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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA FEDERAL
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BANIA

UNAL DO JURI FEDERAL

ATA DA SESSÃO DE JULGAMENTO

Aos vinte e quatro dias do mês de outubro de 2019, no Auditório Ministro Dias
Trindade, nesta Seção Judiciária, a portas abertas, às 9h, presente o Exmo. Sr. Dr.
ANTÔNIO OSWALDO SCARPA, Juiz Federal da 17a Vara da Seção Judiciária da
Bahia e Presidente do Tribunal do Júri Federal, o Exmo. Sr. Dr. SAMIR CABUS
NACHEF JÚNIOR, Procurador da República, e os Drs. CÉSAR DE FARIA JÚNIOR e
CHARLENE DA SILVA BORGES, Defensores Públicos Federais, comigo, Bela. Érika
Lúcia de Carvalho Sá, Diretora de Secretaria, bem como os Oficiais de Justiça
ALESSANDRO CID HORA, AVANI CRISTINA NERY, KARLA CRISTINA BRITTO
FERREIRA, JACIARA DA SILVA CERQUEIRA e LUIZ GUTEMBERG LOPES, teve
início a Sessão, com as solenidades legais. Abrindo os trabalhos, o MM. Juiz
Presidente deferiu o pedido de dispensa dos jurados ANTÔNIO AMÉRICO
BARBOSA SANTOS, LÚCIA MARIA DE JESUS SANTOS, ANTÔNIO ALCEBtADES
VIEIRA BATISTA DA SILVA, FERNANDO CLÁUDIO GUIMARÃES MOREIRA,
SÉRGIO LUIZ SAMPAIO LACERDA SILVA, BERNARDO SOARES ALVIM DE
OLIVEIRA, MARIA VALÉRIA GASPAR QUEIROZ FERREIRA e ALIGER DOS
SANTOS PEREIRA, em razão de justo impedimento. Em seguida, o MM. Juiz
Presidente, cumprindo o disposto no art. 462 do Código de Processo Penal, abriu a
urna contendo as cédulas com os nomes dos 16 (dezesseis) jurados sorteados para
esta sessão e, depois de verificar, publicamente, que ali se achavam todas,
conforme termo que se lavrou, ordenou a mim, Diretora de Secretaria, que fizesse a
chamada e, constatando o número legal de jurados, declarou instalada a sessão (art.
463 do CPP), após ter verificado a presença de 16 (dezesseis) jurados que são:

1- DANIELLI GUIMARÃES SILVEIRA; 2- MARCOS MACHADO DE SANTANA; 3-


ALBERTO NOVAIS DE QUEIROZ; 4- DANIELA COSTA SANSÃO; 5- LUZIA
VITÓRIO; 6- ROSÂNGELA ALMEIDA MARINHO SOUZA; 7- PAULO CÉSAR
GONÇALVES; 8- JURANDY CONCEIÇÃO DA HORA; 9-ANA MARIA DE OLIVEIRA
URPIA; 10- DILZA RAMOS RODRIGUES; 11- PLÍNIO NÉRY BRUNELLI; 12-MARIA
Ni\
AMÉLIA DOS SANTOS RAMOS; 13- ANTÔNIO PASQUINHA DE MATOS; 14- ‘.5.
VÂNIA DE SOUZA NEVES; 15- SILVANA MARIA GRISI SARNO: e MARIA
AUXILIADORA CARTEADO LEAL.
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ARAIllA

Foi, então, declarada aberta a Sessão de Julgamento pelo MM. Juiz Presidente, que
fez nova verificação da urna, cumprindo o disposto no art. 467 do Código de
Processo Penal e anunciou que ia ser submetido a julgamento o processo penal n°
14777-91.2015.4.01.3300, em que é autor o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e réu
REINALDO CONCEIÇÃO, determinando ao Oficial de Justiça porteiro que
apregoasse as partes, a vítima e as testemunhas arroladas pela acusação e pela
defesa. Feito o pregão, confirmadas as presenças do Dr. Procurador da República,
do réu e de seus defensores, todos já nominados, da vítima DANIEL SODRÉ
BENÍCIO BALTHAZAR DA SILVEIRA, bem como das testemunhas DEILSON DE
JESUS BARRETO, HEMILTON HELIODORO GUNÇA DOS SANTOS, JOEIDSON
MARINHO BISPO e ANTÔNIO CARLOS AZEVEDO DOS SANTOS (também
arrolada pela defesa), arroladas pela acusação, e EDINALDO ALVES DA LUZ,
testemunha arrolada pela defesa.

Em seguida, as testemunhas foram recolhidas à sala própria, onde não podiam ouvir
os debates e as respostas uma das outras, tudo conforme certidão passada pelo
Oficial de Justiça porteiro.

Ato seguinte, o MM. Juiz Presidente fez aos jurados as advertências quanto a
impedimentos, suspeições, incompatibilidades legais e do dever de
incomunicabilidade, uma vez sorteados, nos termos do art. 466 do CPP,
procedendo, então, ao sorteio dos sete jurados para composição do Conselho de
Sentença, cumprindo o disposto no art. 467 do CPP, conforme termo nos autos. Na
medida em que as cédulas iam sendo retiradas da urna, uma a uma, o MM. Juiz
Presidente as lia em voz alta, sendo sorteados para composição do Conselho de
Sentença, respeitada a ordem em que foram aceitos ou recusados os seguintes
jurados: PAULO CÉSAR GONÇALVES (aceito pela acusação e pela defesa),
ROSÂNGELA ALMEIDA MARINHO SOUZA (aceita pela acusação e pela defesa),
LUZIA VITÓRIO (recusada pela defesa), VÂNIA DE SOUZA NEVES (recusada pela
defesa), JURANDY CONCEIÇÃO DA HORA (recusado pela acusação), DANIELA
COSTA SANSÃO (aceita pela acusação e pela defesa), ANTÔNIO PASQUINHA DE
MATOS (recusado pela acusação), ALBERTO NOVAIS DE QUEIROZ (aceito pela
acusação e pela defesa), PLÍNIO NÉRY BRUNELLI (mui embora tenha
comparecido em plenário, no momento em que foi sorte4e,o mais se encontrava

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no recinto, razão pela qual o MM. Juiz Presidente determinou a exclusão do seu
nome do rol de jurados sorteados, sem oposição da acusação e da defesa), MARIA
AUXILIADORA CARTEADO LEAL (aceita pela acusação e pela defesa), MARIA
AMÉLIA DOS SANTOS RAMOS (aceita pela acusação e pela defesa) e DANIELLI
GUIMARÃES SILVEIRA (aceita pela acusação e pela defesa).

Formado o Conselho de Sentença para esta sessão do julgamento, pelos


jurados PAULO CÉSAR GONÇALVES, ROSÂNGELA ALMEIDA MARINHO
SOUZA, DANIELA COSTA SANSÃO, ALBERTO NOVAIS DE QUEIROZ, MARIA
AUXILIADORA CARTEADO LEAL, MARIA AMÉLIA DOS SANTOS RAMOS e
DANIELLI GUIMARÃES SILVEIRA, o MM. Juiz Presidente tomou dos seus
integrantes o compromisso legal, conforme termo nos autos, para dar início à sessão
de julgamento do réu Reinaldo Conceição, sendo-lhes entregue cópias da sentença
de pronúncia, do acórdão e do relatório do processo, nos termos art. 472, parágrafo
único, do CPP. Em seguida, o MM. Juiz Presidente dispensou os demais jurados que
não integraram o Conselho de Sentença, esclarecendo que, se quisessem assistir ao
julgamento, poderiam fazê-lo.

O MM. Juiz determinou a intimação dos lurados ANTÔNIO RAMOS DE OLIVEIRA,


DALVA MARIA GUSMÃO MAGALHÃES e ADALFREDO DE FARIAS REGO para, no
prazo de 05 (cinco) dias, iustificarem o não comparecimento à presente Sessão.

Iniciou-se, então, a instrução com a oitiva da vítima DANIEL SODRÉ BENíCIO


BALTHAZAR DA SILVEIRA, que foi inquirida pelo Juízo, pelo MPF e pela defesa,
nessa ordem. Um dos jurados formulou pergunta. Após, as partes concordaram com
a dispensa da vítima.

Em seguida, foi ouvida a testemunha de acusação Deilson de Jesus Barreto. A


testemunha foi inquirida pelo Juízo, pelo MPF e pela Defesa, nessa ordem. Dois
jurados formularam perguntas. Após, as partes concordaram com a dispensa da
testemunha.

Após, foi ouvida a testemunha de acusação Hemilton Heliodoro Gunça dos Santos.
A testemunha foi inquirida pelo Juízo, pelo MPF e pela Defesa, nessa ordem. Os
jurados não formularam perguntas. Após, as partes concord o pensa da
testemunha.
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17 a VARA /U.A

Às 11h40, o MM. Juiz Presidente determinou a suspensão da sessão de julgamento


pelo período de vinte minutos. O julgamento prosseguiu às 12h, com a oitiva da
testemunha de acusação Joeidson Marinho Pinho.

Ato seguinte, foi ouvida a testemunha de acusação Joeidson Marinho Pinho. A


testemunha foi inquirida pelo Juízo, pelo MPF e pela Defesa, nessa ordem. Os
jurados não formularam perguntas. Após, as partes concordaram com a dispensa da
testemunha.

Em seguida, foi ouvida a testemunha arrolada pela acusação e pela defesa, Antônio
Carlos Azevedo dos Santos. A testemunha foi inquirida pelo Juízo, pelo MPF e pela
Defesa, nessa ordem. Os jurados não formularam perguntas. Após, as partes
concordaram com a dispensa da testemunha.

Após, foi ouvida a testemunha de defesa Edinaldo Alves da Luz. A testemunha foi
inquirida pelo Juízo e pela Defesa. O MPF não formulou perguntas. Os jurados não
efetuaram perguntas. Após, as partes concordaram com a dispensa da testemunha.

Às 12h40, o MM. Juiz Presidente determinou a suspensão da sessão de julgamento


pelo período de dez minutos.

O julgamento prosseguiu às 12h50, com o interrogatório do acusado, que foi


questionado pelo Juízo, pelo MPF e pela Defesa, nessa ordem. Os jurados não
efetuaram perguntas.

Às 13h17, o MM. Juiz Presidente determinou a suspensão da sessão de julgamento


pelo período de uma hora.

O julgamento prosseguiu às 14h38, com o início dos debates orais, tendo o MM. Juiz
Presidente esclarecido ao membro do MPF que a acusação teria o prazo de uma
hora e meia para a sua explanação, nos limites da pronúncia. Concluindo a
acusação, pugnou o Órgão Ministerial pela desclassificação do crime de homicídio
tentado (art. 121, capuz', c/c o art. 14, inciso II, ambos do Código Penal) para o delito
de lesão corporal de natureza grave (art. 129, §1°, inciso I, do Código Penal), com o
reconhecimento da agravante prevista no art. 61, inciso II, "g", do CP, encerrando a
explanação às 15h10.
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Ato seguinte, o MM. Juiz Presidente concedeu a palavra à defesa, esclarecendo que
os ilustres advogados teriam o prazo de uma hora e meia para sua explanação,
iniciada às 15h15. Fizeram uso da palavra os defensores do acusado requerendo a
absolvição, com o reconhecimento da excludente de legítima defesa, por estrito
cumprimento do dever legal, nos termos do art. 23, inciso III, do CP.
Subsidiariamente, pugnou pela desclassificação do delito de tentativa de homicídio
para o crime de lesões corporais, encerrando suas sustentações às 16h32.

A seguir, o MM. Juiz Presidente perguntou ao membro do Ministério Público Federal


se este usaria o seu direito de réplica, ao que foi respondido negativamente.

Concluídos os debates, indagou o MM. Juiz Presidente dos senhores jurados se


estavam habilitados a julgar a causa, ao que responderam positivamente.

Indagados, ainda, se necessitavam de outros esclarecimentos, nos termos do art.


480, § 10, do CPP, ao que responderam negativamente.

Declarou o MM. Juiz Presidente que iria organizar os quesitos, o que fez com a
observância do preceituado nos arts. 483 e 484, do CPP.

Elaborados os quesitos, sem impugnação das partes, o MM. Juiz declarou que o
Tribunal ia recolher-se à sala especial para a leitura dos quesitos e ulteriores
deliberações, para onde se dirigiu com os jurados integrantes do Conselho de
Sentença, o Procurador da República, o defensor do réu, comigo, Diretora de
Secretaria, bem como dos Oficiais de Justiça. Na sala especial, procedeu-se, então,
à votação dos quesitos propostos, cujas respostas foram dadas pelos jurados em
cédulas de papel opaco, contendo as palavras "sim" e "não", respeitando-se em tudo
o disposto nos arts. 486, 487 488 e 489 do CPP, conforme termo que foi lido e
assinado, tendo sido declarada pelo MM. Juiz Presidente cessada a
incomunicabilidade dos jurados, mantida integralmente até aquele momento,
conforme certidão dos oficiais de justiça juntada nos autos.

Voltando todos ao Salão, presente o réu, seus defensores e o Procurador da


República, o MM. Juiz Presidente informou que os jurados acolheram a tese da
acusação e da defesa, desclassificando o crime de homi entado para o crime
de lesões corporais, cessando a competência d,6TØl do júri. Dessa decisão, as

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T RIR UNÁL DO tf (LM-. FEDER
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partes foram intimadas e não recorreram.

Após, agradeceu a todos que colaboraram na realização desta sessão,


especialmente aos jurados, pelos relevantes serviços prestados à causa da Justiça,
e aos senhores Defensores do acusado e Procurador da República pela maneira
brilhante com que se houveram, bem como apresentou seus agradecimentos a todos
os servidores da Justiça Federal que trabalharam nesta oportunidade.

Tendo em vista a inexistência de crime doloso contra a vida reconhecida pelo Eg.
Conselho de Sentença, com a desclassificação para o crime de lesão corporal
culposa, nos termos do art. 492, §2°, do CPP, passou-se à análise de proposta de
transação penal.

O réu e seu Defensor aceitaram a proposta de transação penal formulada pelo MPF,
consistente na prestação de serviço comunitário pelo período de 03 (três) meses, à
razão de 04 (quatro) horas semanais, em entendida a ser designada pela CEAPA.

O MM. Juiz homologou a transação penal, presentes os requisitos legais, com o


devido registro para impedir o mesmo benefício no prazo de cinco anos e
determinando à secretaria o controle dos prazos ora ajustados, bem como
expedição de Ofício à CEAPA.

Para constar, foi lavrada esta ata que, lida e achada conforme, vai devidamente
jec; k
assinada. Eu, , Érika Lúcia de Carvalho Sá, Diretora de
Secretaria da 17a Vara Fe nminal, a lavrei e subscrevi. Dou Fé.

SWALDO SCARPA
MM. Juiz Presidente do Júri Federal

Dr. S CABU NACHEF JÚNIOR


MD. Procurad 3r da República
frite
Dr. CÉSA FARIA JÚNIOR Dra. C N ILVA BORGES
Defensor Público Federal Defensora Pública Federal

agla:t
REINALDO CONCEIÇÃO.,
Acusado
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