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SUMÁRIO
História do Maranhão. 1
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História do Maranhão: Período Colonial.
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História do Maranhão: Período Colonial.
A principal dica para o aluno que se dedica a estudar História é que ele faça uma cronologia
dos principais acontecimentos, de modo que possa se orientar durante os estudos. Outra dica
importante é que o aluno faça anotações em seu material de estudo, para aprimorar as suas
capacidades cognitivas e dimensionar os aspectos que julga mais importantes do texto. Não
obstante, a resolução de questões sobre o tema estudado ajuda a reforçar a aprendizagem,
colocando em prática o conteúdo.
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CHIMITI, 2014; WIKIPÉDIA, 2019.
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História do Maranhão: Período Colonial.
Além disso, como são tópicos específicos sobre a História do Maranhão, recomenda-se que
o estudante faça conexões com a História Geral e, em larga medida, com a História do Brasil
especificamente, pois assim os dados e fatos narrados são envolvidos e preenchidos num contexto
mais amplo, possibilitando a melhor compreensão dos processos históricos estudados.
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SILVA, 2008.
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ANDRÈS, 2013.
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História do Maranhão: Período Colonial.
A expedição teria partido para a Ilha Grande, onde foi festivamente recebido, não só pelos
nativos, mas também por alguns náufragos franceses que viviam na ilha, entre os quais o capitão
Gérard e o compatriota Du Manoir, responsável pela recepção grandiosa aos seus patrícios.
A construção de um imaginário sobre a fundação francesa deu argumentos para a inserção
do Maranhão no cenário nacional, durante o século XX, perante os demais estados brasileiros. Ela
fundamentou e sustentou um discurso de singularidade importante para a identidade
maranhense. Apesar disso, não ficaram edificações nem influências culturais. Os franceses
alardeavam que sua presença nos trópicos era para trazer civilização e expandir a religião
protestante, mas também visavam o comércio e o lucro.4
Em 1997, São Luís foi reconhecida pela UNESCO como uma das grandes obras da
humanidade na América Latina.5
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CAMÊLO, 2017.
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ANDRÈS, 2013.
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CAMÊLO, 2017.
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BRITANNICA, 2019.
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CARDOSO, 2011.
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4. BATALHA DE GUAXENDUBA
A batalha de Guaxentuba inscreve-se entre os embates ocorridos no litoral do Maranhão
colonial no século XVII, com reflexos na própria colonização do Brasil por Portugal. Essa batalha
assinalou a vitória definitiva dos portugueses sobre os franceses pela posse da costa norte do
Brasil.
A Batalha de Guaxenduba foi um confronto militar ocorrido em 19 de novembro de 1614
próximo de onde hoje se localiza a cidade de Icatu, no estado do Maranhão, entre forças
portuguesas e tabajaras, de um lado, e francesas e tupinambás, de outro. A batalha foi um
importante passo dado pelos portugueses para a expulsão definitiva dos franceses do Maranhão, a
qual viria a ocorrer em 4 de novembro de 1615. A expulsão dos franceses possibilitou que grande
parte da Amazônia passasse para domínio português e, posteriormente, brasileiro.9
Os portugueses expulsaram os franceses em 1615, na Batalha de Guaxenduba, sob o
comando de Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618). Ele foi um administrador colonial
português nascido no Brasil, foi o primeiro brasileiro a comandar uma força naval para defender o
Brasil, sendo lembrado como o herói da conquista do Maranhão no contexto da França Equinocial,
e fundador da atual capital do Rio Grande do Norte, Natal. Por ter expulsado os franceses do
território brasileiro é que recebeu o sobrenome "Maranhão" do rei Filipe III de Espanha, no
contexto da União Ibérica.10
Apesar de os franceses estarem em vantagem, quando La Ravardière enviou um ultimato a
Jerônimo de Albuquerque dando-lhe quatro horas para desistir, o referido prazo era o que
careciam para consolidar suas posições, Diogo de Campos comunicou-o a Jerônimo de
Albuquerque, que, concordando, ordenou o ataque como já planejado. Aproveitando o prazo dos
franceses, o exército lusitano atacou de surpresa provocando enorme baixa no lado francês. A
reviravolta de forças na Batalha de Guaxenduba resultou na construção de um imaginário acerca
do fato: uma lenda de que a vitória portuguesa foi milagrosa. Em meio à luta, faltando-lhes
pólvora, uma Senhora de aparência diáfana e radiosa corria entre as fileiras lusitanas e, apanhando
a terra do chão, servia-a, já transformada em explosivo, aos soldados para que municiassem suas
armas. Era a Virgem, Mãe de Deus que depois os portugueses, em reconhecimento, fariam sob a
invocação de Nossa Senhora da Vitória, a padroeira da freguesia matriz de São Luís. 11
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MARTINS, 2008.
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MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013.
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MARTINS, 2008.
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RIBEIRO, 1995.
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BASTOS, 2015.
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GADELHA, 2002.
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MOTA; BRAICK, 2005.
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terminava a estrutura civilizatória que se impunha sobre o Brasil nascente. Ela era um
conglomerado interativo de entidades equivalentes em ativa competição, às vezes cruentas umas
contra as outras.16
Ainda no século XVII, as Invasões Holandesas no Nordeste também viriam a influenciar no
desenvolvimento econômico do Maranhão. Estes estrangeiros queriam expandir a indústria
açucareira com a procura de terrenos férteis para a produção de cana-de-açúcar.
Um novo movimento de expulsão por parte dos colonizadores portugueses se iniciou: em
1642, o capitão Antônio Teixeira de Melo organizou uma expedição para enfrentar os holandeses,
mas só conseguiu a vitória efetiva dois anos depois.17
16
RIBEIRO, 1995.
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SILVA, 2018.
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OLVEIRA, 2011.
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ARAÚJO, 2019.
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OLVEIRA, 2011.
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7. REVOLTA DE BECKMAN
Uma das mais conhecidas revoltas ocorridas no período colonial brasileiro, a Revolta de
Bequimão, ou Revolta dos irmãos Beckman, envolveu, na segunda metade do século XVII, colonos
do Maranhão liderados pelos dois irmãos Beckman contra as autoridades metropolitanas.
A Revolta de Beckman foi uma rebelião de comerciantes nordestinos contra a Companhia
de Comércio do Estado do Maranhão, criada pela Coroa Portuguesa para estimular o
desenvolvimento econômico da região, em 1682. A função dessa companhia era comprar os
produtos agrícolas daquela região, vender produtos manufaturados e abastecer as elites coloniais
com escravos, chegando ao número de 500 escravos africanos por ano. Naquela época, havia
muitos conflitos entre proprietários de terras e os jesuítas em relação à escravização dos nativos e
==12cf25==
com esse número de escravos africanos fornecidos pelo governo, o conflito entre senhores de
terras e jesuítas iria diminuir. Ou seja: a companhia foi criada para solucionar os problemas de
escoamento da produção e de abastecimento da região com produtos europeus. Isso também
favorecia o governo português, pois este teria o monopólio comercial de escravos, lucrando cada
vez mais.
Contudo, o governo português não cumpriu com o prometido e não forneceu os escravos,
gerando conflitos entre a elite e os jesuítas que não permitiam a escravização dos índios. Também
não comprava a produção dos donos de terras e fornecia materiais manufaturados de péssima
qualidade e com um valor muito alto.
Então, em 1684 teve início a revolta nativista chamada de Revolta de Beckman, liderada
pelos irmãos Tomás Beckman e Manuel Beckman, dois senhores de engenho da região do
Maranhão. A rebelião se deu por meio de uma invasão ao depósito da Companhia de Comércio do
Estado do Maranhão, com o apoio dos comerciantes. Os revoltosos também expulsaram os
jesuítas e tiraram o governador de seu cargo.
A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador, Gomes Freire de Andrade,
para acabar com a revolta e colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e julgados.
Manuel Beckman foi condenado a forca e Tomás Beckman foi expulso de sua terra, enquanto o
restante dos revoltosos foi condenado a prisão perpétua. 21
21
RAMOS, 2005; BRITO, 2016.
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8. ERA POMBALINA
No período do declínio da mineração, na segunda metade do século XVIII, o Estado do
Maranhão já havia sido dividido pelo Chefe de Estado de Portugal, o Marquês de Pombal, que
ocupou o posto de 1750 a 1777. Pombal dividiu o Estado do Maranhão em quatro capitanias:
Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará. Nessa época, Pombal fundou a Companhia de
Comércio do Grão-Pará e Maranhão, em 1755, como estimulo à migração de outros povoados
nordestinos para a região com o cultivo de arroz e algodão. A mineração de pedras preciosas como
o diamante e o ouro estava em amplo desenvolvimento nas Minas Gerais, mas já se avizinha o
medo da escassez. Porém, mesmo com a alta desta atividade comercial, havia necessidade de
reforçar o extrativismo na região Norte do país. Estas novas mercadorias aceleraram o
desenvolvimento do estado, que chegou a abrigar diversos casarões antigos que fazem parte do
Centro Histórico de São Luís.22
A Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba foi fundada em 1759, também
por intermédio do Marquês de Pombal.
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SILVA, 2008.
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10. EXERCÍCIOS
Entre 1626 e 1772, a América Portuguesa teve seu território dividido em duas regiões
administrativas: as capitanias meridionais formavam o Estado do Brasil, com sede em
Salvador e, posteriormente, no Rio de Janeiro: a parte setentrional, por sua vez, constituía o
Estado do Maranhão e Grão-Pará até 1751, quando foi substituído pelo Estado do Grão-Pará
e Maranhão, e sua sede foi transferida de São Luís para Belém.
Comentários
No período colonial, aos territórios da Coroa de Portugal se incluíam: reinos (Portugal, Algarves e,
mais tarde, Brasil), senhorios (Guiné, Etiópia e Pérsia) e estados (Brasil, Maranhão e Índia). O
Estado do Brasil foi uma unidade administrativa da América Portuguesa criada durante o reinado
de Dom João III de Portugal. O território brasileiro se constituía em uma Província ultramarina do
Reino de Portugal. Com capital em Salvador, na capitania da Baía de Todos os Santos, o território
do Estado do Brasil estendia-se da altura do atual Rio Grande do Norte até à do atual Rio Grande
do Sul. Em 1763, a capital do Estado do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
O Estado do Maranhão foi estabelecido em 13 de junho 1621 pelo rei Filipe III de Portugal, que à
época reinava Portugal em decorrência da União Ibérica. Com capital em São Luís, abrangeu a
capitania do Grão-Pará, a capitania do Maranhão e a capitania do Ceará, a fim de assegurar a posse
do território e promover o desenvolvimento. A capital do Estado do Maranhão e Grão-Pará é
transferida de São Luís para Santa Maria de Belém do Grão-Pará, em 1737. Posteriormente, a
unidade mudaria de nome (Estado do Maranhão e Grão-Pará entre 1654-1751, e Estado do Grão-
Pará e Maranhão entre 1751 – 1772/1774), e logo seria dividida em duas unidades (Estado do
Grão-Pará e Rio Negro e Estado do Maranhão e Piauí, cujas datas de reintegração ao Estado do
Brasil são incertas).
(OLVEIRA, 2011).
Gabarito: Anulada
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A alternativa E também é incorreta, pois a força bélica francesa era superior à dos portugueses,
além do que os franceses contavam com a ajuda dos índios tupinambás.
(MARTINS, 2008).
Gabarito: A
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de jurar fidelidade ao rei, retornando com outro governador, Gomes Freire de Andrade, não
encontrando resistência dos revoltosos. Manuel Beckman foi condenado a morte e Tomás foi
expulso de sua terra, enquanto o restante dos revoltosos foi condenado a prisão perpétua.
A alternativa B está incorreta, de tal modo que com o apoio de comerciantes os irmãos Beckman
invadiram e saquearam um depósito da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão na noite
de 24 de fevereiro de 1684.
A alternativa C também está incorreta, pois não se tratava de uma questão religiosa, mas sim de
uma questão mercantilista. Não obstante, havia um conflito dos comerciantes e senhores de
engenho com os jesuítas, uma vez que estes proibiam a escravização dos indígenas, o que indignou
os senhores, pois a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão não fornecia escravos da
África o suficiente para a execução dos trabalhos necessários.
A alternativa D também está incorreta, pois a corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo
governador para acabar com a revolta e colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e
julgados. Manuel Beckman foi condenado a forca e Tomás Beckman foi expulso de sua terra,
enquanto o restante dos revoltosos foi condenado a prisão perpétua.
A alternativa E também está incorreta, de tal modo que Manuel Beckman foi condenado a morte e
Tomás Beckman foi expulso de sua terra.
(RAMOS, 2005; BRITO, 2016).
Gabarito: A
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A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e do
Maranhão foi criada em 1755 por intermédio do Marquês de Pombal. Nesta época, a mineração de
pedras preciosas como o diamante e o ouro estava em amplo desenvolvimento nas Minas Gerais.
Porém, mesmo com a alta desta atividade comercial, havia necessidade de reforçar o extrativismo
na região Norte do país.
A alternativa C também é incorreta, pois a Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e
Paraíba foi fundada em 1759, também por intermédio do Marquês de Pombal.
A alternativa D também é incorreta, pois a Companhia das Índias Ocidentais, ou Companhia
Holandesa das Índias Ocidentais, ou Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, foi uma
companhia majestática de mercadores holandeses. Representa um exemplo de organização
privada do comércio externo, de pendor capitalista, que contrasta com o modelo de comércio
português, que permaneceu fortemente dependente do Estado até bem mais tarde.
A alternativa E também é incorreta, pois o Governo Geral, instituído a partir de 1549, não teve
uma Companhia do Governo Geral, de tal modo que a primeira companhia de comércio a ser
criada, a Companhia Geral do Comércio do Brasil, é de 1649.
(RICARDINO; MARTINS, 2004; ARAÚJO, 2019)
Gabarito: B
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para os ibéricos, uma vez que tinham uma população reduzida e um vasto território a ser
conquistado. Os indígenas foram os primeiros a serem utilizados como escravos, mas
posteriormente foram resguardados pelos jesuítas, no que se buscou saída no continente africano,
gerando um dos sistemas mais lucrativos de toda a história.
A alternativa B também está incorreta, uma vez que as organizações quilombolas no período
colonial mantiveram a organização social dos povos africanos, sendo estruturados pela
ancestralidade, as práticas tradicionais, a religiosidade, etc.
A alternativa C também está incorreta, pois as manifestações artístico-culturais do Brasil colônia
foram essencialmente marcadas pela miscigenação cultural, incorporando à tradição europeia do
dominador os conhecimentos e práticas indígenas e africanas, vindo a surgir formas autenticas. A
música e a arquitetura barroca foram os grandes exemplos dessa confluência cultural, como
exemplo, podemos citar as obras de arte oitocentistas do barroco mineiro.
A alternativa D é a resposta certa. Com as Capitanias Hereditárias o território da América
Portuguesa foi dividido para quinze benfeitores agraciados com faixas de terra que iam do litoral
até o limite estipulado pelo Tratado de Tordesilhas. Aquele foi um modelo de colonização que
tinha obtido sucesso na Ilha da Madeira e em Cabo Verde, na África. O sistema foi bom para a
Coroa, que amealhava os lucros, mas nem tanto para os donatários. Estes enfrentavam desde o
início grandes dificuldades, tendo de desenvolver a colônia com poucos recursos, prejudicados
pela distância de Portugal e fustigados por ataques indígenas. Por conta dessas dificuldades, o
modelo não funcionou como o esperado. Vingaram apenas duas Capitanias: Pernambuco e São
Vicente.
A alternativa E também está incorreta, pois o plantio da cana-de-açúcar na região do Maranhão
ocorreu com as invasões holandesas no século XVII. Ao passo que no período do declínio da
mineração o Estado do Maranhão já havia sido dividido pelo Marquês de Pombal em quatro
capitanias: Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará. Pombal fundou a Companhia de
Comércio do Grão-Pará e Maranhão e estimulou a migração de outros povoados nordestinos para
a região com o cultivo de arroz e algodão. Estas novas mercadorias aceleraram o desenvolvimento
do estado, que chegou a abrigar diversos casarões antigos que fazem parte do Centro Histórico de
São Luís.
(SILVA, 2008; SILVA, 2018).
Gabarito: D
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provenientes da área hoje compreendida pela Angola e a “contra costa”, que corresponde ao
atual território de Moçambique.
Os territórios de onde são provenientes os africanos que foram trazidos ao Brasil são bem
demarcados, assim como as áreas por eles ocupadas no período da colonização, por causa da
escravidão. Cerca de cem anos após a abolição da escravatura, a cultura afro-brasileira faz
parte profundamente da identidade nacional, porém sua territorialidade se faz mais presente
nas áreas:
A) litorâneas da porção leste-nordeste, principalmente nos estados do Rio de Janeiro,
Maranhão e Bahia, mantendo uma estrutura parecida ao período colonial:
B) interioranas, principalmente na região Centro- Oeste, devido ao processo de expansão da
agricultura que necessitava de grande quantidade de mão de obra.
C) fronteira setentrional, principalmente nos estados do Pará, Roraima e Amazonas, devido a
projetos governamentais de ocupação das áreas com baixa densidade demográfica.
D) interioranas amazônicas, principalmente ao longo dos cursos fluviais, haja vista a fácil
penetração territorial através de sistemas de transportes típicos dos ribeirinhos.
E) litorâneas na porção sul, com destaque para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, pois é a tradicional região agrícola do país, com elevada produtividade de grãos.
Comentários
A alternativa A está correta. Segundo dados do IBGE, estados como Bahia, Rio de Janeiro,
Maranhão, Piauí, Minas Gerais, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, etc., são aquelas unidades da
federação que possuem o maior número de afrodescendentes. Isso faz notar que são justamente
as regiões onde a atividade escravocrata de utilização da mão-de-obra africana teve maior
incidência.
A alternativa B está incorreta, pois a região Centro-Oeste tem um processo socio-histórico peculiar,
onde há um expressivo número de autodeclarados pardos e brancos.
As alternativas C e D também estão incorretas, pois a fronteira setentrional, principalmente nos
estados do Pará, Roraima, Amazonas, é fortemente marcada pela cultura indígena, formando uma
população autodeclarada parda de 67,2%, mas que na verdade se trata da miscigenação entre
índios e brancos.
A alternativa E também é incorreta, uma vez que a população da região Sul é considerada com o
maior número de brancos do país, sendo Santa Catarina com 83,9%, Rio Grande do Sul com 83,2%
e Paraná com 70,1%.
(IBGE, 2010).
Gabarito: A
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coleta de frutos como a juçara (açaí), dentre outros aspectos. No entanto, de fato tais
comunidades enfrentam diversas dificuldades, como conflitos rurais por disputa de terras com
fazendeiros, divisão da produção agrícola com donos de terras, vulnerabilidade socioeconômica,
dificuldade de acesso a serviços básicos de educação e saúde.
A alternativa E também está incorreta, pois no ano de 2018, existiam 713 comunidades
quilombolas reconhecidas no Maranhão, com 518 certidões fornecidas pela Fundação Cultural
Palmares, concentradas especialmente na Baixada Maranhense e nos vales do Itapecuru e do
Mearim.
(CHAMBOULEYRON, 2006; ALMEIDA, 2013).
Gabarito: C
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A alternativa D também é incorreta, de tal modo que a escravidão indígena no Brasil existiu
principalmente no começo da colonização portuguesa, mas minguou posteriormente pela
preferência pelo escravo negro, e por pressão dos lucros do tráfico negreiro e as lutas dos jesuítas.
A alternativa E também é incorreta, pois os índios Tupinambás não se deslocaram para a cultura do
açúcar em regiões de Pernambuco e Bahia.
(MARTINS, 2017; BRITANNICA, 2019).
Gabarito: C
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(CARDOSO, 2011).
Gabarito: E
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(ENDERS, Armelle. A nova história do Brasil. Rio de Janeiro: Gryphus, 2012. p. 61.)
Assinale a opção que indica características da ocupação da região amazônica no período em
que foi realizada a expedição mencionada.
A) Durante a União Ibérica (1580-1640), foi criado o Estado do Maranhão e do Grão Pará para
administrar a região amazônica e protegê-la das ameaças dos domínios espanhóis.
B) Após a expulsão de invasores franceses, as tropas portuguesas passaram a contar com uma
base militar para incursões contra territórios espanhóis de ocupação rarefeita.
C) Em contexto de rivalidade global entre Espanha e Holanda, as expedições holandesas
aproveitaram para promover a ocupação militar da região amazônica além-Tordesilhas.
D) Instalado em São Luís, um novo governo-geral coordenou as incursões de missões
religiosas que dispensavam o apoio militar para realizar a tarefa de salvar o gentio da
escravização.
E) Na Bacia Amazônica, a associação entre missões religiosas e expedições militares serviu
para viabilizar, por via fluvial, o escoamento legal da produção de metais preciosos dos
Andes.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a União Ibérica foi quando as nações Ibéricas, Portugal e
Espanha, se uniram, formando um só país, unificando também as suas colônias. Portanto, é falso
dizer que a fundação do Estado do Maranhão e Grão-Pará neste período foi para se proteger das
ameaças espanholas.
A alternativa B também está incorreta, pois o fim da ocupação francesa no Maranhão ocorreu em
1615, de tal modo que no ano seguinte foi fundado o Forte do Presépio na então chamada Santa
Maria de Belém do Grão-Pará (atual Belém, capital do Estado do Pará) na capitania do Grão-Pará, a
primeira construção desse tipo e a mais significativa no território amazônico.
A alternativa C também está incorreta, pois a ocupação holandesa na América Portuguesa se deu
na região litorânea do Nordeste.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que a partir da década de 1640, com a restauração da
Monarquia portuguesa, ganha força o discurso de fechamento daquela fronteira aos avanços e
contatos com os súditos portugueses, medidas que, na verdade, foram muito pouco efetivas, como
inversões de recursos na defesa militar contra os portugueses, também não foram realizadas, o
que contribuía para fragilizar a presença dos missionários que estavam na região a serviço de sua
majestade católica.
A alternativa E também é incorreta, pois foram frustrados os projetos espanhóis de incorporação
daquela região a rotas comerciais mais dinâmicas, as quais supostamente fariam um ponto
estratégico da ligação dos Andes ao Atlântico através dos rios amazônicos.
(BASTOS, 2015).
Gabarito: Anulada
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Entre 1626 e 1772, a América Portuguesa teve seu território dividido em duas regiões
administrativas: as capitanias meridionais formavam o Estado do Brasil, com sede em
Salvador e, posteriormente, no Rio de Janeiro: a parte setentrional, por sua vez, constituía o
Estado do Maranhão e Grão-Pará até 1751, quando foi substituído pelo Estado do Grão-Pará
e Maranhão, e sua sede foi transferida de São Luís para Belém.
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B) Visando minimizar os efeitos da revolta, os colonos optaram pela não ocupação dos
armazéns da companhia de comércio existente na época.
C) O forte sentimento religioso dos colonos explica o fato de os jesuítas terem sido mantidos
livres durante a revolta.
D) Ao assumir o governo local, Bequimão logrou resolver os problemas que afligiam os
colonos, o que pôs fim à revolta.
E) Anistiado, Bequimão voltou a Portugal e, na metrópole, chegou a ocupar importantes
cargos na administração real.
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BASTOS, Carlos Augusto. FRONTEIRAS E IMPÉRIOS NA AMAZÔNIA IBÉRICA. Revista de História, São
Paulo, n. 173, p.1-16, 2015. Disponível em:
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