Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POSICIONAMENTO DINÂMICO
Engenharia Oceânica.
Rio de Janeiro
Setembro de 2011
TÉCNICA DE CONTROLE ROBUSTO H∞ APLICADA A UM SISTEMA DE
POSICIONAMENTO DINÂMICO
OCEÂNICA.
Examinada por:
SETEMBRO DE 2011
Fontenelle, Bruno Mastrangelo
iii
A minha esposa Flavia, meus
pais Antonio e Ana Lucia, e
minha irmã Beatriz
iv
Agradecimentos
A meus pais, pela educação que me foi dada e pelo apoio constante em todas as
minhas decisões.
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
POSICIONAMENTO DINÂMICO
Setembro/2011
de Posicionamento Dinâmico.
lador gerado.
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulllment of the
POSITIONING SYSTEM
September/2011
The present work deals with research and development topics related to Dynamic
Positioning Systems.
Robust control technique, more specically H∞ , have been used as tool for the
pable of controlling the position and heading of a ship has been developed.
this simulation. The ship's behavior under the forces of wind and current actuating
during operation, were inserted into the program, using hydrodynamics theory as
basis.
Some cases have been proposed to be tested and their results were presented.
These results have been analyzed, conrming the expectation of good performance
vii
Sumário
Lista de Figuras xi
Lista de Tabelas xiv
1 Introdução 1
1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Revisão Bibliográca 5
2.1 Sistemas de Posicionamento Dinâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.6 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.1.2 Estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
viii
5 Modelagem Matemática 30
5.1 Dinâmica do Navio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.3.3 Momento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6 Estrutura da Simulação 40
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
7 Conclusões Gerais 71
7.1 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Referências Bibliográcas 73
ix
A Controlador Gerado 78
x
Lista de Figuras
m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
nizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
devido ao Vento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
xi
6.13 Movimento da Embarcação em Sway - Caso A2 . . . . . . . . . . . . 54
xii
6.52 Movimento da Embarcação em Sway - Caso G1 . . . . . . . . . . . . 67
xiii
Lista de Tabelas
xiv
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
:= - por denição
≡ - equivalente
≈ - aproximadamente
≽ - semidenida positiva
7−→ - implica em
⇐⇒ - se e somente se
In - matriz identidade n × n
0n - matriz nula n × n
MT - transposta da matriz M
× - produto cartesiano
∃ - existe
sup - supremo
imaginário
−
H∞
+
(H∞ ) - Subespaço de L∞ cujos elementos são funções analíticas em
2o+ (2o− )
xv
prexo R - real racional (por exemplo: RH∞ )
σ̄(A) - maior valor singular de A
Tzω - transferência entre o sinal de entrada ω(t) e o sinal de saída
z(t)
[ ]
A B
H(t) = - realização em espaço de estados da função (ou matriz) de
C D
transferência contínua H(s) = C(sI − A)−1 B + D
xvi
SIGLAS
LQ Quadrático Linear
tem )
VLCC Embarcação do tipo (Very Large Crude Carrier )
xvii
Capítulo 1
Introdução
Impulsionados por esta nova realidade, a indústria naval e oshore vem sendo
cionamento Dinâmico.
1
tência, atuação, sensoriamento e controle. A interação entre eles é mostrada no
associados. Os tipos de propulsores mais utilizados nos dias de hoje são: o azimutal,
mostrado na gura 1.2, retirada de [2]; e o do tipo túnel, mostrado na gura 1.3,
retirado de [3]. Eles podem ser instalados na proa ( bow thruster ) e na popa da
2
ferência) instalados na embarcação, que captam as informações de sua posição no
ção por satélite (GPS), sistemas acústicos submarinos e por lasers, como mostrado
na gura 1.4, retirada de [4]. Este último é muito utilizado em operações de apoio
oshore, onde supply vessels precisam manter sua posição muito próxima a unidades
utuantes.
tais como sensores de vento indicados na gura 1.5, capazes de prover informações
1.1 Objetivo
robusto H∞ .
A presente dissertação tem como objetivo principal a aplicação destas técnicas
3
Finalizando o trabalho, apresentam-se os resultados de alguns casos simulados,
embarcação.
4
Capítulo 2
Revisão Bibliográca
nharia de Controle.
explorar o subsolo marinho, sobre o qual o homem tinha pouco conhecimento. Nesse
Em 1961, nos Estados Unidos, o navio Cuss-I foi o pioneiro em manter seu posi-
um controle automático.
Neste mesmo ano, o Eureka, da Shell Oil Company, foi equipado com um com-
putador analógico - digital, ou seja, controle automático de posição e aproamento.
5
de apenas um computador, sem os benefícios da redundância, e não dispunha da
dos Estados Unidos lançou o Caldrill-I. Outro importante passo foi dado também
furação, sendo o navio Sedco-445 o primeiro da classe. Foi também nessa época que
os navios Saipem Due e Pelican utilizaram propulsores com passo variável, muito
mentos previstos, fazendo uso das informações fornecidas pelos sensores de posição.
Esta nova técnica foi bastante relevante, pois até então nos controladores existentes
o afastamento da posição tinha que ser feito pela embarcação a m de iniciar o co-
mando dos propulsores para então retornar ao ponto de referência. Com a tecnologia
sido desenvolvido para ns militares, obteve grande sucesso na comunidade civil.
6
Visando o aumento da precisão da navegação, foi desenvolvido o sistema diferencial
GPS (DGPS), cuja principal idéia consiste em determinar o erro de posição GPS em
seletiva do GPS, que deliberadamente degradava a resolução do sinal para ns não
estáveis desde que as perturbações provenientes dos efeitos ambientais fossem des-
7
backstepping, visando a sua implementação em simuladores de manobras de navio
quisa foi feita 1840 pelo astrônomo AIRY [19], aplicado para reposicionar auto-
depois, ROUTH [21] apresentou uma técnica de análise, que foi posteriormente uti-
lizada por HURWITZ [22] que criou um critério capaz de determinar se um sistema
solucioná-lo. Utilizando este novo conceito, segundo LEWIS [24], Stodola apresentou
a questão de estabilidade para a equação de Hurwitz [22], que, por sua vez, chegou
ou perda de energia do sistema. Apesar de seu trabalho não ter sido muito divulgado
no mundo ocidental, sua contribuição foi enorme, sendo primeiramente utilizada por
não lineares [7]. Nota-se ainda, que a maioria das análises matemáticas para ns de
controle, até o nal do século XIX, tinham uma abordagem realizada com base em
8
No inicio do século XX vieram as análises no domínio da freqüência, motivadas
sinal de voz através de linhas telefônicas com a atenuação de ruídos a ela associados,
uma função resposta complexa, desenvolveu a teoria da regeneração [26] para projeto
se como o critério de Nyquist. Seis anos depois, H. W. Bode [27] introduziu conceitos
temperatura aplicada a uma indústria de celulose. Quatro anos depois foi desenvol-
sistemas de controle, como o método de lugar das raízes de Evans (baseado nas raí-
foi com a corrida espacial que o controle moderno se desenvolveu, retomando idéias
ca como o de BELLMAN [30] em 1957, aplicando programação dinâmica para se ob-
9
mínimo de atuação de um controlador para estabilização de sistemas não-lineares
sistemas não lineares. Isto representou o início da moderna teoria de controle com
quadrático (LQR) [32]. Assim como ressaltando em [7], o conceito de ótimo foi
foi criada por C. F. Gauss (1777 - 1855) para a estimativa de órbitas planetárias.
estimativa das variáveis de estados pela sua variância mínima. Uma solução recursiva
ltro, popularmente conhecido como Filtro de Kalman [33]. Segundo LEWIS [24] o
domínio do tempo e serem endereçadas a sistemas cuja variação possa ser tanto linear
linear, e, com isso, sistemas com múltiplas entradas e múltiplas saídas (MIMO)
o Filtro de Kalman contínuo, em 1961, e, dois anos depois, o controle LQG. Esta
dos computadores, que permitiram processos de cálculo de ganho em tempo real [7].
fuzzy 1
, redes neurais, controle robusto e controle ótimo.
Na União Soviética, ao nal da década de 70, UTKIN [35] desenvolve uma meto-
dologia de controle por modo deslizante, através de uma técnica robusta que utiliza
10
tempo determinado, conforme apresentado por KHALIL [36].
útil para sistemas onde há variação signicativa do modelo nominal sobre o regime
objetivo é prover uma solução que seja mais robusta em relação às obtidas com
problema com técnicas LQG/ Kalman é que não há métodos formais para modelar
o projeto é estendido, em diversos passos, até que uma lei de controle venha a ser
11
e conceitos de otimização.
12
Capítulo 3
Motivação: Controle em Um Grau
de Liberdade de uma Embarcação
meiro ponto que motivou esta pesquisa, foi o estudo do problema citado levando-se
diferenciais abaixo:
ẋ = u (3.1)
pulsor.
13
x1 = x (3.4)
x2 = ẋ = u.
[ ] [ ][ ] [ ][ ]
x˙1 0 1 x1 0 0 f (u)
= + (3.5)
x˙2 0 0 x2 1/m 1/m τ
e [ ] [ ]
[ ] [ ] x1 [ ] f (u)
y1 = 1 0 + 0 0 . (3.6)
x2 τ
Nas equações 3.5 e 3.6, a matriz A é representada por:
[ ]
0 1
A= , (3.7)
0 0
a matriz B por [ ]
0 0
B= , (3.8)
1/m 1/m
a matriz C por
[ ]
C= 1 0 , (3.9)
e a matriz D por
[ ]
D= 0 0 . (3.10)
robusto. Nesta etapa, é necessário que a planta original seja particionada, de forma a
14
[ ]T
B1 = B2 = 0 1/m . (3.12)
O primeiro membro das matrizes B1 e B2 é igual a zero, pois x˙1 e x˙2 não sofrem
velocidade u (que é a segunda variável de estado), tem-se para o caso simulado que:
[ ]
C1 = 0 1 , (3.13)
[ ]
C2 = 1 0 . (3.14)
[ ]
D11 = D12 = 0 . (3.15)
[ ]
D21 = D22 = 0 . (3.16)
A B1 B2
Pk = C1 D11 D12 . (3.17)
C2 D21 D22
Para efetuar o cálculo das forças atuantes na embarcação, foi criada uma função
15
3.4 Diagrama de Blocos para Simulação
Caso 1
No primeiro caso escolhido, deniu-se como posição desejada ( setpoint ) x = 15m.
O tempo total de simulação foi estabelecido em 300 segundos, e pelo gráco 3.2
Caso 2
No segundo caso analisado, arbitrou-se x = −0.75m como posição desejada. A
vado pelo gráco 3.3. A trajetória mostrada indica que convergência ocorreu em
16
70
60
50
Deslocamento (m)
40
30
20
10
−10
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
0.1
−0.1
−0.2
Deslocamento (m)
−0.3
−0.4
−0.5
−0.6
−0.7
−0.8
−0.9
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
3.6 Conclusão
Neste capítulo, optou-se pela utilização de uma planta linearizada para tornar o
gem não-linear da embarcação é considerada, uma vez que a literatura arma que
17
Capítulo 4
Fundamentos Teóricos de Engenharia
de Controle
e corolários aqui apresentados podem ser encontrados em [52], exceto para a seção
1
Conhecendo os valores de y(0), ẏ(0), ..., y (n−1) (0) , e denindo-se a entrada
1 Foi suprimida a dependência do tempo para facilitar a notação, sendo y(t) = y , x(t) = x e
18
u(t) t ≥ 0, é possível determinar o comportamento futuro do sistema e, assim,
para
Então a equação 4.1 pode ser escrita como ẋ1 = x2 , ẋ2 = x3 , . . . , ẋn−1 = xn ,
ẋ = Ax + Bu (4.2)
em que
[ ]T
x= x1 x2 . . . x n ∈ Rn , (4.3)
0 1 0 ... 0
0 0 1 ... 0
. . . .. .
A= .
.
.
.
.
. . .
. , (4.4)
0 0 0 ... 1
−an −an−1 −an−2 . . . −a1
e
[ ]T
B= 0 0 ... 0 1 . (4.5)
[ ][ ]T
y= 1 0 ... 0 x1 x2 . . . x n , (4.6)
ou y = Cx, em que
[ ]
C= 1 0 ... 0 . (4.7)
4.1.2 Estabilidade
Dentre todas as propriedades requeridas para um sistema, a mais importante é
é estável ou não.
19
Ciente da importância desta propriedade, foi realizada uma vericação da es-
robusto.
controlado pela entrada, e a segunda, se o estado inicial do sistema pode ou não ser
dor.
(ii) A matriz
∫ t
∗
Wc := eAτ BB∗ eA τ dτ (4.8)
0
é, x∗ A = x∗ λ, então x∗ B ̸= 0.
(vi) Os autovalores de A + BF podem ser designados (com a restrição de que
20
Teorema 4.2. : As seguintes armações são equivalentes:
(i) (C, A) é observável.
(ii) A matriz
∫ t
∗
Wo := eAτ C∗ CeA τ dτ (4.9)
0
equação de Lyapunov:
A∗ X + XA + Q = 0, (4.10)
onde A Q são
e matrizes reais conhecidas. A solução desta equação é apresentada
no capítulo 2 de [52].
Lema 4.1. Assumindo que A é estável, então as seguintes armações são verdadei-
ras.
∫ ∗
(i) X = eA t QeAt dt
(ii) X > 0, se Q > 0 e X ≥ 0, se Q ≥ 0.
(iii) Se Q ≥ 0, então (Q, A) é observável se X > 0
4 No cálculo da matriz Wo , cada termo das matrizes A e C são integrados individualmente
5 Número de colunas linearmente independentes igual ao número de colunas da matriz
21
Como consequência ao tópico (iii), dada a matriz estável A, o par (C, A) é
observável se e somente se existe solução positiva denida da seguinte equação de
Lyapunov:
A∗ Lo + Lo A + C∗ C = 0. (4.11)
ser descrito por muitos sistemas de coordenadas, é através dessa transformação que
passa a ser possível uma análise e uma síntese mais simples do sistema.
é uma descrição mais natural do que o deslocamento vertical, apesar do fato de que
ambos descrevem o mesmo sistema dinâmico. Em geral, seja T ∈ Rn×n uma matriz
y = CT−1 x̄ + Du.
22
importante é que a função de transferência não se altera mesmo após a transformação
de coordenadas, ou seja:
e na forma matricial
[ ] [ ] [ ]
A B 6 Ā B̄ TAT−1 TB
7−→ = . (4.15)
C D C̄ D̄ CT−1 D
Mesmo utilizando-se a transformação de similaridade, propriedades como con-
C¯ = T C, (4.16)
Ō = OT −1 . (4.17)
Seja G(s) uma função de transferência tal que G(s) ∈ L∞ . Assim, dene-se a
delas a dene como a distância no plano complexo da origem para o ponto mais
23
Este valor é normalmente obtido diretamente de um gráco de Bode de valor
singular.
[ ]
A B
Lema 4.3. Seja γ > 0 e G(s) = ∈ RL∞ .
C D
Então ∥G∥∞ < γ , se e somente se σ̄(D) < γ e H não tem autovalores no eixo
imaginário, em que
[ ]
A + BR−1 D∗ C BR−1 B∗
H := , (4.19)
−C∗ (I + DR−1 D∗ )C −(A + BR−1 D∗ C)∗
e
R = γ 2 I − D∗ D. (4.20)
trole robusto H∞ , deve-se arbitrar o valor da norma γ para que seja realizada a
técnicas descritas nas seções subsequentes são utilizadas nas simulações mostradas
no capítulo 6.
robusto H∞ pode ser interpretado como sendo o controlador que "achata"a resposta
(distúrbio-saída controlada).
24
Figura 4.1: Diagrama de Blocos.
ciso que a planta P seja particionada, de forma a explicitar os sinais que deverão
ẋ = Ax + B1 ω + B2 u (4.21)
z = C1 x + D11 ω + D12 u
y = C2 x + D21 ω + D22 u.
A B1 B2
Pk = C1 D11 D12 . (4.22)
C2 D21 D22
A escolha das matrizes que constituem a planta particionada varia de acordo
com planta original estudada. Nesta dissertação, os critérios utilizados serão apre-
25
O método escolhido para síntese do controlador utilizado nesta dissertação foi o
G(s) é a planta geral com dois vetores de entradas: as entradas exógenas w(t), que
incluem os distúrbios e comandos, e as entradas de controle u(t). A planta G(s)
também possui dois conjuntos de saídas: as saídas medidas (ou saídas de sensores)
alimentação K(s) tal que o o sistema de malha fechada seja estável em alguma
condição de performance.
Em que
é estável.
26
(ii) ∃Q = QT ≽ 0 satisfazendo a Riccati tal que:
Em que
é estável.
(iii) λmax (PQ) < γ −2 .
Caso estas três condições sejam satisfeitas, o controlador gerado é descrito por
B̃ := −Z∞ L∞ , (4.34)
Z∞ := (I − γ −2 QP)−1 , (4.36)
Como comentário, vale destacar que a condição (iii) garante que Z∞ é inversível.
De posse das matrizes Ã, B̃ e C̃, o controlador que estabiliza a planta é repre-
sentado por:
27
[ ]
à B̃
K(s) = . (4.38)
C̃ 0
detalhada em [52].
planta.
28
y(t) = Cx(t).
O primeiro objetivo é fazer com que a saída y(t) siga o sinal de referência r(t),
isto é, y(t) → r(t) ≡ 1, ∀t > t0 . O segundo é rejeitar o sinal ω , cuja magnitude pode
ser ou não conhecida. A solução para este caso é integrar o erro.
Da gura 4.3, tem-se que e(t) = y(t) − r(t), e portanto e(t) = ẋI = Cx(t) − r(t)
a tempo contínuo. Denindo-se:
[ ]T
η(t) = xI x(t) , (4.40)
[ ] ] [
[ ]
0 0 1
δ[η(t)] = Aζη + u(t) + ω(t) − r(t) (4.41)
B B 0
[ ]
y(t) = C 0 η(t),
Uma vez redenida o modelo da planta, é possível a denir a lei de controle por:
E Nx é calculado na forma:
[ ] [ ][ ]
Nx A−I B 0
= , (4.45)
• Cr 0 I
onde Cr é qualquer matriz tal que yr (t) = Cr x(t) = r(t) em regime permanente.
29
Capítulo 5
Modelagem Matemática
mentos sob a ação de forças ambientais, como vento, correnteza e ondas. Neste
massa multiplicada pela aceleração é igual ao somatório das forças externas, ou seja:
∑
m⃗a = F⃗ext . (5.1)
∑
I ⃗ṙ = ⃗ ext ,
N (5.2)
∑⃗
em que I é o momento de inércia da embarcação, r é a velocidade angular e Next
é o somatório dos momentos externos. Escritas em relação a um sistema solidário
30
5.2 Equações de Movimento no Plano Horizontal
possui sua origem localizada no plano de linha d'água com eixo oz voltado para
eixos OX e ox. Dene-se β como o ângulo de deriva, formado entre o vetor velocidade
e o eixo ox solidário ao navio. A gura 5.1 ilustra os sistemas mencionados.
31
XLeme + XP rop τu
YLeme + YP rop = τv . (5.6)
NLeme + NP rop τN
postas pela embarcação, as forças XHull , YHull e NHull precisam ser modeladas por
derivadas hidrodinâmicas, uma vez que o problema foi inicialmente abordado através
de séries de Taylor.
adotada em [59].
em que será utilizado Xu̇ = 0.2, e X̄Hull é um termo dependente das velocidades nas
corrente.
32
5.3.3 Momento
O momento atuante nesta embarcação é dado por:
(m − Xu̇ ) 0 0 u̇ mvr + mxG r2 τu
0 (m − Yv̇ ) (mxG − Yṙ ) v̇ = −mur + τv
0 (mxG − Nv̇ ) (I − Nṙ ) ṙ −mxG ur τN
(5.13)
XV ento X̄Hull
+ YV ento + ȲHull .
NV ento N̄Hull
Nesta representação, a formulação das forças de vento será descrita na seção 5.5.
33
(m − Yv̇ ) v̇L m xG Yṙ ṙL2 m u rL τv
+ ( − − ) = − +
0.5ρL3 U 2 0.5ρL3 L 0.5ρU 2 L2 U 2 0.5ρU 2 L3 U U 0.5ρU 2 L2
(5.15)
YV ento ȲHull
+ 2 2
+ ,
0.5ρU L 0.5ρU 2 L2
′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′
(m − Xu̇ )u̇ = m v r + m xG r 2 + τu + XV ento + X̄Hull , (5.17)
′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′
(m − Yv̇ )v̇ + (m xG − Yṙ )ṙ = −m u r + τv + YV ento + ȲHull , (5.18)
′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′ ′
(I − Nṙ )ṙ + (m xG − Nv̇ )v̇ = −m xG u r + τN + NV ento + N̄Hull . (5.19)
′ ′ ′
Os termos X̄Hull , ȲHull e N̄Hull podem ser escritos na forma polinomial em fun-
ção de u, v e r. Linearizando as equações 5.17, 5.18 e 5.19 em torno da origem,
considerando que a embarcação é simétrica obtemos:
′ ′
′ ′
(m − Xu̇ ) 0 0 u̇ τu
′ ′ ′ ′ ′ ′ ′
0 (m − Yv̇ ) (m xG − Yṙ ) v̇ = τv (5.20)
′ ′ ′ ′ ′ ′ ′
0 (m xG − Nv̇ ) (I − Nṙ ) ṙ τN
′
′ ′
XV ento Xu 0 0 u
′ ′ ′ ′ ′
+ YV ento + 0 Yv −m + Yr v .
′ ′ ′ ′ ′ ′
NV ento 0 Nv −m xG + Nr r
Em que a matriz de inércia M é representada por:
′ ′
(m − Xu̇ ) 0 0
′ ′ ′ ′ ′
M= 0 (m − Yv̇ ) (m xG − Yṙ ) , (5.21)
′ ′ ′ ′ ′
0 (m xG − Nv̇ ) (I − Nṙ )
34
e D é a matriz das reações hidrodinâmicas em função das velocidades.
′
Xu 0 0
′ ′ ′
D = 0 Yv −m + Yr . (5.22)
′ ′ ′ ′
0 Nv −m xG + Nr
′ ′
Nas equações apresentadas acima, m e I correspondem à massa e à inércia da
′ ′ ′
embarcação; X̄Hull , ȲHull e N̄Hull correspondem às forças e momento hidrodinâmico
das à velocidade relativa ar-corpo são XV ento , YV ento e NV ento , considerando o vento
e a velocidade do corpo; XLeme , YLeme e NLeme são as forças devidas ao leme da
embarcação e XP rop , YP rop e NP rop são as forças devidas a propulsão.
ρar
XV ento = CX (θ)Af rontal Vr2 , (5.23)
2
ρar
YV ento = CY (θ)Alateral Vr2 , (5.24)
2
ρar
NV ento = CN (θ)Alateral Vr2 , (5.25)
2
em que CX , CY e CN representam os coecientes adimensionais de força e momento;
35
uR = Vω cos(γ) − u, (5.26)
vR = Vω sin(γ) − v, (5.27)
∑
N ∑
N
z(t) = zn (t) = ζn cos(ωn t + θn ), (5.28)
n=1 n=1
As forças devidas à ação das ondas podem ser divididas em forças de primeira
∑
N
√
(k)
x (t) = RAOk (ωn , ψ, α) 2Szz (ωn )δωcos(ωn t + θn + θnk ), k = 1, 2, 3. (5.29)
1
forças de segunda ordem, cujas freqüências de oscilação se dão nas freqüências soma
36
põe o mar. Tais forças são de pequenas intensidades. Cabe ressaltar que devido aos
baixos períodos das forças de primeira ordem, não há sentido em se tentar operar os
abaixo:
( k) ∑
N ∑
N
(k)
Fdrif t (t) = ζi ζj Pij (ωi , ωj )cos[(ωi − ωj )t + (ϵi − ϵj )]+ (5.30)
i=1 j=1
∑
N ∑
N
(k)
+ ζi ζj Qij (ωi , ωj )sin[(ωi − ωj )t + (ϵi − ϵj )].
i=1 j=1
(k) (k)
Conhecendo-se Pij e Qij , pode-se denir a função de transferência quadrática
√
(k)2 (k)2
Tijk = Pij + Qij . (5.31)
independente do tempo:
(k)
Fmean = ζ12 P11 (k)(ω1 ) + ζ22 P22 (k)(ω2 ) + . . . + ζN2 PN N (k)(ωN ). (5.32)
(k) (k) ωi + ωj ωi + ωj
Tij = Pij ≈ P (k) ( , ). (5.33)
2 2
Existe uma matriz Tijk para surge, sway e yaw, e uma força de deriva
(k)
Fdrif t (t)
composta pelas derivas média e lenta.
37
(1)
∑N
(1)
Fwdd (t) =( ζi2 Di )u, (5.34)
i=1
em que
(1)
Di corresponde ao wave drift damping para a freqüência ωi , cuja expressão
proposta por Aranha [56]:
(1) (1)
XW ave = Fdrif t (t) + Fwdd (t), (5.36)
(2)
YW ave = Fdrif t (t), (5.37)
(3)
NW ave = Fdrif t (t). (5.38)
forma:
η̇ = R(ψ)ν, (5.40)
′
′
(m − Xu̇ ) 0 0
′ ′ ′ ′ ′
M= 0 (m − Yv̇ ) (m xG − Yṙ ) . (5.41)
′ ′ ′ ′ ′
0 (m xG − Nv̇ ) I − Nṙ
A matriz C representa o vetor dos termos não lineares de inércia:
′ ′ ′ ′ ′ ′
−(m )va r − m xG r 2
′ ′ ′
C= m ua r , (5.42)
′ ′ ′
m x G ua r
38
D representa o vetor das reações hidrodinâmicas em função das velocidades:
′
X̄Hull
′
D = ȲHull , (5.43)
′
N̄Hull
e R é a matriz de rotação
cos ψ − sin ψ 0
R(ψ) = sin ψ cos ψ 0 . (5.44)
0 0 1
O vetor das forças dos atuadores na equação 5.39 é repersentado por τ; E o vetor ν
[ ]T
ν= u v r (5.45)
Ux,rel Ux − Ucorrente
ν̇ = Vy,rel = Vy − Vcorrente . (5.46)
r r
Sendo Ucorrente = C cos α e Vcorrente = C sin α, em que C é o módulo da corrente e
Portanto, as velocidades absolutas vistas do sistema inercial são dadas por Uabs =
dX dY
dt
, Yabs = dt
e r é o mesmo visto do sistema solidário.
39
Capítulo 6
Estrutura da Simulação
6.1 Introdução
do Simulink.
(i) Função para cálculo das forças e momento devido à ação da vento, criada em
MATLAB.
40
Tabela 6.1: Características Principais - Supply vessel
Comprimento entre perpendiculares (Lpp ) 82.8 m
Boca (B ) 19.2 m
Calado (T ) 6.0 m
Coeciente de bloco (cb) 0.75
Massa (m) 6.3622 · 106 kg
Volume deslocado 6.2070 · 103 m3
41
A gura 6.1 mostra uma foto do navio Normand Aurora construído pelo estaleiro
holandês IHC Merwede [62], muito simular ao estudado na simulação.
tabela 6.3.
Para ilustrar este tipo de embarcação, é mostrada na gura 6.2 retirada de [63],
um VLCC em operação.
Cabe ressaltar, que os coecientes não lineares que aparecem nas tabelas 6.2 e
′ ′ ′
6.3 constituirão os termos X̄Hull , ȲHull e N̄Hull mencionados na seção 5.2.
42
Tabela 6.4: Características Principais - VLCC
Comprimento entre perpendiculares (Lpp ) 246.0 m
Boca (B ) 46.0 m
Calado (T ) 10.0 m
Coeciente de bloco (cb) 0.77
Massa (m) 946.20210 · 105 kg
Volume deslocado 9.2312 · 104 m3
Mesmo ciente das não linearidades presentes nelas, optou-se pela síntese de um
Seja o sistema apresentado em 5.20. É sabido que as relações abaixo são verda-
deiras:
1 0 0 ẋ 1 0 0 u
0 1 0 ẏ = 0 1 0 v . (6.1)
0 0 1 ψ̇ 0 0 1 r
Em sistemas de controle, estruturam-se equações de forma a representar a planta
a ser controlada. No problema estudado, fez-se uso de seis variáveis de estado, que
43
ẋ x 0
ẏ y 0
[ ] [ ]
ψ̇ 03 I3 ψ 03 03 0
= + . (6.2)
u̇ 03 −M D
−1
u 03 M −1 τx
v̇ v τy
ṙ r τz
Sendo linear a planta considerada no processo de síntese do controlador, a re-
seguir:
[ ]
03 I3
A= , (6.5)
03 −M−1 D
A matriz B é representada por:
[ ]
03 03
B= . (6.6)
03 M−1
O vetor y(t) é composto pelas saídas medidas, estando sujeito à perturbação da
força de onda:
xf
y(t) = yf . (6.7)
ψf
Como x(t), y(t) e ψ(t) são as saídas medidas, a matriz C é dada por:
[ ]
C= I3 03 , (6.8)
44
e devido à ausência de transmissão direta da entrada u(t) para a saída y(t), a matriz
D é dada por:
[ ]
D= 03 . (6.9)
[ ]
A B
P= . (6.10)
C D
Para gerar a planta que será utilizada na síntese do controlador robusto, como
sentada em 6.10. Essa modelagem permite explicitar informações sobre quais sinais
A B1 B2
Pk = C1 D11 D12 . (6.11)
C2 D21 D22
Considerando o diagrama de blocos da gura 4.1, temos que ω é o vetor de
estudado, estas perturbações são as forças e momento provocado pelo agente externo
vento:
x
Fvento
y
ω = Fvento , (6.12)
Nvento
em que os componentes modelam as forças de perturbações atuantes em x, y e ψ,
respectivamente, para as equações de estado.
[ ]T
B1 = −1 .
03 M (6.13)
é igual a zero, pois ẋ, ẏ e ψ̇ não sofrem atuação das perturbações e das leis de
45
A matriz B2 é a matriz de entradas controladas, visto que os atuadores agem em
[ ]T
B2 = −1 .
03 M (6.14)
que regem a tabela de interpolação para obtenção das forças de vento e correnteza,
[ ]
C1 = C2 = I3 03 . (6.15)
iguais, ou seja:
[ ]
D11 = D21 = 03 . (6.16)
A matriz das atuações diretas sobre a saída não controlada é representada por
D12 e a das atuações diretas sobre a saída controlada por D22 . Para o caso simulado,
[ ]
D12 = D22 = 03 . (6.17)
da matriz a seguir:
[ ]T
λ= 0 0 −0.0257 −0.1191 0 −0.0095 . (6.18)
46
Desta forma, constata-se que Re(λ) ≤ 0 e consequentemente, conclui-se que o
lidade C, ou seja, através dela, é possível obter o posto de C. Com isso, tem-se
que:
[ ]T
svc = 0.1891 0.1874 0.1228 0.1188 0.0003 0.0003 . (6.19)
Nota-se que o número de valores singulares não-nulos de svc é igual a seis, o que
é equivalente dizer que o posto da matriz de controlabilidade C é igual a seis. Desta
forma, conclui-se que o sistema é controlável, pois C tem posto completo de linhas.
do par de matrizes A e C2 .
A decomposição de valores singulares da matriz de observabilidade O, aqui re-
[ ]T
svd = 1.1406 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 . (6.20)
Desta forma, conclui-se que o sistema é observável, visto que O tem posto completo
de colunas.
47
Lyap do MATLAB, o qual analisa as matrizes A, Q e X, sendo esta última a solução
da equação de Lyapunov.
0.2746 0.4074 0.5110 0.6059 0.1759 0.5164
0.4074 0.6763 1.0751 1.1059 0.2368 1.0929
0.5110 1.0751 2.3747 2.0459 0.2164 2.4302
X= . (6.21)
0.6059 1.1059 2.0459 1.9340 0.3175 2.0867
0.1759 0.2368 0.2164 0.3175 0.1215 0.2163
0.5164 1.0929 2.4302 2.0867 0.2163 2.4874
Para comprovar a estabilidade do sistema, é necessário que esta matriz seja po-
sitiva denida, ou seja, os autovalores tem que ser positivos. Os valores encontrados
[ ]T
λ= 0 0 0 0.0024 0.4763 7.3899 . (6.22)
em [52], aplicado por P. Pellanda e Tuan [48] e posteriormente por SIMÕES [50].
controlador a ser utilizado nas frequências de interesse especíco. Com isto, busca-se
48
que K(s) não apresente uma estrutura que demande grande esforço em ações cujo
[48] e [50]. Para simplicar este estudo, optou-se somente pelo uso de We (s).
No caso estudado, utilizou-se um ltro que permite a passagem de freqüências
dada por:
0, 5
We = . (6.23)
s + 0, 0866
Para se vericar as frequências admissíveis a este ltro, observamos os grácos
Bode Diagram
20
10
Magnitude (dB)
−10
−20
−30
0
Phase (deg)
−45
−90
−3 −2 −1 0 1
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
na gura 6.5:
blocos ca mais simplicado, sendo representado como ilustrado na gura 6.6:
49
Figura 6.5: Sistema de Controle Robusto em Malha Fechada - Diagrama
Reorganizado
Para efetuar uma estimativa das forças de vento atuantes na embarcação, optou-
dessas forças.
(i) uma vez conhecidos o ângulo sob o qual incide o vento e a correnteza,
1
interpolá-lo em uma tabela para a obtenção dos coecientes hidrodinâmicos, re-
50
(iii) multiplicar os vetores obtidos pela função exponencial variante no tempo
mostrada em 6.24
(em que b é uma constante), com o intuito de limitar os valores das forças no início da
simulação. O gráco 6.7 mostra uma função crescente, limitada em y = 1, indicando
desta forma, que os valores mais altos das forças serão considerados somente na
1.5
0.5
0
0 50 100 150 200 250 300
(iv) Fornecer as informações deste novo vetor (multiplicado por f (t)) ao diagrama
de blocos estruturado no Simulink, mostrado na gura 6.8
51
6.8 Apresentação de Resultados
com tempo de simulação total de 300 segundos com passo de integração variante
tempo de simulação foi estendido visando uma melhor apresentação dos resultados
obtidos.
são as forças de vento, bem como as forças não lineares provenientes da reação da
embarcação.
foram inseridos no programa para o cálculo das forças atuantes e posterior cálculo
da posição da embarcação.
Os setpoints arbitrados pelo usuário estão mostrados na tabela 6.6. Desta forma,
52
Tabela 6.6: Setpoints para a Rodada A.
X Y ψ
0 m 0 m 0◦
0
0.025
−1
0.02
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
−2
0.015
−3
0.01
−4
0.005
−5
0
−6
−7 −0.005
−8 −0.01
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s) Tempo (s)
de surge e sway, apesar de uma pequena variação inicial da ordem de 10−4 para a
em 300s. O valor obtido para o ângulo de yaw cou em torno de 0.22 ◦ ao invés
de 0, gerando assim um erro absoluto de 0.22. Apesar do elevado valor do erro, ele
corresponde a uma diferença considerada imperceptível na prática.
53
0.5
psi final
0.45
0.4
0.35
Aproamento (grau)
0.3
0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
barcação convergir aos setpoints em um tempo maior do que no Caso A1. Entre-
−4
x 10
2 0.04
X final Y final
0.03
0
0.02
−2
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.01
−4
0
−6
−0.01
−8
−0.02
−10 −0.03
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s) Tempo (s)
entre a planta que foi considerada na síntese do controlador robusto e a planta não
54
0.7
psi final
0.6
0.5
Aproamento (grau)
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
−3
x 10
8 50
X final Y final
6 40
4 30
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
2 20
0 10
−2 0
−4 −10
−6 −20
−8 −30
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s) Tempo (s)
400
psi final
300
200
Aproamento (grau)
100
−100
−200
−300
−400
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
55
6.8.3 Rodada B - Supply Vessel
Na segunda rodada de simulações, propôs-se alterar a velocidade de vento e
barcação na posição desejada é esperada para o controlador, pois a força gerada pela
Pelos grácos de posição 6.18, 6.19 e 6.20, nota-se que a embarcação não estabi-
liza em 300 segundos. O controlador precisou de 500 segundos para que os valores
0.02 0.12
X final Y final
0.015
0.1
0.01
0.08
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.005
0.06
0
0.04
−0.005
0.02
−0.01
−0.015 0
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
ção. Observa-se que a força imposta por este agente, chega a "jogar"a embarcação
56
30
psi final
25
20
Aproamento (grau)
15
10
0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
Observando os grácos de posição 6.21, 6.22 e 6.23, percebe-se que o erro intro-
0.05 0.25
X final Y final
0
0.2
−0.05
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.15
−0.1
−0.15
0.1
−0.2
0.05
−0.25
−0.3 0
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
57
90
psi final
80
70
60
Aproamento (grau)
50
40
30
20
10
0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
40 60
X final Y final
40
20
20
0
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0
−20
−20
−40
−40
−60
−60
−80 −80
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
8000
psi final
7000
6000
Aproamento (grau)
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
58
6.8.4 Rodada C - Supply Vessel
Na terceira rodada de simulações, foram alterados os pontos de referência, man-
6.8.
X Y ψ
1.00 m -2.00 m −30.00 ◦
que os setpoints são atingidos em menos entre 100 e 150 segundos, após oscilações
1.4 0.5
X final Y final
1.2 0
1 −0.5
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.8 −1
0.6 −1.5
0.4 −2
0.2 −2.5
0 −3
−0.2 −3.5
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s) Tempo(s)
A exemplo do ocorrido no caso A2, apesar de utilizar matrizes "sujas"em sua sín-
tese, o controlador atinge o objetivo de conduzir a embarcação aos pontos desejados.
59
5
psi final
0
−5
−10
Aproamento (grau))
−15
−20
−25
−30
−35
−40
0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s)
sendo as mais críticas presentes nos movimentos de sway e yaw, possuindo ampli-
tudes de quase três metros e dez graus respectivamente. Com a persistência das
1.6 0.5
X final Y final
1.4 0
1.2 −0.5
1 −1
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.8 −1.5
0.6 −2
0.4 −2.5
0.2 −3
0 −3.5
−0.2 −4
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo(s) Tempo(s)
60
5
psi final
0
−5
−10
Aproamento (grau))
−15
−20
−25
−30
−35
−40
−45
0 200 400 600 800 1000
Tempo(s)
11 13
x 10 x 10
1.5 6
X final Y final
5
1
4
0.5 3
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
2
0
1
−0.5
0
−1 −1
−2
−1.5
−3
−2 −4
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s) Tempo(s)
8
x 10
1.5
psi final
0.5
Aproamento (grau))
−0.5
−1
−1.5
−2
0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s)
61
6.8.5 Rodada D - Supply Vessel
Na quarta rodada de simulações, a velocidade de vento foi modicada mais uma
navio:
X Y ψ
-4.00 m 3.00 m 60.00 ◦
1 4
X final Y final
3.5
0
−1
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
2.5
−2 2
1.5
−3
−4
0.5
−5 0
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s) Tempo(s)
62
70
psi final
60
50
Aproamento (grau))
40
30
20
10
−10
0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s)
1 5
X final Y final
0
4
−1
3
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
−2
2
−3
1
−4
0
−5
−6 −1
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s) Tempo(s)
63
80
psi final
70
60
50
Aproamento (grau))
40
30
20
10
−10
0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s)
1 300
X final Y final
250
0
200
−1
150
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
−2
100
−3 50
0
−4
−50
−5
−100
−6
−150
−7 −200
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s) Tempo(s)
cação modelada VLCC. Os resultados são apresentados pelos grácos 6.45, 6.46 e
64
1500
psi final
1000
500
Aproamento (grau))
0
−500
−1000
−1500
−2000
0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s)
−5 −4
x 10 x 10
7 3.5
X final Y final
6 3
5 2.5
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
4 2
3 1.5
2 1
1 0.5
0 0
−1 −0.5
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s) Tempo(s)
6.48, 6.49 e 6.50 e vericou-se que a dinâmica deste navio é mais lenta do que a do
oscilações.
65
−3
x 10
0
psi final
−0.5
−1
Aproamento (grau))
−1.5
−2
−2.5
−3
−3.5
0 50 100 150 200 250 300
Tempo(s)
1.4 0.5
X final Y final
1.2
0
1
−0.5
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.8
−1
0.6
−1.5
0.4
−2
0.2
0 −2.5
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
atuar ou rejeitar.
robusto, foi realizado um teste no simulador considerando uma planta "mal parti-
sistema estudado.
Considerações
O teste realizado considerou a partição mostrada a seguir:
[ ]
03 I3
A= , (6.25)
03 −M−1 D
66
5
psi final
0
−5
Aproamento (grau)
−10
−15
−20
−25
−30
−35
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
1.4 0.5
X final Y final
1.2
0
1
−0.5
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
0.8
−1
0.6
−1.5
0.4
−2
0.2
0 −2.5
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
[ ]T
B1 = M−1 03 . (6.26)
[ ]T
B2 = 03 M−1 . (6.27)
mantidas:
[ ]
C1 = C2 = I3 03 . (6.28)
67
5
psi final
0
−5
Aproamento (grau)
−10
−15
−20
−25
−30
−35
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
[ ]
D11 = D21 = 03 , (6.29)
[ ]
D12 = D22 = 03 . (6.30)
−1 2.5
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
−2 2
−3 1.5
−4 1
−5 0.5
−6 0
−7 −0.5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (s) Tempo (s)
68
18
x 10
7
psi final
Aproamento (grau)
4
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (s)
10 60
X final Y final
0 50
−10 40
Deslocamento (m)
Deslocamento (m)
−20 30
−30 20
−40 10
−50 0
−60 −10
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
De posse dos resultados apresentado, conclui-se que a forma como foi proposta
As posições e aproamento nunca iriam convergir para os setpoints, uma vez que
posições.
69
5
x 10
10
psi final
6
Aproamento (grau)
−2
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
70
Capítulo 7
Conclusões Gerais
7.1 Conclusões
construído.
liberdade. Foram realizadas novas simulações que proporcionaram, mais uma vez,
namento dinâmico estudado, uma vez que a indicação principal para aplicação desta
71
7.2 Trabalhos Futuros
Como sugestão para trabalhos futuros de mesma linha de pesquisa, sugere-se pri-
e segunda ordem.
técnicas de LFT. Pode ser feita uma análise de desempenho e resultados obtidos,
72
Referências Bibliográcas
73
[12] M. F. AARSET, J. P. S., FOSSEN, T. I. Nonlinear Vectorial Observer with
Integral Action and Wave Filtering for Ships, Proceedings of the IFAC
Conference on Control Applications in Marine Systems (CAMS 98), 1998.
[13] FOSSEN, T. I., STRAND, J. P. Nonlinear Passive Weather Optimal Positio-
ning Control (WOPC) System for Ships and Rigs: Experimental Results,,
Automatica, 1998.
[14] FOSSEN, T. I., GROVLEN, A. Nonlinear Output Feedback Control of Dyna-
2003.
[19] AIRY, G. B. On the Regulator of the Clock-Work for Eecting Uniform Mo-
[20] MAXWELL, J. C. On Governors, Proc. Royal Soc. London, v. 16, pp. 270
283, 1868.
[22] HURWITZ, A. On the Conditions Under Which an Equation Has Only Roots
74
[24] LEWIS, F. L. Applied Optmal Control and Estimation. New Jersey, USA,
Prentice-Hill, 1992.
[28] BENNET, S. The Past of PID Controllers, Annual Reviews in Control, v. 25,
pp. 4353, 2001.
Press, 1957.
601, 1983.
75
[39] DOYLE, J. C., STEIN, G. Multivariable feedback design: concepts for a
[40] J. C. DOYLE, G. STEIN, S. S. B., YEH, H. H. Lecture notes for the workshop
of the Angular Velocity of a Rigid Body, System and Control Letters SCL,
v. 12, pp. 437442, 1988.
back Stabilization, System and Control Lectures SCL, v. 12, pp. 437442,
1989.
Feedback Design. System and Control Lectures SCL, v. 18, pp. 8392,
1992.
Brasil, 2004.
76
[51] SANTOS, J. F. Problema de Controle H2 /H∞ - Estudo Compatativo entre as
Técnicas EBPE/CGO e LMI. M.Sc. tese, Instituto Militar de Engenharia,
Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
[52] K. ZHOU, J. C. D., GLOVER, K. Robust and Optimal Control. New Jersey,
[53] OGATA, K. Modern Control Engineering. Minessota, USA, Prentice Hall, 1982.
[54] PALHARES, R. M. Notas de Aula - Fundamentos do Controle Robusto via
77
Apêndice A
Controlador Gerado
[ ]
AK BK
K(s) = . (A.1)
CK D K
−0.0001 −0.0000 0.0000 0.0000 −0.0000 −0.0000
0.0000 −0.0000 0.0000 0.0001 −0.0000 −0.0001
−0.0000 −0.0000
0.0000 0.0000 0.0001 0.0000
0.0008 0.0007 0.0000 −0.0024 0.0000 0.0012
−0.0000 −0.0000 −0.0035 −0.0000
0.0010 0.0000
3 0.0015 −0.0023 0.0000 0.0057 −0.0000 −0.0032
AK = 10 (A.2)
0.0000 −0.0000 0.0063 −0.0000 −0.0208 −0.0000
−0.0063 −0.0113 0.0000 0.0344 −0.0000 −0.0195
−0.0479 −0.0000 −0.0110
0.0014 0.0184 0.0000
0.1575 −0.0324 −0.0000 0.0176 0.0000 −0.0078
−0.0000 −0.0000 −0.0447
0.0000 0.0136 0.0000
8.5017 −0.0153 −0.0000 −3.8974 0.0000 2.2927
78
−0.0000 −0.0000 −0.0000 −0.0000 −0.0000 −0.0010
0.0000 −0.0001 0.0000 0.0000 0.0000 0.0002
−0.0000
0.0001 0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
−0.0000 0.0012 0.0004 0.0038 0.0000 0.0033
−0.0032 −0.0000 −0.0048 −0.0000
0.0000 0.0000
−0.0000 −0.0032 0.0013 0.0067 0.0000 0.1006
= .
−0.0209 −0.0000 −0.0000 −0.0000 −0.0000
0.0045
−0.0000 −0.0186 −0.0015 −0.0002 −0.0000 −0.0982
−0.0074 −0.0136 −0.0457
0.0000 0.0034 0.0000
0.0000 −0.0174 0.0453 −0.0163 −0.0000 −0.0031
−0.0446 −0.0000 −0.0000 −0.0018 −0.0000
0.0000
0.0000 1.7015 2.3538 −0.7103 −0.0000 −0.3807
0.0000 −0.0000 −0.0000
0.0000 −0.0000 0.0000
−0.0000 −0.0000
0.0000
0.0000 0.0001 0.0003
−0.0000 −0.0000
0.0002
4 0.0000 −0.0003 0.0008
BK = 10 . (A.3)
−0.0000
0.0012 0.0000
0.0000 −0.0017 −0.0018
−0.0000 −0.0009 −0.0193
−0.0000 −0.0008 0.0653
0.0025 0.0000 0.0000
−0.0000 0.1925 3.4075
−0.0000 −0.0000 −0.0000 0.0000 0.0000 0.0000
CK = 10 −0.0000 −0.0000 0.0000
9
0.0000 −0.0000 0.0001 (A.4)
−0.0001 0.0000 −0.0000 −0.0000 0.0026 0.0000
0.0000 0.0001 −0.0002 −0.0025 −0.0000 0.0020 .
−0.0000 0.0002 0.0079 −0.0049 −0.0000 2.6099
0 0 0
DK = 0 0 0 . (A.5)
0 0 0
79