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LEI DE EXECUÇÃO PENAL


1 Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal. 2 Do Condenado e
do Internado. (PARTE I): Art .1º até 27

RAIO-X DO CONTEÚDO
INCIDÊNCIA FONTE DAS PROBABILIDADE
EM PROVAS QUESTÕES DE EXIGÊNCIA
LEI SECA, DOUTRINA
ALTA 97%
E JURISPRUDÊNCIA

O QUE PRIORIZAR NA RETA FINAL


DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL E
DO CONDENADO E DO INTERNADO:
✓ Saiba diferenciar prevenção geral da prevenção especial;
✓ Saiba o conceito dos princípios aplicáveis à LEP;
✓ Conheça o entendimento atual do STF sobre a execução provisória da pena;
✓ Conheça as diferenças do exame criminológico e identificação do perfil gené-
tico;
✓ Conheça quais são as formas de assistência;
✓ Saiba quem é o egresso e a forma de assistência;

TÉCNICA QLT
QUESTÕES
QUANTIDADE MÍNIMA 25 QUESTÕES
FILTRO DO ASSUNTO
(QCONCURSOS) (CLIQUE AQUI)

LEI SECA
ARTIGOS: Art. 1º ATÉ 27
LER 2x LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP)
FILTRO DO ASSUNTO
(LEGISLAÇÃO ATUALIZADA) (CLIQUE AQUI)

TEORIA
Após resolver as questões indicadas e ler a lei seca (Caso o assunto tenha
artigos) você deve iniciar o estudo da teoria! Este material já é um RESUMO,
desta forma, você não precisa resumir ele escrevendo. Solicito apenas que
complemente escrevendo ou digitando informações não presentes neste crono-
grama visando complementá-lo.

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DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA
LEI DE EXECUÇÃO PENAL E DO
CONDENADO E DO INTERNADO

TEORIA (VERSÃO COMPLETA)


1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:

A partir do momento que um crime ocorre deve ser apurado por meio de uma in-
vestigação, sendo a principal modalidade o inquérito policial. Após a identificação
da autoria, materialidade e circunstâncias do crime o titular da ação penal propõe a
peça acusatória (Denúncia ou queixa-crime).

Se a peça acusatória for aceita pelo Juiz inaugura-se a fase processual que irá
tramitar com possibilidade de recursos e ao final o indivíduo pode ser condenado
(Considerado culpado). O Juiz irá impor uma pena que pode ser:

• Privativa de liberdade

• Restritiva de direitos

• Multa

Em resumo, após finalizar too o processo e quando o indivíduo é considerado culpado


deve-se executar a pena. Em outras palavras, a execução da pena ocorre com o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. A lei de execução penal
(LEP) regulamenta o processo de execução.

Vale destacar que, além de regulamentar as execuções da pena propriamente


dita (Quando o indivíduo é considerado culpado, após transitar em julgado), a LEP
também se aplica para as prisões provisórias, tais como a prisão em flagrante, a
prisão temporária e a prisão preventiva.

Sendo assim, a prisão na esfera penal pode ser:

PRISÃO TEMPORÁRIA E
PRISÃO CAUTELAR
PRISÃO PREVENTIVA
PRISÃO

PRISÃO PENA SANÇÃO PENAL

Logo, são destinatários da LEP:

• PRESO PROVISÓRIO: Trata-se do indivíduo preso, provisoriamente, de


forma cautelar durante as investigações ou processo, por exemplo,
quando se decreta a prisão temporária ou preventiva. Neste caso, não há
condenação;

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• CONDENADOS DEFINITIVAMENTE: Trata-se do indivíduo que foi con-
denado com trânsito em julgado. Logo, não se admite mais recurso.

• INTERNADOS: A LEP também será aplicada (no que couber) às hipóteses


de sentença absolutória imprópria (execução das medidas de segurança).

Em relação à execução da pena do condenado após o trânsito em julgado não


há dúvidas (Uma vez condenado, sem a possibilidade de recursos, inicia-se
o processo de execução regulamentado pela LEP). Por outro lado, discute-se
na doutrina e na jurisprudência a possibilidade, ou não, da denominada execução
provisória da pena, ou seja, a possibilidade de iniciar o cumprimento da pena
com recursos pendentes (sem o trânsito em julgado).

ATENÇÃO:

CONDENAÇÃO DEFINITIVA CONDENAÇÃO PROVISÓRIA


Se um indivíduo é condenado por um Se um indivíduo é condenado por um
crime e contra esta decisão não cabe crime e contra esta decisão ainda ca-
mais nenhum recurso, dizemos que a bem recursos, dizemos que a decisão
decisão transitou em julgado. Logo, a não transitou em julgado. Logo, a con-
condenação é definitiva. denação é provisória.

Em relação à execução da pena do con- O STF mudou seu entendimento mais de


denado após o trânsito em julgado uma vez inclusive. Em resumo, não se
não há dúvidas (Uma vez conde- admite a execução provisória da
nado, sem a possibilidade de pena.
recursos, inicia-se o processo de
execução regulamentado pela LEP). OBS: Assunto polêmico que será
abordado na tabela a seguir!

Em resumo, atualmente, entende-se os tribunais superiores:

EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA:


Não se admite Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos de-
a execução pende do trânsito em julgado da condenação.
provisória da
pena restri- Não é possível a execução provisória de penas restritivas
tiva de de direito. STJ. 3ª Seção. EREsp 1.619.087-SC, Rel. para acór-
direitos. dão Min. Jorge Mussi, julgado em 14/6/2017 (Info 609).
É proibida a chamada execução provisória da pena. STF.
Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF, ADC 54/DF, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgados em 07/11/2019. O cumprimento da pena so-
mente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos.
Não se admite Não existe cumprimento provisório da pena no Brasil por-
a execução que ninguém pode ser considerado culpado antes do
provisória da trânsito em julgado (art. 5º, LVII, da CF/88).
pena priva-
tiva de OBS: Vale destacar que o indivíduo, antes do trânsito e julgado,
liberdade. pode ser preso cautelarmente, por exemplo, por meio de prisão
preventiva e essa prisão se estender até o trânsito em julgado.
Neste caso, não pode ser visto como uma antecipação do

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cumprimento da pena, mas foi necessária a sua prisão por al-
guma hipótese legal. O tempo em que essa pessoa ficou presa
provisoriamente será abatido da execução de sua pena.

ATENÇÃO:

Vale destacar que há, até o presente momento, uma exceção muito pole-
mica. A Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime) alterou o art. 492, inc. I, e, do CPP,
passando a admitir a execução provisória da pena no júri quando a condenação for
igual ou superior a 15 de reclusão.

Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que:

I – no caso de condenação:

e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se


encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de con-
denação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão,
determinará a execução provisória das penas, com expedição do man-
dado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que
vierem a ser interpostos;

ATENÇÃO: Este assunto é muito polêmico e pode ser que se altere no futuro!

Não confunda:

PRISÃO PROVISÓRIA EXECUÇÃO PROVISÓRIA


ADMITE-SE NÃO SE ADMITE
Trata-se do indivíduo preso, provisoria- A execução provisória da pena significa
mente, de forma cautelar durante as o réu cumprir a pena imposta na decisão
investigações ou processo, por exemplo, condenatória mesmo sendo ainda uma
quando se decreta a prisão temporária decisão provisória (ainda sujeita a re-
ou preventiva. Neste caso, não há con- cursos). É proibida, segundo o STF.
denação;

2. FUNÇÕES DA PENA:

Pena é a sanção imposta pelo Estado a alguém considerado culpado pela prática de
infração penal, após decisão judicial. A pena deve, simultaneamente, castigar o
condenado pelo mal praticado e evitar a prática de novos crimes, tanto em relação
ao criminoso como no tocante à sociedade. A lei reforça a ideia que a pena, no Brasil,
é POLIFUNCIONAL (Possui diversas funções):

• RETRIBUTIVA: A pena busca retribuir o injusto causado ao ofen-


dido;

• PREVENTIVA: A pena busca prevenir a prática de novas infrações


penais;

• REEDUCATIVA: A pena busca ressocializar o apenado visando rein-


serir no seio da sociedade;

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2.1. TEORIAS DA PENA:

TEORIAS DA PENA
TEORIA CONCEITO
A pena consiste na retribuição da infração penal prati-
TEORIA ABSOLUTA
cada, a finalidade é apenas a repressão. Pena é vista
(RETRIBUIÇÃO)
como um castigo.
A pena tem como finalidade a prevenção que pode ser
geral ou especial. Divide-se em:

A. PREVENÇÃO GERAL: É direcionada para a socie-


dade. Finalidade de promover a intimidação geral da
sociedade, pois a pena faz com que as pessoas como
TEORIA RELATIVA um todo não venham a delinquir porque têm receio da
(FINALISTA, UTILI- sanção. Pode ser:
TÁRIA OU DA
PREVENÇÃO) A.1. NEGATIVA: Intimida a sociedade para não
praticar crimes, ou seja, serve para contraesti-
mular potenciais criminosos;

A.2. POSITIVA: Demonstra a vigência da lei pe-


nal;

B. PREVENÇÃO ESPECIAL: É direcionada para o con-


denado. Finalidade de promover a ressocialização do
criminoso e visa a evitar que o condenado volte a delin-
quir. Pode ser:

B.1. NEGATIVA: Evitar a reincidência;

B.2. POSITIVA: Ressocialização;

A pena possui diversas funções: de retribuição e de


ressocialização (pune o autor da infração pelo mal pra-
TEORIA ECLÉTICA ticado e promove sua readaptação para seu retorno à
(CONCILIATÓRIA OU sociedade). A LEP adotou a teoria eclética, pois
MISTA) possui as seguintes finalidades:

• FINALIDADE RETRIBUTIVA;
• FINALIDADE PREVENTIVA;
• FINALIDADE DE RESSOCIALIZADORA;

3. DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL:

O TÍTULO I da LEP aborda o assunto objeto e da aplicação da lei de execução


penal (art. 1º a 4º). Observe, com atenção a redação do art. 1º da LEP:

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Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença
ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração so-
cial do condenado e do internado.

Em resumo:

• Efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e

• Proporcionar condições para a harmônica integração social do con-


denado e do internado.

4. PRINCÍPIOS:

Segundo a doutrina, são princípios orientadores da LEP:

PRINCÍPIOS DA LEP:
Na exposição de motivos da LEP, o item 19 esclarece que
“o princípio da legalidade domina o corpo e o espírito do
Projeto, de forma a impedir que o excesso ou o desvio da
execução comprometam a dignidade e a humanidade do
LEGALIDADE Direito Penal.” Art. 5º, XXXIX (39) da CF/88 e art. 1º do
CP que dispõe: “Não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal”. O art. 3º da
LEP: “Ao condenado e ao internado serão assegurados to-
dos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei”. Se
durante a execução a pena do indivíduo for modificada, a
execução permanecerá de acordo com a pena vigente à
época do fato, salvo se sobrevier pena mais branda, uma
vez que lei penal somente retroage para benefício do réu.
O crime e pena precisam ser definidos em lei anterior ao
ANTERIORIDADE fato praticado que se pretende punir. Decorre do Princípio
da legalidade. A lei penal não retroage, salvo para bene-
ficiar o réu.
PESSOALIDADE OU Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por
DA INTRANSCEN- terceira pessoa. A pena não pode passar da pessoa do con-
DÊNCIA DA PENA denado (CF, art. 5.º, XLV). A responsabilidade penal é
personalíssima. Por isso, dispõe o art. 107 - Extingue-se a
punibilidade: I - pela morte do agente;
A sua pena seja individualizada, isto é, levando em conta
as peculiaridades aplicadas para cada caso em concreto. A
Constituição Federal, no art. 5º, XLVIII, aduz que “a pena
INDIVIDUALIZA- será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo
ÇÃO DA PENA com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.”
Somado a isso, “os condenados serão classificados, se-
gundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar
a individualização da execução penal” (art. 5º da LEP)
Veda a imposição de sanções desumanas. Protege a digni-
HUMANIZAÇÃO dade da pessoa humana. Não pode pena de caráter
perpetuo, banimento e cruéis ou Regime integralmente fe-
chado por exemplo.

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O princípio da igualdade determina a inexistência "de dis-
IGUALDADE (OU criminação dos condenados por causa de sexo, raça,
ISONOMIA) trabalho, credo religioso e convicções políticas, pois todos
gozam dos mesmos direitos.
Prevalece o entendimento de que a execução penal é ju-
risdicional, o que significa que a intervenção do juiz, na
execução da pena, é eminentemente jurisdicional, sem ex-
JURISDICIONALI- cluir aqueles atos acessórios, de ordem administrativa, que
DADE NA acompanham as atividades do magistrado. Logo, o pro-
EXECUÇÃO PENAL cesso de execução será conduzido por um juiz de direito
(Art. 2º da LEP). Por outro lado, a lei reserva à autoridade
administrativa a decisão sobre pontos secundários da exe-
cução da pena, tais como: horário de sol, cela do preso,
alimentação, entre outros.

O QUE É “ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL”


NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO?

O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando se verifica a existência de um


quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, cau-
sado pela inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas
em modificar a conjuntura, de modo que apenas transformações estruturais da atu-
ação do Poder Público e a atuação de uma pluralidade de autoridades podem
modificar a situação inconstitucional. O STF reconheceu que o sistema peniten-
ciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Inconstitucional", com uma
violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas privati-
vas de liberdade aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas.
Vale ressaltar que a responsabilidade por essa situação deve ser atribuída aos três
Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), tanto da União como dos Estados-Mem-
bros e do Distrito Federal. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 9/9/2015 (Info 798).

Ainda informa a LEP:

Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não


atingidos pela sentença ou pela lei.

Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, re-
ligiosa ou política.

Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades


de execução da pena e da medida de segurança.

5. COMPETÊNCIA:

Em regra, todos os presos são recolhidos a estabelecimentos penais estaduais,


mesmo aqueles condenados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral. Estando o con-
denado preso em estabelecimento prisional estadual, a competência sempre será
do juízo da execução penal estadual.

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Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo
o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformi-
dade desta Lei e do Código de Processo Penal.

Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao


condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabeleci-
mento sujeito à jurisdição ordinária.

O presídio federal pode receber tanto presos acusados e condenados por crimes de
competência da Justiça Federal como da Justiça Estadual. Preso por “crime federal”
ou “crime estadual”.

Desse modo, o critério para abrigar presos em estabelecimentos prisionais federais


não é a competência para julgamento dos fatos por eles praticados, mas sim
a necessidade de uma custódia de segurança máxima por razões ligadas à
segurança pública ou do próprio preso.

A LEP aplica-se igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral


ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. Dispõe
a súmula:

• Súmula 192 do STJ: Compete ao Juízo das Execuções Penais do Es-


tado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal,
Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a
Administração Estadual.

Vale reiterar, em virtude de sua importância, que a LEP também será aplicada, no
que couber, às hipóteses de sentença absolutória imprópria (execução das medi-
das de segurança).

6. ESTRUTURA DA LEP:

• TÍTULO I - Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal (art. 1º a


4º)

• TÍTULO II - Do Condenado e do Internado (art. 5º a 60)

• TÍTULO III - Dos Órgãos da Execução Penal (art. 61 a 81)

• TÍTULO IV - Dos Estabelecimentos Penais (art. 82 a 104)

• TÍTULO V - Da Execução das Penas em Espécie (art. 105 a 170)

• TÍTULO VI - Da Execução das Medidas de Segurança (art. 171 a 179)

• TÍTULO VII - Dos Incidentes de Execução (art. 180 a 193)

• TÍTULO VIII - Do Procedimento Judicial (art. 194 a 197)

• TÍTULO IX - Das Disposições Finais e Transitórias (art. 198 a 204)

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DO CONDENADO E DO INTERNADO:
2. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:

O TÍTULO II da LEP aborda o assunto do condenado e do internado (art. 5º a


60).

2.1. CLASSIFICAÇÃO:

Os condenados serão classificados:

Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e


personalidade, para orientar a individualização da execução penal.

A Comissão Técnica de Classificação será responsável pela classificação:

Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que


elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade
adequada ao condenado ou preso provisório.

COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO (ART. 7º)


Presidida pelo DIRETOR e composta no mínimo:
2 (dois) chefes de serviço
Comissão Técnica de 1 (um) psiquiatra
Classificação (Exis- 1 (um) psicólogo e
tente em cada 1 (um) assistente social
estabelecimento) Quando se tratar de condenado à pena privativa de li-
berdade.

Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da


Execução e será integrada por fiscais do serviço social.

2.2. EXAME CRIMINOLÓGICO:

Trata-se de um exame feito no condenado por um profissional com o objetivo de


verificar se este apenado tem aptidão física e psíquica para progredir de regime.

Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em


regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos
elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individu-
alização da execução.

Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o
condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime
semi-aberto.

A realização do exame criminológico, apesar de não mais considerada obrigatória,


permanece viável, nos casos em que justificada sua relevância para melhor elucida-
ção das condições subjetivas do apenado na concessão do benefício.

Súmula 439-STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde


que em decisão motivada.

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O STF, por jurisprudência consolidada, admite que pode ser exigido fundamentada-
mente o exame criminológico pelo juiz para avaliar pedido de progressão de regime
prisional. Não há ilegalidade na exigência de laudo criminológico, como medida prévia
à avaliação judicial quanto à progressão de regime, quando respaldada, dentre outros
fundamentos, no envolvimento do Paciente com facção criminosa. STF. 1ª Turma.
HC 199901 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/06/2021

BIZU FEDERAL: Atualmente, o exame criminológico é facultativo, e não obrigatório.


A Lei nº 10.792/2003 alterou esse art. 112 e deixou de exigir a submissão do
reeducando ao referido exame criminológico.

O exame criminológico deve ser,


obrigatoriamente, realizado por médico psiquiatra?

NÃO! Não existe qualquer vício no fato de o exame criminológico não ter sido feito
por médico psiquiatra. Além do psiquiatra, o STJ admite também a realização do
exame criminológico por psicólogo ou assistente social. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC
440.208/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 02/10/2018. STJ. 6ª
Turma. AgRg no HC 451.804/MS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/09/2018.

Dispõe ainda a LEP:

Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da per-


sonalidade, observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças
ou informações do processo, poderá:

I - entrevistar pessoas;

II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informa-


ções a respeito do condenado;

III - realizar outras diligências e exames necessários.

2.3. IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO:

Os crimes violentos possuem grande probabilidade de deixarem vestígios biológicos


no local do crime, especialmente, por conta da forma que são executados os crimes.

Os instrumentos do delito, o corpo da vítima, as peças de roupas por ela usadas à


época, e outros objetos que tiveram contato físico com o autor do delito podem for-
necer informações decisivas para inocentar um possível suspeito ou até mesmo
identificar o verdadeiro autor do delito.

A implantação de bancos de dados de perfis genéticos tem se tornado uma tendência


mundial. Isso porque a implantação desses bancos implica em evidente aprimora-
mento da capacidade investigatória do Estado. A lei 12.654/12 passou a prever a
coleta de perfil genético como forma de identificação criminal em duas hipóteses
diversas:

LEI DA IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL LEI DE EXECUÇÃO PENAL


(Art. 5º, parágrafo único, 12.037/09) (Art. 9º-A, LEP)

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A identificação criminal for essencial às O condenado por crime doloso praticado
investigações policiais, segundo despa- com violência grave contra a pessoa,
cho da autoridade judiciária bem como por crime contra a vida, con-
competente, que decidirá de ofício ou tra a liberdade sexual ou por crime
mediante representação da autoridade sexual contra vulnerável, será subme-
policial, do Ministério Público ou da de- tido, obrigatoriamente, à identificação
fesa. A identificação criminal poderá do perfil genético, mediante extração de
incluir a coleta de material biológico DNA (ácido desoxirribonucleico), por
para a obtenção do perfil genético. técnica adequada e indolor, por ocasião
do ingresso no estabelecimento prisio-
nal;
COM autorização judicial SEM autorização judicial
Finalidade: Para servir de prova em re- Finalidade: Alimentar banco de dados de
lação a um crime já ocorrido; modo a ser usada eventualmente em
outros casos criminais indeterminados,
de crimes que já foram ou que vierem a
ser cometidos;
Pode ser qualquer infração penal. A lei A coleta compulsória do material gené-
não apresenta um rol de crimes. Logo, tico seria feita apenas em relação aos
admite-se para crime doloso, culposo, condenados pela prática de um rol taxa-
infração de menor potencial ofensivo, tivo de delitos.
entre outras.

A respeito da identificação do perfil genético na LEP, o pacote anticrime ampliou o rol


de condenados que estariam sujeitos à identificação do perfil genético. O presidente
da república acabou vetando a nova redação de 2019, todavia, o congresso nacional
rejeitou o veto e, atualmente, o art. 9º-A da LEP possui a seguinte redação:

Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave
contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade
sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, obriga-
toriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA
(ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por oca-
sião do ingresso no estabelecimento prisional. (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019)

EM RESUMO:

Serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante ex-


tração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por
ocasião do ingresso no estabelecimento prisional os seguintes CONDENADOS:

• Por crime doloso

• Praticado com violência grave contra a pessoa,

• Autor de crime contra a vida,

• Autor de crime contra a liberdade sexual ou

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• Autor de crime de crime sexual contra vulnerável

A LEP apresenta ainda as seguintes características deste procedimento (Art. 9º-A),


algumas, inclusive, inseridas com o advento do pacote anticrime:

§ 1o A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados


sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.

§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção


de dados genéticos, observando as melhores práticas da genética forense.

§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz


competente, no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de
dados de identificação de perfil genético.

§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus


dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os docu-
mentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser
contraditado pela defesa.

§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver
sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no
estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o
cumprimento da pena.

§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único


e exclusivo fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não
estando autorizadas as práticas de fenotipagem genética ou de busca
familiar.

§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida nos


termos do caput deste artigo deverá ser correta e imediatamente des-
cartada, de maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro
fim.

§ 7º A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão


realizadas por perito oficial.

§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao


procedimento de identificação do perfil genético.

ATENÇÃO ESPECIAL (MUITO COBRADO):

IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO (ART. 9º-A, LEP)


Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra
a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por
crime sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identifica-
ção do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico),
por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento
prisional.
SEM autorização judicial

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FINALIDADE: Alimentar banco de dados de modo a ser usada eventualmente em
outros casos criminais indeterminados, de crimes que já foram ou que vierem a
ser cometidos;
ROL TAXATIVO: A coleta compulsória do material genético seria feita apenas em
relação aos condenados pela prática de um rol taxativo de delitos.
BANCO DE DADOS SIGILOSO: A identificação do perfil genético será armaze-
nada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo
Poder Executivo.
Autoridade Policial poderá ter acesso COM autorização judicial: A autori-
dade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de
inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil gené-
tico.
O titular de dados genéticos poderá ter acesso aos SEUS dados genéticos
(Não precisa de autorização judicial): Deve ser viabilizado ao titular de dados
genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem
como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de ma-
neira que possa ser contraditado pela defesa.
Quem já cumpria pena ANTES das alterações do PACOTE ANTICRIME será
submetido à identificação: O condenado pelos crimes previstos no caput deste
artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião
do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento
durante o cumprimento da pena.
Não é autorizado as práticas de fenotipagem genética ou de busca fami-
liar: A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo
fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as
práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar.
Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica será imediata-
mente descartada: Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica
recolhida nos termos do caput deste artigo deverá ser correta e imediatamente
descartada, de maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro fim.
A coleta e a elaboração do laudo serão realizados por perito oficial: A coleta
da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão realizadas por perito
oficial.
A recusa é falta grave: Constitui falta grave a recusa do condenado em subme-
ter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.

2.4. ASSISTÊNCIA:

A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime


e orientar o retorno à convivência em sociedade (Art. 10). A assistência estende-
se ao egresso. A assistência será:

I - Material;

II - à Saúde;

III -Jurídica;

IV - Educacional;

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V - Social;

VI - Religiosa.

2.4.1. ASSISTÊNCIA MATERIAL:

Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de


alimentação, vestuário e instalações higiênicas.

ASSISTÊNCIA MATERIAL
A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de:
• Alimentação,
• vestuário e
• instalações higiênicas.

Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos


presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produ-
tos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração.

2.4.2. ASSISTÊNCIA À SAÚDE:

Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e


curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.

§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a


assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, medi-
ante autorização da direção do estabelecimento.

§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-


natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido.

ASSISTÊNCIA À SAÚDE
A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo,
compreenderá atendimento:
• Médico,
• Farmacêutico e
• Odontológico.

§ 4º Será assegurado tratamento humanitário à mulher grávida durante os atos


médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de
parto, bem como à mulher no período de puerpério, cabendo ao poder público pro-
mover a assistência integral à sua saúde e à do recém-nascido. (Incluído pela Lei
nº 14.326, de 2022)

2.4.3. ASSISTÊNCIA JURÍDICA:

Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos
financeiros para constituir advogado.

Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência ju-


rídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos
estabelecimentos penais.

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§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material
à Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimen-
tos penais.

§ 2º Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado


ao atendimento pelo Defensor Público.

§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados


da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos
réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos finan-
ceiros para constituir advogado.

2.4.4. ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL:

Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação


profissional do preso e do internado.

Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema


escolar da Unidade Federativa.

Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação
profissional de nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito
constitucional de sua universalização.

§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e


municipal de ensino e será mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio
da União, não só com os recursos destinados à educação, mas pelo sistema
estadual de justiça ou administração penitenciária.

§ 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas cursos supletivos


de educação de jovens e adultos.

§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal incluirão em seus pro-


gramas de educação à distância e de utilização de novas tecnologias de ensino, o
atendimento aos presos e às presas.

Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de


aperfeiçoamento técnico.

Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua


condição.

Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades
públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.

Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento


de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de
livros instrutivos, recreativos e didáticos.

Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar:

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• I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; II - a existência
de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de presos e
presas atendidos; III - a implementação de cursos profissionais
em nível de iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de
presos e presas atendidos; IV - a existência de bibliotecas e as
condições de seu acervo; V - outros dados relevantes para o apri-
moramento educacional de presos e presas.

2.4.5. ASSISTÊNCIA SOCIAL:

Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e
prepará-los para o retorno à liberdade.

Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:

• I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - relatar,


por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as difi-
culdades enfrentadas pelo assistido; III - acompanhar o resultado
das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV - promover,
no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - pro-
mover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da
pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da
Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - ori-
entar e amparar, quando necessário, a família do preso, do
internado e da vítima.

2.4.6. ASSISTÊNCIA RELIGIOSA:

Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e
aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no esta-
belecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.

§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.

§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de


atividade religiosa.

2.4.7. ASSISTÊNCIA AO EGRESSO:

Art. 25. A assistência ao egresso consiste:

• I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;

• II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em


estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.

Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma


única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na
obtenção de emprego.

Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:

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• I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída
do estabelecimento;

• II - o liberado condicional, durante o período de prova.

Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção
de trabalho.

EGRESSO
I - O liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a
CONSIDERA-SE contar da saída do estabelecimento;
EGRESSO:
II - O liberado condicional, durante o período de prova.
I - Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em
liberdade;
ASSISTÊNCIA AO
EGRESSO CON- II - Na concessão, se necessário, de alojamento e ali-
SISTE: mentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de
2 (dois) meses. O prazo poderá ser prorrogado uma
única vez, comprovado, por declaração do assistente so-
cial, o empenho na obtenção de emprego.

SÚMULAS
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em
julgado da condenação.

Súmula 639-STJ: Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida
prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabeleci-
mento penitenciário federal.

Súmula 439-STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde


que em decisão motivada.

Súmula 192-STJ: Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução das
penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos
a estabelecimentos sujeitos à administração estadual. • Mesmo que a condenação ainda
não tenha transitado em julgado (condenado provisório), se o réu estiver preso em uni-
dade prisional estadual, a competência para decidir sobre os incidentes da execução
penal, como por exemplo, a antecipação da progressão de regime, será da Justiça Esta-
dual. Nesse sentido: STJ. CC 125.816/RN, j. em 09/10/2013.

JURISPRUDÊNCIA
Não é possível a execução provisória de penas restritivas de direito. STJ. 3ª Se-
ção. EREsp 1.619.087-SC, Rel. para acórdão Min. Jorge Mussi, julgado em 14/6/2017
(Info 609).

O juiz da execução criminal tem a faculdade de requisitar o exame criminológico


e utilizá-lo como fundamento da decisão que julga o pedido de progressão. Nada

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impede que o magistrado das execuções criminais, facultativamente, requisite o exame
criminológico e o utilize como fundamento da decisão que julga o pedido de progressão.
STF. 2ª Turma. Rcl 27616 AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 9/10/2018
(Info 919).

QUESTÕES
ATENÇÃO: Após concluir o estudo, resolva, pelo menos 5 (cinco) novas questões
na plataforma do QConcursos (Basta clicar no link do Raio-X do assunto no corpo
deste material).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDRÉ, Márcio. Súmulas do STF e do STJ. Editorajuspodivm. 2023. ANDRÉ, Márcio. Vade
Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito. Editora juspodivm. 2023. ARAÚJO, Fábio Roque.
Direito Penal Didático Parte Especial. Editora Editora juspodivm. 2023. CUNHA, Rogério
Sanches. Manual de Direito Penal Parte Especial. Editora Editora juspodivm. 2023. MAS-
SON, Cleber. Direito Penal Parte Especial (Volume II e III). Editora Método. 2023.

MENSAGEM FINAL
Caro aluno finalizamos juntos mais uma aula! Aguardo você no próximo encon-
tro! Grande abraço.

A dispersão é inimiga do conhecimento. Sendo assim, separe momentos especí-


ficos de seu dia, exclusivamente, para aprender novos conhecimentos que te
ajudarão nas provas.

Goiânia/GO, 23 de janeiro de 2023

Prof. Jorge Florêncio

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