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Algumas dicas para a preparação para o CA/ECEME

"Não há nenhum segredo para o sucesso. Ele é o resultado de preparação,


trabalho duro e aprendizado com os erros." (Gen Colin Powell)

Antes de começar, meus agradecimentos a todos que de modo direto ou indireto colaboraram com a
minha preparação para o concurso da ECEME, em particular meu amigo Cel Fábio Costa - Inf/93. Muito
do que se encontra aqui nestas próximas páginas foi ele quem me passou.

FONTES DE CONSULTA
– Cerca de 80 a 90% do conteúdo que é necessário para passar no CA/ECEME está na internet.
– Quanto à bibliografia, dois livros essenciais são:

 ESPAÇOS GEOGRÁFICOS, do Cel Tiago Castro de Castro, da Biblioteca do Exército. Obs: hoje existe uma
edição mais moderna, do mesmo autor.
 HISTÓRIA DO BRASIL, de Francisco de Assis Silva e Pedro Ivo de Assis Bastos (o famoso “ZUMBI”).

– A base para o seu estudo é o EB Aula, no sítio do Curso de Preparação aos Cursos de Altos Estudos Militares
(CP/CAEM). Mesmo que você já tenha feito o CP/CAEM há mais tempo, é possível entrar como ex-aluno e acessar
as matérias. Aí você precisará baixar todos os arquivos e organizá-los no seu computador ou tablet (de
preferência na nuvem), de modo que possa ler toda essa documentação, sublinhando o que for importante!

<http://www.eceme.eb.mil.br/pt/cpcaem-m-pt/ex-aluno-pep-m-pt/modulos-eb-aula>

– Procure organizar bem os seus papiros. Um computador bem organizado fará a diferença, uma vez que você vai
agregando vários arquivos durante o tempo de preparação.
– Há também os chamados “Branquinhos”. São resumos que dão um apanhado geral sobre o tema proposto. São
muito bem escritos e muito bons para termos uma visão do todo.
Interface do EB Aula, no sítio do CP/CAEM:

– No que se refere à História, procure consultar sites de instituições de ensino renomadas ou feitos por
professores, mestres ou doutores na matéria. Os melhores são aqueles sites que são simples, porque já trazem o
que há de mais importante no assunto! Aí, consultando uns três ou quatro, muito provavelmente você já terá o
que é mais importante para responder uma questão.
Alguns bons sites para serem consultados:
• Brasil Escola <http://www.brasilescola.com/>
• Só História <https://www.sohistoria.com.br>
• InfoEscola <http://www.infoescola.com/>
• Sua Pesquisa <http://www.suapesquisa.com/>
• Mundo Educação <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br>
• Cola da Web <https://www.coladaweb.com>
• Toda Matéria <https://www.todamateria.com.br>

Obs: As ideias essenciais (gaivotas mães) são aquelas ideias importantes, mas de conhecimento da maioria.
Desenterrar algo que ninguém sabe ou que é de difícil comprovação, que está em uma única fonte, pode até ser
correto, mas acaba se configurando em “outras ideias” (OI).

– Um exemplo do retirado do site BRASIL ESCOLA:

INDEPENDÊNCIA DO HAITI
Em meio às conturbações que movimentavam a Revolução Francesa na Europa, uma pequena
ilha-centro americana era responsável por um dos mais singulares processos de independência daquele
continente. Sendo uma das mais ricas colônias da França na região, o Haiti era um grande exportador de açúcar,
controlado por uma pequena elite de brancos proprietários de terra, responsáveis pela exploração da
predominante mão de obra escrava do local.

Com o advento da revolução, membros da elite e escravos vislumbram a oportunidade de dar


fim às exigências impostas pelo pacto colonial francês. Contudo, enquanto a elite buscava maior autonomia
política para a expansão de seus interesses, os escravos de origem africana queriam uma grande execução dos
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade provenientes da França revolucionária. Em meio a tais contradições,
o Haiti se preparava para o seu processo de independência.

Em 1791, uma mobilização composta por escravos, mulatos e ex-escravos se uniu com o
objetivo de dar fim ao domínio exercido pela ínfima elite branca que controlava os poderes e instituições políticas
do local. Sob a atuação do líder negro Toussaint Louverture, os escravos conseguiram tomar a colônia e extinguir
a ordem vigente. Três anos mais tarde, quando a França esteve dominada pelas classes populares, o governo
metropolitano decidiu acabar com a escravidão em todas as suas colônias.

A essa altura, a população de escravos haitiana já havia lavrado a sua liberdade. Contudo, as
lutas responsáveis pela consolidação dessa nova realidade estariam longe de chegar ao seu fim. No ano de 1801,
Louverture empreendeu uma nova mobilização que estendeu a liberdade para os escravos da região da ilha
colonizada pelos espanhóis, que hoje corresponde à República Dominicana. Nesse período, Napoleão Bonaparte
assumia a França e se mostrou contrário a perda desse importante domínio colonial.

No ano de 1803, Bonaparte enviou um grande exército que, sob o comando de Charles Leclerc,
conseguiu deter Toussaint Louverture. Logo em seguida, o líder revolucionário acabou falecendo em uma prisão
francesa. Apesar desse grande revés, os revolucionários haitianos contaram com a liderança de Jacques Dessalines
para derrotar as forças do exército francês e, finalmente, proclamar a independência do Haiti. Logo em seguida,
Dessalines foi alçado à condição de imperador do novo país.

Somente no ano de 1806, quando Dessalines foi traído e assassinado por Alexandre Pétion e
Henri Christophe, o Haiti passou a adotar o regime republicano. O reconhecimento da independência daquele país
só aconteceria no ano de 1825, quando o governo francês recebeu uma indenização de 150 milhões de francos.
Depois disso, mesmo vivenciando diversos problemas, a notícia da independência no Haiti inspirou a revolta de
escravos em diferentes regiões do continente americano.
– Em relação à Geografia, algo que ajuda é consultar sites oficiais, como por exemplo:
• O que o Brasil tem – Portal Brasil <https://www.gov.br/pt-br>
• União Europeia <https://europa.eu/european-union/index_pt>
• Ministério das Relações Exteriores <http://www.itamaraty.gov.br/>

– É importante também você eleger um bom atlas para consultar determinados conteúdos essenciais para o
concurso, como: dados demográficos; telecomunicações; transporte; dados militares; ambiente e saúde; PIB;
força de trabalho; produção, exportações e importações; etc. Duas sugestões:
• <http://www.indexmundi.com> (em inglês, mas nada que o Google Tradutor não resolva)
• < https://oec.world/pt>

– Quanto à Wikipédia, consulte-a com cautela! Ela é uma enciclopédia livre, com artigos feitos não
necessariamente por especialistas. Às vezes ela não esclarece muita coisa, em outras há coisas demais para o que
se pede no concurso da ECEME (as chamadas “outras ideias” [OI]). Experimente comparar o texto anterior
(Independência do Haiti) com o encontrado na Wikipédia para você ver a diferença!
Obs: você também pode utilizar a Wikipédia em inglês. Infelizmente, muitas fontes em português são bem
inferiores se comparadas ao mesmo assunto no idioma inglês, principalmente quando se trata de algo
estrangeiro. Mas entenda que isso já é o “algo a mais!” Não se esqueça de que você tem pouco tempo para
estudar muita coisa, e precisa se concentrar no “core” de cada assunto.

NOTA 1: Para estudar documentos digitais, utilize um bom software de leitura de PDF, que permita sublinhar
e iluminar documentos, escrever observações, inserir símbolos, etc. Minha sugestão para isso é o Foxit
Reader.
< https://www.foxitsoftware.com/pt-br/pdf-reader>
NOTA 2: Outra boa ferramenta, principalmente para fazer resumos digitais, é o Bloco de Notas, residente do
Windows. Ele é um editor de texto simples que oferece suporte a uma formatação bem básica e
descomplicada.

– E em falando em sublinhar e iluminar documentos, eu sugiro também ter um “código de cores” para isso. Eu
usava o amarelo para um primeiro nível, o verde para algo mais importante e o rosa para o que é essencial. E por
que essas cores? Porque elas existem tanto no Microsoft Word, como no Foxit Reader e também nas canetas
marca texto. Assim, esse código pode ser mantido, não importando se o documento for um “docx”, um “pdf” ou
mesmo se for físico (papel). Você verá que esse conceito será rapidamente assimilado, fazendo com que uma
simples passada de olhos sobre o documento já te permita enxergar o que interessa nele, logicamente que depois
de devidamente sublinhado.
DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO
– DURANTE O PERÍODO DE PREPARAÇÃO COMO UM TODO

No que diz respeito à distribuição do tempo, eu creio que o ideal é começar em A-1, ou seja, em
setembro/outubro do ano anterior. Desses meses até a data do concurso, uma distribuição interessante do
tempo é a seguinte:
– Domingo você seleciona uma prova qualquer – um analisar e um apresentar, por
exemplo.
– De segunda a sexta-feira, durante o dia, expediente normal no quartel. Em casa,
De setembro a depois do jantar, após ler as questões [1], você vai estudar, procurando reunir as
dezembro de ideias essenciais para responder essa prova. Não se preocupe tanto com o
A-1 conhecimento por enquanto, pois o importante nesse momento é aprender bem o
método!
– No sábado, você faz a prova e entrega para alguém corrigir.
– Obs: nesta fase, ainda não há necessidade de um grupo constituído.
– Primeiramente, você deve tomar conhecimento da FOG.
– Durante a semana, você interpreta e esquematiza a questão de treinamento e
resolve o simulado. Continue com alguém corrigindo sua prova.
– Nesta fase, a busca do conhecimento cresce de importância. Isso significa que você
NÃO DEVE se resumir ao necessário para responder a questão, mas sim estudar
também os “entornos”. Exemplo: se a questão abordar as relações comerciais do
Durante o PEP Brasil durante os governos militares, você já pode estudar toda a parte econômica
desses governos.
– Preparação de resumos sobre o que foi estudado.
– Nessa fase é importante ter um grupo de estudo montado, reunindo-se uma vez
por semana. Quarta-feira é um bom dia – nessa oportunidade discute-se como cada
um montou a questão de treinamento e faz-se o brainstorm para a questão que será
resolvida no final de semana.
– Tome conhecimento da FOG do concurso. Tudo o que estiver nela é importante e
você tem que saber!
Faltando um
– Nessa fase, eu, particularmente, não fiz mais provas, dedicando-me somente ao
mês para o
estudo.
concurso
– Reunião do grupo de estudos duas vezes por semana, na quarta e na sexta-feira.
– A montagem de resumos já passa a consumir um tempo precioso. Cuidado!
– Estudo diário com o grupo, pela manhã e à tarde, com QTS amarrado, batendo toda
Dez dias/uma
a FOG.
semana para o
– Levantamento do maior número possível de ideias essenciais sobre os assuntos
concurso
elencados.

OBSERVAÇÃO [1]
– No início da preparação para o concurso, seu principal objetivo deve ser sedimentar muito bem o
método. Para isso, não se preocupe em fazer prova no tempo nem tampouco deixar para ver a questão
só no sábado, quando for resolvê-la. Ao contrário! Tome conhecimento da questão no início da semana
e estudo para fazer a melhor prova da sua vida. Ainda sim você verá que as correções serão numerosas
até você dominar o método de solução de questões. Mas para que essas correções ocorram, você não
pode ter feito o prova “na correria” (querendo fazer no tempo sem estar preparado para isso) ou se
surpreender com uma questão fora do escopo do seu estudo da semana (“jogando fora” o estudo de
toda a semana).
<Leia a questão – estude para ela – faça a prova (sem se preocupar com o tempo)>
– Quando você estiver dominando completamente o método, aí sim pense no tempo das 4 horas.
– ROTINA DIÁRIA
• TFM, na primeira hora (0530h/0600h) – muito importante! “Mens sana in corpore sano”.
• Café da manhã.
• Estudo da manhã, das 0800h às 1200h.
• Almoço, das 1200h às 1300h.
• Hora da tora até 1330h (de 20 a 30 minutos – mais do que isso pode causar aquela famosa “lombeira”,
prejudicial aos estudos).
• Estudo da tarde, até as 1700h.
• Uma pausa seguida do jantar, até umas 2000h. Aproveite para ver um noticiário e ficar um pouco com a
família.
• Estudo da noite, até as 2200h/2300h. Uma repassada no que foi estudado ao longo do dia, para fixar o
conhecimento.

O PARÁGRAFO
A estrutura base para a prova do CA/ECEME é o PARÁGRAFO. O parágrafo, por sua vez, é basicamente formado
por três (ou quatro) orações ou períodos:
• TÓPICO FRASAL
• DESENVOLVIMENTO
• (DESTACANDO)
• “E DAÍ”
NOTA

– Oração: é toda construção linguística que contém um verbo ou uma locução verbal. Ou
seja, todas as vezes que tivermos um verbo dentro da frase, temos uma oração. Ex: “Eu
preciso de ajuda.”
– Período: é uma frase que tem uma oração ou mais, por exemplo: “Assim que ela chegou,
apresentou as novas ações a serem executadas.”. Note que há 3 verbos; portanto, temos
mais de uma oração, formando assim, um período composto.
– Ordem direta: na prova para o CA/ECEME, sempre que possível, essas orações devem ser
escritas na ordem direta, ou seja, apresentando a seguinte sequência:
<Sujeito – Verbo – Complemento – Adjunto Adverbial>

– Tópico frasal: é a ideia central do parágrafo. Ele orienta o resto do parágrafo constituindo-se no período mestre
que contém a frase-chave. O tópico frasal dirige a atenção do militar que vai corrigir a prova diretamente para o
tema central que se quer abordar. Ele introduz o assunto ou a ideia central com o potencial de gerar outras ideias,
ou seja, para o “desenvolvimento” do parágrafo.
– Desenvolvimento: é a sustentação ou argumentação da ideia central exposta no tópico frasal. É onde se mostra
o conhecimento sobre aquela ideia. Contém nomes, locais, exemplos, etc.
– “Destacando”: logicamente que você só irá escrevê-lo quando vier pedido na questão, não o colocando em
todos os parágrafos. Trata-se de uma ideia que sobressai em relação às demais, ou seja, que tem a propriedade
de ressaltar ou dar importância. Obs: há algumas linhas de pensamento que colocam o “destacar” depois do “e
daí”. Eu penso que a melhor maneira seja escrever logo em seguida do desenvolvimento do parágrafo, inclusive
para ficar mais fácil de concatenar as ideias.
– “E daí”: é a resposta do pedido, podendo ser o “link” com o concluindo (apontar para a conclusão sem, no
entanto, revelá-la).
Exemplo:
“Analisar o período imperial, concluindo sobre os principais motivos para sua tão prolongada duração”.
Uma ideia para a construção do parágrafo sobre “A criação da Guarda Nacional”.
1. TÓPICO FRASAL: DESSA FORMA O PARÁGRAFO FICARIA ASSIM:
− A Guarda Nacional foi criada por D. Pedro I.
A Guarda Nacional foi criada por D. Pedro I.
2. DESENVOLVIMENTO (ARGUMENTOS, APOIO, ETC): Ela foi uma força armada composta por membros da
− Ela foi uma força armada
− Foi composta por membros da elite elite e teve como principal objetivo conter as revoltas
− Principal objetivo: conter as revoltas que que ocorreram no reinado do imperador ao mesmo
ocorreram no reinado do imperador tempo em que cuidava dos direitos e privilégios dessa
− Ela cuidava dos direitos e privilégios da elite
própria elite. Essa força armada foi um dos
3. “E DAÍ” (A resposta ao pedido  “...concluindo sustentáculos do 1º Império.
sobre os principais motivos para sua tão prolongada
duração.”)
 Essa força armada foi um dos sustentáculos do 1º
Império (baseado nos argumentos apresentados).

IMPORTANTE
O tamanho ideal de um parágrafo é em torno de cinco linhas. Isso significa que não pode
passar de cinco linhas? NÃO! Mas se o seu parágrafo estiver com dez/doze linhas alguma
coisa pode estar errada!

A INTERPRETAÇÃO DA QUESTÃO

– Antes de iniciarmos, é importante saber que você receberá três folhas em branco para rascunho. Uma boa
utilização dessas folhas é a seguinte:

• Primeira folha: na posição horizontal (paisagem), faça a INTERPRETAÇÃO da questão.


• Segunda folha: na posição vertical (retrato), faça a ESQUEMATIZAÇÃO da questão da ND Análise
(Analisar, Estudar ou Comparar).
• Terceira folha: também na posição vertical (retrato), faça a ESQUEMATIZAÇÃO da questão da ND
Compreensão (Apresentar, Caracterizar ou Justificar).
– Dessa forma você terá tudo o que precisa ao alcance dos olhos, nas três folhas, sem ter que ficar virando
página. Aí, o verso das folhas pode ser usado para rascunho, itens do POPO, etc.

– Ok! Agora vamos para a interpretação da questão, lembrando que existem várias maneiras para interpretar
uma questão e esta é apenas uma delas.

– Com a primeira folha na horizontal, faça 16 linhas e três colunas. A primeira coluna é para os campos da
interpretação e as outras para interpretação propriamente dita das duas questões da prova.
Títulos Interpretação da 1ª questão Interpretação da 2ª questão
↓ ↓ ↓
E
A
I
V
G
S
P
PC
IC
S
C T
E
CP
CI
I
D D
C

E: Enunciado – essa linha você vai deixar em branco, pois seria perda de tempo transcrever o enunciado. Todavia,
releia-o com toda a atenção.
A: Assunto – escreva o assunto da questão. Ex: II Guerra Mundial, Brasil Império, Independência americana, etc.
V: Verbo – escreva os verbos da questão. “I” de INFINITIVO (analisar, apresentar...) e “G” de GERÚNDIO
(destacando, ressaltando, etc).
S: Servidão – geralmente a 1ª questão (de 6 pontos) é um ANALISAR, COMPARAR ou ESTUDAR e a 2ª questão (de
4 pontos) é um APRESENTAR, CARACTERIZAR ou JUSTIFICAR. É isso que você vai escrever aqui.
P: Pedido – pergunte “O QUÊ?” ao verbo no infinitivo. Abrange toda a questão, exceto as condicionantes e a
conclusão imposta. Ex:
“Analisar os conflitos em que o Brasil se envolveu na Bacia do Prata, de 1851 a 1870, destacando as
contribuições para a evolução política do Brasil.”
 PEDIDO (Analisar o quê?) = Os conflitos em que o Brasil se envolveu na Bacia do Prata.
 De 1851 a 1870 = condicionante de tempo.
 Destacando as contribuições para... = condicionante da servidão.

PC: Palavra-chave – é a palavra mais importante dentro do pedido. Normalmente auxilia na divisão do
desenvolvimento.
IC: Ideia central – escreva a ideia mais importante contida no pedido. Caso não consiga identificá-la, utilize o
pedido na totalidade.
C: condicionantes – “S” = condicionante da servidão (destacando, etc). No exemplo acima, “destacando as
contribuições para a evolução política do Brasil”.
“T” = condicionante de tempo. No exemplo acima, é o “De 1851 a 1870”.
“E” = condicionante de espaço. Brasil, Europa, Estados Unidos, Região Norte, etc.
CP e D (I, D e C): respectivamente Conclusão Parcial e Decisão (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão) –
nesse espaço você vai colocar uma “gaivota” () caso a questão peça o item. Se a questão não pedir, você coloca
um traço (—).
CI: Conclusão Imposta – escreva a conclusão imposta pela questão. É o “concluindo sobre...”.
CONCLUSÃO AUTOIMPOSTA
Quando não existir uma CI, elabore uma conclusão autoimposta. Isso porque nas questões da ND
Análise, é obrigatório chegar a uma. Duas boas conclusões que se aplicam a muitas questões são estas:
“... concluindo sobre a importância para o desenvolvimento do Brasil (ou outro país)”.
“... concluindo sobre a importância para o futuro do país”.
Exemplo: “Estudar a política econômica do Segundo Governo Vargas (1951-1954), segundo as
infraestruturas de transporte e de energia, destacando as medidas desenvolvimentistas-nacionalistas que
favoreceram a industrialização do Brasil”. “... concluindo sobre a [sua] importância para o
desenvolvimento do Brasil”.

DAMEPLAN
O tempo para esse trabalho é de cerca de 10 minutos, desde traçar as linhas até
concluir a interpretação da 2ª questão.

A ESQUEMATIZAÇÃO
– Dizem que o sucesso no concurso da ECEME está nesta fase. É nesse momento que você responde a questão, o
restante é trabalho braçal.
1. ND Análise (ANALISAR, ESTUDAR e COMPARAR) – Para a esquematização dessas questões, pegue a segunda
folha, agora na posição vertical (retrato), e divida-a da seguinte maneira:

A
(Conclusivas finais)

B C
(Desenvolvimento) (Desenvolvimento)

D E
(Conclusão Parcial 1) (Conclusão Parcial 2)

F
(Síntese)
a. Levantamento das ideias da conclusão imposta ou autoimposta (A).
– Essas ideias vão constituir a conclusivas finais (CF), em dois ou três parágrafos.
– Um bom número de ideias completas, bem embasadas, gira em torno de 4.
b. Levantamento das ideias do pedido. Geralmente a resposta da questão é dividida em duas partes (B e C).
– São as ideias que respondem ao pedido e/ou conduzem à conclusão final. Todas têm que
obrigatoriamente responder a questão e parte delas (ou todas, se possível) tem que levar às conclusões
elencadas em A.
– Raciocine com umas 5 ou 6 ideias força (parágrafos) para cada parte.
c. Elaboração das conclusões parciais (D e E).
– Como o próprio nome está dizendo, são conclusões somente das partes consideradas (B e C).
d. Elaboração da síntese (F).
– A partir das conclusões parciais, você deve elaborar uma síntese. Uma boa dica é considerar os parágrafos
das conclusões parciais como uma pequena história. O título dessa história é a sua síntese.

2. ND Compreensão (APRESENTAR, CARACTERIZAR e JUSTIFICAR) – Para a esquematização dessas questões,


pegue a terceira folha, também na posição vertical (retrato), e coloque as ideias na sequência em que elas vierem
à sua mente. Depois, transcreva-as para a prova na ordem de sua importância (a, b, c, d, e, f...). Lembre-se que
nessas questões as ideias NÃO são interligadas entre si.

NOTA
Não “perca tempo” fazendo esquematização da Introdução. Ela é bem formatada, com seus
quatro/cinco parágrafos bem definidos, e você terá plena capacidade de redigi-la direto,
sem medo de errar!

DAMEPLAN
O tempo para essa etapa é de cerca de 50 minutos, incluindo o traçado das linhas.

ESCRITURAÇÃO DAS QUESTÕES


1. INTRODUÇÃO
– A INTRODUÇÃO não deverá ser longa. Nas questões com ND COMPREENSÃO cerca de 12 a 15 linhas e naquelas
de ND ANÁLISE, de 15 a 20 linhas. Isso significa que nesta parte os parágrafos não precisam ter necessariamente
cinco linhas.
– A introdução é composta por quatro (ou cinco) parágrafos.
• 1º §: Ideia central (IC)
• 2º §: Condicionante de espaço e de tempo
• 3º § (4º §): Ideias complementares (e/ou condicionantes dos verbos no gerúndio)
• Último §: Parágrafo de ligação
– Na Introdução NÃO SE DEVE:
• Antecipar partes do DESENVOLVIMENTO, pois serão descontados pontos na metodologia, embora a
valorização da ideia seja mantida;
• Incluir exemplos;
• Descrever antecedentes remotos do tema;
• Torná-la vaga, referindo-se levemente ao título do trabalho;
• Torná-la prolixa, com muitas informações que desviem a atenção ou confundam o leitor;
• Torná-la abrupta, isto é, que termine sem que tenha preparado o leitor para o que será desenvolvido;
• Subdividi-la em itens;
• Alterar os verbos constantes do enunciado da questão; e
• Deixar de fazer a “ligação” com o DESENVOLVIMENTO.

1º §: IDEIA CENTRAL.
– Pegue a ideia central que você encontrou lá na esquematização e desenvolva um parágrafo sobre ela,
preferencialmente contextualizado com a questão (parágrafos genéricos vão te levar para o barro!).
– Alguns exemplos:
Analisar o processo de urbanização no Brasil, com enfoque nos campos
Questão econômico e psicossocial, a partir dos anos 1940, concluindo sobre seus reflexos
na atual distribuição espacial da população nacional.
Ideia Central (IC) O processo de urbanização no Brasil.
O processo de urbanização no Brasil ocorreu de forma tardia, comparando-se
1º Parágrafo aos países da Europa e aos Estados Unidos da América (EUA), mas da mesma
forma, teve grande impulso da industrialização.

Apresentar os fatos relativos ao processo de desarmamento nuclear entre as


Questão
potências mundiais no período de 1962 a 2000.
Ideia Central (IC) O processo de desarmamento nuclear.
O processo de desarmamento nuclear partiu da conscientização de que, com o
1º Parágrafo passar do tempo, vários países teriam a capacidade de iniciar um conflito com
potencial para destruir o planeta.

Estudar, nos campos político e militar, o período compreendido entre o pós II


Guerra Mundial (1945) e a Crise dos Mísseis em Cuba (1962), inseridos no
Questão
contexto da Guerra Fria, concluindo sobre a política externa adotada pelo Brasil,
neste período.
Ideia Central (IC) A Guerra Fria.
A Guerra Fria teve uma primeira fase, compreendida entre o pós II Guerra
1º Parágrafo Mundial e a Crise dos Mísseis em Cuba, que contou com vários eventos
marcantes para a história da humanidade.

2º §: CONDICIONANTE DE TEMPO E ESPAÇO.


– Em relação ao tempo, você deve citar o início e o fim do período, com a respectiva data. Entenda que “data”
pode ser um século, uma década, um ano, etc. Juntamente com isso, cite, sempre que possível, um fato marcante
que caracteriza esse início e fim de período. Se a questão abordar os dias de hoje, escreva simplesmente
“atualmente”.
– Alguns exemplos de condicionante de tempo:
A II Guerra Mundial teve seu início em 1939, com a invasão da Polônia pela
II Guerra mundial
Alemanha, indo até 1945, com a rendição do Japão.

O II Império do Brasil iniciou-se em 1840, com a declaração de maioridade de D.


Pedro II, e teve o seu término em 15 de novembro de 1889, quando a
Brasil, II Império
monarquia constitucional parlamentarista vigente foi derrubada pela
proclamação da república brasileira.

A Guerra do Paraguai estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870,


Guerra do Paraguai iniciando-se com a invasão da província brasileira de Mato Grosso pelo exército
do Paraguai e terminando com a morte de Solano López.

– Em relação ao espaço, você deve dizer onde se passa o fato e o contexto no qual ele se enquadra.
– Alguns exemplos de condicionante de espaço:
A África, continente situado ao sul do Mar Mediterrâneo, entre os Oceanos
África
Pacífico e Índico...

Brasil O Brasil, país continental, situado no coração da América do Sul...

Portugal Portugal, país situado na Península Ibérica, no sudoeste da Europa...

Bolívia, Chile e Peru são países sul americanos localizados, respectivamente, no


Guerra do Pacífico
centro oeste, sudoeste e oeste do continente.

3º §: OUTRAS IDEIAS, DESTACANDO, etc.


– Nesse parágrafo você pode dar um conceito importante para o desenvolvimento da sua questão, pode explicar
como a divisão do desenvolvimento será feita, deve explorar alguma ideia do “destacando” da questão, caso haja,
etc.
– SEMPRE que houver um verbo no gerúndio você deverá tratar disso neste 3º parágrafo.
– Alguns exemplos:
Analisar a participação da Colômbia, Peru e Bolívia no tráfico internacional de
Questão drogas, nos campos político e econômico, concluindo sobre suas implicações
para o Brasil.
O tráfico internacional de drogas é uma atividade ilegal, de abrangência
mundial, que contempla desde a produção da droga e seu transporte, como a
3º Parágrafo
sua distribuição para o consumidor final. É também conhecido como
narcotráfico.

“O Brasil superou o Reino Unido e ocupa agora o posto de sexta maior economia do
mundo, reportou o jornal britânico de Guardian, citando uma equipe de economistas. A
crise bancária de 2008 e a subsequente recessão deixou o Reino Unido no sétimo lugar
em 2011, atrás da maior economia na América do sul, que cresceu rapidamente no
Questão rastro das exportações para a China e o extremo oriente” (Clarissa Mangueira, Isto é
Dinheiro).
Justifique a afirmativa acima, destacando a participação da indústria e do
comércio na elevação da posição econômica do Brasil em relação ao cenário
internacional.
Dessa forma, o produto interno bruto (PIB) brasileiro, termo que se refere a
3º Parágrafo toda riqueza produzida pelo país, atingiu o patamar de US$ 2,3 trilhões,
colocando o Brasil na sexta posição mundial. Esse desempenho ocorreu
(destacando) basicamente pelo desempenho de três setores: agropecuária, indústria e
serviços.

Caracterizar as causas da crise de 1929 nos EUA e as consequências geradas


Questão pelo programa de recuperação econômica denominado historicamente de
“New Deal” (Novo Acordo) (1929-1939).
A crise de 1929 repercutiu de diferentes formas em vários países do mundo, só
não se fazendo sentir na Rússia, que vivia uma economia fechada à época. O
3º Parágrafo
“New Deal”, programa implementado pelo Presidente Roosevelt, influenciado
pelo “Keynesianismo”, foi a resposta para o problema.

4º §: PARÁGRAFO DE LIGAÇÃO
– Não perca tempo aqui! Nesse parágrafo você vai simplesmente escrever “Será analisado...” ou “A seguir será
apresentado...” ou “Este trabalho tem por objetivo caracterizar...” etc, e vai repetir a questão. Justamente por
isso esse parágrafo também é chamado de “Ligação burra”.

2. DESENVOLVIMENTO

– Cada parágrafo, com cerca de cinco linhas, deve responder ao enunciado da questão.
– Ao longo do desenvolvimento você deve fazer ligações com as ideias da conclusão (aquelas da parte “A” da
esquematização).

a. Divisão da questão
– De maneira geral, nas questões da ND Análise (Analisar, Comparar e Estudar) você dividirá o
desenvolvimento em duas partes: “a” e “b”.
– Quando a questão solicitar a análise (ou o estudo ou a comparação) em campos do poder, esses serão a
divisão da questão. Quando isso não ocorrer, via de regra a divisão será de fácil percepção no enunciado.
Exemplo:
Governo lança MP que cria incentivos para a Indústria Nacional de Defesa.
“A Presidenta da República, Dilma Roussef, assinou, em cerimônia no Palácio do Planalto, medida
provisória que estabelece mecanismos de fomento à indústria Brasileira de Defesa. Segundo a
presidenta, a indústria de defesa incentiva todas as cadeias industriais de alta tecnologia, além de ter
função estratégica para o país. Em função da extensão de nosso território e do tamanho de nossas
riquezas, o setor de defesa é imprescindível para a manutenção de nossas soberanias”. (Sítio do Min
Def - Notícias do MD -29/09/2011 – DEFESA)
Analisar a situação atual das indústrias de base e de transformação do Brasil, concluindo sobre as
condições para o incremento da Indústria Nacional de Defesa (IND).
– A divisão natural dessa questão é: a) Indústria de base e b) Indústria de transformação.
– Mas só divida sua questão em campos do poder quando for pedido, a fim de não limitar sua resposta aos dois,
porventura, escolhidos.
NOTA

Embora a divisão em duas partes seja a mais comum, não se surpreenda se a questão
“pedir” para dividir em três partes, como aconteceu na 1ª questão de história do CA/ECEME
2012, cuja análise era claramente sobre três situações distintas: a) Guerra da Tríplice
Aliança, b) Guerra do Pacífico e c) Conflito do Alto Cenepa:

“A criação da União Sul-americana de Nações (UNASUL) muda a geopolítica da América do


Sul, tornando os países-membros mais fortes e mais soberanos” (Presidente Luis Inácio Lula
da Silva -26 Maio 08)

À luz da evolução histórica da América do Sul, analisar, no campo político, os seguintes


conflitos bélicos ocorridos nos séculos XIX e XX – Guerra da Tríplice Aliança (entre Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai), Guerra do Pacífico (entre Peru, Bolívia e Chile) e Conflito do
Alto Cenepa (entre Peru e Equador) – concluindo sobre os reflexos desses conflitos para a
consolidação da UNASUL.

b. Conclusão parcial (CP)


– Ao final de cada uma das partes de uma questão da ND Análise (Analisar, Comparar e Estudar), você deve
escrever uma CONCLUSÃO PARCIAL.
– No ANALISAR, ela deve trazer uma ideia nova sobre o que foi analisado até então.
– No ESTUDAR, a CP é um resumo de TODAS as ideias analisadas na respectiva parte, tanto do infinitivo como
do gerúndio, sendo que você DEVE DESTACAR dentre elas aquela(s) ideia(s) que julgue essencial(ais) para o bom
entendimento do assunto. Faça isso usando o verbo "destacar" e/ou "ressaltar".
– No COMPARAR a CP deve trazer um juízo de valor. Qual dos elementos comparados foi o melhor? Houve
equivalência entre ambos? Qual é mais vantajoso? Mas cuidado: não adiante a CF!
– Exemplo:
Analisar a atual política externa brasileira com os países da América do Sul, concluindo sobre os aspectos
que favorecem sua liderança neste subcontinente.
– Liderança na criação do MERCOSUL (1991) e UNASUL (2008);
Ideias levantadas na – Baixo perfil em negociações (Paraguai/Itaipu); (Bolívia/hidrocarbonetos);
ESQUEMATIZAÇÃO: – Protagonismo em assuntos de defesa territorial conjunta do subcontinente;
– Participação na solução de conflitos no subcontinente (Equador-Peru).
Conclui-se parcialmente que é possível notar que a atual política externa
brasileira, nos campos político e militar, tem contribuído para a integração sul-
Conclusão parcial:
americana. Tais aspectos beneficiam a posição de liderança brasileira no
subcontinente.
Ideia nova
• Observe que há uma resposta para a análise feita (a atual política externa brasileira, nos campos político e
militar, tem contribuído para a integração sul-americana) e uma “deixa” para a conclusão final (Tais
aspectos beneficiam a posição de liderança brasileira).
c. Quanto à ND compreensão (APRESENTAR, JUSTIFICAR e CARACTERIZAR)

CARACTERIZAR Visa expor as características de algo. Trata-se de dizer COMO É algo.

Significa explicar ou esclarecer o


APRESENTAR Trata-se de dizer O QUE É ou QUAIS SÃO.
significado da ideia citada.
Visa expor as justificativas de algo, as
JUSTIFICAR Trata-se de dizer o PORQUÊ de algo.
razões, tornar justa uma ideia.

 Cada novo tópico é escrito com um título, que normalmente é uma frase. Para esse título observe a regra
do “_ÃO” e do “_ENTO”  Inicie a frase usando verbos transformados em substantivos com essas terminações.
Exemplos:
• Lançamento do Plano Real.
• Globalização da crise.
• Especulação na bolsa de valores.
• Estabelecimento de pensões para os aposentados.

DAMEPLAN
Raciocine com algo em torno de 15 (quinze) ideias, bem argumentadas, para responder as
questões desse ND.

3. CONCLUSÃO
– A conclusão é composta das seguintes partes:
• “RIC” ou Retorno à Ideia Central;
• Síntese;
• Conclusivas finais (com normalmente mais de um parágrafo);
• Fecho.
– Os ND COMPREENSÃO não possuem esta parte que é inerente apenas aos ND ANÁLISE.
– JAMAIS conclua sobre alguma idéia que NÃO conste do DESENVOLVIMENTO ou, até mesmo, da INTRODUÇÃO.

1º §: Retorno à Ideia Central (RIC).


– Aqui o importante é retomar a Ideia Central com um novo enfoque, ou seja, considerar tudo que foi
abordado no DESENVOLVIMENTO para apresentá-la com novo significado para o leitor. Não escreva esse
parágrafo igual ao primeiro da introdução!
2º §: Síntese (“Resumo” na Servidão Estudar).
– É difícil de chegar à SÍNTESE. Nas servidões Analisar e Comparar, ela deve ser caracterizada como uma
“descoberta” natural do leitor após ler toda a argumentação contida no desenvolvimento. Deve ser uma ideia
NOVA e LÓGICA das conclusões parciais, sem repetir aquilo que já foi escrito e sem se tornar um mero resumo
das CP.
– No início do parágrafo use a expressão “Em síntese...”
– Na servidão Estudar, esse parágrafo será um resumo das ideias essenciais contidas nas Conclusões Parciais 1 e
2, não devendo trazer nada de novo aqui.
– Nesse caso, o “Em síntese...” é substituído por “Em resumo...”

3º § (e 4º §): Conclusivas finais (CF).


– As conclusivas finais (CF) referem-se às ideias analisadas (ou estudadas) como objeto da servidão (verbo no
infinitivo).
– No caso das servidões ANALISAR e COMPARAR, o autor apresenta uma NOVA IDEIA, conclusiva e deduzida a
partir das Conclusões Parciais(CP). NÃO é resumir ou fazer um sumário ou repetir as mesmas ideias ou parte delas
das CP com outras palavras. Muito menos é apresentar uma nova CP para cada uma das partes já analisadas. O
parágrafo deve ser coerente com as ideias das CP e para que isto ocorra, deve-se primeiro construir a CF, para
depois montar as CP (ver Esquematização).
– O caso da servidão ESTUDAR, não existe ideias novas e conclusivas na sua CF. O autor deve simplesmente
selecionar as principais ideias que estudou em cada uma das partes do DESENVOLVIMENTO (as chamadas ideias
essenciais) e fazer um resumo delas com o intuito de reforçar resumos apresentados em cada uma das
Conclusões Parciais (CP).
– No início desses parágrafos NÃO UTILIZE a expressão: “Conclui-se que...”
Obs: Pode haver um parágrafo com as ideias que respondem a condicionante da servidão “destacando”. Aí, nesse
parágrafo serão apresentadas ideias que foram, obrigatoriamente, trabalhadas ao longo das partes do
Desenvolvimento respondendo a essa condicionante do gerúndio.

5º (ou 6º §): Fecho.


– Ideia conclusiva do trabalho. Ela se refere OBRIGATORIAMENTE ao objeto da servidão (verbo no infinitivo).
– Não escreve nada que suscite indagações, discussões ou dúvidas aqui! Esse parágrafo é feito para fechar
questão e não deve dar brechas para uma nova análise.
– No início do parágrafo use a expressão: “Por fim, pode-se dizer que...” ou “Finalmente, pode-se dizer que...”
PALAVRAS DE APOIO
– O texto deve que fluir, precisa ser agradável à leitura. Daí cresce de importância conhecer palavras que liguem
as ideias e conectem os parágrafos – são as palavras de apoio. Selecione algumas delas e passe a utilizá-las em
seu treinamento a fim de que “entrem na massa do sangue”, incorporando-se à sua maneira de escrever.

DESTACAR enfim, entretanto, com o propósito de,


... destaca-se, mais uma vez, logo, embora, para que,
... imediatamente, apesar de, a fim de que
Destaca-se também ... a princípio, ainda que,
... destaca-se o fato de que, ... pouco antes, mesmo que, LUGAR, PROXIMIDADE,
... destaca-se o caso ... pouco depois, posto que, DISTÂNCIA
... destaca-se não apenas por anteriormente, conquanto, perto de,
(...), como também por ... posteriormente, se bem que, próximo a ou de,
Deve-se destacar ... em seguida, por mais que, junto a ou de,
Também se destaca ... afinal, dentro,
... , na qual se destaca ... agora, CONDIÇÃO, HIPÓTESE fora,
... no sentido de destacar ... atualmente, se, mais adiante,
hoje, caso, aqui,
CARACTERIZAR frequentemente, eventualmente além,
... parecem caracterizar-se ... constantemente,
A (instabilidade) continua a eventualmente, ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
caracterizar (a região). por vezes, além disso, RESUMO, RECAPITULAÇÃO,
... permitem caracterizar ... ocasionalmente, (a)demais, CONCUSSÃO
... caracterizando-se por ... ao mesmo tempo, outrossim, em suma,
... que vêm caracterizando simultaneamente, ainda mais, em síntese,
o(a) ... nesse ínterim, ainda por cima, em conclusão,
... tem característica de ... nesse meio tempo, por outro lado. enfim,
... pela sua característica ... enquanto, e, em resumo,
A principal característica quando, não só, portanto,
da(o) ... antes que, mas também assim,
Esta característica ... depois que, dessa forma,
... , e tomando em logo que, DÚVIDA dessa maneira,
consideração as sempre que, talvez, logo,
características ... assim que, provavelmente, pois
desde que, possivelmente,
CONCLUIR todas as vezes que, é provável, CAUSA E CONSEQUÊNCIA,
Conclui-se assim que, ... EXPLICAÇÃO
Conclui-se, pois, que ... COMPARAR CERTEZA, ÊNFASE por consequência,
Conclui-se, portanto, que ... igualmente, por certo, por conseguinte,
O que se conclui é que ... da mesma forma, certamente, como resultado,
Mais uma vez se conclui que, assim também, inquestionavelmente, por isso,
... puderam levar a concluir do mesmo modo, sem dúvida, por causa de,
que... semelhantemente, com toda a certeza em virtude de,
De tudo isto se conclui ... analogamente, assim,
Concluindo, ... por analogia, SURPRESA, IMPREVISTO de fato,
... concluindo-se assim ... de maneira idêntica, inesperadamente, com efeito,
Para concluir, ... de acordo com, de súbito, porque,
sob o mesmo ponto de vista, subitamente, porquanto,
PRIORIZAR tal qual, de repente, pois,
em primeiro lugar, tanto quanto, surpreendentemente que,
antes de mais nada, assim como, já que,
primeiramente, bem como, ILUSTRAÇÃO uma vez,
acima de tudo, por exemplo, visto que,
precisamente, CONTRASTE, OPOSIÇÃO, isto é, como (= porque),
principalmente, RESTRIÇÃO, RESSALVA quer dizer, portanto,
primordialmente, pelo contrário, em outras palavras, logo,
sobretudo em contraste com, a saber, pois (posposto ao verbo),
salvo, ou seja que (= porque)
TEMPO (frequência, duração, exceto,
ordem, sucessão, menos, PROPÓSITO, INTENÇÃO,
anterioridade, mas, FINALIDADE
posterioridade) contudo, com o fim,
então, todavia, a fim de,
“FOTOGRAFIA” DA PROVA
Em caixa alta, na
segunda linha da
1ª QUESTÃO folha, pois a primeira
é como se fosse a
Pular 02 linhas
margem.

1. INTRODUÇÃO (Caixa alta)


Pular 01 linha
A residência situa- se na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca. A
rua é arborizada e a vizinhança de muito bom nível e amistosa, o que valoriza,
sobremaneira, a localização da casa.
O acesso é fácil, seja de carro ou de ônibus, pois as ruas que ligam o
bairro, tanto ao centro da cidade quanto à região das praias, são espaçosas e
garantem um bom fluxo de trânsito a qualquer hora do dia ou da noite.
Este trabalho visa a apresentar uma visão detalhada dos aspectos do
interior e do exterior de uma típica residência de bairro da capital carioca.
Pular 02 linhas

2. DESENVOLVIMENTO (Caixa alta)


Pular 01 linha
a . Aspectos externos (Sublinhado com a inicial maiúscula. Após “letra, ponto”, não pular linha)
1) Estilo (Após “número, capote”, também não pular linha)
Apesar de construída por uma família de origem alemã, a casa
possui linhas arquitetônicas que fazem com que se assemelhe às antigas
sedes de fazendas encontradas no sul dos Estados Unidos da América
(EUA), no século passado, o que leva, a quem não conhece, a achar que os
moradores são oriundos daquela parte do mundo.
2) Conservação
Segundo os registros do Cartório de Imóveis, a casa foi construída ...

IMPORTANTE
Quando terminar a 1ª questão (após o “fecho” da conclusão), inicie a 2ª questão
em uma nova folha, pois a sua prova será separada para a correção.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES...

– Uma “impressora pdf”. Quando encontrar um bom site para estudo, “imprima” a página em pdf e salve no seu
computador. É a maneira mais simples e fácil para voltar a acessá-la a fim de estudar depois! O próprio Foxit
Reader já vem com essa capacidade.
– Use um serviço para armazenamento de arquivos na “nuvem” a fim de guardar tudo o que se refere ao seu
estudo. Dessa forma você pode acessar os seus papiros de qualquer computador, em qualquer lugar e a qualquer
hora. Além disso, pode compartilhá-los com os companheiros de estudo. Quando houver uma atualização, todos
vão ficar sabendo de imediato. Eu usei o Dropbox.
– O estudo em grupo é fundamental para o sucesso. Independente do seu estilo de estudo, procure formar um
bom grupo, não muito grande, de camaradas dedicados e focados no concurso. As chamadas “gaivotas mães”
nascem desse estudo!
– Faça uma prova por semana, religiosamente. O treinamento é importante! O concurso da ECEME é igual ao TAF.
Se você treinar bastante terá grandes chances de se sair bem no dia. "Não há nenhum segredo para o sucesso. Ele
é o resultado de preparação, trabalho duro e aprender com os erros." (Gen Colin Powell)
– Encontre alguém para corrigir suas provas. O principal aspecto positivo dos cursinhos é justamente esse. O
camarada vai te dizer se você está no caminho e o que é preciso fazer para melhorar. Não se preocupe se o
combatente estiver longe, pois basta “escanear” a prova e enviá-la por e-mail. Só tome o cuidado de escolher o
modo “preto e branco” do scanner, caso contrário o arquivo ficará muito pesado.
– Escolha a melhor caneta para você. Pode parecer besteira, mas uma boa caneta faz a diferença para quem vai
escrever no mínimo cerca de 10 páginas por semana bem como realizar um concurso tão importante. Eu gostei da
escrita da Uniball Signo 307. Ela é excelente! A única pane é que cada caneta dessas dura duas e meia provas de
treinamento.
• Obs: no dia do concurso, tenha mais de uma caneta, exatamente igual, para o caso da caneta em uso
acabar no meio da prova. Com isso, não haverá diferença no tom da tinta quando você lançar mão da
caneta reserva.

Cel Cav BOMFIM/94

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