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de Desempenho entre
TUBOS RÍGIDOS
e Flexíveis
para Utilização em
Obras de Drenagem
de Águas Pluviais
VERSÃO 1 - 2003
ÍNDICE
1. OBJETIVO --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
2. HISTÓRICO -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2.1 ABTC - Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto ----------------------------------------------------- 4
1. OBJETIVO
uma rede.
profissional habilitado.
2. HISTÓRICO Aliado às vantagens
anteriores, relativas
aos tubos de concre-
Atualmente os tubos de
to, cabe ressaltar
concreto são produzidos,
que, o concreto é um material totalmente reciclável, não
sem armadura ou arma-
tóxico e não contaminante do meio ambiente, adequan-
dos, para utilização princi-
do-se desta maneira a todas as exigências do ponto
palmente em obras de dre-
de vista ambiental e propiciando uma melhor qualida-
nagem de águas pluviais
de de vida.
e sistemas de esgoto sa-
nitário.
Ao longo do tempo têm
2.1. ABTC
surgido produtos alternati-
Associação Brasileira dos
vos, entretanto não conseguem atender a todas as ca-
racterísticas e vantagens dos tubos de concreto. Fabricantes de Tubos de Concreto
Os tubos de concreto se apresentam como um produto O setor de tubos possui representação através da As-
de qualidade consolidada com relação à sua durabili- sociação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Con-
dade, resistência mecânica, facilidade de execução, creto (ABTC), www.abtc.com.br, entidade que reúne a
manutenção e disponibilidade de fornecimento dentro nível nacional as principais e mais importantes empre-
das exigências de mercado. sas fabricantes de tubos e aduelas de concreto desti-
Estes aspectos podem ser comprovados em literatura nados à captação de águas pluviais, esgoto sanitário e
sobre o assunto, verificando-se que, desde a antigui- efluentes industriais. Participam, também, fabricantes
dade, o concreto foi o primeiro substituto natural da pe- de equipamentos, fornecedores de insumos, projetis-
dra e que, muitas obras executadas no início do século tas e representantes de órgãos consumidores, com o
passado encontram-se em objetivo de oferecer ao mercado soluções em tubos de
operação até hoje com de- concreto de qualidade.
sempenho adequado. A entidade presta assessoria a fabricantes, projetistas,
Por outro lado, desde 1950, construtoras, prefeituras municipais e órgãos de sane-
são produzidos tubos de con- amento e abastecimento, seja nos processos que en-
creto com juntas elásticas, volvem a fabricação de tubos de concreto, elaboração
propiciando aos usuários a de projetos, especificação ou no controle tecnológico
execução de obras com jun- de obras, oferecendo treinamento de inspetores, quanto
tas estanques, impedindo in- às etapas de recebimento do material na obra,
filtrações e contaminação do amostragem e ensaios relativos às normas brasileiras.
lençol freático. Atualmente, a entidade está apoiando o programa do
Atualmente os fabricantes nacionais dispõem de má- Selo de Qualidade para Tubos de Concreto, patrocina-
quinas modernas e flexíveis, capazes de produzir os do pela Associação Brasileira de
mais variados diâmetros com controle total da qualida- Cimento Portland (ABCP), que
de do produto final. tem como objetivo, servir de fer-
Devido as fábricas de tubos de concreto situarem-se ramenta nas licitações de compra
próximas do local das obras, em geral as mesmas são e execução de obras de drena-
responsáveis pelo desenvolvimento local através da ge- gem e esgoto visando garantir a
ração de empregos e arrecadação de impostos. obtenção de um produto com du-
rabilidade e resistência dentro
das especificações das normas
brasileiras vigentes.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
4 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
3 . PRINCÍPIOS BÁSICOS rais adjacentes tendem a descer, puxando consigo, por
atrito, o prisma 1 (solo acima do tubo). Para esta situa-
ção a carga de terra sobre o tubo rígido será maior
3.1.Definições:
pela contribuição do solo adjacente.
Tubos Rígidos e Flexíveis
No caso de tubos flexíveis, o tubo é geralmente me-
Tubos rígidos nos rígido que o solo de envolvimento lateral (com a
São aqueles que, quando submetidos à compressão devida compactação). Sob ação do peso de solo (pris-
diametral, podem sofrer deformações de até 0,1% no ma 1), o tubo flexível tende a se deformar em maior
diâmetro, medidas no sentido de aplicação da carga, grau que o solo de envolvimento lateral. Este, por ação
sem que apresentem fissuras prejudiciais. da força de atrito ajudará o tubo a resistir à carga de
Exemplo: tubos de concreto simples e armado, mani- terra.
lhas de barro etc. Pelo que foi descrito, nota-se a importância do solo de
envolvimento lateral para os tubos flexíveis. Quanto
Tubos flexíveis mais rígido for o solo (a rigidez dependerá do tipo de
São aqueles que quando submetidos à compressão solo e grau de compactação), menor será a deforma-
diametral, podem sofrer deformações superiores a 3% ção e, por conseqüência, os esforços sobre a tubula-
no diâmetro, medidas no sentido da aplicação da car- ção.
ga, sem que apresentem fissuras prejudiciais. Na condição de vala, o comportamento é semelhante,
Exemplo: tubos de aço, tubos de PVC etc. mas a carga é menor devido às forças de atrito nas
paredes da vala.
3.2. Carga de Terra
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
6 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Dados: No exemplo, foi considerado o escoamento à seção
• Área de uma indústria totalmente pavimentada; plena e os cálculos resultam em velocidades menores
• Terreno plano; que aquelas obtidas com vazões de projeto, implican-
• Rede: inicia na seção A até seção E; do em tempos de percurso maiores e conseqüentemen-
• Condição de vala; te reduzindo a intensidade de precipitação utilizada no
• Solo Argiloso (γ = 22.000 N/m3); projeto. Portanto, uma vez que o método racional ten-
• Base Comum; de a superestimar as vazões de projeto, o procedimen-
• Escoramento por pontaleteamento; to adotado pode ajudar a diminuir os erros introduzidos
Para o cálculo das vazões, nos casos de obras de ga- pelo método.
lerias de águas pluviais, normalmente pode ser utiliza-
do o método racional, o método racional modificado, MÉTODO RACIONAL:
ou outros métodos (por exemplo: hidrograma unitário)
em função da área da bacia de contribuição, conforme
Q = C.i.A
tabela a seguir:
Tabela 4.1
onde,
Área da bacia (B) Método hidrológico
Q = Vazão;
B < 50 ha (hectares) Método Racional
C = Coeficiente de deflúvio;
50 ha < B < 500 ha Método Racional Modificado
A = área da bacia;
B > 500 ha Outros Métodos (por ex.: Hidrograma Unitário)
i = intensidade de precipitação
Obs.: 1 ha (hectare) = 10 000 m2
Para o coeficiente (C) de deflúvio temos:
Tabela 4.2
Portanto para o exemplo dado, a vazão
será calculada pelo método racional, Características da bacia Coeficiente de deflúvio (%)
porque este método, pode ser aplicado
Superfícies impermeáveis 90 – 100
com relativa segurança para áreas até
Terreno estéril montanhoso 80 – 90
50 ha (500.000 m2).
Para maiores detalhes sobre os concei- Terreno estéril ondulado 60 – 80
tos hidráulicos adotados neste trabalho, Terreno estéril plano 50 – 70
relativo a galerias de águas pluviais, po- Prado, Campinas, terreno ondulado 40 – 65
dem ser consultadas as seguintes biblio- Matas decíduas, folhagem caduca 35 – 60
grafias: Matas coníferas, folhagem permanentes 25 – 50
• Engenharia de Drenagem Superficial Pomares 15 – 40
CETESB Terrenos cultivados em zonas altas 15 – 40
Paulo Sampaio Wilken - 1978;
Terrenos cultivados em vales 10 – 30
• Drenagem Urbana
ABRH - Associação Brasileira de Recursos Hídricos Para o cálculo da intensidade de precipitação (i), pode-
Carlos E.M. Tucci, Rubem L.A. Laina Porto, Mario T. se recorrer a vários métodos de cálculos, conforme ve-
de Barros - UFRS - 1995; rificado na bibliografia citada anteriormente.
• Drenagem Urbana - Manual de Projeto Normalmente, os valores de i (intensidade de precipi-
CETESB/1986; tação) estão em torno de 0,025 a 0,040 l/s/m2.
Para o exemplo, será adotado i = 0,035 l/s/m2 ou 126
• Manual de Hidráulica
mm/h e considerado a área de 40.000 m2, (0,4 km2)
Ed. Edgard Blücher
totalmente pavimentada. Portanto a vazão referente a
Azevedo Netto - 2000
área total será:
Q= 1,0 x 0,035 x 40.000 = 1400 l/s ou 1,4 m3 /s
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
8 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
4.1.2. Raio Hidráulico e Área Molhada Obs.: Para maiores esclarecimentos consultar:
História da Pesquisa dos Valores do Coeficiente de
Neste exemplo o raio hidráulico e a área molhada
Manning - ACPA - American Concrete Pipe Association
correspondem ao tubo funcionando à seção plena, con-
Tradução ABTC/2003.
forme consideração feita no início do item 4. Caso seja
Disponível para download no site www.abtc.com.br.
conveniente em qualquer situação real de projeto, po-
derão ser utilizados outros valores diferentes para a Considerando-se a vazão calculada anteriormente,
área molhada (0,5 D; 0,75 D), e calculados os valores declividade e coeficientes de Manning adotados
correspondentes ao raio hidráulico. (I = 0,5%, n = 0,012 - Concreto e n = 0,010 - PVC), e
utilizando-se a fórmula de Manning, teremos os seguin-
4.1.3. Coeficiente de Manning tes diâmetros:
Para os cálculos foram adotados os conceitos e tabe-
Q = A/n x (Rh2/3 x I1/2 )
las apresentados anteriormente, declividade de 0,5%
na rede e coeficiente de Manning n = 0,010 para PVC
e n = 0,012 para o concreto. Tabela 4.5
Independente desta diferença de 20% no coefici- Ø Tubo de concreto Ø Tubo PVC
Trecho Vazão (l/s)
ente de Manning entre os tubos de PVC e concre- (mm) (mm)
to, nem sempre é possível a mudança de diâme-
A-B 350 600 600
tro dos tubos de PVC para menor, em função dos
diâmetros disponíveis comercialmente não aten- B-C 700 700 700
derem ao calculado. Por outro lado esta conside-
C-D 1050 900 800
ração referente ao coeficiente de Manning, ado-
tada neste estudo, visa colocar os tubos de con- D-E 1400 1000 900
creto numa situação mais desfavorável que os
tubos de PVC, independente de na prática estes
valores não corresponderem à realidade. QUESTIONAMENTO
Como já previsto na norma brasileira, para cálculo de Devido a adoção do valor do coeficiente de rugosidade
redes de esgotos sanitários, o coeficiente de Manning para tubos de PVC, menor que o de tubos de concre-
deve ser adotado como n = 0,013, independente do to, é possível se valer de seções de tubos menores
material, porque as singularidades (poços de visitas, para a solução em PVC em relação ao concreto?
bueiros, bocas de lobo, estruturas de transição etc.), Em primeiro lugar é importante salientar que as singu-
são as mesmas em qualquer situação e a sedimenta- laridades (PV´s, ligações, interligações, Tês etc.), são
ção de material acontece de forma semelhante em as mesmas, independente do material da tubulação, e
ambos os tipos de tubulações. afetam de forma significativa o valor da perda de carga.
Entretanto, como para este estudo de caso o objetivo Portanto, na prática, os valores se igualam e não se
é demonstrar as vantagens oferecidas pelos tubos de justifica usar valores menores para o PVC em função
concreto, continuaremos a adotar diâmetros distintos de estudos de laboratório que não correspondem a re-
para os dois materiais, de maneira a possibilitar adian- alidade prática, por melhor que sejam conduzidos.
te uma avaliação dos custos de execução da obra, para Outro fato importante de se observar é que a probabili-
os dois casos. dade de sedimentação existirá para qualquer tipo de
material da tubulação e independe do coeficiente de
Tabela 4.4
rugosidade do material, igualando a rugosidade para
Tipo de Tubo Coeficiente de Manning os dois materiais ao longo do tempo.
0,012 Dimensionar uma tubulação com coeficiente de
Concreto
rugosidade menor que outra, num primeiro momento,
PVC 0,010 pode parecer vantagem, porque se diminui o diâmetro
do coletor, entretanto, deve-se salientar, que aumentam
os riscos das tubulações não suportarem as vazões e
Calcula-se o recobrimento médio (H) do tubo, em D-E 1400 1000 900 4,50
cada trecho, estabelecendo-se um recobrimento
mínimo inicial de 1,00 m para a seção A e declividade
de 0,5%. Portanto tem-se: 5. DIMENSIONAMENTO
Tabela 4.6
ESTRUTURAL
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
10 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
5.1. Cargas de Terra Para o peso específico do solo de reaterro (γ), podem
ser usados os seguintes valores:
Uma das contribuições mais marcantes da teoria de
MARSTON – SPANGLER é a demonstração, por Tabela 5.1
princípios racionais de mecânica, que a carga de Peso específico
Material
terra sobre uma canalização enterrada é do solo ( γ ) N/m3
grandemente afetada pelas condições de execução Materiais granulares sem coesão 17.000 (mínimo)
desta e não, apenas, pela altura do terrapleno.
Pedregulho e areia 19.000 (máximo)
A carga de terra pode ser calculada pelas fórmulas
de MARSTON, e depende, principalmente, do tipo Solo saturado 20.000 (máximo)
de tubo (rígido ou flexível), tipo de solo, profundida-
Argila 20.000 (máximo)
de, e tipo de instalação. Em razão da reconhecida
influência das condições construtivas, as canaliza- Argila saturada 22.000 (máximo)
ções enterradas podem ser classificadas em dois
tipos principais: valas ou trincheiras e aterros con- D = diâmetro externo do tubo;
forme Figura 5.1. B = largura da vala, no nível da geratriz superior do
tubo (conforme Figura 5.1).
µ = 0,1924)
COLUNA A - Materiais granulares sem coesão (Kµ
COLUNA B - Areia e pedregulho (Kµµ = 0,1650)
COLUNA C - Solo saturado (Kµµ = 0,1500)
µ = 0,1300)
COLUNA D - Argila (Kµ
µ = 0,1100)
COLUNA E - Argila saturada (Kµ
Em função de λ = H/B e Kµ
µ a Tabela fornece o valor do coeficiente Cv
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
12 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Para o exemplo em análise, foi adotada uma situação de
vala, com escoramento em pontaletes, isto é, tábuas de
0,027 m x 0,30 m, espaçadas de 1,35 m, travadas hori-
zontalmente com estroncas de Ø 0,20 m, espaçadas ver-
ticalmente de 1,00 m. Na situação descrita acima, em
consulta a NBR 12266, foi determinada a largura de vala
B (m) e calculada a carga de terra conforme:
TUBOS DE CONCRETO
Trecho A-B: λ = H/B , como B = 1,15 m (da Tabela 2 - Largura da vala para obra de água - NBR 12266/92, Ø tubo 600 mm
e cota de corte até 2 m) e H = 1,5 m; tem-se:
λ = H/B = 1,5/1,15 = 1,304
da Tabela 5.1, obtêm-se Cv: λ = 1,304 ≈ 1,30 para solo argiloso saturado (kµ = 0,1100) situação “E” (Tabela 5.1) tira-se:
Cv = 1,126
P= Cv x γ x B2 = 1,126 x 22 000 x 1,152 = 32761 N/m ou 3276,1 kg/m ou 32,76 kN/m
Cálculo similar para as demais seções.
Tabela 5.3 Resumo: Tubos de Concreto
TUBOS DE PVC
Trecho A-B: λ = H/B , como B = 1,15 m (da Tabela 2 – Largura da vala para obra de água – NBR 12266/92 – menos contrário
ao catálogo do fabricante) e H = 1,5 m
λ = 1,5/1,15 = 1,304
da tabela Cv: λ = 1,304 ≈ 1,30 para solo argiloso saturado (kµ=0,1100) situação “E” tira-se:
Cv = 1,126
P= Cv x γ x B x D = 1,126 x 22 000 x 1,15 x 0,6 = 17.092,7 N/m ou 17,1 kN/m
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
14 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Para melhor visualização exemplifica-se a seguir al- Vale lembrar que, na situação de aterro, o caso de tubos
gumas aplicações de rsd: flexíveis é mais crítico que os tubos rígidos porque, na
situação de aterro a partir do plano denominado plano
1. Aterro, projeção positiva, considerando um solo co- de igual recalque (P.I.R), não ocorrem movimentos dos
mum, deformável, portanto rsd = 0,5 prismas interior e adjacente ao tubo. Portanto, não ocor-
rendo estes movimentos, não poderá ser considerado o
atrito (força cortante) entre os prismas para alívio de carga
atuando sobre a tubulação. Neste caso, os tubos rígidos
se constituem em uma solução bem mais segura do que
os tubos flexíveis, porque os mesmos só dependem da
sua própria resistência e não do solo de envolvimento
lateral como é o caso dos tubos flexíveis.
A seguir é apresentado um exemplo de aplicação, da
condição de aterro:
Figura 5.4
TUBOS DE CONCRETO
Supondo o trecho D-E em situação de aterro:
2. Aterro em projeção nula, caso em que as laterais do Trecho D-E
tubo são preenchidas com aterro bem compactado de Di = 1000 mm → De = 1160 mm
preferência de material granular, até o nível da geratriz Solo argiloso - adotaremos a tabela do kµ = 0,1300;
superior do tubo, rsd = 0. p = 0,70; rsd = +0,6 (solo do tipo corrente)
altura H = 4,5 m
H/D = 4,5/ 1,16 = 3,879; rsd x p = 0,42 ≈ 0,5 (a favor da
segurança)
Da Tabela Ca = 2,20, γ = 22.000 N/m3
P = 2,20 x 22.000 x 1,162 = 65.127,0 N/m ou 65,1 kN/m
qm = C . f . p
onde:
qm = carga móvel distribuída;
C = coeficiente de carga
f = fator de impacto
f = 1,5 para rodovias
f = 1,75 para ferrovias
p = carga distribuída na superfície sobre uma área a x b
Figura 5.6
H/D rsd x p = 0 rsd x p = 0,1 rsd x p = 0,3 rsd x p = 0,5 rsd x p = 0,75 rsd x p = 1,0 rsd x p = 2,0
0,10 1,01900 1,03849 1,03849 1,03849 1,03849 1,03849 1,03849
0,15 1,02833 1,05777 1,05777 1,05777 1,05777 1,05777 1,05777
0,20 1,03755 1,07707 1,07707 1,07707 1,07707 1,07707 1,07707
0,25 1,04666 1,09640 1,09640 1,09640 1,09640 1,09640 1,09640
0,30 1,05567 1,11579 1,11579 1,11579 1,11579 1,11579 1,11579
0,35 1,06459 1,13522 1,13522 1,13522 1,13522 1,13522 1,13522
0,40 1,07341 1,15472 1,15472 1,15472 1,15472 1,15472 1,15472
0,45 1,08214 1,17428 1,17428 1,17428 1,17428 1,17428 1,17428
0,50 1,09078 1,19391 1,19391 1,19391 1,19391 1,19391 1,19391
0,55 1,09934 1,21363 1,21363 1,21363 1,21363 1,21363 1,21363
0,60 1,10782 1,23342 1,23342 1,23342 1,23342 1,23342 1,23342
0,65 1,11622 1,25331 1,25331 1,25331 1,25331 1,25331 1,25331
0,70 1,12454 1,27325 1,27330 1,27330 1,27330 1,27330 1,27330
0,75 1,13279 1,29212 1,29338 1,29338 1,29338 1,29338 1,29338
0,80 1,14096 1,30963 1,31358 1,31358 1,31358 1,31358 1,31358
0,85 1,14907 1,32601 1,33388 1,33388 1,33388 1,33388 1,33388
0,90 1,15710 1,34144 1,35430 1,35430 1,35430 1,35430 1,35430
0,95 1,16507 1,35606 1,37485 1,37485 1,37485 1,37485 1,37485
1,00 1,17298 1,36999 1,39552 1,39552 1,39552 1,39552 1,39552
1,50 1,24883 1,48540 1,58496 1,60981 1,61016 1,61016 1,61016
2,00 1,31975 1,57821 1,71969 1,78835 1,83004 1,84220 1,84223
2,50 1,38666 1,66007 1,82784 1,92348 2,00012 2,04854 2,09593
3,00 1,45025 1,73517 1,92146 2,03572 2,13624 2,20926 2,35518
3,50 1,51101 1,80548 2,00589 2,13400 2,25209 2,34309 2,56516
4,00 1,56391 1,87211 2,08389 2,22290 2,35464 2,45950 2,73967
4,50 1,62547 1,93577 2,15709 2,30502 2,44780 2,56378 2,89008
5,00 1,67973 1,99694 2,22652 2,38199 2,53400 2,65918 3,02324
5,50 1,73227 2,05595 2,29286 2,45488 2,61478 2,74778 3,14355
6,00 1,78328 2,11309 2,35661 2,52442 2,69123 2,83101 3,25395
6,50 1,83288 2,16855 2,41813 2,59117 2,76412 2,90987 3,35649
7,00 1,88121 2,22250 2,47772 2,65551 2,83400 2,98510 3,45267
7,50 1,92835 2,27508 2,53558 2,71776 2,90131 3,05726 3,54359
8,00 1,97440 2,32642 2,59191 2,77817 2,96639 3,12676 3,63008
8,50 2,01944 2,37660 2,64683 2,83693 3,02949 3,19396 3,71280
9,00 2,06353 2,42571 2,70049 2,89421 3,09083 3,25912 3,79225
9,50 2,10675 2,47384 2,75297 2,95013 3,15059 3,32245 3,86885
10,00 2,14913 2,52104 2,80437 3,00482 3,20892 3,38415 3,94294
15,00 2,53629 2,95237 3,27221 3,50017 3,73384 3,93581 4,58913
20,00 2,87477 3,33026 3,68091 3,93116 4,18802 4,41035 5,13189
25,00 3,17974 3,67155 4,04991 4,31983 4,59683 4,83658 5,61476
30,00 3,45971 3,98551 4,38950 4,67745 4,97273 5,22816 6,05645
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
16 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
µ = 0,1300
Tabela 5.7 Valores de “Ca” para Kµ
H/D rsd x p = 0 rsd x p = 0,1 rsd x p = 0,3 rsd x p = 0,5 rsd x p = 0,75 rsd x p = 1,0 rsd x p = 2,0
0,10 0,10000 0,09871 0,09871 0,09871 0,09871 0,09871 0,09871
0,15 0,15000 0,14711 0,14711 0,14711 0,14711 0,14711 0,14711
0,20 0,20000 0,19489 0,19489 0,19489 0,19489 0,19489 0,19489
0,25 0,25000 0,24205 0,24205 0,24205 0,24205 0,24205 0,24205
0,30 0,30000 0,28860 0,28860 0,28860 0,28860 0,28860 0,28860
0,35 0,35000 0,33455 0,33455 0,33455 0,33455 0,33455 0,33455
0,40 0,40000 0,37990 0,37990 0,37990 0,37990 0,37990 0,37990
0,45 0,45000 0,42467 0,42467 0,42467 0,42467 0,42467 0,42467
0,50 0,50000 0,46886 0,46886 0,46886 0,46886 0,46886 0,46886
0,55 0,55000 0,51248 0,51248 0,51248 0,51248 0,51248 0,51248
0,60 0,60000 0,55554 0,55554 0,55554 0,55554 0,55554 0,55554
0,65 0,65000 0,59804 0,59804 0,59804 0,59804 0,59804 0,59804
0,70 0,70000 0,63999 0,63999 0,63999 0,63999 0,63999 0,63999
0,75 0,75000 0,68141 0,68141 0,68141 0,68141 0,68141 0,68141
0,80 0,80000 0,72228 0,72228 0,72228 0,72228 0,72228 0,72228
0,85 0,85000 0,76263 0,76263 0,76263 0,76263 0,76263 0,76263
0,90 0,90000 0,80245 0,80245 0,80245 0,80245 0,80245 0,80245
0,95 0,95000 0,84192 0,84177 0,84177 0,84177 0,84177 0,84177
1,00 1,00000 0,88136 0,88057 0,88057 0,88057 0,88057 0,88057
1,50 1,50000 1,27584 1,24209 1,24209 1,24209 1,24209 1,24209
2,00 2,00000 1,67032 1,57107 1,55954 1,55954 1,55954 1,55954
2,50 2,50000 2,06480 1,89868 1,84749 1,83829 1,83829 1,83829
3,00 3,00000 2,45928 2,22630 2,13390 2,08950 2,08305 2,08305
3,50 3,50000 2,85376 2,55391 2,42031 2,33857 2,30476 2,29798
4,00 4,00000 3,24824 2,88153 2,70673 2,58765 2,52515 2,48671
4,50 4,50000 3,64272 3,20914 2,99314 2,83673 2,74553 2,65243
5,00 5,00000 4,03720 3,53675 3,27955 3,08581 2,96592 2,80091
5,50 5,50000 4,43168 3,86437 3,56596 3,33488 3,18630 2,94753
6,00 6,00000 4,82616 4,19198 3,85238 3,58396 3,40669 3,09415
6,50 6,50000 5,22064 4,51960 4,13879 3,83304 3,62708 3,24077
7,00 7,00000 5,61512 4,84721 4,42520 4,08211 3,84746 3,38739
7,50 7,50000 6,00960 5,17482 4,71161 4,33119 4,06785 3,53401
8,00 8,00000 6,40407 5,50244 4,99803 4,58027 4,28823 3,68063
8,50 8,50000 6,79855 5,83005 5,28444 4,82934 4,50862 3,82725
9,00 9,00000 7,19303 6,15767 5,57085 5,07842 4,72900 3,97487
9,50 9,50000 7,58751 6,48528 5,85726 5,32750 4,94939 4,12049
10,00 10,0000 7,98199 6,81290 6,14368 5,57658 5,16978 4,26712
15,00 15,0000 11,92679 10,08904 9,00780 8,06735 7,37364 5,73332
20,00 20,0000 15,87158 13,36518 11,87193 10,55812 9,57749 7,19953
25,00 25,0000 19,81638 16,64132 14,73605 13,04889 11,78135 8,665574
30,00 30,0000 23,76117 19,91746 17,60018 15,53966 13,98521 10,13195
Da Figura 5.7 podemos entrar com os dados na Tabela abaixo (b/2H) e (a/2H),
para calcular o coeficiente de carga C:
b / 2H
0,02 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,40 0,50 0,60 0,80 1,00 1,50 2,00 3,00 5,00
0,02 0,001 0,002 0,004 0,006 0,007 0,009 0,011 0,014 0,015 0,018 0,021 0,023 0,024 0,025 0,025 0,025
0,05 0,002 0,005 0,009 0,014 0,018 0,023 0,027 0,034 0,040 0,045 0,052 0,056 0,061 0,063 0,063 0,064
0,10 0,004 0,009 0,019 0,028 0,037 0,045 0,053 0,057 0,079 0,089 0,103 0,112 0,121 0,121 0,124 0,126
0,15 0,006 0,014 0,028 0,041 0,054 0,067 0,079 0,100 0,118 0,132 0,153 0,166 0,181 0,185 0,187 0,188
0,20 0,007 0,018 0,037 0,054 0,072 0,088 0,103 0,131 0,155 0,177 0,202 0,219 0,239 0,244 0,247 0,248
0,25 0,009 0,023 0,045 0,067 0,088 0,108 0,127 0,161 0,190 0,214 0,248 0,269 0,293 0,301 0,305 0,306
0,30 0,011 0,027 0,053 0,079 0,103 0,127 0,149 0,190 0,224 0,252 0,292 0,318 0,346 0,355 0,359 0,361
a / 2H
0,40 0,014 0,034 0,067 0,100 0,131 0,161 0,190 0,241 0,284 0,320 0,373 0,405 0,442 0,454 0,460 0,461
0,50 0,016 0,040 0,079 0,118 0,155 0,190 0,224 0,284 0,396 0,379 0,441 0,481 0,525 0,540 0,547 0,549
0,60 0,018 0,045 0,089 0,132 0,174 0,214 0,252 0,320 0,379 0,428 0,499 0,544 0,596 0,613 0,622 0,624
0,80 0,021 0,052 0,103 0,153 0,202 0,248 0,292 0,373 0,441 0,499 0,584 0,639 0,703 0,725 0,736 0,740
1,00 0,023 0,056 0,112 0,166 0,219 0,269 0,318 0,405 0,481 0,544 0,639 0,701 0,775 0,800 0,814 0,818
1,50 0,024 0,061 0,121 0,181 0,238 0,293 0,344 0,442 0,525 0,596 0,703 0,775 0,863 0,894 0,913 0,918
2,00 0,025 0,063 0,124 0,185 0,244 0,301 0,355 0,454 0,540 0,615 0,725 0,800 0,894 0,930 0,951 0,958
3,00 0,025 0,63 0,126 0,187 0,247 0,305 0,359 0,460 0,547 0,622 0,736 0,814 0,915 0,951 0,976 0,984
5,00 0,025 0,064 0,126 0,188 0,248 0,306 0,361 0,461 0,549 0,624 0,740 0,818 0,918 0,958 0,984 0,994
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
18 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Os gráficos da Figura 5.8, fornecem como exemplo,
valores da pressão no solo resultante de cargas mó-
veis para os trens tipo 12, 30, e 45 t, sendo considera-
da a posição mais desfavorável do veículo em relação
ao tubo e fator de impacto unitário (f = 1).
Nota-se, que as pressões no solo devido a cargas mó-
veis são elevadas apenas para pequenas profundida-
des de instalação, diminuindo rapidamente à medida
que a profundidade aumenta.
Por isso, para evitar deformações excessivas, recomen-
da-se uma profundidade mínima de instalação, em fun-
ção do material do tubo, quando houver cargas mó-
veis. Caso isso não possa ser obedecido, deverão ser
tomados os cuidados necessários para proteger a tu-
bulação, ou especificar esta sobrecarga para que o tubo
possa ser produzido para suportar estas solicitações.
Normalmente, adota-se profundidade mínima de
cobrimento de 1,00 m de forma a minimizar o efeito da Pa = 1 N/m2 = 10-5 kgf/cm2
carga móvel sobre a tubulação.
Figura 5.8 Carga Móvel
A seguir é apresentada a Tabela que fornece a ação das cargas rodoviárias sobre os tubos,
para um trem tipo de 45 t (toneladas).
H DIÂMETROS (mm)
(m)
300 400 500 600 700 800 900 1000 1200 1500
1,00 10 12 14 16 18 20 23 25 28 33
1,50 7 9 10 12 13 15 17 18 21 24
2,00 6 7 8 9 10 12 13 14 16 19
3,00 4 5 5 6 7 8 9 10 11 13
4,00 3 3 4 5 5 6 7 7 8 9
5,00 2 3 3 4 4 5 6 6 7 9
6,00 2 2 3 4 4 5 6 6 7 8
7,00 0 0 3 4 4 5 6 6 7 8
8,00 0 0 0 4 4 5 6 6 7 8
9,00 0 0 0 0 0 5 6 6 7 8
10,00 0 0 0 0 0 0 0 6 7 8
Cargas
Profundidade Ø Tubo de
Trecho móveis
H (m) PVC (mm) kN/m
Pelo gráfico da Figura 5.9 se observa que a carga total é elevada para pequenas profundidades,
devido a influência da carga móvel. Passa depois por um valor mínimo, para uma profundidade de
1,30 m, aproximadamente, para, em seguida, voltar a crescer sob a influência da carga de terra.
A carga total portanto, para o exemplo apresentado, será:
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
20 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Tabela 5.13 PVC
Como para o cálculo da classe do tubo a ser utilizado é necessário o uso do fator de equivalência
correspondente a situação de aplicação, adotaremos, no exemplo dado, uma base comum conforme a
Figura 5.12. Portanto, em função de todos os conceitos e variáveis envolvidas no projeto e
dimensionamento de tubos de concreto abordados até este ponto, e considerando-se a condição de
assentamento, pode-se calcular a carga total atuante sobre a tubulação através da seguinte fórmula:
Q = (Q1 + Q2 + Qn) / fe
Onde:
Q = carga total atuante sobre a tubulação
Q1, Q2, Q3 e Qn = cargas atuantes na tubulação (terra, carga móvel e outras cargas),
fe = fator de equivalência em função do tipo de assentamento da tubulação.
Tabela 5.14
Ø do Tubo Profundidade Carga total Fe Carga total
Trecho
(mm) H (m) (kN/m) corrigida (kN/m)
A-B 600 1,5 44,8 1,5 29,9
Após o cálculo do valor da carga total atuante sobre a tubulação, deverá ser escolhida a classe de resistência do tubo que
atende ao valor calculado, conforme NBR 8890/2003 (Tubo de Concreto, de Seção Circular, para Águas Pluviais e Esgotos
Sanitários – Requisitos e Métodos de Ensaios).
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
22 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Escolhida a classe do tubo que atende ao valor da carga total atuante sobre a tubulação, os tubos produzidos devem ser
submetidos ao ensaio de compressão diametral pelo método dos três cutelos, segundo metodologia descrita pela norma
supra citada, para verificação do atendimento dos valores prescritos, sendo que:
Tubos de concreto simples
Q (carga total corrigida ou carga mínima de ruptura calculada) < Q ruptura (Norma)
Qd 40 60 90
Nomenclatura: PS = Tubo de concreto simples para águas pluviais; ES = Tubo de concreto simples para esgoto sanitário;
PA = Tubo de concreto armado para águas pluviais; EA = Tubo de concreto armado para esgoto sanitário;
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
24 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
x = parâmetro que depende da taxa de projeção p do 6. MONTAGEM DA PLANILHA
tubo, conforme a Tabela 5.17:
COMPARATIVA DE CUSTOS
Tabela 5.17 Valores de x
6.1. Cálculo das Quantidades dos Serviços
Valores de x para bases
p Os valores das quantidades apresentadas na planilha
de concreto outras comparativa entre Tubos de Concreto e PVC foram obti-
0 0,150 0 dos de acordo com os critérios apresentados a seguir:
q=
p.k
Cc ( H
De
+
p
2 ) O cálculo do volume de escavação é dado por:
Tubos de PVC
Vol. Escavado = B x L x P
Trecho A-B
Ø interno do tubo = 600 mm - H (recobrimento) = 1,5 m - L = 200m
P = 0,15 (berço de areia) + Dext. (do catálogo do fabricante) + 1,5 m (recobrimento) = 0,15 + 0,634 + 1,5 = 2,389 m
B = 1,15 m
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
26 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
6.1.2. Escoramento Tabela 6.4 Escoramento para os Tubos de PVC
Valor da Metragem
Trecho E=2xPxL de Escoramento (m2)
A-B E = 2 x 2,29 x 200 913,60
Valor da Metragem
Trecho E=2xPxL
de Escoramento (m2)
Figura 6.4
Tabela 6.6 Resumo Envoltória do PVC
6.1.6. Bota-Fora
Para a rede em concreto temos:
Volume Bota-Fora = Volume do tubo de concreto + Volume do lastro de brita
Trecho A-B:
BF = (3,1416 x Dext2 / 4 x L) + (Espessura do Lastro de Brita x L x B)
BF = (3,1416 x 0,722 / 4 x 200) + (0,20 x 200 x 1,15) = 127,4 m3
De maneira análoga para as demais seções temos para o concreto:
Tabela 6.7
Ø Externo do B Volume de Volume do Tubo Volume do
Trecho
Tubo (mm) Largura da Vala (m) Lastro de Brita (m3) (m3) Bota-Fora (m3)
A-B 720 1,15 46,0 81,4 127,4
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
28 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
Para a rede em PVC temos:
Volume Bota-Fora = Volume do tubo de PVC + Volume da envoltória de areia
O cálculo para as seções foi efetuado utilizando-se dos dados obtidos do item 6.1.5.
Tabela 6.8
Ø Externo do Volume do Tubo Volume da Envoltória Volume do
Trecho
Tubo (mm) (m3) de Areia (m3) Bota-Fora (m3)
A-B 634 63,1 186,2 249,3
A – Para Concreto
Figura 6.5
Figura 6.6
TOTAL 349.313,54
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
30 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
6.2.2. PLANILHA 2 - TUBOS EM PVC (Rib-Loc) - Base Janeiro 2003
TOTAL 393.356,64
Obs.: Nestas planilha não estão contemplados os gastos referentes a execução das singularidades (poços de visitas, bocas de lobo etc.), bem como o
acabamento final da obra, sendo seus custos de mesma grandeza para as duas soluções.
Os preços unitários foram levantados do mercado e da planilha de preços de obras de infra-estrutura da Prefeitura de São Paulo - base janeiro de 2003.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
32 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
vezes impossibilitando alturas de reaterro menores que pende, principalmente, da qualidade do assentamento
1,0 m, sob pena de gerar problemas estruturais. e não da qualidade do material. Um tubo de PVC de boa
qualidade não garante que não haverá problemas de
6) Número de Juntas ovalização se a execução não for bem feita.
Neste caso é necessária uma análise do processo de
produção dos tubos de PVC de grandes diâmetros. A 8) Manutenção
bobina de perfis de PVC é conformada em forma de Os procedimentos usuais de manutenção são através
espiral na obra, em processo contínuo, formando seg- de equipamentos que trabalham sob pressão ou suc-
mentos de tubo de 6 m. Podemos então perceber que ção. Os tubos flexíveis apresentam um limite em rela-
a junta não é a cada 6 m, mas sim, aproximadamente a ção a pressões internas, podendo em alguns casos im-
cada 30 cm (largura do perfil de PVC). Além disso, exis- possibilitar a manutenção das redes.
tem sérias dúvidas com relação à durabilidade desse
processo de colagem executado em campo, com poei- 9) Normalização
ra, sol e sem um controle industrial. Os tubos de concreto apresentam normalização espe-
Essa questão das juntas é, particularmente, crítica no cífica para sua fabricação e utilização, portanto o con-
caso de condução de esgoto e líquidos nocivos ao meio trole de suas características e performance é perfeita-
ambiente. mente determinado.
Os sistemas de tubos flexíveis de PVC de grande diâ-
7) Garantia da Qualidade
metro não têm Norma Técnica Nacional. A base são
No caso do tubo de PVC, a matéria prima é industrializa- algumas Normas Internacionais que em alguns casos
da, mas não o processo de conformação do tubo. No não levam em conta características específicas de nos-
caso de tubos de concreto o processo é industrializado sa construção.
por completo. Além disso, em função da flexibilidade dos
tubos de PVC, a garantia da qualidade do sistema de-
TABELA ANOMALIAS
Na página seguinte é apresentada uma tabela das anomalias que os sistemas flexíveis podem apresentar
sua causas, efeitos e resultado possível.
Perda de Movimento de saída Vedação incorreta da junta, Perda do material de Ruptura do tubo, com
Estanqueidade ou entrada, de fluído má execução da ligação ou suporte e envolvimento do potencial de danos/ruptura
ou sólido, do sistema. tubo fissurado/quebrado. tubo. à estrutura do pavimento.
Deformação diferencial do
tubo flexível na junta.
Deformação e Ocorrências O tubo não apresenta Perda de eficiência Redução da capacidade
Fissuras destrutivas na parede capacidade de suporte da hidráulica. Migração de de condução do fluído.
do tubo, afetando a carga de trabalho. solo e água. Ocorrência de Redução da capacidade
performance do Compactação não uniforme do tensões não previstas na de suporte do tubo.
material. material de envolvimento do parede do tubo. Ruptura do tubo.
tubo. Baixa qualidade na
resina utilizada na fabricação
do tubo. Aplicação
inadequada. Carga excessiva.
Perda de Os trechos de tubo Mudança de direção nas Migração do material de Redução da capacidade
Alinhamento instalados não estão juntas do tubo flexível durante suporte. de suporte do tubo.
na Junta no esquadro / o processo de reaterro. Ruptura do tubo, com
alinhados, entre si. potencial de danos/ruptura
à estrutura do pavimento.
“Piscina” - Água represada sem Movimento vertical do tubo Redução da eficiência Redução da capacidade
Entupimento possibilidade de flexível leve durante o hidráulica. Deflexão de condução do fluído.
drenagem. processo de reaterro. excessiva. Presença de Ruptura do tubo.
tensões não previstas na
parede do tubo.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
34 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DESEMPENHO
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A solução para condução de águas pluviais, em tubos de concreto, como se pode contemplar nas várias análises
realizadas, ainda é a solução técnica e economicamente mais indicada para as obras de drenagem.
É evidente que esta conclusão está diretamente associada à qualidade do produto e
às condições de sua instalação, o que deve ser sempre conseguido atendendo à boa técnica e, principalmente, à
normalização pertinente.
As mesmas análises feitas para a drenagem de águas pluviais levantadas neste trabalho se aplicam para o esgoto
sanitário, ressalvadas suas particularidades.
8. AGRADECIMENTOS
Finalmente, agradecemos aos engenheiros Fernando José Relvas, professor responsável pela cadeira de Concreto
Armado da Fundação Armando Alvares Penteado - FAAP e Diretor da Exata Engenharia e Assessoria S/C Ltda e
Pedro Jorge Chama Neto, mestre em Engenharia Civil pelo Departamento de Engenharia e Construção Civil da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, professor de Saneamento Urbano da UNIP e engenheiro especialista da
Superintendência de Gestão de Empreendimentos de Sistemas Regionais da SABESP, que coordenaram o
desenvolvimento técnico deste trabalho.