° 7.960/89;
-Se for decretada na fase judicial, só cabe na fase investigatória.

Nessas circunstâncias, você deve pedir


o relaxamento da prisão temporária!!!

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