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Objetivos da Unidade:
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ʪ Material Teórico
Trata-se da fase processual em que o Estado faz valer a pretensão executória da pena, tornando
efetiva a punição do agente e buscando a concretude das finalidades da sanção penal (NUCCI,
2022, p. 17).
Nessa fase (execução da pena), já existe uma sentença penal condenatória e o réu foi
considerado culpado, tendo sido estabelecida a pena que deverá ser cumprida por ele, nos
termos da legislação vigente.
“Art. 1º. A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou
No Código de Processo Penal (CPP), alguns aspectos são aplicados na execução penal (Arts. 696
até 779). Portanto, para uma boa atuação na fase de execução penal, deve sempre se valer destas
três leis:
Compete, de forma concorrente, à União, Estados e Distrito Federal legislar sobre a matéria
(BRASIL, 1988).
Para os operadores do direito que atuam na área de execução penal no Estado de São Paulo, é
imprescindível o conhecimento do Regimento Interno Padrão das Unidades Prisionais do
Estado de São Paulo, instituídas pela Resolução SAP – Secretaria de Administração Penitenciária
- 144 de 29/06/2010.
Nos demais estados, os profissionais atuantes na fase de execução penal deverão conhecer o
Regimento Interno Padrão do Estado em que o sentenciado está preso.
Competência
A competência do Juiz da execução começar com o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória, sendo determinada pelas leis de Organização Judiciária de cada Estado.
Aliás é o que está previsto na LEP, em seu artigo 65: “A execução penal competirá ao Juiz
indicado na lei local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da sentença” (BRASIL, 1984,
n.p.).
Em regra, a competência será do juiz da Vara das Execuções Criminais, exceto em tratando-se de
Vara Única, que será do próprio juiz que prolatou a sentença.
“I – aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o
condenado;
II – declarar extinta a punibilidade;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
V – determinar:
Competência Territorial
A competência territorial é definida pelo local de prisão, mas se o sentenciado foi preso em
diversas comarcas, onde tramitará a sua execução? A execução terá andamento na comarca em
que estiver preso, não importando em que comarca tenha sido processado e condenado.
Quando o sentenciado for removido para um presídio que fica em outra comarca, o processo
também é enviado para essa comarca. Se ainda não foi expedida a guia de recolhimento (mesmo
que provisória), ainda não há processo de execução.
Portanto, primeiro, o Juiz da Vara em que foi processado deve expedir a guia de recolhimento
para a Vara das Execuções. Só assim será possível ao Juiz das Execuções Criminais dar
andamento ao pedido de progressão, livramento condicional, etc.
Saiba Mais
No Estado de São Paulo, algumas unidades prisionais não possuem
Vara de Execução na própria Comarca, sendo a competência destas
definidas pelo Conselho Superior da Magistratura do Tribunal de
Justiça de São Paulo.
Figura 2 – Prisão
Fonte: Getty Images
Legitimidade
O pedido de benefício deverá, preferencialmente, ser formulado por advogado. Isto porque só ele
tem condições técnicas de avaliar o seu cabimento. A lei exige que em todos os presídios haja
assistência judiciária gratuita.
O sentenciado não pode votar e ser votado no período de cumprimento de pena, mesmo que
esteja em regime aberto, já o preso provisório pode votar e ser votado.
Execução Provisória
Diante da demora do julgamento definitivo de processos com réus presos, admite-se a execução
provisória, destinada ao preso provisório cuja custódia advém de prisão cautelar decretada por
força de condenação recorrível.
De acordo com a LEP: Art. 2º, Parágrafo único: “Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso
provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento
sujeito à jurisdição ordinária” (BRASIL, 1984, n.p.), cabível tanto em pendência de recurso da
defesa ou da acusação.
Está prevista também na Resolução n.º 113 de 20/04/2010 – Conselho Nacional de Justiça:
“Art. 8º. A guia de Recolhimento Provisória será expedida ao Juiz da Execução
Importante!
Admite-se a progressão de regime durante a progressão provisória da
sentença?
Súmula n.º 717 do STF: não impede a progressão de regime de execução da pena,
fixada em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em
prisão especial.
Nos casos descritos, quando determinada a prisão, o juiz do processo de conhecimento, após o
cumprimento do mandado de prisão, expede uma Guia de Recolhimento para ser encaminhada
a Vara de Execuções Criminais competente.
Guia de Recolhimento
Você sabe o que é uma guia de recolhimento? Guia de recolhimento é o documento que
materializa o título executivo judicial e que contém todas as informações do réu e do processo
criminal que ensejou a condenação. Ela vem acompanhada pelas principais peças do processo
criminal: flagrante, denúncia, interrogatório e sentença.
Inicia-se o processo de execução da pena privativa de liberdade, e sem esta guia a execução não
autuada.
Há duas espécies de guia de recolhimento:
Requisito Subjetivo: é o mérito, ou seja, é preciso ter boa conduta carcerária; exercer
atividade laborterápica (trabalhar), que é, além de tudo, um direito; ter controlada a
agressividade e a impulsividade etc. Demostrar, enfim, que está apto a retornar à
sociedade. É feito pelo Boletim Informativo.
A autuação e a tramitação do PEP deverão observar as disposições contidas na Resolução n.º 113
do Conselho Nacional de Justiça.
Mesmo nas varas criminais com competência concorrente em execução penal, havendo
condenação e expedição da guia de recolhimento, o processo de conhecimento deverá ser
arquivado e o cartório deverá instaurar um novo processo, específico para a execução da pena.
Ainda, uma via da guia de recolhimento deverá ser remetida à autoridade penitenciária,
conforme determinação contida na Resolução acima mencionada.
Chegando processo de execução de outra unidade judiciária, deverá o mesmo ser apensado ao
PEP. Tratando-se de processo eletrônico, os autos recém-chegados deverão ser digitalizados.
Incidentes de Execução
Deverão ser autuados separadamente e em apenso ao PEP. Se o processo for eletrônico,
constarão todos os incidentes relativos à execução e pedidos de benefícios.
Existirão tantos apensos (incidentes) quantos forem os pedidos, mas sempre havendo um
único apenso ativo para cada natureza de pedido.
São exemplos de incidentes ou pedidos que deverão ser autuados como Incidentes de Execução:
progressão de regime;
livramento condicional;
indulto ou comutação;
remição de penas;
reconhecimento de homonímia;
autorização de trabalho/estudo;
conversões;
anistia e indulto;
extinção da punibilidade;
unificação de pena.
Remição: o preso terá direito de descontar um dia de sua pena em face ao trabalho,
estudo ou leitura. É necessário juntar atestados de atividade laborterápica (atestado
do trabalho realizado);
Trocando Ideias...
Pois bem. Você aprendeu quais são os benefícios requeridos durante a
execução penal. Agora, vamos aprender especialmente duas delas: A
Progressão de Regime e o Livramento Condicional. Vamos lá?
Progressão de Regime
Estabelecido o regime fechado inicial (presídio de segurança máxima), o condenado tem direito
a, cumprido o prazo previsto no art. 112 da Lei de Execução Penal nesse regime, pleitear a
progressão para o semiaberto (colônia penal agrícola ou industrial) (NUCCI, 2022). Se houver
merecimento, o magistrado autorizará a transferência do regime fechado para o semiaberto.
Após, cumprido mais um período, conforme previsto em lei, o condenado poderá requerer a
transferência ao regime aberto (casa do albergado). Assim, a Progressão de regime é a
transferência do preso de um regime mais rigoroso para outro mais brando.
Os §§ 3.º e 4.º do art. 112 da LEP, por sua vez, fazem a seguinte previsão:
“No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
III – ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
Fundamento Legal
O fundamento legal do pedido de progressão de regime está previsto no Art.112 da LEP
Requerimento do advogado;
Requerimento do MP;
Requisitos da Progressão
Requisitos Objetivos
Refere-se ao quantum de cumprimento de pena:
“I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime
tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de
crime hediondo ou equiparado, se for primário;
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de
crime hediondo ou equiparado;
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime
hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.”
Requisitos Subjetivos
Refere-se ao mérito do condenado, onde o condenado deve apresentar boa conduta carcerária,
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
A Súmula 439 do STJ prevê admissão do exame criminológico pelas peculiaridades do caso,
desde que em decisão motivada.
Decisão de Concessão ou
Indeferimento da Progressão Deve
ser Motivada
A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor; procedimento que também será adotado na
concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos
previstos nas normas vigentes.
No aberto, a pena deve ser cumprida em casa de albergado. Nessa condição, ele pode deixar o
local durante o dia e deve retornar à noite. Na falta de casa de albergado, pode ser transferido
para local adequado, como, por exemplo, a residência do preso.
Conforme a Súmula Vinculante 56, “a falta de vagas em estabelecimento prisional não autoriza a
manutenção do preso em regime mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os
parâmetros do Recurso Extraordinário 641.320” (BRASIL, 2016, n.p.).
O STJ firmou entendimento de que é inadmissível a chamada progressão per saltum de regime
prisional, nos termos da Súmula 491.
“40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de
50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: condenado pela prática de
crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o
livramento condicional, ou condenado por exercer o comando, individual ou
coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou
equiparado; ou condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime
hediondo ou equiparado;
70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo
ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.”
A regressão pode ocorrer por salto, por exemplo: transferir de regime aberto para o fechado.
Veja-se, entretanto, que não é possível regredir o preso que já está no regime fechado, que é o
mais rigoroso existente, e que venha a cometer falta grave.
O prazo, entretanto, deve ser contado com base no tempo remanescente de pena, e não no
tempo total imposto na sentença.
Desta forma, o cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade
interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em
que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente,
vide artigos 50 a 52 da LEP.
As hipóteses de falta grave encontram-se descritas no Art. 50 da Lei de Execuções Penais, como,
por exemplo, fuga, posse de arma ou de telefone celular dentro do presídio, etc.
Conforme já estudado, determinadas espécies de falta grave, como, por exemplo, integrar
organização criminosa no interior do presídio, podem também levar o juiz a decretar o regime
disciplinar diferenciado.
Agora, vamos aprender como elaborar uma peça prática de progressão de Regime?
Importante!
O pedido de progressão de regime deve ser efetuado ao juiz da
execução. Trata-se de um simples requerimento, no qual o advogado
deve comprovar que o sentenciado preenche os requisitos objetivos (ou
seja, que cumpriu a porcentagem de pena determinada em lei) e,
também, os requisitos subjetivos (ou seja, que possui boa conduta
carcerária).
Preâmbulo: (a) A peça deve iniciar com o nome e qualificação do requerente (não
precisa da qualificação completa, pois não é peça inicial, ou seja, colocar “já
qualificado”); (b) capacidade postulatória (por seu advogado .....); (c) fundamento
legal (com fundamento nos artigos 66, III, “b” e do Art. 112, ambos da Lei de
Execução Penal; (d) nome da peça (requerer a Progressão de regime); (e) frase final,
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
Dos fatos: narrar a infração penal praticada, sem inventar dados, e o andamento
processual até o momento do pedido da progressão de regime;
Do pedido: deverá requerer a progressão de regime mais grave para o regime mais
brando;
Progressão de Regime.docx
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Livramento Condicional
Trata-se da antecipação provisória da liberdade concedida, sob certas condições, ao condenado
que está cumprindo pena privativa de liberdade.
O livramento condicional ocorre após parte da pena já ter sido cumprida, e seu tempo de duração
corresponde ao restante da pena que estava sendo executada.
Fundamento Legal
O livramento condicional está previsto nos Arts. 83 a 90 do CP e Arts. 131 a 146 da LEP.
Definição
Livramento condicional é o benefício que consiste na soltura antecipada do executado, mediante
o preenchimento de determinadas condições.
Natureza Jurídica
É direito subjetivo do acusado. Busca-se a ressocialização, possibilitando ao executado que
possua bom comportamento carcerário, a liberação antecipada, sendo que, durante o restante
da pena, deverá se comportar de forma a não ter o benefício revogado e cumprir determinadas
condições.
Período de Prova
Conta-se do tempo restante de pena a cumprir, contado desde quando foi concedido o benefício.
Espécie da Pena
A pena deve ser privativa de liberdade, se crime: reclusão ou detenção; se contravenção penal:
prisão simples.
Quantidade da Pena
A pena privativa de liberdade imposta ao condenado, a qual se encontra em sede de execução,
deve ser igual ou superior a 2 anos.
III – comprovado:
V – cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico
de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes
dessa natureza.
Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou
grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à
constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a
delinquir.”
Requisitos Objetivos
Crime hediondo ou equiparado, desde que não seja reincidente específico: 2/3 da
pena.
Ou seja, exige-se o cumprimento de determinado lapso temporal da pena, isto é, de determinada
fração da pena privativa de liberdade imposta ao condenado.
Vamos relembrar?
3 Ter reparado o dano causado pela infração, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo.
O condenado deve reparar o dano. Se não for possível a reparação deverá comprovar
porque não o fez.
Requisitos Subjetivos
Não bastam os requisitos objetivos para a concessão do livramento condicional, é necessário,
ainda, o atendimento de requisitos subjetivos legalmente previstos e atinentes à pessoa do
condenado, são eles:
Não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses: é verificado junto ao
presídio se condenado não possui falta grave nos últimos 12 meses;
Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará mais a delinquir: essa constatação deve ser realizada por uma
Comissão Técnica de Classificação, responsável pela
elaboração e fiscalização do programa de individualização da
execução penal. A análise é efetuada com o propósito de
constatar se, em razão das condições pessoais, não há
probabilidade de reincidência pelo condenado. É obrigatório
para crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa, porém, facultativo para os demais delitos;
Não ser reincidente específico em crimes hediondos ou assemelhados: o réu,
reincidente específico, pela prática de delitos hediondos ou
equiparados, tem vedado o benefício do livramento
condicional, tendo que cumprir a pena a ele imposta, de forma
integral.
É necessário mencionar que a Lei n.º 13.964/19 alterou o artigo 112, VI, “a” e o VIII da Lei de
Execução Penal (LEP), que tornou vedado o livramento condicional para condenados por crime
hediondo ou equiparado, com resultado morte (Lei 7210/84).
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o
preso tiver cumprido ao menos:
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime
hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.”
Art. 84. As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do
livramento.
Sendo assim, aquelas penas que já transitaram em julgado, para efeito de aplicação do benefício,
devem ser somadas.
Condições do Livramento Condicional
O livramento, como o próprio nome diz, é condicional, o que acarreta ao condenado cumprir
determinadas condições. Desta forma, durante o tempo que resta cumprir da pena, o condenado
que obteve livramento ficará sujeito ao cumprimento das condições definidas.
O artigo 132 da LEP dispõe que o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o
livramento, e arrola, em seus parágrafos, quais são condições obrigatórias, e quais são
facultativas.
Revogação Obrigatória
Condenação irrecorrível por crime ou contravenção a pena que não seja privativa de
liberdade.
Segundo o artigo 140, parágrafo único da LEP, mantido o livramento condicional, na hipótese da
revogação facultativa, o Juiz deverá advertir o liberado ou agravar as condições.
Extinção
“Art. 89. O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado
Art. 90. Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a
pena privativa de liberdade.”
Não dando causa à revogação do livramento e não sendo caso de prorrogação, ao término do
período de prova está extinção a pena.
Logo depois, será designada uma solenidade, uma data para a cerimônia do livramento
condicional, que será realizada no dia marcado pelo presidente do Conselho Penitenciário no
estabelecimento onde está sendo cumprida a pena, cuja sentença será lida abertamente para o
liberando, na presença dos demais condenados, pelo presidente do Conselho Penitenciário ou
por um membro por ele designado, de acordo com o Art. 137, I da LEP.
O objetivo desta solenidade é mostrar ao liberando que ele conquistou antecipadamente o seu
direito de retornar a sociedade, para ressocializar-se plenamente em comunidade, no seio
familiar e gozando da totalidade da sua dignidade. Ao mesmo tempo, estimulando os demais
condenados, através do exemplo da cooperação, ressocialização e bom comportamento no
sistema carcerário, que também, poderão ser beneficiados pelo livramento.
Livro
Prática Penal para o Exame da OAB
MESSA, A. F. Prática penal para o exame da OAB. 13ª edição. Editora
Saraiva, 2021. p. 177.
Necessidade de Parecer do Conselho Penitenciário
Há dois posicionamentos:
1 É necessário, porque:
2 Não é necessário
Endereçamento: juiz da execução federal ou estadual, nos termos do art. 66, inciso
III, e da LEP;
Fundamento legal da peça prática: você deve fundamentar a peça prática no artigo
83 do CP e no Art. 131 da Lei de Execução Penal;
Parte final: termos em que, pede deferimento; local e data e Nome do advogado e
OAB.
Importante!
A seguir é possível realizar o download de um modelo de modelo de
livramento condicional.
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ʪ Referências
BRASIL. Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em:
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Acesso em: 24/03/2023.
BRASIL. Lei n.º 7.210, de 11 de julho de 1984. Lei de Execução Penal. Disponível em:
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BRASIL. Lei n.º 8.072, de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do
art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Disponível em:
<https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=26&sumula=3352>. Acesso
em: 24/03/2023.
BRASIL. Lei n.º 10.792, de 1 de dezembro de 2003. Altera a Lei n.º 7.210, de 11 de junho de 1984.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.792.htm>. Acesso em:
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BRASIL. Aplicação das Súmulas no STF. Supremo Tribunal Federal. 2003. Disponível em:
<https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=30&sumula=2499>. Acesso
em: 24/03/2023.
BRASIL. Lei n.º 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre a
investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o
procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm>. Acesso em:
24/03/2023.
BRASIL. Súmula Vinculante 56. Supremo Tribunal Federal. 2016. Disponível em:
<https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=26&sumula=3352>. Acesso
em: 24/03/2023.
BRASIL. Lei n.º 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual
penal. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
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DEZEM, G. M. et al. Prática Jurídica – Penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
Gloeckner, R. J. Nulidades no processo penal. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. (e-book).
LOPES Jr., A. Direito processual penal. 15. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (e-book).
MARCÃO, R. Curso de processo penal. 4. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (e-book).
NUCCI, G. S. Curso de direito processual penal. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2022. (e-book).
PACELLI, E. Curso de processo penal. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2018. (e-book).
RANGEL, P. Direito processual penal. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2019. (e-book).