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Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
Mecânica dos Sólidos I
Prof. Dr. Naor Moraes Melo
Sumário 1
Lista de Figuras 2
1 Suporte computacional 3
2 Resumo 3
3 Material Utilizado 3
4 Objetivos 4
5 Cinemática 4
5.1 Movimento Retilı́neo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.1.1 Gráficos do Movimento Retilı́neo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.2 Movimento Circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2.1 Gráficos do Movimento Circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Referências 22
1
Lista de Figuras
1 Carrinho e Controle Remoto utilizados no experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Gráfico Espaço (m) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a primeira tabela . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a segunda e terceira tabela . . . . . . . . . . . . 7
2
5 Gráfico Aceleração (m/s ) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6 Gráfico Espaço (m) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
7 Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
8 Gráfico Velocidade Angular (rev/s) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2
9 Gráfico Aceleração Centrı́peta (m/s ) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
10 Teorema dos Eixos Paralelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
11 Tabela de momentos de inércia das principais figuras geométricas . . . . . . . . . . . . . . . . 12
12 Representação da peça em duas dimensões dividida em setores . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
13 Representação da peça em duas dimensões dividida em setores cotados . . . . . . . . . . . . . 13
14 Representação da peça em três dimensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
15 Divisões da peça original . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
16 Tabela dos centróides de figuras planas utilizadas na resolução do problema . . . . . . . . . . 16
2
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
1 Suporte computacional
Este relatório foi elaborado utilizando o sistema de processamentos de texto LATEX, que se baseia em
uma linguagem de marcação, favorecendo assim ao escritor concentrar-se exclusivamente na estrutura e no
conteúdo do texto a despeito da sua formação fı́sica (Lamport, 1986).
Os gráficos apresentados foram procedidos no Software R versão 3.6.1 para Windows. O software R é
um software livre, largamente utilizado pela comunidade estatı́stica. Em especı́fico, foi utilizado o programa
RStudio e encontra-se disponı́vel em rstudio.com.
Os modelos da peça em 2D foram feitos com o software AutoCad versão 2020 para Windows. O Au-
toCad é um software de classificação CAD (Computer Aided Design) criado pela Autodesk, é utilizado
principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico e e para criação de modelos tridimensio-
nais, sendo atualizado continuamente para utilização em outras àreas. Encontra-se disponı́vel em auto-
desk.com.br/products/autocad/overview.
O modelo da peça em 3D foi feito com o software SolidWorks. SolidWorks é um programa de modelagem
3D que permite aos usuários desenvolver modelos sólidos (peças e objetos) completos em um ambiente
simulado para que se desenvolva o seu design e diversas análises mecânicas e encontra-se disponı́vel em
solidworks.com/pt-br.
2 Resumo
A primeira parte do experimento foi com respeito à cinemática de um carrinho de controle remoto. Foram
realizadas trajetórias retilı́neas e circulares com o mesmo. Dos percursos feitos, foram elaborados estudos
sobre a velocidade e a aceleração do carrinho.
A segunda parte do experimento foi a quantificação do momento de inércia de uma peça disposta no
acervo do LABGRAF B, supervisionado pelo professor Dr. Naor Moraes Melo.
3 Material Utilizado
Os materiais utilizados para realização do experimento cinemático e de momento de inércia foram:
Quantidade Material
01 Cronômetro
01 Giz
01 Trena
01 Paquı́metro Digital
01 Conjunto Carrinho e Controle
01 Peça da capota marı́tima
3
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
4 Objetivos
• Analisar a aplicação dos conteúdos de cinemática estudados, no cálculo da velocidade e aceleração de
um carro de controle remoto em dois cenários diferentes. [Seção 5]
• Demonstrar os cálculos para obtenção dos momentos de inércia de uma peça sólida em relação ao eixo
x e y, de acordo com a teoria vista em sala de aula. [Seção 6]
5 Cinemática
Cinemática é a área da mecânica que estuda o movimento dos corpos sem levar em conta as causas desse
movimento. Em outras palavras, estuda-se situações que ocorrem a partir do instante em que um corpo inicia
o seu estado de movimento. [1]
A velocidade é uma grandeza que identifica o deslocamento de um corpo num determinado tempo. Quando
a velocidade de uma partı́cula varia, diz-se que a partı́cula sofreu uma aceleração. Foram utilizados os
conceitos básicos de velocidade e aceleração média, que estão formulados abaixo. [2]
Para realização deste experimento, foram realizadas dois tipos de trajetórias: trajetória retilı́nea e tra-
jetória circular.
As fórmulas utilizadas para essa parte do trabalho foram:
• Movimento Retilı́neo:
∆S at2
V = ∆t ∆S = V0 t + 2 V = V0 + at
• Movimento Circular:
2πRaio V V2
V = ∆t ω= Raio acp = Raio
4
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Primeiro iremos expor os dados obtidos dos 3 percursos em movimento retilı́neo, medidos 5 vezes cada
um.
S t V1 a1 S t V2 S t V3
0 a 2,00 2,41 1,94 0,94 2,00 a 3,00 0,71 1,41 2,00 a 4,00 1,15 1,74
0 a 2,00 2,47 1,89 0,89 2,00 a 3,00 0,54 1,85 2,00 a 4,00 0,76 2,63
0 a 2,00 2,50 1,86 0,87 2,00 a 3,00 0,45 2,22 2,00 a 4,00 0,98 2,04
0 a 2,00 2,46 1,90 0,90 2,00 a 3,00 0,43 2,33 2,00 a 4,00 1,06 1,89
0 a 2,00 2,50 1,86 0,87 2,00 a 3,00 0,39 2,56 2,00 a 4,00 0,96 2,08
Onde:
• V é a velocidade em m/s;
• a é a aceleração em m/s2 .
As velocidades e acelerações médias com seus respectivos desvios padrão podem ser vistas da seguinte
forma:
Foi observado que o carrinho se desloca com movimento retilı́neo uniformemente variável (MRUV) na
primeira trajetória. Nas duas outras trajetórias, ele se desloca com movimento retilı́neo uniforme (MRU).
A V1 é a velocidade máxima do primeiro movimento, enquanto que V2 e V3 são as velocidades médias do
segundo e terceiro movimento, respectivamente.
Como nos três casos o móvel partiu do repouso, foi identificado que há uma aceleração inicial até atingir
uma velocidade máxima, quando a aceleração desaparece, pois o atrito e a resistência do ar se igualam com
a força de propulsão do motor elétrico do carrinho.
5
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Nesta subsubseção estão presentes os gráficos das três trajetórias mesclados para fins comparativos.
6
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Figura 4: Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a segunda e terceira tabela
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Aqui estão dispostos os dados obtidos 2 percursos em movimento movimento circular, medidos 5 vezes
cada um. O segundo raio foi maior devido a regulagem do alinhamento do carrinho. A primeira trajetória foi
feita com a regulagem equilibrada e a segunda foi feita com a regulagem R, fazendo-o tender para a direita.
Onde:
Foi observado que o carrinho ao se deslocar em trajetória circular apresentou aspectos que se assemelham
mais com o movimento circular uniforme (MCU).
Em ambos os casos do circular, o móvel não partia do repouso. Foi analisado que a força de propulsão
do motor elétrico do carrinho é igualada à soma da força de atrito e da resistência do ar, resultando em
aceleração tangencial nula.
8
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Nesta subsubseção estão presentes os gráficos das duas trajetórias mesclados para fins comparativos.
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
I = m · r2
Onde:
• I é o momento de inércia.
Para corpos rı́gidos, deve-se fazer o somatório de todas as partı́culas. Desta forma, utiliza-se a integral
sobre o corpo rı́gido C.
r2 dm
R
C
Cada tipo de arranjo geométrico possui um momento de inércia próprio devido a localização do seu centro
de massa. Em corpos homogêneos, o centro de massa coincide com o centróide. [4]
Temos que:
y 2 dA x2 dA
R R
Ix = Iy =
Onde:
• dA é o produto cartesiano dx · dy
O teorema dos eixos paralelos é um teorema que permite calcular o momento de inércia de um sólido
rı́gido relativo a um eixo de rotação que passa por um ponto O, quando são conhecidos o momento de inércia
relativo a um eixo paralelo ao anterior e que passa pelo centro de massa do sólido e a distância entre os eixos.
Levando em conta a figura abaixo, o teorema dos dá a seguinte equação: Iz = Ix + Ad2 .
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Onde:
• A é a área do corpo;
A seguir, uma tabela com os momentos de inércia das principais figuras planas.
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
A peça original foi modelada em 2D no AutoCad e em 3D no SolidWorks para fins comparativos com as
divisões que realizamos para efetuação do cálculo do momento de inércia.
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Para achar os centróides das áreas divididas, foi utilizada a seguinte tabela de centróides de figuras planas:
Figura 16: Tabela dos centróides de figuras planas utilizadas na resolução do problema
A partir da Figura 13 pode-se calcular os momentos de inércia em relação ao eixo x de todas as áreas
divididas anteriormente.
Área I
1 3 1
Ix(I) = bh = (6,0)(32,0 − 8,5)3 = 25.955,75 mm4 (1)
3 (I) 3
Área II:
1 3 1
Ix(II) = bh(II) = (6,0)(32,0 − 8,5)3 = 25.955,75 mm4 (2)
3 3
Área III:
1 3 1
Ix(III) = bh(III) = (5,0)(32,0)3 = 54.613,33 mm4 (3)
3 3
Área IV:
1 3 1
Ix(IV) = bh = (3,5)(8,0)3 = 597,33 mm4 (4)
3 (IV) 3
Área V:
4r 4(17,0)
d1(V) = = = 7,22 mm (5)
3π 3π
1 4 1
IAA0 (V) = πr = π(17,0)4 = 32.798,62 mm4 (6)
8 8
Cuja área:
1 2 1
A(V) = πr = π(17,0)2 = 453,96 mm2 (7)
2 2
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Tem-se:
Ix0 (V) = IAA0 (V) − Ad2(V) = 32.798,62 − 453,96(7,22)2 = 9.134,41 mm4 (9)
Ix(V) = Ix‘(V) + Ad22(V) = 9.134,41 + 453,96(32,0 − 8,5 + 7,22)2 = 437.544,82 mm4 (10)
Área VI:
4r 4(12,0)
d1(VI) = = = 5,09 mm (11)
3π 3π
1 4 1
IAA0 (VI) = πr = π(12,0)4 = 8.143,01 mm4 (12)
8 8
Cuja área:
1 2 1
A(VI) = πr = π(12,0)2 = 226,19 mm2 (13)
2 2
IAA0 (VI) = Ix0 (VI) + Ad21(VI) =⇒ Ix0 (VI) = IAA0 (VI) − Ad2(VI) = 8.1430,01 − 226,19(5,02)2 = 2.282,86 mm4
(14)
Utilizando o teorema dos eixos paralelos novamente, tem-se:
Ix(VI) = Ix‘(VI) + Ad22(VI) = 2.282,86 + 226,19(32,0 − 8,5 + 5,09)2 = 187.167,87 mm4 (15)
Área VII
1 3 1
Ix(VII) = bh = (17,0)(8,5)3 = 870,01 mm4 (16)
12 (VII) 12
Cuja área:
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Área VIII:
4r 4(5,0)
d(VIII) = = = 2,12 mm (19)
3π 3π
1 4 1
IBB0 (VIII) = πr = π(5,0)4 = 122,72 mm4 (20)
16 16
Cuja área:
πr2 π(5,0)2
A(VIII) = = = 19,63 mm2 (21)
4 4
IBB0 (VIII) = Ix0 (VIII) + Ad2(VIII) =⇒ Ix0 (VIII) = IBB0 (VIII) − Ad2(VIII) = 122,72 − 19,63(2,12)2 = 34,49 mm4
(22)
Utilizando novamente o teorema dos eixos paralelos:
Ix(VIII) = Ix‘(VIII) + Ad2(VIII) = 34,49 + 19,63(23,5 + 3,5 + 2,12)2 = 16.680,23 mm4 (23)
Área IX:
1 3 1
Ix(IX) = bh = (5,0)(3,5)3 = 17,86 mm4 (24)
12 (IX) 12
Cuja área:
A partir da Figura 13 pode-se calcular os momentos de inércia em relação ao eixo y de todas as áreas
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
divididas anteriormente.
Área I
1 3 1
Iy(I) = b h(I) = (6,0)3 (23,5) = 1.692,00 mm4 (28)
3 3
Área II:
1 3 1
Iy(II) = b h(II) = (6,0)3 (23,5) = 423,00 mm4 (30)
3 3
Cuja área:
Área III:
1 3 1
Iy’(III) = bh(III) = (5,0)(32,5)3 = 333,33 mm4 (34)
12 12
Cuja área:
Área IV:
1 3 1
Iy’(IV) = bh(IV) = (3,5)(8,0)3 = 28,58 mm4 (38)
12 12
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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Cuja área:
Área V:
1 4 1
Iy0 (V) = πr = π(17,0)4 = 32.798,62 mm4 (42)
8 8
Cuja área:
1 2 1
A(V) = πr = π(17,0)2 = 453,96 mm2 (43)
2 2
Área VI:
1 4 1
Iy0 (VI) = πr = π(12,0)4 = 8.143,01 mm4 (46)
8 8
Cuja área:
1 2 1
A(VI) = πr = π(12,0)2 = 226,19 mm2 (47)
2 2
Área VII:
20
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
1 3 1
Iy(VII) = b h(VII) = (17,0)3 (8,5) = 3.480,04 mm4 (50)
12 12
Cuja área:
Área VIII:
4r 4(5,0)
d1(VIII) = = = 2,12 mm (53)
3π 3π
4r
d2(VIII) = r − = 5 − 2,12 = 2,88 mm (54)
3π
1 4 1
Iy0 (VIII) = πr = π(5,0)4 = 122,72 mm4 (55)
16 16
Cuja área:
πr2 π(5,0)2
A(VIII) = = = 19,63 mm2 (56)
4 4
Iy0 (VIII) = Iy0 (VIII) + Ad21(VIII) =⇒ Iy0 (VIII) = Iy0 (VIII) − Ad21(VIII) = 122,72 − 19,63(2,12)2 = 34,49 mm4
(57)
Utilizando novamente o teorema dos eixos paralelos:
Área IX:
1 3 1
Iy(IX) = b h(IX) = (5,0)3 (3,5) = 145,83 mm4 (59)
3 3
Cuja área:
21
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB
Dessa forma pode-se concluir que essa peça sólida estudada possui maior dificuldade em ser rotacionada
em relação ao eixo y.
O momento de inércia polar pode ser descrito como a soma dos momentos de inércia dos eixos x e y.
Referências
[1] F. Beer, E. R. Johnston, P. J. Cornwell, B. P. Self, and S. Sanghi, Mecânica Vetorial para Engenheiros-:
Dinâmica. Bookman Editora, 2019.
[3] P. F. Filho, Mecânica Geral para Engenharia Civil (Teoria e Prática). DECA-UFPB, 2006.
[4] F. P. Beer, E. R. Johnston, and D. F. Mazurek, Mecânica Vetorial para Engenheiros-: Estática. McGraw
Hill Brasil, 2019.
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