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Impresso por Elvis, CPF 117.004.694-01 para uso pessoal e privado.

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1 - BASES HISTÓRICAS DA CONTABILIDADE


A contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Existem diversos registros em que as civilizações antigas
já possuíam um esboço de técnicas contábeis. Em termos de registro histórico é importante destacar a obra Summa
de Arithmetica, Geometrica, Proportioni et Proportionalita, do Frei Luca Pacioli, publicado em Veneza em 1494
(pouco depois da invenção da imprensa e um dos primeiros impressos no mundo).

Esta obra descreve, num dos seus capítulos, um método empregado por mercadores de Veneza no controle de suas
operações, posteriormente denominado método das partidas dobradas ou método de Veneza.

Nos séculos seguintes ao livro de Pacioli a contabilidade expandiu sua utilização para instituições como a Igreja e o
Estado e foi um importante instrumento no desenvolvimento do capitalismo, conforme opinião de importantes
estudiosos como o sociólogo Max Weber. No entanto as técnicas e as informações ficavam restritas ao dono do
empreendimento, pois os livros contábeis eram considerados sigilosos.

Isto limitou consideravelmente o desenvolvimento da ciência uma vez que não existia troca de idéias entre os
profissionais. Mais recentemente, com o desenvolvimento do mercado acionário e a fortalecimento da sociedade
anônima como forma de sociedade comercial, a contabilidade passou a ser considerada também como um
importante instrumento para a sociedade.

Diz-se que o usuário das informações contábeis já não é mais somente o proprietário; outros usuários hoje também
tem interesse em saber sobre uma empresa: sindicatos, governo, fisco, investidores, credores etc.

1.1 - IMPLANTAÇÃO NO BRASIL


Foi implantada por D João VI, quando da transferência da Corte de Portugal para cá. No entanto, com o passar do
tempo, foi relegada a segundo plano na administração pública, sendo revivida por D Pedro I por ocasião do I Império.

Em 1914, após um período de esquecimento na República, o Brasil, necessitando de um empréstimo do exterior,


recorreu ao governo inglês que, dentre as exigências para liberação do mesmo, solicitou uma demonstração da
receita e despesa da União.

Às pressas, foram reunidos alguns técnicos em finanças que elaboraram o Sistema de Contabilidade Pública que é
utilizado até os dias de hoje, observando-se, é claro, as mudanças legais ocorridas nesse período.

Atualmente, a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) impõe o modelo contábil empregado por todos os tipos
de empresa, sejam elas de qualquer espécie.

2 - CONCEITO DA CONTABILIDADE
“A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio em suas variações quantitativas e qualitativas, tratando das
funções, do cálculo , do registro e análise destas variações.”

3 - A FINALIDADE DA CONTABILIDADE

A finalidade da contabilidade é registrar, controlar e demonstrar os fatos ocorridos no patrimônio, objetivando fornecer
informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da
riqueza patrimonial.

4 - OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
Objetivo da contabilidade é planejar e colocar em prática um sistema de informação para uma organização, com ou
sem fins lucrativos.

5 – OBJETO
O objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio. O patrimônio, que é um conjunto de bens, direitos e obrigações
vinculadas a uma pessoa física ou jurídica, é o elemento sobre o qual se exercitam as funções contábeis. A
Contabilidade atua sobre este conjunto de valores, acompanhando sua evolução, suas variações e os efeitos da ação
administrativa.
Como pessoa física define a pessoa natural, o indivíduo, o ser humano. Pessoa jurídica é a pessoa de existência
abstrata, pessoa moral. A pessoa jurídica vem da reunião de duas ou mais pessoas físicas que se associam para um
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determinado fim, assinando um contrato, que é arquivado em repartição pública especializada, como por exemplo:
Junta Comercial Estadual, Cartório de Notas, etc.

6 – CAMPO DE ATUAÇÃO

O campo de atuação da Contabilidade é muito amplo, visto que a complexidade das atividades industriais, agrícolas,
comerciais, bancárias e de prestação de serviços no mundo de hoje, fez com que inúmeros registros e controles
fossem criados.

A Contabilidade capta, registra e interpreta fatos que afetam as situações patrimoniais, financeiras ou econômicas, de
qualquer entidade.

7 - CARACTERÍSTICAS DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

Clara e Objetiva: a empresa se baseia nela para atingir seus objetivos, e de fácil compreensão para seus usuários,
que podem ser conhecedores do assunto ou não.

Precisa: sem erros, que levem o administrador/gestor a tomar decisões equivocadas.

Tempestiva: A informação deve servir de apoio em tempo oportuno, na ocorrência do fato, para que medidas sejam
tomadas a tempo.

8 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Assim, a pessoa física, a empresa, a entidade de fins não-lucrativos e as pessoas de Direito Público, como os órgãos
pertencentes à administração direta, somente controlam seus patrimônios, atingem seus fins e são passíveis de uma
boa administração utilizando-se da Contabilidade.

Ex: Empregados da empresa, Sócios e acionistas, Administradores e outros responsáveis pelas decisões,
Fornecedores e emprestadores de dinheiro, Governo, Pessoas em Geral.

9 - LEGISLAÇÃO QUE REGULA A CONTABILIDADE


1. Lei n. 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações):

Dispõe em seus artigos sobre os critérios a serem adotados na elaboração das demonstrações financeiras dando-se
destaque a escrituração, grupos do Ativo e Passivo e respectivas funções de contas.

1. Decreto-lei n. 1.598/76

Regulamenta as normas impostas pela Lei 6.404/76.

1. Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC

Constituem-se em disposições que servem de orientação técnica ao exercício profissional.

10 – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Conceito: Princípio é uma premissa, uma verdade absoluta e inquestionável. O Princípio Contábil é a condição
essencial para que a Contabilidade exista.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

Resolução CFC nº 750/93


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O conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC nº 750/93 definiu os Princípios Contábeis aplicáveis
às Demonstrações Contábeis. São:

a) o da ENTIDADE;

b) o da CONTINUIDADE;

c) o da OPORTUNIDADE;

d) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

* e) o da AUTALIZAÇÃO MONETÁRIA;

f) o da COMPETÊNCIA;

g) o da PRUDÊNCIA.

Princípio da Entidade

O princípio da Entidade reconhece o Patrimônio Líquido como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

Exemplo: Sr. Manoel é dono da empresa A, ele não pode contabilizar pagamentos de sua residência a título de
despesas na sua empresa, porque as entidades não se confundem.

Princípio da Continuidade

A Continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da
classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

O Princípio da Continuidade determina o prazo de duração da empresa, porém apesar de muitas empresas não
terem um prazo de encerramento determinado, muitas optam pelo seu encerramento, pois não apresentam razões
favoráveis para continuar suas atividades.

Exemplo: A empresa do Sr. Manoel, quando foi constituída, informou que seu prazo de duração era indeterminado,
porém, diante de dificuldades econômicas enfrentadas na sua administração, pode requerer-se o seu fim, mesmo
esperando-se, na sua constituição, uma continuidade das atividades da empresa por muitos anos.

Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e


das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das
causas que as originaram.

Exemplo: o contador do Sr. Manoel deve registrar os fatos contábeis de encerramento da empresa X, na data de sua
ocorrência, de maneira íntegra e tempestiva, para que seus usuários, com base nessas informações, também
registrem esses fatos nas suas empresas.

Princípio do Registro pelo Valor Original

Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior,
expressos a valor presente na moeda do país.
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Exemplo: Sr. Manoel comprou uma moto no valor de R$ 8.000,00 e financiou este valor em 12 meses, pagando R$
200,00 de juros por me. O contador

irá registrar o bem (moto) pelo seu valor original de R$ 8.000,00 e não pelo valor total que será pago. Cabendo os
registros de juros serem feitos quando se realizarem.

* Princípio da Atualização Monetária

Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis
através do ajuste da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. (Este princípio vigorou até o final
do exercício de 1995, quando as empresas foram proibidas do uso da correção monetária em suas Demonstrações
Contábeis.)

Exemplo: quando o Sr. Manoel comprou a moto, seu valor era de R$ 8.000,00, porém, este bem (a moto) tem uma
alteração do seu valor original se comparado com seu preço de mercado atual. Logo, o contador deve atualizar
monetariamente esse ativo.

Princípio da Competência

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrer, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

Exemplo: O Sr. Manoel deve registrar na Contabilidade a compra da moto na data da sua realização,
independentemente de ter pagado o valor total ou não.

Princípio da Prudência

Exemplo: a Sra. Matilde comprou ações pelo valor de R$ 5.000,00, porém, quando comparou com o preço de
mercado percebeu que essas ações valiam R$ 5.500,00. O registro contábil conforme o Princípio da Prudência
determina que esse valor de ATIVO seja registrado pelo menor valor, ou seja, R$ 5.000,00.

11 - O PATRIMÔNIO

O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliáveis, em moeda pertencente a uma pessoa física ou
jurídica; e bens como coisas materiais capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação
econômica.

11.1 - BENS: São valores materiais de propriedade da empresa que estão em sua posse. Como exemplos, podemos
citar: o dinheiro no cofre, as máquinas e ferramentas, as mercadorias no estoque, etc. Dividem-se em:

 Bens materiais ou tangíveis: Os bens materiais ou tangíveis são aqueles de existências físicas, palpáveis ao
homem, tais como:

1. Edifícios e todas as construções necessárias à empresa;

2. A maquinaria e os instrumentos;

3. Os móveis e utensílios;

4. Os meios de transportes.

 Bens imateriais ou intangíveis: Os bens imateriais ou intangíveis são aqueles que, servindo a vários exercícios
financeiros não estão representados por qualquer elemento material, pois não possuem corpo, não tem matéria. A
saber:
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1. Patentes de invenção;

2. Marcas;

3. Direitos autorais;

4. Fundo de comercio (goodwil) etc.

OUTRAS DENOMINAÇÕES PARA OS BENS:

1. Bens Numerários:Entendem-se como bens numerários o dinheiro e tudo aquilo que pode se transformar em
dinheiro imediatamente. Estão neste grupo as ‘ordens de pagamento’, os cheques a receber os vales postais a
receber, os depósitos bancários de livre movimento, etc.

1. Bens de Venda:

Os bens de venda estão ligados aos objetivos da empresa e se constituem na principal função de uma entidade de
fins lucrativos. Dizemos que os bens de venda constituem o objetivo do negócio. Assim temos, de acordo com o tipo
da empresa, um bem de venda próprio, a saber:

a) Mercadorias, nas empresas comerciais;

b) Produtos, nas empresas industriais;

c) Títulos de Renda, nas empresas de investimentos;

d) Imóveis, nas empresas imobiliárias.

Não importa as qualidades específicas que estes bens irão ter em outros Patrimônios, mas sim para aquele que os
vende com objetivo de lucro.

Portanto, um imóvel comprado, pode servir para a empresa compradora como uma imobilização ou um bem fixa, mas
para a empresa imobiliária, que tem como objetivo a compra e venda de imóveis, será sempre um bem de venda.

Para a empresa que comprou uma mesa para uso de seu escritório, aquele é um bem fixo, mas para a loja que
vendeu, trata-se de um bem de venda.

1. Bens de Renda:

Podemos dizer que este tipo de bem é exatamente o contrário do anterior, ou seja, os bens de venda.

Se aqueles constituem o objeto do negócio, estes são exatamente o inverso, ou seja, não se enquadram nas
atividades normais de uma empresa, embora contribuam para o enriquecimento do Patrimônio Líquido.

Assim, numa empresa mercantil, o objetivo de seu negócio é comprar e vender mercadorias e obter, como é lógico,
com estas transações o lucro, mas se uma empresa desse gênero adquire ações de outra Companhia, está
adquirindo bem de renda, ou seja, bens que lhe proporcionarão uma receita extraordinária, acessória àquela que se
destinam.

1. Bens de Uso: São os elementos a serem utilizados exclusivamente no dia a dia de trabalho da Organização, como
por exemplo, computadores, balcões, prateleiras etc.

11.2 - DIREITOS - são os valores de propriedade da empresa que estão na posse de terceiros. Este grupo
compreende os valores numerários cujo recebimento está sujeito em um prazo determinado.
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Todas as transações econômicas entre as empresas são traduzidas em moeda corrente e se resumem em
recebimento e desembolso de valores numerários.

Mas nem sempre estas transações são feitas pela troca imediata por dinheiro e gera daí um direito para aqueles que
entregaram algo e que deveriam receber em troca seu correspondente em dinheiro, como o dinheiro depositado no
banco, valores a receber de terceiros por vendas efetuadas a prazo, etc.

Esses Direitos geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a Receber.

Elemento Expressão

Duplicatas a receber

Promissóriasa receber

Aluguéis a receber

11.3 - OBRIGAÇÕES - são os valores que estão na posse da empresa, mas que são de propriedade de terceiros,
como os empréstimos bancários, os impostos a pagar, os valores a pagar referente a compras efetuadas a prazo,
etc.

Essas Obrigações geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a Pagar.

Elemento Expressão

Duplicatas a pagar

Promissóriasa pagar

Aluguéis a pagar

O Patrimônio está dividido em duas partes: Ativo e Passivo. No ativo estão os bens e direitos, e, no passivo, as
obrigações. A diferença entre o ativo e o passivo denomina-se Patrimônio Líquido, que na representação patrimonial
às empresas aparece vinculado ao passivo, e chamamos de equação patrimonial ou equilíbrio patrimonial.

ATIVO PASSIVO

Bens

+ Obrigações

Direitos

Patrimônio Líquido

Total Total

Dizemos que o patrimônio líquido (PL) representa a diferença entre o ativo e passivo. Por exemplo.

ATIVO PASSIVO
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R$ 2.000,00 R$ 200,00

PL: R$ 1.800,00

Total: 2.000,00 Total: 2.000,00

11.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

Patrimônio

Bens Obrigações

Direitos

12 - SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS

Sob o aspecto contábil, o patrimônio é composto do ativo e passivo. Denomina ativo ao conjunto de bens e direitos e,
de passivo ao conjunto das obrigações.

Como podemos verificar, existem dois tipos de obrigações para as empresas: as obrigações para com terceiros
(fornecedores) e as obrigações para com os sócios (capital). Estas últimas são a partes que realmente pertence aos
proprietários, a qual chama de Situação Líquida ou ainda Patrimônio Líquido.

A situação líquida modifica-se com o desenvolvimento das atividades da empresa, pois a ela serão somados os
lucros não distribuídos ou dela serão subtraídos os prejuízos.

Situações Líquidas Típicas:

No decorrer de suas atividades, pode a Organização apresentar três posições de situação líquida, como veremos a
seguir:

1. Situação Líquida Positiva: Ocorre quando os bens e direitos superam as obrigações para com terceiros, também
chamada de Positiva, Ativa ou Superavitária.

1. Situação Líquida Negativa: Ocorre quando as obrigações para com terceiros superam a soma dos bens e direitos.
Também conhecida como Negativa, Passiva, Deficitária ou Passivo a descoberto.

1. Situação Líquida Nula (ou compensada): Ocorre quando os bens e direitos se igualam às obrigações para com
terceiros.

13 - ASPECTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO

1. Aspecto Qualitativo

Este aspecto consiste em qualificar os bens, Direitos e Obrigações.

1. Aspecto Quantitativo

Este aspecto consiste em dar a esses Bens, Direitos e Obrigações seus respectivos valores, levando-nos a conhecer
o valor do Patrimônio da Organização. Assim:
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PATRIMÔNIO

ASPECTO ASPECTO ASPECTO


ASPECTO QUANTITATIVO
QUALITATIVO QUANTITATIVOQUALITATIVO

BENS OBRIGAÇÕES

Dinheiro R$ 10.000,00 Duplicatas a pagar R$ 7.000,00

Veículos R$ 45.000,00 Empréstimos a pagar R$ 3.000,00

Estoque(mercadorias) R$ 20.000,00 Impostos a pagar R$ 4.000,00

DIREITOS

Duplicata a receber R$ 2.000,00

Empréstimos a receberR$ 5.000,00

Obs: Com essas informações, é possível fazer uma idéia do tamanho do patrimônio da minha empresa, pois ficou
esclarecido o que e quanto e empresa tem em Bens, Direitos e Obrigações.

14 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
É o quarto grupo de elementos patrimoniais que, juntamente com os Bens, os Direitos e as obrigações, completarão
a Demonstração Contábil denominada Balanço Patrimoniais.

O total do grupo Patrimônio Líquido é igual ao valor da Situação Líquida da Organização. Assim, se Situação Líquida
for positiva, o total do grupo Patrimônio Líquido será igualmente positivo. Por outro lado, se a Situação Líquida for
negativa o total do grupo Patrimônio Líquido será igualmente negativo.

Ainda, se a Situação Líquida for nula, o grupo Patrimônio Líquido também refletirá essa situação.

Esse grupo, no Balanço Patrimonial de uma Organização, aparece sempre do lado direito, juntamente com as
Obrigações.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Bens Obrigações

Direitos Patrimônio Líquido

O patrimônio Líquido é composto pelos seguintes elementos:

1. Capital

2. Reservas

3. Lucros ou prejuízos Acumulados


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Na fase de constituição da Organização, o Capital representa o dinheiro entregue pelos sócios ou pelo proprietário
para formação do patrimônio inicial. Deste subgrupo, subtrai-se o capital a realizar, isto é, a diferença entre o capital
que consta do contrato e o capital efetivamente entregue pelos sócios;

As Reservas são formadas pela retenção de parte dos lucros da Organização, para utilizá-los futuramente no
aumento de seu capital;

Os Lucros Acumulados: é o principal objetivo das empresas. São a parte do lucro a que a empresa ainda não deu
destinação. Caso a empresa apresente prejuízos, o valor correspondente ao prejuízo deverá ser subtraído desse
grupo e classificado em prejuízos acumulados.

Obs: No caso específico das Sociedades Anônimas, é obrigatório, por lei, uma retenção de 5% (cinco por cento) dos
lucros obtidos, em cada Balanço até que esta parcela atinja a 20% (vinte por cento) do capital, o qual é chamada de
‘Reserva Legal’.

13.1 - A EQUAÇÃO PATRIMONIAL


Considerando os elementos integrantes do patrimônio, podemos, então, apresentar a equação patrimonial:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO

1. Patrimônio Líquido: é a parte do patrimônio que pertence ao proprietário da empresa. São os Capitais Próprios.

14 - ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS


Aplicação de recurso = ATIVO;

Origem de recurso = PASSIVO;

Ex:

APLICAÇÃO

Onde aplicar os recursos?

ORIGEM

Onde obter os recursos?

Assim, a primeira preocupação do contabilista, antes de efetuar o registro da operação, será de analisá-
lo e dissociá-lo em seus dois aspectos complementares: ORIGEM e APLICAÇÃO.

Respondendo às seguintes perguntas: onde se originaram os recursos? Onde foram aplicados?

OPERAÇÃO ANÁLISE

ORIGEM APLICAÇÃO

Compra de um carro,
Dinheiro em caixa Compra de um carro
à vista.

Compra de um carro, a prazo.Crédito junto à revenda ou ou à financeira Compra de um carro


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Pagtº do aluguel em
Saldo bancário Pagamento do aluguel
Cheque

15 - AS TÉCNICAS CONTÁBEIS
Para atingir seus objetivos, a contabilidade se utiliza de técnicas próprias que são:

a) Escrituração:

Técnica pela quais as ocorrências com efeitos no patrimônio são registradas. Algumas regras devem ser seguidas
para que as informações possam ser aproveitadas e compreendidas por todos aqueles interessados. A escrituração
é um meio utilizado para possibilitar, pela agregação dos diversos fatos ocorridos, a elaboração de demonstrativos
capazes de formar a posição da riqueza patrimonial.

b) Demonstrações Contábeis:

Podem ser apresentadas sob diversos ângulos informativos. Algumas são, digamos, umas consolidações dos fatos
registrados ou escriturados.

O Balanço Patrimonial, por exemplo, mostra a situação do patrimônio, em determinado momento, resultante da
escrituração de diversos fatos.

A Demonstração do Resultado do Exercício também é resultante de diversos fatos, positivos e negativos,


escriturados durante um ano. Mostra como a empresa se saiu naquele ano.

O Inventário é outra demonstração e preocupa-se em mostrar a composição de alguns itens patrimoniais,


analiticamente, alguns sem a utilização dos registros contábeis como, por exemplo, os estoques que são fisicamente
verificados e outros com base nos registros contábeis como valores a receber e a pagar, valores que a empresa
mantém nas instituições financeiras e outros.

c) - Análise de Balanços:

Técnica pela qual se determina a capacidade de pagamento da empresa, o grau de solvência, a evolução da
empresa, a estrutura patrimonial e outras. Pela análise de balanços é possível comparar a situação da empresa
dentro do setor que de faz parte. Apresenta quocientes úteis para os interessados na riqueza patrimonial, efetivos e
potenciais, auxiliando-os, pela relação entre elementos naquele período e pela evolução durante os anos, a
interpretar os demonstrativos apresentados.

d) - Auditoria:

Técnica pela qual é verificada a qualidade da informação prestada confirmando ou não, se os demonstrativos
apresentados representam com fidelidade a situação patrimonial. Na auditoria examinam-se os documentos
geradores da transformação patrimonial e a estrutura dos demonstrativos contábeis.

Elaborando-se PARECER conclusivo sobre a correta utilização dos procedimentos e princípios contábeis, inclusive a
fidedignidade da informação. A auditoria pode ser interna ou externa.

16 - APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS CONTÁBEIS


Estudaremos agora a aplicação das técnicas contábeis, ou seja, os meios e métodos utilizados pela Contabilidade
para o registro dos fatos administrativos.

17 - CONTAS

É o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos e Obrigações) e aos elementos de resultado
(Despesas e Receitas).

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