Você está na página 1de 73

 

CONTABILIDADE

Professor Fabio Souto

1
INTRODUÇÃO

HISTÓRICO MUNDIAL

1. SURGIMENTO NA PRÉ- HISTÓRIA. (PATRIMÔNIO)

2. SURGIMENTO DAS PARTIDAS DOBRADAS (PATRIMÔNIO)

3. COMERCIALIZAÇÃO - CONTABILIDADE AVANÇADA (LUCRO OU


PREJUIZO)

4. INDUSTRIALIZAÇÃO (GESTÃO DOS CUSTOS)


2
INTRODUÇÃO

1. ESCOLA ITALIANA ATÉ OS ANOS 1.900 (Luca Paciolli)

2. ESCOLA AMERICANA APARTIR DE 1.900

3. EVOLUÇÃO DE PATRIMÔNIO PARA CONTABILIDADE


GERENCIAL (CUSTOS E BALANÇO)

4. EVOLUÇÃO DE CONTABILIDADE INDIVIDUAL PARA


CONTABILIDADE MUNDIAL. (CONTABILIDADE UNIFICADA)

3
HISTÓRICO NO BRASIL

1. ATÉ 1964 A BASE ERA A ESCOLA ITALIANA (OBJETIVO:


CONTROLAR PATRIMÔNIO);

2. APÓS 1964 A BASE SE TORNOU A ESTADUNIDENSE.


(OBJETIVO: FORNECER INFORMAÇÕES PARA PROPRIETÁRIOS
PARA AUXILIAR TOMADA DE DECISÃO);

3. CONTABILIDADE OBRIGATÓRIA - LEI 6.404/76;

4. APARTIR DE 2007 PASSOU A UTILIZAR AS NORMAS


CONTÁBEIS INTERNACIONAIS. (CONTABILIDADE UNIFICADA)
SURGIMENTO DA LEI 11.638/2007 OBRIGOU A TODOS FAZEREM A
CONTABILDIADE UNIFICADA.

4
BASE LEGAL
CONTABILIDADE

LEI 6.404/1976 - Lei das Sociedade por Ações. (art. 175 a 205)

LEI 11.638/07 e 11.941/09: Principais alterações promovidas por essas leis dentro
da lei 6.404/76

PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL: Hoje está vigente os pronunciamentos contábeis


CPC 00 até o CPC 49.

LEI 12.873/2014: Trata dos efeitos tributários da convergência as normas


internacionais.

CÓDIGO CIVIL: Também apresenta aspectos importantes sobre adoção obrigatória


de sistemas de contabildiade pelas empresas brasileiras.

NBC - NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE: emitidas pelo Conselho


Federal de Contabilidade - CFC.
CONCEITO
Ciência Social com priníipios e objetos, não é uma ciencia exata, com
a finalidade de controlar patrimônio com a intenção de auxiliar e fornecer
informações úteis.

“A contabildiade é, objetivamente, um sistema de informação e


avaliação destinado a prover seus usuários com desmonstrações
e analises de natureza econômica, financeira, física e de
produtividade, com relação á entidade objeto de contabilização”

“Contabilidade é a ciencia que estuda e controla o patrimonio das


entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a
interpretação dos gastos nele ocorridos, com o fim de fornecer
informações sobre sua composição e variações, bem como sobre
o resultado econômico e decorrente da gestão da riqueza
patrimonial”
Hilário Franco
6
Conceito Oficial de Contabildiade

“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funcões de orientação de


controle e de registro relativas à Administração Econômica”.
(1° ongresso de contabilidade 1924)

Divisão didática da Contabilidade

Teórica: Focado no estudo da contabildiade como ciência, estudando seus


princípios, teorias, axiomas.

Prática: Está preocupada com o registro de fatos que interessam à contabilidade


em livros competentes.
OBJETIVO, OBJETO, FINALIDADE
E CAMPO DE ATUAÇÃO

OBJETO: Patrimônio das aziendas (entidades). Entende-se por patrimônio o


conjunto de bens, direitos e obrigações.

OBJETIVO: Fornecer informações sobre o patrimônio controlado.

FINALIDADE: A finalidade principal, algumas vezes poderá ser o proprio


objetivo, é fornecer a seus usuários informações sobre a situação patrimonial
e financeira da entidade.

CAMPO DE ATUAÇÃO: A contabilidade é aplicada a todas a estidades que


possuam patrimônio a serem controlados, ou seja, a contabilidade se aplica às
aziendas, que são entidades econômico-administrativas.

8
CLASSIFICAÇÃO AZIENDAS

| ECONOMICA = EMPRESAS
AZIENDAS | SOCIAIS = GOVERNO
| ECONOMICA-SOCIAIS = ASSOCIAÇÃO

Quanto a seu fim:

SOCIAL: não visa lucro. São entidades públicas, as sociedades de carater


beneficente, esportivo, cultural, recreativo, religioso, etc.

ECONÔMICO- SOCIAL: São aziendas que buscam superavit para revertê-lo


reverter em beneficio de seus filiados, como cooperativas, as entidades de
classe, as sociedades de pecúlios, as aposentadorias e os beneficios;

ECONÔMICA: visão o lucro voltado para seu próprio benefício, como as


empresas comercias e industriais.
FUNÇÕES DA
CONTABILIDADE
FUNÇÕES

Administrativa: Controle do patrimônio. Ex: estoque, bens..


 
Econômica: Apuração do resultado, atrelado a verificação de lucro ou
prejuízo. (RÉDITO)
 
 
USUÁRIOS
 
Investidores, empregados, credores por empréstimos, fornecedores,
governo e suas agencias, público em geral, clientes.

10
ATIVO E PASSIVO

ATIVOS : BENS E DIREITOS


PASSIVO: OBRIGAÇÕES
PATRIMÔNIO LIQUIDO: DIFERENÇA ENTRE ATIVO E PASSIVO.

PL= A-P
 

Classificação de Bens quanto a finalidade


 
1. Bens numerários: caixa, dinheiro no banco;
2. Bens a venda: Estoque;
3. Bens de renda: imóveis alugados;
4. Bens fixos ou de uso: computadores, veículos, bens que
compõem a estrutura da empresa.
11
PRINCÍPIO DA ENTIDADE

A necessidade de diferenciação do patrimônio dos donos ou sócios


para o patrimônio da empresa, AUTONOMIA PATRIMONIAL.

Apenas o patrimônio da empresa deve ser objeto de contabilidade.


O Princípio traz que o objeto da contabilidade é o patrimônio da empresa e
que o patrimônio dos sócios devem ser separados dos patrimônios da
empresa.
 

12
TÉCNICAS CONTÁBEIS

Escrituração: registrar todos os fatos contábeis como, compra e venda de


mercadorias, recebimentos de clientes, pagamento de fornecedores,
aquisição de bens moveis ou imóveis. Ex.: fluxo de caixa.
 
Demonstrações contábeis: Elaboração de relatórios com os dados das
escrituração. Ex.: DRE e balanço patrimonial.
 
Auditoria, compreende o exame dos documentos contábeis, registros, além
da realização de inspeções e obtenção de informações de fontes internas e
externas, tudo relacionado com o controle do patrimônio. Seu objetivo é
averiguar as informações contidas no documento contábeis, verificar os
princípios da contabilidade como o da entidade.
 
Analise de balanço: Método utilizado para retirada de informações, um
processo cientifico estatístico. Comparação e interpretação do conteúdo das
demonstrações contábeis. Analise que dará informações para o processo
gerencial contábil.
13
COMPONENTES PATRIMONIAIS
Contas: Título para designar um bem, um direito, uma obrigação, uma
despesa ou uma receita. Local onde se registra ou aloca os fatos de igual
natureza que afetam o patrimônio da empresa.
Ex. de conta: Maquinas; Veículos; Caixa; Duplicata a pagar ou a receber,
etc.
 
Contas Patrimoniais: Utilizadas para apuração do patrimônio, registram
os bens, direitos, obrigações e situação liquida. São consideradas
permanentes, acumulam-se de um período para o outro.
Ex. de conta patrimonial: Contas que estarão no Balanço Patrimonial,
Caixa, estoque, imóveis, contas que não saem.
 
Contas de Resultado: Contas utilizadas para apuração do resultado do
exercício, representa os ganhos e as perdas, considerado transitório já que
é limitado a um exercício social, a cada exercício o saldo é zerado afim de
efetuar apuração.
Ex.: DRE (apuração de Receita e Despesa apenas.)
14
COMPONENTES PATRIMONIAIS

Contas redutoras e Retificadoras: São contas que tem a função de reduzir


o saldo de outra conta. Possui natureza inversa a conta destinada.
Ex.: Depreciação acumulada; capital a integralizar; perdas com devedores
duvidosos.
 
Ativo: Recurso econômico presente, controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o
potencial de produzir benefícios econômicos. O tripé que define um ativo é:
Tem que ser controlável, avindo de eventos passados e potencial gerador
econômico.
 
Passivo: Obrigação presente da entidade de transferir um recurso
econômico como resultado de eventos passados. Tripé: Obrigação de
transferência econômica, Vinda de eventos passados e Obrigação presente
(pagamento imediato, dividas futuras não entram).
 
Patrimônio Líquido: Participação residual dos ativos após a dedução de
todo passivo. 15
SITUAÇÃO
PATRIMONIAL
 
POSITIVA/ SUPERAVITÁRIA / FAVORÁVEL: Quando o ativo é positivo,
maior que o passivo e o PL completa o valor. Possui uma variação, quando
o passivo é inexistente, neste caso o ativo é igual ao PL, essa situação
ocorre na abertura da empresa.
 
NEGATIVA / DEFCITÁRIA / DESFAVORÁVEL / PASSIVO A
DESCOBERTO: Quando o Passível exigível é maior que o ativo. Possui
uma variação, quando o ativo é nulo ou igual a zero, Situação ocorre
quando a empresa está encerrando suas atividades, fechamento da
empresa.
 
NULA / EQUILIBRADA: Quando o ativo é igual ao passível exigível
tornando a situação liquida do PL igual a zero, ou seja, nula.

16
CONTAS DE RESULTADO:
RECEITA E DESPESA

Representados
  por ganhos (receita) ou perdas (despesas).

Regime de competência: Reflete os efeitos de transações no momento que são


realizadas. Receita não tem a ver com dinheiro entrando no caixa e sim com o
fato gerador da contração da dívida ou do benefício.
 
RECEITA: Aumentos nos ativos ou reduções nos passivos, que resultam em
aumento do PL, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de
direito sobre o patrimônio.
Ex.: vendas de mercadorias e produtos, prestação de serviço.

DESPESA: Redução nos ativos ou aumento nos passivos, que resultem na


redução no PL. exceto aqueles referentes a distribuição aos detentores de direito
sobre o patrimônio.
Ex.: Consumo de energia elétrica; despesas administrativas; contratação de
serviços para empresa.

17
CONTAS DE RESULTADO:
RECEITA E DESPESA
RESULTADO: Produzido pelos componentes patrimoniais e que traz
alterações ao estado inicial do capital, podendo ser positivo (lucro) ou
positivo (prejuízo). O Rédito é a variação positiva ou negativa expressa em
termos de moeda que a entidade suportou em seu capital em dado
exercício.
 
Resultado Econômico: verificação do valor final com as devidas
deduções de acordo com os fatos geradores.
 
Resultado financeiro: verificação do valor final com a devidas deduções
de acordo com o valor real em caixa (lançamentos futuros não entram).
 
Receita maior que a despesa = Lucro
Despesa maior que receita = Prejuízo
Receita igual a despesa = Valor Nulo
18
“FALSIANES”

FALSAS RECEITAS
 
Acontece quando um fato gerador é lançado, mas não gera receita de
imediato (venda a prazo por exemplo). Receita a receber é conta do
Ativo (vendeu, mas não recebeu); Receita antecipada é conta do Passivo
(recebeu antes de entregar a mercadoria)
 
FALSA DESPESAS
 
Acontece quando um fato gerador é lançado, mas não gera despesa de
imediato (Despesa a pagar = conta do passivo ou Despesa antecipada =
Direito, conta do ativo)
19
ATOS E FATOS

ATOS CONTÁBEIS OU ATOS ADMINISTRATIVOS


 
São acontecimentos que ocorrem na entidade e não alteram do patrimônio,
ou só irão alterar no futuro. Ex: Admissão de empregado; assinatura de
contrato de compra ou vendas, aval de um título de crédito. Atos de
relevância devem apresentar notas explicativas segundo a lei 6.404/76.
 
FATOS CONTÁBEIS OU FATOS ADMINISTRATIVOS
 
São acontecimento que ocorrem na entidade e provoca alteração no
patrimônio. Os fatos devem ser lançados em contas patrimoniais (ativo,
passivo e PL) e/ou nas contas de resultado. (DRE).

20
FATOS CONTÁBEIS

CLASSIFICAÇÃO FATOS CONTÁBEIS


1. MODIFICATIVOS: Fatos quantitativos alteram para mais ou para menos
o PL.

2. PERMUTATIVOS: Também chamado de qualitativo, altera o patrimônio


mais não altera a balança. Ex.: troca de dinheiro em caixa por mercadoria
(troca, permuta)

3. MISTOS: Neste tipo envolve 2 classificações: modificativo e permutativo,


pode acarretar mudança nos 3 setores: ativo, passivo e PL.
Ex.: recebimento de um cliente atrasado com multa e juros, acontece a
permuta e lança recebimento de outro credito (dos juros).

21
CONTAS

 
Contas é o titulo utilizado para designar um bem, um direito, uma
obrigação, uma despesa ou uma receita.
Conta é o local onde se registra o dinheiro da empresa, outra para
registrar deposito bancário, outra para registrar os veículos e assim por
diante.
Portanto, a quantidade de contas que pode se encontrar em uma
empresa são inúmeras e para diminuir as contas você pode centrar contas
de igual nome dentro de apenas uma conta (não pode existir duas contas
iguais).

22
NATUREZA DAS
CONTAS
NATUREZA DAS CONTAS
 
As contas do ativo têm saldo devedor pois representam os devedores da
empresa (conta cliente por exemplo), enquanto as contas do passivo e do
PL tem saldo credor porque eles dão crédito para empresa (como uma
venda a prazo.)
 
Despesa tem saldo devedor e Receita tem saldo Credor.
ATIVO E DESPESA É DEVEDOR
PASSIVO, PL E RECEITA É CREDOR.

23
Natureza das
contas
CONTAS DE RESULTADO
 
São contas utilizadas para apuração do exercício.
Essas só poderão ser representadas de duas maneiras: Ganhos (receita) ou
perdas (despesas).
Consideradas transitórias, visto que seu tempo de vida é limitado ao
exercício social, pois, ao final de cada exercício serão zeradas.
 
SALDO DAS CONTAS
 
Creditar uma aplicação e debitar na origem do recurso. A conta que receber
o recurso ficará com débito, e a conta que deu recurso ficará com
crédito. 24
Saldo das contas

As contas do ATIVO representam DEVEDORES da empresa por isso


são consideradas SALDO DEVEDOR.

O ativo não é devedor, ele é positivo. As contas que representam saldo


devedor.
 
As contas do Passivo junto com o PL representam CREDORES da
empresa, por isso são consideradas SALDO CREDOR.

O passivo é devedor, ele é negativo, dividas da empresa. São as contas


que representam os credores pois estes creditaram na empresa.
  25
Saldo das contas

As contas de DESPESA terão saldo DEVEDOR e as contas de RECEITA


terão saldo CREDOR.
 
Resumindo: Saldo DEVEDOR: ativo e despesa / Aplicação de recursos
CREDOR: passivo e receita. / Origem dos recursos.
 

Razonete: debito na esquerda e credito na direita.

26
Saldo as Contas

CONTAS AUMENTAR DIMINUIR SALDO

ATIVO DEBITAR CREDITAR DEVEDOR

PASSIVO CREDITAR DEBITAR CREDOR

PL CREDITAR DEBITAR CREDOR

RECEITA CREDITAR DEBITAR CREDOR

DESPESA DEBITAR CREDITAR DEVEDOR

RET. ATIVO CREDITAR DEBITAR CREDOR

RET. PASSIVO DEBITAR CREDITAR DEVEDOR

27
Atividade

1° AQUISIÇÃO DE MERCADORIA AVISTA:

2° AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS A PRAZO:

3° PAGAMENTO DE DUPLICATA;

4° RECEBIMENTO DE DUPLICATA:

5° RECONHECIMENTO DE DESPESAS PARA PAGAMENTO POSTERIOR:

6° RECEBIMENTO ANTECIPADO DE UMA RECEITA DE UM SERVIÇO

QUE SERÁ PRESTADO POSTERIORMENTE;


28
TEORIA DAS CONTAS

1° TEORIA PERSONALISTA: trata as contas como se fossem pessoas,


sendo resumidas em 3 tipos: proprietários (contas do PL + receita +
despesas), correspondentes (pagar e receber, direitos e obrigações) e
agente consignatário (bens). Representa a contabilidade sobre uma visão
mais jurídica. Teoria base do crédito e débito.
 
2° TEORIA MATERALISTA: visão mais econômica, as contas não são
pessoas, somente ENTRADA E SAÍDA DE VALORES. Resumida em 2
tipos de conta: Integrais (representam o ativo e o passivo exigível),
Diferenciais (Representam PL + receita + despesas).
 
3º TEORIA PATRIMONIALISTA: teoria que reconhece o patrimônio
como objeto da contabilidade. Dividida em 2 contas: a PATRIMONIAL
(BP) e a de RESULTADOS (DRE). 29
PLANO DE CONTAS

 
Plano de contas é o conjunto de todas as contas exigentes dentro de
uma entidade para uniformizar os registros contábeis. É onde consta as
normas e procedimentos adotados pela empresa.

Cada empresa deve elaborar seu plano. O plano deve contar no


mínimo: elenco das contas, manual de contas e modelo padronizado das
demonstrações contábeis.

Dentro do plano deve contar o manual das contas que é onde estar
descrito quais as funções, funcionamento das contas, natureza da conta e
exemplo de lançamentos.
 
. 30
PLANO DE CONTAS
Ex. de elenco de contas:
1. Ativo
1.1 Circulantes
1.1.1 Disponíveis
1.1.1.1 Caixa
1.1.1.2 Bancos de movimentação
1.1.1.2.1 Banco do brasil
1.2 Ativo não circulante
 
Ex. do Manual: função e funcionamento de cada conta elencada.

31
PLANO DE CONTAS

CARACTERISTICA QUE INFLUENCIAM NO PLANO DE CONTAS: 


1. TAMANHO DA EMPRESA;
2. RAMO DA ATIVIDADE;
3. SISTEMA CONTABIL (EQUIPAMENTOS E SISTEMAS A
DISPOSIÇÃO);
4. INTERESSSES DOS USUÁRIOS.
 
Obs.: Para um Plano de contas possua excelência é imprescindível que:
a. Seja adaptável as necessidades da empresa, não pode ser rígido;
b. Tenha unidade técnica de nomenclatura e de funcionamento;
c. Seja claro e flexível.

32
ESCRITURAÇÃO
Técnica contábil encarregada do registro de todos os fatos ocorridos
que alteram o patrimônio em uma entidade, visando o controle do
patrimônio, apuração dos resultados do exercício, e a prestação de
informações aos diversos usuários. A Escrituração é a base dos relatórios
contábeis, que são, em última analise, os meios de comunicação da
entidade com o mundo exterior ou interessados na informação contábil.

O art. 177 da Lei n°64.404/76 estabelece que a escrituração da


companhia será mantida EM REGISTROS PERMANENTES. Com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios
da contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo
o regime de competência.

33
ESCRITURAÇÃO
A escrituração deve ser executada em idioma e moeda corrente nacional,
em forma contábil e em ordem cronológica de dias, mês e ano, com ausência de
espaço em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as
margens, com base em documento de origem externa ou interna.
 Lançamentos: prática da escrituração efetuada nos livros contábeis. Este é
efetuado em livros contábeis próprios com o diário, razão, etc. O conjunto de
registro ou lançamentos é que chamamos ESCRITURAÇÃO.
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos
circunstanciais sobre reivindicação e recursos econômicos da entidade que
reporta nos períodos em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos
e recebimentos à vista resultantes ocorram em períodos diferentes.
 Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas. Deve ser escriturado na geração do fato
gerador.
34
ESCRITURAÇÃO

Passo a passo para o lançamento:


 
1. Identificar as contas envolvidas no fato;
2. Identificar os grupos que pertencem as contas;
3. Devemos identificar o efeito sobre o saldo das contas envolvidas;
4. Consultar o quadro resumo do mecanismo de credito e debito ou
funcionamento das contas, de acordo com o método das partidas
dobradas.

35
LANÇAMENTOS
LANÇAMENTO NO LIVRO DIARIO
 
Todos os fatos devem ser registrados no livro diário em ordem cronológica
de dia , mês e ano da seguinte forma:
1. Data da ocorrência;
2. Conta devedora;
3. Conta credora;
4. Histórico: identificação de documento comprobatório;
5. Valor em moeda nacional.

36
LANÇAMENTOS
LANÇAMENTO NO LIVRO RAZÃO
As partidas de Diário devem ser transportadas para o livro RAZÃO, que é
um livro sistemático porque destina uma página para cada conta,
retratando os SALDOS DAS CONTAS, enquanto que no diário aparece
apenas os dados lançados a débito e a crédito das respectivas contas em
ordem cronológica. Não permitindo assim, conhecer o volume da
operação registrada em cada conta.

LIVRO CAIXA
Este livro registra a entrada e saída de dinheiro da empresa. É fundamental
registrar todas as transferências, pagamento e recebimentos em dinheiro,
e pagamentos como água, luz, internet. Qualquer empresa pode ter seu
livro caixa, mas só é obrigatório para as empresas optantes pelo simples.
37
Retificação de
lançamento
 É o processo de correção de um registro realizado com erro, na escrituração
contábil da entidade. Como os livros não podem apresentar rasuras ou
borrões quando acontecer um erro o responsável deve corrigi-lo das formas
abaixo:
 
ESTORNO: lançamento inverso, inverter totalmente o que foi feito e faz o
lançamento de novo;
TRANSFERÊNCIA: quando você erra uma ou outra conta, e só concerta a
conta errada;
COMPLEMENTAÇÃO: quando a transferência do valor não está correta e
você faz a complementação.
 
O histórico de lançamento deverá precisar o motivo da retificação, a data e a
localização do lançamento de origem. 38
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Segundo o art. 176 da Lei 6.404/76 ao fim de cada exercício
social a diretoria deve elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
▪ Balanço Patrimonial (BP);
▪ Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA);
▪ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
▪ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
▪ Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
39
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
EXCEÇÕES:

• A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja


elaborada a Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido (DMPL);
• A DVA somente é obrigatória para as sociedades
anônimas de capital aberto;
• A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de
reais), está dispensada da elaboração da DFC.

40
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
BALANÇO PATRIMONIAL

Trata-se de uma demonstração contábil/financeira cuja


finalidade reside na apresentação da posição financeira e
patrimonial da empresa em determinada data.
O Balanço Patrimonial representa uma posição
estática, compreendendo todos os bens e direitos (Ativo),
as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da
entidade em uma determinada data.

SEGUE EXEMPLO:

41
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS

42
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – (DRE)

A DRE é a demonstração contábil que apresenta a


confrontação entre receitas e despesas da entidade. Sendo
assim, caso as receitas sejam maiores que as despesas,
teremos a geração de lucro. Do contrário, teremos prejuízo.

A DRE objetiva evidenciar a situação econômica da


entidade, medindo o desempenho da entidade. Em outras
palavras, pode-se afirmar que a DRE procura evidenciar a
composição do resultado gerado (lucro ou prejuízo) em um
determinado período (geralmente um ano) a partir das
operações da entidade.
43
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
RECEITA
São aumentos nos ativos ou redução dos passivos, que
resultem no aumento do patrimônio. Exceto aquelas
referentes a contribuição de detentores de direito sobre o
patrimônio. Ex.: lucro sobre vendas; nascimento de um ativo
biológico; desconto sobre despesas.

DESPESA
São reduções dos ativos ou aumento dos passivos, que
resultem na diminuição do patrimônio. Exceto aquelas
referentes a contribuição de detentores de direito sobre o
patrimônio. Ex.: Pagamento de Juros; Prejuízo acumulado;
conceder desconto sobre vendas.
44
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE

Outro aspecto importante a ser destacado é que a DRE


integra o capital próprio, pois o lucro ou prejuízo obtido
comporá o patrimônio líquido. Tal fato justifica o
encerramento das contas que integram a DRE, ou seja, as
contas são zeradas ao final do exercício financeiro.

Temos que ter o entendimento do previsto na Lei


6.404/76 sobre a estrutura da DRE. Trata-se do art. 187,
que estabelece as informações mínimas a serem contidas
nessa demonstração. A seguir temos um exemplo de DRE, de
acordo com a estrutura descrita na Lei 6.404/76.
45
46
47
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Faturamento Bruto
O faturamento bruto não está descrito na Lei das S.As. No
entanto, esta adaptação melhora a informação da demonstração,
pois demonstra as diferenças entre o faturamento bruto e a receita
bruta de vendas.
Qual a diferença entre faturamento bruto e receita bruta?
No faturamento bruto, além da receita bruta de vendas,
inclui-se o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente
na operação de venda.

Receita Operacional Bruta


A receita bruta representa as receitas obtidas na atividade
principal da empresa com a venda à vista e a prazo de mercadorias
e serviços. A contabilização das receitas de vendas é realizada pelo
valor bruto, ou seja, incluindo os impostos.
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Custo da Mercadoria Vendida (CMV)

CMV = Estoque inicial + compras líquidas – estoque final


Lembrando que, nos termos do CPC 16 – Estoques, o
valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de
aquisição e de transformação, bem como outros custos
incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização
atuais.
Ademais, lembre que o custo de aquisição dos estoques
compreende o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem
como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados,
materiais e serviços. 49
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
IR/CSLL
O Imposto de Renda e a CSLL são calculados sobre o
lucro do exercício. Destaca-se que a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL) destina-se ao financiamento da
Seguridade Social.

Participações

Correspondem a parcelas do resultado do exercício


destinadas aos proprietários de debêntures, a empregados, a
administradores, aos proprietários de partes beneficiárias e a
instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados.
50
DEMONSTRAÇOES
CONTÁBEIS
Lucro Líquido do Exercício
Depois de deduzidas todas as participações chega-se ao
Lucro Líquido do Exercício (LLE). O LLE, então, é transferido
para o patrimônio líquido, pois as receitas e despesas da
entidade integram o chamado capital próprio.

Lucro Líquido por Ação


O Lucro Líquido por Ação é a razão entre o LLE e o total de
ações.
Lucro Líquido por Ação = Lucro Líquido do Exercício/Total de
ações

51
52
53
DRE
Resultado do Exercício antes das participações = 600.000

Prejuízos Acumulados (BP) = 100.000

Participações Debêntures = 10%


Participações Empregados = 10%
Participações Administradores = 10%
Participações Partes Beneficiárias = 10%
Participações Fundos de Assistência = 10%

54
DRE
Resultado do Exercício antes das participações 600.000
(-) Prejuízos Acumulados (100.000)
(=) Base de Cálculo Part. Deb. 500.000
(-) Participações Debêntures (10%) (50.000) - SOBRA: 450.000
(-) Participações Empregados (10%) (45.000) – SOBRA: 405.000
(-) Participações Administradores (10%) (40.500) – SOBRA: 364.500
(-) Participações Partes Beneficiárias (10%) (36.450) – 328.050
(-) Participações Fundos de Assistência (10%) (32.805) – 295.245

DEVOLUÇÃO DO PREJ. ACUMULADO: 295.245 + 100.000 (PREJ.


ACUMULADO)
LLE: 395.245,00
55
DRE
11. (CESPE/TCU/2015) Situação hipotética: As seguintes informações constam da
demonstração do resultado do exercício da empresa XYZ S.A. referente ao
exercício de 2014.

56
DRE
Assertiva: De acordo com esses dados, ao final do
exercício de 2014, o lucro bruto apurado pela
companhia foi superior a R$ 1.000.000,00 e o
resultado anterior aos tributos sobre o lucro
correspondeu a um prejuízo superior a R$ 200.000,00.

57
DRE
Receita Operacional Bruta 4.196.300,00
(-) devoluções e cancelamento de vendas (76.300,00)
(-) desconto de abatimentos de vendas (7.300,00)
(-) impostos sobre vendas (479.300,00)
(=) Receita Operacional Líquida 3.633.400,00
(-) Custo do Produto Vendido (2.678.380,00)
(=) Resultado Operacional Bruto 955.020,00
(-) Despesas Comerciais (150.340,00)
(-) Despesas Administrativas (209.190,00)
(-) Despesas Financeiras (921.580,00)
58
DRE
(+) Receitas Financeiras 144.300,00
(=) Resultado Operacional Líquido (181.790)
(+) Outras Receitas 0,00
(-) Outras Despesas 0,00
(=) Resultado antes do IR e CSLL (181.790)

Gabarito: Errado

59
DRE
(CESPE/TCU/2013)
Determinada empresa comercial levantou, ao
final do mês, os saldos contábeis apresentados
a seguir, cujo os valores estão impressos em
reais. Neste caso, o custo da mercadoria
vendida no mês é superior a R$4.300 e o lucro
bruto é inferior a R$ 3.000.

60
DRE

61
DRE
1° PASSO: CMV
CMV= est. Inic. +compras liq. – est. Final
CMV: 1.000+(5.000 – 100 – 300) – 1.000
CMV=4.600
2° PASSO: DRE
ROB = 9.200
(-) D3 = 400 + 1.500 = (1.900)
ROL = 7.300
(-) CMV= (4.600)
LOB= 2.700
(CERTO)
DRE

63
DRE

64
AUDITORIA
O QUE É AUDITORIA?
Conceito amplo:
É um trabalho que uma pessoa ou grupo de
pessoas (normalmente um auditor) vai a campo
e depara com documentos contábeis e compara
com o que está acontecendo de fato com o que
deveria estar acontecendo segundo as normas*
estabelecidas.

*Obs.: Normas: referencial, critério, normas,


normalmente códigos normativos como a NBC
65
(NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE).
AUDITORIA
SURGIMENTO:

A necessidade da auditoria surgiu no ponto


em que as empresas deixaram de ser
administradas por seus proprietários ou sócios e
passaram a ser por pessoas contratadas internas
ou externas.
No inicio a ideia era a verificação dos valores
(Resultado e patrimonial) mas com o tempo
passou a auxiliar na gestão de riscos, auxilio de
tomada de decisão, entre outros.
66
AUDITORIA

67
AUDITORIA
OBJETIVO DA AUDITORIA
Aumentar o grau de confiança das
demonstrações contábeis mais a expressão de
opinião sobre se as DC foram elaboradas com
conformidade com uma ERFA (estrutura de
relatório financeiro aplicado).

SUJEITO DA AUDITORIA

As demonstrações contábeis das aziendas.

68
69
Fraude e Erro
As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se
de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato
de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta
em distorção (NBC TA 240 R1 – item 2).
Nesse contexto, a Fraude é ato intencional, enquanto o Erro é
ato não intencional. Vamos relembrar que, de acordo com as
Normas de Auditoria, a responsabilidade primária (ou principal)
pela prevenção e identificação das fraudes e erros é da
Administração da entidade. Isso é feito – principalmente – por meio
da implantação e manutenção de Controles Internos.
A Auditoria Interna, portanto, deve auxiliar a Administração
da entidade nesse trabalho, obrigando-se a informá-la – por escrito
e de maneira reservada – sobre qualquer indício ou irregularidade
detectada.

70
71
72
CONSTRUÇÃO TEXTUAL

CONSTRUA UM TEXTO DE A 20 A 30 LINHAS


CONTANDO AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:

1.ASSUNTO: AUDITORIA;

2.EM FORMA TEXTUAL, COM COESÃO E


COERÊNCIA;

3.PARA CADA INFORMAÇÃO RELEVANTE O ALUNO


RECEBE 5 PONTOS.

BOA SORTE! 73

Você também pode gostar