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RELATÓRIO - LAB 2 e 3 - AGREGADO MIÚDO

Materiais da Construção Civil

Profª Márcia Regina de Freitas

José Filipe Cardoso Gomes................RA:201323559

Lucas Batista Rosmaninho................RA:201324334

Turma: 343L

Guaratinguetá

2022
RESUMO

Neste relatório serão apresentados os resultados obtidos dos ensaios realizados em


laboratório, os quais são: determinação da massa específica absoluta pelo frasco de Chapman;
determinação do teor de umidade superficial pelo frasco de Chapman; determinação do
material fino que passa através da peneira 75µm por lavagem; determinação da composição
granulométrica; determinação da Massa Unitária e do volume de vazios; determinação do
inchamento de agregado miúdo. Para a realização do ensaio foram utilizadas as seguintes
normas: NBR 9776; NBR 9775/2011; NBR 16973/2021; NBR NM 248/2001; NBR
16972/2021; NBR 6467/2006. Com base nestas normas serão explicitados os procedimentos
envolvidos nos ensaios, os materiais utilizados, e os resultados obtidos juntamente com suas
respectivas análises e conclusões obtidas.

Palavras–chave: Agregado miúdo. Areia. Inchamento. Umidade.

2
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5
DESENVOLVIMENTO 6
1. Agregado miúdo - Determinação da massa específica absoluta pelo frasco de
Chapman - ABNT NBR 9776 6
1.1 Objetivo 6
1.2 Fundamentação teórica 6
1.3 Procedimento experimental 7
1.3.1 Materiais e métodos 7
1.4 Resultados e Discussão 7
2. Agregado miúdo - Determinação do teor de umidade superficial pelo frasco de
Chapman - ABNT NBR 9775:2011 8
2.1 Objetivo 8
2.2 Fundamentação teórica 8
2.3 Procedimento experimental 8
2.3.1 Materiais e métodos 9
2.4 Resultados e Discussão 9
3. Agregado Miúdo - Determinação do material fino que passa através da peneira
75µm por lavagem - ABNT NBR 16973:2021 10
3.1 Objetivo 10
3.2 Fundamentação teórica 10
3.3 Procedimento experimental 11
3.3.1 Materiais e métodos 11
3.4 Resultados e Discussão 12
4. Agregado miúdo - Determinação da composição granulométrica – ABNT NBR
NM 248/2001 13
4.1 Objetivo 13
4.2 Fundamentação teórica 13
4.2.1 Série de peneiras normal e intermediária 13
4.2.2 Dimensão Máxima Característica 13
4.2.3 Módulo de Finura 14

3
4.3 Procedimento experimental 14
4.3.1 Materiais e métodos 14
4.4 Resultados e Discussão 15
5. Agregado miúdo - Determinação da Massa Unitária e do volume de vazios -
ABNT NBR 16972/2021 17
5.1 Objetivo 17
5.2 Fundamentação teórica 17
5.2.1 Massa Unitária 17
5.2.2 Índice de vazios 17
5.3 Procedimento experimental 18
5.3.1 Materiais e método 18
5.4 Resultados e Discussão 18
6. Agregado miúdo - Determinação do inchamento de agregado miúdo - ABNT NBR
6467/2006 19
6.1 Objetivo 19
6.2 Fundamentação teórica 19
6.2.1 Teor de umidade 19
6.2.2 Inchamento de agregado miúdo 20
6.2.3 Coeficiente de inchamento (Vh/Vs) 20
6.3 Procedimento experimental 20
6.3.1 Materiais e métodos 20
6.4 Resultados e Discussão 21
CONCLUSÃO 25
REFERÊNCIAS 26

4
INTRODUÇÃO

De acordo com Bauer, agregados são geralmente inertes, formados por grãos de
dimensões variadas, de origem natural ou artificial e são de grande utilização no ambiente da
construção civil.

O presente relatório teve como tema os agregados miúdos, que são aqueles que possuem
diâmetros entre 0,075 mm e 4,75 mm. Uma série de experimentos foram realizados para a
determinação de alguns parâmetros do agregado ensaiado, parâmetros esses que são muito
importantes de serem conhecidos para que possibilitem uma boa tomada de decisão por parte
do profissional responsável, considerando que, a partir de tais procedimentos, será possível
avaliar se o material analisado estão de acordo com os requisitos necessários para serem
empregados na produção de concretos e argamassas.

Os ensaios realizados foram feitos pela turma com o auxílio dos professores e visando
sempre atender aos requisitos estabelecidos pela norma. O primeiro deles foi a determinação
da massa específica absoluta através do frasco de Chapman, depois a determinação do teor de
umidade superficial pelo frasco de Chapman, determinação do material fino que passa pela
peneira de 75µm por lavagem, determinação da composição granulométrica, determinação da
massa unitária e do volume de vazios e determinação do inchamento do agregado miúdo.

O objetivo principal deste trabalho é realizar uma boa caracterização do agregado


miúdo através da realização de todos os ensaios que serão detalhados mais adiante, sendo
todos realizados de acordo com sua respectiva normatização exposta pela ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

5
DESENVOLVIMENTO

1. Agregado miúdo - Determinação da massa específica absoluta pelo


frasco de Chapman - ABNT NBR 9776

1.1 Objetivo

Este ensaio foi realizado com o objetivo principal de determinar a massa específica do
agregado miúdo usado em questão, a partir da utilização do frasco de Chapman (instrumento
usado justamente para tal determinação).

1.2 Fundamentação teórica

A determinação da massa específica absoluta do agregado miúdo se deu pela


realização do ensaio normatizado pela NBR 9776 e possui como objetivo principal essa
determinação para uso na determinação do traço do concreto. Conhecer tal parâmetro é
bastante importante e vantajoso para que o profissional consiga chegar em um valor numérico
de volume a ser utilizado.

O primeiro passo foi o preenchimento do frasco de Chapman com 200mL de água,


seguido pela adição dos 500g de areia no interior do instrumento, com o auxílio de um funil.
Realizando alguns procedimentos simples para a retirada de ar do interior do frasco após a
adição, percebe-se, obviamente, que a água atinge um novo nível, o qual é aferido e coletada
sua medida.

Com essa medida devidamente coletada, basta utilizarmos a seguinte fórmula para o
cálculo da massa específica:

γ = 500/(𝐿 − 200)

γ é a massa específica [g/cm³]

L é a medida indicada pelo frasco de Chapman após a adição do agregado miúdo

6
1.3 Procedimento experimental

O procedimento experimental realizado consiste, basicamente, em obter dados


suficientes para a determinação da massa específica do agregado miúdo utilizado no presente
ensaio, normatizado pela NBR 9776 da ABNT.

1.3.1 Materiais e métodos

Os materiais utilizados, em laboratório, para a realização desse experimento foram: o


frasco de Chapman, 200mL de água, 500g de areia seca em estufa (agregado miúdo) e um
funil (para auxiliar na colocação da areia dentro do frasco).

Com esses materiais já separados na bancada, basicamente o método consistiu em


preencher o frasco de Chapman primeiramente com água até a demarcação de 200cm³ e,
posteriormente, com o agregado miúdo, utilizando o funil para facilitar esse processo e
minimizar ao máximo o desperdício do material. Além disso, houve a necessidade de se ter
um cuidado para não entupir o frasco, o que impossibilitaria a areia de se depositar ao fundo,
sendo também necessário a realização de alguns movimentos com o frasco para retirarmos o
ar que ficou dentro dele com o depósito do agregado.

Por fim, apenas realizamos uma nova medição no frasco para coletarmos o dado
necessário para o cálculo da massa específica do agregado miúdo usado no ensaio.

1.4 Resultados e Discussão

A partir do experimento realizado, obtivemos de maneira bem direta, através do frasco de


Chapman, o valor da nova altura da água depois da adição do agregado miúdo (areia) dentro
do instrumento (antes a altura era de 200cm³, depois passou a ser 320cm³).

Com esse valor coletado foi possível, por meio de um único cálculo, encontrar a massa
específica dessa areia:

γ = 500/(𝐿 − 200)

γ = 500/(320 − 200)

γ = 2, 604 𝑔/𝑐𝑚³

Dessa forma, temos em mãos um parâmetro que será muito importante para o
profissional, já que a partir dele é possível fazer uma conversão para volume, auxiliando na
determinação do traço do concreto.

7
2. Agregado miúdo - Determinação do teor de umidade superficial pelo
frasco de Chapman - ABNT NBR 9775:2011

2.1 Objetivo

O objetivo principal deste experimento é a determinação do teor de umidade de uma


amostra de agregado miúdo (no caso da areia) usado em questão, a partir da utilização do
frasco de Chapman.

2.2 Fundamentação teórica

A determinação do teor de umidade superficial do agregado miúdo se deu pela


realização do ensaio normatizado pela NBR 9775:2011.

O primeiro passo foi o preenchimento do frasco de Chapman com 200mL de água,


seguido da adição cuidadosa dos 500g de areia úmida no interior do instrumento, com o
auxílio de um funil. O frasco deve ser devidamente agitado após a adição para a eliminação
das bolhas de ar. A leitura do nível atingido pela água no gargalo, e medido pela régua
graduada do frasco, indica o volume (em mm) ocupado pelo conjunto água - agregado miúdo.

Com essa medida devidamente coletada, basta utilizarmos a seguinte fórmula para o
cálculo do teor de umidade superficial:

ℎ = { [ (𝐿 − 200) * γ] − 500/(700 − 𝐿 ) * γ} * 100

h é o teor de umidade superficial [%]

L é a medida indicada pelo frasco de Chapman (volume ocupado pelo conjunto água -
agregado miúdo) [mm]

γ é a massa específica do agregado miúdo [g/cm³]

2.3 Procedimento experimental

O procedimento experimental realizado consiste, basicamente, em obter os dados


necessários para a determinação do teor de umidade superficial do agregado miúdo utilizado
neste ensaio e normatizado pela NBR 9775:2011 da ABNT.

8
2.3.1 Materiais e métodos

Os materiais utilizados, em laboratório, para a realização desse experimento foram: o


frasco de Chapman, 200mL de água, 500g de areia úmida (agregado miúdo) e um funil (para
auxiliar na colocação da areia dentro do frasco).

Com esses materiais já separados na bancada, basicamente o método consistiu em


preencher o frasco de Chapman primeiramente com água até a demarcação de 200cm³ e,
posteriormente, com o agregado miúdo úmido, utilizando o funil para facilitar esse processo e
auxiliar no cuidado da adição. Além disso, foi necessária a agitação do frasco para retirarmos
o ar que ficou dentro dele com o depósito do agregado.

Por fim, apenas realizamos uma nova medição na régua graduada do frasco para
coletarmos o dado necessário para o cálculo do teor de umidade do agregado miúdo usado no
ensaio.

2.4 Resultados e Discussão

A partir do experimento realizado, obtivemos de maneira bem direta, através do frasco de


Chapman, o valor do volume de água-agregado, que passou a ser de 413,5cm³.

Com esse valor coletado foi possível, por meio de um único cálculo, encontrar o teor de
umidade superficial dessa areia:

ℎ = {[ (413, 5 − 200) * 2, 604] − 500/(700 − 413, 5) * 2, 604} * 100

ℎ = {55, 954/746, 046} * 100

ℎ = 7,5%

Dessa forma, determinamos o parâmetro referente ao teor de umidade superficial do


agregado miúdo em questão.

9
3. Agregado Miúdo - Determinação do material fino que passa através
da peneira 75µm por lavagem - ABNT NBR 16973:2021

3.1 Objetivo

O objetivo principal deste experimento é a determinação da quantidade de material


menor que 75µm (abertura da malha da peneira nº 200), ou seja, determinar o teor de
materiais pulverulentos nos agregados. Isso para saber se possuem teor aceitável para a
utilização em traços de concreto.

3.2 Fundamentação teórica

A determinação da quantidade de material fino que passa pela peneira de 75µm por
lavagem se deu através da realização do ensaio normatizado pela NBR 16973:2021.

Nesse experimento, utilizamos duas amostras, que foram previamente secas em estufa
por volta de 105 ºC. Feito isso, elas foram pesadas e sua massa inicial, anotada (no caso,
temos 500g).

O próximo passo consiste em colocá-las na peneira de nº 200 e levá-las até a pia onde
será realizado o processo de lavagem. Esse procedimento deve ser realizado até que a água
que passa pela peneira se torne límpida. Feito isso, o agregado que ficou retido na peneira
deve ser seco em estufa e, posteriormente, ter sua massa determinada novamente. Dessa
forma, teremos duas medidas de massa do agregado seco depois de ter sido lavado e a
quantidade de material fino que passa por essa peneira pode ser obtida através da expressão:

𝑚 = [(𝑚𝑖 − 𝑚𝑓)/𝑚𝑖] * 100

em que:

m é a quantidade de material mais fino que a peneira de 75µm, por lavagem,


expressa em porcentagem (%)

mi é a massa inicial da amostra seca (g)

mf é a massa da amostra seca após a lavagem (g)

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3.3 Procedimento experimental

O procedimento experimental realizado consiste, basicamente, em obter, através do


ensaio, os dados necessários para a determinação da quantidade de material passante pela
peneira de 75µm, por lavagem, normatizado pela NBR 16973:2021 da ABNT.

3.3.1 Materiais e métodos

Os materiais utilizados, em laboratório, para a realização desse experimento foram: um


par de peneiras superpostas, uma com 1,2mm de abertura e a outra com 0,075mm, uma
balança com resolução de 0,1g, dois recipientes contendo 500g de areia seca em estufa em
cada e foi utilizada, também, a água para a lavagem do agregado.

Com esses materiais separados, basicamente o método consistiu em depositar os 500g de


areia em cada peneira e levá-las até a torneira para ser realizado a lavagem desse agregado,
deixando a água verter sobre as peneiras até que a água da lavagem fique límpida. Percebe-se
que teremos uma certa quantidade de material retido na peneira de nº 200.

Após a lavagem da amostra e a deposição desse material retido na peneira em um


recipiente, realiza-se a retirada da água que somente é possível passando-a pela peneira nº
200, isso para evitar a perda de material. Valendo ressaltar que esse material é colocado na
estufa por um período de 24 horas.

Por fim, retornar todo o material retido nas peneiras com um fluxo contínuo de água
sobre a amostra lavada e realizar a secagem do agregado lavado até a massa constante e
determinar a massa da amostra (mf). Com isso, obtivemos os seguintes resultados para essa
amostra que foi lavada e agora está seca:

Amostra 1= 492,78 g

Amostra 2= 493,04 g

Com a obtenção desses dados, utilizamos da seguinte fórmula para encontrarmos a


porcentagem de material mais fino do que a peneira de 0,075mm:

𝑚 = [(𝑚𝑖 − 𝑚𝑓)/𝑚𝑖] * 100

m: é a quantidade de material mais fino que a peneira de 75µm, por lavagem, expressa em
porcentagem (%)

mi: massa inicial da amostra seca (g)

11
mf: massa da amostra seca após a lavagem (g)

3.4 Resultados e Discussão

A partir do experimento realizado, obtivemos os dados necessários para a


determinação do material fino que passa através da peneira de 75µm.

Como já tínhamos o conhecimento da massa inicial da amostra seca (500g), o ensaio


foi realizado para determinarmos a massa da amostra seca após a lavagem e, feito isso,
encontramos dois valores: 492,78g e 493,04g. Com isso, determinamos a quantidade de
material mais fino que a peneira duas vezes e, após isso, realizamos uma média aritmética
dos resultados. Os cálculos se deram da seguinte forma:

𝑚 = [(𝑚𝑖 − 𝑚𝑓)/𝑚𝑖] * 100

1) 𝑚 = [(500 − 492, 78)/500] * 100

𝑚 = 1, 44%

2) 𝑚 = [(500 − 493, 04)/500] * 100

𝑚 = 1, 39%

Fazendo, agora, a média aritmética:

𝑚 = ( 0, 0144 + 0, 0139)/2

𝑚 = 1, 41%

Portanto, a quantidade de material fino que passa pela peneira de 75µm equivale a
1,41%.

12
4. Agregado miúdo - Determinação da composição granulométrica –
ABNT NBR NM 248/2001

4.1 Objetivo

O objetivo principal deste experimento é a determinação da composição


granulométrica, a fim de determinar seu módulo de finura e diâmetro máximo de grãos, para
efeito de posterior cálculo de traço do concreto.

4.2 Fundamentação teórica

A determinação da composição granulométrica do agregado miúdo se deu pela


realização do ensaio normatizado pela NBR 9775:2011.

4.2.1 Série de peneiras normal e intermediária

Conjunto de peneiras sucessivas, ordenadas pela abertura da malha.

Fonte: NBR NM 248:2001


4.2.2 Dimensão Máxima Característica

Grandeza correspondente à abertura nominal, em milímetros, na qual o agregado


apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em
massa.

13
4.2.3 Módulo de Finura

Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras


da série normal, dividida por 100.

Classificação das areias segundo o módulo de finura:

- Grossa - MF > 3,20

- Média - 2,40 < MF < 3,20

- Fina - 2,00 < MF < 2,40

- Muito Fina - MF < 2,00

4.3 Procedimento experimental

O procedimento experimental realizado consiste, basicamente, em obter os dados


necessários para a determinação da composição granulométrica do agregado miúdo utilizado
neste ensaio e normatizado pela NBR NM 248:2001 da ABNT.

4.3.1 Materiais e métodos

Os materiais utilizados, em laboratório, para a realização desse experimento foram:


1000g de areia seca (agregado miúdo), divididos em duas amostras de 500g, as peneiras da
série normal (9,5 - 4,8 - 2,4 - 1,2 - 0,6 - 0,3 - 0,15), uma balança com resolução de 0,1% da
massa da amostra de ensaio e um agitador mecânico de peneiras.

Com esses materiais já separados na bancada, basicamente o método consistiu em


colocar a amostra de areia seca na peneira superior e executar o peneiramento, através de um
agitador mecânico de peneiras, por 3 minutos a uma frequência de 15Hz. Em seguida,
determinou-se a massa total de material retido em cada uma das peneiras e no fundo do
conjunto.

14
4.4 Resultados e Discussão

A partir do experimento realizado, obteve-se os resultados exibidos na tabela a seguir:

N.º Peso retido % retida % acumulada retida


Peneira
(mm) 1º 2º 1º 2º 1º 2º

9,5 0 0 0 0 0 0

4,8 2,04 2,42 0,41 0,48 0,41 0,48

2,4 10,37 11,45 2,07 2,29 2,49 2,77

1,2 60,23 60,54 12,05 12,10 14,53 14,87

0,6 102,01 101,03 20,40 20,20 34,93 35,07

0,3 200,24 200,17 40,05 40,02 74,98 75,09

0,15 102,06 102,12 20,42 20,42 95,40 95,51

Fundo 23,05 22,42 4,60 4,48 100 100

Total 500 500,15 100 100 322,74 323,79

Em seguida, foi feita a média dos valores obtidos pelas duas amostras, e assim
formando a seguinte tabela.

N.º Peneira (mm) Peso retido médio % retida média % acumulada retida média

9,5 0 0 0

4,8 2,23 0,44 0,44

2,4 10,91 2,18 2,63

1,2 60,38 12,07 14,70

0,6 101,52 20,30 35,00

0,3 200,20 40,03 75,03

0,15 102,09 20,42 95,45

Fundo 22,73 4,54 100

Total 500 100 323,25

15
Com os dados da tabela foi possível determinar o valor de 2,4 mm para a Dimensão
Máxima Característica do agregado miúdo.

Além disso, determinou-se o módulo de finura do agregado através da fórmula:

Σ%𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎−𝐹𝑢𝑛𝑑𝑜
𝑀𝐹 = 100

323,25−22,73
𝑀𝐹 = 100

𝑀𝐹 = 3, 005

Dessa forma, determinou-se a Dimensão Máxima Característica, no valor de 2,4 mm,


e o Módulo de Finura, no valor de 3,005, podendo ser classificada como uma areia de
granulometria média.

Através do estudo da granulometria é possível construir o gráfico de distribuição


granulométrica do material, que foi esboçado abaixo e representa a distribuição da
granulometria do agregado em questão.

16
5. Agregado miúdo - Determinação da Massa Unitária e do volume de
vazios - ABNT NBR 16972/2021

5.1 Objetivo

O objetivo principal deste experimento é a determinação da densidade e do volume de


vazios de uma amostra de agregado miúdo, para efeito de cálculo do grau de inchamento e,
posterior cálculo do traço do concreto.

5.2 Fundamentação teórica

A determinação da composição granulométrica do agregado miúdo se deu pela


realização do ensaio normatizado pela NBR 16972:2021.

Para realização desse ensaio é necessário saber o valor da massa específica absoluta
da amostra de areia utilizada, sendo que, este foi calculado anteriormente, e foi achado o
3
valor de 2,604 g/c𝑚 .

5.2.1 Massa Unitária

Massa unitária é a relação entre a massa do agregado lançado no recipiente sem


compactação, incluindo os vazios entre os grãos e o volume desse recipiente.

𝑚𝑎𝑟−𝑚𝑟
ρ𝑎𝑝 = 𝑉

3
ρ 𝑎𝑝- massa unitária do agregado (kg/𝑚 )

𝑚𝑎𝑟- massa do recipiente com o agregado (kg)

𝑚𝑟- massa do recipiente (kg)

3
V - volume do recipiente (𝑚 )

5.2.2 Índice de vazios

Índice de vazios e o espaço entre os grãos de uma massa de agregado.

100[(𝑑1ρ𝑤)−ρ𝑎𝑝]
𝐸𝑉 = 𝑑1ρ𝑤

17
𝐸𝑉- índice de vazios no agregado (%)

3
𝑑1- densidade do agregado seco (kg/𝑚 )

3
ρ 𝑤- densidade da água (kg/𝑚 )

5.3 Procedimento experimental

O procedimento experimental realizado consiste, basicamente, em obter os dados


necessários para a determinação da densidade e do volume de vazios do agregado miúdo
utilizado neste ensaio e normatizado pela NBR 16972:2021 da ABNT.

5.3.1 Materiais e método

Os materiais utilizados, em laboratório, para a realização desse experimento foram:


um recipiente metálico, de forma cilíndrica, com massa de 6.245 g, uma placa para rasamento
do recipiente, uma pá, uma balança com resolução de 50 g e areia seca (agregado miúdo).

Com esses materiais já separados, basicamente o método consistiu em colocar, com a


3
pá, a amostra de areia seca no recipiente, com volume de 14100 c𝑚 , e executar o rasamento
do recipiente. Em seguida, determinou-se a massa total, através da balança, do recipiente com
a areia seca.

5.4 Resultados e Discussão

Após a realização do experimento, determinou-se que a massa do recipiente com areia


seca era de 25.725 g. Sendo assim, foi possível calcular a massa unitária da amostra de areia,
através da fórmula citada anteriormente.

𝑚𝑎𝑟−𝑚𝑟
ρ𝑎𝑝 = 𝑉

25725−6245
ρ𝑎𝑝 = 14100

3
ρ𝑎𝑝 = 1, 381 𝑘𝑔/𝑚

Com a massa unitária calculada, foi possível calcular o índice de vazios da amostra de
areia, através da fórmula citada anteriormente.

18
100[(𝑑1ρ𝑤)−ρ𝑎𝑝]
𝐸𝑉 = 𝑑1ρ𝑤

100[2,604*1)−1,381]
𝐸𝑉 = 2,604*1

𝐸𝑉 = 46, 97%

6. Agregado miúdo - Determinação do inchamento de agregado miúdo -


ABNT NBR 6467/2006

6.1 Objetivo

O objetivo principal deste experimento é a determinação do grau de inchamento de


uma amostra de agregado miúdo, para efeito de cálculo do traço do concreto.

6.2 Fundamentação teórica

A determinação do inchamento do agregado miúdo se deu pela realização do ensaio


normatizado pela NBR 6467:2006.

6.2.1 Teor de umidade

Umidade presente no agregado miúdo, calculado através da seguinte fórmula:

𝑚𝑖−𝑚𝑓
ℎ = 𝑚𝑓−𝑚𝑐
* 100

h- teor de umidade do agregado (%)

mi- massa inicial da cápsula com o material em ensaio (g)

mf- massa após a secagem, da cápsula com o material em ensaio (g)

mc- massa da cápsula (g)

19
6.2.2 Inchamento de agregado miúdo

O inchamento do agregado miúdo é um fenômeno relativo à variação do volume


aparente, provocado pela absorção da água adicionada, o que acaba alterando sua massa
unitária.

6.2.3 Coeficiente de inchamento (Vh/Vs)

O coeficiente de inchamento é a razão entre os volumes úmido (Vh) e seco (Vs), de


uma mesma massa de agregado. Sendo calculado através da seguinte fórmula:

𝑉ℎ ρ𝑠
𝑉𝑠
= ρℎ
* ( 100+ℎ
100 )
3
𝑉ℎ- volume do agregado com um determinado teor de umidade (𝑐𝑚 )

3
𝑉𝑠- volume do agregado seco em estufa (𝑐𝑚 )

3
ρ ℎ- massa unitária do agregado com um determinado teor de umidade (g/c𝑚 )

3
ρ 𝑠- massa unitária do agregado seco (g/c𝑚 )

h- teor de umidade do agregado (%)

Com todas as umidade reais calculadas e os coeficientes de inchamento, constrói-se o


gráfico da curva de inchamento, com esses dados. Por meio dessa curva é possível extrair
dois parâmetros: umidade crítica e coeficiente de inchamento médio do agregado.

6.3 Procedimento experimental

O procedimento experimental realizado consiste, basicamente, em obter os dados


necessários para a determinação do inchamento do agregado miúdo utilizado neste ensaio e
normatizado pela NBR 6467:2006 da ABNT.

6.3.1 Materiais e métodos

Os materiais utilizados, em laboratório, para a realização desse experimento foram:


um recipiente metálico, de forma cilíndrica, com massa de 6.245 g, uma placa para rasamento

20
do recipiente, uma pá, uma balança com resolução de 100 g e outro com resolução de 0,01 g,
uma estufa e a amostra de areia seca (agregado miúdo).

Com esses materiais já separados, basicamente o método consistiu em ir adicionando


água aos poucos na areia, em cima da lona, e mexendo a lona com a finalidade de
homogeneizar a amostra de areia. Em seguida coloca-se a areia no recipiente, e executa o
rasamento, para preenchimento dos vazios e nivelamento correto, então pesa-se. Esse
processo foi realizado adicionando-se 100, 100, 200, 200, 200, 200, 400, 400, 600 ml de
água, que correspondem às porcentagens de umidade utilizadas (0,5 - 1,0 - 2,0 - 3,0 - 4,0 - 5,0
- 7,0 - 9,0 - 12,0). De cada ciclo foram retiradas amostras, para determinação da umidade
real. Com os dados obtidos foi possível realizar os cálculos e o gráfico para determinação do
coeficiente de inchamento médio.

6.4 Resultados e Discussão

Primeiramente calculou-se a umidade real, com os dados obtidos , através da fórmula:

𝑚𝑖−𝑚𝑓
ℎ𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑚𝑓−𝑚𝑐
* 100

h (%) Cápsula Massa da Massa da cápsula + Massa da cápsula + h real (%)


cápsula (g) amostra úmida (g) amostra seca (g)

0,5 G13 35,52 149,31 148,8 0,450

1,0 G05 31,91 126,14 125,38 0,813

2,0 G16 35,47 89,75 88,51 2,338

3,0 G32 39,29 124,65 122,24 2,905

4,0 G22 34 119,76 116,7 3,700

5,0 G20 34,04 118,63 115,4 3,970

7,0 G39 38,78 115,89 111,18 6,506

9,0 G40 38,09 126,21 119,39 8,389

12,0 G46 38,11 132,18 122,55 11,405

21
Em seguida realizou-se o cálculo da massa unitária úmida para cada amostra, através da
3
fórmula (V = 14.100c𝑚 ):

𝑚𝑎𝑟−𝑚𝑟
ρℎ = 𝑉
,

Com todos esses dados obtidos foi possível calcular coeficiente de inchamento,
utilizando a seguinte fórmula:

𝑉ℎ ρ𝑠
𝑉𝑠
= ρℎ
* ( 100+ℎ
100 )
h real Massa do recipiente Massa da amostra ph ps Vh/Vs
(%) + amostra úmida (g) úmida (g) (g/c𝑚 )
3
(g/c𝑚 )
3

0,450 24794 18549 1,316 1,381 1,054

0,813 24346 18101 1,284 1,381 1,084

2,338 23146 16901 1,199 1,381 1,179

2,905 22576 16331 1,158 1,381 1,227

3,700 22074 15829 1,123 1,381 1,276

3,970 22480 16235 1,151 1,381 1,247

6,506 22098 15853 1,124 1,381 1,308

8,389 22525 16280 1,155 1,381 1,296

11,405 22848 16603 1,178 1,381 1,307

Com as umidades reais e os coeficientes de inchamento obtidos, consegue-se traçar o


gráfico da curva de inchamento, para determinação da umidade crítica e coeficiente de
inchamento médio.

22
A abscissa correspondente ao ponto de intersecção das duas tangentes a curva de
inchamento é a umidade crítica, sendo o valor encontrado igual a 5,80%.

23
Conhecendo o valor de umidade crítica é possível calcular o coeficiente de
inchamento médio, que é o valor médio entre o coeficiente de inchamento correspondente a
umidade crítica e o máximo.

1,31+1,33
𝐶𝐼𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 2
= 1, 32

Portanto o coeficiente de inchamento médio encontrado é de 1,32.

24
CONCLUSÃO

Como já comentado, os procedimentos experimentais realizados visaram contribuir para


uma boa caracterização do agregado miúdo e, juntamente com as análises e interpretação dos
resultados feitas pelos alunos, permitiram uma melhor aplicabilidade dos conhecimentos
teóricos adquiridos, além de um contato mais próximo com os materiais e parâmetros
utilizados na construção civil.

A realização de cada experimento, além de respeitar as normas técnicas previstas pela


ABNT, também precisou de uma análise e interpretação dos resultados por parte dos alunos e,
a partir disso, foi necessário que tivéssemos um discernimento para afirmar se tal dado obtido
está dentro das exigências.

Vale destacar que os ensaios foram bem variados, tendo alguns mais simples de serem
resolvidos, em que através da determinação de um único parâmetro já era possível determinar
o parâmetro principal pedido por meio da utilização de uma fórmula já fornecida. E outros
que necessitaram de uma análise mais trabalhosa e detalhada, passando pela determinação de
parâmetros, preenchimento de tabelas e confecção de gráficos para uma melhor compreensão
do comportamento de tal característica do agregado.

Por fim, consideramos que o agregado analisado atende às exigências necessárias para
ser empregado na produção de concretos e argamassas. Além disso, todo esse estudo deixou
clara a grande importância de se conhecer toda a caracterização de um material antes de
aplicá-lo.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6467: Agregado Miúdo –


Determinação do inchamento de agregado miúdo. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 46: Agregados –


Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm, por lavagem. Rio de
Janeiro: ABNT, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9775: Agregado Miúdo –


Determinação do teor de umidade superficial pelo frasco de Chapman. Rio de Janeiro:
ABNT, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados –


Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9776: Agregado Miúdo –


Determinação da massa específica absoluta pelo frasco de Chapman. Rio de Janeiro:
ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45: Agregados –


Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

BAUER, Falcão. Materiais de construção. Volume 1. 5.ed. Uberlândia - MG: LTC. 2000.
447p.

MENDES, Romero. Massa específica método de Chapman. Youtube, 21 de ago. de 2020.

SCIO ENGENHARIA. Ensaio de umidade frasco de Chapman. Youtube, 24 de mar. de


2021.

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