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Universidade Federal da Paraı́ba

Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
Mecânica dos Sólidos I
Prof. Dr. Naor Moraes Melo

João Marcelo Fernandes Gualberto de Galiza


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3
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Prática Experimental - Cálculo de Momento


de Inércia de um Sólido e Estudo de
Cinemática Aplicada a um Carro de Controle
Remoto

João Pessoa - Paraı́ba


Março de 2020
João Marcelo Fernandes Gualberto de Galiza
2
3
4
5

Prática Experimental - Cálculo de Momento


de Inércia de um Sólido e Estudo de
Cinemática Aplicada à um Carro de Controle
Remoto

Relatório referente ao exercı́cio da unidade 2 da


disciplina de Mecânica dos Sólidos I do curso em
Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica na
UFPB, perı́odo 2019.2, sob orientação do Prof. Dr.
Naor Moraes Melo.

João Pessoa - Paraı́ba


2020
Sumário

Sumário 1

Lista de Figuras 2

1 Suporte computacional 3

2 Resumo 3

3 Material Utilizado 3

4 Objetivos 4

5 Cinemática 4
5.1 Movimento Retilı́neo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.1.1 Gráficos do Movimento Retilı́neo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.2 Movimento Circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2.1 Gráficos do Movimento Circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

6 Momento de Inércia dos Sólidos 11


6.1 Teorema dos Eixos Paralelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.2 Cálculos dos Momentos de Inércia do Sólido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6.3 Cálculo do Momento de Inércia Polar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Referências 22

1
Lista de Figuras
1 Carrinho e Controle Remoto utilizados no experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Gráfico Espaço (m) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a primeira tabela . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a segunda e terceira tabela . . . . . . . . . . . . 7
2
5 Gráfico Aceleração (m/s ) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6 Gráfico Espaço (m) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
7 Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
8 Gráfico Velocidade Angular (rev/s) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2
9 Gráfico Aceleração Centrı́peta (m/s ) vs Tempo (s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
10 Teorema dos Eixos Paralelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
11 Tabela de momentos de inércia das principais figuras geométricas . . . . . . . . . . . . . . . . 12
12 Representação da peça em duas dimensões dividida em setores . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
13 Representação da peça em duas dimensões dividida em setores cotados . . . . . . . . . . . . . 13
14 Representação da peça em três dimensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
15 Divisões da peça original . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
16 Tabela dos centróides de figuras planas utilizadas na resolução do problema . . . . . . . . . . 16

2
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

1 Suporte computacional
Este relatório foi elaborado utilizando o sistema de processamentos de texto LATEX, que se baseia em
uma linguagem de marcação, favorecendo assim ao escritor concentrar-se exclusivamente na estrutura e no
conteúdo do texto a despeito da sua formação fı́sica (Lamport, 1986).
Os gráficos apresentados foram procedidos no Software R versão 3.6.1 para Windows. O software R é
um software livre, largamente utilizado pela comunidade estatı́stica. Em especı́fico, foi utilizado o programa
RStudio e encontra-se disponı́vel em rstudio.com.
Os modelos da peça em 2D foram feitos com o software AutoCad versão 2020 para Windows. O Au-
toCad é um software de classificação CAD (Computer Aided Design) criado pela Autodesk, é utilizado
principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico e e para criação de modelos tridimensio-
nais, sendo atualizado continuamente para utilização em outras àreas. Encontra-se disponı́vel em auto-
desk.com.br/products/autocad/overview.
O modelo da peça em 3D foi feito com o software SolidWorks. SolidWorks é um programa de modelagem
3D que permite aos usuários desenvolver modelos sólidos (peças e objetos) completos em um ambiente
simulado para que se desenvolva o seu design e diversas análises mecânicas e encontra-se disponı́vel em
solidworks.com/pt-br.

2 Resumo
A primeira parte do experimento foi com respeito à cinemática de um carrinho de controle remoto. Foram
realizadas trajetórias retilı́neas e circulares com o mesmo. Dos percursos feitos, foram elaborados estudos
sobre a velocidade e a aceleração do carrinho.
A segunda parte do experimento foi a quantificação do momento de inércia de uma peça disposta no
acervo do LABGRAF B, supervisionado pelo professor Dr. Naor Moraes Melo.

3 Material Utilizado
Os materiais utilizados para realização do experimento cinemático e de momento de inércia foram:

Quantidade Material
01 Cronômetro
01 Giz
01 Trena
01 Paquı́metro Digital
01 Conjunto Carrinho e Controle
01 Peça da capota marı́tima

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

4 Objetivos
• Analisar a aplicação dos conteúdos de cinemática estudados, no cálculo da velocidade e aceleração de
um carro de controle remoto em dois cenários diferentes. [Seção 5]

• Demonstrar os cálculos para obtenção dos momentos de inércia de uma peça sólida em relação ao eixo
x e y, de acordo com a teoria vista em sala de aula. [Seção 6]

5 Cinemática
Cinemática é a área da mecânica que estuda o movimento dos corpos sem levar em conta as causas desse
movimento. Em outras palavras, estuda-se situações que ocorrem a partir do instante em que um corpo inicia
o seu estado de movimento. [1]
A velocidade é uma grandeza que identifica o deslocamento de um corpo num determinado tempo. Quando
a velocidade de uma partı́cula varia, diz-se que a partı́cula sofreu uma aceleração. Foram utilizados os
conceitos básicos de velocidade e aceleração média, que estão formulados abaixo. [2]
Para realização deste experimento, foram realizadas dois tipos de trajetórias: trajetória retilı́nea e tra-
jetória circular.
As fórmulas utilizadas para essa parte do trabalho foram:

• Movimento Retilı́neo:

∆S at2
V = ∆t ∆S = V0 t + 2 V = V0 + at

• Movimento Circular:

2πRaio V V2
V = ∆t ω= Raio acp = Raio

Figura 1: Carrinho e Controle Remoto utilizados no experimento

4
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

5.1 Movimento Retilı́neo

Primeiro iremos expor os dados obtidos dos 3 percursos em movimento retilı́neo, medidos 5 vezes cada
um.

S t V1 a1 S t V2 S t V3
0 a 2,00 2,41 1,94 0,94 2,00 a 3,00 0,71 1,41 2,00 a 4,00 1,15 1,74
0 a 2,00 2,47 1,89 0,89 2,00 a 3,00 0,54 1,85 2,00 a 4,00 0,76 2,63
0 a 2,00 2,50 1,86 0,87 2,00 a 3,00 0,45 2,22 2,00 a 4,00 0,98 2,04
0 a 2,00 2,46 1,90 0,90 2,00 a 3,00 0,43 2,33 2,00 a 4,00 1,06 1,89
0 a 2,00 2,50 1,86 0,87 2,00 a 3,00 0,39 2,56 2,00 a 4,00 0,96 2,08

Onde:

• S é a distância percorrida em metros;

• t é o tempo decorrido em segundos;

• V é a velocidade em m/s;

• a é a aceleração em m/s2 .

As velocidades e acelerações médias com seus respectivos desvios padrão podem ser vistas da seguinte
forma:

V1 = 1,89 ± 0,03m/s V2 = 2,07 ± 0,40m/s V3 = 2,08 ± 0,30m/s


2 2
a1 = 0,89 ± 0,03m/s a2 = 0,00m/s a3 = 0,00m/s2

Foi observado que o carrinho se desloca com movimento retilı́neo uniformemente variável (MRUV) na
primeira trajetória. Nas duas outras trajetórias, ele se desloca com movimento retilı́neo uniforme (MRU).
A V1 é a velocidade máxima do primeiro movimento, enquanto que V2 e V3 são as velocidades médias do
segundo e terceiro movimento, respectivamente.
Como nos três casos o móvel partiu do repouso, foi identificado que há uma aceleração inicial até atingir
uma velocidade máxima, quando a aceleração desaparece, pois o atrito e a resistência do ar se igualam com
a força de propulsão do motor elétrico do carrinho.

5
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

5.1.1 Gráficos do Movimento Retilı́neo

Nesta subsubseção estão presentes os gráficos das três trajetórias mesclados para fins comparativos.

Figura 2: Gráfico Espaço (m) vs Tempo (s)

Figura 3: Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a primeira tabela

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Figura 4: Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s) para a segunda e terceira tabela

Figura 5: Gráfico Aceleração (m/s2 ) vs Tempo (s)

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

5.2 Movimento Circular

Aqui estão dispostos os dados obtidos 2 percursos em movimento movimento circular, medidos 5 vezes
cada um. O segundo raio foi maior devido a regulagem do alinhamento do carrinho. A primeira trajetória foi
feita com a regulagem equilibrada e a segunda foi feita com a regulagem R, fazendo-o tender para a direita.

Raio t V1 ω1 acp1 Raio t V2 ω2 acp2


0,34 1,56 1,37 0,64 5,51 0,97 5,64 1,09 0,18 1,20
0,34 2,23 0,96 0,45 2,70 0,97 5,33 1,14 0,19 1,35
0,34 2,05 1,04 0,49 3,20 0,97 6,19 0,98 0,16 1,00
0,34 2,07 1,03 0,48 3,13 0,97 5,68 1,07 0,18 1,18
0,34 2,25 0,95 0,44 2,65 0,97 5,72 1,06 0,17 1,16

Onde:

• Raio é o raio de curvatura da trajetória que o carrinho realizou em metros;

• t é o tempo decorrido em segundos;

• V é a velocidade tangencial em m/s;

• ω é a velocidade angular em rev/s;

• acp é a aceleração centrı́peta do carrinho em m/s2 .

As velocidades e acelerações de forma estatı́stica podem ser vistas da seguinte forma:

V1 = 1,07 ± 0,20m/s V2 = 1,07 ± 0,06m/s


ω1 = 0,50 ± 0,08rev/s ω2 = 0,18 ± 0,01rev/s
acp1 = 3,43 ± 1,19m/s2 acp2 = 1,19 ± 0,12m/s2

Foi observado que o carrinho ao se deslocar em trajetória circular apresentou aspectos que se assemelham
mais com o movimento circular uniforme (MCU).
Em ambos os casos do circular, o móvel não partia do repouso. Foi analisado que a força de propulsão
do motor elétrico do carrinho é igualada à soma da força de atrito e da resistência do ar, resultando em
aceleração tangencial nula.

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

5.2.1 Gráficos do Movimento Circular

Nesta subsubseção estão presentes os gráficos das duas trajetórias mesclados para fins comparativos.

Figura 6: Gráfico Espaço (m) vs Tempo (s)

Figura 7: Gráfico Velocidade (m/s) vs Tempo (s)

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Figura 8: Gráfico Velocidade Angular (rev/s) vs Tempo (s)

Figura 9: Gráfico Aceleração Centrı́peta (m/s2 ) vs Tempo (s)

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

6 Momento de Inércia dos Sólidos


O momento de inércia, ou momento de inércia de massa, expressa o grau de dificuldade em se alterar o
estado de movimento de um corpo em rotação. Em outras palavras, ele é um quantificador que mede o quão
difı́cil é de o objeto girar ou alterar sua rotação. Ele também depende da distribuição da massa do sistema
observado. Exemplificando, quanto maior for o momento de inércia de um corpo, mais difı́cil será fazer o
objeto girar ou alterar sua rotação [3]. Pela própria definição de momento de inércia, temos que:

I = m · r2

Onde:

• I é o momento de inércia.

• m é referente a massa da partı́cula.

• r é referente a distância de onde o eixo gira até a partı́cula.

Para corpos rı́gidos, deve-se fazer o somatório de todas as partı́culas. Desta forma, utiliza-se a integral
sobre o corpo rı́gido C.

r2 dm
R
C

Cada tipo de arranjo geométrico possui um momento de inércia próprio devido a localização do seu centro
de massa. Em corpos homogêneos, o centro de massa coincide com o centróide. [4]
Temos que:

y 2 dA x2 dA
R R
Ix = Iy =

Onde:

• dA é o produto cartesiano dx · dy

6.1 Teorema dos Eixos Paralelos

O teorema dos eixos paralelos é um teorema que permite calcular o momento de inércia de um sólido
rı́gido relativo a um eixo de rotação que passa por um ponto O, quando são conhecidos o momento de inércia
relativo a um eixo paralelo ao anterior e que passa pelo centro de massa do sólido e a distância entre os eixos.
Levando em conta a figura abaixo, o teorema dos dá a seguinte equação: Iz = Ix + Ad2 .

Figura 10: Teorema dos Eixos Paralelos

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Onde:

• Iz é o momento de inércia de área através do eixo paralelo;

• Ix é o memento de inércia de área através do eixo X que contém o centróide;

• A é a área do corpo;

• d é a distância entre os eixos X e Z.

A seguir, uma tabela com os momentos de inércia das principais figuras planas.

Figura 11: Tabela de momentos de inércia das principais figuras geométricas

12
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

A peça original foi modelada em 2D no AutoCad e em 3D no SolidWorks para fins comparativos com as
divisões que realizamos para efetuação do cálculo do momento de inércia.

Figura 12: Representação da peça em duas dimensões dividida em setores

Figura 13: Representação da peça em duas dimensões dividida em setores cotados

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Figura 14: Representação da peça em três dimensões

14
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

A peça foi dividida da seguinte forma:

Figura 15: Divisões da peça original

15
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Para achar os centróides das áreas divididas, foi utilizada a seguinte tabela de centróides de figuras planas:

Figura 16: Tabela dos centróides de figuras planas utilizadas na resolução do problema

6.2 Cálculos dos Momentos de Inércia do Sólido

A partir da Figura 13 pode-se calcular os momentos de inércia em relação ao eixo x de todas as áreas
divididas anteriormente.
Área I

1 3 1
Ix(I) = bh = (6,0)(32,0 − 8,5)3 = 25.955,75 mm4 (1)
3 (I) 3

Área II:

1 3 1
Ix(II) = bh(II) = (6,0)(32,0 − 8,5)3 = 25.955,75 mm4 (2)
3 3

Área III:

1 3 1
Ix(III) = bh(III) = (5,0)(32,0)3 = 54.613,33 mm4 (3)
3 3

Área IV:

1 3 1
Ix(IV) = bh = (3,5)(8,0)3 = 597,33 mm4 (4)
3 (IV) 3

Área V:

4r 4(17,0)
d1(V) = = = 7,22 mm (5)
3π 3π

1 4 1
IAA0 (V) = πr = π(17,0)4 = 32.798,62 mm4 (6)
8 8

Cuja área:

1 2 1
A(V) = πr = π(17,0)2 = 453,96 mm2 (7)
2 2

Logo, utilizando o teorema dos eixos paralelos:

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

IAA0 (V) = Ix‘(V) + Ad21(V) (8)

Tem-se:

Ix0 (V) = IAA0 (V) − Ad2(V) = 32.798,62 − 453,96(7,22)2 = 9.134,41 mm4 (9)

Utilizando novamente o teorema dos eixos paralelos:

Ix(V) = Ix‘(V) + Ad22(V) = 9.134,41 + 453,96(32,0 − 8,5 + 7,22)2 = 437.544,82 mm4 (10)

Área VI:

4r 4(12,0)
d1(VI) = = = 5,09 mm (11)
3π 3π

1 4 1
IAA0 (VI) = πr = π(12,0)4 = 8.143,01 mm4 (12)
8 8

Cuja área:

1 2 1
A(VI) = πr = π(12,0)2 = 226,19 mm2 (13)
2 2

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

IAA0 (VI) = Ix0 (VI) + Ad21(VI) =⇒ Ix0 (VI) = IAA0 (VI) − Ad2(VI) = 8.1430,01 − 226,19(5,02)2 = 2.282,86 mm4
(14)
Utilizando o teorema dos eixos paralelos novamente, tem-se:

Ix(VI) = Ix‘(VI) + Ad22(VI) = 2.282,86 + 226,19(32,0 − 8,5 + 5,09)2 = 187.167,87 mm4 (15)

Área VII

1 3 1
Ix(VII) = bh = (17,0)(8,5)3 = 870,01 mm4 (16)
12 (VII) 12

Cuja área:

A(VII) = bh(VII) = 17,0(8,5) = 144,50 mm2 (17)

Aplicando o teorema dos eixos paralelos:

17
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Ix(VII) = Ix‘(VII) + Ad2(VII) = 870,01 + 144,50(23,5 + 4,25)2 = 112.144,04 mm4 (18)

Área VIII:

4r 4(5,0)
d(VIII) = = = 2,12 mm (19)
3π 3π

1 4 1
IBB0 (VIII) = πr = π(5,0)4 = 122,72 mm4 (20)
16 16

Cuja área:

πr2 π(5,0)2
A(VIII) = = = 19,63 mm2 (21)
4 4

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

IBB0 (VIII) = Ix0 (VIII) + Ad2(VIII) =⇒ Ix0 (VIII) = IBB0 (VIII) − Ad2(VIII) = 122,72 − 19,63(2,12)2 = 34,49 mm4
(22)
Utilizando novamente o teorema dos eixos paralelos:

Ix(VIII) = Ix‘(VIII) + Ad2(VIII) = 34,49 + 19,63(23,5 + 3,5 + 2,12)2 = 16.680,23 mm4 (23)

Área IX:

1 3 1
Ix(IX) = bh = (5,0)(3,5)3 = 17,86 mm4 (24)
12 (IX) 12

Cuja área:

A(IX) = bh(IX) = 5,0(3,5) = 17,5 mm2 (25)

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Ix(IX) = Ix‘(IX) + Ad2(IX) = 17,86 + 17,5(23,5 + 1,75)2 = 11.175,20 mm4 (26)

Logo, somando todos os momentos em x, temos:


Ix(T otal) = Ix(I) + Ix(II) + Ix(III) + Ix(IV ) + Ix(V ) - Ix(V I) + Ix(V II) + Ix(V III) + Ix(IX)

Ix(Total) = 497.578,58 mm4 (27)

A partir da Figura 13 pode-se calcular os momentos de inércia em relação ao eixo y de todas as áreas

18
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

divididas anteriormente.
Área I

1 3 1
Iy(I) = b h(I) = (6,0)3 (23,5) = 1.692,00 mm4 (28)
3 3

Área II:

dy(II) = 19,0 mm (29)

1 3 1
Iy(II) = b h(II) = (6,0)3 (23,5) = 423,00 mm4 (30)
3 3

Cuja área:

A(II) = bh(II) = 23,5(6,0) = 141,00 mm2 (31)

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy(II) = Iy‘(II) + Ad2(II) = 423,00 + 141(19)2 = 51.324,00 mm4 (32)

Área III:

dy(III) = 48,5 mm (33)

1 3 1
Iy’(III) = bh(III) = (5,0)(32,5)3 = 333,33 mm4 (34)
12 12

Cuja área:

A(III) = bh(III) = 32,0(5,0) = 160,0 mm2 (35)

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy(III) = Iy‘(III) + Ad2(III) = 333,33 + 160(48,5)2 = 376.693,33 mm4 (36)

Área IV:

dy(IV) = 52,75 mm (37)

1 3 1
Iy’(IV) = bh(IV) = (3,5)(8,0)3 = 28,58 mm4 (38)
12 12

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Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

Cuja área:

A(IV) = bh(IV) = 3,5,(8,0) = 28,0 mm2 (39)

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy(IV) = Iy‘(IV) + Ad2(IV) = 28,58 + 28(52,72)2 = 77.940,33 mm4 (40)

Área V:

dy(V) = 34,0 mm (41)

1 4 1
Iy0 (V) = πr = π(17,0)4 = 32.798,62 mm4 (42)
8 8

Cuja área:

1 2 1
A(V) = πr = π(17,0)2 = 453,96 mm2 (43)
2 2

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy(V) = Iy‘(V) + Ad2(V) = 32.798,62 + 453,96(34,0)2 = 557.576,54 mm4 (44)

Área VI:

dy(VI) = 34,0 mm (45)

1 4 1
Iy0 (VI) = πr = π(12,0)4 = 8.143,01 mm4 (46)
8 8

Cuja área:

1 2 1
A(VI) = πr = π(12,0)2 = 226,19 mm2 (47)
2 2

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy(VI) = Iy‘(VI) + Ad2(VI) = 8.143,01 + 226,19(34,0)2 = 269.624,05 mm4 (48)

Área VII:

dy(VII) = 13,5 mm (49)

20
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

1 3 1
Iy(VII) = b h(VII) = (17,0)3 (8,5) = 3.480,04 mm4 (50)
12 12

Cuja área:

A(VII) = bh(VII) = 17,0(8,5) = 144,50 mm2 (51)

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy(VII) = Iy‘(VII) + Ad2(VII) = 3.480,04 + 144,5(13,5)2 = 29.815,17 mm4 (52)

Área VIII:

4r 4(5,0)
d1(VIII) = = = 2,12 mm (53)
3π 3π

4r
d2(VIII) = r − = 5 − 2,12 = 2,88 mm (54)

1 4 1
Iy0 (VIII) = πr = π(5,0)4 = 122,72 mm4 (55)
16 16

Cuja área:

πr2 π(5,0)2
A(VIII) = = = 19,63 mm2 (56)
4 4

Utilizando o teorema dos eixos paralelos:

Iy0 (VIII) = Iy0 (VIII) + Ad21(VIII) =⇒ Iy0 (VIII) = Iy0 (VIII) − Ad21(VIII) = 122,72 − 19,63(2,12)2 = 34,49 mm4
(57)
Utilizando novamente o teorema dos eixos paralelos:

Ix(VIII) = Ix‘(VIII) + Ad22(VIII) = 34,49 + 19,63(2,88)2 = 197.31 mm4 (58)

Área IX:

1 3 1
Iy(IX) = b h(IX) = (5,0)3 (3,5) = 145,83 mm4 (59)
3 3

Cuja área:

21
Relatório de Prática Experimental CT - UFPB

A(IX) = bh(IX) = 5,0(3,5) = 17,5 mm2 (60)

Logo, somando todos os momentos em y, temos:


Iy(T otal) = Iy(I) + Iy(II) + Iy(III) + Iy(IV ) + Iy(V ) - Iy(V I) + Iy(V II) + Iy(V III) + Iy(IX)

Iy(Total) = 826.030,46 mm4 (61)

Dessa forma pode-se concluir que essa peça sólida estudada possui maior dificuldade em ser rotacionada
em relação ao eixo y.

6.3 Cálculo do Momento de Inércia Polar

O momento de inércia polar pode ser descrito como a soma dos momentos de inércia dos eixos x e y.

Iz = Ix + Iy = 497.578,58 + 826.030,46 = 1.323.609,04 mm4 (62)

Referências
[1] F. Beer, E. R. Johnston, P. J. Cornwell, B. P. Self, and S. Sanghi, Mecânica Vetorial para Engenheiros-:
Dinâmica. Bookman Editora, 2019.

[2] H. . Resnick, Fundamentos de Fı́sica: Mecânica. GEN, 2014.

[3] P. F. Filho, Mecânica Geral para Engenharia Civil (Teoria e Prática). DECA-UFPB, 2006.

[4] F. P. Beer, E. R. Johnston, and D. F. Mazurek, Mecânica Vetorial para Engenheiros-: Estática. McGraw
Hill Brasil, 2019.

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