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ROTEIRO DOS TRABALHOS DO JÚRI

SAUDAÇÃO

JUIZ:

Excelentíssimos Senhores Jurados;

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Dr(a). Promotor(a) de Justiça;

Ilustríssimo Senhor Advogado do acusado;

Senhor acusado;

Senhores Serventuários da Justiça;

Senhores Policiais aqui presentes;

Demais presentes.

Vamos dar início aos trabalhos desta Sessão do Tribunal Popular do Júri da
Comarca de Buriticupu, no termo judiciário Bom Jesus das Selvas, no ano de 2023.
Agradeço a presença de todos, especialmente dos jurados, que vieram cumprir com
seu dever cívico.

A responsabilidade dos senhores é muito grande, por isso julguem de acordo


com o sentimento de justiça e da prova constante nos autos, e com certeza os
senhores estarão fazendo justiça nesta cidade.

Informo, ainda, aos presentes, demais membros da comunidade, que devem


se manter em silêncio, e evitar qualquer manifestação a favor ou contrária ao que se
passar nesta Sessão, sob pena de retirada imediata deste Plenário. Solicito, por fim,
que desliguem seus celulares ou os coloquem em modo silencioso.

JUIZ: Passarei agora à análise dos pedidos de isenção e dispensa de jurados,


conforme os artigos do CPP: Art. 442; Art. 443; Art. 448; Art. 254; Art. 255; Art. 256.

INDAGAÇÃO DIRETA AO ACUSADO

JUIZ: Senhor acusado, qual o seu nome completo, idade e quem é o seu
advogado?

TERMO DE AUSÊNCIA DO RÉU À AUDIÊNCIA

VERIFICAÇÃO DAS CÉDULAS

JUIZ: Dando prosseguimento a esta Sessão, primeiramente procederei à


verificação da urna, contendo as cédulas com os nomes dos vinte e cinco jurados
sorteados para servirem nesta sessão. Conforme o Art. 454, abri-se a urna, dela
retirando todas as cédulas relativas aos jurados presentes, fechando-a à chave.
Verifica-se se a urna contém o nome dos 25 jurados previamente sorteados para a
reunião periódica. Faz-se a leitura em voz alta, sem consistir em chamada, e confere
com o termo do sorteio.

TERMO DE VERIFICAÇÃO DAS CÉDULAS

Do ato será lavrado um Termo de Verificação das Cédulas, que será juntado
aos autos. É necessário que este termo seja assinado pelo Juiz, mas nada impede
que seja assinado também pela Promotoria e pela Defesa.

CHAMADA DOS JURADOS

JUIZ: Determino ao senhor escrivão que proceda à chamada nominal dos


senhores jurados. Ao tempo em que seus nomes forem chamados, cada um deve
responder "PRESENTE". O escrivão fará a chamada dos 25 jurados presentes.

Substituo a lavratura do TERMO de comparecimento dos jurados pela


consignação em Ata.

JUIZ: Determino que as cédulas contendo os nomes dos jurados que


responderem “presente” sejam colocadas de volta na urna, e as correspondentes
aos faltantes fiquem separadas, com seus nomes anotados conforme os Art. 442,
Art. 463, §2º, e Art. 442 do CPP.

COMPARECIMENTO DE 15 JURADOS OU MAIS

JUIZ: "Havendo número legal de jurados presentes (15 ou mais), declaro


instalada a sessão do Tribunal do Júri", conforme o Art. 463.

JUIZ: "Farei nova revisão da urna que contém as cédulas com os nomes dos
jurados sorteados, delas separados os faltosos". De forma pública e solene, o Juiz
abrirá a urna e dela retirará todas as cédulas (já excluídas as dos faltosos) e, a
seguir, lerá o nome dos jurados um a um, constantes dela, em voz alta, colocando
as dos jurados presentes de volta na urna, fechando-a novamente à chave. As
cédulas dos jurados ausentes ficarão separadas. Após a revisão da urna, o Juiz
informará: "Procedi à revisão da urna e verifiquei que dela constam as cédulas com
os nomes dos senhores jurados presentes".

PROCESSO A SER JULGADO

JUIZ: Será submetido a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri, na presente


Sessão, o Processo nº xxxxx, que a Justiça Pública move contra o(a) réu/
acusado(a) xxxxx, por suposto delito do yyyyy, praticado contra zzzz.

APREGOAR PARTES E TESTEMUNHAS

JUIZ: Determino ao Sr. Porteiro dos auditórios que apregoe as partes e


testemunhas porventura arroladas, que deverão depor em plenário.

PORTEIRO: O Oficial de Justiça que estiver servindo de porteiro dos


auditórios, em voz alta, fará este pregão: "Autora: Justiça Pública, Réu, Promotor de
Justiça, Testemunhas".
Substituo a CERTIDÃO do pregão e, ao final, Certidão de incomunicabilidade
pela consignação em ATA.

O Porteiro dos auditórios passará uma certidão desse ato que será
consignada em ATA, conforme os Art. 463, parágrafo 1º, Art. 571 e Art. 572 do CPP.

FALTA DE QUALQUER TESTEMUNHA

JUIZ: Caso alguma testemunha não compareça, será determinado o seu


imediato comparecimento, mediante condução coercitiva, caso seja necessário,
conforme os Art. 458 e Art. 461.

RECOLHIMENTO DAS TESTEMUNHAS EM LOCAL RESERVADO

JUIZ: Antes de ser constituído o Conselho de Sentença, determino ao Sr.


Oficial de Justiça que recolha as testemunhas a serem inquiridas em plenário em
uma sala própria, de modo que não possam elas ouvir os depoimentos das outras,
conforme o Art. 455.

SORTEIO DOS JURADOS

ADVERTÊNCIA SOBRE OS QUE NÃO PODEM SERVIR NO MESMO


CONSELHO

JUIZ: Antes de proceder ao sorteio, advirto aos senhores jurados sobre os


impedimentos, incompatibilidades e suspeições, conforme os Art. 448, Art. 449, Art.
450, Art. 252 e Art. 254 do CPP.

JUIZ: O jurado deverá declarar-se impedido no momento em que for lido o


seu nome. A suspeição dos jurados deverá ser arguida oralmente, decidindo de
plano o Presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo acusado, não
for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata, conforme o Art. 106 do
CPP.

JUIZ: Advirto, ainda, que os senhores jurados, uma vez sorteados, não
poderão comunicar-se entre si e com outrem, nem manifestar sua opinião sobre o
processo, sob pena de exclusão do Conselho e multa, na forma do §2º do Art. 436
deste Código. Conforme o Art. 466, § 1º do CPP, poderão sempre dirigir a palavra a
este Magistrado.

Os jurados suspeitos ou impedidos são computados para a constituição do


número legal de 25, conforme o Art. 463, § 2º e Art. 436, § 2º.

FALTA DE NÚMERO LEGAL FACE ÀS SUSPEIÇÕES E RECUSAS

JUIZ: Caso ocorra falta de número legal de jurados em razão das suspeições
e recusas, será convocado um novo júri para a mesma data, hora e local, conforme
o Art. 471.

SORTEIO DOS JURADOS PARA FORMAÇÃO DO CONSELHO


JUIZ: Passaremos à composição do Conselho de Sentença. O Juiz retira uma
cédula da urna e lê o nome do jurado sorteado e pede a ele que se levante. Em
seguida, dirá:

JUIZ: Diga a defesa.

A defesa responde: aceito ou recuso.

JUIZ: Diga a acusação:

A acusação responde: aceito ou recuso.

A defesa e a acusação poderão recusar o jurado sorteado até três vezes cada
uma, sem dar os motivos da recusa. Excedido o número legal de recusas, a recusa
deverá ser motivada oralmente, conforme o Art. 468 e parágrafo único do CPP.

ESGOTADO O NÚMERO DE RECUSAS PARA CADA PARTE

JUIZ: Está esgotado para a acusação (ou para a defesa), a faculdade de


recusar sem motivação.

Art. 469.Art. 470.

AVISO DOS JURADOS

JUIZ: Comunico aos jurados que não poderão fumar, mas se necessitarem de
alguma coisa ou ausentarem-se da sala por alguns instantes, deverão chamar um
Oficial de Justiça, que os acompanhará.

FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA

JUIZ: Levantem-se todos.

JUIZ: Senhores jurados, “em nome da lei, concito-vos a examinar com


imparcialidade esta causa e a proferir a vossa decisão, de acordo com a vossa
consciência e os ditames da Justiça”. (art.472).

JUIZ: Senhores jurados _____________, respondam comigo: “Assim o


prometo”. (art. 472).

DISPENSA DE JURADOS

JUIZ: Podem sentar-se. Estão por hoje dispensados os senhores jurados não
sorteados para este Conselho de Sentença, mas ficam intimados a comparecerem a
sessão do dias 00000, às 00000, neste mesmo local.

TERMO de compromisso OK

JUIZ: Determino ao Sr. Oficial de Justiça que colha as assinaturas dos


senhores jurados sorteados, no respectivo TERMO de compromisso. Determino
ainda que sejam distribuídas aos senhores jurados cópias da pronúncia e das
decisões posteriores que julgaram admissível a acusação e do relatório do processo.
(art. 472, parágrafo único).

JUIZ: Senhoras e senhores desliguem seus celulares ou os coloquem em


modo silencioso. Oficial, recolha os celulares dos jurados, devidamente desligados.
(Cuidado para identificar os aparelhos recolhidos) (Aguardar a leitura das peças –
pronúncia, decisão do TJ e relatório)

OITIVA DA VÍTIMA E TESTEMUNHAS

Verificar procuração ou nomeação dos advogados

JUIZ: Determino ao Sr. Oficial de Justiça que conduza a vítima ao plenário.

JUIZ: Determino ao Sr. Oficial de Justiça que conduza a primeira testemunha


arrolada pela acusação, ao Plenário.

Art. 473.Art. 202. Art. 203. Art. 204. Art. 205.

IMPORTANTE: Findo o relato de cada testemunha o juiz presidente indagará


se todos os presentes interessados a DISPENSAM (primeiro, consulta a parte que a
arrolou; em seguida, a parte contrária; ao final os jurados) p 180

TESTEMUNHAS QUE PODERÃO RECUSAR-SE

A estas não será deferido o compromisso legal.

Art. 206. Art. 207. Art. 208. Art. 209. Art. 210.

CONTRADITA DE TESTEMUNHA

Art. 214.

Segundo Nucci: “Após a qualificação da testemunha, a parte interessada


solicitará a palavra, pela ordem, ao juiz para manifestar a sua impugnação, que será
devidamente reduzida a termo. Em seguida, o magistrado, em homenagem ao
contraditório, ouve a parte contrária. Passa, então, a indagar da testemunha, a
respeito dos fundamentos da contradita realizada Se a pessoa confirmar os dados
que impugnam seu depoimento o juiz a afastará (art. 207, CPP) ou colherá seu
depoimento sem o compromisso (art. 208, CPP) (Ver pág 478 Manual PP e EP)

FORMA DE INQUIRIÇÃO

Art. 212. Art. 213.

DISPENSA DE INQUIRIÇÃO

Segundo Nucci: É preciso que o magistrado consulte o assistente de


acusação, se houver. A defesa e os jurados se concordam com a referida
desistência. Igual procedimento será adotado para a testemunha arrolada pelo juízo
ou pela defesa.
LEITURA DE DOCUMENTO EM PLENÁRIO

JUIZ: Não havendo testemunhas arroladas (OU JÁ TENDO SIDO


INQUIRIDAS) eu indago às partes e aos senhores jurados se desejam a leitura de
peças, esclarecendo que somente podem ser lidas em plenário as peças que se
refiram, exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas
cautelares, antecipadas ou não repetíveis. (art. 473, § 3º)

INTERROGATÓRIO DO RÉU

JUIZ: Na forma do artigo 474 do Código de Processo Penal, passarei ao


interrogatório do réu, que deve se levantar. (arts. 185 a 196)

JUIZ: Advirto o réu que, embora não esteja obrigado a responder às


perguntas que lhe forem formuladas, esta é a oportunidade de se exercer a sua
autodefesa.

Art. 474. Art. 187. Art. 190.

INÍCIO DOS DEBATES – ACUSAÇÃO

JUIZ: Não tendo sido arroladas testemunhas para deporem em plenário, já


tendo sido realizado o interrogatório do réu, determino seja a causa debatida pelas
partes, com fundamento no exame e valor da prova produzida, pelo que dou a
palavra ao Exmo. Sr. Dr. Promotor de Justiça, pelo espaço de tempo de uma hora e
meia.

Art. 477. Art. 478. Art. 497. XII

DEBATES – DEFESA

JUIZ: Tem a palavra, pelo espaço de tempo de uma hora e meia, o Exmo. Dr.
Defensor do Réu, para produzir sua defesa.

RÉPLICA

JUIZ: Quer o Exmo. Sr. Dr. Promotor de Justiça usar da faculdade da réplica?

JUIZ: Tem Vossa Exa. Uma hora para réplica.

TRÉPLICA

JUIZ: Quer o Exmo. Sr. Dr. Advogado do Réu usar da faculdade da tréplica?

JUIZ: Tem Vossa Exa. Uma hora para tréplica.

Art. 478. Art. 479.

CONCLUSÃO DOS DEBATES

JUIZ: Estão os senhores habilitados a julgar ou precisam de mais


esclarecimentos? Querem os senhores Jurados manusear os autos, ou os
instrumentos do crime? (art. 480, CPP).
Art. 480 - § 2º

FORMULAÇÃO DOS QUESITOS

O Juiz já os deve ter formulado com base nos termos da pronúncia ou das
decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das
alegações das partes, caso contrário suspenderá a sessão para os redigir. Se
suspender, advertirá os jurados sobre a incomunicabilidade, entre si e terceiros,
sobre o caso.

O Juiz poderá discutir com o Promotor e Defensor sobre os quesitos.

Art. 482. Art. 483.

LEITURA E EXPLICAÇÃO DOS QUESITOS

JUIZ: Passarei a ler os quesitos que serão postos em votação na sala secreta.

(A medida que os ler, irá dando o significado legal de cada um) – art. Art. 484,
parágrafo único do CP).

Art. 484.

APÓS LEITURA DOS QUESITOS

JUIZ: Tem o Exmo. Sr. Promotor de Justiça requerimento ou reclamação a


fazer acerca dos quesitos formulados?

JUIZ: Tem o Exmo. Sr. Dr. Defensor requerimento ou reclamação a fazer


acerca dos quesitos formulados?

JUIZ: Querem os Srs. Jurados alguma nova explicação sobre os quesitos


formulados?

(Quaisquer requerimentos ou reclamações não atendidos deverão constar da


ata, art. 484 do CPP).

DESLOCAMENTO PARA A SALA SECRETA

JUIZ: Vai se proceder ao julgamento. Determino que o réu seja conduzido ao


local próprio (e os circundantes a que deixem a sala, se não houver sala secreta). -
art. 485.

JUIZ: Convido os senhores Jurados, o Sr. Escrivão, Oficiais de Justiça, Exmo.


Dr. Promotor, Exmo. Dr. Defensor e assistentes a se dirigir à sala secreta.

Art. 485.

MODO DE VOTAR
Um Oficial de Justiça distribuirá aos jurados duas cédulas para cada um,
contendo uma a palavra SIM e a outra NÃO. (art. 486).

JUIZ: Os senhores jurados irão, agora, votar o primeiro quesito que irei ler.
(art. 486).

Deverá ser explicado, nesse momento, o significado do voto SIM e do voto


NÃO.

Art. 486.

RECOLHIMENTO DOS VOTOS

Já tendo sido distribuídas as cédulas e lido o quesito, o Oficial de Justiça


(Oficial Voto), com uma urna, recolherá um a um os votos. Após, outro Of. De Justiça
(Oficial Descarga), em sentido inverso, recolherá as cédulas não utilizados.

Esse procedimento deverá ser até o último quesito. As cédulas restantes


(Oficial Descarga) igualmente deverão ser recolhidas dobradas, para que não seja
quebrado o sigilo do voto.

Art. 487.

VERIFICAÇÃO DOS VOTOS

Após a votação, o Juiz verificará os votos e as cédulas não utilizadas, tudo em


voz alta, como se estivesse fazendo a apuração de uma eleição comum.

JUIZ: Sr. Escrivão registre o resultado em termo especial em que sejam


declarados os votos afirmativos e os votos negativos (art. 488).

Art. 488. Art. 489. Art. 491.

REPETIÇÃO DA VOTAÇÃO DOS QUESITOS

Art. 490.

LAVRATURA DA SENTENÇA

A Sentença será fundamentada quanto a graduação da pena, indicando como


a individualizou, o mesmo devendo fazer, dando sua motivação, no caso de
aplicação da pena acima do mínimo legal.

Art. 492.
LEITURA DA SENTENÇA

Retornando ao plenário, o Juiz franqueará a entrada na sala do Tribunal (se


tiverem sido retirados) e determinará:

JUIZ: Todos de pé:

Procederá, ele próprio, a portas abertas e de modo solene, à leitura da


sentença (art. 493).

LEVANTAMENTO DA SESSÃO

JUIZ: Não havendo mais processos a serem julgados na presente sessão


periódica do Júri, dou os trabalhos por encerrados, agradecendo a todos os
senhores jurados sorteados, o atendimento ao chamado deste Juízo para prestarem
seus relevantes serviços à justiça e dou por encerrada a presente sessão.

HAVENDO MAIS PROCESSOS A SEREM JULGADOS

JUIZ: Havendo mais processos a serem julgados, a presente sessão periódica


do Tribunal do Júri desta Comarca terá prosseguimento dia 14/03/2013, às 08:30
horas, neste mesmo local, pelo que convoco senhores jurados sorteados para
comparecerem naquele horário.

Por hoje, agradeço a presença de todos e de um modo especial aos senhores


jurados que compuseram o Conselho de Sentença e aos e Exmos. Drs. Promotor
Público e Advogado da Defesa e seus assistentes, e dou por levantada a presente
sessão.

LAVRATURA DA ATA DA SESSÃO

O Escrivão lavrará a ata de sessão de julgamento, que será assinada pelo


Juiz e pelo Promotor de Justiça e advogados de defesa (art. 494).

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