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SEMANA 01

DIA 04
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COMO UTILIZAR O CRONOGRAMA?
I - ORIENTAÇÕES GERAIS:

Seja bem-vindo ao cronograma! Como o nome já antecipa, o presente projeto, trata-se de um


verdadeiro guia de estudos bastante fácil de seguir que aumentará a sua chance de ser aprovado neste
concurso.

II – QUANTAS HORAS DEVO ESTUDAR POR DIA?

Organize a sua agenda para ter, no mínimo, 2 horas líquidas diárias, para conseguir concluir o seu
cronograma. Exemplo: Estabeleço o horário das 06:20 até 08:20 diários para dedicar aos estudos.

OBS: A nossa cabeça funciona melhor de manhã, por isso, o ideal é estudar, caso seja possível, nas primeiras
horas logo após acordar. Organize seus horários para dormir mais cedo e acordar mais cedo. Quando acordar,
tome um banho rápido com água gelada para tirar o sono e ficar em estado de alerta, em seguida, inicie os estudos.
Ressalte-se que cada pessoa possui uma rotina e o importante é testar o que funciona melhor para você.

III – COMO CONSIGO TER FOCO?

Não adianta separar, no mínimo, 2 (duas) horas para estudar, diariamente, mas na hora de estudar
permanece conferindo em tempo real as redes sociais. Por isso, quando estiver estudando, apenas realize
intervalo (10 a 15 minutos) para conferir as redes sociais, banheiro, etc, após concluir, no mínimo,
50 minutos corridos (diretos) de estudo sentado na cadeira. Exemplo: Iniciei o estudo às 06:20,
após concluir 50 minutos de estudo (07:10), realizo intervalo de 10 minutos, em seguida, retomo os
estudos por mais 50 minutos 100% focado sem consultar redes sociais ou levantar da cadeira e assim
por diante.

OBS: Para evitar que perca a concentração, você precisa criar um “plano de fundo” para reduzir eventuais barulhos
externos. Exemplo: Estudar ouvindo barulho de chuva no Youtube, entre outras técnicas.

IV – COMO ESTUDAR?

Basta seguir a sequência do cronograma que é um verdadeiro passo a passo! Cada disciplina e assunto
deve passar, via de regra, pelas QUESTÕES, LEI e TEORIA (QLT) nesta ordem:

QUESTÕES LEI TEORIA

QUESTÕES LEI TEORIA


Recomendo que faça assinatura no No momento de ler a lei basta clicar Este cronograma não dispensa o
site QCONCURSOS, inclusive, já fiz no link que será reencaminhado seu material já utilizado (AULA ou
os “filtros” de cada assunto para para o Código respectivo com a lei PDF), pois aqui você encontrará o
você. No momento de resolver basta atualizada, em seguida, procure os resumo do assunto e dicas
clicar no link que será artigos sugeridos para leitura. Anote finais. Por isso, caso esteja com
reencaminhado para o site. Procure no “mapa da lei” (ARQUIVO EM muita dificuldade na resolução
estudar a questão lendo os ANEXO) os artigos toda vez na das questões sobre algum assunto,
comentários. Começar errando é qual, ao resolver as questões, notar sugerimos que estude pelo seu
normal, logo após uma sequência de que caíram em provas. Ajudará na material, além das dicas teóricas do
erros levará você acertar depois, qualidade da revisão, pois as bancas cronograma. Evite assistir aulas,
pois os assuntos se repetem muito! repetem muito alguns artigos. prefira materiais escritos.

V – COMO REVISAR?

Em cada semana, você terá 5 dias com metas, 1 dia de simulado (prova objetiva e escrita) e 1 dia de
revisão. Na área do aluno já consta um GUIA com orientações para as revisões. Sendo assim, basta
seguir a sequência, SEMANA 01: Dia 01 (teoria), dia 02 (teoria), dia 03 (teoria), dia 04 (teoria), dia 05
(teoria), dia 06 (simulado)e dia 07 (revisão) e assim por diante até passar por todo o conteúdo do edital.

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DIA 04
GEO-HISTÓRIA
1 Formação econômica de Goiás: a mineração no século XVIII, a agropecuária nos séculos
XIX e XX, a estrada de ferro e a modernização da economia goiana, as transformações
econômicas com a construção de Goiânia e Brasília, industrialização, infraestrutura e
planejamento. 2 Modernização da agricultura e urbanização do território goiano. 3 População
goiana: povoamento, movimentos migratórios e densidade demográfica. 4 Economia goiana:
industrialização e infraestrutura de transportes e comunicação. 5 As regiões goianas e as
desigualdades regionais. 6 Aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima
e relevo. 6 Aspectos da história política de Goiás: a independência em Goiás, o coronelismo
na República Velha, as oligarquias, a Revolução de 1930, a administração política de 1930 até
os dias atuais. 7 Aspectos da História Social de Goiás: o povoamento branco, os grupos
indígenas, a escravidão e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a cultura popular.
8 Atualidades econômicas, políticas e sociais do Brasil, especialmente do Estado de Goiás.

RAIO-X DO CONTEÚDO
INCIDÊNCIA FONTE DAS PROBABILIDADE
EM PROVAS QUESTÕES DE EXIGÊNCIA
BAIXA HISTÓRIA E GEOGRAFIA 90%

O QUE PRIORIZAR NA RETA FINAL


✓ ATENÇÃO TURMA PCGO (AGENTE/ESCRIVÃO), CONFORME ESTRATÉGIA RETA FINAL:
Dedique o menor tempo possível para o GRUPO 03 (RACIOCÍNIO LÓGICO E GEO-HISTÓRIA),
tendo em vista que representa APENAS 11% de sua prova objetiva e sequer será cobrado na prova
discursiva.
✓ Sendo assim, estude com mais atenção APENAS NESTA META NA SEMANA 01. Depois disso,
vamos apenas REVISAR na meta respectiva (Dia 07 de cada semana). Logo, iremos estudar HOJE
este assunto, posteriormente, apenas realizar a manutenção por meio da revisão por 6 vezes. Isso
é mais do que suficiente para conseguir pontuar nesta disciplina.

✓ FORMAÇÃO ECONÔMICA DE GOIÁS:


✓ Domine o assunto mineração no século XVIII (Bandeirantes, auge e declínio).
✓ Saiba sobre a construção de Goiânia.
✓ Saiba sobre a construção de Brasília.
✓ Personagens históricos muito cobrados: Anhanguera e Pedro Ludovico.

✓ ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO GOIANO:


✓ Domine o assunto vegetação, especialmente, características do Cerrado.
✓ Conheça sobre a hidrografia (O território goiano é banhado por rios que integram três grandes bacias
hidrográficas brasileiras: a do Tocantins/Araguaia, a do São Francisco e a do Paraná).
✓ Saiba sobre o clima (O clima em Goiás é o TROPICAL, que se resume a verões chuvosos e invernos
secos)
✓ Conheça o relevo. Conheça o ponto mais alto: Serra do Pouso Alto (Chapada dos Veadeiros).

✓ ASPECTOS DA HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS:


✓ Conheça o assunto coronelismo e oligarquia na República Velha.
✓ Domine a Revolução de 1930 (Muito cobrado).
✓ Personagens históricos muito cobrados: Família Bulhões, Família Caiado e Mauro Borges.

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✓ ASPECTOS DA HISTÓRIA SOCIOCULTURAL DE GOIÁS:
✓ Saiba sobre os grupos indígenas.
✓ Saiba sobre o processo de escravidão e cultura negra.
✓ Domine os movimentos sociais no campo e a cultura popular goiana.
✓ Saiba os principais aspectos da CAVALHADAS, CONGADAS e FESTA DO DIVINO DE TRINDADE.

QUESTÕES
A) OBSERVAÇÕES GERAIS:

A maioria ensina que, primeiramente, você deve estudar a teoria e, posteriormente, resolver questões.
Com base em muitos testes e pesquisas, sobretudo, relatos de aprovados em concursos muito difíceis
concluímos que inverter a ordem tradicional aumenta o seu processo de memorização, conforme
ensinado na área do aluno. Sendo assim, solicitamos que siga a sequência QUESTÕES, LEI e TEORIA
(QLT) nesta ordem. Recomendo que faça assinatura no site QCONCURSOS, inclusive, já fiz os “filtros”
de cada assunto para você. No momento de resolver basta clicar no link que será reencaminhado para
o site. Procure estudar a questão lendo os comentários. Começar errando é normal, logo após uma
sequência de erros levará você acertar depois, pois os assuntos se repetem muito! Se a questão cobrar
o texto de algum artigo anote no “mapa da lei” (CLIQUE AQUI).

OBS: Para que serve o “mapa da lei”? Anote no “mapa da lei” os artigos toda vez na qual, ao resolver
as questões, notar que caíram em provas. Ajudará na qualidade da revisão, pois as bancas repetem
muito alguns artigos. Por isso, você precisa “mapear” estes artigos mais cobrados.

• SE ACABAR AS QUESTÕES DA BANCA? Primeiro, resolva todas as questões já criadas pela BANCA
do seu concurso já formuladas anteriormente! Após resolver todas, basta “EXCLUIR” o filtro “BANCA”
para resolver outras questões formuladas sobre o assunto, mas criadas por outra banca! Em outras
palavras, primeiro você resolve todas da banca, em seguida, parte para resolver questões de outras
bancas sobre o assunto estudado na meta!

• DEVO RESOLVER QUESTÕES DE TODOS OS CARGOS? Sim, exceto questões de cargos carreiras
jurídicas (Juiz, Promotor, Delegado, entre outros). Neste caso, pode pular!

B) ESTUDE PELAS QUESTÕES:

ATENÇÃO: Pule questões muito específicas de Municípios que não se relacionam com o
concurso que irá prestar, isso porque a informação exigida não será importante para o seu
concurso. Ex: Fato histórico exigido em questão de concurso municipal de Iporá/GO, em tese,
não contribuirá em um concurso de nível Estadual (Exemplo: PCGO ou PMGO) ou concurso
específico de Goiânia (Guarda Municipal).

Sobre o assunto, recomendo que resolva, pelo menos, 20 QUESTÕES!

✓ Se é assinante do QCONCURSOS (CLIQUE AQUI)


✓ Se usa outra plataforma, por exemplo, TEC, basta observar os filtros aplicados no site QConcursos
para utilizar em outra plataforma.

OBS: Anote o seu desempenho no “mapa das questões” (CLIQUE AQUI) a quantidade de acertos e
erros para entender em quais assuntos precisa dar uma atenção especial na revisão!

LEI
A) OBSERVAÇÕES GERAIS:

No momento de ler a lei basta clicar no link que será reencaminhado para o Código respectivo com a lei
atualizada, em seguida, procure os artigos sugeridos para leitura. Anote no “mapa da lei” (CLIQUE

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AQUI) os artigos toda vez na qual, ao resolver as questões, notar que caíram em provas. Ajudará na
qualidade da revisão, pois as bancas repetem muito alguns artigos.

B) LEITURA DA LEGISLAÇÃO:

Não há indicação de artigos neste assunto pela própria natureza da disciplina.

TEORIA
A) OBSERVAÇÕES GERAIS:

Este cronograma não dispensa o seu material já utilizado (AULA ou PDF), pois aqui você encontrará o
resumo do assunto e dicas finais. Por isso, caso esteja com muita dificuldade na resolução das
questões sobre algum assunto, sugerimos que estude pelo seu material, além das dicas teóricas do
cronograma. Evite aulas, sendo assim, priorize materiais escritos, entretanto, caso esteja com muita
dificuldade, sugerimos assistir aula do assunto. Em outras palavras, o estudo da teoria, em regra,
precisa ser por materiais escritos, porém, excepcionalmente, deve assistir a aula se
apresentar muita dificuldade nas resoluções das questões.

OBS: Este material já é um RESUMO, desta forma, você não precisa resumir ele escrevendo. Solicito
apenas que complemente escrevendo ou digitando informações não presentes neste cronograma visando
complementá-lo.

B) DICAS FINAIS:

REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMICA


DO ESTADO DE GOIÁS E DO BRASIL (PARTE I)

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:

Inicialmente, vale destacar que a lei Nº 14.911/2004 estabelece que os concursos no Estado de Goiás
deverão conter questões atinentes à realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural,
política e econômica do Estado de Goiás:

Art. 1º As provas de concursos públicos estaduais, além das matérias específicas de cada carreira,
deverão conter questões atinentes à realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e
econômica do Estado de Goiás

Caso pretenda ser aprovado em algum concurso no Estado de Goiás, sobretudo, carreiras policiais você
precisa dominar este assunto.

RAIO-X DO ASSUNTO:

Após analisar questões dos últimos 14 ANOS sobre a disciplina de GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS podemos
observar um padrão de abordagem nas provas.

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ASSUNTOS MAIS COBRADOS (GEO-HISTÓRIA)

Aspectos Físicos do
Território Goiano:
Outros assuntos vegetação,
30% hidrografia, clima e Aspectos Físicos do Território Goiano:
relevo. vegetação, hidrografia, clima e relevo.
30% Mineração no século XVIII

Construção de Mineração no século Construção de Goiânia


Goiânia XVIII
20% 20% Outros assuntos

O aluno precisa dominar, especialmente, 5 (cinco) aspectos:

1. CLIMA
2. HIDROGRAFIA
3. VEGETAÇÃO
4. FORMAÇÃO HISTÓRICA
5. CULTURA

BIZU PARA CONCURSOS MUNICIPAIS: Outro ponto observado, após analisar questões dos últimos
14 ANOS, que as bancas, dentro da disciplina GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS, exploram particularidades
do Município, caso o concurso seja municipal. Exemplo: Concurso da Prefeitura de Iporá/GO,
possivelmente, a banca irá explorar muitos assuntos relacionados ao Município de Iporá/GO, sobretudo,
fatos históricos, cultura, etc, inclusive, mais do que fatos históricos de Goiás de um modo geral.

1. FORMAÇÃO ECONÔMICA DE GOIÁS: A MINERAÇÃO NO SÉCULO XVIII; A AGROPECUÁRIA


NOS SÉCULOS XIX E XX; A ESTRADA DE FERRO E A MODERNIZAÇÃO DA ECONOMIA GOIANA;
AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS COM A CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA E BRASÍLIA;
INDUSTRIALIZAÇÃO; INFRAESTRUTURA E PLANEJAMENTO

1.1. FORMAÇÃO ECONÔMICA DE GOIÁS: A MINERAÇÃO NO SÉCULO XVIII;

Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas determinando que as terras localizadas 370 léguas a
Oeste de Cabo Verde pertenceriam à Espanha e ao leste a Portugal. Dessa forma, as terras do litoral
brasileiro, mesmo antes de serem descobertas já pertenciam a Portugal. 1

1
Leitura complementar: < https://www.goias.gov.br/conheca-goias/historia.html>

6
Observe no mapa que a maior parte das terras hoje pertencentes ao Estado de Goiás não faziam parte
do Brasil, ainda. O processo de colonização de Goiás só irá se iniciar no século XVIII com a descoberta
de ricas jazidas de ouro na região.

TRATADO DE MADRI (1750): Em 1750, as partes entraram em acordo e firmaram o Tratado de Madri,
que viria a substituir o Tratado de Tordesilhas (1494). Assim, todas as terras localizadas além dos limites
de Tordesilhas (incluindo cerca de 80% do território goiano), que hoje pertencem ao Brasil.

Durante o século XVII os limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas não faziam mais
sentido, inclusive, o território português foi ampliado, especialmente, pelo bandeirantismo.

Bandeirantismo e entradas são expedições que iam para o interior do País em busca de fazer o
reconhecimento do território e na tentativa de encontrar metais e pedras preciosas, entretanto, possuem
diferenças:

BANDEIRAS ENTRADAS
Iniciativa PRIVADA Organizadas pelo GOVERNO
Visavam lucro imediato Não visavam lucro imediato
Partiam da Capitania de São Vicente (hoje São Partiam das Capitanias da Bahia e de Pernambuco
Paulo)
Prospecção e apresamento Apenas prospecção
Não respeitavam os limites de Tordesilhas Respeitavam os limites de Tordesilhas

O bandeirantismo foi o conjunto de ações empreendidas pelos habitantes da Capitania de São Vicente
rumo ao interior. Os bandeirantes eram habitantes da Vila de São Paulo de Piratininga, capital de São
Vicente, de onde partiam as expedições.

Os habitantes da Capitania de São Vicente foram os responsáveis pela exploração do interior do Brasil e
contribuíram de forma decisiva para o crescimento territorial do Brasil. A primeira bandeira que, partindo
de São Paulo, possivelmente chegou aos sertões de Goiás, no atual leste do Tocantins foi a de ANTÔNIO
MACEDO E DOMINGOS LUÍS GRAU (1590-1593). O bandeirismo é composto de fases distintas e
destacam-se:

7
BANDEIRANTISMO PROSPECTOR BANDEIRANTISMO APRESADOR
Essas expedições eram realizadas para a busca de Esse mecanismo foi empreendido para aprisionar
metais e pedras preciosas. (alguns autores usam expressões como aprear,
apresar ou mesmo cativar) os indígenas.
Os governadores da metrópole organizaram Os indígenas capturados eram vendidos para as
diversas expedições que foram chamadas de regiões açucareiras, mas eram, sobretudo,
Entradas. empregados nas plantações dos colonos paulistas.

OBS: A moderna historiografia considera que os bandeirantes não foram nem heróis e nem vilões. Eles
apenas agiram como era de costume numa época em que não existia a noção de direitos humanos e as
condições de sobrevivência eram extremamente difíceis. Foram “homens do seu tempo”.

SERTANISMO DE CONTRATO DESCIDAS


As autoridades de São Paulo contrataram As descidas eram expedições realizadas pelos
bandeirantes para combater tribos indígenas jesuítas ao interior do Brasil com o objetivo de
hostis e quilombos de escravos, em razão de sua convencer os indígenas dessa região a migrarem
experiência nas viagens pelo sertão e na para regiões próximas das suas missões ou
habilidade par atacar e escravizar os indígenas. reduções, visando facilitar o trabalho de
catequização.

As bandeiras constituem expedições importantes no contexto do povoamento do nosso estado. Conforme


Souza e Carneiro, 1996, “O interesse pelo metal [ouro] aparece nas últimas décadas do século XVII,
mas, em meados do século XVI, há registros de bandeiras de apresamento de índios em Goiás”. O nome
do tipo de bandeira que visa encontrar ouro e a bandeira responsável por encontrá-lo na Serra dos
Pirineus em Vila Boa de Goiás era Bandeira de Prospecção, Expedição do Anhanguera.

Durante a Idade Moderna, prevaleceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para
o fortalecimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em larga medida,
o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente, o que explica o grande interesse na
descoberta e na exploração desses metais nas colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a
ocupação das áreas interioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se,
sobretudo, a partir do século XVII.

ATENÇÃO: A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a esse


desbravamento, o desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo,
embrenharam-se pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas, índios para
serem escravizados.

A) BANDEIRA DO ANHANGUERA PAI (BARTOLOMEU BUENO DA SILVA):

Em 1682, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera Pai, esteve em território do sul de Goiás, local
que encontrou vestígios de ouro na região do Rio Vermelho, aos pés da Serra Dourada, onde hoje está
situada a cidade de Goiás.

A região era habitada pelos índios da etnia Goya ou Goyazes. O Bandeirante notou que os índios
estavam usando adornos que possuíam pequenos pedaços de ouro, teria ateado fogo a uma bateia cheia
de aguardente para forçar os índios a lhe mostrar onde eles haviam encontrado o precioso mineral. Os
índios com medo teriam começado a gritar: “ANHANGUERA! ANHANGUERA!” que no idioma tupi
significa “DIABO VELHO”, momento que surgiu o apelido do Bandeirante.

Nesta incursão, BARTOLOMEU BUENO DA SILVA estava acompanhado de seu filho de 14 anos,
BARTOLOMEU BUENO DA SILVA FILHO, que além de possuir o seu nome também herdaria, mais
tarde, o seu apelido.

Anhanguera Pai voltou a São Paulo com planos de formar uma nova bandeira e retornar à região onde
tinha encontrado vestígios de ouro para melhor investigá-la, mas morreu antes de conseguir seu intento.

A partir da morte do pai, ANHANGUERA FILHO assumiu consigo mesmo a promessa de um dia voltar
à terra dos Goyazes, o que só aconteceu em 1722, quando já tinha 54 anos de idade.

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B) BANDEIRA DO ANHANGUERA FILHO (BARTOLOMEU BUENO DA SILVA FILHO):

Muitos dizem que o descobridor de Goiás foi ANHANGUERA FILHO. Isso não significa que ele foi o
primeiro a vir a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a chegar à região com intenção de se fixar. A
história narra que pelo menos 14 bandeiras estiveram nessas terras antes dele.

Em 03/07/1722, ANHANGUERA FILHO partiu de São Paulo, com 500 homens, 39 cavalos, 152 armas
e 2 religiosos. A bandeira durou 3 anos, 2 meses e 18 dias. A bandeira enfrentou muitas dificuldades
pelo caminho: fome, confrontos com índios, desentendimentos entre os companheiros, doenças e
mortes. ANHANGUERA FILHO afirmava que preferia morrer ali a voltar a São Paulo sem o ouro que
procurava.

Quando finalmente chegou à terra dos Goyazes estava acompanhado de apenas 80 homens. A maioria
havia morrido, Vale destacar que ricas minas foram encontradas e Anhanguera Filho retornou a
São Paulo levando uma arroba (15 kg) de ouro para provar a descoberta.

Em 1726, D. Rodrigo César de Menezes, governador da Capitania de São Vicente, manda Anhanguera
Filho de volta a Goiás, com o título de Superintendente das Minas, para iniciar o POVOAMENTO,
quando foi fundado o ARRAIAL DE SANTANA.

ATENÇÃO: Em 1739, o Arraial de Santana foi elevado à condição de Vila (Vila Boa de Goiás).

A estátua retratada se encontra no centro de Goiânia. Inaugurada em 1942, é uma homenagem a um


personagem que contribuiu diretamente para a fundação do Arraial de Sant’Anna.

Estátua do Anhanguera, Praça do Bandeirante, Goiânia-GO


Sendo assim, a história de Goiás efetivamente começou quando o Anhanguera encontrou ouro às
margens do Rio Vermelho e fundou o Arraial de Sant’Anna no século XVIII. O Arraial de
Sant’Anna, com a grande quantidade de ouro que foi extraída das minas, foi elevado à
categoria de Vila, e em meados de 1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás.

9
• PODER EM UMA REGIÃO MINERADORA:

SUPERINTENDENTE DAS MINAS

OUVIDOR-MOR CAPITÃO-MOR OU PROVEDOR-MOR


GUARDA-MOR

JUSTIÇA DEFESA FINANÇAS

Goiás permaneceu ligado à Capitania de São Vicente até 1749, embora, por alvará de 8 de novembro de
1744, de D. LUÍS DE MASCARENHAS, governador da capitania de São Vicente tivesse sido oficializada
a separação de Goiás e de Mato Grosso daquela capitania.

Porém, o primeiro governador de Goiás, D. MARCOS DE NORONHA, O CONDE DOS ARCOS, só


chegou a Goiás em 1749 e, portanto, somente aí Goiás passou a ser, de fato, uma Capitania
independente. Logo, até o ano de 1749, o território de Goiás pertencia à capitania de São Paulo, somente
a partir dessa data que surgiu a capitania de Goiás.

ATENÇÃO: D. MARCOS DE NORONHA, O CONDE DOS ARCOS, PRIMEIRO GOVERNADOR DE


GOIÁS.

A princípio, o atual estado de Goiás fez parte da unidade federativa de Capitania de São Paulo.

• ORGANOGRAMA DO PODER EM UMA CAPITANIA INDEPENDENTE:

GOVERNADOR OU CAPITÃO-GENERAL
OUVIDOR-MOR CAPITÃO-MOR OU PROVEDOR-MOR
GUARDA-MOR

JUSTIÇA DEFESA FINANÇAS

O século XVII consistiu na etapa de apuração das possibilidades econômicas das regiões goianas, por
outro lado, o SÉCULO XVIII representou a sua efetiva ocupação por meio da MINERAÇÃO, com isso,
a devastação do território.

OBS: A primeira região ocupada em Goiás foi a região do Rio Vermelho. Entre 1727 e 1732 surgiram
diversos arraiais, além de Santana (posteriormente Vila Boa de Goiás), em consequência das
explorações da mineração.

A Cidade de Goiás, declarada patrimônio histórico, surgiu às margens do Rio Vermelho, fruto da atividade
de exploração mineradora iniciada pelos bandeirantes.

No século XVIII, além da descoberta das águas termais, outro fator que contribuiu para o povoamento
da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a observação da presença de ouro.

• SISTEMA DAS DATAS:

Quando era descoberto ouro em uma região mineradora, imediatamente, o Superintendente das Minas
ordenava que a região fosse medida e dividida em lotes para poder ter início o processo de mineração.
Estes lotes recebiam a denominação de datas e, cada data, por sua vez, era equivalente a uma lavra de
mineração.

As datas eram distribuídas, o minerador responsável pelo achado escolhia a primeira data. Um
funcionário da Real Fazenda, ministério responsável pela mineração na época, escolhia a segunda data
para o rei. O responsável pelo achado tinha o direito de escolher mais uma.

O rei não tinha interesse em explorar diretamente a sua data e ordenava que ela fosse leiloada entre os
mineradores interessados em explorá-la. Quem pagasse mais ficaria com ela. O dinheiro do leilão era

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enviado a Portugal, como renda pessoal do rei. As demais datas eram distribuídas por sorteio aos
mineradores que possuíssem um mínino de 12 escravos para poder explorá-las.

Cada minerador tinha direito a uma data por vez. Existiam dois tipos de mineradores, o
grande, era o minerador de lavra, e o pequeno, o de faiscamento. O minerador de lavra era
aquele, dono de pelo menos 12 escravos, que participava do sorteio das datas e tinha o direito de
explorar os veios de ouro em primeiro lugar. Quando uma lavra começava a demonstrar esgotamento e
a produtividade caía, geral mente ela era abandonada e, a partir deste momento, o faiscador poderia
ficar com o que sobrou dela.

FORMAS DE “IMPOSTOS” OU
INTERVENÇÃO DO GOVERNO
O Imposto típico da mineração era o quinto (20%), previsto já nas Ordenações
Filipinas, instituídas em 1603. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado
pela coroa portuguesa e correspondia a 20% ou 1/5 de todo ouro encontrado na
colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição, para onde todo o ouro
extraído deveria ser levado, derretido e colocado em formas denominadas
QUINTO quinteiros. No fundo da forma havia uma espécie de brasão real que ficava
impresso na barrinha de ouro depois de solidificada. Para aprimorar a arrecadação
e evitar a sonegação, em 1720 foram instituídas as casas de fundição juntamente
com uma lei que proibia a circulação de ouro em pó, além da delação premiada.
Essa medida gerou descontentamento entre os mineradores que se rebelaram, em
Vila Rica (MG), sob a liderança de FILIPE DOS SANTOS, vale destacar que foi
enforcado e esquartejado.
Era quase impossível fiscalizar devido às grandes distâncias. Para combater a
SISTEMA DE sonegação e partindo da ideia que era mais difícil ao minerador esconder o escravo
CAPITAÇÃO que o ouro extraído, de 1736 até 1751 partiu-se para o sistema de capitação, em
que o imposto era cobrado na forma de um valor fixo por cabeça de escravo.
Em 1751, retornou-se ao sistema de cobrança do quinto nas Casas de Fundição.
VOLTA DAS Dessa vez, porém, houve a instalação, pelo governador D. Marcos de Noronha, da
CASAS DE primeira Casa de Fundição em Vila Boa, no ano de 1752. Em 1754, ao norte da
FUNDIÇÃO Capitania, em São Félix, foi instalada uma segunda Casa de Fundição, transferida
para Cavalcante, em 1796, e, extinta, em 1807.

O povoamento do território goiano do século XVIII e distinto daquele registrado no século XIX e XX,
especialmente em relação a rede de cidades e a integração econômica. A principal atividade
econômica, no período citado, era a exploração do ouro.

Sobre as consequências da Guerra dos Emboabas para a povoação do Estado de Goiás a derrota dos
paulistas fez com que alguns deles migrassem para onde hoje se encontra o Estado de Goiás, em busca
de ouro, iniciando a povoação do território.

O povoamento determinado pela mineração do ouro é um povoamento muito irregular e mais instável,
sem nenhum planejamento, sem nenhuma ordem. O local que aparecia ouro, surgia uma povoação, por
outro lado, quando o ouro se esgota, os mineiros mudam-se para outro lugar e a povoação definha e
desaparece, isso porque o ouro encontrado em Goiás era o OURO DE ALUVIÃO, em pequenas
partículas, que ficavam depositadas no leito de rios e córregos ou no sopé das montanhas, geralmente.

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A produção de ouro em Goiás foi maior que a de Mato Grosso, porém muito menor que em Minas
Gerais. O declínio da produção foi rápido.

OURO: 0 KG 3.060 kg 1.090 kg 425 kg 20 kg

PERÍODO: 1.726 1.753 1.778 1.800 1.822

O pico foi em 1753, mas 30 anos


depois a produção já era
insignificante.

OBS: Esses são os dados oficiais


disponíveis, porém, o volume de ouro
extraído deve ter sido muito maior. A
maior parte do ouro retirada era sonegada
para fugir dos pesados impostos e,
portanto, não sabemos ao certo quanto
ouro foi retirado de fato das terras goianas.

A mineração em Goiás teve o seu auge em 1750, de 1751 a 1770 a extração e exploração do
ouro foi reduzindo significativamente, de 1770 adiante a mineração entrou em decadência, o
que provocou o abandono de muitos povoados goianos.

A partir da segunda metade do século XVIII, Portugal começou a entrar em fase de decadência
progressiva, que coincidiu com o DECLÍNIO DA MINERAÇÃO. Então desde 1778, a produção bruta das
minas de Goiás começou a declinar progressivamente, em consequência da escassez dos metais das
minas conhecidas, da ausência de novas descobertas e do decréscimo progressivo do rendimento por
escravo O último grande achado da mineração em Goiás deu-se na cidade de ANICUNS, em 1809, no
sul da capitania.

A mineração na Capitania de Goiás entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da
região era baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a
transformação da economia e do povoamento da região de Goiás e a ausência de atividade econômica
alternativa, concomitante à extração mineral, causou crise econômica, quando o ouro se tornou
escasso.

“Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo português, que antes procurava canalizar
toda a mão-de-obra da capitania para as minas, passou, através das autoridades, a incentivar e
promover a agricultura em Goiás.”

OBS: Com a decadência da Mineração, a economia goiana no século XVIII e XIX passou a se dedicar
mais às atividades ligadas à pecuária e agricultura.

12
O painel representa um período da história de Goiás marcado pelo esforço dos mineradores
na extração do ouro no leito dos rios.

No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX, adotou
algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas medidas foi a isenção da
cobrança do DÍZIMO POR DEZ ANOS aos agricultores que se estabelecessem às margens dos rios
Tocantins e Araguaia.

REVISÃO PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS


No século XVI Iniciaram as primeiras bandeiras e entradas em busca do ouro e aprisionamento do
índio
Em 1722 o bandeirante, Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o Anhanguera Filho, acha a primeira jazida
de ouro em Goyaz;
O Anhanguera funda o Arraial de Santana, que originou Vila Boa e hoje é a cidade de Goiás;
O Primeiro Governador – Conde D`Arcos (paulista);
O ouro é de aluvião
Por volta de 1778 tem início a decadência da mineração. Há uma queda da população urbana com
uma caída gradual do número de escravos, devido a crise do ouro

O conceito de patrimônio cultural expressa a criatividade coletiva de um povo, presente no


conhecimento, na arte, na religiosidade e em outros aspectos da vida, legados ao longo de gerações.

13
ATENÇÃO: Em dezembro de 2001, a Unesco concedeu à cidade de Goiás o título de Patrimônio
Histórico da Humanidade, reconhecendo que a respectiva memória, cultura e arquitetura constituem
características únicas representativas do passado colonial, bem como são testemunha das experiências
coletivas e individuais partilhadas por uma mesma cultura.

Independente de onde está localizado, constitui-se patrimônio histórico e cultural um local considerado
valioso para a humanidade. Entre os mais de seiscentos lugares eleitos pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Histórico e Cultural da
Humanidade, atualmente, o Brasil possui quatorze espaços históricos creditados pela Unesco. No ano de
2001, que centro histórico de Goiás recebeu este título? Cidade de Goiás.

• POVOS INDÍGENAS:

COLONIZADORES X ÍNDIOS
Na época da descoberta, eram numerosas as tribos indígenas que viviam em Goiás, cobrindo todo o
seu território. Silva e Souza enumeram, em 1809, vinte povos vivendo no território e afirma que
certamente deveria haver outros isolados. Em meio aos povos que habitaram Goiás podemos citar:
GOYÁ, CAIAPÓS, XAVANTES, CRIXÁS, ARAÉS, CANOEIROS, APINAGÉS, CAPEPUXIS, COROÁ-
MIRIM, TEMIMBÓS, XERENTES, TAPI RAPÉS, CARAJÁS, GRADUAIS, TESSEMEDUS, AMADUS,
GUASSU, ACROÁ, XACRIABÁ, ENTRE OUTROS.
Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros foram eminentemente guerreiras
e quase sempre de mútuo extermínio.

Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros foram exclusivamente guerreiras e
de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e inquieto, faltavam o tempo e a paciência para
atrair o índio mediante uma política pacífica.

À invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios


com contínuas represálias. A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas
em Goiás, conclui-se que os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez
de estabelecer relações sociais com as tribos.

Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes oferece e
impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe fará guerra,
matando-os e cativando-os. O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás,
no início do século XVIII, foi marcada pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores
aos indígenas.

Até o século XVIII, o estado de Goiás era habitado por diversas tribos indígenas, como Kaiapós,
Xavantes, Araés, Apinajés, Xacriabás, Avá-Canoeiros, Goyá, Crixá, Akroá, entre outros. A ocupação do
território pelos portugueses e brasileiros de outras regiões acabou por dizimar a maioria absoluta dessas
populações, a tal ponto que, atualmente, só restam em Goiás três nações indígenas com reservas
demarcadas. São elas Karajá, Tapuia e Avá-Canoeiro.

O processo de modernização, além dos diversos impactos observados ao longo de sua evolução em
Goiás, concorreu para uma diminuição drástica das populações indígenas. Dentre os povos indígenas
ainda existentes em Goiás, no norte do estado encontram-se os Avá-Canoeiro.

Considere os aspectos da história social do estado de Goiás a região pertenceu à capitania de São Paulo
até meados do século XVIII e a designação Goiás teve origem nos povos indígenas que habitavam a
região antes da colonização.

• ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO E REFLEXOS EM GOIÁS:

A história do negro no Brasil não significou passividade, pelo contrário, configura‐se como uma luta
organizada que tinha como um dos objetivos o respeito às diferenças étnicas e culturais, negadas pelo
processo escravista. Uma das melhores demonstrações dessa luta foi a organização dos escravos em
quilombos. A respeito dos aspectos da história social de Goiás relacionados à escravidão, à cultura negra
e à presença de Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) no estado, Aparecida de Goiânia

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tem uma Comunidade Remanescente de Quilombos certificada; trata‐se de um quilombo urbano, cujos
moradores são reconhecidos como parentes diretos de ex‐escravos.

BIZU FEDERAL: A Abolição da escravidão em 1888, não alterou as condições de trabalho e de


moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população de Goiás era constituída por maioria
negra e uma minoria branca.

Povos do passado e do presente se reuniram na formação do gentílico goiano. Seguindo a tendência do


restante do País, na mistura de povos indígenas, africanos e europeus, mais tarde dos imigrantes e
migrantes vindos de todas as partes do mundo, Goiás reinventa, a cada dia, sua identidade. Acerca de
alguns dos povos que contribuíram para a formação étnica de Goiás, é correto afirmar que esse
estado possui tanto comunidades quilombolas como terras indígenas regularizadas.

Goiás entrará nos anais da Inquisição: em 1776 é preso o único goiano desta história: José Ricardo de
Morais. Era natural de freguesia de Meia Ponte, sendo morador do Arraial de Santa Cruz, distante 52
léguas de Vila Boa. [...] Em seu processo catalogado na Torre do Tombo sob o nº 2779, encontramos
inclusive a descrição de seu tipo físico, uma espécie de retrato falado: “homem bastardo, estatura
ordinária, cara redonda, cabelos pretos, compridos e crespos”. O termo “bastardo”, no século XVIII,
além de filho natural ilegítimo, também designava indivíduo mestiço de caucasiano com
indígena ou negroide.

A área ocupada pela COMUNIDADE KALUNGA foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde
1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230 mil hectares de
Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se estende pelos municípios
de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás. A comunidade quilombola do Sítio Histórico e
Patrimônio Cultural Kalunga é formada principalmente por descendentes de escravos
africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.

A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde 1991,
como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230 mil hectares de Cerrado
protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se estende pelos municípios de
Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás. A criação do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga
teve como objetivo preservar as tradições quilombolas.

OBS: A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde
1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230 mil hectares de
Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se estende pelos municípios
de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás. Em que região do Estado de Goiás fica localizado
o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga? Nordeste.

1.2. A AGROPECUÁRIA NOS SÉCULOS XIX E XX:

Assim que foram descobertas grandes jazidas de ouro no Brasil, logo se organizou uma hierarquia da
produção: os territórios de minas deveriam dedicar-se exclusivamente ou quase exclusivamente à
produção de ouro, sem desviar esforços na produção de outros bens, que poderiam ser importados.

Vale destacar que ser mineiro era profissão mais honrosa, significava o mais alto status social. Todos
queriam ser mineiros, e ninguém queria ser chamado de roceiro, profissão desprezada. Mineiro naquele
tempo não significava, como hoje, quem trabalha na mina, mas o proprietário de lavras e escravos que
as trabalhassem, assim como o roceiro não significava quem trabalhava na roça, mas o proprietário de
terras e de escravos dedicados à lavoura.

A partir de 1775, com a mineração em franco declínio, o Primeiro Ministro de Portugal, Marquês de
Pombal, toma diversas medidas para diversificar a economia no Brasil, sendo que várias delas vão afetar
diretamente a capitania de Goiás.

A PRIMEIRA, como tentativa de estimular a produção, foi isentar de impostos por um PERÍODO DE
10 ANOS os lavradores que fundassem estabelecimentos agrícolas às margens dos rios. Entre os
produtos beneficiados estavam o algodão, a cana-de-açúcar e o gado.

15
A SEGUNDA medida foi a criação, em 1775, da Companhia de Comércio do Grão Pará e Maranhão, para
explorar a navegação e o comércio nos rios amazônicos, incluindo os rios Araguaia e Tocantins.

Com a decadência da mineração a PECUÁRIA tornou-se uma opção natural, por diversos motivos:

• O isolamento provocado pela falta de estradas e da precária navegação impediam o desenvolvimento


de uma agricultura comercial;
• O gado não necessita de estradas, autolocomove-se por trilhas e campos até o local de
comercialização e/ou abate, existência de pastagem natural abundante. Especialmente nos chamados
cerrados de campo limpo;
• O investimento era pequeno e o rebanho se multiplica naturalmente;
• Não necessita de uso de mão de obra intensiva, como na mineração. Na verdade, dispensa mão de
obra escrava, não era preciso pagar salário aos vaqueiros, que eram homens livres e que trabalhavam
por produtividade;
• Recebiam um percentual dos bezerros que nasciam nas fazendas (regime de sorte). Um novo tipo
de povoamento se estabeleceu a partir do final do século XVIII, sobretudo no sul da capitania, onde
campos de pastagens naturais se transformaram em centros de criatório.
• A necessidade de tomar dos silvícolas (índios) áreas sob seu domínio, que estrangulavam a marcha
do povoamento rumo às porções setentrionais (norte), propiciou também a expansão da ocupação
neste período.

A consolidação do espaço geográfico da capitania de Goiás, localizada na região central do Brasil, foi
marcada pela política centralizadora de ocupação colonial portuguesa do século 18. Indica o processo
histórico na formação e desenvolvimento econômico da capitania de Goiás. A adoção do sistema de
sesmaria e o incentivo às atividades mineradoras e agropastoris.

OBS: A pecuária tornou-se o setor mais importante da economia. Este povoamento oriundo da pecuária,
entretanto, apresentou numerosos problemas. Não foi, por exemplo, um povoamento uniforme:

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caracterizou-se pela má distribuição e pela heterogeneidade do seu crescimento. Prosperou mais no SUL,
que ficava mais perto do mercado consumidor do sudeste e do litoral.

As características do tipo de pecuária exercido na época, basicamente extensiva, por outro lado, não
propiciavam a criação de núcleos urbanos expressivos. A economia tendeu a uma RURALIZAÇÃO cada
vez mais marcante e o tipo de atividade econômica gerou grande dispersão da população. Os antigos
centros mineradores decadentes não foram substituídos por povoações dinâmicas.

“Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situação econômica da capitania era
crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre os vários apelos e lamentos daqueles que
a habitam, sejam provenientes das autoridades governamentais, sejam de elementos do povo”. O texto
citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o aumento da
ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mudar-se para o
campo.

ATENÇÃO: Passou por Goiás um grupo de europeus intelectuais, no século XIX, chamados de
VIAJANTES. O viajante mais importante é SAINT-HILAIRE, ele afirma que o povo goiano é preguiçoso,
indolente e miserável. E diz que Goiás, é a região mais atrasada, isolada e decadente que ele viu no
Brasil.

A Fazenda das Antas era um engenho de açúcar que me pareceu em péssimo estado de conservação,
mas o rancho que fazia parte dela era espaçoso e limpo, e foi aí que nos instalamos. Esse rancho era
cercado por grossos paus que formavam uma paliçada e protegiam os viajantes dos cães e dos porcos.
Foi nesse galpão que encontrei os mercadores de Araxá. Eles percorriam as fazendas levando cobertores,
chumbo para caça e outros artigos que trocavam por bois. O relato do viajante francês Saint-Hilaire,
que percorreu o Estado de Goiás no século XIX, descreve um aspecto que se relaciona
diretamente com a história das origens de Anápolis, qual seja, a circulação de comerciantes
em uma das estradas mais movimentadas de Goiás.

O homem médio em Goiás, observou Saint-Hilaire, nunca expressava, nem sabia, o valor das coisas em
réis, como em Portugal e outras capitanias do Brasil, mas exclusivamente em oitavas, vinténs de ouro,
patacas e meias patacas. A realidade, expressa na citação, indica que o contexto monetário existente
em Goiás, nas primeiras décadas do século XIX, era organizado a partir da circulação de ouro em pó,
fracionado em diversas medidas, que, dada a escassez de moedas oficiais, era utilizado com função de
dinheiro pela população.

Em suas andanças pela província de Goiás no início do século XIX, o viajante francês Saint-Hilaire fez a
seguinte observação: O capelão de Jaraguá era mulato: já prestei homenagem a sua cortesia; porém
ele possuía algo desse servilismo em que a sociedade brasileira mantém os homens de sangue mestiço,
o que esses não esquecem jamais quando estão em presença de brancos. As palavras de Saint-Hilaire
revelam um aspecto da sociedade brasileira do século XIX, a saber a distinção racial na
manutenção da hierarquia social.

BIZU FEDERAL: O século XVII representou a etapa de investigação das possibilidades econômicas das
regiões goianas, durante a qual o seu território tornou-se conhecido. No século seguinte, em função da
expansão da marcha do ouro, ele foi devassado em todos os sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva
ocupação através da mineração. Nesse sentido, pode-se afirmar que a economia goiana no final do
século XVIII se caracteriza pelo declínio da mineração e empobrecimento da capitania que se volta para
as atividades agropecuárias.

Os negros e crioulos me diziam que preferiam recolher no córrego de Santa Luzia um único vintém de
ouro por dia, do que se porem ao serviço dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões
pagam em gêneros dos quais lhes é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que
ficam meses inteiros sem poder salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a
confissão pascal, sucede que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com
o mesmo vestido. Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado
pela decadência das atividades da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de
técnicas rudimentares para extração do metal.

17
1.3. A ESTRADA DE FERRO E A MODERNIZAÇÃO DA ECONOMIA GOIANA;

A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um marco importante para a economia goiana e
responsável pelo incremento das relações comerciais com o sudeste brasileiro. A ferrovia
adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mineiro. A partir da
respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante o aumento das
exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de influência da ferrovia.

Na segunda metade do século XIX, como resultado do ritmo de transformação da estrutura econômica
produtiva do Centro-Sul do País a partir do alargamento da fronteira agrícola, ocorreu uma expansão
das estradas de ferro, com o prolongamento das ferrovias paulistas para além dos limites do estado de
São Paulo.

Os trilhos seguiram em direção a outros estados, como no caso de Goiás, com a construção da Estrada
de Ferro Goiás, ligando-se à Estrada de Ferro Mogiana, localizada em solo mineiro. A justificativa da
construção da ferrovia goiana estava ancorada na posição assumida pelo estado de Goiás como região
produtora e fornecedora de produtos agrícolas básicos para os mercados da região Sudeste.

A construção da estrada de ferro foi o primeiro dinamismo na urbanização de Goiás. Em 1896


a Estrada de Ferro Mogiana chegou até Araguari (MG). Em 1909, os trilhos da Paulista atingiram Barretos
(SP). Em 1913 Goiás foi ligado a Minas Gerais pela Estrada de Ferro Goiás e pela Rede Mineira de Viação.

Inaugurava-se uma nova etapa na ocupação do Estado. O expressivo papel das ferrovias na
intensificação do povoamento goiano ligou-se a duas ordens principais de fatores:

• Facilitou o acesso dos produtos goianos aos mercados do litoral;


• Possibilitou a ocupação de vastas áreas da região meridional de Goiás, correspondendo à efetiva
ocupação agrícola de parte do território goiano.

No final do século XX e início do século XXI, Goiás desenvolveu a agricultura como principal atividade
econômica e com intenso uso de tecnologia.

A porção do Sudeste Goiano denominada “região da Estrada de Ferro”, após ter passado por um período
de crescimento econômico no início do século XX, a partir de 1930, enfrentou a estagnação, vindo a
recuperar sua primazia apenas a partir dos anos de 1970.

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Com relação à formação econômica de Goiás e às suas transformações ao longo do século XX, a
estagnação ocorrida a partir de 1930 tem, entre seus motivos, a expansão da ferrovia até Anápolis, o
que viria a consolidar o domínio comercial por outras regiões do estado.

As ações da Companhia Estrada de Ferro de Goiás estabeleceram, no início do século XX, uma ferrovia
que foi instalada seguindo uma lógica externa – interesse do capital em se expandir e ocupar o território
brasileiro, mas também por articulações políticas de grupos locais interessados na efetivação desse
projeto.

1.4. AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS COM A CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA E BRASÍLIA;


INDUSTRIALIZAÇÃO; INFRAESTRUTURA E PLANEJAMENTO

A) CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA:

A partir de 1930 inaugurou-se uma nova fase no processo de ocupação agrícola de Goiás, sob a égide
da política de Getúlio Vargas, conhecida como “Marcha para o Oeste”, e sob a influência de novas
necessidades da economia mundial, que se refletiram diretamente sobre a economia nacional.

OBS: A construção de Goiânia dentro da “Marcha Para o Oeste” de Getúlio Vargas representou o
segundo dinamismo na urbanização de Goiás.

Getúlio Vargas, que havia instalado a Revolução de 30, nomeou o interventor Pedro Ludovico Teixeira,
que fazia oposição aos Caiado, ao poder do estado de Goiás. Pedro Ludovico executou a política de
transferência da capital.

Em outubro de 1933, o semanário O Social, havia instituído um curioso concurso a respeito da escolha
do nome para a nova capital. Leitores de todo o Estado contribuíram, sendo interessante relembrar os
nomes mais votados: Petrônia, Americana, Petrolândia, Goianópolis, Goiânia, Bartolomeu Bueno,
Campanha, Eldorado, Anhanguera, Liberdade, Goianésia, Pátria Nova, entre outros.

Em 2 de agosto de 1935, Pedro Ludovico usou, pela primeira vez, o nome “Goiânia”, ao assinar
o Dec. Nº 2.737, criando o município de Goiânia. O ganhador do concurso foi o Professor Alfredo de
Castro, com o pseudônimo “Caramuru”.

A transferência da capital, realizada na década de 1930, representou, entre outros aspectos, uma ruptura
nas relações de poder no estado e uma nova tendência econômica.

Sendo assim, tendo em vista que a história econômica goiana e a formação do atual estado de Goiás
são marcadas pela interdependência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura
de subsistência, a ocupação planejada e estratégica do território goiano foi uma das prioridades da
política de integração nacional (Marcha para Oeste) promovida nas décadas de 30 e 40 do século XX
pelo governo Vargas, durante o qual Goiânia foi construída.

As cidades planejadas, seguindo as colocações do historiador Sérgio Buarque de Holanda, representam


a força do desejo humano em transformar a paisagem e em racionalizar o espaço em que se vive.
Construir cidade envolve, portanto, uma complexa rede de interesses com impactos na economia, na
sociedade e na política.

BIZU FEDERAL: Goiânia foi fundada em 1937 para ser a nova capital de Goiás. Antes dela a capital do
estado de Goiás era a cidade de Goiás, antiga Vila Boa.

A construção de cidades envolve tenacidade e capacidade de persuasão dos líderes políticos.


Por isso, algumas das cidades planejadas brasileiras foram inauguradas durante regimes
autoritários, como foi o caso da cidade de Goiânia, capital de Goiás, inaugurada em 1942.

“O governo não considerava a construção de uma nova capital um gasto, mas um investimento
necessário para o desenvolvimento”. O significado da construção de Goiânia para o desenvolvimento de
Goiás está relacionado ao fato de ser uma cidade administrativa e comercial, que se tornou referência
para o setor de turismo de eventos e negócios no país.

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A cidade de Goiânia foi planejada e construída para ser a nova capital do estado de Goiás, criando um
novo centro de poder. A transferência da capital, articulada pelo então governador Pedro Ludovico
Teixeira, aconteceu em 1937. Antes de Goiânia, a capital do estado de Goiás era Cidade de Goiás.

BIZU FEDERAL: A pedra fundamental da nova capital do Estado de Goiás foi lançada por Pedro Ludovico
Teixeira em 24 de outubro de 1933. A criação do município, no entanto, não ocorreu nessa mesma data.
De acordo com o Decreto Estadual n. 327, o município de Goiânia foi criado em agosto de 1935.

Planejada para 50 mil pessoas, Goiânia possui população estimada 1.555.626 pessoas (2021)2. Distante
209 quilômetros de Brasília e com área aproximada de 740 quilômetros quadrados, a cidade faz parte
da Mesorregião do Centro-Oeste e da Microrregião de Goiânia.

Possui uma geografia contínua, com poucos morros e baixadas, tendo terras planas na maior parte de
seu território, com destaque para o Rio Meia Ponte. Com uma arquitetura modernista, Goiânia ficou
conhecida como o maior sítio Art Déco da América Latina.

GOIÂNIA: ESTILO ART DÉCO

Boa parte das primeiras edificações de grande porte do centro de Goiânia foi construída no ESTILO ART
DÉCO, entre as décadas de 1940 e 1950, e constitui um acervo significativo do ponto de vista da história
da arquitetura brasileira.

OBS: Por esta razão, em 2003, partes do núcleo central de Goiânia, assim como do bairro de Campinas
foram incorporadas oficialmente ao patrimônio histórico e artístico nacional brasileiro.

No processo de construção de Goiânia, a partir da década de 1930, algumas de suas principais edificações
— como, por exemplo, o Cine Teatro Goiânia e a Estação Ferroviária - foram erguidas seguindo um estilo
arquitetônico característico, denominado art déco.

2
Consulta realizada no dia 08/08/2022 disponível < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goiania/panorama>

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Edifício da antiga Estação Ferroviária. O edifício apresentado na foto, um exemplo do estilo que marcou
a arquitetura de Goiânia na década de 1930, apresenta características da arte déco, caracterizada pela
frequente simplificação geometrizante de seus elementos decorativos.

“O governo não considerava a construção de uma nova capital um gasto, mas um investimento
necessário para o desenvolvimento”. O significado da construção de Goiânia para o desenvolvimento de
Goiás está relacionado ao fato de ser uma cidade administrativa e comercial, que se tornou referência
para o setor de turismo de eventos e negócios no país.

GOIÂNIA E SEUS MUNICÍPIOS CONTURBADOS: Conurbação é o nome que se dá para o crescimento


de duas ou mais cidades vizinhas, que acabam por formar um único aglomerado urbano. Em geral, numa
conurbação existe uma cidade principal e uma (ou mais de uma) cidade-satélite. Aparecida de Goiânia
e Senador Canedo, por exemplo, passam a ter que gerenciar problemas de impostos, serviços e de
infraestrutura de forma conjunta.

A defesa da construção de Goiânia feita por um de seus principais responsáveis – Dr.Armando de Godói
– evidencia com clareza o que se pensava naquele período sobre o planejamento, especialmente no que
tange à obediência do espaço à razão. A urbanização do sertão goiano e a criação de Goiânia.

O modelo de planejamento urbano proposto por Armando de Godói para a construção da cidade de
Goiânia foi fortemente influenciado pela Carta de Atenas, manifesto proposto pelos urbanistas modernos
em 1933, que entendia a cidade como um organismo funcional, dividida em setores e privilegiando a
presença de áreas verdes.

DICA: Excluído do Lyceu por 15 dias a vista da representação apresentada pelo professor de Francês e
pelo bedel do Lyceu, o aluno Hugo de Carvalho Ramos por ter infringido o parágrafo 8º do Artigo 92 do
Regulamento, e mandando que lhe contem as respectivas faltas. O texto apresentado é indicador da
cultura escolar existente em Goiás no início do século XX, caracterizada pela ênfase na disciplina rígida
do ambiente escolar, como estratégia pedagógica capaz de garantir um ensino de qualidade.

É chamada de “Capital do Cerrado”. Está localizada no Planalto Central e possui cerca de 1 milhão de
habitantes. A capital que o texto faz referência é Goiânia.

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“Seria muito difícil prever, no início de 1929, que após a presidência relativamente tranquila de
Washington Luís surgiria uma forte cisão entre as elites dos grandes estados. Mais ainda, que essa cisão
acabaria por levar ao fim da República Velha.” O trecho acima faz alusão ao processo político que
antecedeu a “Revolução de 1930”.

Este movimento revoltoso gerou mudanças em muitas regiões do território nacional. Acerca das
consequências desse evento no estado de Goiás, pode-se afirmar que acarretou a nomeação de Pedro
Ludovico.

BIZU FEDERAL: Em Goiás, a Revolução de 1930 foi uma revolução importada, sem raízes próprias na
região. Apesar disso, ela teve uma significação profunda, marcando uma nova etapa na história do
estado. Entre os legados mais imediatos da Revolução de 1930, em Goiás, destaca-se a construção de
Goiânia e a mudança da capital, como marco inicial dessa nova etapa, símbolo do progresso e do
desenvolvimento do estado.

A) CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA:

A ideia de construir a capital brasileira em uma região mais centralizada era antiga, isso porque diversos
motivos eram alegados, entre eles:

• Interiorização do desenvolvimento;
• Segurança nacional, uma vez que o Rio de Janeiro era muito vulnerável a ataques militares, por
outro lado, uma capital no interior facilitaria a defesa;
• Localização estratégica, para facilitar o acesso a todas as regiões do País;

JUSCELINO KUBITSCHEK (JK) prometia, ao cumprir estas metas, fazer o Brasil progredir “50 anos
em 5”.

O primeiro comício realizou-se em Jataí (GO), onde JK discursou prometendo defender a Constituição do
país, prometendo cumpri-la e fazendo também os outros cidadãos cumprirem. Ao término do discurso,
abriu um debate e perguntou se alguém gostaria de lhe fazer alguma pergunta. Brasília começava a
nascer:

- Um jovem jataiense, Antônio Soares, mais conhecido como Toniquinho, ergueu o braço pedindo a
palavra e entrou para a História.

– “Senhor candidato, o sr. vai mesmo cumprir a Constituição?”

– Vou, disse JK. – Toniquinho retornou.

Pois então o sr. construirá a capital do país aqui no Planalto Central, uma vez que essa medida está
prevista desde a Constituição de 1891 e encontra-se também nas constituições seguintes.

Diante da inesperada pergunta, não houve outra alternativa ao candidato a não ser incorporar
às suas metas a construção da nova capital.

A construção de Brasília representou um terceiro dinamismo na ocupação de Goiás. A partir de meados


da década de 1950, ocorreu uma retomada da “Marcha para o Oeste”, com a construção de
Brasília.

As linhas mestras da "política territorial" - políticas de povoamento, regulando o deslocamento


populacional, de transporte e de comunicação - do governo Vargas seriam retomadas por JK. Como
prefeito, governador e presidente, JK também investiu em políticas de transporte e comunicação e
realizou, por fim, o sonho de completar os vazios do território e preencher as lacunas da nacionalidade.
A construção de Brasília pode ser entendida como uma nova "Marcha para o Oeste[...] Sobre as políticas
dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek que alcançaram o estado de Goiás, é possível
afirmar corretamente que a cidade de Goiânia, inaugurada em 1942, concebida de acordo com a política
territorial varguista, objetivava também afastar o centro do poder das antigas oligarquias.

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A construção da capital federal no centro do país fomentou a construção de estradas de rodagem que
ligaram a porção meridional do antigo Estado de Goiás à área hegemônica do desenvolvimento capitalista
brasileiro: o Sudeste.

O estado de Goiás cresce rapidamente a partir de 1940 com a construção de Goiânia, a campanha
nacional da “Marcha para o Oeste”, culminando com a construção de Brasília na década de 50,
imprimindo um progresso acelerado ao estado.

Com Brasília e as rodovias que a ligaram a outras regiões do país nascem ou floresceram em Goiás um
forte processo de ocupação. Um bom exemplo disso foram os núcleos urbanos surgidos no trajeto da BR
– 153 (Belém-Brasília).

OBS: Na área do entorno do Distrito Federal temos a problemática da definição de administração nos
municípios que a compõem. A população destes municípios trabalha no Distrito Federal, mas mora em
Goiás, o que gera uma grave falta de infraestrutura nestes municípios.

ATENÇÃO: O Plano Piloto da cidade de Brasília, no


Distrito Federal, teve sua forma inspirada pelo sinal da
Cruz. O formato da cidade é popularmente comparado
ao de um avião. Esse modelo seria o mais viável para
a cidade por poder transportar água para as
residências, partindo do ponto mais alto, e captar o
esgoto no ponto mais baixo. Por isso, um dos eixos
dessa cruz — o Norte-Sul — seria arqueado e
lembraria um pássaro ou avião.

23
A região Centro-Oeste caracteriza-se pela baixa concentração demográfica. A partir da criação de
Brasília, expressivos fluxos de migrantes dirigiram-se para Goiás. O fator que os atraía, na época era
construção de rodovias e hidrelétricas.

2. MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E URBANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO GOIANO.

Na década de 1950, houve um importante ciclo de surgimento de novas cidades no norte de


Goiás, desencadeado pela construção da Rodovia Federal, ligando Brasília a Belém.

A Região Metropolitana de Goiânia (RGM) exerce importante papel na região central do Brasil,
juntamente com Brasília. Em relação à metrópole goiana, o padrão do crescimento populacional é
centrípeto.

Tendo em vista que, na década de 80 do século XX, grandes conglomerados industriais se estabeleceram
em Goiás, consolidando um longo processo de industrialização, fruto de investimentos em infraestrutura,
incentivos fiscais e abertura de linhas de crédito, assinale a opção correta acerca da industrialização
desse estado.

ATENÇÃO:A escolha da cidade de Anápolis para sediar o primeiro dos distritos industriais planejados
pela Companhia de Distritos Industriais do Estado de Goiás, o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA),
foi influenciada por sua conexão com as demais regiões do país por sólido sistema rodoferroviário.

A Ferrovia Norte-Sul, importante rede ferroviária brasileira, cumpre papel fundamental na logística do
Estado do Tocantins e o interliga diretamente aos seguintes estados: Goiás e Maranhão.

Analisando os aspectos físicos do território goiano, notadamente quanto ao relevo e à


hidrografia, a região em que se inserem o estado de Goiás e o Distrito Federal é divisora de
águas de três grandes bacias hidrográficas brasileiras.

A venda da Companhia Energética de Goiás (Celg) para a empresa italiana Enel foi concluída no dia
14/2/2017, em Goiânia. O presidente da corporação estrangeira no Brasil, Carlo Zorzoli, esteve na capital
goiana com o governador do estado, Marconi Perillo (PSDB), e o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira
Junior, onde assinaram a privatização da companhia, que foi vendida por R$ 2,187 bilhões. A produção
de energia solar fotovoltaica vem tendo grande desenvolvimento no estado, que já supera a marca
histórica de 10 megawatts (MW), estando entre os grandes produtores do País.

Não entrará pelos olhos a dentro de todo homem de bom senso que reduzir à vida sedentária homens
que não têm artes necessárias para subsistir nela ou equivale a destruí‐los à custa de fome e privações
ou equivale a fazer pesar sobre nós o encargo de sustentá‐los?

Com relação à questão indígena em Goiás ao longo da história, a implantação da usina


hidrelétrica de Serra da Mesa impactou fortemente as áreas tradicionalmente ocupadas pelos
indígenas Avá Canoeiro nos municípios de Minaçu e Colinas do Sul.

Conforme o Decreto Presidencial nº 75.320/1975, que dispõe quanto à criação do Programa de


Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o objetivo do referido programa foi o de promover o
desenvolvimento e a modernização das atividades agropecuárias no Centro-Oeste e no oeste do estado
de Minas Gerais, mediante a ocupação racional de áreas selecionadas, com características de cerrado.

Um fato que marcou a história político-administrativa de Goiás foi a divisão de seu território, com a
criação do estado do Tocantins pela Constituição de 1988. Mas essa ideia de emancipação da região
norte goiana não era nova, pois surgiu, pela primeira vez, no contexto do movimento separatista do
norte de Goiás, do ano de 1821, que chegou a estabelecer um governo autônomo provisório na cidade
de Cavalcante, que se declarou independente da Comarca do Sul.

ATENÇÃO: Este resumo é construído com base em diversas fontes de pesquisa, inclusive, entre eles,
materiais de concursos, cadernos de estudo que elaborei nos tempos de preparação para concursos
públicos. Vale destacar que não visa esgotar o estudo do conteúdo programático, mas apresentar
aspectos relevantes para provas de concurso. Bons estudos, Prof. Jorge Florêncio.

24
QUESTÕES

QUESTÕES SOBRE: 1. Formação econômica de Goiás: a mineração no século XVIII, a agropecuária nos
séculos XIX e XX, a estrada de ferro e a modernização da economia goiana, as transformações
econômicas com a construção de Goiânia, industrialização, infraestrutura e planejamento.

1) Foi somente no início do século XX que o Brasil passou a ter a configuração atual. Porém, internamente
a divisão era diferente. O estado de Tocantins foi criado em 1988 após a divisão do seguinte estado:

A) Pará.

B) Goiás.

C) Amazonas.

D) Mato Grosso.

2) Analise a imagem.

O painel representa um período da história de Goiás marcado pelo esforço dos

A) povos ribeirinhos nas atividades de pesca.

B) mineradores na extração do ouro no leito dos rios.

C) escravos africanos no trabalho nas fazendas de café.

D) bandeirantes no desbravamento de terras interioranas.

3) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século XIX, o viajante francês Saint-Hilaire
registrou:

Os negros e crioulos me diziam que preferiam recolher no córrego de Santa Luzia um único vintém de
ouro por dia, do que se porem ao serviço dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões
pagam em gêneros dos quais lhes é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que
ficam meses inteiros sem poder salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a
confissão pascal, sucede que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com
o mesmo vestido. Saint-Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás.
Apud PALACÍN, L.; MORAES, Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG,
1989. p. 47. (Adaptado).

Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência das


atividades

A) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para extração
do metal.

B) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela abolição da
escravidão africana.

C) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estradas que
ligavam o sertão ao litoral.

D) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para a


comercialização com outras regiões.

4) A Cidade de Goiás, declarada patrimônio histórico, surgiu às margens do Rio Vermelho, fruto da

A) fixação dos entrepostos comerciais criados pelos tropeiros.

B) expansão das lavouras cafeeiras realizada pelos fazendeiros.

C) atividade de exploração mineradora iniciada pelos bandeirantes.

25
D) implementação da pecuária extensiva promovida pelos colonizadores.

5) Sobre aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e relevo. É incorreto afirmar
que

A) O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Floresta Amazônica,
possui representatividade no território goiano. Mesmo com elevado nível de desmatamento registrado
desde a década de 1960, Goiás conseguiu manter reservas da mata nativa em algumas regiões, o que
gera discussões entre fazendeiros e ambientalistas.

B) O Estado de Goiás tem apenas duas estações sazonais que são a seca e a chuvosa. A “estação seca”
tem seu início no mês de abril e estende-se até a primeira quinzena de outubro. Já a “estação chuvosa”
tem seu início na segunda quinzena de outubro e se estende até março do ano seguinte.
(Simehgo/Sectec).

C) O Estado de Goiás possui vegetação de savana, típica do cerrado, reflexo da escassez de água na
região. Goiás é precário em recursos hídricos.

D) Além da presença marcante dos planaltos, dentro dos limites do Estado de Goiás, encontramos
também áreas de planícies e depressões.

E) O Estado de Goiás está localizado no Planalto Central Brasileiro, o que justifica a predominância de
planaltos em seu relevo.

6) Leia o texto a seguir:

O homem médio em Goiás, observou Saint-Hilaire, nunca expressava, nem sabia, o valor das coisas em
réis, como em Portugal e outras capitanias do Brasil, mas exclusivamente em oitavas, vinténs de ouro,
patacas e meias patacas.

PALACIN, L. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994. p. 134.

A realidade, expressa na citação, indica que o contexto monetário existente em Goiás, nas primeiras
décadas do século XIX, era

A) baseado no escambo, a troca direta de produtos, resultado da economia ruralizada, fechada e voltada
para a autossubsistência.

B) estruturado em moedas de ouro denominadas “patacões”, cunhadas nas duas casas de fundição
existentes na capitania de Goiás.

C) dominado pela Libra Esterlina, moeda estrangeira muito abundante em Goiás, por causa da intensa
exportação do ouro para a Inglaterra.

D) dinamizado pela existência de uma moeda específica para a capitania de Goiás, conforme as
deliberações do mercantilismo lusitano.

E) organizado a partir da circulação de ouro em pó, fracionado em diversas medidas, que, dada a
escassez de moedas oficiais, era utilizado com função de dinheiro pela população.

7) Leia o texto a seguir.

Goiás entrará nos anais da Inquisição: em 1776 é preso o único goiano desta história: José Ricardo de
Morais. Era natural de freguesia de Meia Ponte, sendo morador do Arraial de Santa Cruz, distante 52
léguas de Vila Boa. [...] Em seu processo catalogado na Torre do Tombo sob o nº 2779, encontramos
inclusive a descrição de seu tipo físico, uma espécie de retrato falado: “homem bastardo, estatura
ordinária, cara redonda, cabelos pretos, compridos e crespos”

MOTT, L. A Inquisição em Goiás: fontes e pistas. In: ARRAIS, C. P. A.; SANDES, N. F. (Org.). A História
Escrita: percursos da historiografia goiana. Vitória, ES: GM Editora, 2017. p. 69 – 85. p. 72.

O termo “bastardo”, no século XVIII, além de filho natural ilegítimo, também designava indivíduo

A) reincidente condenado por delito leve.

26
B) filho alforriado de escravo dado para adoção.

C) herege, envolvido em ritualística afro-americana.

D) pagão, reconhecidamente não batizado na igreja.

E) mestiço de caucasiano com indígena ou negroide.

8) Clima e vegetação são componentes da natureza associados entre si. Por isso, devem ser analisados
juntos para que se possa ter uma visão mais real da totalidade e, assim, mais verdadeira do espaço
geográfico estudado.

BARBOSA, A. S.; TEIXEIRA NETTO, A.; GOMES, H. Geografia: Goiás-Tocantins. Goiânia: Editora da UFG,
2004, 2. ed. p. 137.

Ao tratar da relação entre clima e vegetação, o texto indica que

A) as diferenciações existentes na estrutura e na composição da vegetação são decorrentes de alterações


no tipo de solo, relevo, no volume de precipitação e nas formas de uso da terra.

B) a vegetação do Cerrado é composta de paisagens uniformes, semelhantes àquelas encontradas na


vegetação savânica.

C) as unidades fitogeográficas do Cerrado goiano são resultantes de fatores e elementos ecológicos, tais
como: clima, solos e relevo.

D) a ideia de que a “vegetação é o espelho do clima” remete à impossibilidade de associação da mesma


com os demais elementos ecológicos.

9) Um exemplo de embaixada alegórica é apresentado no vídeo Festa do Rosário dos Homens Pretos do
Serro, que começa com a narração da seguinte história.

“Dizem que Nossa Senhora tava no meio do mar. Aí vieram os caboclos e lhe chamaram, mas ela
não veio não. Depois vieram os marujos brancos, mas ela só balanceou. Aí chegaram os catopês. Eles
cantaram, tocaram só com caco de cuia e lata véia.Ela gostou deles, teve pena deles e saiu do mar.”

Trata-se de um mito de reconciliação e integração, bem como de uma compensação simbólica para
a experiência histórica de escravidão negra em Minas Gerais. Essa experiência é abertamente expressa
em muitos textos musicais das congadas.

José Jorge de Carvalho. Um panorama da música afro-brasileira. In: Série Antropologia. Brasília: Editora
da UnB, 2000.

A partir do texto acima, julgue o item

A experiência histórica da escravidão negra mencionada no texto difere da experiência do regime de


trabalho vigente na agroindústria açucareira nordestina, porque, na região mineradora, a rigidez das
instituições e das normas vigentes impedia tanto a eventual alforria de escravos quanto a mobilidade
social

Certo

Errado

10) Considere os aspectos da história social do estado de Goiás:

I. Foi a partir do denominado Ciclo do Ouro, fruto da expansão do movimento das Bandeiras, que Goiás
começou efetivamente a ser povoado, sendo a região do rio Paranaíba, no leste do estado, a primeira a
ser ocupada nesse contexto.

II. A região pertenceu à capitania de São Paulo até meados do século XVIII e a designação Goiás teve
origem nos povos indígenas que habitavam a região antes da colonização.

27
III. No sudoeste do estado há áreas demarcadas e delimitadas para comunidades quilombolas ou
comunidades afrodescendentes, como o Kalunga, por exemplo, que vivem sobretudo da agricultura
familiar e do artesanato.

Está correto o que se afirma APENAS em

A) I.

B) II e III.

C) I e III.

D) II.

E) I e II.

11) “No quadro de dificuldades econômicas, característico do século XIX em Goiás, a pecuária destacou-
se como única atividade de caráter eminentemente comercial, sendo a lavoura voltada para a
subsistência dos próprios plantadores, sendo o pouco excedente comercializado nos arraiais locais.”

ASSIS, Wilson Rocha. Estudos de História de Goiás. Goiânia: Editora Vieira, 2005, p. 67.

O caráter comercial da pecuária, explicitado na citação, no contexto da economia goiana da primeira


metade do século XIX, deveu-se fundamentalmente à

A) industrialização do charque que disputou mercados com a produção sulista.

B) excelente qualidade do gado zebu, que substituiu o improdutivo gado curraleiro.

C) exportação de queijo por meio de tropeiros para Rio de Janeiro e São Paulo.

D) possibilidade de o gado se autotransportar, alcançando, assim, lugares distantes.

12) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo português, que antes procurava canalizar
toda a mão-de-obra da capitania para as minas, passou, através das autoridades, a incentivar e
promover a agricultura em Goiás.”

PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994. p. 41.

No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX, adotou
algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas medidas foi a

A) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação de produtos
agrícolas.

B) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às margens dos
rios Tocantins e Araguaia.

C) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na produção
agrícola.

D) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produtos
agrícolas vindos do Pará.
GABARITO: 1B/2B/3A/ 4C/ 5C/ 6E/ 7E/ 8C/ 9E/ 10D/ 11D/ 12B

QUESTÕES SOBRE: 2. Aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e relevo.

1) O Rio Paranaíba é um dos rios mais importantes do estado de Goiás porque é utilizado para
A) a geração de energia elétrica, abrigando grandes barragens.
B) o abastecimento de mais de trinta cidades, incluindo a capital.
C) as atividades de turismo, formando praias no período de estiagem.
D) o desenvolvimento da aquicultura, diversificando a economia regional.

28
2) Analisando os aspectos físicos do território goiano, notadamente quanto ao relevo e à hidrografia, é correto
afirmar que
A) predominam, em Goiás, rios meândricos e intermitentes, com pequena influência do clima em suas vazões.
B) as maiores declividades do relevo de Goiás ocorrem no sudoeste do estado, o que dificulta as práticas agrícolas
mecanizadas.
C) a região em que se inserem o estado de Goiás e o Distrito Federal é divisora de águas de três grandes bacias
hidrográficas brasileiras.
D) poucos pontos do território goiano ultrapassam os dois mil metros de altitude em relação ao nível do mar,
resultado da antiguidade de sua formação e da ação de agentes erosivos externos.
E) diversos corpos hídricos goianos cumprem importante papel na geração de energia elétrica, a exemplo do rio das
Almas e do rio Maranhão, que abastecem, respectivamente, as usinas de Serra da Mesa e de Corumbá.

3) Não entrará pelos olhos a dentro de todo homem de bom senso que reduzir à vida sedentária homens que não
têm artes necessárias para subsistir nela ou equivale a destruí‐losà custa de fome e privações ou equivale a fazer
pesar sobre nós o encargo de sustentá‐los?
Oswaldo Martins Ravagnani. A agropecuária e os aldeamentos indígenas goianos. Departamento de antropologia,
política e filosofia. UNESP – Araraquara‐SP (com adaptações).

Com relação à questão indígena em Goiás ao longo da história, assinale a alternativa correta.

A) No período minerador do século XVIII, foram extintos os aldeamentos indígenas em Goiás, pois as pressões dos
jesuítas por sua libertação eram intensas.
B) A implantação da usina hidrelétrica de Serra da Mesa impactou fortemente as áreas tradicionalmente ocupadas
pelos indígenas Avá Canoeiro nos municípios de Minaçu e Colinas do Sul.
C) Ianomamis, pataxós e tikunas estão entre os grupos indígenas de maior expressividade numérica em Goiás.
D) O censo de 2010 apontou que Goiás possui a segunda maior população indígena do Centro‐Oeste.
E) Mais de dez terras indígenas localizadas no estado de Goiás já foram demarcadas, declaradas e homologadas
pelo Poder Público.

4) Sobre aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e relevo. É INCORRETO afirmar que
A) O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Floresta Amazônica, possui
representatividade no território goiano. Mesmo com elevado nível de desmatamento registrado desde a década de
1960, Goiás conseguiu manter reservas da mata nativa em algumas regiões, o que gera discussões entre fazendeiros
e ambientalistas.
B) O Estado de Goiás tem apenas duas estações sazonais que são a seca e a chuvosa. A “estação seca” tem seu
início no mês de abril e estende-se até a primeira quinzena de outubro. Já a “estação chuvosa” tem seu início na
segunda quinzena de outubro e se estende até março do ano seguinte. (Simehgo/Sectec).
C) O Estado de Goiás possui vegetação de savana, típica do cerrado, reflexo da escassez de água na região. Goiás
é precário em recursos hídricos.
D) Além da presença marcante dos planaltos, dentro dos limites do Estado de Goiás, encontramos também áreas
de planícies e depressões.
E) O Estado de Goiás está localizado no Planalto Central Brasileiro, o que justifica a predominância de planaltos em
seu relevo.

5) No domínio morfoclimático do cerrado, presente no estado de Goiás, encontram-se chapadões tropicais interiores
com cerrados e florestas-galeria abrangendo grande parte da porção central do Brasil.
Em relação ao cerrado, assinale a alternativa correta.
A) Possui solos predominantemente ricos em calcário.
B) Tem como característica marcante a existência de quatro estações bem definidas, com chuvas distribuídas ao
longo dos meses do ano.
C) A mata de galeria desenvolve-se ao longo dos rios de médio e grande porte.
D) Algumas espécies vegetais desse bioma distinguem-se pelo xeromorfismo.
E) No domínio do Cerrado, o clima predominante é o tropical árido.

6) Entre os aspectos naturais do território goiano destaca-se


A) o fato de o estado se apresentar como um divisor de águas, por corresponder a uma área de dispersão dos cursos
d’água que vão compor grandes bacias hidrográficas brasileiras, sendo que a drenagem do norte vincula-se à Bacia
do Tocantins e a do sul à Bacia do Paraná.
B) uma área de planaltos e serras cristalinas do Proterozoico no sul do estado que, após longos processos
intempéricos, resultaram formas residuais de baixa altitude que se expressam em extensos topos levemente
aplainados, circundados de vales fluviais.

29
C) a presença de climas quentes e úmidos com dois a três meses secos na maior parte do estado; apenas no norte
o clima apresenta características monçônicas marcantes com 80% das chuvas concentradas de dezembro a março,
quando a umidade relativa do ar permanece acima de 80%.
D) a relativa homogeneidade de paisagens que, basicamente, se compõem de planaltos e chapadas de média
altitude, esculpidos em terrenos sedimentares recentes; a disposição do relevo dificulta o percurso das águas fluviais
no sentido leste-oeste; o cerrado é predominante.
E) na porção leste-sudeste do estado uma extensa depressão gerada por intensa atuação de processos erosivos ao
longo do Terciário; em vários trechos da depressão são encontrados inselbergs associados às rochas cristalinas de
maior resistência.

7) Goiás conta com dois parques ambientais nacionais que protegem os bens naturais do estado. São eles:
A) Parque Nacional do Jaú e Parque Nacional do Jurema.
B) Parque Nacional do Catimbau e Parque Nacional da Chapada das Mesas.
C) Parque Nacional das Emas e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
D) Parque Nacional da Serra Geral e Parque Nacional de Aparados da Serra.

8) O principal manancial hidrotermal do estado de Goiás está localizado nos municípios de Caldas Novas e Rio
Quente. Estudos recentes demonstram que as águas termais se originam
A) do armazenamento de água em bacias subterrâneas em áreas vulcânicas.
B) do curso de água por cima de uma rocha de composição resistente à erosão.
C) da infiltração das águas da chuva no solo em grandes profundidades.
D) da pressão da água armazenada em lençóis freáticos sob rochas impermeáveis.

9) O Rio Meia Ponte é um dos rios mais importantes de Goiás porque


A) abriga barragens que geram energia elétrica para as regiões mais populosas do estado.
B) permite o transporte da produção agrícola do interior para as regiões centrais do estado.
C) recebe o esgoto sem tratamento produzido pelas fábricas do entorno da capital do estado.
D) garante o abastecimento de água de alguns municípios e das três maiores cidades do estado.

10) Com relação aos aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e relevo, assinale a
alternativa incorreta.
A) A hidrografia do estado de Goiás contribui no abastecimento de três importantes bacias hidrográficas brasileiras:
Araguaia/Tocantins, Paraná e São Francisco.
B) Árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas e raízes profundas são características do bioma Cerrado.
C) Localizado no planalto central, o estado de Goiás possui uma variação de relevo com a ocorrência de chapadas,
depressões e vales.
D) Durante o solstício de inverno as médias térmicas tendem a diminuir no estado de Goiás, devido entre outros
fatores ao avanço da massa polar atlântica.
E) O clima predominante no estado de Goiás é o Tropical Úmido, com duas estações bem definidas: verão (quente
e seco) e inverno (frio e úmido).

GABARITO: 1A-2C-3B-4C-5D-6A-7C-8C-9D-10E

3. POPULAÇÃO GOIANA: POVOAMENTO; MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS E DENSIDADE


DEMOGRÁFICA.

A infraestrutura rodoviária de Goiás é integrada por diversas rodovias federais, entre elas, a BR‐153,
que corta o estado de norte a sul, cumprindo importante papel na ligação do Norte/Nordeste do País ao
Sul/Sudeste.

Assim como o restante do país, a economia goiana é muito dependente das rodovias. Goiás possui
apenas duas ferrovias em seu território. Uma delas, a Ferrovia Norte-Sul, passa por municípios como
Anápolis.

Os sistemas de transportes estão na base do funcionamento da economia de um estado. Entre as


rodovias federais, uma delas corta Goiás de norte a sul, interligando cidades como Porangatu e
Itumbiara. Essa rodovia denomina-se BR-153.

ATENÇÃO: Das mesorregiões do Estado de Goiás, a que possui o maior quantitativo populacional e
abriga a capital do Estado é a do Centro Goiano

30
O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado pela prodigalidade na construção de
igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram construídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse
grande número de igrejas, no início do povoamento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os
templos servirem de locais de culto e de sepultamento de membros da população que
estivessem integrados nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos
não-cristianizados eram sepultados num cemitério rudimentar.

Plano do Desenvolvimento Econômico de Goiás O Plano do Desenvolvimento Econômico de Goiás,


aprovado pela Lei 3.040, de 7 de novembro de 1960, para ser executado no período 1961-1965, seria
uma tentativa de planejamento regional em que, sem abandonar a tutela da política federal, a
administração estadual pretendia, dentro de seus próprios recursos mediantes a coordenação e
sistematização dos investimentos que seriam realizados no Estado pelas três esferas do governo e pela
iniciativa privada, a formulação de uma nova estrutura econômico-social que superasse a realidade
vigente pela elevação do nível de vida da coletividade goiana, pela valorização do indivíduo moral,
intelectual e material.

O texto aborda o planejamento econômico regional no estado que dialogava com a política
desenvolvimentista, aproximando-se do Plano de Metas de JK e do intento de superar o atraso
do estado.

O Monumento a Goiânia, retratado nas fotos, é uma escultura em bronze e granito esculpida por Neusa
Morais em 1967. Localizado no centro da Praça Cívica Doutor Pedro Ludovico Teixeira, o monumento é
uma homenagem aos grupos étnicos que deram origem ao povo goiano.

4. ECONOMIA GOIANA: INDUSTRIALIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES E


COMUNICAÇÃO.

31
Goiás tem experimentado, nos últimos anos, elevado nível de desenvolvimento econômico e social, tanto
quantitativa quanto qualitativamente, consolidando o crescimento dos vários setores produtivos e
colocando‐se em posição de destaque no ranking dos estados brasileiros.

Esse nível de desenvolvimento precisa alcançar todas as regiões do estado de forma a promover
igualdade de condições para competitividade produtiva, diminuindo as diferenças entre elas a região do
entorno do Distrito Federal foi definida de acordo com o que estabeleceu a lei de criação da Região
Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), de 1998.

O setor de serviços tem se apresentado como o pilar de sua economia.

Entre os anos de 2010 e 2017, o estado de Goiás apresentou um crescimento populacional significativo.
Mesmo o crescimento populacional estando acima da média nacional, as taxas de natalidade e
fecundidade tem apresentado redução significativa

Tendo em vista que, na década de 80 do século XX, grandes conglomerados industriais se estabeleceram
em Goiás, consolidando um longo processo de industrialização, fruto de investimentos em infraestrutura,
incentivos fiscais e abertura de linhas de crédito, a escolha da cidade de Anápolis para sediar o primeiro
dos distritos industriais planejados pela Companhia de Distritos Industriais do Estado de Goiás, o Distrito
Agroindustrial de Anápolis (DAIA), foi influenciada por sua conexão com as demais regiões do país por
sólido sistema rodoferroviário.

Mais um indicador econômico comprova que a economia goiana tem crescido mais que a média brasileira.
Informe técnico elaborado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Econômicos (IMB), da
Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), mostra que o produto interno bruto (PIB) de Goiás
cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2018, diante de 1,2% no Brasil. No que se refere ao tema do
texto, em relação aos fatores responsáveis pelo crescimento econômico de Goiás em 2018. O setor
agropecuário foi a grande responsável pelo bom desempenho econômico do estado goiano em 2018.

Após a ocorrência de três motins em presídios goianos, sendo dois deles na Colônia Agroindustrial do
Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia, onde foram registrados vários acontecimentos, como a
fuga de muitos presos, foi designada uma série de ações por parte dos Poderes Executivo e Judiciário de
Goiás, entre as quais destaca-se a regionalização dos presídios, com a construção de novas unidades
prisionais em Anápolis, Formosa, Águas Lindas, Planaltina e Novo Gama.

Os setores de alimentos e bebidas, mineração, fármacos, automóveis e etanol destacam‐se na produção


industrial goiana.

ATENÇÃO: Dentro das políticas de governo voltadas para o povoamento do interior do Brasil, algumas
chegaram a lograr êxito fixando pequenos grupos de moradores. Dentre essas políticas, cita-se como
exemplo a denominada “Marcha para o Oeste”. Desta política, o projeto que mais fixou pessoas no
interior do estado de Goiás foi a implantação da CANG (Colônia Agrícola Nacional de Ceres).

A última onda de expansão canavieira verificada em Goiás, sobretudo após 2006, foi composta por usinas
que se caracterizavam essencialmente como centrais agroenergéticas, e não apenas como destilarias de
etanol e, muito menos, como fábricas de açúcar. Nesse sentido, têm na produção de biocombustível e
na cogeração energética a partir da queima do bagaço da cana seus principais produtos: por isso falar-
se agora em setor sucroenergético, e não mais sucroalcooleiro.

Além de segundo maior produtor de cana-de-açúcar e etanol do Brasil, Goiás também ocupa a segunda
posição na geração de bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar, conforme aponta o Banco de
Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (BIG/ANEEL) Um fator que possibilitou
a expansão dessa lavoura no estado de Goiás foi a existência de fatores edafoclimáticos favoráveis.

5. AS REGIÕES GOIANAS E AS DESIGUALDADES REGIONAIS.

32
RAIO-X DO ESTADO DE GOIÁS:

REGIÃO: CENTRO-OESTE

ÁREA: 340.242,856 KM² (2021)

POPULAÇÃO: 7.206.589 PESSOAS (2021)

FRONTEIRAS: MT (O), MS (SO), MG (L E SE),


TO (N), BA (NE) E DF (QUASE ENCLAVE)

MUNICÍPIOS: 246

IDH: 0,735 (2010) - 8º NO RANKING


NACIONAL

GENTÍLICO: GOIANO

CAPITAL: GOIÂNIA

GOVERNADOR: RONALDO RAMOS CAIADO

Dados oficiais IBGE3 consultados na plataforma oficial4

CINCO
MESORREGIÕES
1 NOROESTE SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA, MUNDO NOVO
GOIANO
2 NORTE ALTO HORIZONTE, PORANGATU, MINAÇU, POSSE, CAVALCANTE, CAMPOS
GOIANO BELOS
3 CENTRO GOIÂNIA, ANÁPOLIS, APARECIDA DE GOIÂNIA, TRINDADE, SENADOR CANEDO
GOIANO
4 LESTE ENTORNO DO DF – LUZIÂNIA, CRISTALINA, VALPARAÍSO, ÁGUAS LINDAS,
GOIANO SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO
5 SUL GOIANO CHAPADÃO DO CÉU, RIO VERDE, CATALÃO, JATAÍ, MORRINHOS, MINEIROS,
ITUMBIARA, SANTA HELENA, QUIRINÓPOLIS

ATENÇÃO:

CINCO MESORREGIÕES 18 MICRORREGIÕES


Norte, Sul, Centro, Leste e Noroeste Chapada dos Veadeiros, Porangatu, Aragarças,
Rio Vermelho, São Miguel do Araguaia, Entorno do
Distrito Federal, Vão do Paranã, Anápolis,
Anicuns, Ceres, Goiânia, Iporá, Catalão, Meia
Ponte, Pires do Rio, Quirinópolis, Sudoeste de
Goiás, Vale do Rio dos Bois

3
Consultado em 08/08/2022 <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/go.html>
4
Consultado em 08/08/2022 < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/panorama>

33
CINCO MESORREGIÕES

O Estado de Goiás está localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, e possui uma área de
aproximadamente: 340.242,856 KM² (2021)

BIZU FEDERAL: O Estado de Goiás possui atualmente 246 MUNICÍPIOS

A Região Metropolitana de Goiânia (RMG) é uma aglomeração urbano-metropolitana. Constituída pela


Lei Complementar n. 27, em dezembro de 1999, inicialmente era composta de 11 municípios, dentre
eles: Nerópolis, Goianápolis e Santo Antônio de Goiás.

Existem diferentes tipos de Unidades de Conservação no Brasil. Além da variedade de modelos de


preservação existem também diferenças na escala governamental: federal, estadual e municipal. Entre
as unidades de conservação a seguir, a que engloba parte do território do município de Anápolis é Área
de Proteção Ambiental João Leite.

Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à garimpagem do ouro. Ao longo do
século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e “Meia Ponte”. Atualmente,
esses são os municípios de Goiás e Pirenópolis.

34
Vários são os motivos que determinaram o crescimento de Goiânia e das cidades do entorno na década
de 1990 [....], dentre os quais se podem citar as políticas públicas que serviram de atrativo para essa
população migrante. O crescimento da Região Metropolitana como um todo está diretamente relacionado
com a expansão de Goiânia, principalmente entre o início da década de 1970 e final da década de 1980.

O texto faz referência à expansão urbana da região metropolitana de Goiânia a partir da década de 1990.
Sobre esse tema, o fator que contribuiu para a expansão dessa região foi o maior rigor da legislação
goianiense sobre o parcelamento do solo em Goiânia, promovendo o deslocamento do capital imobiliário
para os municípios circunvizinhos.

6. ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO GOIANO: VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA, CLIMA E


RELEVO.

A) LOCALIZAÇÃO:

Goiás é o sétimo maior Estado do país e ocupa uma área de 340 mil quilômetros quadrados. Situado
na região Centro-Oeste, o Estado faz divisa com Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul. Possui 246 municípios e envolve o Distrito Federal – com exceção ao seu extremo
sudeste.

ATENÇÃO: GOIÁS faz divisa com Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul.

Goiás é o estado mais populoso da região Centro-oeste. Vale destacar que já caiu da seguinte forma em
concursos:

(Ano: 2015 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2015 - MPE-GO - Secretário Auxiliar) A
região Centro-Oeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Sobre ela, é correto afirmar: É formada pelos Estados de Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. CERTO! OBS: Fique atento aos questionamentos sempre
marcando a alternativa “menos” errada, note que neste caso foi apontado como correto a inclusão do
DF.

B) VEGETAÇÃO:

Goiás ostenta a beleza singular do Cerrado, cuja vegetação é marcada por árvores e arbustos tortuosos,
cascas grossas e raízes profundas. Uma das características mais peculiares do bioma é a flora,
considerada a mais rica savana do mundo por abrigar pelo menos 11,6 mil espécies de plantas já
catalogadas.

OBS: O CERRADO cobre cerca de 70% do território goiano e é o segundo maior bioma brasileiro,
ficando atrás somente da Amazônia.

Embora virtualmente desconhecido, não só no exterior mas até mesmo por muitos brasileiros, o Cerrado
abriga um verdadeiro tesouro natural. É um dos biomas brasileiros mais ricos em aves, atrás apenas da
Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, com diversas espécies exclusivas, que não existem em outros
ambientes. O trecho observa aspetos da flora e fauna da vegetação predominante no estado de Goiás.
Essa vegetação destaca-se pelas(os) arbustos retorcidos e casca espessa.

Os diferentes tipos de vegetação são chamados de Fitofisionomias, traduzidos pela aparência que toma
a vegetação de um lugar em função da sua forma. Em relação a Goiás, as fisionomias do Cerrado têm
relação direta com a qualidade do solo e a presença de água. Neste contexto, a mata seca, comum no
Cerrado tem como característica principal a perda de parte das folhas no período da seca.

ATENÇÃO: A vegetação do Estado de Goiás é tipicamente do Cerrado. O Dia Nacional do Cerrado é


comemorado em 11 de setembro.

Árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas e raízes profundas são características do bioma
Cerrado.

35
O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Floresta Amazônica, possui
representatividade no território goiano. Mesmo com elevado nível de desmatamento registrado desde a
década de 1960, Goiás conseguiu manter reservas da mata nativa em algumas regiões, o que gera
discussões entre fazendeiros e ambientalistas.

Clima e vegetação são componentes da natureza associados entre si. Por isso, devem ser analisados
juntos para que se possa ter uma visão mais real da totalidade e, assim, mais verdadeira do espaço
geográfico estudado. as unidades fitogeográficas do Cerrado goiano são resultantes de fatores e
elementos ecológicos, tais como: clima, solos e relevo.

36
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: O incêndio mostrado na foto destruiu 65 mil
hectares de terra de um parque natural localizado na região nordeste do estado de Goiás, em
outubro de 2017.

É uma formação vegetal que acompanha os rios de pequeno porte e os córregos do Brasil Central,
formando corredores fechados sobre o curso de água. Quase sempre é circundada por faixas de
vegetação não florestal em ambas as margens e, em geral, ocorre uma transição brusca com formações
savânicas e campestres. Embrapa Cerrados (com adaptações). O texto faz referência a uma ocorrência
vegetal muito comum no estado de Goiás, à qual se dá o nome de Mata de galeria.

PARQUE ESTADUAL DE TERRA RONCA: Situado no nordeste goiano, contém um dos maiores
complexos cavernícola do país, no parque são mais de 260 cavernas e grutas catalogadas, uma
verdadeira riqueza espeleológica

A Área de Proteção Ambiental (APA), localizada no DF e no estado de Goiás, tem por finalidade proteger
os mananciais e regular o uso dos recursos hídricos e o parcelamento do solo, garantindo o uso racional
dos recursos naturais e protegendo o patrimônio ambiental e cultural da região.

Não existem tipos de Cerrado. O que de fato existem são fitofisionomias, que se diversificam de acordo
com as características das regiões abrangidas. A existência dessas fitofisionomias deve-se ao fato de
que esse bioma, além de muito extenso, limita-se com diversos outros.

Observe abaixo as classificações e características das fitofisionomias do Cerrado: 5

FITOFISIONOMIA CARACTERÍSTICAS
Fitofisionomia cuja vegetação é composta por gramíneas.
CAMPOS LIMPOS
CAMPO SUJO Predominam os estratos herbáceos e alguns arbustos.
CERRADO É o mais comum entre as fitofisionomias do Cerrado. Apresenta árvores de baixo
STRICTO SENSO e médio porte, com galhos tortuosos e raízes profundas.
MATA SECA Essa fitofisionomia apresenta queda das folhas durante a seca e é encontrada
em áreas mais áridas.
CERRADÃO Apresenta árvores de médio e alto porte que chegam a 10 m de altura, com
muitas folhas e galhos tortuosos.
Essas matas acompanham os cursos d’água presentes no Cerrado, com árvores
MATAS DE que podem atingir 30 m de altura. Nessa fitofisionomia, as árvores não perdem
GALERIAS suas folhas, devido à proximidade com recursos hídricos.
Considerada por muitos a vegetação mais exuberante do Cerrado, essa
VEREDAS fitofisionomia pode ser encontrada em áreas de nascentes de rios. A árvore
mais comum é o buriti.
CERRADO Típico Cerrado que aparece nas áreas rochosas, como morros, chapadas e
RUPESTRE serras.

CALAGEM: É a adição de calcário ao solo para correção de sua acidez. Solos ácidos apresentam grande
concentração de íons hidrogênio e/ou alumínio no solo. A acidez dos solos promove o aparecimento de
elementos tóxicos para as plantas (Al) além de causar a diminuição da presença de nutrientes para as
mesmas. As consequências são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas.
Portanto, a correção é considerada como uma das práticas que mais contribui para o aumento
da eficiência dos adubos e consequentemente, da produtividade e da rentabilidade
agropecuária.

CERRADO X FOGO: O cerrado imediatamente após grande queimada, tem-se constatado que apesar
da característica das árvores e arbustos enegrecidos superficialmente, estes continuam com vida,
ostentando ainda entre a casca enegrecida e o tronco, intensa microfauna. Fenômeno semelhante
acontece com o estrato gramíneo; poucos dias após a queimada, mostra sinais de rebrota, que constitui
elemento fundamental para concentração de certas espécies animais.

5
Leitura complementar: <https://www.preparaenem.com/geografia/cerrado.htm>

37
O fogo é um elemento extremamente comum no cerrado, e de tal forma antigo, que a maioria das
plantas parece estar adaptada a ele. É bom lembrar que o impacto positivo dessas queimadas depende
exclusivamente da frequência com que são realizadas. As pesquisas indicam que os incêndios
descontrolados realizados pelos fazendeiros da região podem aumentar a deficiência nutricional dos
solos, alterar significativamente a composição das espécies, além de representar uma ameaça à fauna.

PARQUE NACIONAL DAS EMAS:6 É uma das poucas Unidades de Conservação que apresentam as
diversas formas de cerrado dentro do Estado de Goiás, como os campos limpos, campos sujos, veredas
e matas ciliares. Além de paisagem característica, a observação de animais típicos do cerrado como
tamanduá-bandeira, cachorro-do-mato, ema, anta, veados e outros, são algumas das atrações para os
visitantes. Durante o passeio, é interessante descer do carro e andar a pé para observar os bichos de
grande ou pequeno portes, os cupinzeiros espalhados por todo o parque, bem como inúmeras espécies
de flores.

O Parque Nacional das Emas está situado em um dos extremos da Serra dos Caiapós e apresenta uma
topografia plana com predominância de chapadões. A parte mais elevada chega a ter cerca de 800
metros de altitude. A temperatura média é de 22 graus, comum no clima tropical quente sub-úmido. O
período de seca no Parque das Emas se estende de junho até setembro. Entre dezembro e março, as
chuvas são mais freqüentes.

A partir de setembro é comum a existência de raios, muitas vezes causadores de incêndios, que às vezes
dissipam-se com a própria chuva. Para evitar que esse fenômeno natural que integra o ciclo do cerrado
adquira proporções catastróficas, o parque é subdividido em várias áreas de acordo com as faixas de
vegetação, cada uma com largura que varia de 25 a 100 metros. Nessas faixas são previamente
feitas queimadas, chamadas de aceiros, que previnem os incêndios de grandes proporções.

C) HIDROGRAFIA:

É dentro do território goiano que nascem drenagens alimentadoras de três importantes rios:
Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná. Juntas, as bacias ocupam uma área total de

6
Consultado em 08/08/2022 < https://www.icmbio.gov.br/portal_antigo/o-que-fazemos/visitacao/unidades-abertas-a-
visitacao/204-parque-nacional-das-emas.html>

38
2.431.980,91 quilômetros quadrados. Deste espaço, 340.070,75 quilômetros quadrados está em Goiás,
o que representa 13,98% do total.

É dentro do território goiano ARAGUAIA/TOCANTINS


que nascem drenagens SÃO FRANCISCO
alimentadoras de três PARANÁ
importantes rios

Os municípios de Caldas Novas e Rio Quente são os maiores e mais conhecidos conglomerados de águas
quentes.

O principal manancial hidrotermal do estado de Goiás está localizado nos municípios de Caldas Novas e
Rio Quente. Estudos recentes demonstram que as águas termais se originam da infiltração das águas da
chuva no solo em grandes profundidades.

O Estado de Goiás possui grande variedade de aspectos naturais e possui um grande potencial hídrico,
existe uma imensa quantidade de córregos, rios e enormes aquíferos (águas subterrâneas). O Estado é
banhado por três importantes bacias hidrográficas, que são Bacia do Paraná, Bacia Araguaia-Tocantins
e a Bacia do São Francisco.

O estado de Goiás possui uma rede hidrográfica constituída por um conjunto de rios que drenam o
território goiano formando suas bacias hidrográficas. Esses rios, além de constituírem fontes de recursos
hídricos para o abastecimento doméstico e industrial, muitas vezes servem ao papel político. Nesse
aspecto, observa-se que o rio Araguaia, com suas nascentes no sudoeste goiano, constitui o principal
divisor geográfico entre Goiás e Mato Grosso.

O Rio Paranaíba é um dos rios mais importantes do estado de Goiás porque é utilizado para a geração
de energia elétrica, abrigando grandes barragens.

BIZU FEDERAL: O território goiano é banhado por rios que integram três grandes bacias hidrográficas
brasileiras: a do Tocantins/Araguaia, a do São Francisco e a do Paraná.

“O cenário natural das regiões do Cerrado do Planalto Central brasileiro já apresentava indícios das
transformações antrópicas ocasionadas pelas populações indígenas. Os bandeirantes que chegaram a
Goiás em busca de ouro encontraram uma fronteira que apresentava características de um ambiente
que já havia passado por modificações ecológicas.” Já existiam efeitos das ações antrópicas no cerrado
Goiano antes da chegada dos colonizadores, fruto de ocorrências naturais do campo-cerrado.

O regime fluvial do Rio Araguaia [...] está condicionado às chuvas tropicais de verão, época em que sua
feição se modifica completamente, porque ele transborda e inunda muitas léguas de praias,
reabastecendo lagos que secam no inverno, alimenta canais, cria ilhas e muda constantemente de leito,
numa procura constante para firmar-se em um canal definitivo. O texto refere-se ao Rio Araguaia, que
é caracterizado por apresentar difícil navegabilidade em decorrência da redução no volume de água em
períodos de estiagem, fato que compromete a viabilidade da hidrovia Araguaia-Tocantins.

“O fenômeno climático El Niño, que deverá atingir o Brasil com intensidade fraca a moderada nos
próximos meses, provavelmente favorecerá o desenvolvimento da nova safra de soja e milho no País
(...). “O clima para essa safra 2014/15 está bastante favorável, tanto para o Centro-Oeste como o Sul,
e também para o Sudeste, embora esta região tenha um foco em outras culturas (cana e café, por
exemplo)”, disse o meteorologista Alexandre Nascimento, da Climatempo.” A ocorrência do fenômeno El
Niño provoca alterações nas características climáticas de Goiás. O tipo climático predominante na região
e um exemplo de alteração provocada pela ocorrência do El Niño são, respectivamente tropical
semiúmido e ocorrência de chuvas acima da média.

Entre os aspectos naturais do território goiano destaca-se o fato de o estado se apresentar como um
divisor de águas, por corresponder a uma área de dispersão dos cursos d’água que vão compor grandes
bacias hidrográficas brasileiras, sendo que a drenagem do norte vincula-se à Bacia do Tocantins e a do
sul à Bacia do Paraná.

39
O Rio Paranaíba é um dos rios mais importantes do estado de Goiás porque é utilizado para a geração
de energia elétrica, abrigando grandes barragens.

O Rio Meia Ponte é um dos rios mais importantes de Goiás porque garante o abastecimento de água de
alguns municípios e das três maiores cidades do estado.

ATENÇÃO: A hidrografia do estado de Goiás contribui no abastecimento de três importantes bacias


hidrográficas brasileiras: Araguaia/Tocantins, Paraná e São Francisco.

No estado de Goiás há importantes bacias hidrográficas do Brasil. Considerando a produção de energia,


aquela que possui o maior número de usinas hidrelétricas é a Bacia do Rio Paranaíba

D) CLIMA:

O clima em Goiás é o TROPICAL, que se resume a verões chuvosos e invernos secos. Cerca de 95% da
chuva que cai todos os anos é registrada entre outubro e abril. Já o período de menor índice pluviométrico
ocorre de maio a setembro.

As temperaturas médias anuais variam entre 23ºC, ao Norte, e 20ºC ao Sul. Em meses de maior seca,
como agosto e setembro, o termômetro costuma registrar um calor que gira em torno dos 34ºC. Já o
período mais frio do ano abrange junho e julho, podendo chegar a 12ºC, especialmente nas regiões
Sudeste e Sudoeste.

Apesar de bastante devastada, a vegetação natural continua sendo um dos elementos marcantes da
paisagem geográfica brasileira e goiana. Essa vegetação natural compõe, junto com outros elementos,
os ecossistemas, entre eles o cerrado. Ocorre em áreas de clima tropical semi-úmido; tem sido ocupado,
principalmente, pela agricultura e pecuária.

Predomina em Goiás o clima classificado como tropical, diferenciado basicamente por duas estações ao
ano: uma seca e uma chuvosa. Luziânia, com altitude de 930 metros, e Anápolis, com altitude de 1.167
metros, possuem o conjunto das variáveis climáticas de precipitação e temperatura diferentes do
restante do Estado, com predominância de temperaturas mais baixas. Clima tropical de altitude.

Nas últimas décadas, o bioma cerrado, presente no território goiano, transformou-se em uma nova e
importante fronteira agrícola brasileira. Essa transformação modificou os aspectos socioeconômicos
regionais e impulsionou a produtividade agropecuária, tornando o Brasil um dos principais produtores
mundiais de commodities agrícolas. O bom desempenho do agronegócio goiano se deve à pesquisa e à
tecnologia implementadas no cerrado pela agricultura moderna.

BIZU FEDERAL: O Estado de Goiás tem apenas duas estações sazonais que são a seca e a chuvosa. A
“estação seca” tem seu início no mês de abril e estende-se até a primeira quinzena de outubro. Já a
“estação chuvosa” tem seu início na segunda quinzena de outubro e se estende até março do ano
seguinte.

E) RELEVO:

O território goiano apresenta baixa declividade: 65% da superfície são formadas por terras
relativamente planas, os chamados chapadões. Às margens dos rios Araguaia e Tocantins
predominam ligeiras ondulações. Tal condição favorece a agricultura e a pecuária, dois grandes
propulsores da economia goiana. Longe dos leitos, as elevações não ultrapassam a marca de 1.676m.

ATENÇÃO: Ponto culminante: Serra do Pouso Alto (Chapada dos Veadeiros). As maiores altitudes
localizam-se a leste e a norte, na Chapada dos Veadeiros (1.784 metros), na Serra dos Cristais (1.250
metros) e na Serra dos Pireneus (1.395 metros). Por outro lado, as altitudes mais baixas estão sobretudo
no oeste do estado.

O relevo goiano é caracterizado por planaltos antigos intensamente erodidos em decorrência do processo
de intemperismo físico-químico.

O Estado de Goiás está localizado no Planalto Central Brasileiro, o que justifica a predominância de
planaltos em seu relevo.

40
Localizado no planalto central, o estado de Goiás possui uma variação de relevo com a ocorrência de
chapadas, depressões e vales.

Durante o solstício de inverno as médias térmicas tendem a diminuir no estado de Goiás, devido entre
outros fatores ao avanço da massa polar atlântica.

Além da presença marcante dos planaltos, dentro dos limites do Estado de Goiás, encontramos também
áreas de planícies e depressões.

ATENÇÃO: É dominado por Planaltos. Apresenta baixa declividade. O ponto mais elevado é
Pouso Alto na Chapada dos Veadeiros. Não apresenta dificuldade de ocupação e exploração
econômica.

Grosso modo pode-se dizer que o termo relevo terrestre refere-se aos altos e baixos da superfície da
terra. “É o conjunto de formas que sobressaem na crosta terrestre, concebidas sob ação de forças
internas e externas denominadas agentes de relevo”.

DICA: Goiás conta com dois parques ambientais nacionais que protegem os bens naturais do estado.
São eles: Parque Nacional das Emas e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Na virada dos anos 2000, algo despontou no interior de Goiás. O movimento dos astros, a força dos
cristais e maracás, o chamado das comunidades tradicionais, povos indígenas e remanescentes
quilombolas e a benção de São Jorge, o santo guerreiro que cedeu seu nome à vila de ex-garimpeiros
localizada na entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, propiciaram a criação do Encontro
de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, na época
com pouco mais de dois anos de existência. O evento referido no documento foi criado há dezessete
anos com o objetivo de fortalecer a riqueza do patrimônio imaterial dos sujeitos tradicionais.

7. ASPECTOS DA HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS: A INDEPENDÊNCIA EM GOIÁS; O


CORONELISMO NA REPÚBLICA VELHA; AS OLIGARQUIAS; A REVOLUÇÃO DE 1930; A
ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DE 1930 ATÉ OS DIAS ATUAIS.

A) INDEPENDÊNCIA EM GOIÁS:

• O QUE SIGNIFICA? A independência do Brasil aconteceu em 1822, tendo como grande marco
o grito da independência que foi realizado por Pedro de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro
Reinado), às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. Com a independência do
Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a coroação de D. Pedro I.

• Tendo em vista que a independência do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político
fundamentalmente conduzido pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais) e que, pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-
administrativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, assinale a opção correta no
que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás. Um movimento nacionalista
explodiu em Goiás quando da abdicação de D. Pedro I, em 1831: liderado por um bispo,
um padre e um coronel, esse movimento conseguiu depor os governantes portugueses da
região.

• QUAIS OS REFLEXOS EM GOIÁS? De forma específica em GOIÁS as incertezas que antecederam


a independência, aliadas ao contexto político-econômico local, permitiram o desenvolvimento de dois
importantes movimentos, um na capital, Vila Boa, e o outro no norte da Capitania. Mais bem
articulado politicamente e com o apoio da classe proprietária de Vila Boa e Meia Ponte, o grupo
moderado logrou a derrubada do governador Sampaio e a eleição da nova junta provisória, em 8 de
abril de 1822.

41
Vislumbra-se, aqui, o início de um longo processo de consolidação da elite no poder local em Goiás, cujo
desdobramento será a formação das oligarquias que exercerão o mando político com a instalação da
República Federativa, em 1989, e o advento do coronelismo.

B) O CORONELISMO NA REPÚBLICA VELHA; AS OLIGARQUIAS:

Eles eram chefes de grupos familiares ricos que comandavam a vida política econômica e social.
Controlavam eleições pelo voto de cabresto e usavam a força necessária para se manter no poder ou
indicar quem seria eleito no estado de Goiás. Trata-se dos coronéis.

“O Coronelismo foi uma experiência típica dos primeiros anos da República Brasileira. De fato,
essa experiência faz parte de um processo de longa duração que envolve aspectos culturais, econômicos,
políticos e sociais do Brasil”.

As afirmações a seguir correspondem às características da figura do “Coronel” no Brasil e em Goiás,


Possuía grande força política e exercia influência junto aos órgãos administrativos. Era integrante de
uma elite controladora do poder econômico, social e político. Não tinha interesse no desenvolvimento do
Estado, pois um dos mecanismos de dominação era a manutenção do atraso. Utilizava de vários
recursos como a violência, as relações de fidelidade e as fraudes eleitorais para manter o
poder.

Os aspectos da história política de Goiás se desenvolveram, como no Brasil, particularidades


republicanas, podendo ser dividida sua história política em

• República Velha (1889-1930)


• Era Pedro Ludovico (1930-1945)
• República Populista (1945-1964)
• República Militar (1964-1985)
• Período da redemocratização (1985 – dias atuais)

42
Três líderes exerceram um maior controle político sobre essa engrenagem “coronelista”: José Leopoldo
de Bulhões, José Xavier de Almeida e Antônio Ramos Caiado.

• BULHÕES (BULHONISMO – 1889-1912): Os Bulhões comandaram a política goiana no período


de 1870-1900. O chefe desta família era Félix de Bulhões. Pouco antes da abolição ele surpreendia a
todos fazendo discursos abolicionistas. Ele defendia a abolição da escravatura, pois Goiás não
dependia mais da mão de obra escrava. A elite apoiava a abolição, pois no século XIX o número de
escravos era pequeno e a pecuária já havia se fundado. Destacam-se os seguintes pontos:

• José Leopoldo de Bulhões Jardim era seu principal líder


• Félix foi chamado de Castro Alves goiano, pois queria a abolição da escravatura.
• A Lei Áurea não encontrou nenhum negro cativo na cidade de Goiás.
• Foram libertados em Goiás 4.000 escravos, segundo o historiador Luís Palacin.

ATENÇÃO: A abolição não afetou a vida econômica da Província. A transformação do regime monárquico
em republicano ocorreu sem grandes dificuldades. Os Bulhões, dirigentes do partido Liberal, após o 15
de novembro, apoiados pelos republicanos, tornaram-se os donos do poder em Goiás.

Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república, colocando fim ao


regime monárquico no Brasil. No que se refere a Goiás, o advento da República significou o acirramento
do conflito entre liberais e conservadores, sendo que a família dos Bulhões manteve a hegemonia política
nos primeiros anos do novo regime.

• CAIADO (CAIADISMO – 1912-1930): A família Caiado governou Goiás de 1912-1930 período da


República Velha, sendo um tempo marcado pela violência e fraude, pois o voto era aberto,
manipulado, sendo chamado de voto de cabresto.

Em Goiás, na disputa do poder político o Coronel reformado Eugênio Jardim, que por ser cunhado dos
Caiados, dividiu com eles o mandonismo estadual. Após a sua morte, Antônio Ramos Caiado (Totó
Caiado) tornou-se o verdadeiro chefe político de Goiás. Seus contemporâneos afirmam que dirigiu Goiás
como se fora uma grande fazenda de sua propriedade. Somente foi afastado do poder quando o
movimento renovador de 30 tornou-se vitorioso. Em Goiás, seu grande opositor foi o médico Pedro
Ludovico Teixeira. Destacam-se os seguintes pontos:

• Antônio Ramos Caiado, conhecido como “Totó Caiado”. Foi um importante Senador goiano.
• A chamada oligarquia Caiado domina neste período o cenário político de Goiás especialmente na região
de Vila Boa e Pirenópolis.
• Devido à violência do período Gilberto Teles chamou “a casa dos caiados o caso dos calados”.
• Os caiados possuíam jagunços para efetivar suas ações e manipular as eleições.
• Goiás recebe a estrada de ferro em 1912, tem a integração do território, tem a ligação do interior com
o litoral, devido ao café. O problema de comunicação ameniza-se. A primeira cidade goiana a receber a
ferrovia é Catalão.
• Em 2010, a historiadora Lena Castello Branco lançou um livro importante, denominado Poder e paixão
– A saga dos Caiado, em que, depois de um alentado trabalho de pesquisa, descobriu um Totó Caiado
mais “humano”.
• Lena Castelo Branco afirma que a figura do coronel foi “demonizada” durante toda a Era Ludovico e
suas pesquisas ajudam a fazer uma releitura da história de Goiás, no período da República Velha.

Vale destacar ainda que Antônio Ramos Caiado, conhecido como “Totó Caiado”, foi Senador goiano e
com forte influência na política. Ocorreu a dominação da oligarquia Caiado no cenário político de Goiás,
especialmente na região de Vila Boa e Pirenópolis. Totó Caiado foi “demonizada” durante toda a
Era Ludovico. Ressalte-se que Getúlio sobe ao poder apoiado pela burguesia e os militares,
realizando a revolução de 1930, para tirar os coronéis do poder.

43
Getúlio Vargas nomeia os interventores para governar os Estados. No Goiás o Interventor escolhido foi
Pedro Ludovico Teixeira. Ademais, Ludovico tinha como meta tirar o poder dos coronéis, então ele
precisava tirar o centro administrativo (Vila Boa) do local de influência caiadista.

ATENÇÃO: Dessa forma, ele resolveu construir Goiânia e transferir a capital. A Construção de Goiânia
em 1933 é o marco da modernidade da Era Vargas.

As grandes distâncias entre as diferentes províncias e a Corte vão trazer à administração centralizada
sérios problemas. Em Goiás, os presidentes exerciam grande influência na vida política, eram de livre
escolha do poder central, sem vínculos familiais à terra, o que descontentava os políticos locais. Nossos
representantes na Câmara Alta (deputados e senadores), embora eleitos, eram nomes impostos pelos
ministérios e quase sempre filhos de outras províncias.

A Assembleia Provincial e a Câmara dos Vereadores funcionavam de acordo com as ordens e os


interesses do presidente da província”. As condições sócio-econômicas do Brasil não possibilitaram uma
ação administrativa satisfatória em Goiás durante o século XIX.

A política goiana era dirigida por presidentes impostos pelo poder central. Nas últimas décadas do século
XIX, os grupos locais desejosos de tomarem o poder para si e em nome do nascimento de uma
consciência política fundaram partidos políticos e jornais. Goiás que passou a enviar representantes
próprios para a Câmara Alta o que fortaleceu os grupos políticos locais e lançou as bases para
as futuras oligarquias goianas.

BIZU FEDERAL: Contando com uma longa história de forte presença do coronelismo como modelo de
mando político, econômico e social, a história política de Goiás, desde o golpe militar de 1964, mostra
que apenas dois governadores exerceram mais de um mandato, de forma ininterrupta ou não. São eles
Íris Rezende e Marconi Perillo. Vale destacar que RONALDO CAIADO concorre ao segundo
mandato em 2022.

Esta secção zurgindo, Zurgirá sem pena ou dó Enquanto estiver agindo Com desmandos o Totó. Esse
fragmento faz alusão ao contexto político de Goiás, no final da década de 1920, fundamentando-se na
crítica à oligarquia local e indicando que, com a mudança do centro de poder, o Estado entraria em uma
nova era de realizações e de probidade administrativa, rompendo com a política tradicional.

Desenrola-se, então, o Movimento de 1909, de enorme significado para a política de Goiás, não pelos
acontecimentos em si, mas pelas composições e articulações nele estabelecidas, bem como pelo
despontar de lideranças que vão marcar os próximos decênios. A chamada Revolução de 1909,
expressiva demonstração de poder de mobilização do coronelismo goiano, foi o marco da emergência de
uma liderança que dominaria a política goiana até Revolução de 1930. Essa liderança foi Totó Caiado,
líder maior do Partido Democrata, representando os interesses econômicos da elite
agropecuária goiana.

ATENÇÃO: O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especialmente na faixa norte,


mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores responsáveis por essas mudanças,
pode-se destacar a construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de
municípios.

C) A REVOLUÇÃO DE 1930:

• O QUE SIGNIFICA? A Revolução de 1930 é considerada o acontecimento da história do período


republicano brasileiro que pôs fim à chamada República Velha e, mais do que isso, foi o acontecimento
que também deu fim às articulações políticas entre as oligarquias regionais do Brasil, que
sobrepunham os seus interesses particulares aos interesses do Estado e da Nação como um todo.

• O principal protagonista da Revolução de 1930 foi Getúlio Dorneles Vargas, então presidente (nome
que se dava aos governadores da época) do estado do Rio Grande do Sul. Para melhor
compreendermos esse episódio de nossa história, é necessário saber qual era o cenário político da
época. É o que será exposto no tópico seguinte.

44
• QUAIS OS REFLEXOS EM GOIÁS A Revolução de 1930, embora sem raízes próprias em Goiás, teve
uma significação profunda para o Estado. É o marco de uma nova etapa histórica. Esta transformação
não se operou imediatamente no campo social, mas no campo político. Não foi popular, nem sequer
uma revolução de minorias com objetivos sociais.

MARCHA PARA O OESTE: Em 1940, Vargas reafirmou a missão de Goiás e de Goiânia ao dizer que “o
verdadeiro sentido de brasilidade é o rumo do Oeste”. A “Marcha para o Oeste” definiu-se assim como
uma das faces da política econômica de Vargas, necessária para a consolidação global dos planos
presidenciais.

Foi dentro desta política federal de “Marcha para o Oeste” que se deu a construção de Goiânia, marco
fundamental deste primeiro ciclo de expansão de Goiás sob novos moldes. Em 1940 Vargas definiu o
sentido da interiorização.

45
Goiânia não representou apenas uma cidade a mais no Brasil. Foi o ponto de partida de um ciclo de
expansão do Oeste, fator de desenvolvimento nacional, fator de unificação política. Goiânia seria uma
nova forma de bandeirantismo.

Principais objetivos da marcha para o oeste:

• Interiorização do desenvolvimento.
• Suporte para a ocupação da Amazônia.
• Incentivo a migração.
• Reforma agrária.
• Criação de Colônias Agrícolas (Eng. Bernardo Sayão): – 1941: CANG – Colônia Agrícola Nacional de
Goiás (Ceres).
• Incentivo a agropecuária.
• Construção de estradas.
• Políticas Públicas:
• Fundação Brasil Central.
• Pontos de apoio: – Rio Verde: Base econômica do sul de Goiás; – Caiapônia: elo entre o sul de Goiás
e a bacia do Araguaia; – Aragarças: garimpo. – Ceres: Colônia agrícola.
• SPVEA.

“Em novembro de 1930, o líder civil de um movimento armado de oposição, Getúlio Vargas, tornou-se
presidente do Brasil em caráter provisório”.

A Revolução de 1930 mudou inteiramente o processo histórico brasileiro, fazendo ruir as estruturas da
chamada “República Velha” ou “Primeira República” no país e deu início a uma nova etapa histórica para
o estado de Goiás, na medida em que novas classes políticas assumiram o comando do estado, com
novas prioridades, como a higienização e o progresso, alinhadas com a política desenvolvimentista
nacional;

BIZU FEDERAL: A construção de Goiânia está inserida em um período de alterações na política nacional.
O contexto histórico que envolveu o processo de construção da nova capital de Goiás estava inserido no
momento político brasileiro da Era Vargas (1930/1945);

Na década de 1930, dentro do contexto da “revolução” promovida por Getúlio Vargas e seu grupo, a
implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil central poderia soar como uma loucura,
mas para o governo federal constituído o significado era estratégico. No sentido do fragmento, a
construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito estadual às demandas por um processo de
modernização das relações produtivas.

Na década de 1940, durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia, o presidente Getúlio


Vargas lançou a chamada Marcha para o Oeste, que serviria como diretriz para o povoamento e a
integração territorial para o país. Quanto a esse tema, os objetivos do governo Vargas podem ser
confirmados pela/o criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), a fim de ampliar
a estrutura de ligação entre as regiões e as cidades.

Acerca dos aspectos relacionados ao contexto econômico e político que justifica a construção, na década
de 30 do século XX, de uma nova capital para o estado de Goiás, em termos políticos, a construção de
Goiânia insere-se na conjuntura da Revolução de 1930, que pretendia, entre outros objetivos,
enfraquecer o poder das oligarquias regionais sobre as instâncias políticas e administrativas.

ATENÇÃO: “A Revolução de 1930, embora sem raízes próprias em Goiás, teve uma significação profunda
para o Estado. É o marco de uma nova etapa histórica”. Sobre os efeitos da revolução de 30 em Goiás
a Revolução de 30 foi uma revolução importada para Goiás, com apoio da classe dominante descontente,
e não se operou diretamente no campo social, mas no campo político

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A construção da nova capital de Goiás, na década de 30, se insere num contexto político nacional advindo
com a Revolução Varguista; tal política pode ser descrita como Marcha para o Oeste, com a preocupação
de povoar o centro-sul do país, dinamizando a economia e anulando o poder das oligarquias locais.

D) A ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DE 1930 ATÉ OS DIAS ATUAIS.:

Inicialmente, vale destacar o MOVIMENTO SEPARATISTA DO NORTE DE GOIÁS (1821-1823): Em


1821, houve a primeira tentativa oficial de criação do que hoje é o Estado do Tocantins. O movimento
iniciou-se na cidade de Cavalcante.

O manifesto destacava os motivos do desejo separatista alegando que a região vivia abandonada
administrativamente, sem representatividade política e sem nenhum tipo de assistência do governo do
sul. Ainda, o manifesto defendia a isenção de vários impostos, o que agradou a elite pecuarista que
apoiava o movimento. Desde o seu início o movimento separatista mostrou-se dividido:

PORTUGUESES BRASILEIROS
De um lado o Ouvidor Teotônio Segurado e seus De outro, o grupo do Padre Luiz Bartolomeu e do
correligionários, a maioria portugueses de Cap. Felipe Antônio, formado por brasileiros
nascimento, que defendiam um governo natos, que além de advogarem a divisão da
independente para a comarca do norte, mas capitania de Goiás, defendiam a independência do
queriam manter o Brasil unido a Portugal Brasil em relação a Portugal.

Vale destacar que a partir de 1778 inicia a decadência da produção mineradora. Há uma queda na
população urbana e no número de escravos devido à crise do ouro. D. João VI criou duas comarcas no
Goiás (Norte e Sul).

Após a Proclamação da Independência, os goianos revoltosos contra a coroa portuguesa tentaram


derrubar o governador português. Com o Movimento separatista do Norte (1821-23), o ouvidor Teotônio
Segurado proclama a independência da comarca do norte.

Ocorrem fortes divisões internas do movimento que teve sede em três municípios. Em 1823, foi enviado
um ofício por José Bonifácio que coloca fim ao movimento. Joaquim Xavier Guimarães Natal foi nosso
maior republicano. Com a Proclamação da República, foi formada uma junta governativa no estado de
Goiás.

OBS: D. Pedro I, acatando pedido de seu ministro e conselheiro José Bonifácio, desaprovou o movimento
separatista e ordenou a reunificação. Encerrava-se, naquele momento, o movimento separatista
do norte de Goiás.

No período republicano, a causa separatista do norte de Goiás voltou a se manifestar. O crescimento


econômico das regiões sul e sudoeste, intensificado a partir da chegada dos trilhos no estado, refletiu-
se no aumento das diferenças regionais. O texto refere-se aos esforços que culminaram na criação do
estado de Tocantins, em 1988. O novo estado foi efetivado politicamente por intermédio de uma
campanha suprapartidária, liderada por SIQUEIRA CAMPOS, que conseguiu a aprovação da
emancipação na constituinte de 1988.

BIZU FEDERAL: Em que ano o Estado de Goiás foi dividido e sua porção norte passou a
constituir o Estado do Tocantins, sendo “OFICIALMENTE" instalado? 1989! A Constituição de
1988 criou o Tocantins, mas o estado só foi inaugurado no dia 1º de janeiro de 1989. Foi somente no
início do século XX que o Brasil passou a ter a configuração atual. Porém, internamente a divisão era
diferente. O estado de Tocantins foi criado em 1988 após a divisão do seguinte estado Goiás.

Diante das incertezas políticas que culminaram no processo de independência do Brasil em 1822, a
capitania de Goiás viveu uma tentativa de deposição do governo em 1821 e a sua efetiva derrubada em
abril de 1822. Esse movimento concorreu com o movimento separatista do Norte (Tocantins), entre 1821
e 1823, cujo desfecho se concluiu com a política centralizadora da Constituição de 1824 e a manutenção
da unidade do território goiano.

Com uma população de quase 7 milhões de habitantes, o estado de Goiás é o mais populoso da região
Centro-Oeste e, como princípio do seu povoamento, consta a chegada de bandeirantes e de migrantes

47
que vieram de diversas partes da América portuguesa. Alguns traços do povoamento inicial desse estado
permaneceram e outros se desenvolveram com o passar do tempo.

Juntamente com a economia mineradora, a pecuária, em escala menor, promoveu a ocupação do


território goiano, seguindo os grandes rios e as proximidades das zonas de mineração. Enquanto, no
sudoeste goiano, a mineração e a pecuária desenvolveram-se a partir de Vila Boa de Goiás, no Norte,
esse processo seguiu as proximidades das nascentes e do curso alto do rio Tocantins.

O sentimento era de separação e autonomia, tanto da colônia em relação à metrópole, quanto


dentro da própria colônia, onde províncias buscavam mais autonomia para suas
administrações. A citação refere-se ao contexto da emancipação política do Brasil, ressaltando
a especificidade das províncias nesse processo.

No caso de Goiás, as contradições sociais que emergiram na ocasião da emancipação política estiveram
relacionadas ao conflito entre os habitantes do norte, fieis às cortes de Lisboa, que almejavam autonomia
administrativa, e os habitantes do sul, contrários à separação da Província.

ERA VARGAS NO BRASIL E SEUS REFLEXOS EM GOIÁS:

• Período: 1930-1945.

• Com a subida de Vargas ao poder tem o fim da política do café-com-leite entre São Paulo e Minas
Gerais.

• Getúlio sobe ao poder apoiado pela burguesia e faz a Revolução de 1930, que era apoiada pela
burguesia e pelos militares, para tirar os coronéis do poder (elite agrária).

• Getúlio Vargas nomeia para os Estados, os interventores, para governá-los.

• O Interventor de Goiás é Pedro Ludovico Teixeira.

• Pedro Ludovico tinha o objetivo de tirar o poder dos coronéis, então tinha que tirar o centro
administrativo (Vila Boa) do local de influência caiadista. Daí a construção de Goiânia.

• A Construção de Goiânia em 1933 é o marco da modernidade da Era Vargas.

• Goiânia foi planejada para 50 mil habitantes.

• O Arquiteto de Goiânia foi Atílio Correa.

• Fatores favoráveis para a construção de Goiânia: Fazer a integração do interior com o litoral (Marcha
para o Oeste).

• Tem a estrutura física plana, diferente de Vila Boa que tem relevo irregular. Goiânia então tem
possibilidade de crescimento.

ERA DE PEDRO LUDOVICO (LUDOVIQUISMO – 1930-1945):

• Vitorioso o movimento revolucionário de 1930, Pedro Ludovico passou a representante de uma “nova”
ordem política no Estado.
• A construção da nação brasileira foi uma proposta de Getúlio Vargas. Ocupar o interior do País, seus
espaços vazios, povoar para melhor defender o território.
• É nesse contexto histórico e político que deve ser entendida a grande obra de Pedro Ludovico: a
construção de Goiânia.
• Assim, mediante Decretos, surgiu a Nova Capital, obedecendo a seguinte ordem cronológica:
• 20-12-1932 – pelo Dec. Nº 2.737, foi nomeado o Bispo D. Emanuel Gomes de Oliveira, como
Presidente da Comissão para escolha do local da futura capital do Estado de Goiás.
• 24-10-1933 – ocorre o lançamento da pedra fundamental de Goiânia por Pedro Ludovico Teixeira.

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• 5-7-1942 – é inaugurada a nova Capital de Goiás, Goiânia, pelo interventor, com batismo cultural.
Pedro governaria Goiânia novamente de 1951-1954, desta vez eleito pelo voto direto.

MAURO BORGES TEIXEIRA (1961-1964):

O governo MAURO BORGES TEIXEIRA, eleito pela coligação PSD/PTB, foi o primeiro a propor como
diretriz de ação um Plano de Desenvolvimento Econômico de Goiás (PDEG), mais conhecido como
Plano MB, abrangendo todas as áreas: agricultura, pecuária, transportes e comunicações, energia
elétrica, educação e cultura, saúde e assistência social, levantamento de recursos naturais, turismo,
aperfeiçoamento e atualização das atividades do Estado.

A trajetória política de Mauro Borges foi marcada pelo “ludoviquismo” e pelo “getulismo”, daí
ter apresentado um governo de caráter intervencionista, com a criação de diversas
instituições públicas para atuar nos mais diferentes setores.

• • Primeiro governo cientificamente planejado de Goiás – Plano MB – FGV.


• • Reforma agrária inspirada nos kibutz de Israel.
• • Reforma Administrativa: – Criou diversos órgãos, autarquias e empresas estatais e paraestatais,
para promover o desenvolvimento do Estado. – Construiu o Centro administrativo de Goiás (atual
Palácio Pedro Ludovico).
• Outra grande realização desse governo foi a tentativa de reforma agrária por intermédio de uma
experiência-piloto: o Combinado Agrourbano de Arraias. Tratava-se, basicamente, de uma
experiência de socialismo cooperativista, com forte influência da organização israelense dos kibutz.

O Governo do Estado de Goiás, no começo da década de 1960, iniciou um programa de ações planejado
com o propósito de modernizar a administração e ampliar sua atuação no território goiano. Esse conjunto
de transformações ocorreu no governo Mauro Borges Teixeira.

ATENÇÃO: O governo Mauro Borges se firmou em diretrizes planejadas – foi o primeiro, em Goiás, a
adotar critérios científicos de planejamento, com base no diagnóstico do potencial do Estado e de suas
carências, e com respaldo de estudos encomendados à Fundação Getúlio Vargas. O projeto de
modernização administrativa de Mauro Borges fomentou a criação do Plano de Desenvolvimento,
conhecido como Plano MB, que previa a interferência do Estado em atividades econômicas onde se sentia
a ausência da iniciativa privada.

A Comissão Nacional da Verdade e o Ministério Público Federal em Goiás investigam a Operação Limpeza
realizada em 1980 para desaparecer com os corpos dos militantes do Movimento de Libertação Popular
(Molipo), Maria Augusta Thomaz e Márcio Beck, assassinados numa operação militar em 17 de maio de
1973 e enterrados em uma cova clandestina no município de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, no interior
da fazenda em que os dois estavam escondidos desde o início daquele mês.

A exemplo de outros estados, Goiás viveu a experiência de ter um governador afastado em função da
instauração do regime militar. Trata-se de Mauro Borges, que, posteriormente, viu seus direitos políticos
cassados.

OBS: Em 1964, eclodiu no Brasil mais um golpe militar, que repercutiu em Goiás, na deposição do
Governador Mauro Borges, que apoiava o Presidente João Goulart, acusado de ser
esquerdista. Quando da renúncia de Jânio Quadros em 1961, sete meses depois de eleito, Mauro Borges
apoiou a cadeia da legalidade, o que desagradou a cúpula golpista do cenário nacional.

Muito do que o Brasil e Goiás são, na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso
processo histórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução de 1930.
Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização Pedro Ludovico Teixeira inscreveu
seu nome na história de Goiás ao ser alçado ao poder estadual após a Revolução de 1930. Aliado do
ditador Vargas, ele fortaleceu o grupo político que liderava e impulsionou, posteriormente,
personalidades centrais da política goiana, como Mauro Borges.

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GOIÁS NO REGIME MILITAR (1964-1985):

• OTÁVIO LAGE (1966-1971): • Eleito em uma eleição fortemente marcada pela vigilância militar •
Edição do AI-V • Incentivo à mineração • Especial atenção aos grandes produtores agropecuários •
Criou rede de armazéns e silos • 2a etapa de Cachoeira Dourada • Escolas Técnicas – Colégios Costa
e Silva e Universitário;
• LEONINO CAIADO (1971-1975): • Governou durante o milagre econômico – Serra Dourada e
Autódromo de Goiânia • Período de maior repressão da ditadura • Avanço das relações capitalistas
na agricultura – Acesso direto ao crédito rural – Engopa, Goiasrural e Ceasa • Guerrilha do Araguaia
(1972-1975);
• IRAPUAN COSTA JR (1975-1978): • Governou durante a 1a crise mundial do petróleo •
Racionalidade administrativa • DAIA – maior realização de seu governo • Ampliação de 40% na
fronteira agrícola e apoio ao cooperativismo • Ampliação da rede elétrica • Ponte no Rio Tocantins
(Porto Nacional) • Investiu em educação, cultura, esporte e turismo • Implantação do transporte de
massas em GYN;
• ARY VALADÃO (1978-1981): • Governou durante a 2a crise do petróleo – década perdida •
Abertura do regime militar (fortíssima oposição) • Anistia política e fim do bipartidarismo • Acusações
de fisiologismo e corrupção • Projetos Alto Paraíso e Rio Formoso • Ampliação vertiginosa da lavoura
de soja (destruição do cerrado) • Colégio Hugo de Carvalho Ramos • Atuação em prol do norte do
estado;

ÍRIS REZENDE MACHADO (IRISMO – 1983-1986)

Os mutirões Eleito pelo voto direto, popular e universal, contando com o apoio de uma “frente” de
oposição ao oficialismo (1º eleito após o AI-III). Socialmente ficou conhecido como “Governador
dos Mutirões”.

• • Maior tocador de obras de Goiás: – Aumentou em 2,5 estradas asfaltadas em Goiás e fez 14.000
km de rede de energia.
• Demagogia e populismo (projeção nacional): Mutirões e programas assistencialistas.
• Ruim para o funcionalismo público

OUTROS PRINCIPAIS GOVERNOS:

• HENRIQUE SANTILLO (1987-1991): • Constituição de 1988 – Criação do Estado do Tocantins –


Art 13 do ADCT – CF/1988 • Investimento em saúde: – SUS, HUGO, saneamento básico • Liquidação
da Caixego • Caos econômico.
• IRIS REZENDE (1991-1994): • Tentativa de recuperar a imagem de Goiás: – Rodoviária de Goiânia
e Centro de Cultura e Convenções – CasaCor 2007 • Estímulo à mineração • Fomentar (início na
guerra fiscal).
• MAGUITO VILELA (1995-1998): • Secretaria de Solidariedade Humana: – política social como
marca registrada (populismo) – esportes • Forte industrialização: – Ampliação do DAIA e Implantação
de outros distritos industriais em municípios importantes como: Catalão, Rio Verde, Itumbiara, Jataí
e Aparecida de Goiânia • Eletrificação rural – programa luz no campo – universalização da energia
elétrica em Goiás • Goiás como área livre de aftosa • Privatização de Cachoeira Dourada • Escândalo
da Caixego • Federalização do BEG (Marconi já tinha sido eleito quando o BEG foi federalizado) •
Esgotamento da capacidade de endividamento do estado.
• MARCONI PERILO (1999-2006): • Reforma Administrativa – fusão de órgãos – Plano Estratégico
Goiás Século XXI – FGV • Programa produzir: – Goiás na globalização – viagens ao exterior para
atrair empresas transnacionais • Revolução na educação e na cultura: – UEG, Bolsa Universitária,
AGEPEL (Fica, Tenpo, Canto da Primavera, Projeto Goyazes, Cidade de Goiás: patrimônio da
humanidade – Unesco) • Revolução no saneamento básico: – ETEs em Goiânia e nos principais
municípios do Estado e Barragem do João Leite (BIRD) • Estradas estaduais bem preservadas (BIRD)

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• Investimentos na área da saúde: – Aparelhamento do HGG e construção de Hospitais de Urgência
de Anápolis e Aparecida de Goiânia (até hoje sem funcionar direito) • Privatização do BEG •
Aparelhamento e inchaço da máquina do Estado para acomodar aliados • Plano de cargos e salários
(bomba relógio econômica) • Programas sociais populistas e demagógicos.
• ALCIDES RODRIGUES (2006-2010): • Dificuldades financeiras enormes • Apatia administrativa •
Estrutura estatal inchada • Reforma administrativa – Extinção de vários órgãos, fusões e
incorporações de vários outros. – Anúncio de demissão de comissionados e redução de cargos e
salários em comissão. – Fim de gratificações para vários cargos. Muitos analistas políticos o
apelidaram de “o pior governador da História de Goiás”.
• MARCONI PERILO (2011 – 2015/2015 - 2018): A eleição de 2006 foi uma espécie de revanche:
Marconi x Íris Rezende. Foi a chance do “Velho Cacique” dar o troco no “Moço da Camisa Azul”. Mais
uma vez, Marconi levou a melhor. Marconi recebeu de Alcides Rodrigues uma “herança maldita”, no
dizer dele, na área financeira governamental. Fazendo um esforço extra de arrecadação, cortando
gastos – inclusive com dispensa maciça de servidores comissionados – o governo conseguiu colocar
em dia a folha salarial e gradativamente tem voltado a investir.
• JOSÉ ELITON JÚNIOR (2018 – 2019): Vice-governador eleito, assumiu o cargo de Governador.
Vale destacar que, em 28 de setembro de 2016, sofreu um atentado e foi baleado no abdômen
durante uma carreata em Itumbiara, região sul de Goiás. No mesmo atentado morreram o candidato
à prefeitura de Itumbiara José Gomes da Rocha (PTB), de 58 anos, conhecido como Zé Gomes, e o
cabo da PM. O atirador que também foi morto pelos seguranças.
• RONALDO CAIADO (2019 – 2022): Governo atual.

8. ASPECTOS DA HISTÓRIA SOCIAL DE GOIÁS: O POVOAMENTO BRANCO; OS GRUPOS


INDÍGENAS; A ESCRAVIDÃO E CULTURA NEGRA; OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO E A
CULTURA POPULAR.

CAVALHADAS:

é um folguedo que evoca os torneios medievais e as batalhas entre cristãos e mouro. Os personagens
principais são os cavaleiros, vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros) e armados de lanças e
espadas. A corte é representada por personagens como o rei, o general, príncipes, princesas,
embaixadores e lacaios, todos vestidos com ricas fantasias.

Uma das mais famosas é a da cidade de Pirenópolis, em Goiás, onde a festa inclui também personagens
Mascarados (folclore) que representam o povo. Vestindo roupas coloridas e montando cavalos
enfeitados, eles saem pelas ruas a galope. A encenação dura três dias, cada um deles com uma batalha.
Ao final, os cristãos vencem os mouros, que se acabam convertendo ao cristianismo.

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CONGADAS:

São manifestações folclórico-religiosas de origens mistas, destacando-se as influências afro-brasileiras,


hoje incorporadas pela igreja católica em algumas regiões do Brasil como em Pirenópolis, Catalão e
Goiandira, Goiás.

O arraial de Catalão foi fundado na primeira metade do século XIX, pelo interesse de um particular em
atrair povoadores para as suas terras.

FESTA DO DIVINO DE TRINDADE:

A devoção ao Divino Pai Eterno teve início por volta de 1840, com o casal de agricultores Constantino
Xavier Maria e Ana Rosa de Oliveira, que vieram se estabelecer nas proximidades do Córrego do Barro
Preto, distante aproximadamente vinte e dois quilômetros do município de Campininhas das Flores.
Constantino, um homem muito religioso e neste ponto apoiado pela esposa, começou a trabalhar na
terra para plantação. Certo dia enquanto lidavam no campo a enxada tocou em algo rígido que não era
pedra.

Ao conferir notaram ser um medalhão belíssimo de barro, com tamanho em torno de meio palmo de
circunferência onde estava representada a Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. Eles beijaram
o medalhão sagrado e o levaram para casa.

Esse achado marcou a história da fé cristã em Goiás, região Centro Oeste do Brasil. Constantino e seus
familiares começaram a rezar diante do medalhão encontrado. A notícia se espalhou e aos poucos outros
moradores locais passaram a rezar junto a Santíssima Trindade.

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O número de devotos foi crescendo e a casa de Constantino já não comportava tanta gente. Em 1843,
foi criada uma capela de folhas de buriti, mas a multidão que lá ia, para pedir ou agradecer os milagres,
aumentou admiravelmente. Com necessidade de construir uma nova capela, Constantino encomenda
uma réplica da figura encontrada no medalhão, em tamanho maior e esculpida em madeira, ao artista
plástico Veiga Valle, que morava em Pirenópolis-GO. A imagem feita pelo famoso artista pode ser vista
hoje onde é situado o Santuário Velho. A confecção da imagem a partir do medalhão não alterou a fé
dos devotos e nem os milagres e graças por eles recebidas diminuíram.

Dentre as diversas atividades culturais de um povo muitas estão ligadas diretamente à crença ou a fé,
advindas de uma determinada manifestação religiosa. Na cidade de Catalão – GO, ocorre anualmente,
no mês de outubro, a tradicional festa da Congada, que atrai vários grupos de congada que dançam
pelas ruas da cidade. Essa festa é em louvor a Nossa Senhora do Rosário.

A romaria dos carros de boi na festa do Divino Pai Eterno em Trindade (GO) tem sido uma das referências
religiosas da cultura goiana. Essa manifestação, atualmente, é reconhecida como Patrimônio Cultural

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brasileiro, um “símbolo de tradição e devoção, que reúne anualmente centenas de fiéis em uma
comovente celebração religiosa”.

Ainda que surgida de um legado familiar, e com as graças obtidas pelo povo simples, a festa religiosa
em Trindade produziu, historicamente, símbolos partilhados pela sociedade goiana de modo geral. Por
isso, a patrimonialização.

O longo da história até os dias atuais, muitas cidades se especializaram em determinadas funções,
dando-lhes características particulares, enquanto outras são multifuncionais. A respeito da cidade de
Trindade (GO), que tem seu nome reconhecido em todo o país, pois possui a finalidade Religiosa, com
destaque para um importante santuário católico.

PROCISSÃO DO FOGARÉU:

É uma das manifestações folclóricas mais conhecidas do estado de Goiás e também uma das mais
antigas. Trata-se de uma encenação de tradição cristã, relativamente comum em diversas localidades
do país, mas com suas peculiaridades e adaptações locais, cujo ritual simboliza a procura por Cristo em
Jerusalém, até sua prisão. A Procissão do Fogaréu é uma tradicional procissão católica realizada
anualmente na cidade de Goiás.

CATIRA:

Também conhecida como cateretê é uma dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical é marcado
pela batida dos pés e mãos dos dançarinos. De origem híbrida, com influências indígenas, africanas e
europeias, a catira (ou “o catira”) tem suas raízes em Goiás, norte de Minas e interior de São Paulo.

A catira tem sua origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da África junto com os negros, outros
acham que é de origem espanhola, enquanto estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens

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africana, espanhola e também portuguesa – já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi
trazida pelos jesuítas.

CIDADE DE GOIAS:

Um importante marco na história do estado de Goiás se deu no ano de 2001, quando a Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) - instituição que desenvolve atividades
para a proteção e conservação do patrimônio natural e cultural - finalmente declarou, como Patrimônio
da Humanidade, o Centro Histórico da Cidade de Goiás.

CORA CORALINA:

Na Casa Velha os quartos têm nome: varandinha, quarto escuro, quarto de oratório, alcova da vó Fiinha,
sobradão, sobradinho, quarto da Felizarda. O quarto donde escrevo chama-se sobradinho. A janela do
sobradinho olha o rio e eu, da janela, olho o mundo. Vejo a ponte, em ângulo, o Hotel Municipal, o banco
de pedra, um pedaço de cais e gente que passa. Vejo um poste alto e uma rede de fios em fio inclinado
saindo das piorras de louça branca. Desce do alto do poste em fio inclinado que atravessa o rio e vem
se encravar na base do velho muro da Casa Velha. No texto, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas,
nome de batismo da escritora CORA CORALINA, enfatizou a Cidade de Goiás e seus lugares coloniais,
assim como fez em outros poemas registrados em seus livros. Em relação às suas obras, a autora
começou a escrever cedo, porém teve o primeiro livro publicado aos 75 anos.

ATENÇÃO: Cora Coralina (1889-1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro
quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.

Cora Coralina recebeu o "Prêmio Juca Pato" da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano
de 1983, com o livro “Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha”. Em 1984 é nomeada para a
Academia Goiânia de Letras, ocupando a cadeira n.º 38.

A poetisa que escreveu sobre o seu tempo e sobre o futuro, destacando a realidade das mulheres dos
anos de 1900 é o principal nome da cidade de Goiás. Em 2002, a cidade de Goiás com sua paisagem
urbana predominantemente marcada pela arquitetura dos séculos 18 e 19, recebeu o título de Patrimônio
Histórico e Cultural da Humanidade, dado pela Unesco. A casa onde morou a poetisa Cora Coralina é
hoje o museu da escritora.

55
Cora Coralina e Jorge Florêncio duas grandes lendas

TROPA E BOIADAS:

No ano de 2017, o livro Tropas e Boiadas completou cem anos de sua primeira edição em 1917. Trata-
se de um livro de contos regionalista que apresenta a linguagem dos tropeiros e vaqueiros dos sertões
de Goiás e do Brasil. É também, de alguma forma, um pouco da vida intensa e melancólica de seu autor.
Trata-se de Hugo de Carvalho Ramos.

SANTA DICA7:

Os movimentos messiânicos e milenaristas atuam tanto no campo religioso como no político e social,
trazendo uma importante visão multidimensional. de Benedita Cypriano Gomes, a “Santa Dica”, que
formou uma comunidade no distrito pirenopolino de Lagolândia, até ser desbaratada pela
polícia em 1925.

A característica fundamental do Estado para o sociólogo alemão Max Weber é a monopolização da


violência, implicando que apenas o aparelho estatal tem legitimidade na utilização dos meios de violência
e coerção. Na história de Goiás, um acontecimento coerente com essa tese weberiana foi a repressão da

7
Leitura complementar: <https://pirenopolis.tur.br/cultura/historia/santa-dica>

56
polícia goiana aos seguidores de Santa Dica, culminando, em 1925, no chamado “Dia do Fogo”,
quando o grupo foi dispersado e alguns religiosos morreram na ação policial.

ACIDENTE COM O CÉSIO 137:

Dois catadores de sucata encontraram, nas ruínas do prédio onde funcionava a antiga Santa Casa – nela
ficava o Instituto Goiano de Radiologia – um aparelho abandonado de raios-X. Roberto dos Santos e
Wagner Mota invadiram o prédio abandonado e observaram um volume muito pesado, constatando ser
um bloco de chumbo, venderam para o dono de um pequeno ferro-velho, da Rua 57, Devair Alves
Ferreira (morreu 7 anos depois), que vendo a luminosidade estranha e bonita da pedra, fez um anel para
a sua esposa, Maria Gabriela Ferreira, com fragmentos do Césio-137, tendo o seu braço amputado no
dia seguinte, devido a alta intensidade raios gama (morreu em 23-10-1987 – primeira vítima)

Em setembro de 2017 foram realizados vários eventos que lembraram os 30 anos do acidente com o
Césio – 137, ocorrido em Goiânia. Nesse acidente radiológico, a contaminação se deu por meio
de um pó de brilho azulado retirado de um equipamento de radioterapia abandonado.

ESCÂNDALO CACHOEIRA:

Em 29 de março de 2012, a Polícia Federal desencadeou a Operação Monte Carlo que colocou na prisão
o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira. Foram
82 mandados judiciais, sendo 37 mandados de busca e apreensão, além de 35 mandados de prisão e 10
ordens de condução coercitiva em cinco Estados. O contraventor, apontado pela PF como chefe do grupo,
ficou conhecido como o caso Waldomiro Diniz, o ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, considerado
o primeiro escândalo do governo Lula, em 2004.

Cachoeira é suspeito de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro,
falsidade ideológica e contrabando. Dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na
exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Foram presos também
dois delegados da Polícia Federal e o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá.
Cachoeira e Dadá foram personagens de alguns dos principais escândalos políticos, como o Caso
Waldomiro Diniz

COVID:

57
O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2. A maioria das
pessoas que adoece em decorrência da COVID-19 apresenta sintomas leves a moderados e se recupera
sem tratamento especial. No entanto, algumas desenvolvem um quadro grave e precisam de
atendimento médico.

O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa infectada, em pequenas partículas
líquidas expelidas quando elas tossem, espirram, falam, cantam ou respiram. O tamanho dessas
partículas vai de gotas respiratórias maiores até aerosois menores. A infecção pode ocorrer caso você
inale o vírus quando estiver perto de alguém que tenha COVID-19 ou se você tocar em uma superfície
contaminada e, em seguida, passar as mãos nos olhos, no nariz ou na boca. O vírus se espalha com
mais facilidade em locais fechados e em multidões.

Em Goiás, até o dia 08/08/22, foram confirmados 27.229 Óbitos. 8

CASO LAZARO:

Fugitivo ficou escondido em mata e fazendas de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás por 20 dias até ser
encontrado e baleado pela polícia. Ele era apontado como responsável pela morte de uma família do DF.
Segundo as investigações, Lázaro, que tinha 32 anos, matou quatro pessoas de uma família em Ceilândia
no dia 9 de junho de 2021.

Ele fugiu para Cocalzinho de Goiás em um carro roubado. Desde então, ficava escondido na mata. A
polícia disse que durante esse período, ele recebeu ajuda de familiares e um fazendeiro. A polícia divulgou
que o fugitivo era suspeito de mais de 30 crimes em Goiás, Bahia e Distrito Federal. Entre eles estavam
homicídio, estupro e roubo. Durante as buscas a Lázaro, policias chegaram a trocar tiros com ele. Uma
família foi feita refém e resgatada sem ferimentos da mata.

ATENÇÃO: Este resumo é construído com base em diversas fontes de pesquisa, inclusive, entre eles,
materiais de concursos, cadernos de estudo que elaborei nos tempos de preparação para concursos
públicos. Vale destacar que não visa esgotar o estudo do conteúdo programático, mas apresentar
aspectos relevantes para provas de concurso. Bons estudos, Prof. Jorge Florêncio.

QUESTÕES

1) Foi somente no início do século XX que o Brasil passou a ter a configuração atual. Porém, internamente a divisão
era diferente. O estado de Tocantins foi criado em 1988 após a divisão do seguinte estado:
A) Pará.
B) Goiás.
C) Amazonas.
D) Mato Grosso.

2) Na segunda metade do século XIX, como resultado do ritmo de transformação da estrutura econômica produtiva
do Centro-Sul do País a partir do alargamento da fronteira agrícola, ocorreu uma expansão das estradas de ferro,
com o prolongamento das ferrovias paulistas para além dos limites do estado de São Paulo. Os trilhos seguiram em
direção a outros estados, como no caso de Goiás, com a construção da Estrada de Ferro Goiás, ligando-se à Estrada
de Ferro Mogiana, localizada em solo mineiro.
Internet: <www.revistas.ufg.br> (com adaptações).

A justificativa da construção da ferrovia goiana estava ancorada no(na)


A) posição assumida pelo estado de Goiás como região produtora e fornecedora de produtos agrícolas básicos para
os mercados da região Sudeste.
B) pensamento, predominante naquele momento, de que a construção da nova capital do estado demandaria
ligações ferroviárias com o restante do País.
C) significativa produção de café no sul goiano, que seria majoritariamente encaminhada ao porto de Santos, em
São Paulo, por via férrea.
D) necessidade de escoar a vasta produção de minerais, como níquel e fosfato, produzidos no norte goiano.
E) possibilidade de que funcionasse como vetor de transferência maciça dos imigrantes que chegavam de Minas
Gerais.

8
COVID em Goiás atualizado em 08/08/22: < https://covidgoias.ufg.br/#/map>

58
3) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou:
Os negros e crioulos me diziam que preferiam recolher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia,
do que se porem ao serviço dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos
quais lhes é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses inteiros sem poder
salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão pascal, sucede que todas as mulheres
da mesma família se apresentam uma após outra com o mesmo vestido. Saint-Hilaire. Viagem às nascentes do Rio
São Francisco e pela província de Goiás. Apud PALACÍN, L.; MORAES, Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás.
5. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1989. p. 47. (Adaptado).
Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência das atividades
A) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para extração do metal.
B) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela abolição da escravidão
africana.
C) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estradas que ligavam o
sertão ao litoral.
D) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para a comercialização
com outras regiões.

4) É chamada de “Capital do Cerrado”. Está localizada no Planalto Central e possui cerca de 1 milhão de habitantes.
A capital que o texto faz referência é:
A) Goiânia.
B) Brasília.
C) Teresina.
D) João Pessoa.
E) Aracaju.

5) A Cidade de Goiás, declarada patrimônio histórico, surgiu às margens do Rio Vermelho, fruto da
A) fixação dos entrepostos comerciais criados pelos tropeiros.
B) expansão das lavouras cafeeiras realizada pelos fazendeiros.
C) atividade de exploração mineradora iniciada pelos bandeirantes.
D) implementação da pecuária extensiva promovida pelos colonizadores.

6) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, outro fator que contribuiu para o povoamento da região
onde hoje se situa Caldas Novas foi a observação da
A) presença de ouro.
B) fertilidade da terra.
C) abundância de animais de caça.
D) existência de grande área de pastagem.

7) Leia o fragmento.
Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes oferece e impedir com
armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe fará guerra, matando-os e cativando-
os.
Regimento de Anhanguera. História de Goiás em documentos. V.1. Goiânia: Editora da UFG, 2001, p. 25.

O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século XVIII, foi marcada
A) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
B) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
C) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
D) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.

8) Das mesorregiões do Estado de Goiás, a que possui o maior quantitativo populacional e abriga a capital do Estado
é a do
A) Sul Goiano.
B) Centro Goiano.
C) Norte Goiano.
D) Leste Goiano.

9) Com uma população de quase 7 milhões de habitantes, o estado de Goiás é o mais populoso da região Centro-
Oeste e, como princípio do seu povoamento, consta a chegada de bandeirantes e de migrantes que vieram de
diversas partes da América portuguesa. Alguns traços do povoamento inicial desse estado permaneceram e outros
se desenvolveram com o passar do tempo.

59
Considerando essas informações no que se refere ao processo de ocupação e desenvolvimento do território goiano,
assinale a alternativa correta.
A) Na primeira metade do século 18, a prospecção mineral que havia animado a ocupação das Minas Gerais e gerado
conflitos entre paulistas e reinóis expandiu-se para o Centro-Oeste, promovendo a rápida expulsão de índios do
território goiano, que foi ocupado pelo colonizador português.
B) Juntamente com a economia mineradora, a pecuária, em escala menor, promoveu a ocupação do território
goiano, seguindo os grandes rios e as proximidades das zonas de mineração. Enquanto, no sudoeste goiano, a
mineração e a pecuária desenvolveram-se a partir de Vila Boa de Goiás, no Norte, esse processo seguiu as
proximidades das nascentes e do curso alto do rio Tocantins.
C) Os caminhos que se desenvolveram no território goiano surgiram como percursos deixados pelas comunidades
indígenas. Mais tarde, alargadas para o carro de boi, no século 19, e diversificadas com as ferrovias que surgiram
ao sul, em princípios do século 20, a população goiana teve o crescimento incrementado pelas migrações dos estados
vizinhos.
D) A construção da nova capital, Goiânia, na década de 1930, representou uma nova perspectiva econômica e social
para o estado de Goiás, contribuindo para o incremento das atividades agrícolas, comerciais e industriais, bem como
avançando positivamente na integração de regiões distantes, no norte do estado.
E) A construção de Goiânia trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o estado de Goiás entre os anos de
1930 e 1950. Esse impulso foi incrementado a partir dos anos de 1960, com a decisão dos governos estaduais
quanto à abertura de novas estradas que ligavam ao norte e ao sul importantes rotas para o desenvolvimento da
agropecuária, o que conduziu a economia goiana à autossuficiência.

10) Leia o texto a seguir.


O sentimento era de separação e autonomia, tanto da colônia em relação à metrópole, quanto dentro da própria
colônia, onde províncias buscavam mais autonomia para suas administrações.
POLONIAL, J. Terra do Anhanguera: história de Goiás. Goiânia: Kelps/ Leart, 2006. p. 44.

A citação refere-se ao contexto da emancipação política do Brasil, ressaltando a especificidade das províncias nesse
processo. No caso de Goiás, as contradições sociais que emergiram na ocasião da emancipação política estiveram
relacionadas ao conflito entre os
A) republicanos, que pretendiam o fim da monarquia, e os moderados que defendiam a monarquia constitucional.
B) integrantes do clero, fiéis à administração portuguesa, e os membros da maçonaria, partidários do príncipe
regente.
C) proprietários de escravos, que temiam a abolição da escravidão, e os comerciantes que almejavam a
modernização econômica.
D) membros das camadas médias, concentrados na capital da província, favoráveis à emancipação, e a camada
rural, defensora do status quo.
E) habitantes do norte, fieis às cortes de Lisboa, que almejavam autonomia administrativa, e os habitantes do sul,
contrários à separação da Província.

GABARITO: 1B/2A/3A/4A/5C/6A/7C/8B/9B/10E
MAIS QUESTÕES:

1) Relativamente à modernização da agricultura, à urbanização e à demografia do território goiano, e ao


atual panorama econômico do estado de Goiás, assinale a opção correta.

A) O alto nível de desenvolvimento econômico da região norte de Goiás foi decisivo para o
desmembramento que deu origem ao estado do Tocantins.

B) Graças à crescente importância do agronegócio na economia do estado de Goiás, a população goiana


é majoritariamente rural.

C) Com o declínio da mineração, a economia goiana voltou-se para a agricultura de exportação, com
produção destinada ao mercado exterior.

D) A partir das últimas décadas do século passado, a economia goiana viu o agronegócio expandir-se e
ampliou seu parque industrial.

E) Atualmente, o setor de serviços desempenha reduzido papel na composição do produto interno bruto
de Goiás.

2) A respeito da ferrovia Norte-Sul e do transporte ferroviário em Goiás, assinale a alternativa correta.

A) Mais de dois terços da produção agrícola do estado são transportados por esse meio.

60
B) Entre os objetivos da ferrovia Norte-Sul, está o de induzir a ocupação econômica do cerrado brasileiro,
além de favorecer a multimodalidade de transportes no País.

C) Em seu trecho goiano, a ferrovia Norte-Sul cortará importantes cidades das regiões do entorno do
Distrito Federal e do Sudeste do estado.

D) Quando estiver completa, a Norte-Sul terá início no Ceará e terminará no Rio Grande do Sul,
exercendo importante papel na integração dos mercados regionais.

E) A Norte-Sul permitirá uma maior utilização de um meio de transporte que, apesar de mais flexível
que o rodoviário, é menos econômico que ele.

3) O agronegócio tem peso de destaque no cenário goiano por subsidiar grande parte da agroindústria
no estado, [...] que é o quarto produtor nacional de grãos, com produção de 13,6 milhões de toneladas,
algo como 9% da produção do País.

Internet: <www.goias.gov.br>. Acesso em 24/2/2015 (com adaptações).

Nos últimos anos, os produtos agrícolas que Goiás produziu em maior tonelagem e os municípios que
mais se têm D Estacado em valor de produção agrícola são:

A) trigo, milho e soja; Silvânia, Rio Verde e Catalão.

B) algodão, soja e laranja; Pirenópolis, Jataí e Ipameri.

C) arroz, feijão e milho; Chapadão do Céu, Cristalina e Paraúna.

D) arroz, algodão e milho; Ipameri, Cristalina e Rio Verde.

E) cana-de-açúcar, soja e milho; Cristalina, Rio Verde e Jataí.

4) A partir da década de 1970, o perfil da economia goiana sofreu fortes alterações. De uma economia
agrícola com significativa produção de arroz e milho destinada ao mercado interno, passou-se para uma
agricultura destinada à exportação, na qual a soja e os derivados da cana-de-açúcar despontam como
os principais produtos.

Dentre as consequências dessa transformação destaca-se:

A) O aumento da biodiversidade.

B) O aumento da arrecadação tributária estadual.

C) A ampliação da utilização de mão-de-obra em virtude da mecanização agrícola.

D) A permanência da população no campo.

5) Nas últimas décadas, Goiás sofreu mudanças significativas em seu processo de urbanização, muitas
delas influenciadas pela modernização da produção agrícola do estado. Com referência a essas mudanças
e aos seus impactos tanto na urbanização de Goiás quanto na modernização do agronegócio goiano,
assinale a opção correta.

A) A modernização e a ocupação territorial de Goiás têm sido influenciadas por ações estatais
fundamentadas em planejamentos estratégicos, o que permite a distribuição dos recursos por todo o
estado, promovendo o desenvolvimento econômico equilibrado das diferentes regiões goianas.

B) A ação da iniciativa privada na promoção da modernização da produção agrícola aproximou a produção


agropecuária da indústria e estimulou o investimento de empresas privadas em infraestrutura.

C) A pujança da produção agropecuária aqueceu o mercado de trabalho de atividades pouco


especializadas no campo, gerando oportunidades de emprego direto a imigrantes de diferentes regiões.

D) A modernização agrícola concentrou a posse de terra e estimulou a imigração nos sentidos urbano-
urbano e rural-urbano, tornando as cidades médias responsáveis por suprir as unidades produtivas com
equipamentos tecnológicos e mão de obra especializada.

61
E) Criado e implementado durante o regime militar, o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados
(POLOCENTRO) privilegiou pequenos produtores ao permitir o emprego de novas técnicas e insumos, o
que resultou na mudança de escala de produção das unidades tradicionais, orientadas ao abastecimento
do mercado regional.

6) Em 2008, o estado de Goiás apresentava uma população urbana de 89,8%. Se o estado foi ocupado
por meio da expansão da fronteira agrícola, que opção abaixo apresenta corretamente uma justificativa
para um índice tão elevado de urbanização:

A) Projeção social garantida aos moradores dos centros urbanos.

B) Preço da terra desestimula o investimento na agropecuária.

C) Obras do governo federal criaram empregos em várias áreas.

D) Agricultura mecanizada que gera poucos postos de trabalho.

E) Acesso à moradia garantido pelas prefeituras aos migrantes.

7) A terra é o meio de produção fundamental na economia rural. A concentração da propriedade da terra


é um dos traços marcantes da economia rural brasileira e, em Goiás, esse processo foi muito acentuado
a partir dos anos 1970 quando a soja e o arroz tornaramse responsáveis pelo desenvolvimento agrícola
do estado. Uma consequência desse processo de utilização da terra foi:

A) estimular movimentos migratórios em direção às cidades.

B) tornar o estado grande importador de máquinas agrícolas.

C) constatar que parte da área agrícola já está desertificada.

D) recuperar áreas consideradas perdidas para a agricultura.

E) dar para Goiás o título de maior produtor nacional de grãos.

8) As décadas de 1970 e 1980 foram extremamente importantes para as transformações ocorridas no


estado de Goiás, em especial no tocante à agricultura, favorecida por ações do governo federal,
notadamente, e estadual, secundariamente. Internet: <www.cpgls.pucgoias.edu.br>.

A respeito do momento histórico e econômico a que o texto se reporta, assinale a alternativa correta.

A) Assim como ocorrera na Sudam e na Sudene, contempladas com a criação de bancos para
financiamento da produção agrícola, à Sudeco foi incorporado o Banco do Brasil Central, cujos aportes
financeiros permitiram o surgimento de estruturas de transporte para o escoamento da produção.

B) Caracteriza esse período o estímulo à agricultura por meio de órgãos como a Companhia de armazéns
e silos do estado de Goiás (Casego) e a Empresa de assistência técnica e extensão rural (Emater-GO).

C) Foram privilegiadas as pequenas propriedades e a agricultura familiar, em um esforço para ampliar a


produção destinada ao mercado interno estadual.

D) Consoante a política nacional de preservação ambiental daquele momento, procurou-se inibir práticas
agrícolas que resultassem em desmatamento ou danos ambientais.

E) Apesar de criada em 1967 para fomentar o desenvolvimento agrícola regional, a Superintendência de


Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) cumpriu papel apenas secundário na modernização da
economia e da agricultura goianas.

9) Dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) e do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a indústria participa com cerca de um quarto
do Produto Interno Bruto de Goiás. Acerca da indústria e de outros aspectos da economia brasileira e do
estado de Goiás, julgue o item

Goiás beneficia‐se da existência da Ferrovia Norte‐Sul, construída pela iniciativa privada com
financiamento público, que já transporta cargas em grande parte do estado.

62
Certo

Errado

10) Dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) e do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a indústria participa com cerca de um quarto
do Produto Interno Bruto de Goiás.

Acerca da indústria e de outros aspectos da economia brasileira e do estado de Goiás, julgue o item

A infraestrutura rodoviária de Goiás é integrada por diversas rodovias federais, entre elas, a BR‐153,
que corta o estado de norte a sul, cumprindo importante papel na ligação do Norte/Nordeste do País ao
Sul/Sudeste.

Certo

Errado

11) Sobre a modernização agrícola de Goiás, pode-se afirmar que:

I. Gera emprego especializado, ao mesmo tempo em que contribui para o aumento do desemprego entre
trabalhadores com pouca qualificação.

II. Prioriza o plantio de produtos destinados à exportação, como a soja, em detrimento da produção de
alimento para o mercado interno, como o feijão.

III. Investe em pequenas propriedades, pois seu objetivo é a melhor distribuição de terras e de renda.

IV. Impede o êxodo rural, na medida em que aumenta a produção e a produtividade agrícola.

Marque a alternativa CORRETA:

A) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.

B) Somente as proposições I e II são verdadeiras.

C) Somente as proposições II e III são verdadeiras.

D) Somente as proposições III e IV são verdadeiras.

12) Pesquisas recentes têm constatado transformações muito importantes que vêm ocorrendo nas áreas
rurais do mundo e do Brasil. Alguns velhos mitos estão sendo derrubados, outros parecem estar
surgindo. Pode-se perceber, no entanto, que está cada vez mais difícil delimitar o que é rural e o que é
urbano. OLIC, Nelson B. Disponível em: <www.clubemundo.com.br/revistapangea.>. Acesso em: 24
ago. 2010.

Sobre este assunto, é correto afirmar:

A) o rural pode ser caracterizado como sinônimo de atraso e de pobreza, enquanto o urbano representa
a modernidade, o progresso e os avanços tecnológicos.

B) o espaço rural de países como o Brasil ainda é marcado pelo predomínio de atividades agrícolas,
justificando assim o alto percentual da população no campo, em detrimento da cidade.

C) o espaço urbano se identifica como o locus das atividades industriais, de comércio e serviços,
enquanto o rural é a área destinada apenas às atividades agropastoris; do ponto de vista espacial, rural
e urbano se opõem.

D) os grandes complexos agroindustriais implantados em Goiás nas últimas décadas refletem a


interligação da agricultura ao restante da economia, não podendo ser separada dos setores que lhe
fornecem insumos e/ou compram seus produtos.

13) O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities do mundo. O termo commodities está
associado a produtos primários com baixo valor agregado, sejam eles minerais, sejam agrícolas. São

63
produzidos em larga escala, negociados prioritariamente no mercado internacional e têm os seus valores
estabelecidos em bolsas de mercadorias que definem seus preços futuros.

São exemplos de commodities agrícolas:

A) trigo, feijão, batata, cacau e café.

B) açúcar, soja, milho, algodão e café.

C) soja, arroz, trigo, feijão e banana.

D) milho, mandioca, cacau, açúcar e arroz.

E) café, algodão, feijão, banana e arroz.

14) É chamada de “Capital do Cerrado”. Está localizada no Planalto Central e possui cerca de 1 milhão
de habitantes.

A capital que o texto faz referência é:

A) Goiânia.

B) Brasília.

C) Teresina.

D) João Pessoa.

E) Aracaju.

15) A Ferrovia Norte-Sul, importante rede ferroviária brasileira, cumpre papel fundamental na logística
do Estado do Tocantins e o interliga diretamente aos seguintes estados:

A) Pará e Bahia.

B) Mato Grosso e Piauí.

C) Goiás e Maranhão.

D) Minas Gerais e Amazonas.

16) Os sistemas de transportes estão na base do funcionamento da economia de um estado. Entre as


rodovias federais, uma delas corta Goiás de norte a sul, interligando cidades como Porangatu e
Itumbiara. Essa rodovia denomina-se

A) BR-020.

B) BR-364.

C) BR-060.

D) BR-153.
GABARITO: 1D-2B-3E-4B-5D-6D-7A-8B-9E-10C-11B-12D-13B-14A-15C-16D

MAIS QUESTÕES:

1) É chamada de “Capital do Cerrado”. Está localizada no Planalto Central e possui cerca de 1 milhão de
habitantes.

A capital que o texto faz referência é:

A) Goiânia.

B) Brasília.

C) Teresina.

D) João Pessoa.

64
E) Aracaju.

Gabarito: A

2) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mineiro. A


partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante o aumento das
exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de influência da ferrovia.

Gabarito: Certo

3) Planejada para 50 mil pessoas, Goiânia possui hoje mais de 1,3 milhão de habitantes. Distante 209
quilômetros de Brasília e com área aproximada de 740 quilômetros quadrados, a cidade faz parte da
Mesorregião do Centro-Oeste e da Microrregião de Goiânia. Possui uma geografia contínua, com poucos
morros e baixadas, tendo terras planas na maior parte de seu território, com destaque para o Rio Meia
Ponte.

A respeito da cidade de Goiânia e da respectiva região metropolitana, assinale a alternativa correta.

A) Goiânia surgiu por determinação do governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) para acelerar o
programa de desenvolvimento denominado marcha para o Oeste.

B) Com uma arquitetura modernista, Goiânia ficou conhecida como o maior sítio Art Déco da América
Latina

C) A região metropolitana de Goiânia integra 32 municípios e uma população aproximada de 4,5 milhões
de habitantes.

D) Sendo considerada um centro estratégico para áreas como indústria, medicina, moda e agricultura,
Goiânia é também a cidade mais populosa do Centro-Oeste.

E) Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental da nova capital do estado de Goiás em 24 de outubro de
1956.

Gabarito: B

4) A construção de Goiânia trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o estado de Goiás entre
os anos de 1930 e 1950. Esse impulso foi incrementado a partir dos anos de 1960, com a decisão dos
governos estaduais quanto à abertura de novas estradas que ligavam ao norte e ao sul importantes rotas
para o desenvolvimento da agropecuária, o que conduziu a economia goiana à autossuficiência.

Gabarito: Errado.

5) A cidade de Goiânia foi planejada e construída para ser a nova capital do estado de Goiás, criando um
novo centro de poder. A transferência da capital, articulada pelo então governador Pedro Ludovico
Teixeira, aconteceu em 1937. Antes de Goiânia, a capital do estado de Goiás era Cidade de Goiás.

Gabarito: Certo

6) Na história brasileira, o período de 1964 a 1985 caracterizou-se pela falta de democracia, supressão
de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime
imposto. Em Goiás, vários segmentos da sociedade, como sindicatos, universidades, movimentos
estudantis, organizações sociais e outros, sofreram repressão e tiveram direitos suspensos. Este período
da história ficou conhecido como Marcha para o Oeste.

Gabarito: Errado.

7) A respeito de aspectos econômicos do Distrito Federal (DF), julgue o item a seguir.

A grande extensão territorial de unidades de conservação de uso restrito e controlado inibiu o


desenvolvimento do setor agropecuário no DF e a expansão do agronegócio e de hortifrutigranjeiros para
abastecer a capital federal aconteceu nos municípios goianos e mineiros do entorno.

Gabarito: Errado.

8) A respeito de aspectos econômicos do Distrito Federal (DF), julgue o item a seguir.

65
O DF carece de grandes indústrias e de empresas privadas e apresenta uma desigual distribuição de
renda entre as diferentes regiões administrativas, o que inibe a formação de um mercado consumidor
expressivo.

Gabarito: Errado

9) A respeito da construção de Brasília, analise as afirmativas a seguir:

I. Seu projeto urbanístico foi resultado de um concurso promovido por Juscelino Kubitschek em 1956.

II. O projeto é do arquiteto Lúcio Costa, que chamou Oscar Niemeyer e Burle Marx, respectivamente,
para o projeto dos prédios e dos jardins.

III. O projeto do Plano Piloto propunha dois eixos que se cruzariam, um para as obras públicas e outro
para as residências.

Assinale:

A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

D) se nenhuma afirmativa estiver correta.

E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Gabarito: E

10) As linhas mestras da "política territorial" - políticas de povoamento, regulando o deslocamento


populacional, de transporte e de comunicação - do governo Vargas seriam retomadas por JK. Como
prefeito, governador e presidente, JK também investiu em políticas de transporte e comunicação e
realizou, por fim, o sonho de completar os vazios do território e preencher as lacunas da nacionalidade.
A construção de Brasília pode ser entendida como uma nova "Marcha para o Oeste[...]

OLIVEIRA, Lúcia Lippi. A conquista do Oeste. Disponível em: <


http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/ConquistaOeste>. Acesso em: 20out. 2016.

Sobre as políticas dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek que alcançaram o estado de
Goiás, é possível afirmar corretamente que

A) a cidade de Goiânia, inaugurada em 1942, concebida de acordo com a política territorial varguista,
objetivava também afastar o centro do poder das antigas oligarquias.

B) os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek malograram em suas tentativas de fazer crescer
econômica e demograficamente a região Centro-Oeste.

C) o governo de Kubitschek, ao iniciar nova “Marcha para o Oeste”, privilegiou Brasília e não conseguiu
desenvolver a economia goiana nem povoar o interior de Goiás.

D) o presidente Getúlio Vargas deu início à construção da nova capital federal, obra que só foi terminada
e inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1960.

E) a política territorial de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek não logrou êxito em deslocar população
para o estado de Goiás, que permaneceu um vazio demográfico.

Gabarito: A

11) Na década de 1940, durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia, o presidente Getúlio
Vargas lançou a chamada Marcha para o Oeste, que serviria como diretriz para o povoamento e a
integração territorial para o país.

Quanto a esse tema, os objetivos do governo Vargas podem ser confirmados pela/o

66
A) criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), a fim de ampliar a estrutura de
ligação entre as regiões e as cidades.

B) planejamento e pela construção de Goiânia, ideia que se originou unicamente da estratégia do governo
Vargas de interiorização e povoamento do sertão brasileiro.

C) construção de Goiânia para ser a capital de Goiás, que objetivava antecipar e concorrer com a
construção de Brasília e ser o marco de interiorização do território.

D) política de povoamento e de interligação da região Centro-Oeste dos governos de Getúlio Vargas e,


posteriormente, de Juscelino Kubitschek, que não lograram êxito.

E) criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), para o desenvolvimento agrícola da região,
que se mostrou ineficaz como estratégia de interiorização.

Gabarito: A

12) Francisco Adolfo de Varnhagen, um dos precursores da ideia de interiorização da capital do Brasil,
defendeu, em 1877, que uma nova cidade fosse construída na região em que se situam as lagoas Feia,
Formosa e Mestre D’Armas.

Gabarito: Correto.

13) O tombamento do Plano Piloto como patrimônio histórico nacional e sua inscrição na lista do
Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
foram realizados com o objetivo de preservar as características essenciais que caracterizam o seu projeto
urbanístico.

Gabarito: Correto

14) Apesar da grande imigração de nordestinos, os trabalhadores oriundos da região Centro- Oeste,
sobretudo do estado de Goiás, predominaram na construção de Brasília.

Gabarito: Errado.

15) A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) foi constituída pelo governo federal para
planejar e executar a construção de Brasília em seus diversos aspectos.

Gabarito: Correto.

16) A mancha urbana de Goiânia encontra-se conurbada na porção Sul e na porção Leste do município.
Essas áreas correspondem, respectivamente, à fronteira com os municípios de

A)Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

B)Senador Canedo e Trindade.

C)Senador Canedo e Goianira.

D)Trindade e Nerópolis.

E)Trindade e Aparecida de Goiânia.

Gabarito:A

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRÉ, Márcio. Súmulas do STF e do STJ. Editorajuspodivm. 2022.


ANDRÉ, Márcio. Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito. Editora juspodivm. 2022.
ARAÚJO, Fábio Roque. Direito Penal Didático Parte Especial. Editora Editora juspodivm. 2022.
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal Parte Especial. Editora Editora juspodivm. 2022.
MASSON, Cleber. Direito Penal Parte Especial (Volume II e III). Editora Método. 2022.

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MENSAGEM PARA REFLEXÃO

Como você se vê daqui a 5 anos?! Não sei exatamente qual é seu objetivo de vida, porém, digo que é
possível realizá-lo, desde que comece a partir de hoje a planejar, executar e acreditar em seus projetos!
Você pode viver tudo que sempre sonhou!

Grande Abraço.
Prof. Jorge Florêncio
28/08/2022
JORGEFLORENCIOPROF

ANOTAÇÕES PESSOAIS

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