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Orçamento Público
Material Teórico
Receita Pública
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Receita Pública
• Conceito
• Classificação
• Estágios da receita pública
• Receita pública e a LRF
• Receita da dívida ativa
• Aspecto contábil da inscrição e arrecadação da dívida ativa
OBJETIVO DE APRENDIZADO
··Adquirir conhecimentos sobre a receita pública, sobre os ingressos
extraorçamentários e sobre os débitos dos contribuintes para com
o Estado.
ORIENTAÇÕES
Olá, aluno (a)!
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará as
atividades de Avaliação, uma Atividade Reflexiva e a videoaula. Cada material
disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado, por favor, estude
todos com atenção!
UNIDADE Receita Pública
Contextualização
Desde que o homem decidiu viver em sociedade, as tarefas foram delegadas pelo
bem de todos. Na Pré-História, a partir do momento em que se elegia ou surgia um
representante, um líder, ele era presenteado com caças e conquistas de terras, que
foram, posteriormente, assimilados em forma de tributos.
No período histórico, conhecido como Idade Antiga (entre 4.000 a.C. e 476
d.C.), os impostos (tributos) eram cobrados pelos imperadores e tiveram um papel
fundamental no financiamento dos exércitos.
Na Idade Média (entre 476 d.C. e 1.453 d.C.), a partir da queda do império
romano, as terras foram divididas, e passaram a ser chamadas de feudos. Cada feudo
possuía seu representante, o senhor feudal. A circulação de moeda era escassa, pois
não havia a figura do Estado. A forma de tributação mais comum, na época, era o
oferecimento de parte da produção e colheita realizadas pelos servos entregues ao
senhor feudal, e quem não pagasse o tributo poderia ser preso ou morto. No fim
da Idade Média, começaram as surgir as cidades em toda a Europa. Surgia uma
nova classe social: a dos comerciantes, industriais e banqueiros, denominada de
burguesia, que deriva de burgo, que significa cidade.
Por fim, a Idade Contemporânea, a partir da Revolução Francesa, cujo lema era
“liberdade, igualdade e fraternidade”, é o período no qual se consolidou o regime
capitalista no ocidente. A partir de então, observamos a forma de tributação incidir
das mais diversas formas, como, por exemplo, pela produção, sobre a renda, sobre
mercadorias e serviços, sobre operações financeiras, dentre outras formas.
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Conceito
Segundo o MTO (2015), as receitas públicas (sob a perspectiva orçamentária) são
ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se desdobram em receitas
orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário,
e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.
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Classificação
Segundo o MCASP (2015), O detalhamento das classificações orçamentárias da receita,
no âmbito da União, é normatizado por meio de Portarias da Secretaria de Orçamento
Federal (SOF), Órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
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Site do Instituto Legislativo Brasileiro / Interlegis (ILS) vinculado ao Senado Federal. O ILB
Explor
disponibiliza cursos a distância gratuitos aos cidadãos brasileiros que se interessem por
temas ligados a atuação legislativa, além de promover e fomentar pesquisas científicas
relacionadas ao Poder Legislativo e sua inter-relação com os demais poderes e instituições
democráticas, bem como disponibilizar o conhecimento produzido aos cidadãos por meio
de cursos abertos e outras iniciativas; fomentar, apoiar e assistir, com o necessário suporte
técnico, o processo de modernização do Poder Legislativo brasileiro, integrando-o em suas
instâncias federal, estadual e municipal, visando melhorar a comunicação e o fluxo de
informações entre os legisladores, bem como para aumentar a eficiência e a eficácia das
administrações das Casas Legislativas.
Disponível em: http://saberes.senado.leg.br
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Importante! Importante!
Previsão da Receita
Natureza da informação: orçamentária
D – 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão Inicial da Receita
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Lançamento da Receita (por competência)
Natureza da informação: patrimonial
D – 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber
Que o governo federal repassa para os municípios 50% da receita do ITR, do IPI e 22,5%
do IR e que os Estados repassam para os seus municípios 50% da receita estadual do
IPVA e 25% da receita estadual do ICMS? Essas são algumas das chamadas transferências
constitucionais, ou seja, obrigatórias. Portanto, caso diminua a arrecadação desses
impostos os municípios também são afetados. Entretanto, há uma outra possibilidade
de os municípios receberem recursos federais ou estaduais, são as transferências
voluntárias, que é a entrega de recursos a outro ente da Federação, a título de cooperação,
auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal
ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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[...]
Outra classificação, a da visão fiscal, foi criada após a edição da LRF de receita
e despesa primária e de receita e despesa não primária (financeira). É a informação
utilizada para apuração do resultado fiscal (resultado primário e resultado nominal)
do Ente Federativo. O superávit primário (resultado primário positivo) é a economia
realizada para o pagamento da dívida pública (MDF, 2014).
Receitas Não Primárias (Financeiras): são aquelas que não contribuem para o
resultado primário ou não alteram o endividamento líquido do Governo no exercício
financeiro correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um
direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo.
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Despesas Não Primárias (Financeiras): são aquelas que não pressionam o
resultado primário ou não alteram o endividamento líquido do Governo no exercício
financeiro correspondente, uma vez que criam um direito ou extinguem uma
obrigação, ambas de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo.
relevantes para tomada de decisão no setor público: o caso dos estados brasileiros” retrata
como a informação contábil auxilia no processo de tomada de decisão.
ALMEIDA-SANTOS, Paulo Sérgio; ROCHA, Irani; HEIN, Nelson. Utilização da entropia
informacional na seleção de indicadores financeiros mais relevantes para tomada de decisão
no setor público: o caso dos estados brasileiros. Perspectivas em Ciência da Informação, v.
19, n. 2, p. 83-105, 2014.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v19n2/07.pdf
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Anistia: é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa
à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por
este anteriormente à vigência da lei que a concedeu. A anistia não abrange o
crédito tributário já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência
também já havia ocorrido.
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De acordo com o art. 40 da Lei nº 4.320/1964, “São créditos adicionais as
autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento”.
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A inscrição em dívida ativa deverá ser realizada por meio de um dos dois
procedimentos a seguir, conforme o nível de controle desejado pelo ente:
a. Procedimento de Registro 1: utiliza contas de controle para acompanhar todo
o processo de inscrição do crédito em dívida ativa, desde o inadimplemento
até a efetiva inscrição. Requer uma maior integração entre as diversas etapas
e unidades envolvidas.
b. Procedimento de Registro 2: haverá registro contábil apenas no momento
da efetiva inscrição dos valores em dívida ativa, dispensando o uso de contas
de controle. Este procedimento deve ser utilizado quando houver dificuldade
de integração entre as diversas unidades participantes do processo.
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UNIDADE Receita Pública
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Manual técnico de orçamento MTO - Capítulo 4 – Receita
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de
Orçamento Federal. Manual técnico de orçamento MTO. Edição 2016. Brasília:
SOF, 2015.
http://goo.gl/6daVaO
Manual de contabilidade aplicada ao setor público - Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais –
Capítulo 2 – Composição do Patrimônio Público
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de
contabilidade aplicada ao setor público. 6. ed. Brasília: Secretaria do Tesouro
Nacional, Subsecretaria de Contabilidade Pública, Coordenação-Geral de
Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação, 2015.
http://goo.gl/QZPxHr
Os incentivos fiscais no Brasil.
NELSON, Rocco Antonio Rangel Rosso. Revista de la Facultad de Ciências
Económicas, Universidad Nacional del Nordeste, n.13, p. 72-41, 2014.
http://goo.gl/qsqPS5
Planejamento, transparência, controle social e responsabilidade na administração pública após o advento
da lei de responsabilidade fiscal.
SALES, Tainah Simões; MARTINS, Ana Laís Pinto. Nomos, v. 34, n. 1,
p. 241-257, 2014.
http://200.129.29.202/index.php/nomos/article/download/1212/1176
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Referências
ALA-HARJA, M.; HELGASON, S. Em direção às melhores práticas de avaliação.
Revista do Serviço Público, Brasília, v. 51, n. 4, p. 5-59, out./dez. 2000.
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