Você está na página 1de 94

Introdução

Desde o começo da civilização, descobriram a necessidade de viverem agrupados,


e procuraram uma forma de organizar. Dentre as várias formas de organização uma
delas foi à economia, que se baseava apenas na troca. Eles trocavam seus produtos por
outros, outros produtos com seus vizinhos. Nesse ponto ambos realizavam um fato
contábil. Alguns historiadores relatam que os antigos povos da Babilônia controlavam seus
bens usando como marcações um pedrisco. Esses fatos são de épocas que se perderam
no tempo. Há alguns vestígios encontrados por historiadores que a contabilidade já existia
de forma camuflada, é claro, a mais de 8000ac, mas certamente atendia ao aspecto de
controle sobre o patrimônio. Ao longo do tempo com a Revolução Industrial tanto a
contabilidade como a ciência da administração foi se desenvolvendo, sendo que na última,
a idéia fundamental prevalece até os nossos dias. Essa pequena demonstração evidência
que a contabilidade independe de leis fiscais, pois possui origens, princípios e métodos
que devem ser respeitados para um bom desempenho fornecendo aos interessados um
retrato fiel do patrimônio.

I.2 - O que é contabilidade

Para uns uma ciência, para outros uma arte, portanto contabilidade é um
instrumento da função administrativa que tem como finalidade controlar o patrimônio das
entidades, apurar resultado e prestar informações sobre o patrimônio das entidades.

I.3 - Campo de aplicação

Aplica-se a contabilidade as entidades econômicas-administrativas, também


chamadas de aziendas. Essas entidades, para atingir seus objetivos, sejam eles
econômicos ou sociais se utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão
administrativo que execute os atos necessários a seus fins. Portanto, uma entidade é
qualquer pessoa física ou jurídica detentora de um patrimônio.
A Pessoa Física é o indivíduo ou Pessoa Natural enquanto a Pessoa Jurídica é o
indivíduo de existência abstrata. Porém tanto a Pessoa Física como a Pessoa Jurídica, ao

5
possuir um patrimônio, passarão a assumir a condição de entidade econômico-
administrativa ou azienda.

I.4 - A quem interessa a informação contábil

A informação contábil interessa aos sócios, acionistas e quotistas para acompanhar


o investimento feito na empresa da qual participam. Aos administradores diretores e
executivos de diversos escalões para avaliar, acompanhar e tomar decisões para o bom
andamento dos negócios da empresa. Aos bancos, capitalistas e emprestadores de
dinheiro para avaliar o grau de risco de seu investimento ou empréstimo. Ao governo e
instituições governamentais para apuração e recolhimento de impostos, planejamento de
investimentos e política econômica. Portanto a informação contábil interessa as Pessoas
Físicas e Jurídicas para controle de seu patrimônio e investimento.

I.5 - Finalidade da informação contábil

Controle da movimentação patrimonial, compras, vendas, cancelamentos,


descontos, transferências, depósitos, despesas, receitas, lucro, e prejuízo. Planejamento
da carga de impostos, de investimentos, implantação, orçamento e estruturação.
Portanto a finalidade da informação contábil é o controle, planejamento e a organização
da gestão patrimonial.

I.6 - Técnicas contábeis

A atividade contábil compreende quatro funções técnico-administrativas, a saber:


Escrituração: Consiste no registro dos fatos patrimoniais de forma contínua e
metódica, tendo como apoio à documentação relativa a esses fatos.
Ex: A abertura de uma empresa na fase de elaboração do contrato social e a sua
entrega para registro pêlos órgãos competentes, para a contabilidade é um ato. A partir
do registro torna-se um fato, e será relatado através da escrituração para a contabilidade.

Demonstração: É o processo de prestação de informações úteis, oportunas e


adequadas, conforme as necessidades específicas, dos usuários.
Essa demonstração classifica-se em:

a) Estática - Balanço patrimonial e inventário.

6
b) Dinâmica - Demonstração de resultado, demonstração do lucro ou prejuízo, fluxo
de caixa, demonstrações das origens e aplicações de recursos.

Auditoria: Consiste em averiguar a veracidade das informações contidas tanto na


escrituração como nas demonstrações, tornando-as verídicas, necessárias não só para os
sócios ou acionistas, mas para todas as pessoas relacionadas com a empresa.
Para as S.As há a obrigatoriedade de auditoria, constituídas por auditores
independentes, assim como a publicação em jornais de grande circulação das
demonstrações financeiras.

Análise de balanços: Essa técnica é realizada tomando-se por base as


demonstrações expositoras, estáticas e dinâmicas, decompondo-as, procurando
interpretar a situação financeira, desempenho operacional, condições de sobrevivência,
possibilidade de expansão e etc. Permitindo assim aos leigos em contabilidade as
informações necessárias para tomada de decisões.

I.7 - Princípios contábeis fundamentais

Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das doutrinas e


teorias relativas à ciência da contabilidade. São princípios fundamentais da contabilidade:

 Da entidade
 Da continuidade
 Da oportunidade
 Do registro pelo valor original
 Da atualização monetária
 Da competência
 Da prudência

1- O princípio da entidade: É todo núcleo capaz de manipular recursos econômicos


e que tenda a adicionar aos recursos manipulados. Em sentido amplo, são entidades as
sociedades mercantis e as de prestação de serviços com personalidade jurídica, inclusive
firmas individuais, assim como as sociedades de direito público que exerçam atividades
econômicas.

7
2- O princípio da continuidade: O princípio da continuidade presume o
funcionamento ou a operação do empreendimento a prazo indefinido. A esse princípio
contrapõe-se o de liquidação. Os princípios de contabilidade presumem que as
atividades serão exercidas a prazos indefinidos e as demonstrações devem refletir o
estado do patrimônio e o resultado do empreendimento em operação de funcionamento
regular. O princípio da continuidade e indispensável à correta aplicação do princípio de
competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes
patrimoniais e a formação do resultado, e de construir dado importante para aferir a
capacidade futura de geração de resultado.

3- O princípio da oportunidade: Refere-se a tempestividade e a integridade do


registro do patrimônio e de suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e
com a extensão correta, independente das causas que lhes deram origem.

4- O princípio do registro pelo valor original: Os componentes do patrimônio devem


ser registrados pêlos valores originais das transações expressos em valor presente na
moeda do país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores,
inclusive quando configurarem agregações no interior da entidade.

5- O princípio da atualização monetária: É o ajuste formal dos valores dos


componentes patrimoniais tomando como base o poder aquisitivo da moeda nacional.

6- O princípio da competência: Este princípio demonstra, em resumo que as receitas


e as despesas são atribuídas aos períodos de acordo com a data dos fatos geradores e
não quando são recebidas ou pagas em dinheiro.
- As receitas - consideram-se realizadas quando do desaparecimento, parcial ou
total de um passivo, qualquer que seja o motivo e pela geração natural de novos ativos.
- Consideram-se incorridas as despesas, pela diminuição ou extinção do valor
econômico de um ativo e pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

7 - O princípio da prudência: É a determinação da adoção do menor valor para os


componentes do ativo e do maior valor para os do passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais e que
alterem a patrimônio líquido.

8
Fatos Contábeis e Variações
Patrimoniais

II- Conceito e classificação:

Os elementos constituídos do patrimônio de uma entidade sofrem freqüentes


variações em virtude principalmente da atividade operacional:

Fatos contábeis: São os eventos (de natureza econômica em sua maioria) que
provocam tais alterações e que são registrados pela contabilidade em função de uma
planificação anterior.

Classificação dos fatos contábeis:

Os fatos contábeis conforme o efeito sobre o patrimônio podem ser classificados em:

a) Fatos permutativos
b) Fatos modificativos: aumentativos e diminutivos
c) Fatos mistos: aumentativos e diminutivos

a) Fatos contábeis permutativos São aqueles que apenas permutam os


elementos componentes do ativo e/ou do passivo sem, entretanto, interferirem na
situação líquida

Exemplo:
Compra de um veículo a vista (+A / -A)
Aquisição de mercadoria a prazo (+A / + P )
Pagamento de uma dívida (-P/-A)
Renegociação de Financiamento (-P/+P)

9
b) Fatos contábeis Modificados São de natureza complemente distinta dos
anteriormente citados, mas a ocorrência de um fato contábil modificativo, produzirá efeitos
sobre a situação líquida (Patrimônio Líquido) Podem ser aumentativos e diminutivos
conforme aumentam ou diminuam a situação líquida.

Exemplo:
PL=A-P

Fato contábil modificativo aumentativo: são aqueles que alteram o patrimônio da


entidade, aumentando-o.
- Prescrição de dívida (-P/+PL)
- Receita recebida por um serviço prestado (+A / +PL)

Fato contábil modificativo diminutivo: são aqueles que alteram o patrimônio da


entidade, diminuindo-o.
- Pagamento de despesas de transporte (-A / - PL)
- Dívida contraída por multa (+P / -PL)
- Despesa de aluguel (+P / -PL)

Fatos contábeis mistos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos
e modificativos. Por isso, os fatos mistos também são classificados em aumentativos e
diminutivos.
Exemplo:
- Venda de um bem com lucro +A +PL -A
- Reforma de uma dívida com desconto + P +PL -P
- Recebimento de duplicata com juros +A +PL -A

II.2- Variações patrimoniais:


O patrimônio das entidades passa por constantes modificações motivados pêlos
fatos contábeis ocorridos, tanto pelas decisões tomadas por sua administração, ou mesmo
por acontecimentos imprevisíveis, fora do controle da administração, mas que refletem
sobre o seu patrimônio. Quando a administração resolve comprar um equipamento, ela
está tendo uma alteração sobre o patrimônio. No caso de um incêndio, desfalques, etc,

10
estes eventos também alteram o patrimônio. Conforme vimos anteriormente qualquer
alteração sobre o patrimônio é considerada como um fato administrativo ou contábil.

II.3- Exercícios
1- A venda por 30.000 de uma máquina adquirida por 25.000 representa que tipo de
fato contábil?
R:

2- O recebimento de comissões sobre venda resulta em qual tipo de fato contábil?


R:

3- O que Constitui o fato administrativo composto ou misto?


R:

4- Classifique os fatos abaixo:


a) Permutativos
b) Modificativo aumentativo
c) Modificativo diminutivo
d) Misto aumentativo
e) Misto diminutivo

( ) Compra de mercadorias a vista


( ) Compra de mercadorias a prazo
( ) Pagamento de duplicata com desconto
( ) Recebimento de duplicata com desconto
( ) Pagamento duplicatas com juros
( ) Recebimento duplicata com juros
( ) Pagamento de dividendo aos sócios
( ) Pagamento de comissões
( ) Venda de mercadorias a vista.

11
Patrimônio

III.1- Conceito

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações podendo pertencer a uma


pessoa física ou jurídica

III.2- Componentes patrimoniais

É o conjunto de bens e direitos representados pelo ativo, e ao conjunto de


obrigações chama-se passivo, do confronto do ativo e do passivo surge o patrimônio
líquido, e seu respectivo valor chama-se balanço patrimonial.

A representação gráfica ao patrimônio ficaria assim:

Gráfico
Patrimonial
Bens: Obrigações:
Terrenos Duplicata a pagar
Máquinas Impostos a pagar
Direitos:
Duplicatas a receber
Contas a receber

12
III.3- Ativo

O ativo é o conjunto de bens e direitos decorrentes de transações passadas que


permitam serem transformadas em geração de caixa. Geração de caixa é a utilização de
recursos disponíveis, para obter os fins que a pessoa jurídica tem por objetivo. São bens
para empresas, todo material móvel ou imóvel que ela dispõe, e executa suas atividades
para alcançar seus objetivos. Exemplo: estoques, veículos, máquinas, imóveis etc.
Portanto podemos afirmar que: Bens podem ser classificados em móveis e imóveis.

Exemplo:
Bens móveis: máquinas, equipamentos, mercadorias.
Bens imóveis: edifícios, construções, árvores.

Direito: São bens de nossa propriedade que se encontram em poder de terceiros.


Exemplo: duplicatas a receber, títulos a receber, clientes etc. Por isso são
consideradas contas de natureza devedora, assim sendo qualquer lançamento a débito,
aumentará o saldo das contas e qualquer lançamento a crédito o diminuirá. É importante
ressaltar que existem no ativo algumas contas de natureza credora, que são contas
retificadoras (reduzem o seu valor) como, por exemplo: provisão para devedores
duvidosos, depreciação acumulada etc.

III.4- Passivo

O passivo representa o conjunto das obrigações que são de responsabilidade da


empresa. Normalmente, além de seus próprios recursos a empresa necessita de recursos
de terceiros que são provenientes de compra a prazo de materiais, mercadorias e/ou
serviços, financiamentos bancários, contas a pagar, etc. Esses capitais, de terceiros
tomados pela empresa, para obtenção de seus objetivos previstos, constituem obrigações
contraídas que deverão ser quitadas em algum momento previamente determinado.
Portanto podemos afirmar que: Obrigações: são bens de propriedades de terceiros que se
encontram em nosso poder. Por conseqüência, as contas do passivo são de natureza
credora, assim sendo lançamentos a débito diminuem seu saldo, lançamentos a crédito
aumentam seu saldo.

13
III.5- Patrimônio líquido:

Ao iniciar uma sociedade, os sócios transferem à empresa recursos representados


por bens e ou direitos, sendo esses recursos agregados ao patrimônio da empresa com a
finalidade de propiciar o início das atividades. O patrimônio líquido pode ser considerado
como a diferença entre o ativo e o passivo e seria, a princípio, o que os proprietários da
entidade teriam a receber ou a pagar em caso de extinção da sociedade. O patrimônio
líquido é de natureza credora, assim sendo o saldo das contas, será aumentado por
qualquer lançamento a crédito e diminuído por lançamento a débito. Existem algumas
exceções, entre as quais podemos citar: prejuízo do exercício, prejuízo acumulado etc.
Como verificamos o patrimônio líquido surge pela diferença entre ativo e passivo. O
patrimônio líquido é composto pêlos seguintes elementos:
- capital social
- capital a integralizar ou realizar
- capital integralizado ou realizado
- lucro ou prejuízo acumulado
- reservas

Exemplo: Carlos e José resolveram constituir uma sociedade, cuja atividade será
uma loja de material de construção. Capital inicial 100.000, cabendo a cada sócio 50% do
valor combinado. O contrato foi elaborado e registrado na junta comercial. A escrituração
no razão fica assim:

Data: 12/0l/99
Debita: capital a integralizar
Credita: capital social
Histórico: subscrição do capital
Social conf. Registro
Na junta comercial
Assim constituídas cotas
De 1,00 cada:
Carlos 50% ---- 50.000
José 50% ---- 50.000

14
Como já vimos à demonstração do patrimônio no gráfico patrimonial com o ativo,
passivo e o patrimônio líquido e seus respectivos valores chama-se balanço patrimonial.

Exemplo:

Balanço
Patrimonial
Ativo Passivo
Veículos 20,00 Contas a pagar 6,00
Contas a receber 10,00 Impostos a pagar 4,00
Terrenos 12,00 Salários a pagar 8,00
Duplicatas a receber 14,00 Títulos a pagar 18,00
Dinheiro em caixa 16,00
Móveis 4,00 Patrimônio líquido 40,00

Total 76,00 Total 76,00

III.6- Equação patrimonial

O patrimônio por ser um conjunto de bens, direitos e obrigações, deve ser


demonstrado de forma simples a fim de transmitir as informações desejadas pêlos
interessados.
Portanto a equação patrimonial seria:

Patrimônio Líquido = ATIVO - PASSIVO

Observe que o ativo é representado pêlos bens, e direitos e o passivo pelas


obrigações.
O patrimônio líquido é considerado como uma espécie de obrigação não exigível da
entidade para com seus proprietários, em se tratando de pessoa jurídica são os seus
sócios ou acionistas. Conforme a composição do ativo e do passivo podemos encontrar a
seguintes situações patrimoniais:

1) ATIVO> PASSIVO- patrimônio líquido positivo, favorável,superavitário.


Nesse caso podemos afirmar que a entidade tem riqueza própria.

15
2) ATIVO<PASSIVO- patrimônio líquido negativo, desfavorável,deficitário.
Nesse caso podemos afirmar que a entidade não tem riqueza própria, vinda a
caracterizar que o passivo está a descoberto.

3) ATIVO=PASSIVO- patrimônio líquido nulo, equilibrado.


Nesse caso o ativo é exatamente igual ao passivo. Temos uma situação equilibrada.

Vejamos um exemplo:

Balanço
Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Dinheiro em caixa 8,00 Títulos a pagar 24,00
Máquinas 6,00 Impostos a pagar 12,00
Móveis 10,00 Subtotal 36,00

Patrimônio Líquido (12,00)


Total 24,00 Total 24,00

OBSERVAÇÃO:
Neste caso temos um ativo de 24,00 contra um passivo de 36,00, isso nos mostra
que temos um passivo a descoberto de 12,00, portanto se resolvêssemos vender todo
nosso ativo ficaríamos devendo 12,00.

16
III. 8- Exercícios

Complete as colunas:
1- _______________nula, ocorre quando o ativo for _____________ao
passivo.

2- Situação patrimonial ____________ocorre quando o passivo é maior que o


ativo.

3- Situação patrimonial _____________ocorre quando o ativo é maior que o


passivo.

4- classifique-os: em contas de resultado (R)


Contas patrimoniais (P)

( ) caixa ( ) despesas administrativas


( ) venda a vista ( ) venda a prazo
( ) bancos ( ) fomecedores
( ) móveis utensílios ( ) adiantamento de salário
( ) despesas de viagens

5- Quando surge o passivo a descoberto?


R:

6-Nos balanços patrimoniais, onde são classificadas as contas que apresentam os


capitais próprios?
R:

7 - Qual situação patrimonial representa o passivo a descoberto?


R:

8- Onde a ocorrência de despesas acarreta uma redução?


R:

17
9- Classifique em bens, direitos e obrigações
( ) instalações ( ) impostos a recolher
( ) duplicata a receber ( ) títulos a pagar
( ) estoques ( ) máquinas / equipamentos

10- A empresa ganha uma receita, que situação patrimonial ocorre?

a) +caixa +PL c) +passivo +PL. b) +ativo +PL d) +caixa +A

11- Monte o patrimônio, das empresas abaixo, identifique a situação e a equação


patrimonial:

a) dinheiro em caixa 600,00


b) dinheiro em banco 1400,00
c) equipamentos 400,00
d) veículos 400,00
e) títulos a pagar 600,00
f) impostos a pagar 400,00

Patrimonial
Balanço
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Bens

Direitos Patrimônio Líquido

Total Total

18
a) contas a receber 400,00
b) caixa 400,00
c) imóveis 200,00
d) canavial 200,00
e) fornecedores 1500,00
f) impostos a recolher 700,00
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Bens

Direitos
Patrimônio Líquido

Total Total

a) bancos 400,00
b) contas a receber 100,00
c) estoque de mercadoria 200,00
d) máquinas 300,00
e) pomares 200,00
f) fornecedores 800,00
g) dupl. a pagar 200,00
h) contas a pagar 100,00
i) empréstimos a pagar 150,00
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Bens

Direitos Patrimônio Líquido

Total

19
Contabilidade:
Uma abordagem básica
IV - Registro Contábeis Patrimoniais

Procedimentos Contábeis Básicos

Contas

As contas têm por finalidade reunir os fatos contábeis de uma mesma natureza,
sendo identificadas por um título que determina um componente do patrimônio. As
contas apresentam características qualitativas (denominação), exemplo: caixa, veículos e
características quantitativas (valores). Exemplo: $ 200,00
As contas podem ser de acordo com a sua natureza,devedora ou credora,
classificadas como integrais ou patrimoniais e diferenciais ou de resultado. As contas
integrais ou patrimoniais são as que fazem parte da estática patrimonial, exemplos: caixa,
bancos, fornecedores, capital social, etc. As contas diferenciais ou de resultado, são
provenientes das operações efetuadas em determinado período de tempo e serão
utilizadas para determinação dos resultados do período, podendo ser definidas como
contas de despesas e receitas, exemplo: vendas a vista ou a prazo, despesas financeiras,
administrativas, etc.

Codificação

É o número da conta. Será tão extenso quanto à necessidade de detalhamentos,


tais como: filiais, sucursais ou agências e centro de custo, ou mesmo "quebra" das contas
em subcontas. É importante lembrar que quanto maior for a quantidade de dígitos maior
será a dificuldade de memorização dos números, além do aumento na margem de erros
de Classificação Contábil. Outro aspecto a ser observado por ocasião da determinação

20
dos números das contas é com relação ao programa de computação utilizado pela
empresa, que estabelece uma quantidade máxima de dígitos a serem utilizados.

Especificação

É o "nome" da conta. Deverá representar fielmente o conteúdo das contas. Para


tanto deverá identificar claramente o fato contábil, não deixando identificar margem de
dúvidas ou interpretações divergentes. Uma mesma conta poderá ser utilizada para o
registro de mais de um tipo de operação, bastando que tais condições fiquem bem claras
no seu "nome".

Contas de Compensação

São contas que registram os atos administrativos que não afetam o patrimônio da
empresa no momento que ocorrem. Como não serão publicadas no Balanço Patrimonial,
deixam de ser obrigatórias. Serão bastante úteis quando da determinação das Notas
Explicativas , evitando que alguma deixe de ser publicada por motivo de esquecimento.
Contas Retificadoras

São aquelas que retificam ou alteram os saldos de outras contas, devendo, portanto,
estar localizadas no mesmo grupo de contas onde consta a conta que está sendo
retificada. Como são retificadoras, apresentam saldos contrários aos das contas
retificadas. Podem estar localizadas no ativo, passivo, despesas, receita ou até em contas
de custo.

Contas Transitórias

São utilizadas para "passagem" de valores. Como apresentam sempre saldos "zero",
podendo ser localizadas em quaisquer agrupamentos de contas, por não afeta-los. São
muito úteis quando os lançamentos contábeis são efetuados na primeira formula de
lançamento (um débito e um crédito).

Classificação Direta nos Documentos

21
Este método de Classificação Contábil consiste em se apor um carimbo no
documento onde serão indicadas as contas a serem debitadas e creditadas, ficando por
conta do Operador Contábil (ou do Digitador) a responsabilidade pelo histórico mais
adequado ao lançamento. Este método é mais indicado para a realização de lançamentos
de empresas de pequeno porte, que deixam para efetuar suas contabilizações apenas
uma vez por mês.

Classificação em Fichas de Lançamentos

É o método mais utilizado. As fichas de lançamentos, com a informatização da


Contabilidade passaram também a ser conhecidas como Planilhas Contábeis, com as
devidas adaptações aos novos equipamentos. Em tópico específico sobre o assunto, que
virá a seguir, serão apresentados alguns modelos de Fichas de Lançamentos e de
Planilhas Contábeis.

Classificação em "Linha de Produção"

Este método de classificação só é viável quando as diversas fases de execução dos


serviços forem bem distintas. Após a identificação de cada uma das fases, será alocado
um funcionário para cada uma delas. A vantagem é muita conhecida, principalmente no
que diz respeito ao aumento na produtividade. É importante alertar que este método
poderá acarretar descontentamento entre os funcionários se não for bem implantado.

Classificação Contábil Pelo Sistema "On Line"

É um método bastante utilizado atualmente, como conseqüência de


descentralização dos serviços de digitação, que passaram a ser efetuados na área do
próprio usuário do sistema contábil, mediante a colocação de terminais na contabilidade.
Tendo este tipo de equipamento à disposição, é possível se efetuar lançamentos diretos
no sistema, sem a necessidade de se preencher fichas de Lançamentos ou Planilhas
Contábeis. A maior preocupação passa a ser com a identificação dos lançamentos em
relação aos respectivos comprovantes, o que poderá ser efetuado pelo digitador à medida
que efetua cada um dos lançamentos.

22
Lançamentos Contábeis que se Repetem Mensalmente

Para se evitar a repetição mensal de lançamentos é possível a utilização de cópias


Xerox, onde serão planilhados os dados repetitivos, ou seja, o número das contas e seus
respectivos históricos.

Elementos Básicos dos Lançamentos Contábeis

Os Lançamentos Contábeis, que são o produto da Classificação Contábil,


apresentam os seguintes elementos básicos:

Número da Conta

É o número constante do Plano de Contas, que irá orientar o Operador Contábil


sobre a ficha a ser objeto do lançamento, ou o código que orientará o sistema de
processamento de dados. Para simplificar os serviços de Classificação Contábil é
aconselhável a utilização do código reduzido do número da conta, que será previsto
apenas para os graus passíveis de lançamentos, conforme será verificado no modelo de
Plano de contas que será apresentado a seguir.

"Nome" da Conta

Constará das Fichas de Lançamentos, sendo, porém dispensável das Planilhas de


Lançamentos. Devido ao grande número de repetições, poderá ser escrito de forma
abreviada, para se reduzir o volume da mão-de-obra. Os serviços de inclusão, alteração
ou exclusão de contas deverão ser centralizados em um único funcionário, para se evitar o
surgimento de contas com o mesmo "nome", alterações indevidas e exclusão em época
indevida.

Históricos

Os históricos têm como finalidade informar sobre o que ocorreu. Para tanto, não
devem ser simplificados demais e nem muito prolixos. Os sistemas contábeis por

23
processamento de dados fornecem a condição de se trabalhar com uma Tabela de
Históricos padrões que podem ser de três tipos distintos, a saber:

1. Históricos padrões sem complemento: bastando por apenas o código do


mesmo na planilha.

2. Históricos padrões com complemento: além do código do histórico haverá a


necessidade de se complementar com alguma informação, que poderá ser,dentre outras,
o número do documento, a data da ocorrência, o mês da ocorrência, ou o nome do
devedor/credor.

3. Histórico aleatório: é aquele que só possui o código no sistema, sendo necessário


descreve-lo por completo. É um recurso utilizado para aqueles lançamentos que ocorrem
com pouca freqüência.
As alterações, exclusões e inclusões de novos históricos também deverão ser de
responsabilidade de um único funcionário, pêlos mesmos motivos expostos com relação
às contas.
A Tabela de Históricos poderá ser idealizada por ordem de contas, criando
condições para se efetuar uma "amarração" conta/histórico em termos de processamento,
o que evitará lançamentos em contas indevidas ou com históricos incorretos.

Valor

Para se evitar lançamentos a maior ou a menor, o Classificador Contábil deverá


estar atento aos pagamentos ou recebimentos com acréscimos ou descontos, ou aos
valores lançados de forma englobada. O valor do lançamento não será necessariamente o
mesmo valor do documento ou comprovante. Além dos já comentados, temos os dados de
pagamentos ou recebimentos com retenções de impostos, quando as despesas ou
receitas serão em valores superiores às importâncias pagas ou recebidas.

24
Fichas de Lançamentos e Planilhas Contábeis

Os modelos de fichas de lançamentos e planilhas contábeis são os mais diversos, já


que não existe uma padronização obrigatória, por se referirem a documentos internos das
empresas. A seguir serão apresentados alguns modelos, apenas a título de exemplos.

 Ficha Tríplice
 Ficha de Lançamento - Modelo 1
 Ficha de Lançamento - Modelo 2
 Ficha de Lançamento - Modelo 3
 Planilha Contábil - Modelo 1
 Planilha Contábil - Modelo 2

Assinale a alternativa que contempla apenas Obrigações:

A) Impostos a Pagar, Fornecedores e Duplicatas a Pagar.


B) Fornecedores, Clientes e Veículos.
C) Móveis, Bancos e Caixa.

Assinale a alternativa que contempla apenas Bens e Direitos:

A) Impostos a Pagar, Fornecedores e Duplicatas a Pagar.


B) Fornecedores, Clientes e Veículos.
C) Móveis, Bancos e Caixa.

Relacione as colunas, de forma adequada:

(A) Direitos ( ) Sócios


(B) Bens ( ) Duplicatas a Pagar
(C) Obrigações ( ) Veículos
(D) Capital Social ( ) Duplicatas a Receber

1) Defina Conta Contábil?

25
2) Quais as características que compõem uma Conta Contábil?

3) Cite dois exemplos de Características Qualitativas:

4) O que significa Característica Quantitativa?

5) Como se dividem as contas de acordo com a sua natureza?

6) Cite três Contas Integrais:

7) Cite três Contas Diferenciais:

8) Quais tipos de contas compõem a Estática Patrimonial?

9) O que define as Contas de Resultado?

26
Plano de Contas

A base para a eficaz elaboração das demonstrações contábeis é as diversas contas


constantes no plano de contas da Empresa, portanto, deve ter uma disposição ordenada e
adequada às necessidades da Empresa, sendo que, sua organização facilita o trabalho de
classificação, registro e análise das contas. A nomenclatura deve ser clara, procurando
sempre utilizar termos comuns às características da Empresa, e as contas analíticas
devem ser uma extensão das contas sintéticas, devendo conter os seguintes elementos:

a) Elenco de Contas: conjunto de contas analíticas e sintéticas que compõem o


plano;
b) Função das Contas: conjunto de regras que determinam a utilização das contas.

A rotina para a elaboração do plano de contas compreende os seguintes passos:

- Conhecimento adequado do tipo do negócio da empresa;


- Porte da empresa, volume e tipo de transações;
- Recursos materiais disponíveis na empresa ou da parte de quem vai processar o
sistema contábil
- Necessidade de informações dos usuários, internos ou externos, especialmente
quanto ao grau de detalhamento e saldos das transações mais relevantes para a gerência
dos negócios.

27
Legislação Fiscal

As informações contidas nos balancetes deverão auxiliar o correto cumprimento das


obrigações principais e acessórias, possuindo dados que permitam um bom
preenchimento da Declaração de Rendimentos, mantendo contas diferenciadas para os
impostos a compensar, a recuperar, contas a receber, a pagar, além de contas para as
despesas não dedutíveis, as receitas não tributáveis, os resultados de exercícios futuros e
as variações monetárias ativas e passivas.

Padronização Legal

Na elaboração do Plano de Contas deverá ser levada em consideração a


necessidade de publicação das Demonstrações Financeiras, que deverão obedecer à
padronização determinada pela Lei n.o 6.404/76, que visa resguardar os interesses dos
acionistas, fornecedores e das instituições de crédito e outros interessados.

Ramo de Atividade

É um fator determinante na decisão sobre o que deverá ser detalhado. Se a


empresa tem grande dispêndio com transportes, pode haver a necessidade de que tais
gastos venham a merecer seus registros em um grupo de contas apropriado, onde os
mesmo serão subdivididos por tipo de transporte. Este é apenas um exemplo, existindo
muitos outros que serão característicos de cada ramo de atividade.
Estrutura do Plano de Contas

Ativo Circulante

Disponibilidades
Créditos
Estoques
Despesas do Exercício Seguinte

28
No Ativo Circulante serão classificados todos os bens e direitos convertidos em
dinheiro, ou que se transformarão em tal até o término do exercício seguinte, podendo ser
subdividido em diversos subgrupos, como no exemplo acima.

Disponibilidades: serão classificados neste subgrupo os valores numerários


disponíveis em caixa e em estabelecimentos bancários com direito a imediata utilização.

Créditos: subgrupo destinado à classificação de direitos a receber decorrentes de


vendas a prazo e outras operações similares efetuadas pela Empresa.

Estoques: serão classificadas neste subgrupo as mercadorias adquiridas para


revenda, itens para almoxarifado, matérias-primas, produtos em elaboração e estoque de
produtos acabados.

Despesas do Exercício Seguinte: serão classificadas neste subgrupo as despesas


cujo fato gerador ainda não ocorreu, mais que por terem sido pagas ou contratadas, foram
apropriadas na época do pagamento ou contratação. Ex.: Aluguéis a Apropriar, Juros
Pagos Antecipadamente, etc.

Ativo Realizável a Longo Prazo

Clientes a Longo Prazo


Investimentos a Longo Prazo
Despesas dos Exercícios Seguintes

No Ativo Realizável a Longo Prazo, serão classificados os bens e direitos que serão
convertidos em dinheiro após o término do exercício seguinte.

Clientes a Longo Prazo: subgrupo destinado a classificação dos direitos a receber


decorrentes de transações efetuadas, cujo vencimento ocorrerá após o término do
exercício seguinte.

29
Investimentos a Longo Prazo: serão classificados neste subgrupo os valores
aplicados de caráter temporário em instituições credenciadas cujos prazos de resgate
sejam após o término do exercício seguinte.

Despesas de Exercícios Seguintes: serão classificadas neste subgrupo as despesas


cujo fato gerador ainda não ocorreu e acontecerão em exercícios futuros.

Ativo Permanente
Investimentos
Imobilizado
No Ativo Permanente são registrados os bens e direitos de caráter permanente na
empresa, ou seja, são bens utilizados nas suas operações ou para garantir o patrimônio
da Sociedade.

Investimentos: serão registradas neste subgrupo, as participações permanentes em


outras sociedades e outros investimentos que não se destinem à atividade principal a
empresa.

Imobilizado: serão registrados os bens destinados à manutenção das atividades da


empresa, ou que exerçam essa finalidade.

Diferido: serão registradas neste subgrupo as aplicações de recursos em despesas


que contribuirão para a formação de resultados de mais de um exercício social.

Passivo Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Debêntures
Fornecedores
Obrigações Fiscais
Outras Obrigações
Provisões

30
No Passivo Circulante serão registradas todas as obrigações a pagar pela Empresa
com vencimento até o término do exercício seguinte, tais como: fornecedores, encargos
fiscais e sociais, constituição de provisões, etc.

Empréstimos e Financiamentos: estas contas representam as obrigações da


empresa junto às instituições financeiras do país e do exterior, cujos recursos podem ser
destinados tanto para financiar imobilizações como para capital de giro.

Debêntures: estas contas representam títulos emitidos pela empresa com garantia
de certas propriedades, bens ou aval do emitente.

Fornecedores: serão registradas as compras efetivadas através das notas fiscais ou


faturas de matérias-primas, mercadorias e outros materiais. Normalmente se separa a
compra em "Nacionais" e "Estrangeiras".

Obrigações Fiscais: serão registradas as obrigações da empresa, junto ao


Governo(Federal, Estadual e Municipal), relativas a impostos, taxas e contribuições.

Outras Obrigações: serão registradas as obrigações da empresa com empregados e


respectivos encargos sociais, além de outras obrigações definidas com terceiros não
incluídas nos subgrupos anteriores.

Provisões Trabalhistas: serão registradas as obrigações com provisão de férias, 13°


salário e encargos com as mesmas.

Passivo Exigível a Longo Prazo: serão registradas todas as obrigações a pagar da


Empresa, cujos vencimentos só ocorrerão após o término do exercício seguinte. Integram
esse grupo, entre outras, as contas que representem as seguintes exigibilidade:
financiamentos, Debêntures, hipotecas, parcelamento de débitos fiscais, etc.

31
Resultado de Exercícios Futuros: deverão ser registradas as receitas de exercícios
futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. Podemos classificar
neste grupo, o valor contratado das vendas a prazo ou a prestação de serviços, para
recebimento em período base subsequente, pelas empresas imobiliárias, e por diminuição
os custos efetivos. Também são aqui contabilizados os juros e demais receitas financeiras
recebidas antecipadamente.

Patrimônio Líquido

Capital Social
Reserva de Capital
Reserva de Lucros
Lucros ou Prejuízos Acumulados

No Patrimônio Líquido, serão registrados os recursos dos sócios injetados na


Empresa como Capital Social, mais o resultado das operações, compreendendo portanto,
o Capital e as Reservas, sendo subdividido em:

Capital Social: será aqui descriminado o montante subscrito e por dedução a parcela
ainda não realizada do capital social da Empresa, compreendendo o valor dos recursos
investidos pelos proprietários e será modificado, quando houver alteração do contrato
social.

Reservas de Capital: serão classificadas como reservas de capital:

a) contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal


b) prêmio recebido na emissão de Debêntures
c) doações e subvenções para investimentos
d) resultado da correção monetária do capital realizado enquanto não estiver
capitalizado

Reserva de Lucros: serão classificadas neste subgrupo as reservas constituídas


pela apropriação de lucros da Empresa, tais como: Reserva Legal, Reserva Estatutária,
Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar e outras.

32
Lucros ou Prejuízos Acumulados: neste subgrupo estarão classificados os
resultados acumulados decorrentes das atividades da Empresa em períodos anteriores,
sejam lucros ou prejuízos, sendo também classificados neste subgrupo os resultados
obtidos pelas Empresas durante o período atual.

Contas de Resultado

As contas de resultado estão ligadas diretamente com as contas patrimoniais, são


compostas de Despesas (natureza devedora) e Receitas (natureza credora),tendo como
contrapartida à redução ou o aumento da situação líquida da Empresa.
Despesas: demonstra o consumo de bens e da utilização de serviços, composto por
dois subgrupos básicos:

Custos de Produção/Mercadorias/Serviços Prestados


Despesas Operacionais

33
Plano de Contas ( Modelo).

1. ATIVO

1.1.Circulante

1.1.1. Disponível

1.1.1.01. Bens numerários


1.1.1.01.01 . Caixa
1.1.1.01.02 . Valores em trânsito

1.1.1.02 . Bancos conta movimento


1.1.1.02.01 . Banco da Praça S/A
1.1.1.02.02 . Banco da Esquina S/A

1.1.1.03 . Bancos conta aplicações de liquidez imediata


1.1.1.03.01 . Aplicação financeira
1.1.1.03.02 . Poupança

112. Créditos

1.1.2.01. Duplicatas a receber


1.1.2.01.01 . Freios Pise Rápido Ltda.
1.1.2.01.02 . Freios Pense Bem Ltda.

1.1.2.02. Duplicatas a receber - coligadas e controladas


1.1.2.02.01 . Amortecedores Olhe Rápido Ltda.

1.1.2.03. Duplicatas descontadas ( - )


1.1.2.03.01 . Banco da Praça S/A
1.1.2.03.02. Banco da Esquina S/A

1.1.2.04. Faturamento entrega futura ( - )


1.1.2.04.01 Freios Pise Rápido Ltda.
1.1.2.04.02 Freios Pense Bem Ltda.

1.1.2.05. Clientes - mercado exterior


1.1.2.05.01 . Freios Swiss Internacional
1.1.2.05.02 . Freios Americano Internacional

1.1.2.06. Clientes - mercado exterior - coligada


1.1.2.06.01 . Firestone Pneus.
1.1.2.06.02 . Bridgestone Pneus.

1.1.2.07. Documentos de exportação descontados ( - )


1.1.2.07.01 . Bank of Boston
1.1.2.07.02 . Citibank

1.1.2.08. Cheques em cobrança


1.1.2.08.01 . Cheques em cobrança

34
1.1.2.09. Bancos conta vinculada
1.1.2.09.01 Banco da Praça S/A

1.1.2.10. Títulos a receber


1.1.2.10.01 Títulos a receber

1.1.2.11. Títulos descontados ( - )


1.1.2.10.01 Títulos descontados ( - )

1.1.2.12. Provisão para créditos de liquidação duvidosa


1.1.2.12.01 Duplicatas a receber ( - )
1.1.2.12.02 Clientes - mercado exterior ( - )

1.1.2.13. lucros e dividendos a receber

1.1.2.14. Juros a receber

1.1.2.15. Adiantamentos a fornecedores


1.1.2.15.01 Casa Pires Uda.
1.1.2.15.02 Pratos Fundos Uda.

1.1.2.16. Adiantamentos a terceiros

1.1.2.17. Adiantamentos a empregados


1.1.2.17.01 Adiantamentos para viagens
1.1.2.17.02 Adiantamentos para despesas
1.1.2.17.03 Adiantamentos para salários
1.1.2.17.04 Adiantamento para 13° Salário
1.1.2.17.05 Adiantamentos para férias
1.1.2.17.06 Empréstimos a empregados

1.1.2.18. Tributos a recuperar


1.1.2.18.01 IR-Fonte a compensar
1.1.2.18.02 IRPJ a compensar
1.1.2.18.03 Contribuição Social a compensar
1.1.2.18.04 IPI a recuperar
1.1.2.18.05 ICMS a recuperar
1.1.2.18.06 COFINS a compensar
1.1.2.18.07 Outros impostos a compensa

1.1.2.19. Operações em bolsas


1.1.2.19.01 Depósitos para garantia de operação a termo
1.1.2.19.02 Prêmios pagos - Mercados de ações

1.1.2.20. Depósitos vinculados ou restituíveis

1.1.2.21. Títulos e valores mobiliários

1.1.2.22. Aplicações temporárias em ouro

35
1.1.2.23. Provisão para perdas ( - )

1.1.2.24. Provisão para ajuste ao valor de mercado ( - )

1.1.3. Estoques

1.1.3.01. Estoques
1.1.3.01.01. Mercadorias para revenda
1.1.3.01.02. Produtos acabados
1.1.3.01.03. Produtos em elaboração
1.1.3.01.04. Matérias-primas
1.1.3.01.05. Materiais auxiliares
1.1.3.01.06. Almoxarifado

1.1.3.02. Importações em andamento

1.1.3.03. Provisão para ajuste ao valor de mercado ( - )

1.1.3.04. Provisão para perdas ( - )

1.1.4. Despesas antecipadas

1.1.4.01. Anuidades e assinatura a vencer

1.1.4.02. Prêmios de seguros a vencer

1.1.4.03. Encargos financeiros a vencer

1.1.4.04. Antecipações de comissões

1.1.4.05. Outros custos e despesas antecipadas

1.2 . Realizável a Longo Prazo

1.2.1. Realizável a longo prazo

1.2.1.01. Duplicatas a Receber

1.2.1.02. Títulos a receber

1.2.1.03. Clientes - mercado exterior

1.2.1.04. Clientes - mercado exterior - coligadas

1.2.1.05. Créditos de sócios e diretores

1.2.1.06. Créditos de coligadas e controladas

1.2.1.07. Bancos conta vinculada

1.2.1.08. Adiantamentos a fornecedores

36
1.2.1.09. Adiantamentos a terceiros

1.2.1.10. Empréstimos a empregados

1.2.1.11. Depósitos vinculados ou restituíeis

1.2.1.12. Títulos e valores mobiliários

1.2.1.13. Aplicações de incentivos fiscais

1.2.1.14. Participações societárias não permanentes

1.2.1.15. Empréstimos e depósitos compulsórios

1.2.1.16. Provisão para créditos de liquidação duvidosa ( - )

1.2.1.17. Provisão para perdas ( - )

1.2.1.18. Provisão para ajuste ao valor de mercado ( - )

1.2.1.19.Despesas antecipadas
1.2.1.19.01 Anuidades e assinaturas a vencer
1.2.1.19.02 Prêmios de seguros a vencer
1.2.1.19.03 Encargos financeiros a vencer
1.2.1.19.04 Outros custos e despesas antecipadas

1.3. Permanente

1.3.1. Investimentos

1.3.1.01. Participação societária


1.3.1.02. Ágio em investimentos

1.3.1.03. Deságio em investimentos (-)

1.3.1.04. Participações em fundos de investimentos

1.3.1.05. Obras de arte

1.3.1.06. Imóveis não de uso

1.3.1.07. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.1.08. Reavaliações de investimentos

1.3.1.09. Provisões para perdas ( - )

1.3.2. Imobilizado

1.3.2.01. Terrenos

37
1.3.2.02. Construções
1.3.2.02.01 . Construções
1.3.2.02.02 . Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.03. Instalações
1.3.2.03.01. Instalações
1.3.2.03.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.04. Maquinas e equipamentos


1.3.2.04.01 . Maquinas e equipamentos
1.3.2.04.02 . Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.05. Equipamentos de informática


1.3.2.05.01. Equipamentos de informática
1.3.2.05.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.06. Móveis e utensílios


1.3.2.06.01. Móveis e utensílios
1.3.2.06.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.07. Ferramentas
1.3.2.07.01. Ferramentas
1.3.2.07.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.08. Veículos
1.3.2.08.01. Veículos
1.3.2.08.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.09. Benfeitorias em imóveis de terceiros


1.3.2.09.01. Benfeitorias em imóveis de terceiros
1.3.2.09.02. Depreciações acumuladas ( - )
1.3.2.10. Marcas e patentes
1.3.2.10.01. Marcas e patentes
1.3.2.10.02. Amortizações acumuladas ( - )

1.3.2.11. Construções em andamento

1.3.2.12. Importações em andamento

1.3.3. Diferido

1.3.3.01. Gastos pré-operacionais


1.3.3.01.01. Gastos pré-operacionais 1
1.3.3.01.02. Amortizações acumuladas ( - )

1.3.3.02. Gastos de implantação de sistemas


1.3.3.02.01. Gastos de implantação de sistemas
1.3.3.02.02. Amortizações acumuladas ( - )

38
1.3.3.03. Gastos de desenvolvimento de produtos
1.3.3.03.01. Gastos de desenvolvimento de produtos
1.3.3.03.02. Amortizações acumuladas ( - )

2. PASSIVO.

2.1. Circulante

2.1.1. Obrigações Operacionais

2.1.1.01. Fornecedores
2.1.1.01.01. Casa Pires Ltda.
2.1.1.01 .02. Pratos Fundos Ltda.

2.1.1.02. Fornecedores - coligadas e controladas


2.1.1.02.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.03. Fornecedores mercado exterior


2.1.1.03.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.04. Fornecedores - mercado exterior - coligados


2.1.1.04.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.05. Obrigações trabalhistas


2.1.1.05.01. Salários a pagar 2115.02. Pró-Labore a pagar

2.1.1.06. Obrigações fiscais e sociais a recolher


2.1.1.06.01. ICMS a recolher
2.1.1.06.02. IPI a recolher
2.1.1.06.03. ISSON a recolher
2.1.1.06.04. COFINS a recolher
2.1.1.06.05. PIS a recolher
2.1.1.06.06. IR-Fonte a recolher
2.1.1.06.07. Imposto de renda a recolher
2.1.1.06.08. Contribuição Social a recolher
2.1.1.06.09. INSS a recolher
2.1.1.06.10. FGTS a recolher
2.1.1.06.11 . Outros tributos a recolher

2.1.1.07. Adiantamento de clientes


2.1.1.07.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.08. Empréstimos e financiamentos


2.1.1.08.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.09. Arrendamento mercantil a pagar

2.1.1.10. Aluguéis a pagar

2.1.1.11. Comissões a pagar

39
2.1.1.12. Juros a pagar

2.1.1.13. Lucros e dividendos a pagar

2.1.1.14. Debêntures
2.1.1.14.01. Conversíveis em ações
2.1.1.14.02. Não-conversíveis em ações
2.1.1.14.03. Juros e participações

2.1.1.15. Provisões trabalhistas


2.1.1.15.01. Provisão para férias e encargos
2.1.1.15.02. Provisão para 13° salário e encargos
2.1.1.15.03. Gratificações a empregados
2.1.1.15.04. Gratificações a administradores

2.2. Exigível a Longo Prazo

2.2.1. Exigível a Longo Prazo

2.2.2.01. Empréstimos e financiamentos


2.2.2.01.01 . (uma conta para cada banco)

2.2.2.02. Títulos a pagar


2.2.2.02.01 . (uma conta para cada credor)

2.2.2.03. Debêntures
2.2.2.03.01 . Conversíveis em ações
2.2.2.03.02. Não-conversíveis em ações
2.2.2.03.03. Juros e participações

2.2.2.04. Provisões para riscos fiscais

2.3. Resultados de Exercícios Futuros

2.3.1. Resultados de Exercícios Futuros

2.3.1.01. Receitas de exercícios futuros


2.3.1.01.01 . Receitas de vendas a prazo

2.3.1.02. Custos e despesas de exercícios futuras ( - )


2.3.1.02.01 . Custo e despesas de exercícios futuros ( - )

2.4. Patrimônio Líquido

2.4.1. Capital Social

2.4.1.01. Capital Social

40
2.4.1.02. Capital a Integralizar ( - )

2.4.2. Reservas de correção monetária do capital social

2.4.2.01. Reservas de correção monetária do capital social


2.4.3. Reservas de capital

2.4.3.01. Reserva de ágio

2.4.3.02. Doações e subvenções para investimentos

2.4.4. Reservas de reavaliação

2.4.4.01. Reavaliações de ativos próprios

2.4.4.02. Reavaliações de coligadas e controladas

2.4.5. Reservas de Lucros

2.4.5.01. Reserva Legal

2.4.5.02. Reserva Estatutária

2.4.5.03. Outras reservas de lucros

2.4.6. Ações em tesouraria ( - )

2.4.6.01. Ações em tesouraria ( - )

2.4.7. Lucros ou prejuízos acumulados

2.4.7.01. Lucros ou prejuízos acumulados

2.4.8. Lucro ou prejuízo do exercício

2.4.8.01. Lucro ou prejuízo do exercício

3. Apuração do Resultado do Exercício

3.1. Receita Operacional Líquida

3.1.1. Receita Operacional Bruta.

3.1.1.01. Receita de comercialização


3.1.1.01.01. Mercado nacional
3.1.1.01.02. Mercado exterior

3.1.1.02. Receita de vendas de serviços


3.2.1.01.01. Mercado nacional
3.2.1.01.02. Mercado exterior

41
3.1.2. Deduções da Receita Bruta ( - )

3.1.2.01. Vendas canceladas


3.1.2.01.01. Vendas canceladas – comércio
3.1.2.01.02. Vendas canceladas - serviço

3.1.2.02. Abatimentos
3.1.2.02.01. Abatimentos no comércio
3.1.2.02.01. Abatimento na venda de serviços

3.1.2.03. Impostos sobre vendas


3.1.2.03.01. IPI - Imposto sobre produtos industrializados
3.1.2.03.02. ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias
3.1.2.03.03. ISSQN - Imposto sobre serviços
3.1.2.03.04. PIS sobre faturamento
3.1.2.03.05. COFINS sobre faturamento

3.2. Custos Produtos Vendidos e Serviços- Prestados ( - )

3.2.1. Custos dos Produtos Vendidos

3.2.1.01. Custos dos produtos vendidos

3.2.2. Custos dos Serviços Prestados

3.2.2.01. Custos dos serviços prestados

3.2.3. Custo de Produção

3.2.3.01. Custos com matéria-prima direta

3.2.3.02. Custos com materiais auxiliares

3.2.3.03. Custos com mão-de-obra


3.2.3.03.01. Salários
3.2.3.03.02. Férias
3.2.3.03.03. 13° salários
3.2.3.03.04. Previdência social
3.2.3.03.05. FGTS
3.2.3.03.06. Aviso prévio e indenizações
3.2.3.03.07. Prêmio de seguros
3.2.3.03.08. Assistência médica
3.2.3.03.09. Vale-refeição
3.2.3.03.10. Recuperação de vale-refeição ( - )
3.2.3.03.11. Vale-transporte
3.2.3.03.12. Recuperação de vale-transporte ( - )
3.2.3.03.13. Provisões trabalhistas

42
3.2.3.04. Outros custos
3.2.3.04.01. Serviços de terceiros
3.2.3.04.02. Previdência social
3.2.3.04.03. Aluguéis e condomínios
3.2.3.04.04. Água
3.2.3.04.05. Energia elétrica
3.2.3.04.06. Manutenção e reparos
3.2.3.04.07. Ferramentas
3.2.3.04.08. Custos com condução
3.2.3.04.09. Custos com refeitório
3.2.3.04.10. Custos com comunicação
3.2.3.04.11. Custos com treinamento
3.2.3.04.12. Impostos e taxas diversas
3.2.3.04.13. Roupas e equipamentos de proteção
3.2.3.04.14. Depreciações
3.2.3.04.15. Amortizações
3.2.3.04.16. Custos Diversos
3.2.3.04.17. Recuperação de custos ( - )

3.2.3.05. Transferências para estoque ( - )

3.2.3.06. Compras

3.2.3.07. Deduções das compras

3.3. Despesas Operacionais

3.3.1. Despesas com Vendas

3.3.1.01. Despesas com pessoal


3.3.1.01.01. Salários
3.3.1.01.02. Férias
3.3.1.01.03. 13° salários
3.3.1.01.04. Previdência Social
3.3.1.01.05. FGTS
3.3.1.01.06. Aviso Prévio e indenizações
3.3.1.01.07. Prêmios de seguros
3.3.1.01.08. Assistência Médica
3.3.1.01.09. Vale-refeição
3.3.1.01.10. Recuperação de Vale-refeição ( - )
3.3.1.01.11. Vale-transporte
3.3.1.01.12. Recuperação de vale-transporte ( - )
3.3.1.01.13. Provisões trabalhistas

3.3.1.02. Outras despesas com vendas


3.3.1.02.01 Serviços de terceiros
3.3.1.02.02 Previdência social
3.3.1.02.03 Aluguéis e condomínios
3.3.1.02.04 Água
3.3.1.02.05 Energia elétrica
3.3.1.02.06 Manutenção e reparos

43
3.3.1.02.07 Despesas com viagens
3.3.1.02.08 Despesas com condução
3.3.1.02.09 Despesas com refeitório
3.3.1.02.10. Despesas com comunicação
3.3.1.02.11 Custos com treinamento
3.3.1.02.12 Impostos e taxas diversas
3.3.1.02.13 Despesas com atendimento ao cliente
3.3.1.02.14 Propaganda e publicidade
3.3.1.02.15 Pesquisa de mercado
3.3.1.02.16 Depreciações
3.3.1.02.17 Amortizações
3.3.1.02.18 Despesas diversas
3.3.1.02.19 Recuperação de despesas ( - )

3.3.1.03. Provisão para créditos de liquidação duvidosa


3.3.1.03.01 Provisão para créditos de liquidação duvidosa
3.3.1.03.02 Reversão de provisão ( - )

3.3.2. Despesas Administrativas

3.3.2.01. Despesas com pessoal


3.3.2.01.01 Salários
3.3.2.01.02 Férias
3.3.2.01.03 13° salários
3.3.2.01.04 Previdência Social
3.3.2.01 .05 FGTS
3.3.2.01.06 Aviso prévio e indenizações
3.3.2.01.07 Prêmios de seguros
3.3.2.01.08 Assistência Médica
3.3.2.01.09 Vale-refeição
3.3.2.01.10 Recuperação de vale-refeição ( - )
3.3.2.01.11 Vale-transporte
3.3.2.01.12 Recuperação de vale-transporte ( - )
3.3.2.01.13 Provisões trabalhistas

3.3.2.02. Despesas com pessoal


3.3.2.02.01 Pró-labore
3.3.2.02.02 Honorários
3.3.2.02.03 Encargos sociais

3.3.2.03. Outras despesas administrativas


3.3.2.03.01 Serviços de terceiros
3.3.2.03.02 Previdência social
3.3.2.03.03 Aluguéis e condomínios
3.3.2.03.04 Água
3.3.2.03.05 Energia elétrica
3.3.2.03.06 Manutenção e reparos
3.3.2.03.07 Despesas com viagens
3.3.2.03.08 Despesas com condução
3.3.2.03.09 Despesas com refeitório

44
3.3.2.03.10 Despesas com comunicação
3.3.2.03.11 Custos com treinamento
3.3.2.03.12 Revistas e publicações
3.3.2.03.13 Contribuições e doações
3.3.2.03.14 Impostos e taxas diversas
3.3.2.03.15 Depreciações
3.3.2.03.16 Amortizações
3.3.2.03.17 Despesas diversas
3.3.2.03.18 Recuperação de despesas ( - )

3.3.2.04. Despesas tributárias


3.3.2.04.01 Imposto predial e territorial
3.3.2.04.02 Imposto sobre propriedade de veículos
3.3.2.04.03 Contribuição sindical
3.3.2.04.04 COFINS sobre outras receitas
3.3.2.04.05 PIS sobre outras receitas
3.3.2.04.06 Recuperação de despesas ( - )

3.3.2.05. Despesas com provisões


3.3.2.05.01 Provisões para perdas
3.3.2.05.02 Provisões para ajustes ao valor de mercado
3.3.2.05.03 Recuperação de provisões ( - )

3.3.3 Resultado Financeiro Liquido

3.3.3.01 Despesas financeiras


3.3.3.01.01 Juros pagos
3.3.3.01.02 Descontos concedidos
3.3.3.01.03 Despesas Bancarias
3.3.3.01.04 Contribuição CPMF
3.3.3.01.05 Variação Monetária passiva
3.3.3.01.06 Variação cambial passiva

3.3.3.02 Receitas financeiras ( - )


3.3.3.02.01 Juros recebidos
3.3.3.02.02 Descontos obtidos
3.3.3.02.03 Variação monetária ativa
3.3.3.02.04 Variação cambial ativa
3.3.3.02.05 Rendimentos de aplicações financeiras

3.3.4 Resultado de Participações Societárias

3.3.4.01 Resultado de equivalência patrimonial


3.3.4.01.01 (uma conta de cada empresa)

3.3.4.02 Lucros e dividendos recebidos

45
3.3.4.03 Rendimentos de outros investimentos

3.3.4.04 Amortização de ágio ou deságio de investimentos

3.4 Resultado Não-Operacional

3.4.1 Resultado na alienação de investimentos

3.4.1.01 Receitas com alienações de investimentos

3.4.1.02 Custo dos investimentos alienados ( - )

3.4.2 Resultado na alienação de imobilizado

3.4.2.01 Receitas com alienações de imobilizado

3.4.2.02 Custo de imobilizados alienados ( - )

3.5 Provisões Tributárias

3.5.1 Provisão para Contribuição Social

3.5.1.01 Provisão para contribuição social

3.5.2 Provisão para imposto de renda

3.5.1.02 Provisão para imposto de renda

3.6 Participações em Resultado

3.6.1 Participações em Resultado

3.6.1.01 Participações de empregados

3.6.1.02 Participações de administradores

46
Escrituração Contábil
Distinguimos, na Contabilidade, uma parte teórica e uma prática. A primeira é de
identificação de princípios e de fixação de normas, de análise e interpretação de fatos, de
estabelecimento de relações de causa e efeito e de previsão para futuros acontecimentos.
É a Contabilidade Cientifica, segundo os tratadistas. A parte prática, de execução do
registro dos fenômenos patrimoniais, é a técnica através da qual a Contabilidade atinge
seu objetivo, que é estudar e controlar o patrimônio, fornecendo informações e orientação
sobre o estado patrimonial e suas variações. Essa técnica chama-se Escrituração. Um
dos meios que se utiliza na Contabilidade é o registro dos fatos Contábeis. Ao conjunto
desses registros damos o nome de Escrituração, que pode ser definida como: o registro
dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis, tendo em vista
demonstrar a situação econômica patrimonial da entidade e os resultados econômicos por
ela obtido em um exercício. Analisando essa função da Escrituração, encontraremos nela
dois elementos básicos: o histórico e o de classificação dos componentes patrimoniais e
suas variações expressos em valores monetários.

Histórico: compreende o registro dos fatos, na ordem cronológica, o que dá à


Contabilidade, caráter de verdadeira história do patrimônio. Componentes Patrimoniais e
suas Variações Monetariamente Expressas: essa classificação é feita de acordo com a
natureza de cada um dos fatos registrados, reunindo-se em grupos de fenômenos
patrimoniais que, tecnicamente dispostos, exibem a expressão monetária de cada um dos
valores do patrimônio, a qualquer momento, e suas variações em determinado período
administrativo.

Classificação da Escrituração

Ela é classificada tendo em vista o fim, a natureza e a extensão dos elementos da


seguinte forma:
- Quanto ao fim pode ser classificada em obrigatória e facultativa;
- Quanto a natureza em cronológica e sistemática;
- Quanto a extensão, em sintética e analítica.

47
Métodos de Escrituração

Método é modo de proceder, é a maneira de fazer as coisas. Método de


escrituração é a forma de registrar os fatos contábeis. Diversas são as maneiras de
escriturar os fatos contábeis, porém todos os métodos de escrituração existentes são
variantes de dois métodos fundamentais: o método das partidas simples e o método das
partidas dobradas.

Método de Partidas Simples


Não é usado atualmente, por ser deficiente e incompleto. Por esse método só se
fazem registros de operações realizadas com pessoas, omitindo-se, portanto, o registro de
elementos patrimoniais, bem como o lucro ou prejuízo. A única conta controlada é a de
Caixa, o que é feito em livro especial. Nestas circunstâncias, a única maneira de
conhecermos o resultado das operações é comparando o total dos bens, direitos e
obrigações do patrimônio no início e no fim do Exercício. Como observamos é um método
deficiente e incompleto.
Método das Partidas Dobradas

Forma de escrituração criada na Itália pelo Frade Luca Paccioli ou Paciolo (assim
nasceu a Escola Italiana de Contabilidade -1494), conhecida através da idéia de que para
cada débito existe um crédito de igual valor, ou seja, não existe devedor sem credor. O
método das partidas dobradas que iniciou por volta do século XIV, é considerado um dos
marcos mais importante para o desenvolvimento da contabilidade e ainda hoje, os fatos é
registrado de acordo com esse método.
Este método tem alguns Corolários:

a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;


b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
c) as aplicações de capital, registrados a débito das contas ativas, são sempre iguais
à soma dos capitais fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas, donde ser
o ATIVO sempre igual ao PASSIVO;
d) a diferença entre a soma dos Bens e dos direitos (parte positiva do patrimônio) e
a soma das obrigações (parte negativa) indica a substância líquida patrimonial, que
representa o crédito dos titulares, e se chama Patrimônio Líquido;

48
e) as despesas, sempre debitadas, contribuem para redução do patrimônio líquido;
f) as receitas,sempre creditadas, contribuem para o aumento do patrimônio líquido
g) a demonstração contábil da situação patrimonial (ativo e passivo), chamada
balanço patrimonial, apresenta sempre a forma de equação, em virtude da contraposição de
débitos e créditos, inerente a todos os registros contábeis;
h) a diferença entre as despesas e as receitas(lucro ou prejuízo) complementará a
equação patrimonial, e indica aumento ou diminuição do patrimônio líquido, como veremos
a seguir.

Débito e Crédito

As contas contábeis possuem natureza devedora ou credora, ou seja, as contas que


representam entradas de aplicações no Ativo são de natureza devedora e são debitadas,
em contrapartida as contas do passivo e patrimônio líquido são de natureza credora por
representarem as origens dos recursos aplicados, devendo portanto serem creditadas.
Durante a realização do curso, veremos que existem exceções a essa regra, como por
exemplo, as contas retificadoras. Pode-se resumir, disto, o seguinte:

Devedoras Credoras
Ativo Passivo
Despesas Receitas
Débito – Aumenta Débito - Diminui
Crédito – Diminui Crédito - Aumenta

Livro Diário

O Diário é um livro de escrituração obrigatória, onde devem ser lançadas em ordem


cronológica, as operações de atividade mercantil da empresa, que modifique ou possa vir
a modificar a situação patrimonial da entidade. O Livro Diário pode ser elaborado em
forma de fichas soltas ou formulários contínuos.

49
O decreto-lei 486 de 03 de Março de 1969, estipula as seguintes normas:

a) O comerciante que empregar escrituração mecanizada poderá


substituir o Diário por fichas seguidamente numeradas, de forma
mecânica ou tipograficamente;
b) O livro Diário deverá conter os termos de Abertura e de
Encerramento a serem submetidos à autenticação do órgão
competente (Junta Comercial ou Cartório);
c) Será admitida a escrituração resumida do Diário, por totais que não
excedam o período de um mês.

O Livro Diário com duas colunas (o mais utilizado atualmente), pode conter inúmeras
informações, porém essas abaixo são de caráter imprescindível:

DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO

Livro Razão

Representa um dos mais importantes instrumentos de registro das operações da


empresa, permitindo a classificação dos fatos de acordo com a natureza dos mesmos,
envolvendo contas patrimoniais e de resultado. Pode ser escriturado em forma de livro,
fichas ou formulários. As contas devem ser agrupadas de acordo com a sua natureza em
patrimoniais e de resultado e em analíticas e sintéticas, exemplo: Bancos Conta
Movimento é uma conta sintética, agora existem contas analíticas de Bancos, exemplos:
Banco Brasil, Caixa Econômica, Banespa, etc... As informações obrigatórias para o
Razão, são as seguintes:

D
Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo
/C

50
Exercícios

Preencher as Fichas do Razão com as seguintes operações realizadas:

A) 05.07.99: integralização Capital Social em dinheiro no valor de R$ 10.000,00


B) 05.07.99 : aquisição de mercadorias à vista no valor de R$ 6.000,00
C) 05.07.99 : abertura de conta bancária no valor de R$ 1.000,00
D) 05.07.99: aquisição material de expediente à vista no valor de R$ 500,00
E) 05.07.99 : Venda a prazo de mercadorias no valor de R$ 1.000,00
F) 05.07.99 : Venda à vista de mercadorias no valor de R$ 3.000,00

A) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Debito Credito Saldo D/C

B) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

C) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

D) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

E) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

51
F) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

G) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

H ) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

Aproveitando as operações contempladas no exercício anterior, efetuar o


Razão em forma de T, efetuando os respectivos débitos e créditos, apresentando o
saldo final das contas envolvidas.

Caixa Capital Social Mercadorias .

Bancos C/ Movimento Material Expediente Duplicatas a Receber

Vendas a Vista Vendas a Prazo

Saldo Final das Contas:

52
Caixa

Capital Social

Mercadorias

Bancos

Material Expediente

Duplicatas a Receber

Vendas a Vista

Vendas a Prazo

Monte os razonetes com a movimentação das contas abaixo:

Movimento Devedor Movimento Credor


Capital 0,00 100.000,00
Caixa 100.000,00 98000,00
Imóveis 50.000,00 0,00
Bancos 98.000,00 97000,00
Veículos 14.000,00 0,00
Máquinas 13.000,00 0,00
Mercadorias Revenda 20.000,00 0,00

Monte Balancete utilizando os razonetes do exercício anterior:

Capital
Caixa
Imóveis
Bancos
Veículos
Maq. e Equipamentos
Mercadorias para rev

Total

53
Identifique as contas que representam Bens e Direitos:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

Identifique as contas que representam Obrigações:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

Ativo permanente

Estamos retomando o estudo deste grupo devido às particularidades que compõem.

Investimento: as participações permanentes em outras sociedades e dos direitos


de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem á
manutenção de atividade da empresa.

O grupo de investimentos é basicamente composto pelos seguintes subgrupos:


Participações permanentes em outras sociedades
Outros investimentos permanentes.

Imobilizado: “direitos que tenham por objeto, bens destinados à manutenção das
atividades da empresa ou exercidos com finalidade, inclusive os de propriedade industrial
ou comercial”, conforme conceitua o artigo 179 da lei 6.404/76. Melhor exemplificado,

54
neste grupo estão as contas de permanência duradoura, destinados ao funcionamento de
empresa, assim como direitos exercidos com essa finalidade. O grupo de imobilização
é basicamente composto pelos seguintes subgrupos:

Bens de operação;

1. terrenos
2. instalações
3. Maquinas e equipamentos
4. Equipamentos de processamento de dados
5. Móveis e utensílios
6. veículos
7. Ferramentas.

Imobilizado em andamento

1. Bens em uso na fase de implantação


2. Construções em andamento

Eles sofrem taxas de depreciação diversificadas:

Taxa Anual Anos de Vida útil Meses


Edificações 4% 25 300
Maquinas e Equipamentos 10% 10 120
Instalações 10% 10 120
Móveis e utensílios 10% 10 120
Veículos 20% 5 60
Sistema de Proc. de Dados 20% 5 60

Com relação aos bens classificados no imobilizado, eles sofrem os seguintes custos:

55
a) Custo histórico: é o valor de aquisição dos bens no momento da sua compra,
como também necessários para colocá-los em local e condições de uso no processo
operacional da companhia.

b) Custo Corrigido: é o valor do bem atualizado para que o mesmo não sofra a
desvalorização perante a moeda nacional.

c) Depreciação: é o valor registrado na contabilidade para demonstrar o desgaste


natural de bens tangíveis (palpáveis) Ex: Móveis, veículos,...

d) Amortização: é o valor registrado na contabilidade para demonstrar o desgaste


natural de bens intangíveis (abstratos). Ex. Direitos de propriedade industrial ou
comercial.

e) Correção monetária: é o valor registrado na contabilidade para corrigir o valor em


função da desvalorização do poder aquisitivo da moeda nacional. Cabe observar que, a
mesma não está em prática deste 01/01/96, conforme determinação da Secretaria da
Receita Federal, não impossibilitando que a mesma volte um dia.

Diferido: registra basicamente as aplicações de recursos em despesas que


contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os
juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o inicio das
operações sociais.

Este grupo é composto basicamente pelos seguintes subgrupos:

Gastos de implantação e pré-operacionais


Pesquisa e desenvolvimento de produtos
Gastos de implantação de sistemas e métodos
Gastos de reorganização.

56
Lançamentos:

1. constituição do seu capital social composto da seguinte forma: R$ 60.0000,00 (01/09)


2. integralização do Capital Social no valor de R$ 35.000,00 (02/09)
3. pagamentos de despesas de água no valor de R$ 150,00 (03/09).
4. abertura de conta no banco de esquina no valor de R$ 30.000,00 (04/09)
5. compra de máquinas e equipamentos no valor de R$ 12.000,00 a prazo
(depreciação 10% ªª ) (07/09).
6. pagamentos de despesas com aluguel através do cheque nº 001 no valor de
R$ 2.000,00 (08/09).
7. Compra de material para revenda (15 carteiras) no valor de R$ 255,00 a prazo
(ICMS = 18%) (09/09).
8. pagamentos de despesas com luz no valor de R$ 260,00. (10/09)
9. venda de material para revenda (10 carteiras) no valor de R$ 500,00 a prazo.
(ICMS = 18%) (11/09).
10. integralização do capital social restante. (14/09)
11. devolução de compras (lançamento 07) no valor de R$ 34,00 (15/09)
12. devolução de vendas (lançamento 09) no valor de R$ 100,00 (16/09)
13. pagamento da compra nº 05 (17/09)
14. pagamento da compra nº 07 (18/09)
15. recebimento da venda nº 09 (19/09)
16. apuração do ICMS. (19/09)

Fazer:

Lançamentos nos Razonetes


Lançamentos nos Balancetes

57
Exercícios:

Efetuar os lançamentos contábeis realizados no mês de Agosto de 1999,


relacionados abaixo, montar os razonetes e efetuar o balancete de verificação.

1. integralização de capital social em dinheiro no valor de R$ 100.000,00


2. aquisição de prédio no valor de R$ 30.000,00, sendo R$ 3.000,00 a vista e o
restante para 09 parcelas
3. aquisição de maquina industrial no valor de R$ 10.000,00, sendo R$ 3.000,00 a
vista e o restante para 30 dias.
4. aquisição a vista de mesas e cadeiras por R$ 1.000,00
5. abertura de conta bancaria no banco da praça, através de depósito de R$ 500,00
6. efetuado junto ao banco, empréstimos de R$ 15.000,00, com juros de 1% e
despesas financeiras de R$ 50,00.
7. compra a vista através de cheque no banco da praça, de instalações no valor de
R$ 5.000,00.
8. compra a prazo de peças para reparos no valor de R$ 10.000,00
9. pagamento do primeiro titulo referente à aquisição do prédio, através de cheque
do banco da praça S/A.
10. compra de um computador á vista no valor de R$ 2.000,00, através de cheque
do banco da praça S/A.
11. compra de material de escritório á vista no valor de R$ 1.000,00
12. aquisição de um veiculo a vista no valor de R$ 15.000,00
13. pagamento de duplicata referente compra de maquinas industriais
14. venda de mercadorias á vista no valor de R$ 5.000,00
15. venda de mercadorias a prazo no valor de R$ 8.000,00
16. venda de mercadorias no valor de R$ 20.000,00 sendo 50% a vista, recebida
através do banco e 50% a prazo.

O que significa contabilidade de A.R.E ?

O resultado da atividade econômica é determinado pela diferença entre as receitas e


as despesas. Relativas a um determinado exercício social.

58
O que significa Receita?

São ingressos patrimoniais decorrentes da utilização dos recursos da entidade,


sendo estes recursos materiais, humanos ou intelectuais. Mais que exijam da entidade
um certo esforço que direta ou indiretamente acarretem gastos para entidade. As receitas
aumentam a riqueza própria do patrimônio.

O que é Despesa?

São gastos incorridos com a finalidade de gerar Receitas. Estes gastos


correspondem ao custo dos recursos utilizados pela entidade com seu esforço para
realizar receitas.
As Despesas reduzem a riqueza própria do patrimônio.

Resultado = Receitas - Despesas - C.M.V (Custo Mercadoria Vendida)

Funcionamento das contas: A movimentação dos elementos contábil é registrada


através de lançamentos nas contas correspondentes, Débito ou Crédito.

O que é Razonete?

É um gráfico em forma de "T" , onde o lado esquerdo é o lado do Débito, e o lado


direito é o lado do Crédito.
Convém observar que as palavras Débito e Crédito não têm conotação negativa ou
positiva, significando simplesmente um registro do lado direito ou do lado esquerdo do
razonete.

Nome da Conta .
Débito | Crédito
|
|
Devedor | Credor
Saldo

"O Razonete substitui o livro razão para estudos"

59
Mecanismo de Débito e Crédito

CONTAS AUMENTA DIMINUI NATUREZA DO


SALDO

Ativo Débito Crédito Devedor


Passivo Crédito Débito Credor
Patrimônio Líquido Crédito Débito Credor
Receitas Crédito Débito Credor
Despesas Débito Crédito Devedor

O que é balancete de Verificação?

Depois de efetuado os lançamentos nos razonetes ( Razão ), devemos em seguida


apurar todos os saldos das contas, como já vimos obtém-se os saldos das contas pela
diferença entre Débito e Crédito.

Os passos que devemos seguir até o Balanço Patrimonial:

1-) Fazer todos os lançamentos dos Razonetes

2-) Puxar o balancete de Verificação

3-) Apurar o Resultado do Exercício ( Período ), transferindo todas as Despesas e


Receitas para a conta de resultado do exercício.

4-) Balanço Patrimonial.

60
Exercício

1) No dia 01 de Abril de 1999 foi constituída a empresa Eletrônica Payssandu, com o


objetivo de prestar serviços em aparelhos eletrônicos. Os fatos contábeis ocorridos
durante o 1° mês de atividade da empresa foram:

1- Integralização do Capital social pelos sócios em dinheiro 100,00


2- Compra de mesas e cadeiras à vista 20,00
3- Compra de mesas e cadeiras à prazo aceitando uma duplicata 80,00
4- Conserto de um aparelho de rádio à vista 35,00
5- Compra de peças utilizadas no conserto do rádio à vista 8,00
6- Compra de equipamento para teste à vista 10,00
7 - Conserto de um aparelho de televisão o qual emitiu uma duplicata para 30 dias no
valor de 60,00
8- Pagou aluguel do mês 7,00
9- A folha de pagto. do mês de Abril será paga no dia 05 de Maio no valor 25,00
10- Os sócios aumentaram o capital da empresa para 150,00, integralizado no mais 50,00.

Balancete = 350,00
ARE = 55,00
Lucro do exercício = 55,00
Balanço Patrimonial = 310,00

2) Dados os seguintes fatos contábeis:


1- José e Maria constituíram uma sociedade entrando cada um com 150,00
2- Compraram balcões e prateleiras por 120,00
3- Compraram mercadorias a prazo aceitando uma duplicata no valor de 80,00
4- Depositaram parte do dinheiro existente no caixa 130,00
5- Venderam metade do estoque de mercadoria à vista 60,00

Balancete = 440,00
ARE = 20,00
Lucro do exercício = 20,00
Balanço Patrimonial = 400,00

61
3) Fatos contábeis relativos ao primeiro mês exercício social:
1- Depositaram no banco parte do dinheiro existente no caixa 100,00
2- Venderam a prazo por 18,00, mercadorias que haviam custado 10,00
3- Receberam em dinheiro por serviços prestados 27,00
4- Compraram mercadorias a prazo 57,00
5- Pagaram aluguel em dinheiro 6,00
6- Pagaram duplicata com cheque 80,00

Balancete = 422,00
ARE = 29,00
Lucro Acumulado = 49,00
Balanço Patrimonial = 406,00

4) Os saldos das contas da razão da empresa J.Y, em 30/11 eram:


Caixa = 5.500,00
Terreno = 4.000,00
Notas a pagar = 2.000,00
Lucro acumulado = 430,00
Capital = 5.000,00
Receita Serviços = 3950,00
Desp. c/ salários = 1.500,00
Desp. c/ publicidade = 180,00
Desp. c/ aluguel = 200,00
Durante o mês de Dezembro foram efetuadas as seguintes transações:
1- Desp. de juros do mês 10,00 a pagar em Janeiro
2- Desp. de salário do mês 1.500,00 a pagar em Janeiro
3- Pagto. De desp. com publicidade do mês 25,00
4- Receita de serviço do mês 1.200,00 a receber em Janeiro.
Balancete = 14.090,00
A.R.E = 1.735,00
Lucro do exercício = 2.165,00
Balanço Patrimonial = 10.675,00

62
5) Os saldos da conta do razão da empresa Fornélio & Cia Ltda. em Novembro era:
Caixa = 65,00
Equipamentos = 210,00
Contas a receber = 105,00
Veículos = 60,00
Moveis e Utensílios = 42,00
Fornecedores = 12,00
Contas a pagar = 50,00
Títulos a pagar = 30,00
Capital = 260,00
Desp. c/ energia = 98,00
Desp. de pessoal = 132,00
Dividendos a pagar = 50,00
Receitas de serviços = 310,00

Durante o mês de Dezembro ocorreram os seguintes fatos contábeis:

1- Recebimento de receita do mês 15,00


2- Pagto. desp. de manutenção de veículo 30,00
3- Pagto. desp. de impostos 14,00
4- Recebimento de contas a receber 50,00
5- Pagto. de dividendo aos acionistas 45,00
6- Recebimento de receita de serviços do mês 20,00
7- Compra a prazo de móveis e utensílios 100,00
8- Pagto. de desp. cI manutenção de equipamento 12,00
9- Recebimento de contas a receber 40,00
10- Pagto. de salário do mês 50,00
11- Pagto. da conta de energia do mês 10,00

Balancete = 802,00
ARE = 1,00
Prejuízo do exercício = - 1,00
Balanço Patrimonial = 456,00

63
6) Apresentamos a seguir os fatos contábeis ocorridos no mês de Janeiro da
empresa Satélite Ltda.

1- Subscrição e integralização do capital social em dinheiro 50,00


2- Compra de máquinas à vista com pagto. em dinheiro 20,00
3- Depositaram em dinheiro por serviços prestados 40,00
4- Recebimento em dinheiro por serviços prestados 40,00
5- Compra de móveis à vista com pagto. em cheque 7,00
6- Emissão de duplicata com vencimento em Fevereiro com relação a serviços
prestados 9,00
7- Pagto c/ cheque do aluguel relativo ao mês de Janeiro 6,00
8- Desp. c/ energia elétrica relativa ao mês de Janeiro a pagar em Fevereiro 5,00

Balancete = 144,00
ARE = 78,00
Lucro do exercício = 78,00
Balanço Patrimonial = 133,00

7) O Balanço Patrimonial da empresa Representações Cometa Ltda, em 31/12


apresentava as seguintes contas com os saldos respectivos:
Caixa 10.000,00
Clientes 20.000,00
Juros a receber 650,00
Comissões a receber 1.050,00
Salários a pagar 1.400,00
Impostos a recolher 600,00
Títulos a pagar 8.000,00
Capital 30.000,00
Prejuízo acumulado 300,00
Instalações 5.000,00
Móveis 3.000,00

64
Em Janeiro a empresa efetuou as seguintes operações:
1- Faturou serviço a prazo 12.000,00
2- Recebeu juros referentes à Dezembro 650,00
3- Recebeu juros referentes à Janeiro 600,00
4- Recolheu imposto relativo à Dezembro 600,00
5- Pagou títulos 2.000,00
6- Recebeu comissões relativas à Dezembro 1.050,00
7- Pagou salário relativo a Dezembro 1.400,00
8- Incorreu e pagou desp. de salários de 1.800,00
9- Comprou instalações a prazo 300,00
10-Aumentou o capital com integralização em dinheiro 5.000,00

Balancete = 53.900,00
A.RE = 10.800,00
Lucro Acumulado = 10.500,00
Balanço Patrimonial = 51.800,00

8) Os saldos das contas do razão da empresa J. F Ltda em novembro:

Caixa = 130,00
Equipamentos = 420,00
Contas a receber = 210,00
Veículos = 120,00
Móveis/Utensílios = 84,00
Fornecedor = 24,00
contas a pagar = 100,00
Títulos a pagar = 60,00
Capital = 520,00
Despesas com energia elétrica = 195,00
Despesas com pessoal = 264,00
Dividendos a pagar = 100,00
Receita serviço = 620,00

65
Em dezembro a empresa teve a seguinte movimentação:
1- Comprou equipamento à vista 80,00
2- Comprou móveis e utensílios a prazo 60,00
3- Recebeu por serviços prestados 150,00
4- Pagou conta telefone 2,00
5- Pagou aluguel 15,00
6- Pagou conta de luz 3,00
7- Pagou despesas de impostos 14,00
8- Pagou dividendos acionistas 80,00
9- Recebeu receita de serviço do mês 200,00
10- Recebeu contas a receber 80,00
11- Pagou despesas de manutenção de veículo 60,00
12- Depositou no banco 100,00
13- Pagou salário do mês com cheque 20,00

Balancete = 1.754,00
A.R.E = 396,00
Lucro Acumulado = 396,00
Balanço Patrimonial = 1.180,00

9) Empresa de construção civil J. N. foi constituída em abril. A seguir estão


relacionados os fatos contábeis:

1- O capital subscrito foi de 2.000,00 integralizando da seguinte forma 50% em dinheiro,


10% em veículo. 10% em móveis. 20% em instalações. 10% em equipamentos.
2- Foi aberta uma conta no banco, depositaram 800,00
3- Retirou 400,00 e colocou no caixa da empresa
4- Comprou equipamento à vista 90,00
5- Comprou móveis/utensílios à vista 80,00
6- Comprou 2 caminhões à prazo por 160,00
7- Recebeu por serviços prestados 200,00
8- Pagou ordenados 40,00
9- Pagou 50% da dívida das compras dos caminhões
10- Comprou um imóvel por 200,00 pagando à vista com cheque.

66
11- Pagou a conta de telefone 3,00
12- Depositou no banco 70,00
13- Recebeu por serviços prestados 300,00
14- Tirou um empréstimo bancário 200,00
15- Pagou aluguel 30,00
16- Pagou conta de luz 4,00
17- Pagou manutenção de veículo com cheque 10,00
18- Pagou despesas com manutenção do prédio 3,00
19- Prestou serviço à vista 50,00 recebendo em cheque
20- Pagou férias em dinheiro 5,00

Balancete = 2.830,00
A.R.E = 455,00
Lucro Acumulado = 455,00
Balanço Patrimonial = 2735,00

10) O balancete de verificação da Representação Alan Ltda em novembro mostrava


os saldos da seguinte conta:

Caixa = 30,00
Capital = 40,00
Terreno = 50,00
Despesas com: salário = 20,00
aluguel = 19,00
impostos = 6,00
propaganda = 3,00
material de escritório = 22,00
material de limpeza = 8,00
Receita de serviço = 70,00
Instalações = 15,00
Móveis/utensílios = 10,00
Despesas com luz = 5,00
Lucro acumulado = 60,00
Adiantamento de clientes = 18,00

67
Em dezembro a empresa teve as seguintes transações:

1- Recebeu por serviços prestados 50,00


2- Aumentou o capital com a incorporação de lucro acumulado 50,00
3- Recebeu por serviços prestados 25,00 recebendo no ato apenas 20%
4- recebeu antecipado por serviços à executar 15,00
5- Contratou seguro no mês pagando à vista 12,00
6- pagou aluguel relativo à dezembro 14,00
7- Prestou serviço cujo valor foi antecipado em novembro 18,00

Balancete = 278,00 A.R.E = 54,00 Balanço Patrimonial = 169,00

11) A empresa terra Branca foi constituída em abril a seguir estão relacionados os
fatos contábeis ocorridos na empresa do seu primeiro ano de atividade.

1- O capital subscrito foi de 1.500,00 integralizado da seguinte forma:


50% em dinheiro
30% em móveis/utensílios
20% em veículo
2- Foi aberta uma conta depositando 750,00
3- Retirou 200,00
4- Comprou equipamentos à vista por 80,00
5- Comprou móveis/utensílios à vista por 60,00
6- Comprou dois fuscas à prazo por 130,00
7- Recebeu por serviços prestados 150,00
8- Pagou salário 20,00
9- Pagou parte da dívida assumida da operação 6 - 40,00
10- Comprou terreno à vista 150,00 pagando em cheque
11- Pagou conta de telefone 2,00
12- Depositou no banco 50,00
13- Recebeu por serviço prestado 80,00
14- Pagou com cheque o resto da operação 6
15- Pagou aluguel 15,00
16- Pagou conta de luz 3,00

Balancete = 1.730,00 A.R.E = 190,00 Lucro acumulado = 190,00 Balanço Patrimonial = 1.690,00

68
Operações com Mercadorias
Definem-se mercadorias como os bens que as empresas adquirem com a finalidade
de revenda sem exercer sobre ela qualquer operação caracterizada como industrializada.
A mercadoria é revendida da mesma forma que foram adquiridas.

A operação com mercadorias compreendem-se:

1° Com os registros dos fatos que envolvem a conta mercadoria são: E.I, Compras
(seguro + frete ), E.F e vendas

2° Apuração do Custo da Mercadoria Vendida ( C.M.V)

3° Resultado da conta mercadoria

Equação básica

CMV = EI + C – EF

RCM = V – CMV

Inventário _ Em sentido amplo inventário é a verificação por meio do levantamento


individualizado e completo, dos bens e valores, ativos e passivos, de uma entidade.

Almoxarifado _ O almoxarifado deve estar localizado num espaço dentro da


empresa, seguro e fechado. Pode ser controlado manual ou computadorizado.

Ficha de controle e avaliação de estoque_ Os principais métodos de avaliação de


estoque utilizados pelas empresas são: PEPS, UEPS e CMP

69
PEPS _ Primeiro que entra, primeiro que sai. Este método consiste em se atribuir
ao custo da mercadoria vendida, os preços das primeiras compras, ficando com o estoque
remanescente avaliado pelo valor das últimas aquisições.

UEPS _Último que entra, primeiro que sai. Este método consiste em se atribuir ao
custo da mercadoria vendida, os preços das últimas compras, ficando o estoque
remanescente avaliado pelo valor das primeiras aquisições.

C.M.P _ Custo Médio Ponderado. Consiste essa em se atribuir às mercadorias


vendidas por preço médio das mercadorias em estoque. Este método é o mais usado
pelas empresas.

UEPS PEPS C.M.P


Vendas 2.000,00 2.000,00 2.000,00
(-) C.M.V 1.000,00 1.150,00 1.075,00
= R.C.M 1.000,00 850,00 925,00
E.F 1.050,00 900,00 975,00

Data Histórico Quant. Preço Unit. Valor


02/01 Compras 20 100,00 2.000,00
03/01 Vendas 10 150,00 1.500,00
04/01 Vendas 15 180,00 2.700,00
05/01 Compras 30 200,00 6.000,00
06101 Compras 10 210,00 2.100,00
07/01 Vendas 05 300,00 1.500,00
08101 Vendas 10 250,00 2.500,00
09/01 Compras 10 280,00 2.800,00
10/01 Compras 20 300,00 6.000,00
11/01 Vendas 20 400,00 8.000,00

FICHA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

ENTRADA SAÍDA SALDO


DATA HISTORICO QTDE I P.U Valor OTDE P.U Valor QTDE P.U Valor!
01/01 Estoque I 30 200,00 6.000.00
02/01 Compras
03/01 Vendas
04/01 Vendas
05101 Compras
06/01 Compras
07/01 Vendas

70
08/01 Vendas
09/01 Compras
10/01 Compras
11/01 Vendas
11.319,2
Total Compras: 18.900,00 C.M.V: E.F: 13.580,75
5

C.M.V = E.I + C - E.F


C.M.V= 6.000,00 + 18.900,00 -13.580,75 = 11.319,25

Data Histórico Quant. Preço Unit . . Valor


02/01 compras 50 100,00 5.000,00
03101 Vendas 20 200,00 4.000,00
04/01 Vendas 30 200,00 6.000,00
05/01 Compras 60 300,00 18.000,00
06/01 Compras 20 300,00 6.000,00
07/01 Vendas 10 400,00 4.000,00
08/01 Vendas 10 350,00 3.500,00
09/01 Compras 20 400.00 8.000,00
10/01 Compras 30 500,00 15.000,00
11/01 Vendas 20 400,00 8.000,00

FICHA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

ENTRADA Salda SALDO


DATA HISTORICO QTDE P.U Valor QTDE P.U Valor QTDE P.U Valor
01101 Estoque I
02101 Compras
03101 Vendas
04/01 Vendas
05/01 Compras
06/01 Compras
07/01 Vendas
08/01 Vendas
09-01 Compras
10/01 Compras
11/01 Vendas
Total Compras: 52.000,00 C.M.V: 19.470,40 E.F: 46.110,35

C.M.V= E.I + C-E.F


C.M.V= 13.580,00 + 52.000,00 - 46.110,35 = 19.470,40

1-) ATIVO

71
Como visto anteriormente as contas do ativo devem ser apresentadas na ordem
decrescente de liquidez...

. Ativo Circulante: Compreendem as disponibilidades, os direitos realizáveis no


curso do exercício social, subsequente. O estoque e as aplicações de recursos de
despesas do exercício seguinte, estes subgrupos são compostos por contas tais como:

Disponibilidade: Caixa, banco e aplicações;


Direitos realizáveis: Clientes, duplicata a receber;
Estoque: Matéria-prima, produtos acabados;
Despesas do exercício seguinte: Seguros a vencer, aluguéis a vencer;

. Ativo realizável a longo prazo: Compreendem os bens e direitos realizáveis após


o exercício social seguinte. Também são classificados como realizável a longo prazo
independente do prazo de vencimento, ex.:

Adiantamentos a sócios e empréstimos às empresas coligadas ou controladas.

. Ativo Permanente: Compreendem os bens e os recursos aplicados de forma


permanente da manutenção das atividades produtivas das empresas, sendo composto
pêlos seus subgrupo:

Investimento: Imóveis p/ renda, obras de arte, participações societárias;


Imobilizado: Terrenos, máquinas e veículos.
Diferido: Desp. c/ organização e reorganização.

2-) PASSIVO

Convém lembrar que as contas do passivo devem obedecer à ordem decrescente de


exigibilidade.

72
. Passivo Circulante ou exigível a curto prazo: É composto pelas obrigações
existentes nas datas do balanço com prazo de vencimento até o final do exercício social
seguinte.

. Passivo exigível a longo prazo: São todas as obrigações existentes na data do


balanço com prazo de vencimento que ultrapasse o exercício social seguinte

. Resultado do exercício futuro: Compreendem as receitas do exercício futuro


diminuída dos custos e despesas a elas correspondentes.

. Patrimônio Líquido: Representa as obrigações da empresa para com seus sócios,


acionistas ou titular, exemplos: Capital Social, Lucro ou Prejuízo, Reserva de Lucro;

3-) Demonstração do Resultado do Exercício

Tem como finalidade detalhar a apuração do resultado do exercício e o lucro ou


prejuízo por ação.

. Receita Operacional Bruta: Compreendem o produto da venda de mercadoria,


produto ou serviço prestado;

. Receita Operacional Líquida: Compreende o produto das receitas líquidas das


operações principais desenvolvidas pela empresa com a qual a empresa pode contar para
cobrir seus custos e despesas e gerar seu lucro;

. Despesa Operacional: São as despesas incorridas com a manutenção da


atividade principal, ex.: Desp. de vendas, desp. administrativas, desp. gerais;

. Outras Receitas Operacionais: São as receitas ocorridas das atividades


acessórias desenvolvidas pela empresa, ex.: Receita de aluguel, rendimentos em
participações societárias, vendas de sucata;

73
. Outras Despesas Operacionais: São as despesas incorridas com a manutenção
das atividades acessórias, ex.: Manutenção do prédio alugado;

. Receita Não Operacional: São as receitas provenientes de transações não


incluídas na atividade principal da empresa, ex.: Venda de um Bem;

. Despesas Não Operacionais: São as despesas incorridas com as transações não


incluídas nas atividades principais da empresa, ex.: Venda de um Bem;

4-) BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO
* Circulante * Circulante
Disponível 11.010,00 Fornecedores
65.630,00
Duplicatas á receber 115.280,00 Outros 62.660,00
Estoques 106.750,00 Empréstimos Bancários 16.120,00

* Permanente * Exigível a longo prazo


Investimentos 10.070,00 Empréstimos bancários 81.410,00
Imobilizado 161.850,00 Financiamentos 38.830,00
Diferido
4.200,00
* Patrimônio Líquido
Capital realizado 87.320,00
Reservas
35.320,00
Lucros Acumulados 21.870,00
Total 409.160,00 Total 409.160,00

DEMONSTRACAO DO RESULTADO DO EXERCICIO


* Receita Operacional Bruta
Vendas de mercadorias 474.340,00
I (-) Deduções
Vendas Canceladas (32.350,00)
Impostos s/ vendas (33.170,00)
* Receita Operacional Líquida (408.820,00)
(-) C.M.V (294.880,00)
* Resultado Operacional Líquido 113.940,00
(-) Despesas Operacionais
Vendas (22.790,00)

74
Administrativas (18.340,00)
Financeiras (52.120,00)
Resultado Operacional 20.690,00
(+) Resultado não-operacional
Lucro na venda imobilizado 460,00
(-) Resultado da Correção Monetária -(5.300,00)
* Resultado antes I.R. 15.850,00
(-) Provisão p/Imposto de Renda (7.560,00)
* Resultado Líquido 8.290,00

75
Análise por quocientes*
Consiste no estabelecimento de relações entre dois valores representativos dos
saldos de contas ou de um grupo de contas, com a finalidade de evidenciar alguns
aspectos da situação econômica ou financeira da empresa. No quociente obtido do
relacionamento de dois valores,obtém-se um índice, por meio do qual, se mede um
determinado aspecto que pode ser econômico ou financeiro. Os índices econômicos
medem os aspectos relacionados com a rentabilidade. Enquanto os índices financeiros
medem os aspectos relacionados com a liquidez e a estrutura de capital da empresa.

Índice de Liquidez

Ativo Circulante
Liquidez Corrente = ---------------------
Passivo Circulante

* Indica o quanto à empresa possui em disponibilidade, bens e direitos realizáveis no


curso do exercício seguinte para liquidar suas obrigações.

Disponível
Liquidez Imediata = ---------------------
Passivo Circulante

* Indica o quanto à empresa possui de recursos disponíveis para liquidar as obrigações na


data do balanço.

Ativo Circulante – Estoque - Desp. Exercício seguinte


Liquidez Seca = --------------------------------------------------------------------------
Passivo Circulante

* Indica o quanto à empresa possui de ativo liquido disponível + direitos realizáveis a curto
prazo para liquidar as obrigações de curto prazo.

Ativo Circulante + Realizável a longo prazo


Liquidez Geral = -----------------------------------------------------------
Passivo Circulante + Exigível a longo prazo

76
*indica o quanto à empresa possui em recurso disponíveis, bens e direitos realizáveis a
curto prazo e longo prazo para fazer face ao total de suas dividas de curto a longo prazo

Índices Individuais

Ativo Total
Solvência Geral = -------------------------
Passivo Exigível

* Indica o quanto, do total de recursos aplicados em bens e direitos, para cobrir as


exigibilidades totais da empresa.

Passivo Exigível
Grau de Endividamento = ------------------------
Ativo Total

* Indica o quanto do total de recursos aplicados em bens e direitos tiveram origem em


capitais de terceiros.

Passivo Exigível
Garantia de Capital 3º = ------------------------
Patrimônio Liquido

* indica o percentual de capital de 3º em relação ao patrimônio liquido, indicando também


a dependência da empresa em relação ao capital externo.

Rotação de Estoques

C.M.V
Giro = --------------------- nº de vezes
Estoque médio

Período (dias)
Prazo = --------------------- nº de dias
Giro

294.880,00
Giro = --------------------- 4 vezes
79.470,00

360
Prazo = --------------------- 90 dias
4

77
Giro: Indica quantas vezes o estoque se renovou no período considerado.

Prazo: Indica em Média quantos dias a empresa permanece com as mercadorias em


estoque desde o momento da aquisição até a sua venda.
Rotação de duplicatas a receber

Vendas
Giro = --------------------- nº de vezes
X das duplicatas a receber

Período (dias)
Prazo = --------------------- nº de dias
Giro

474.340,00
Giro = --------------------- 6 vezes
93.965,00

360
Prazo = --------------------- 60 dias
6

Giro: Indica quantas vezes as duplicatas a receber se renovarão do período considerado.

Prazo: Indica em Média quantos dias a empresa permaneceu com as duplicatas desde o
momento da venda a prazo até o dia de seu recebimento.

Rotação de Duplicatas a pagar.

As compras
Giro = --------------------- nº de vezes
X duplicata a pagar

Período de dias
Prazo = --------------------- nº de dias
Giro

349.440,00
Giro = --------------------- 7 vezes
57.425,00

360
Prazo = --------------------- 52 dias
7

Giro: Indicam quantas vezes as duplicatas a pagar se renovarão no período.

78
Prazo: Indica a quantidade média de dias que a empresa utiliza para pagar aos seus
fornecedores, desde o dia da compra até o momento das duplicatas.

Índice de Rentabilidade

Lucro líquido
Retorno do capital próprio = ---------------------
Patrimônio líquido X

8.290,00
R.C.P = --------------------- = 0,05
109.460,00

* Indica a rentabilidade dos recursos aplicados na empresa pelos sócios.

Resultado liquído
Lucro por ação = --------------------- = 1,84
Nº de Ações

8.290,00
Lucro por ação = --------------------- = 1,84
4.500,00

* Indica a parcela do lucro correspondente a cada ação emitida pela companhia.

Relação de Preço / Lucro = Preço de mercado da ação


Lucro por ações

RPL / L = 10 = 5,43 (ações)


1,84

* Indica a quantidade de anos que o investidor tem que aguardar para recuperar o capital
aplicado na empresa.

79
A INSTITUIÇÃO BANCÁRIA

Vamos agora passar a estudar as Instituições bancárias,


seus fundamentos, produtos e serviços, e o papel que
desempenham no Sistema Financeiro Nacional.

BANCOS são Instituições que captam recursos de quem


tem e não precisa dispor dos mesmos em determinado
prazo, e os repassa a quem deles necessita e não dispõe,
realizando e sendo remunerado por esta intermediação.

Realizam a guarda de recursos de pessoas físicas e


jurídicas, tem uma ampla função social, traduzida pelo
conjunto de atividades que executam na sociedade (fomento, desenvolvimento,
recolhimento de tributos, etc.), movimentam recursos nas transações bancárias e
tem também uma importante função econômica: a multiplicação de recursos,
através de operações de crédito, financiamento e investimento.

Popularmente, falamos que a ”mercadoria” com a qual um banco trabalha é o


dinheiro, mas como vimos ele possibilita uma série de serviços que movimenta as
cadeias produtivas da economia e gera resultados sociais consideráveis.

O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

São elementos integrantes do Sistema Financeiro Nacional, e suas principais


entidades reguladoras:

 O Conselho Monetário Nacional (CMN)


 O Banco Central do Brasil (BACEN)
 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

E as demais Instituições financeiras que integram o subsistema operativo do SFN


podem ser públicas (como por exemplo o Banco do Brasil, a CEF – Caixa
Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social /
BNDES), privadas (Bancos comerciais, Bancos de investimentos, Bancos
múltiplos, Sociedades de crédito, financiamento e investimento e as Sociedades de
crédito imobiliário), auxiliares (Corretoras e Distribuidoras de títulos e valores
mobiliários e agentes autônomos de investimento), as Seguradoras e Companhias
de Leasing e arrendamento mercantil.

80
As citadas entidades reguladoras constituem o Sistema normativo, que regula e
controla as atividades do Sistema operativo, que competem entre sí no mercado
financeiro. São pessoas jurídicas, públicas ou privadas, que tem como atividade
principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos
financeiros, próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a
custódia de valor de propriedade de terceiros.

ESCOPO DE ATUAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA


OPERATIVO

As Instituições do Sistema operativo podem ser classificadas em Bancos


Comerciais, Bancos de Investimento, Financeiras, Sociedades de Crédito
Imobiliário e Bancos múltiplos, considerando sua atuação no mercado financeiro.

Os Bancos Comerciais constituem a base do subsistema monetário. Possuem a


faculdade de criar, sob efeito multiplicador, a principal fração do conceito
convencional de moeda: a moeda escritural, constituída pelo total de depósitos à
vista. Suas atividades e funcionamento são regulamentados pelo BACEN, por
intermédio do qual as autoridades monetárias controlam a liquidez do sistema
bancário, e a conseqüente solidez da Instituição.

Os Bancos de Investimento são especializados em financiamentos a médio e


longo prazos e também em operações de investimento e participações. Seu
objetivo é a prática de transações que permitam suprir recursos necessários à
formação de capital fixo e de movimento de empresas do setor privado, de forma
adequada e oportuna, mediante aplicação de recursos de terceiros. Comumente,
são intermediários entre a empresa que necessita de recursos e o investidor que
deseja aplicar seus montantes. Atuam comprando e vendendo papéis do governo
e de empresas públicas e podem agir como corretoras ou distribuidoras de títulos
e valores imobiliários. Oferecem ainda serviços em assessoria de negócios,
projetos financeiros de aplicação e captação de recursos e administração de
fundos de investimento.

As Financeiras, ou Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos,


tem por objetivo o financiamento do consumo, captando recursos principalmente
através da venda de letras de câmbio.

As Sociedades de Crédito Imobiliário são instituições participantes do Sistema


Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e utilizam-se da maçiça
captação de recursos da caderneta de Poupança e repasses de créditos da CEF
para viabilizar operações de crédito imobiliário.

81
Bancos Múltiplos são instituições financeiras que englobam, em suas carteiras,
operações ativas, passivas e acessórias antes privativas dos bancos comerciais,
bancos de investimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento e
sociedades de crédito imobiliário. A característica mais importante do banco
múltiplo é a inexistência de vinculação entre os recursos captados e suas
aplicações, com exceção daqueles captados através de depósitos de poupança e
de repasses com fins específicos.

Basicamente, podemos identificar três linhas de atuação de um banco comercial,


nos negócios que realiza:

 Produtos de Créditos, também chamados de ativos bancários (aplicação),


onde o banco empresta dinheiro a tomadores de recursos, mediante a
cobrança de taxas por estes empréstimos

 Produtos de investimento, também chamados de passivos bancários


(captação), onde o banco realiza operações de captação de dinheiro de
doadores de recursos, mediante o pagamento de uma remuneração ou taxa de
captação.

 Serviços bancários, onde o banco presta serviços a terceiros, mediante o


pagamento de tarifas, consolidando o relacionamento entre cliente e banco.

A geração de receita (ou onde o banco realiza seu lucro) envolve a diferença entre
a taxa negociada na captação pelo banco e a taxa cobrada do cliente tomador
(inicialmente chamada de spread bruto), descontados os custos operacionais,
que resultam no que chamamos de spread liquido, que representa o lucro real da
Instituição.

Outras importantes fontes de receitas para o banco são as tarifas pagas pelos
clientes e os floats, que são o tempo em que o dinheiro dos correntistas transita
ou permanece nas contas sem remuneração.

Então, é correto afirmar que os negócios realizados entre os bancos e seus


clientes acontecem através da venda de produtos e serviços bancários. Os
produtos são veículos (instrumentos) para atender às demandas de um mercado
(clientes), e portanto, formas de concretização de negócios. Traduzem-se, no
aspecto das necessidades e expectativas envolvidas nas demandas, na solução,
(ou parte dela) para as citadas demandas, sejam elas simples ou complexas. É
importante também entender que uma solução de uma demanda de um cliente ou
grupo deles (mercado), pode conter mais de um produto ou serviço, e que este
último (o serviço) geralmente acha-se intimamente agregado ou decorre da
apresentação e venda do produto.

82
O sucesso da Instituição bancária, e por conseqüência de seus produtos como
veículo de satisfação das demandas geradas por seus públicos ou clientes, acha-
se direta e totalmente relacionado à sua condição de preencher uma
necessidade, atendendo plenamente as expectativas geradas, e também à
maneira como o cliente é atendido, com diferenciais de qualidade perceptíveis e
mensuráveis.

VISÃO ESTRATÉGICA DA ATIVIDADE BANCÁRIA

A atividade bancária ocorre no mercado financeiro à luz


das normas e instruções do SFN – Sistema Financeiro
Nacional, e os agentes econômicos que atuam neste
mercado, cada qual com sua missão, características,
objetivos funcionais, peculiaridades, necessidades,
estratégias e recursos são:

 Indivíduos (pessoas físicas)


 Empresas (pessoas jurídicas)
 Governos
 Instituições financeiras
 Instituições não-financeiras

Tais Instituições planejam, operacionalizam, formalizam e liquidam seus negócios


através de Produtos e Serviços Bancários, cujas movimentações são realizadas
através do instrumento básico, estratégico e operacional dos negócios bancários: a
Conta Corrente.

83
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS

CONTA CORRENTE

Este é o primeiro produto a ser estudado, devido à sua importância. Trata-se de


um veículo ou canal essencial, por onde passam todas as transações, registros e
informações relativas aos negócios bancários, vínculo principal entre cliente e
instituição. Nela são contabilizadas e formalizadas pelo método contábil as
movimentações, expressas matematicamente pelos débitos (-), créditos (+) e
pelo saldo (=), geradas pelas operações abaixo:

 Depósitos
 Saques
 Transferências
 Aplicações
 Créditos e débitos diversos
 Ordens de pagamento
 Tarifas de serviços
 Extornos de valores

ABERTURA DA CONTA CORRENTE

A abertura de uma conta corrente em Instituição bancária exige cautelosos


procedimentos por parte dos bancos, e eles solicitam que o cliente apresente os
seguintes documentos:

 Documento oficial de identificação (RG) ou documentos que o substituam


legalmente (credenciais emitidas pela OAB, CREA, FNJ, etc).
 Cartão de identificação do contribuinte (CIC ou CPF)
 Comprovante de residência (conta de luz ou telefone fixo ou contrato de
locação).

Algumas instituições exigem ainda a apresentação de comprovante de renda


(holerite, RPA ou Declaração de IR), especialmente nas contas com limites pré-
aprovados de crédito, bem como um depósito inicial (facultativo) em determinado
valor.

Todos estes documentos devem ser apresentados sob a forma original,


acompanhados de cópias reprográficas, que devem ser minuciosa e atentamente
conferidas pelo funcionário encarregado da abertura da conta.

84
Após a conferência e preenchimento de uma Proposta de Abertura de Conta
Corrente, os originais dos documentos são devolvidos e as respectivas cópias
devidamente arquivadas pelo banco. Todas as condições para a movimentação
bancária, relacionamento entre cliente e banco e encerramento da conta devem
constar da ficha proposta de abertura, também conhecida como Contrato de
abertura, inclusive as informações pertinentes à cobrança das tarifas e
responsabilidades das partes envolvidas. Também é importante coletar as
espécimes de assinaturas do futuro correntista nas respectivas fichas de
confrontação.

A conta corrente pode ser aberta por pessoas maiores de idade ou por menores ou
pessoas incapazes, desde que devidamente assistidos. Tratando-se de menor ou
pessoa incapaz, deverá ser identificado o responsável que o assiste ou representa.
E, caso se trate de pessoa economicamente dependente, deverá ser identificado o
respectivo responsável.

A abertura de conta corrente para Pessoa Jurídica envolve fatores adicionais,


como documentação extra (contrato social e/ou estatuto da empresa, ata de
eleição dos diretores, presidente ou representante, balanços e balancetes de
verificação, entre outros), além de outros aspectos jurídicos e administrativos.

ENCERRAMENTO DA CONTA CORRENTE


No caso de encerramento da conta, devem ser observados os itens dispostos na proposta
que originou sua abertura, cumprindo-se os pré-requisitos para seu encerramento:

 Comunicação prévia por escrito


 Prazo para providências relacionadas à rescisão
 Devolução dos meios de movimentação (talonários e cartões) ou declaração de
inutilização
 Manutenção de fundos suficientes para liquidação de compromissos assumidos
com o banco ou decorrentes de disposições legais.

E ao solicitar o encerramento, cabe ao cliente tomar as seguintes providências:

 Pedir o extrato da conta e conferir respectivos lançamentos, verificando se


todos os débitos autorizados e cheques/saques encontram-se lançados na
conta
 Cancelar a autorização de eventuais débitos automáticos
 Devolver talonários e cartões que estejam em seu poder, conferindo com o
banco seu registro
 Exigir o protocolo de devoluções e encerramento da conta

85
O encerramento da conta não exime seu titular das obrigações legais da sustação,
revogação ou cancelamento de cheques, bem como de outros atos considerados
ilegais. O banco deverá informar os motivos de devolução dos cheques
apresentados dentro do prazo de prescrição, mesmo quando ocorrer após o
encerramento da conta.

MOVIMENTAÇÃO DA CONTA CORRENTE

Para movimentar uma conta corrente, normalmente são utilizados dois meios
físicos: cheques ou cartões magnéticos de movimentação. Ocasionalmente,
meios físicos adicionais podem ser utilizados (cheques administrativos, saques
avulsos, etc). Outros meios de movimentá-la envolvem transações eletrônicas
(transferências pela Internet ou em caixas eletrônicos).

A modalidade mais comum é o uso do cheque, que é uma ordem de pagamento à


vista, disponibilizado pelo banco ao cliente correntista em talões de vinte folhas
(para determinados clientes, especialmente pessoas jurídicas, existem talonários
de cem folhas e cheques em formulários contínuos).

É muito importante recomendar ao cliente a guarda cuidadosa e utilização


criteriosa de seus cheques, inclusive no que diz respeito ao seu preenchimento.
Qualquer utilização indevida, intencional ou não, pode ser passível de sanções
administrativas e legais. Utilizações fraudulentas são consideradas como prática
espúria e certamente passíveis de pesadas sanções penais. As sanções mais
comuns são o encerramento da conta, inclusão do nome do titular no CCF –
Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos e processo cível ou criminal.

A emissão de um cheque pode ser Ao portador (sem a indicação de beneficiário),


o que pode ser feito somente até o valor de R$ 100,00. Para valores superiores, o
emitente é obrigado a indicar o nome do beneficiário (pessoa ou empresa a quem
está realizando o pagamento). O cheque, quando apresentar esta característica, é
denominado Cheque Nominal. Tal cheque só pode ser pago pelo banco
mediante a identificação do beneficiário ou de pessoa por ele indicada no verso do
cheque (endosso), ou através de compensação por meio de depósito em conta.

Dizemos ainda que a emissão de um cheque pode conter um cruzamento (cheque


cruzado), e isto pode ser feito no cheque ao portador ou nominal. Tal ato consiste
na inserção de dois traços paralelos, em sentido diagonal, na frente do documento
e isto possibilita sua liquidação apenas através de depósito em conta corrente.

Após emitido o cheque, ele deve ser liquidado pelo banco, que paga a terceiros o
valor nele expresso. Quando isto acontece no próprio banco e respectiva agência
Na qual o correntista mantém a conta, costumamos dizer que ele foi Sacado. Se a
pessoa física ou jurídica que recebeu este cheque deposita-o em sua conta

86
corrente, ele será liquidado por compensação, que é um sistema interbancário de
trocas e liquidações de cheques e outros papéis, realizado em uma Câmara de
Compensação Oficial.

Se o correntista não mantém suficiente quantidade de fundos em sua conta


corrente, de modo a permitir a liquidação de um ou mais cheques, ou se alguma
instrução contrária do correntista ou irregularidade no documento ocorre,
costumamos dizer que o cheque foi devolvido ( no caso, pela Câmara de
Compensação), sem a devida compensação e conseqüente liquidação.

Os motivos mais comuns para a devolução de cheques, que geralmente acarretam


problemas e inconvenientes para os clientes são:

Alínea 11: Cheque sem fundos na primeira apresentação


Alínea 12: Cheque sem fundos em segunda apresentação
Alínea 13: Conta encerrada
Alínea 14: Prática espúria
Alínea 21: Contra-ordem (anulação) ou oposição (sustação) ao pagamento pelo
emitente do cheque
Alínea 22: Divergência ou insuficiência de assinatura
Alínea 24: Bloqueio judicial ou determinação do BACEN
Alínea 25: Cancelamento de talonário pelo banco sacado
Alínea 26: Inoperância temporária
Alínea 27: Feriado municipal não previsto
Alínea 31: Erro formal no preenchimento
Alínea 32: Ausência de carimbo ou registro de compensação
Alínea 33: Divergência de endosso
Alínea 34: Cheque apresentado por estabelecimento bancário que não o indicado
no cruzamento em preto e sem devida autorização para acolhimento
Alínea 35: Cheque fraudado
Alínea 41: Cheque apresentado a outro banco, que não o sacado
Alínea 42: Cheque não compensável na sessão ou sistema de compensação em
que foi apresentado
Alínea 43: Cheque devolvido anteriormente pelos motivos 21 a 24, 31 e 34, não
passíveis de reapresentação em virtude de persistir o motivo inicial de devolução
Alínea 44: Cheque prescrito (acima de 210 dias na praça onde se localiza o banco
sacado e 240 dias quando emitido empraça diferente)
Alínea 45: Cheque emitido por entidade obrigada a realizar movimentação através
de ordem bancária
Alínea 48: Cheque superior sem identificação do beneficiário
Alínea 49: Remessa nula caracterizada pela reapresentação de cheque devolvido
pelos motivos 12 a 14, 25, 35, 43, 44 e 45 podendo a devolução ocorrer a qualquer
tempo.

87
Exercício

DOCUMENTAÇÃO

Reproduzimos nesta folha documentos utilizados na abertura de


uma conta corrente no “Banco Garantido S/A”. Você tem 5
minutos para analisá-los e apontar a existência (ou não) de
alguma irregularidade em sua legitimidade. Utilize o espaço livre ao
final desta página para enumerar seus apontamentos, caso
necessário.

88
PREENCHIMENTO DE CHEQUE

Ao proceder à abertura de uma conta corrente para um cliente do Banco onde


você trabalha, o cliente surpreendeu-lhe com uma pergunta: Como preencher
corretamente um cheque?

Responda a pergunta de seu cliente (colega de curso), trabalhando em duplas e


exemplificando, utilizando o modelo abaixo para preenchimento (sugestão: utilize
lápis)

89
PRODUTOS DE INVESTIMENTO

Por razões didáticas e facilidade de entendimento, os produtos de


investimento (captação) foram divididos em grupos afins pela
estrutura de remuneração, conforme segue:

GRUPO 1 - PRODUTOS DE REMUNERAÇÃO NEGOCIADA

Os produtos deste grupo são assim denominados em função da possibilidade das


partes envolvidas na negociação, cliente e banco, pactuarem uma taxa de
captação para remunerar os recursos aplicados pelo cliente no banco. O cliente,
por sua vez, tem o poder de aceitar ou não a remuneração oferecida pelos
recursos disponibilizados para aplicação. São eles:

 RDB (Recibo de depósito bancário)


 CDB (Certificado de depósito bancário)
 LC (Letra de câmbio)

GRUPO 2 – PRODUTOS DE REMUNERAÇÃO NÃO NEGOCIADA


OU NULA
Este grupo caracteriza-se, como o próprio nome sugere, pela ausência de negociação no
que diz respeito à remuneração dos recursos aplicados ou confiados pelo cliente ao
banco. A partir do momento em que o cliente opta por um produto deste grupo, não tem o
poder de decidir qual será a remuneração de seu recurso, pois estará sujeito às normas e
regras do mercado financeiro, estabelecidas pelo BACEN ou pelo Conselho Monetário
Nacional e sua política monetária. Exemplos:

 Poupança (remuneração não negociada)


 Depósito à vista (sem remuneração)

GRUPO 3 – FUNDOS DE INVESTIMENTO

Fundo de investimento é um condomínio aberto, com número limitado de


participantes que se reúnem em torno de uma administradora de recursos de
terceiros na busca de uma melhor performance para suas aplicações no mercado
financeiro. Os investidores de fundos buscam liquidez adequada às suas
expectativas e maior remuneração para os recursos que aplicam.

90
A somatória destes recursos aplicados, mais sua remuneração, totalizam o
chamado Patrimônio do Fundo. Em Fundos, todos os participantes recebem a
mesma remuneração em termos percentuais, independentemente do valor
individual aplicado.

Outra característica dos Fundos de Investimento é que eles são administrados por
empresas de Asset Manegement, desvinculadas dos bancos, para que ocorra
uma clara distinção entre a administração de recursos próprios do banco e a
administração de recursos de terceiros (no caso, dos cotistas dos fundos).

Exemplos:

 FIF – Fundo de Investimento Financeiro


 FAC – Fundo de Aplicação em Contas de FIF

PRODUTOS DE CRÉDITO

Com a finalidade de facilitar o entendimento de sua


natureza, os produtos de crédito ou aplicação foram
reunidos em grupos com características funcionais de
remuneração afins, conforme veremos abaixo.

GRUPO 1 - CRÉDITO ROTATIVO

São assim denominados em função de terem em comum a transitoriedade da


situação de saldo, ou seja, a tendência entre saldo positivo e negativo.
Caracterizam-se por serem Contratos de Abertura de Crédito com determinado
limite de crédito associado diretamente à conta corrente. Este limite de crédito
pode ser utilizado pelo cliente em situações emergenciais, e pode ser concedido
com ou sem a apresentação de garantias. São eles:

 Cheque Especial
 Conta Garantida
 Conta Vinculada

GRUPO 2 - DESCONTOS

Este grupo caracteriza-se pelo adiantamento de recursos futuros dos clientes de


forma a antecipar o fluxo de caixa desses clientes em função de necessidade

91
imediata. Os clientes transferem seus recebíveis ao banco e, com eles, o risco de
recebimento de suas vendas a prazo. Com isto, conseguem o recebimento
imediato dos recursos, mediante o desconto antecipado dos juros negociados.

Exemplos típicos:

 Descontos de duplicatas
 Descontos de NPs
 Descontos de cheques
 Descontos de recebíveis de cartões de crédito

GRUPO 3 – EMPRÉSTIMOS

São operações tradicionais dos bancos, operacionalizadas através de um contrato


específico que estabelece prazo, taxa, valores e garantias adequadas, para
atender às necessidades de capital de giro de clientes individuais ou empresariais.
Caracterizam-se como empréstimos em função da sua natureza contratual e pela
não obrigatoriedade de comprovação de direcionamento dos recursos pactuados
no referido contrato. Por exemplo:

 Hot Money
 Crédito Pessoal
 Crédito capital de giro

GRUPO 4 – FINANCIAMENTO

Também envolvem a operacionalização por contrato específico, a exemplo dos


empréstimos, mas nos financiamentos a importância pactual tem como objetivo a
aquisição de bens duráveis financiáveis, sendo estes, na maioria dos casos, a
própria garantia da operação, através do instrumento denominado Alienação
Fiduciária. Caracterizam-se, portanto, como financiamentos, pela necessidade da
comprovação da destinação dos recursos. Exemplos:

 Leasing
 CDC (Crédito Direto ao Consumidor)
 Lease-back

GRUPO 5 – ESPECIAIS OU ESTRUTURADOS

São as operações que visam o suprimento de recursos financeiros para utilizações


específicas. São classificados como especiais ou estruturados em virtude das

92
características contratuais serem pactuadas praticamente caso a caso. Trata-se
de produtos utilizados em menor escala pelos bancos, e tem alta complexidade de
formalização e negociação. Exemplos:

 Vendor (financiamento de aquisição de estoques)


 Resolução 63 (operação de repasse de recursos externos)
 FINAME (operação de repasse de recursos internos via FINAME/BNDES)

PRODUTOS DE ASSOCIADAS & COLIGADAS

Trata-se de produtos e serviços administrados por empresas associadas ou


coligadas ao banco, que, propondo-se a atender as múltiplas necessidades e
expectativas financeiras de sua clientela, coloca à disposição do mercado produtos
diversificados em termos de proteção de patrimônio (seguros), conveniência de
compras e créditos (cartões de crédito), poupança aliada ao componente sorteio
(títulos de capitalização) e garantias de renda futura (previdência privada).

Os produtos oferecidos são considerados produtos que geram alto índice de


fidelização de clientes, em virtude de suas características de uso de longo prazo,
comum a todos eles.

PRODUTOS DE COBRANÇA BANCÁRIA

A cobrança bancária é um produto disponível ao cliente por meio de bloquetos de


cobrança que substituem outros papéis (duplicatas, NPs, Letras de Câmbio)
compensáveis. Os valores resultantes das operações de cobrança são
automaticamente creditados na conta corrente do cliente, em prazos determinados
de comum acordo entre banco e cliente, otimizando as operações do cliente e
gerando recursos imediatos.

ESTUDO ESPECÍFICO DOS PRODUTOS DE INVESTIMENTO E CRÉDITO

Para que você compreenda melhor o funcionamento dos produtos e serviços


bancários de investimento e crédito, vamos estudá-los especificamente:

CDB – Certificado de Depósito Bancário e RDB – Recibo de Depósito


Bancário: São títulos representativos de depósitos a prazo fixo, de emissão e
garantia dos bancos múltiplos, comerciais, de investimento ou bancos de
desenvolvimento e propiciam recursos para empréstimos de suprimento de capital
para os clientes.A principal diferença entre eles envolve a possibilidade de
negociação e transferência por endosso, possível para os CDBs e impossível para
os RDBs.

93
LC – Letras de Cãmbio: São títulos de crédito aceitos por financeiras ou bancos
múltiplos que operam com carteira de crédito, financiamento e investimento, e
propiciam recursos para tomadores de crédito ao consumidor final. A exemplo dos
CDBs, são nominativas, escriturais ou com emissão física em papel, podendo ser
negociáveis e transferíveis através de endosso.

Poupança: A “caderneta de poupança” é uma modalidade de conta com


remuneração, e tem por objetivo captar recursos para financiamento de habitações
populares , infra-estrutura e saneamento básico. A conta poupança permite livre
movimentação para depósitos e saques e rende juros de 0,5% ao mês, além de
atualização monetária pela variação da TR (Taxa de referencial) ao final de cada
período, ambos contabilizados em períodos mensais, a partir da data de abertura
da conta. Oferece, até determinado valor, dupla garantia: do governo federal e da
instituição financeira que a administra.

Depósito a vista: É a custódia de valores do cliente pelo banco, executada


através de depósito na conta corrente mantida na Instituição bancária. Não oferece
remuneração ao correntista.

Fundos de aplicação (FIF/FAC): Fundos constituídos sob a forma de condomínio


aberto sob a administração de uma Instituição, onde clientes aportam recursos
destinados à aplicação em carteiras diversificadas, classificadas principalmente
conforme o grau de risco que envolvem: conservador, moderado ou agressivo.

Cheque especial: Concessão de limite de crédito ao correntista, mediante análise


de perfil e potencial, feito através de contratação que possibilita ao cliente sacar
valores até o limite expresso quando não dispuser de fundos.

Conta garantida: Empréstimos em conta corrente, de natureza rotativa e com


limites pré-estabelecidos, com cobrança de encargos mensais somente sobre os
valores efetivamente utilizados no período do contrato. Visam garantir liquidez a
saques a descoberto na conta corrente, até o limite contratual (cumulativo), e
direcionadas à pessoas físicas e jurídicas. As amortizações do saldo devedor são
parciais, através de simples depósito em conta, até a liquidação total do débito.

Conta vinculada: Modalidade de crédito concedida ao cliente que aporta recursos


em outras aplicações, que passam a servir como garantia de outras operações
por conta corrente quando não há disponibilidade de fundos na mesma.

Desconto de duplicatas e notas promissórias: É a antecipação de um crédito,


onde o banco adianta recursos ao seu cliente e cobra por isto uma certa
remuneração (juros e correção monetária), pelo prazo desta antecipação. É uma
das mais antigas formas de empréstimo existentes no mercado e engloba o que
chamamos de operações de desconto. Esses créditos são representados por
duplicatas mercantis ou duplicatas de serviços no caso de pessoas jurídicas, e por
notas promissórias (NPs) no caso de pessoas físicas.

94
Desconto de cheques e recebíveis de cartões de crédito: Da mesma forma,
trata-se de uma antecipação de crédito, sob as mesmas condições acima, mas
representadas por cheques pré-datados recebidos pelo cliente ou recebíveis de
cartão com vencimentos futuros.

Hot Money: Trata-se de operação de curtíssimo prazo, na maioria das vezes um


dia, destinada a suprir emergências de capital de giro das empresas, e, menos
freqüentemente, de pessoas físicas. São operações de caráter simples e rápido,
geralmente realizadas por telefone e formalizadas no mesmo dia, sem
necessidade de comprovação da destinação de recursos tomados por parte do
cliente.

Crédito pessoal: É uma modalidade de crédito direcionada exclusivamente às


pessoas físicas, típica das financeiras e dos bancos múltiplos que operam a
carteira de crédito, financiamento e investimento. São conhecidas também como
“empréstimo pessoal”. Tem o objetivo de suprir eventuais necessidades
financeiras dos clientes, sem necessidade de comprovação do direcionamento dos
recursos tomados, e são operações de curto ou médio prazo, simples e rápidas,
geralmente para realização de projetos pessoais ou para suprir eventuais
necessidades financeiras, sendo que sua amortização ocorre em prestações
mensais e consecutivas com taxas pré ou pós-fixadas.

Capital de giro: Operações de financiamento ou de empréstimos, realizadas


pelos bancos comerciais, de investimentos ou múltiplos, com recursos próprios
e/ou oriundos de depósitos a prazo fixo, com o objetivo de suprir necessidades de
capital de giro das empresas. Podem ser pós ou pré-fixados, com prazos que
variam conforme os recursos disponíveis na hora da contratação no mercado.

Leasing: Modalidade de financiamento de longo prazo, em que a arrendadora


(Cia. de Leasing) adquire bens para uso da arrendatária por prazo determinado,
fixando um valor residual fixo, estabelecido em contrato e calculado em função da
taxa de depreciação do bem. O leasing pressupõe a possibilidade de aquisição do
bem, ao final do contrato, pelo arrendatário. Trata-se, portanto, de uma forma de
“ter” sem comprar, que parte do princípio de que o benefício vem da utilização do
bem e não de sua propriedade. Os bens passíveis de execução de operações de
leasing são os bens de capital, novos ou usados, nacionais ou importados, como
máquinas, equipamentos, veículos em geral, computadores, centrais telefônicas,
impressoras, copiadoras, etc., bem como os bens imóveis, como edificações em
geral, construções e terrenos.

Lease-back: Trata-se de uma operação contratada dentro da modalidade de


leasing financeiro (ou comum), mas com uma peculiaridade: ocorre quando uma
empresa (e somente pessoa jurídica) vende um bem de seu imobilizado à uma
arrendadora e simultaneamente o arrenda de volta. Geralmente, este tipo de

95
operação ocorre quando o arrendatário necessita de capital de giro mas não
deseja desfazer-se de um bem ou instalação nem quer contratar outras
modalidades de crédito.

Crédito direto ao consumidor e crédito direto ao consumidor com


interveniência: Conhecidas como “CDCs”, tais operações são típicas de
financeiras e bancos múltiplos que operam com a carteira de crédito,
financiamento e investimento, direcionada, como o próprio nome diz, ao
consumidor final, seja ele pessoa física ou jurídica. Tem por objetivo o
financiamento da aquisição de bens duráveis, novos ou usados, de fabricação
nacional, mediante comprovação de compra fornecida pelo vendedor, ou ao
pagamento de despesas referente a serviços prestados por terceiros, mediante
apresentação do comprovante emitido pelo prestador dos serviços. Os bens em
questão podem ser para uso particular, comercial ou industrial, como veículos,
máquinas, equipamentos, eletrodomésticos, móveis, entre outros; os serviços
poderão ser de assessoria, advocacia, engenharia, viagens e turismo, prestação
médica, etc. A amortização destas operações ocorre em prestações mensais e
consecutivas, com taxas pré ou pós-fixadas, a curto, médio ou longo prazo, em
função da natureza do item financiado. Já o CDC com interveniência é uma
operação derivada da anterior, direcionada às pessoas jurídicas vendedoras de
bens, lojas e prestadores de serviços. Financia a aquisição de bens duráveis ou
serviços, com a intermediação do estabelecimento comercial vendedor ou do
prestador do serviço, sendo que as garantias de ambas incluem alienação
fiduciária do bem e/ou aval de terceiros.

Exercício

QUESTIONÁRIO SOBRE PRODUTOS E SERVIÇOS

Reúna-se com seu grupo de trabalho, e responda as questões abaixo, segundo os


conhecimentos adquiridos até o momento, sem utilizar qualquer material de
consulta. Assim que terminar, confira as respostas de seu grupo na exposição
interativa com o Instrutor e outros grupos.

1. Uma conta corrente pode ser aberta com a apresentação de cópias


autenticadas da cédula de identidade e inscrição no CPF? Justifique.

2. Por que, no ato de encerramento da conta corrente, o cliente deve deixar


algum valor remanescente na conta?

3. Qual(is) o(s) motivos(s) do cliente ter a necessidade de solicitar um


protocolo de encerramento de conta corrente ao banco?

96
4. Qual a destinação principal dos montantes depositados em aplicações de
poupança nas instituições financeiras?

5. Explique o conceito de “liquidez” de uma aplicação financeira.

6. O que vem a ser o “limite” de um cheque especial? E quais os parâmetros


de concessão de limite ao cliente?

7. O que é desconto de uma duplicata? Quem é o típico cliente deste tipo de


operação?

8. Qual a vantagem para os bancos em oferecer aos seus clientes seguros e


previdência privada?

9. Defina o conceito de “resgate” de uma aplicação financeira.

10. Que tipos de bens podem ser adquiridos através de uma operação de
CDC?

97
Bibliografia

Manual de Contabilidade 5ª edição - Editora Atlas.


Eliseu Martins e Sérgio de Iudícibus

Estrutura, Analise e interpretação de balanços - Editora Atlas.


Hilário Franco.

Contabilidade Comercial – Editora Atlas.


Armando Aloe e Francisco Valle

Contabilidade Geral – Editora Atlas


Hilário Franco

Boletim IOB

98

Você também pode gostar