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Teoria e Questões comentadas

Prof. André Marques

Matéria: História do Rio Grande do Norte


Professores:
Prof. Giovanni Mannarino / André Giovanni Mannarino e André Marques
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APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!

Sejam muito bem-vindos a este curso sobre História do Rio


Grande do Norte para todos os cargos da Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Norte. Eu e o Exponencial preparamos estas aulas esperando que
elas sejam muito úteis para garantir um bom desempenho de vocês nas
provas que estão por vir. Antes de falar do curso para vocês, quero falar um
pouquinho de mim.
Minha vida de “concurseiro” começou cedo, pois, quando eu ainda
cursava o ensino médio, já via nos concursos públicos a melhor forma de
conseguir uma boa remuneração e estabilidade e, assim, poder ajudar a
minha família. Com isso, comecei a fazer concursos ainda com 17 anos, para
já me preparar e pegar experiência, dividindo o tempo entre estudar para o
vestibular da Universidade de Brasília e para concursos.
Aos 17 anos, passei no vestibular da UnB e comecei a cursar
História, mas, mesmo assim, continuei a fazer concursos, agora, dividindo o
tempo entre estudar as matérias do curso de História e estudar para
concursos.
Aos 19 anos, fui nomeado no concurso do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS. Mesmo com todas as
dificuldades para conseguir conciliar o tempo de estudo entre a universidade e
os concursos, não parei de estudar para concursos, pois queria ser nomeado
em um concurso melhor.
Em 2009, graduei-me bacharel em História e, no mesmo ano,
comecei a cursar Direito no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB e
continuei a estudar para concursos.
Em 2010, fui nomeado no concurso do Departamento de Estradas
de Rodagem do Distrito Federal – DER/DF e no concurso do Departamento de
Trânsito do Distrito Federal – DETRAN/DF, tomando posse neste, mas
continuando a estudar para concursos melhores.
Em 2014, graduei-me bacharel em Direito e tornei-me advogado,
sendo aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil quando ainda
cursava o 9º semestre da faculdade de Direito.
Fiz especialização em Direito Administrativo e Processo
Administrativo, sempre continuando a estudar para concursos melhores.
Senti na pele todas as angústias e ansiedades que vocês estão
vivendo, nunca tendo tempo suficiente para estudar exclusivamente para
concursos, sempre tendo que dividir o tempo de estudo com o trabalho e as

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atividades acadêmicas. Por isso fico muito feliz de fazer parte do caminho de
vocês e ajudá-los a passar por essa fase tão difícil o mais rápido possível!
Mesmo sem tempo para poder se dedicar ao estudo para passar em
um bom concurso público, é possível sim conseguir tal feito, basta dedicação,
ter em mãos os melhores materiais e seguir uma rotina de estudos bem
organizada. É aí que entra a equipe do Exponencial para te mostrar o
“caminho das pedras”.
Agora que vocês já me conhecem um pouquinho, podemos partir
para uma análise do nosso concurso.

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Análise do Edital e do Conteúdo Programático

Este curso tem como objetivo preparar vocês para a prova de


História do Rio Grande do Norte do concurso público para a Assembleia
Legislativa/RN. O edital ainda não foi publicado, mas isso não deve ser um
fator impeditivo para iniciar os seus estudos, pelo contrário, deve ser um fator
motivador para você largar na frente dos demais candidatos.
Geralmente, nesta matéria nos concursos nos quais é cobrada, não
são cobradas muitas questões. Pode parecer pouco em uma análise rápida,
mas acertá-las pode ser o seu diferencial para a aprovação.
Como o edital ainda não foi publicado, tomamos como base para a
elaboração das aulas o último edital publicado, no qual o conteúdo da matéria
veio assim disposto:

História do Rio Grande do Norte


A presença portuguesa no Rio Grande do Norte: conquista territorial e
resistência indígena; Fundação da cidade de Natal. A presença francesa no Rio
Grande do Norte; Pacificação dos índios potiguares; Invasão holandesa no Rio
Grande do Norte e o massacre de Cunhaú e Uruassu; A República do Rio
Grande do Norte (1889-1930); A abolição da escravatura no Rio Grande do
Norte; Presença do banditismo (cangaço) no Estado. Segunda Guerra no Rio
Grande do Norte: presença norte-americana e repercussões socioculturais; Os
governos do período militar no Rio Grande do Norte (1964-1985). Governos
posteriores ao período militar no Rio Grande do Norte (1986 aos dias atuais).
Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte: atividades econômicas
modernas e tradicionais: agropecuária; pesca; fruticultura; carcinicultura;
mineração; sal marinho; algodão; cana-de-açúcar; produção de petróleo e
gás; turismo, comércio e serviços.

Nosso objetivo, portanto, é que vocês tenham acesso a um material


objetivo, porém que trabalhe os principais conceitos necessários para
responder as questões propostas pela banca. Produziremos um curso repleto
de questões para que vocês pratiquem os conteúdos e cheguem preparados
para as provas. Não basta apenas ficar ligado na teoria, é preciso treinar!

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No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Em cada aula


indicaremos e analisaremos os temas que julgamos mais pertinentes para uma
boa preparação voltada para a prova da Assembleia Legislativa/RN. Nós
termos três aulas, incluindo esta que vocês estão lendo.

Aula Conteúdo

00 Aspectos Históricos do Rio Grande do Norte

01 Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página do curso.

Finalmente, hora de nos aventurarmos! Tenham uma boa aula!

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Aula 00 – ASPECTOS HISTÓRICOS DO RIO GRANDE DO NORTE

Sumário

1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ___________________________________ 7


1.1 – SÉCULO XV __________________________________________________________ 9
1.2 – SÉCULO XVI _________________________________________________________ 9
1.3 – SÉCULOS XVII e XVIII _________________________________________________ 10
1.4 – SÉCULO XIX ________________________________________________________ 11
1.5 – SÉCULO XX _________________________________________________________ 11
2 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO RIO GRANDE DO NORTE _____________________ 13
3 - Questões Comentadas _________________________________________________ 23
4 – Questões sem comentário ______________________________________________ 31
5 - Gabarito ____________________________________________________________ 36

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1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

O solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu
território, ou seja, a porção do espaço sob domínio, poder e soberania de um
Estado organizado.
O território do Brasil, hoje, ocupa uma área de 8.514.876 km². Em
virtude desta vasta extensão territorial, o Brasil é considerado um país
continental, por ocupar grande parte da América do Sul, sendo o 5º maior
país em tamanho de território no mundo.
O Brasil está organizado como uma República Federativa e
apresenta divisão interna entre estados, municípios e o Distrito Federal.
Todavia, os contornos do nosso país, tal como o vemos hoje em um
mapa, não foram sempre os mesmos. Ao longo do seu processo de formação
do território, que durou quatro séculos, em diversas ocasiões, o
Brasil incorporou e também perdeu terras e os limites de seu território
variaram ao longo do tempo.
Ao compararmos o território do Brasil no século XVI com o atual,
poderemos perceber que o território aumentou, contudo, este território
brasileiro não se formou de uma hora para outra, foi um processo longo, do
qual fazem parte a lenta ocupação do território pelos portugueses, as lutas
entre eles e os povos nativos, a disputa pela terra com invasores estrangeiros
e a busca de riquezas.
A população brasileira está irregularmente distribuída no território
do país, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde se
encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança
histórica, resultado da forma como o Brasil foi povoado, pois, como veremos,
os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
O território brasileiro “nasceu” modesto, possuindo apenas
2.800.000 km², cerca de 35% do território atual. Era a área que cabia a
Portugal pela divisão imposta pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
Em 1580, por falta de um sucessor ao trono de Portugal, Felipe II,
neto do rei da Espanha, único na linha sucessória, assumiu o trono. Essa nova
relação permitiu aos portugueses que viviam na colônia atravessar os limites
impostos pelo Tratado de Tordesilhas sem muitos problemas.
Em 1640, Portugal recupera o trono. As terras a oeste do tratado já
estavam ocupadas pelos portugueses. Em 1750, o Tratado de Tordesilhas
deixa de existir.
O Brasil colônia possuía uma característica de arquipélago, por ser
formado por áreas isoladas ou com contatos muito tênues, onde a troca de
mercadorias ou pessoas pouco existia.

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A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das


atividades econômicas. Inicialmente, com a economia colonial (1500 - 1822),
tudo girava em função das produções ligadas aos gêneros primários. Essa
demanda também correspondia aos anseios de exportação para atender os
desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado.
No início da colonização, a população de origem europeia e africana
ficou restrita ao litoral, desenvolvendo atividades econômicas com
características extrativistas, principalmente na extração do pau-brasil.
No final do século XVI, os colonizadores começaram o cultivo de
cana-de-açúcar e a montagem de engenhos, principalmente no litoral do
nordeste. Esta produção era dirigida toda para exportação, por isso a escolha
por sítios litorâneos.
A ocupação do interior nordestino se deu pela introdução da
pecuária bovina em áreas não propícias ao cultivo da cana-de-açúcar. Nos
séculos XVI e XVII, a lavoura canavieira e a criação de gado foram as
atividades que contribuíram para a efetivação da ocupação do espaço
brasileiro e sua expansão territorial.
No século XVII, a descoberta de minerais provocou o deslocamento
do povoamento de forma mais intensa para o interior. Os responsáveis por
descobrir os recursos minerais foram os bandeirantes, com suas expedições
saindo de São Paulo, sendo estes uns dos principais responsáveis pela
expansão do território brasileiro.
A “corrida ao ouro” atraiu milhares de pessoas provenientes do
litoral e de Portugal; além disso, a necessidade de gado para alimentação e
transporte do ouro proporcionou o surgimento de novas cidades e vilas no
caminho dos tropeiros.
Com a exploração do ouro e das pedras preciosas, a partir do século
XVIII, novas regiões foram incorporadas à fronteira econômica: os atuais
estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
As necessidades de escoamento do ouro e a fiscalização da
produção mineral fizeram do Rio de Janeiro a segunda capital da colônia, em
1763. Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, a cidade teve suas
condições de desenvolvimento ampliadas.
Neste período, a porção do território ficou sob o controle militar para
garantia do território. Essa ocupação inicial não mudou quase nada as
condições naturais, exceto em algumas regiões, como na área ao redor de
Belém.
No extremo sul do Brasil, no século XVIII, a colonização, ou
dominação do território, deu-se inicialmente com população de origem
portuguesa – os colonos açorianos assentados no Rio Grande do Sul. Esta
região já fora objetivo de incursões de criadores paulistas, os Bandeirantes,

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que se estabeleceram nas áreas de campo, desenvolvendo a pecuária, que aí


encontrou condições ambientais favoráveis.
Por volta do século XIX, a ação colonizadora no sul do Brasil instalou
colônias baseadas no sistema de apropriação de terras, por meio de
colonização oficial ou particular. Este tipo de colonização foi implantado em
outras porções do território, mas, foi no sul do país que esse modo de ocupar
as terras foi mais difundido.
No final do século XIX, o Brasil ainda não tinha a “forma” que tem
hoje, territorialmente falando – faltava a efetiva ocupação do Centro-Oeste e
do Norte do Brasil, porções que foram ocupadas de forma mais intensa a partir
da década de 60 e 70 do século XX.
A consolidação das fronteiras e limites do Brasil é o resultado de um
processo histórico de produção e reprodução do espaço através do trabalho
humano.

1.1 – SÉCULO XV

Até 1500, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado


de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha. Esse tratado
dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.

1.2 – SÉCULO XVI

Para melhor ocupar sua colônia sul-americana, o governo português


resolveu dividi-la em grandes faixas de terra, que foram chamadas
de capitanias.
A ocupação limitava-se ao litoral. Apesar da extração do pau-
brasil ter sido a primeira atividade econômica do período, a principal atividade
econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar,
produto muito apreciado na Europa, por isso a produção era destinada à
exportação.

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As propriedades rurais eram grandes extensões de terra


(latifúndios), cultivadas com força de trabalho escrava.
O crescimento da exportação levou aos primeiros centros urbanos
no litoral, as cidades portuárias.

1.3 – SÉCULOS XVII e XVIII

Nessa época, as capitanias tinham contornos bem diferentes dos


iniciais e o território brasileiro já possuía um traçado próximo do atual.
Estes séculos foram marcados pela produção pastoril, que adentrou
a oeste do país e também pela descoberta de jazidas de ouro e diamante nos
estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.
Esse período foi chamado de aurífero e fez surgir várias cidades.

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1.4 – SÉCULO XIX

Em 1821, as capitanias passaram a se chamar províncias e, em


1889, estados, nome que conservam até os dias atuais.
A atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a
produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o
surgimento de várias cidades.

1.5 – SÉCULO XX

Os limites territoriais do Brasil, definidos em 1904, valem ainda


hoje. A divisão dos estados, porém, sofreu mudanças.
Como vimos, as fronteiras e limites do Brasil apresentaram grandes
alterações ao longo de sua história. Por exemplo: o estado do Acre só passou
a fazer parte do nosso território em 1910, quando foi comprado da Bolívia.

E quanto às fronteiras internas? De 1940 até os dias atuais, o país


sofreu 17 alterações na configuração de suas unidades político-

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administrativas, com a criação e extinção de unidades. As últimas


modificações ocorreram com a Constituição de 1988, que deu origem ao
estado de Tocantins, elevou os territórios federais do Amapá e Roraima à
categoria de estados e anexou o território federal de Fernando de Noronha
a Pernambuco.

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2 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO RIO GRANDE DO NORTE

Estudos arqueológicos mostram que o território do atual Rio Grande


do Norte é habitado há milhares de anos. No início do século XVI, o litoral
desse território era habitado pelos índios potiguares.
A primeira expedição europeia a chegar na região foi a de Gonçalo
Coelho, em 1501. Nas décadas seguintes, piratas franceses, aliados aos
índios, passaram a explorar a costa desse território.
Doada a João de Barros, a capitania do Rio Grande só foi ocupada
por portugueses no final do século XVI.
Em 1534, João de Barros e Aires da Cunha receberam essas
terras, que se estendiam a partir da Baia da Traição (limite sul) até o rio
Jaguaribe, em concessão de D. João III, como capitania hereditária, eram
50 léguas para cada um.
Uma expedição organizada em 1535 pelo donatário e por seus
sócios Aires da Cunha e Fernão Álvares de Andrade foi impedida de
desembarcar pelos franceses, que exploravam as riquezas naturais do litoral,
e pelos índios, “amigos” dos franceses e hostis aos portugueses.
Os donatários organizaram uma grande expedição para colonizar
suas terras, desembarcaram em Pernambuco, no final de 1535 ou início de
1536, mas, na continuação, a expedição foi desastrosa. Houve naufrágios e
conflitos com os índios, os que sobreviveram abandonaram a região.
Anos depois, uma segunda expedição à Capitania foi organizada por
João de Barros, também sem sucesso. Os donatários não conseguiram tomar
posse da Capitania, que foi revertida à Coroa portuguesa na segunda metade
do século XVI, após a morte de João de Barros.
Nos anos seguintes, o Rio Grande do Norte continuou a ser
explorado pelos franceses, com apoio dos índios potiguares.
Em 1597, foi organizada uma expedição com a finalidade de
combater os franceses, construir um forte e fundar uma cidade. Era
comandada por Manuel Mascarenhas Homem, Feliciano Coelho de
Carvalho e Jerônimo de Albuquerque.
Em 06 de janeiro de 1598 foi iniciada a construção do Forte dos
Santos Reis Magos, concluída em junho do mesmo ano.
Por conta da sua posição geográfica, as terras do Rio Grande do
Norte foram, possivelmente, um dos primeiros pontos visitados no litoral
brasileiro, antes mesmo da chegada dos portugueses.
A necessidade de consolidar o domínio português nas terras que se
encontravam abandonadas, com a presença constante de visitantes
estrangeiros no seu litoral, fez o governo português tomar novas medidas com

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relação à Capitania do Rio Grande, nessa altura já de posse da Coroa, que a


havia comprado dos filhos de João de Barros.
Em 1597, durante a União Ibérica, o rei de Portugal Felipe I (Felipe
II da Espanha) ordenou o envio de uma expedição para conquistar e colonizar
o Rio Grande do Norte. Foram encarregados dessa missão, o governador da
Capitania de Pernambuco, Manoel Mascarenhas Homem, e o governador da
Capitania da Paraíba, Feliciano Coelho. Os custos foram bancados pelo
governador do Estado do Brasil, na Bahia, D. Francisco de Souza.
Dessa forma foram cumpridas as determinações reais aos
donatários de conquistar as terras, construção de um forte para a sua defesa e
fundação de uma cidade para ser iniciada a obra da colonização.
No início de 1598, começaram a construir a Fortaleza dos Santos
Reis ou Fortaleza dos Reis Magos (figura abaixo), próxima da barra do Rio
Potengi (Rio Grande). A construção inicial foi feita em taipa, com projeto do
engenheiro jesuíta Gaspar de Samperes, obedecia à característica das
construções coloniais portuguesas. A Fortaleza foi reconstruída, em alvenaria
de pedra, no início do século XVII. O objetivo da construção era fixar um
ponto de defesa para as posses da Coroa Portuguesa.

Depois disso foi necessária a pacificação da massa indígena que


habitava a região, cujos ataques constantes punham em perigo a vida do
homem branco. A presença de Jerônimo de Albuquerque, de origem
mestiça, que viera com a expedição de Mascarenhas Homem, foi de
fundamental importância para a sua realização.
Encarregado de estabelecer as pazes com os chefes indígenas Pau
Seco e Sorobabe, Jerônimo de Albuquerque consolidou com sucesso a sua
missão na Paraíba, em junho de 1599, e tudo indica (pela falta de um
documento explicito sobre o assunto) que ao voltar ao Rio Grande, teria ele
completado a última determinação real, de fundar uma cidade.

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O combate aos franceses estendeu-se por todo o ano e sua expulsão


determinou a posse definitiva da terra, consolidada com a fundação, em 1599,
da cidade de Natal.
A 24 de dezembro de 1599, era fundada a cidade de Natal (figura
abaixo), a cerca de meia légua distante do porto, na margem direita do Rio
Potengi, tendo como ponto original o local elevado, onde hoje se localiza a
Praça André de Albuquerque, Largo da Matriz. Neste local foi erguida
uma pequena capela, onde foi celebrada uma missa, capela essa que através
das reformas e do tempo permanece ainda hoje, a velha catedral.
O dia da fundação é tradicionalmente indicado como sendo o dia de
Natal, mas sem documentação que comprove.

Também não é certo que a cidade tenha sido fundada com esse
nome. A historiografia a registra também como Cidade do Rio Grande
(Albernaz) e Cidade dos Reis (Frei Vicente do Salvador).
A participação dos jesuítas foi importante para a pacificação dos
índios locais. O padre Samperes também foi o autor do projeto da primeira
igreja da cidade, inaugurada na mesma época, e dedicada a Nossa Senhora da
Apresentação.
A capitania era habitada no litoral pelos índios do grupo dos Tupis,
os Potiguares, e no interior, pelos índios do grupo dos Tapuias, os Cariris e
Tarairius.
A colonização do território foi lenta, estabelecendo-se oficialmente
em 1611, com a passagem do Governador do Brasil, Diogo de Meneses, que
fez as nomeações necessárias para a instituição da administração.
Ao longo dos anos a Capitania do “Rio Grande” acrescentou o
complemento “do Norte”, devido existência de uma outra capitania do Rio
Grande, a do Sul.

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O povoamento da região ocorreu lentamente, até 1633, quando esta


foi invadida pelos holandeses.
Em 1633, os holandeses ocuparam o Rio Grande do Norte.
Marcou o processo histórico do desenvolvimento da capitania a presença dos
holandeses, que, tendo invadido e se estabelecido em Pernambuco,
conquistaram também o Rio Grande, para apoiar a conquista de Pernambuco,
servindo, principalmente, para fornecer gado para consumo das tropas e
população em Pernambuco.
Natal foi visitada pelo conde Mauricio de Nassau em 1637. A
Fortaleza dos Santos Reis passou a se chamar de Forte de Kenlen e Natal,
de Nova Amsterdã.
Os holandeses contaram com apoio dos indígenas e desenvolveram
diversas atividades, como a exploração do sal, criação de gado e o plantio da
cana-de-açúcar. Os holandeses foram expulsos, em 1654, e houve resistência
por parte dos indígenas.
Os holandeses permaneceram na capitania por mais de vinte anos,
mas, para muitos, nada foi realizado de positivo que marcasse sua presença
na região, estabelecendo-se uma fase que ficou marcada pelo abandono,
violência, e rapinagem, responsável pelo atraso no desenvolvimento local.
O domínio invasor ficou conhecido pelas atrocidades de Cunhaú,
Ferreiro Torto e Uruassu, que eram os núcleos populacionais da época.
Nestas localidades, no final do domínio holandês, os índios Janduis, liderados
por Jacob Rabbi, judeu alemão que detinha grande influência sobre estes,
atacou e massacrou violentamente suas populações.

A exploração do sal, a cultura da cana-de-açúcar e a expansão da


pecuária foram os objetivos principais dos holandeses na região. Após sua

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expulsão, em 1654, o povoamento acentuou-se, em função sobretudo da


exploração do sal e da pecuária.
Após a saída dos holandeses, quando se tenta voltar à normalidade,
inaugura-se uma nova fase na vida da capitania, que volta a sofrer reveses,
desta feita com uma revolta dos índios Tapuias contra o domínio português,
um movimento de rebeldia considerado como um dos maiores da região
nordeste, que ficou conhecida como Guerra dos Bárbaros.
O movimento, que persistiu por mais de vinte anos, se estendia
pelas áreas das Capitanias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco e Alagoas, sendo que o foco da rebelião estava na Paraíba,
Ceará e Rio Grande do Norte. Somente foram dominados a partir da atuação
mais enérgica das bandeiras paulistas.

A reocupação do Rio Grande do Norte, pelos portugueses, envolveu


também o interior do território, onde habitavam os cariris. Os nativos se
rebelaram e não aceitavam o regime de escravidão a qual eram submetidos
pelos colonizadores. A rebelião, denominada Confederação dos Cariris,
perdurou por décadas, até o quase extermínio dos cariris no final do século
XVIII. Os índios sobreviventes integravam missões jesuíticas.
Como os donos das terras não tinham recursos para comprar
escravos africanos, passaram a aprisionar índios. Por volta de 1683, várias
tribos indígenas rebelaram-se. Conhecida como Confederação dos Cariris, a
rebelião estendeu-se até o início do século XVIII, quando foi dominada por
tropas chefiadas por bandeirantes paulistas. O principal foco da luta foi o
sertão do Rio Grande do Norte.

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Em 1701, o Rio Grande do Norte foi incorporado à Capitania


de Pernambuco. Em 1701, a Coroa portuguesa submeteu o Rio Grande do
Norte ao governo de Pernambuco, o que trouxe prejuízos imensos para a
capitania.
Uma Resolução Real de 1758 proibiu a comercialização do sal e, a
partir de 1788, a capitania ficou também proibida de exportar carne-seca.
Somente no século XIX, após a independência do Brasil, o Rio Grande do
Norte retomaria o desenvolvimento.
Em 1817, ocorreu o Movimento Republicano (Revolução
Pernambucana) no nordeste brasileiro, tendo Pernambuco como o centro de
difusão do pensamento liberal, sob a liderança da elite agrária e religiosa da
região, motivada por interesses econômicos. Esse movimento teve
ramificações em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
No caso do Rio Grande do Norte, cujo governador José Inácio
Borges, ao condenar o movimento, declarando esta separada de Pernambuco,
para que fosse mantida a fidelidade ao rei, concretizou duas antigas
aspirações da população norte-riograndense: tornar-se independente da
Capitania de Pernambuco e a criação de uma Alfândega local, que até então
não existia.
Mas, mesmo com as providências tomadas pelo governador José
Inácio Borges, André de Albuquerque Maranhão, comandante da Divisão
do Distrito Sul e senhor de Cunhaú (o primeiro engenho do Rio Grande do
Norte), por meio de contatos com os insurretos de Pernambuco, aderiu
assumindo a liderança do movimento e entrou em Natal com suas tropas na
tarde de 28 de março.
No dia seguinte, no edifício da Provedoria da Fazenda, André de
Albuquerque Maranhão instalou o governo republicano do Rio Grande do

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Norte sob sua presidência, governo esse que durou apenas um mês, quando
então foi assassinado e a situação voltou ao domínio português.
Após a Revolução Pernambucana, o Rio Grande do Norte foi
desmembrado de Pernambuco. Em 25 de março de 1818, foi criada a
Ouvidoria do Rio Grande do Norte.
Em 1820, fora criada a alfândega independente de Natal, o que deu
novamente autonomia às exportações da capitania. Com a independência do
país, a capitania passou a província do Império.
Após a Guerra da Independência do Brasil, o Rio Grande do Norte
tornou-se uma das províncias do Império, estabelecendo-se nessa fase um
crescimento fortalecido pelos poucos engenhos de cana de açúcar e as
fazendas de gado, principalmente.
Em 03 de agosto de 1824, aderiu à Confederação do Equador,
liderada por Pernambuco. Revoltava-se contra a Constituição autoritária
imposta por D. Pedro I e pelos impostos que eram empregados, em grande
parte, para o desenvolvimento do Sudeste. A revolta foi reprimida com grande
violência.
Marcos importantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte
foram:
 a instalação dos Correios (1829);
 a instalação da Assembleia Legislativa Provincial do Rio
Grande do Norte (1835);
 o transporte ferroviário (1873);
 o telégrafo (1879).

Todavia, a grande seca de 1877, uma das piores que o Nordeste


já enfrentou, prejudicou bastante o desenvolvimento norte-rio-grandense.
Ao chegar o movimento pela emancipação dos escravos, em 1888, o
Rio Grande do Norte tinha muito pouco a fazer, uma vez que sempre possuiu
um reduzido número de escravos negros, tendo em vista as terras para essa
cultura serem poucas, limitando-se apenas aos vales do Ceará Mirim e
Canguaretama.
Após 1889, com a República, tornou-se um dos estados brasileiros.
O primeiro governador foi Pedro Velho d'Albuquerque Maranhão.
A queda da monarquia e o estabelecimento da República como
regime político transformaram as Províncias em Estados e a situação política
local, tal qual a do restante do país, consolidou as oligarquias que
caracterizaram a República Velha.
No Rio Grande do Norte o sistema oligárquico funcionou com a
liderança de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, cujo grupo se manteve no

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poder até a década de 1920, substituído por outro grupo que se manteve no
poder até o movimento de 1930.
Com a proclamação da República, a província foi transformada em
estado e, durante muitos anos, a política foi dominada pelo chefe republicano
Pedro Velho de Albuquerque.
Em 1909, foi criada a Diocese de Natal. Até então, as paróquias do
Rio Grande do Norte eram subordinadas à Diocese da Paraíba.
Em 1901 e em 1935, o Rio Grande do Norte foi palco de revoltas
reprimidas pelo governo federal. O movimento de 1935, conhecido como
Intentona Comunista (três insurreições distintas, das unidades militares de
Natal, Recife e Rio de Janeiro), quando o governo foi interrompido por um
movimento armado que instalou um Comitê Popular Revolucionário, que
durou apenas quatro dias.
Em 1935, quando em vários pontos do país os comunistas
deflagraram rebeliões, instalou-se em Natal um Comitê Popular
Revolucionário, comunista, que se apossou do governo sem encontrar grande
resistência, mas manteve o poder por apenas quatro dias.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) apressou o
desenvolvimento do estado, pois sua situação geográfica dava-lhe enorme
importância estratégica.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Natal abrigou uma base militar
dos Estados Unidos. Neste período, o governo norte-americano construiu na
região a "Ponte do Atlântico para a África".
A ocorrência da Segunda Guerra Mundial colocou o Rio Grande do
Norte, mais especificamente Natal, como local de destaque no panorama
internacional.
Com o apoio de Vargas, Presidente do Brasil, aos americanos, foram
assinados acordos que incluíam a construção de bases militares no Brasil, e
Natal, pela sua posição estratégica de proximidade com a África, foi escolhida
para instalação da defesa em tempo de guerra.
Em 1940, os Aliados transformaram o tabuleiro do Parnamirim, ao
sul de Natal, em base aérea para suas operações contra o poderio nazista no
norte da África.
Na região foram instaladas a Base Naval de Natal, em Refoles no
Alecrim, e a Base Aérea de Natal, ao lado da qual foi construída a Base Aérea
Americana, Parnamirim Field, como ficou conhecida, com grande
mobilização técnica e todos os serviços modernos possíveis.
Afluíram para o Rio Grande do Norte militares de várias partes do
mundo e a utilização das reservas de tungstênio para fins militares ativou a
economia do estado.

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O Rio Grande do Norte foi escolhido diversas vezes como sede de


experiências militares, principalmente da Marinha. A escolha resulta da
posição geográfica privilegiada, sendo a costa mais próxima à Europa.
Após o final da guerra, surgiram os primeiros cursos universitários,
em 1947, com a criação das Faculdades de Farmácia e Odontologia.
Seguiram-se as faculdades de Direito, Filosofia, Serviço Social, Economia e
Medicina, todas públicas.
O último dos interventores federais postos à frente do governo pelo
Estado Novo foi o general Orestes da Rocha Lima (1947).
Em 1958, no governo de Dinarte de Medeiros Mariz (1956/1961)
foi criada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, inicialmente
estadual e logo em seguida federalizada, em dezembro de 1960 pelo
presidente JK. Somente a partir do final dos anos 1980, é que surgiram
faculdades particulares no estado.
Em agosto de 1954, com o suicídio de Vargas, seu vice, Café Filho,
assume a Presidência da República, sendo, até os dias atuais, o único potiguar
a ocupar o cargo, permanecendo até novembro de 1955.
A partir da década de 1960, o populismo se impõe em solo
potiguar, através de Aluízio Alves (responsável pelo início de modernização
do Rio Grande do Norte) e Djalma Maranhão (radical e político de esquerda).
Já em 1964, ocorre um golpe de estado que pôs fim ao governo
de João Goulart e iniciou um regime militar, que durou de 1964 até 1985. No
Rio Grande do Norte, esse golpe de estado se caracterizou somente pelas
perseguições a jovens e intelectuais da terra. Políticos como Aluízio

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Alves, Garibaldi Alves e Agnelo Alves tiveram seus direitos políticos


suspensos pelo Ato Institucional Nº 5, de 1968.
A partir de 1974, com a descoberta das primeiras jazidas
de petróleo no estado, sua economia, até então prejudicada pelos períodos
de estiagem, algumas vezes muito longos, experimentou um maior ritmo de
crescimento econômico, além do setor de turismo.
Governos recentes fizeram importantes mudanças, como ocorreu na
gestão de Garibaldi Alves, que elevou a irrigação como uma das metas
prioritárias, com o objetivo de interligar bacias hidrográficas e levar água de
boa qualidade às famílias sobreviventes em regiões secas e irrigar uma densa
área do território norte-rio-grandense.

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3 - Questões Comentadas

1- (Ano: 2017; Banca: COMPERVE; Órgão: MPE/RN; Cargo:


Analista - Contabilidade) As economias fundadoras do Rio Grande do Norte
produziram espaços, territórios e foram responsáveis pelo desenvolvimento
econômico e povoamento do estado. Nesse contexto, é correto afirmar:
A) A Pecuária, primeira economia do estado, foi implantada na região
Agreste e requereu um grande contingente de trabalhadores. A
atividade Algodoeira promoveu a urbanização na região agreste do
Estado.
B) A atividade Algodoeira foi a primeira economia do Rio Grande do Norte
e gerou uma forte classe política. Essa atividade foi responsável pela
urbanização de Caicó, Currais Novos, Ceará-Mirim e São José do Seridó.
C) A atividade Canavieira foi a primeira economia do estado, e os
engenhos de Cunhaú e Ferreiro Torto, seus principais representantes. A
Pecuária foi implantada no sertão, onde algumas cidades, tais como
Currais Novos e Pau dos Ferros, surgiram a partir de fazendas.
D) A Mineração, primeira economia do Rio Grande do Norte, destacou-se
pela exploração da scheelita. As cidades de Currais Novos, Acari, Caicó
e Parelhas foram povoadas e desenvolvidas a partir da implantação
dessa economia.

Resposta: “C”

A primeira atividade econômica realizada no território do Rio Grande


do Norte foi o cultivo da cana-de-açúcar.

2- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo:


Assessor Técnico de Controle Interno) A presença norte-americana no Rio
Grande do Norte é sempre lembrada pela instalação da base aérea de
Parnamirim durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, no pós-guerra, a
presença dos Estados Unidos também foi marcante, sobretudo na década de
1960, quando o Brasil recebeu vultosos recursos da Aliança para o Progresso,
programa lançado na gestão do presidente John F. Kennedy. É INCORRETO
afirmar:
A) A recusa de Aloísio Alves em aceitar o aporte de recursos da Aliança
para o Progresso provocou a cassação de seus direitos políticos, após
1968.
B) A experiência de alfabetização pelo método Paulo Freire em Angicos, na
gestão de Aloísio Alves (1961-1966), contou com recursos da Aliança
para o Progresso.

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C) O Rio Grande do Norte foi o Estado nordestino mais favorecido pelos


recursos da Aliança para o Progresso.
D) Os sindicatos rurais do Rio Grande do Norte tiveram apoio decisivo da
Aliança para o Progresso.
E) A prioridade que a Aliança para o Progresso deu ao Rio Grande do Norte
tinha o propósito de criar um contraponto ao “subversivo” Pernambuco.

Resposta: “A”

O período de criação da Aliança para o Progresso coincidiu com o início de uma


fase de cooperação cautelosa nas relações dos EUA com o governo do
presidente João Goulart. Ao mesmo tempo em que estimulava Goulart em
seus projetos de reforma social, a administração Kennedy insistiu na urgência
absoluta de medidas de estabilização financeira e controle inflacionário.

A partir de meados de 1963, no entanto, os EUA mostraram-se cada vez mais


reticentes em relação ao Brasil, ao mesmo tempo em que não escondiam sua
decepção com o fracasso do Plano Trienal e com o desinteresse de Goulart em
apoiar a política de austeridade prescrita pelo ministro da Fazenda Carlos
Alberto de Carvalho Pinto, com apoio das autoridades financeiras
internacionais.

Desde então, nenhum novo acordo de auxílio seria assinado, com exceção dos
relativos ao trigo norte-americano e de dotações ao programa da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Paralelamente,
os EUA adotaram uma política de negociar com os governos estaduais que
estivessem de acordo com suas condições. Assim os governadores Carlos
Lacerda, da Guanabara, e Aluísio Alves, do Rio Grande do Norte,
receberam verbas da Aliança para o Progresso para seus programas
de desenvolvimento e infraestrutura.

3- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo:


Assessor Técnico de Controle Interno) A cidade de Natal foi fundada:
A) pelo donatário da capitania hereditária do Rio Grande, Duarte Coelho.
B) durante a invasão dos holandeses, para garantir-lhes a ocupação do
litoral nordestino.
C) com a cooperação de invasores franceses, aliados aos indígenas tapuias
que habitavam o litoral.
D) no início do século XVII, por representantes da Companhia da Índias
Ocidentais.
E) no período da União Ibérica (Portugal e Espanha), após a morte de D.
Sebastião.

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Resposta: “E”

Natal foi fundada como cidade em 1599, durante o período da


chamada União Ibérica entre Portugal e Espanha (1580-1640).

4- (Ano: 2012; Banca: FCC; Órgão: MPE/RN; Cargo:


Analista - Contabilidade) Observe a foto:

Getúlio Vargas e Franklin Delano Roosevelt em Natal em janeiro de 1943.


(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vargas-comRoosevelt.jpg)

No encontro entre os presidentes, retratado na foto acima, Brasil e Estados


Unidos estreitaram relações e acordaram em construir um Quartel General que
tornou o Rio Grande do Norte decisivo no processo da vitória aliada na
Segunda Guerra Mundial pois:
A) assegurou a hegemonia política dos Estados Unidos sobre a navegação
do Atlântico Norte que ficou permanentemente sob a fiscalização e o
controle dos norte-americanos.
B) abalou o esforço desprendido pelos alemães na América Latina que
viram seu poderio militar enfraquecer durante a expansão na África
Ocidental e no Nordeste brasileiro.
C) barrou a expansão alemã que pretendia dar um salto da África Ocidental
à América do Sul, passando pelo Nordeste brasileiro, ocupado antes por
tropas norte-americanas.
D) deteve principalmente as ameaças alemãs sobre os países da América
Central, cuja produção petrolífera era vital para a economia dos países
aliados, durante a guerra.
E) consistiu em uma manobra estratégica fundamental na luta contra o
perigo do avanço do nazifascismo em países da América do Sul,
economicamente empobrecidos pela guerra.

Resposta: “C”

Em 28/01/1941, o Brasil rompeu as relações com as Forças do Eixo (Itália,


Alemanha e Japão). Em 22/08/1942, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à

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Itália. O avanço das tropas do Eixo no continente africano colocou em perigo a


navegação do Atlântico, da costa brasileira, como também de todo o
continente americano. Teria sido por causa desse risco que o Brasil cedeu as
bases militares no litoral do Nordeste para servir de apoio às operações
militares que seriam desenvolvidas na África. E entrou na guerra. Natal, por
sinal, já vivia um clima de guerra, inclusive com blecautes diários. Além disso,
os alemães torpedearam navios brasileiros. Isso impulsionou a nossa entrada
na guerra contra as Forças do Eixo. A área de Natal era crucial para a defesa
dos EUA continental e do Canal do Panamá contra forças hostis (Rota Natal-
Dakar).

Assim, a presença das tropas norte-americanas na cidade de Natal se


intensificou entre 1941 e 1942 com a expansão da Segunda Guerra Mundial
para o norte da África. A participação do Brasil, através do Rio Grande do
Norte, tornou-se decisiva no processo da vitória aliada na Guerra,
transformando Natal em ponto de passagem das tropas norte-
americanas, que se dirigiam para o front no continente africano, e
barrando a expansão alemã para a América do Sul.

5- (Ano: 2012; Banca: FCC; Órgão: MPE/RN; Cargo:


Analista - Contabilidade) As oligarquias norte-rio-grandenses também se
utilizavam da violência e das fraudes para vencer as eleições. Os líderes
políticos estaduais ordenavam às lideranças municipais a utilização de atas
falsas, o alistamento de eleitores mortos ou ausentes, a proibição do
alistamento aos eleitores da oposição, etc. Utilizando-se desses artifícios, as
oligarquias estaduais mantiveram-se no poder por mais de 30 anos, sem
maiores sobressaltos, subvertendo o regime republicano (...).
(Sérgio Luiz Bezerra Trindade. História do Rio Grande do Norte. Natal: Editora do
IFRN, 2010. p 162)

É correto afirmar que durante a República Velha, as oligarquias norte-rio-


grandenses subvertiam o regime ao se utilizarem dos mecanismos a que o
texto descreve, pois:
A) menosprezavam um dos elementos essenciais da democracia: a
rotatividade do poder.
B) rechaçavam um dos princípios básicos da república: o unipartidarismo.
C) defendiam um dos pilares principais do nacionalismo: a autonomia
política das províncias.
D) apoiavam um dos ideais básicos do anarquismo: a república de grandes
proprietários.
E) contrariavam uma das bases fundamentais do liberalismo político: o
sistema de eleição direta.

Resposta: “A”

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Utilizando-se desses artifícios, as oligarquias estaduais mantiveram-


se no poder por mais de 30 anos, sem maiores sobressaltos,
subvertendo o regime republicano, pois evitavam a rotatividade no
poder, elemento essencial da democracia. Os conflitos que ocorreram
nesse período foram decorrência de disputas entre as próprias oligarquias.

O início do governo republicano em Natal se deu com a 1ª Oligarquia, tendo


como governador do estado Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, o
qual foi fundador do Partido Republicano. Seu governo foi marcado por
manter sempre os interesses da sua oligarquia antecedendo aos do partido.
Prova dessa tendência foi indicar seu irmão, Augusto Severo de Albuquerque
Maranhão, para disputar a sua vaga, na Câmara Federal, quando veio assumir
o governo. Conseguiu ainda nomear seu outro irmão, Alberto Maranhão, como
secretário da sua administração. Governo bastante marcado pelo clientelismo,
nepotismo, empreguismo, corrupção e violência, elementos clássicos do
coronelismo, que tinha por base o voto de cabresto.

6- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico


Legislativo) Sobre o processo abolicionista no Rio Grande do Norte, é correto
afirmar que:
A) Almino Afonso defendeu a ideia de que a Lei Áurea não passava de um
ato de desapropriação, devendo o Estado indenizar os ex-proprietários
de escravos.
B) Mossoró resistiu às iniciativas da Sociedade Emancipadora, negando-se
a conceder cartas de alforria aos escravos da região.
C) a Lei Áurea afetou muito pouco as atividades dos engenhos de açúcar,
desenvolvidas por populações indígenas assalariadas.
D) a cidade de Natal, graças ao discurso proferido por Castro Alves na
Igreja Matriz, libertou seus numerosos escravos em 1884.
E) a mão de obra escrava não foi determinante na vida econômica
provincial, sobretudo em relação à criação de gado e ao cultivo do
algodão.

Resposta: “E”

No Rio Grande do Norte predominava, à época do processo abolicionista, como


atividade econômica, a criação de gado. Consequentemente, não havia
necessidade de um grande contingente de mão de obra escrava, como
acontecia, por exemplo, em Pernambuco, devido aos seus inúmeros engenhos.
Sendo assim, o número de escravos presente no Rio Grande do Norte não foi

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expressivo. Registre-se, ainda, que Mossoró foi a primeira cidade a abolir a


escravidão no Rio Grande do Norte, em 30 de setembro de 1883, antes
mesmo de ser promulgada a Lei Áurea.

7- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico


Legislativo) A autonomia federativa fortaleceu, na Primeira República (1889-
1930), a atuação política de “organizações familiares” no Rio Grande Norte.
Exemplo desta constatação foi o predomínio político absoluto, no governo, de
1892 a 1914, da família:
A) Cavalcanti.
B) Maranhão.
C) Lamartine.
D) Mariz.
E) Maia.

Resposta: “B”

O Rio Grande do Norte, no período da República Velha, foi controlado


politicamente por duas oligarquias: Albuquerque Maranhão e Bezerra de
Medeiros. O período de 1892 a 1909 correspondeu à sedimentação do grupo
de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão no poder, até depois de sua morte,
que ocorreu em 1907. Esta oligarquia permaneceu consolidada, de
forma hegemônica até a década de 1920.

8- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico


Legislativo) Às vésperas da Proclamação da República, no Rio Grande do
Norte:
A) prevalecia, na oposição à monarquia, a postura dos habitantes de Natal,
que saíram às ruas pleiteando novo regime.
B) foram criados o Partido Republicano, em janeiro de 1889, e
posteriormente o jornal A República, para divulgação de sua plataforma.
C) eram fortes as manifestações populares contra representantes da
monarquia, como o conde D’Eu.
D) não havia descontentamento dos setores econômicos algodoeiro e
açucareiro contra as políticas da monarquia.
E) inexistiam núcleos políticos republicanos e tampouco jornais de
oposição à monarquia.

Resposta: “B”

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Em 27 de janeiro de 1889, foi fundado no Rio Grande do Norte o


Partido Republicano, com participação especial de Pedro de Albuquerque
Maranhão (conhecido como Pedro Velho), mais tarde líder da campanha. Após
a fundação do partido, foi criado o jornal "A República", que se tornou
órgão oficial do partido recém-criado.

9- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico


Legislativo) Sobre a pacificação dos índios potiguares no território que
compreendia o Rio Grande (mais tarde do Norte), é correto afirmar:
A) A pacificação deu-se por lento processo de mestiçagem, resultante do
casamento de inúmeros portugueses com índias potiguares, cujos
descendentes povoaram o atual Rio Grande do Norte.
B) Os índios potiguares rejeitaram a intermediação de missionários jesuítas
nas negociações pelo acordo de paz, aceitando apenas as tratativas
feitas por Jerônimo de Albuquerque, mestiço de índio e branco.
C) Os violentos confrontos entre colonizadores e potiguares ficaram
conhecidos na História do Brasil como Guerra dos Bárbaros, que
resultou, após o extermínio de grande parte da população indígena, na
pacificação.
D) Após muitos combates violentos contra colonizadores luso-brasileiros,
os índios potiguares aceitaram acordo de paz em 1599, com
intermediação de Jerônimo de Albuquerque e padres jesuítas.
E) Usa-se a expressão “pacificação dos índios potiguares” para identificar o
momento a partir do qual a prática do canibalismo foi abandonada e a
fé cristã foi adotada pelos índios.

Resposta: “D”

Os portugueses sabiam que, sem a pacificação dos índios potiguares, o projeto


de colonização não avançaria. Assim, Mascarenhas Homem foi à Bahia
conversar com o Governador-Geral, enquanto Jerônimo de Albuquerque,
mestiço de branco com índio, empreendia conversações com os índios.
Ao retornar da capital da colônia, Mascarenhas Homem trazia a solução:
envolver os padres no projeto de pacificação. Dessa forma, os
religiosos Francisco Pinto e Gaspar de Samperes passaram a orientar mais
proximamente Jerônimo de Albuquerque.
A Pacificação dos índios só veio mais tarde, em 11 de junho de 1599, na
cidade de Filipéia (atual João Pessoa-PB), quando os jesuítas Gaspar de
Samperes, Francisco Lemos e Francisco Pinto, que os potiguares
chamavam de Amanaiara (Senhor da Chuva), convenceram-nos a aceitar um
tratado de paz com os portugueses.
Pelo lado dos índios, os chefes Mar Grande e Pau Seco foram de grande ajuda
para obtenção da paz, enquanto pelo lado português, além dos já citados
sacerdotes, foi de substancial importância a participação de Jerônimo
de Albuquerque.

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10- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico


Legislativo) Durante o período da ocupação holandesa no território que hoje
corresponde ao Rio Grande do Norte:
A) ocorreu grande crescimento da produção açucareira, superando
Pernambuco e Bahia.
B) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares
Lyra, “apenas uma triste lembrança”.
C) iniciou-se, no litoral, a exploração do pau-brasil, produto de grande
interesse comercial.
D) houve convivência pacífica entre indígenas tapuias e potiguares e
colonos luso-brasileiros, unidos contra os invasores.
E) foi criada a primeira alfândega brasileira em Natal, para controlar a
entrada de produtos europeus.

Resposta: “B”

O governo de Nassau foi um esplendor em Pernambuco e, de um modo geral,


alvissareiro para os holandeses, pois foi sob o seu comando que se consolidou
o domínio flamengo no Brasil, com sucessos militares que representaram
conquistas em Alagoas, no Ceará, em Sergipe e no Maranhão, além da
fortaleza africana de São Jorge da Mina, de Angola e da ilha de São Tomé.
Registre-se que o controle do litoral africano era condição essencial “para
garantir o fluxo de escravos necessários à economia açucareira” (WEHLING,
1994, p. 129). O Rio Grande, porém, só teve a lamentar; lá, praticamente, só
aconteceram tropelias, violência, destruição e terror. Ou para utilizar a
expressão de Tavares de Lyra, “da presença holandesa no Rio Grande
do Norte ficou apenas uma triste lembrança”.

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4 – Questões sem comentário

1- (Ano: 2017; Banca: COMPERVE; Órgão: MPE/RN; Cargo:


Analista - Contabilidade) As pesquisas sobre o período colonial no Rio
Grande do Norte têm discutido as questões referentes às disputas entre os
povos nativos e a consolidação do domínio português. Nesse contexto, os
trabalhos mais recentes sobre a história colonial do Rio Grande do Norte
indicam que:
A) as missões de aldeamento dos Tupi e dos Tarairiú, nos séculos XVII e
XVIII, fracassaram como estratégias de, por meio da catequese,
integrar os indígenas no projeto colonial português.
B) a repressão dos portugueses aos indígenas alcançou seu ponto máximo
na “Guerra dos Bárbaros” (1680-1720), quando terços militares e o
bandeirante Domingos Jorge Velho exterminaram as populações nativas
no sertão do Seridó.
C) os registros eclesiásticos das freguesias no Seridó evidenciam, do
último quartel do século XVIII à primeira metade do século XIX, a
presença de índios junto a outros grupos sociais participando dos rituais
cristãos: batizado, matrimônio e exéquias.
D) os percursos feitos por diferentes grupos instituíram demarcações
político-administrativas (arraiás, povoados e, posteriormente, vilas) e
eclesiásticas (freguesias), que assinalaram o fracasso português na
conquista da terra e dos nativos nos séculos XVI e XVII.

2- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico


Legislativo) Ao longo do século XVI:
A) os franceses frequentaram assiduamente o litoral do Rio Grande do
Norte, explorando o pau-brasil.
B) os portugueses firmaram sólidas e fraternais alianças com os índios da
região, os potiguares.
C) a Capitania do Rio Grande coube ao donatário Duarte Coelho, que a
transmitiu a seus descendentes.
D) os moradores de Pernambuco e Itamaracá uniram-se aos franceses, no
contrabando de madeira.
E) revelou-se a excepcional fertilidade das terras do Rio Grande para o
cultivo da cana-de-açúcar.

3- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Analista


de Sistemas) A participação de mulheres em cargos executivos no Rio
Grande do Norte é marcante, a exemplo de Wilma de Faria, prefeita da capital
e governadora em duas gestões, e Rosalba Ciarlini, também governadora. Tal
participação tem precedente histórico, pois a primeira mulher a assumir o
cargo de prefeita eleita no Brasil foi a norte-rio-grandense:

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A) Júnia Marise.
B) Celina Guimarães.
C) Maria do Céu Pereira Fernandes.
D) Nísia Floresta.
E) Alzira Soriano.

4- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Analista


de Sistemas) O feriado estadual de 3 de outubro no Rio Grande do Norte
corresponde à data:
A) do massacre de fiéis católicos, ocorrido em Uruaçu, comunidade de São
Gonçalo do Amarante.
B) da beatificação dos mortos na capela do Engenho de Cunhaú, município
de Canguaretama.
C) da invasão da capela do Engenho de Cunhaú por holandeses aliados a
indígenas.
D) do pacto de aliança firmado entre indígenas e colonos portugueses
contra os holandeses invasores.
E) da conversão do indígena potiguar Poti ao cristianismo, após suas ações
contra a invasão holandesa.

5- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Analista


de Sistemas) O Hino do Estado do Rio Grande do Norte, oficializado em
1957, faz referência a determinados fatos e personagens históricos. Considere
as afirmativas abaixo:
I. Os versos: Na vanguarda, na fúria da guerra / Já domaste o astuto
holandês! – Evocam a expulsão dos holandeses, em 1654.
II. Os versos: Foi de ti que o caminho encantado / Da Amazônia Caldeira
encontrou – Evocam a expedição que, sob o comando de Francisco Caldeira
Castelo Branco, partiu do Rio Grande em 1615 e chegou ao Pará.
III. Os versos: Da conquista formaste a vanguarda / Tua glória flutua em
Belém! – Evocam o martírio do padre Miguelinho, preso e executado na cidade
de Belém, sob a acusação de inconfidência.

Está correto o que se afirma em:


A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

6- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo: Agente


Administrativo) Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Natal
cresceu e evoluiu com a presença de contingentes militares brasileiros e

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aliados, consumando o seu progresso com a construção das bases aérea e


naval. Sobre essa presença é correto afirmar que os norte-americanos:
A) ao introduzirem estratégias militares e práticas bélicas, favoreceram a
centralização política na cidade e o enfraquecimento do poder
controlado pela oligarquia nas áreas rurais.
B) ao trazerem novos produtos e a visão democrática, estimularam
mudanças no modo de vida da cidade e exerceram influências visíveis
em Natal, até os dias atuais.
C) ao dinamizarem a economia da cidade e sua modernização,
contribuíram para a redução das desigualdades sociais e para os
habitantes usufruírem de uma melhor qualidade de vida.
D) ao elegerem a integração das principais bacias hidrográficas como
entrada e saída de embarcações militares, tornaram Natal um dos alvos
de ataque inimigo e "Trampolim da Vitória".
E) ao assimilarem os valores e costumes tradicionais e a produção
artesanal, impulsionaram acentuadamente a atividade urbana e o ritmo
de crescimento econômico da cidade.

7- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo: Agente


Administrativo) No processo de conquista da Capitania do Rio Grande do
Norte, a construção do Forte dos Reis Magos em 1598 como marco definitivo
da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena povoação em 1599,
reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No
entanto, não foi fácil o relacionamento entre os portugueses e os índios
potiguaras, pois os laços de alianças que existiam entre estes e os franceses
eram muito fortes, devido ao sistema de escambo.
(Adaptado de http://www.cerescaico.ufrn.br/rnnaweb/historia/
colonia/conquista.htm acesso em 27/04/2010)

De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e


indígenas devia-se ao fato de o sistema:

A) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do


pau-brasil e um tratamento bastante violento e opressivo dos franceses
para com os indígenas.
B) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e
portugueses, em virtude da necessidade de mão de obra nativa na
produção de alimentos para os franceses.
C) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os
portugueses e os índios potiguaras nas plantações de cana de açúcar e
nas áreas litorâneas da capitania.
D) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos
portugueses e facilitar o convívio e as relações de troca entre índios e
franceses.

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E) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de


novos espaços de terras para a produção de mercadorias de alto valor
no comércio interno.

8- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo:


Analista de Tecnologia da Informação - Banco de Dados) Quando o
golpe já estava deflagrado, Aluízio Alves publicou nota no jornal Tribuna do
Norte, intitulada Ao Povo, na qual informava lamentar:
“...que o presidente João Goulart, a quem reconhece e sempre há de
proclamar inestimáveis serviços ao Rio Grande do Norte (...) não tenha podido
impedir a radicalização das posições ideológicas e políticas, conduzindo o país
a um impasse intolerável, que só pode ser solucionado com o respeito às
tradições das forças armadas". (Tribuna do Norte, 02/04/64)
(In: http://www.cerescaico.ufrn.br/rnnaweb/historia/republica/ politica_1964.htm.
Acessado em 27/04/2010)

O texto e o conhecimento histórico permitem inferir que o governador Aluízio


Alves, com a publicação em 1964:

A) faz uma defesa intransigente da legalidade, passando a se colocar do


lado das forças populares e democráticas do Estado em oposição aos
golpistas.
B) comunica ao Comando Militar que estaria do lado da democracia e do
presidente, conclamando o povo a resistir ao golpe militar no Estado.
C) rompe definitivamente com os movimentos populares, passando a
adotar práticas oligárquicas e repressivas no Estado após a Ditadura
Militar.
D) adota medidas preventivas para impedir que os militares se instalassem
no Estado e promovessem, por meio da força, a perturbação da ordem.
E) define uma posição favorável aos golpistas, passando a integrar-se ao
movimento, assumindo com os militares a defesa da Ditadura Militar no
Estado.

9- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo:


Analista de Tecnologia da Informação - Banco de Dados) Durante a
União Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do
interesse expansionista de Filipe II da Espanha, tendo em vista:
A) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares
no interior da capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no
mercado consumidor de produtos tropicais.
B) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente
de holandeses, que estabeleciam fortes laços de aliança com os
indígenas da tribo potiguar no sertão nordestino.

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C) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à


colônia e exploração de todas as terras da costa brasileira,
especificamente da região nordestina.
D) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos
de povoamento, a organização e a criação de órgãos administrativos
capazes de promover a expulsão dos franceses da capitania.
E) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões
estrangeiras, principalmente francesas, na capitania que colocavam em
risco o domínio espanhol em terras brasileiras.

10- (Ano: 2008; Banca: ESAF; Órgão: Prefeitura de


Natal/RN; Cargo: Auditor do Tesouro Municipal) O processo histórico de
formação do espaço do Rio Grande do Norte teve por base duas frentes de
ocupação: uma sertaneja e outra litorânea.
No século XVIII, a produção do espaço sertanejo esteve associada à:
A) produção mineral, produção de algodão para o mercado externo e
pecuária bovina.
B) produção de algodão, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de
subsistência.
C) pecuária bovina, agricultura de subsistência e produção de algodão
voltada para o mercado externo.
D) pecuária bovina, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de
subsistência.
E) produção de algodão, produção mineral e agricultura de subsistência.

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5 - Gabarito

QUESTÃO GABARITO
1 C
2 A
3 E
4 A
5 B
6 B
7 D
8 E
9 C
10 C

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