MODALIDADE A DISTÂNCIA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
pró
LICENCIATURA
MELISSA ANDRES FREITAS
VALESKA GRACIOSO CARLOS
PONTA GROSSA
2010
CRÉDITOS
REITOR UEPG
João Carlos Gomes
CDD : 461
APRESENTAÇÃO
INSTITUCIONAL
Olá, estudante!
Mais uma etapa foi vencida e estamos iniciando o 4º período dos cursos do
Programa Pró-Licenciatura, uma feliz parceria entre a nossa instituição, o MEC, a
CAPES e o FNDE.
Estudar a distância é, hoje, uma alternativa ideal para alunos trabalhadores, que
necessitam de horários diferenciados de estudo e pesquisa, de modo a cumprir tanto os
seus compromissos profissionais como seus compromissos acadêmicos.
Os programas e cursos de EaD da nossa instituição vêm contribuindo
significativamente para a democratização do saber universitário e, especialmente,
para a formação inicial e continuada de professores. Tais cursos apresentam o
mesmo currículo, a mesma carga horária e a mesma duração dos cursos presenciais,
diferenciando-se deles pela utilização de materiais, metodologias e mídias próprias
da educação a distância que, além de facilitarem o aprendizado, permitem constante
interação entre alunos, tutores e professores, mesmo que eles se encontrem separados
no tempo ou no espaço.
Quando você iniciou seus estudos nessa modalidade educacional, provavelmente
tinha poucos conhecimentos sobre a educação a distância, suas possibilidades e limites,
bem como sobre o funcionamento do sistema virtual de aprendizagem do qual faz
parte.
Hoje, certamente, você se sente mais seguro para estudar, aprender e investigar,
utilizando-se dos recursos comunicacionais e tecnológicos que estão ao seu alcance.
Você deve ter percebido que, na medida em que se ampliam seus conhecimentos
e habilidades no uso da internet e do ambiente virtual de aprendizagem (AVA), novos
horizontes se descortinam e, aos poucos, vão desaparecendo as fronteiras para a
comunicação e para a aquisição do conhecimento.
Lembre-se de que, como professor, você tem, atualmente, mais uma atribuição
que é a de promover a inclusão de seus alunos nessa realidade ainda desconhecida de
muitos que é o mundo virtual, pois se a educação a distância ainda enfrenta certas
resistências e preconceitos, isso ocorre principalmente por parte daqueles que a
desconhecem e ignoram o seu potencial.
Para usufruir de todos os benefícios desse novo mundo, seja um estudante
dedicado e curioso – leia, pesquise, faça perguntas, concorde ou discorde, mas não
perca as oportunidades de aprender e de se familiarizar com os recursos que a EaD
lhe oferece – eles serão muito importantes para o seu sucesso nos estudos e na vida
profissional.
A nossa equipe lhe deseja um excelente período letivo, fértil em aprendizagem
e realizações.
Estimado estudante! Bem vindo aos estudos das literaturas de língua espanhola.
Este semestre o convidamos a aprofundar seus conhecimentos na literatura hispano-
americana, ou seja, literatura em língua espanhola produzida na América Latina. Nossos
estudos se dividirão em duas partes, ministrados em dois semestres.
O estudo de ambos os fascículos proporcionará a você, estudante, um contato
com a literatura da América hispânica desde a chegada dos espanhóis até os dias de
hoje, de uma forma panorâmica e concisa, já que trataremos de vários séculos de
produção.
Os fascículos Literatura Hispano-americana I e II propõem a aprendizagem
através de conteúdos histórico-literários que salientam a produção de alguns dos
autores mais representativos e reconhecidos de cada período literário. Desta forma,
propomos um trabalho de compreensão leitora de algumas das mais relevantes obras
e fragmentos de tais períodos.
Neste fascículo discutiremos a Literatura nas Américas desde seus primórdios.
Ela se inicia no momento em que Colombo e seus homens chegam ao novo mundo
e começam a produzir obras literárias no novo ambiente ou sobre temas americanos.
Não podemos deixar de ressaltar neste estudo o fato de que antes mesmo dos espanhóis
chegarem a América os povos que aqui existiam já haviam desenvolvido a escrita.
Assim, trataremos na primeira unidade sobre a literatura indígena, o descobrimento e
suas descrições e sobre a evangelização de indígenas. Na segunda unidade abordaremos
o Barroco que passava por uma fase de decadência na Espanha mas na América
encontrou solo fecundo. Em nossa terceira unidade passaremos pelas polêmicas obras
Românticas do período da pós-independência americana. E, finalmente, na quarta e
última unidade estudaremos um dos tantos mártires da independência, José Martí e
a conseqüência de suas obras: o surgimento do Modernismo através de seu máximo
representante, Rubén Darío.
Desejamos a você um ótimo estudo!
EMENTA
Panorama sócio-histórico cultural da literatura hispano-americana desde
sua origem até os dias atuais.
OBJETIVO GERAL
• Dar subsídios para a análise de obras literárias da Literatura Hispano-
Americana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer as principais obras e autores abrangendo o período do
descobrimento, o Barroco, o Romantismo e o início do Modernismo
na América;
• Contribuir para o aprimoramento da competência linguística e literária
dos estudantes;
• Analisar criticamente os períodos literários propostos, bem como suas
obras;
• Fomentar a aplicação de conhecimentos de Teoria Literária e Língua
Espanhola na análise do texto literário;
pró
LICENCIATURA
LITERATURA 11
UNIDAD I
PRE-COLOMBINA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Y COLONIAL
GUIÓN DE ESTUDIO
pró
LICENCIATURA
12 Para iniciar la charla
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
APARTADO 1
Contexto histórico: el descubrimiento
UNIDAD I
pró
LICENCIATURA
En este apartado vas a conocer el momento histórico en el cual se encontraba
España cuando Cristóbal Colón llegó a América. 13
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
UN POQUITO DE HISTORIA
grababan en algún soporte escrito. Por las diferentes familias de los quichés, entre
ejemplo, los mayas-quichés tenían un otras descripciones y narraciones. Habla sobre
sistema de escrita pictográfica como el origen acuático del mundo; de la serpiente
el códice del Popol-Vuh, el libro más emplumada, una divinidad que había flotado
importante de la cultura maya, que sobre las aguas de los orígenes. Presenta
ilustramos abajo. una fusión de “elementos sagrados con los
mitológicos, la historia con la leyenda, en una
atmósfera de génesis que recuerda la Biblia y
los Vedas, los libros sagrados de la humanidad”.
(Moreira, 2008)
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
período. Por esta razón empezamos a estudiar la Literatura Hispanoamericana por
los cronistas, empezando por el primero, que fue Cristóbal Colón. Así, en el próximo
apartado estudiarás lo maravilloso de lo americano a través de sus cartas.
APARTADO 2
El diario de Colón
En este apartado vas a conocer un poco sobre la vida de Cristóbal Colón y las
descripciones hechas por él en su diario de bordo.
UNIDAD I
El origen del descubridor de América, Cristóbal Colón, aún hoy es tema de
16 discusión. El hipótesis más acepto es que haya nacido en Génova.
Financiado por los reyes de España, lo que es cierto es que Colón no sólo
descubrió América, sino que regresó a Europa, realizando un total de cuatro viajes y
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
dando origen a una ruta para la navegación periódica y segura entre los dos continentes.
Sin embargo, lo que nos interesa a nuestros estudios es la producción literaria de
ese aventurero navegador. Colón escribió un diario para cada viaje realizado a América,
pero aquí te traemos trechos del primero. Por cierto que no era un escritor o un letrado,
pero sí un aventurero cuyas circunstancias le llevaron a escribir sobre las tierras que
descubrió. Debido a su origen, también no es cierto sobre la lengua en que Colón
escribió sus diarios, se cree que utilizó el castellano, pero influenciado por italianismos.
El extracto que elegimos describe del día 11 al día 12 de octubre de 1492, cuando
la tierra es avistada.
Ahora vas a leer el texto que es considerado el texto fundador de la Literatura
Hispanoamericana.
Texto 1
Jueves, 11 de octubre
“Navegó al Ouestesudeste. Tuvieron mucha mar, y más que en todo el
viaje habían tenido. Vieron pardelas y un junco verde junto a la nao. Vieron
los de la carabela Pinta una caña y un palo y tomaron otro palillo labrado, a lo
que parecía, con hierro, y un pedazo de caña y otra hierba que nace en tierra,
y una tablilla. Los de la carabela Niña también vieron otras señales de tierra y
un palillo cargado de escaramojos. Con estas señales respiraron y alegráronse
todos. Anduvieron en este día, hasta puesto el sol, veintisiete leguas.
Después del sol puesto, navegó a su primer camino al Oueste: andarían
doce millas cada hora; y hasta dos horas después de media noche andarían
noventa millas, que son veintidós leguas y media. Y porque la carabela Pinta
era más velera e iba delante del Almirante, halló tierra e hizo las señales que el
Almirante había mandado. Esta tierra vido primero un marinero que se decía
Rodrigo de Triana; puesto que el Almirante, a las diez de la noche, estando en
e1 castillo de popa, vido lumbre, aunque fue cosa tan cerrada que no quiso
afirmar que fuese tierra; pero llamó a Pedro Gutiérrez, repostero de estrados
del Rey, y dijo que parecía lumbre que mirase él, y así lo hizo y vídola. Díjole
también a Rodrigo Sánchez de Segovia, que el Rey y la Reina enviaban en
el armada por veedor, el cual no vido nada porque no estaba en lugar do
la pudiese ver. Después que el Almirante lo dijo, se vido una vez ó dos, y
era como una candelilla de cera que se alzaba y levantaba, lo cual a pocos
pareciera ser indicio de tierra. Pero el Almirante tuvo por cierto estar junto a
la tierra. Por lo cual dijeron la Salve, que la acostumbraban decir e cantar a su
manera todos los marineros... y rogó y amonestólos el Almirante que hiciesen
buena guarda al castillo de proa y mirasen bien por la tierra, y que al que dijese
primero que veía tierra le daría luego un jubón de seda, sin las otras mercedes
que los Reyes habían prometido, que eran diez mil maravedís de juro a quien
primero la viese.
UNIDAD I
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
quedaron con el treo, que es la vela más grande sin bonetas, y pusiéronse a
la corda, temporizando hasta el día viernes, que llegaron a una isleta de los
Luchados, que se llamaba en lengua de los indios Guanahani. Luego vieron
gente desnuda, y el Almirante salió a tierra en la barca armada, y Martín
Alonso Pinzón y Vicente Anes, su hermano que era capitán de la Niña. Sacó
el Almirante la bandera real, y los capitanes con dos banderas de la Cruz
Verde, que llevaba el Almirante en todos los navíos por señala con una F y
una Y: encima de cada letra su corona, con una de un cabo de la t y otra de
otro. Puestos en tierra vieron árboles muy verdes, y aguas muchas y frutas de
diversas maneras. El Almirante llamó a los dos capitanes y a los demás que
saltaron en tierra, y a Rodrigo de Escovedo, escribano de toda la armada, y a
Rodrigo Sánchez de Segovia, y dijo que le diesen por fe y testimonio cómo
él por ante todos tomaba, como de hecho toma, posesión de la dicha isla
por el Rey y por la Reina, sus señores, haciendo las protestaciones que se
requerían, como más largo se contiene en los testimonios que allí se hicieron
por escripto. Luego se juntó allí mucha gente de la Isla”.
2.1 Tras leer el texto escribe un comentario sobre tus impresiones del primer
texto hispanoamericano y envíalo a tu tutor.
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El próximo texto que vas a leer pertenece también a nuestro primero cronista:
Colón. Es la primera descripción hecha de los indios.
Texto 2
“Yo, porque nos tuviesen mucha amistad, porque conocí que era gente
que mejor se libraría y convertiría a Nuestra Santa Fe con Amor que no por
fuerza, les di a algunos de ellos unos bonetes colorados y unas cuentas de
vidrio que se ponían al pescuezo, y otras cosas muchas de poco valor, con
que tuvieron mucho placer y quedaron tanto nuestros que era maravilla.
Los cuales después venían a las barcas de los navíos a donde nos estábamos,
nadando. Y nos traían papagayos y hilo de algodón en ovillos y azagayas y
otras cosas muchas, y nos las trocaban por otras cosas que nos les dábamos,
como cuenticillas de vidrio y cascabeles. En fin, todo tomaban y daban de
aquello que tenían de buena voluntad. Mas me pareció que era gente muy
UNIDAD I
pobre de todo. Ellos andan todos desnudos como su madre los parió, y
18 también las mujeres, aunque no vide más de una harto moza. Y todos los
que yo vi eran todos mancebos, que ninguno vide de edad de más de 30
años. Muy bien hechos, de muy hermosos cuerpos y muy buenas caras. Los
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cabellos gruesos casi como sedas de cola de caballos, y cortos. Los cabellos
traen por encima de las cejas, salvo unos pocos detrás que traen largos, que
jamás cortan. De ellos se pintan de prieto, y ellos son de la color de los
canarios, ni negros ni blancos, y de ellos se pintan de blanco, y de ellos de
colorado, y de ellos de lo que fallan. Y dellos se pintan las caras, y dellos todo
el cuerpo, y de ellos solos los ojos, y de ellos solo la nariz. Ellos no traen
armas ni las conocen, porque les mostré espadas y las tomaban por el filo, y
se cortaban con ignorancia. No tienen algún hierro. Sus azagayas son unas
varas sin hierro, y algunas de ellas tienen al cabo un diente de pece, y otras
de otras cosas. Ellos todos a una mano son de buena estatura de grandeza
y buenos gestos, bien hechos. Yo vi algunos que tenían señales de heridas
en sus cuerpos, y les hize señas que era aquello, y ellos me mostraron como
allí venían gente de otras islas que estaban cerca y los querían tomar y se
defendían. Y yo creí y creo que aquí vienen de tierra firme a tomarlos por
cautivos. Ellos deben ser buenos servidores y de buen ingenio, que veo que
muy presto dicen todo lo que les decía. Y creo que ligeramente se harían
cristianos, que me pareció que ninguna secta tenían. Yo, placiendo a Nuestro
Señor, llevaré de aquí al tiempo de mi partida seis a Vuestra Alteza para que
aprendan a hablar. Ninguna bestia de ninguna manera vi, salvo papagayos
en esta Isla.”
2.2 De acuerdo con la visión de Colón, ¿cómo son los indios? Haz un
comentario crítico por escrito, envíalo a tu tutor y comparte tu opinión
con tus compañeros.
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APARTADO 3
La visión española de la conquista
Lengua Espanõla II
y las costumbres del Nuevo Mundo desde la óptica de un minucioso observador de la
naturaleza.
En sus descripciones tiene la tarea de nombrar y describir lo desconocido,
utilizando un lenguaje familiar para explicar el extraño mundo natural.
La descripción del ananá, nunca visto o probado por los europeos hasta el
momento, es relatada a ellos, por primera vez, por sus palabras y dibujos. Para esto,
Fernández de Oviedo recurre a referentes familiares, entonces compara la fruta a la
apariencia de la alcachofa y el sabor al de melocotón con intuito de hacerse comprender.
La Piña
“Hay en esta isla Española, unos cardos que cada uno de ellos lleva una
piña (o, mejor diciendo alcachofa), puesto que, porque parece piña, las llaman
los cristianos piñas, sin lo ser. Esta es una de las más hermosas frutas que yo
he visto en todo lo que el mundo he andado… ni pienso que en el mundo
la hay que se le iguale en estas cosas juntas que ahora diré. Las cuales son
hermosura de vista, suavidad de olor, gusto de excelente sabor. (…)
Mirando el hombre la hermosura de ésta, goza de ver la composición e
adornamiento con que la Natura la pintó e hizo tan agradable a la vista para
la recreación de tal sentido. Oliéndola, goza el otro sentido de un olor mixto
con membrillos y duraznos o melocotones, y muy finos melones, y demás
excelencias que todas esas frutas juntas y separadas, sin alguna pesadumbre; Y
no solamente la mesa en que se pone, mas, mucha parte de la casa en que está,
siendo madura y de perfecta sazón, huele muy bien y conforta este sentido
del oler maravillosa y aventajadamente sobre todas las otras frutas. Gustarla
UNIDAD I
20 es una cosa tan apetitosa y suave, que faltan palabras en este caso para dar
al propio loor en esto; porque ninguna de las otras que he nombrado, no se
pueden, con muchos quilates, acercar a ésta. Palparla, no es, a la verdad, tan
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blanda ni domestica, porque ella misma parece que quiere ser tomada con
acatamiento de alguna toalla o pañizuelo; pero puesta en la mano, ninguna
otra da tal contentamiento. Y medidas todas esas cosas y particularidades no
hay ningún mediano juicio que deje de dar a estas piñas el principado de todas
las frutas. (…)
Y si, por falta de colores y del dibujo, yo no bastare a dar a entender
lo que querría saber decir, dese la culpa a mi juicio, en el cual, a mis ojos, es
la más hermosa fruta de todas las frutas que he visto, y la mejor que huele
y mejor sabor tiene; y en su grandeza y color, que es verde, alumbrado o
matizado de un color amarillo muy subido, y cuanto más se va madurando,
más participa del jalde y va perdiendo de lo verde, y así se va aumentando el
olor de más que perfectos melocotones, que participan asaz del membrillo;
que éste es el olor con que más similitud tiene esta fruta; y el gusto es mejor
que los melocotones, y más zumoso”. (…)
UNIDAD I
pró
LICENCIATURA
El Fray Bartolomé de las Casas
fue el mayor protector y defensor de Encomendero era llamada a la
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los indios. Nació en Sevilla y cursó persona que, con derecho otorgado por
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
licenciatura en Salamanca. Vino al el Rey, tenía indígenas encomendados,
Nuevo Mundo como encomendero, como parte de la institución colonial de la
pero siempre se destacó por encomienda. La encomienda permitía que el
defender a los indios del mal trato. encomendero se beneficiaba de rentas de los
Escribió obras de extremo alcance indígenas sobre los cuales era responsable
describiendo la colonia y la condición y pero sobre todo se beneficiaba de rentas
en que los indios eran sometidos a cuantiosas y del trabajo semi-esclavo que
la colonización. Intentó infundir un por concepto de “servicios personales”
espíritu cristiano a la colonización. debían tributarle sus encomendados. La
Influenció el pensamiento filosófico obligación del encomendero para con sus
y jurídico de la época, además de encomendados era enseñarles la doctrina
influenciar al gobierno a favor de los cristiana y defender sus personas y bienes,
indígenas. Sus obras exponen más bien En las colonias españolas ese cargo era
su concepto moral y ético que literario. considerado un premio y privilegio, pero
Sin embargo, algunos autores han
mucho se aprovecharon de su posición
puesto en tela de juicio la historicidad
para esclavizar a los indígenas.
de sus obras.
UNIDAD I
22 que ellos, aunque sean de los que entre ellos son de linaje de labradores.
Son también gentes paupérrimas y que menos poseen ni quieren poseer
de bienes temporales; e por esto no soberbias, no ambiciosas, no codiciosas.
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3.1 ¿Cómo los indios son vistos por los ojos del Fray Bartolomé de las Casas?
Compara la descripción hecha por de las Casas con la primera descripción hecha
por Colón.
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HERNÁN CORTÉS
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
forma, sus textos están llenos de citas clásicas, bíblicas y de la historia universal. Fueron
escritas 5 cartas. La que proponemos aquí es la Segunda Carta de Relación, en que Cortés
trata de sus relaciones con Moctezuma y su marcha hasta Tenochtitlán, describiendo
así la ciudad.
Este trecho de la Segunda Carta de Relación trata de la descripción de la ciudad de
Tenochtitlán y Moctezuma. Lee con atención:
“Otro día después que a esta ciudad llegué me partí y a media legua
andada, entré por una calzada que va por medio de esta dicha laguna, dos leguas
hasta llegar a la gran ciudad de Temixtitan que está fundada en medio de la dicha
laguna, la cual calzada es tan ancha como dos lanzas y muy bien obrada que
pueden ir por toda ella ocho de caballo a la par y en estas dos leguas de la una
parte y de la otra de la dicha calzada están tres ciudades y la una de ellas que se
dice Misicalcingo, está fundada la mayor parte de ella dentro de la dicha laguna
y las otras dos, que se llaman la una Niciaca y la otra Huchilohuchico, están en
la costa de ella y muchas casas de ellas dentro en el agua. La primera ciudad de
éstas tendrá hasta tres mil vecinos y la segunda más de seis mil y la tercera otros
cuatro o cinco mil vecinos y en todas muy buenos edificios de casas y torres, en
especial las casas de los señores y personas principales y las de sus mezquitas y
oratorios donde ellos tienen sus ídolos. En estas ciudades hay mucho trato de
sal, que hacen del agua de la dicha laguna y de la superficie que está en la tierra
que baña la laguna, la cual cuecen en cierta manera y hacen panes de ella dicha
sal, que venden para los naturales y para fuera de la comarca. Y así seguí la dicha
calzada y a media legua antes de llegar al cuerpo de la ciudad de Temixtitan, a la
entrada de otra calzada que viene a dar de la tierra firme a esta otra, está un muy
fuerte baluarte con dos torres cercado de muro de dos estados, con su pretil
almacenado por toda la cerca que toma con ambas calzadas y no tiene más de
dos puertas, una por donde entran y otra por donde salen.
Aquí me salieron a ver y hablar hasta mil hombres principales, ciudadanos
de la dicha ciudad, todos vestidos de una manera de hábito y según su costumbre,
bien rico y llegados a hablarme cada uno por sí, hacía en llegando ante mí una
ceremonia que entre ellos se usa mucho, que ponía cada uno la mano en tierra
y la besaba y así estuve esperando casi una hora hasta que cada uno hiciese su
ceremonia.
Y ya junto a la ciudad está un puente de madera de diez pasos de anchura y
por allí está abierta la calzada porque tenga lugar el agua de entrar y salir, porque
crece y mengua y también por fortaleza de la ciudad porque quitan y ponen
algunas vigas muy luengas y anchas de que el dicho puente está hecho, todas las
veces que quieren y de éstas hay muchas por toda la ciudad como adelante en
la relación que de las cosas de ella haré vuestra alteza verá. Pasado este puente
nos salió a recibir aquel señor Mutezuma con hasta doscientos señores, todos
descalzos y vestidos de otra librea o manera de ropa asimismo bien rica a su
UNIDAD I
uso y más que la de los otros venían en dos procesiones muy arrimados a las
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paredes de la calle, que es muy ancha y muy hermosa y derecha, que de un
cabo se parece el otro y tiene dos tercios de legua y de la una parte y de la otra
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
3.2 “La entrada y sumisión de Tenochtitlán es quizás una de las empresas más
sorprendentes que depara la historia de la humanidad”. Conforme lo que ya
has estudiado, ¿estás de acuerdo con la afirmación de Rodríguez (p.17, 2004)?
Escribe un comentario y envíalo a tu tutor.
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APARTADO 4
La poesía indígena y la mezcla cultural
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Contamos con otras formas literarias como el ya citado Popol Vuh, de los mayas
y los calendarios aztecas, pero tenemos que dejar claro que ningún de estos pueblos
poseía un sistema de escritura propiamente dicho. No obstante, para este apartado nos
ataremos a algunas poesías que fueron transcritas a la lengua castellana.
La poesía precolombina posee un fuerte sentido religioso de comunicación
colectiva entre los hombres, sus dioses, la naturaleza y el cosmos, además encontramos
textos sagrados, una cantidad de poemas educativos, líricos, épicos y eróticos, muchos
de los cuales fueron transmitidos en forma oral y más tarde llevados a una forma
escrita. La mayoría de las poesías tienen autores desconocidos. Sin embargo, el más
famoso de ellos fue Nezahualcoyotl, que fue un rey Texcoco (Azteca), muy famoso por
su filosofía, inteligencia y liderazgo.
En este apartado seleccionamos algunas poesías aztecas, dos de antes y otra de
después de la conquista.
ANTES DE LA CONQUISTA
(autor desconocido)
UNIDAD I
Canto Triste Cuicatli Quicaqui
26
Oye un canto en mi corazón: Cuicatli quicaqui
me pongo a llorar, in noyol nichoca:
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
(Autor: Nezahualcoyotl)
DESPUÉS DE LA CONQUISTA
Después de la Derrota Auh Ixquichi In Topa Michiuh
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
y era nuestra herencia in atlacomolli za teneneixcahuil
una red de agujeros. chimaltitlan in pieloya
Con los escudos fue su resguardo, in oc nen aca moteiccequiliznequi
pero ni con escudos puede ser za chimaltitla.
sostenida su soledad.
Tiquaque in tzonpan quahuitl
Hemos comido palos de colorín, in tequixquizacatl
hemos masticado grama salitrosa, in xantetl in cuetzpalli quimichi
piedras de adobe, lagartijas, teutlaquilli. Ocuilli.
ratones, tierra en polvo, gusanos…
Tetonetechquaque
Comimos la carne apenas, in iquac tlepan quimontlaliaya
sobre el fuego estaba puesta. i ye icuicic inacayo
Cuando estaba cocida la carne, uncan con no
de allí la arrebataban, yuh tleco quiquaya.
en el fuego mismo, la comían.
Auh in topatiuh nochiuh
Se nos puso precio. in ipatiuh nochiuh in telpochtli
Precio del joven, del sacerdote, in tlamacazqui in ichpochtil in piltzintli
del niño y de la doncella. i ye ixquich macehualli
Basta: de un pobre era el precio in ipatiuh mochiuh
sólo dos puñados de maíz, za omatecohctli tlaolli za
sólo diez tortas de mosco; matlactli axaxayaca tla tlaxcalli
sólo era nuestro precio tequixquizacatl tlaxcalli za
veinte tortas de grama salitrosa. canpohualli topatiuh mochiuh.
Oro, jades, mantas ricas, In teucuitlatl in chalchihuitl
plumajes de quetzal, in quachtli in quetxcalli
todo eso que es precioso. i ye ixquich tlazotli
en nada fue estimado… auctle ipa motac za tetepeui.
(autor desconocido)
Onoz in Macevalli?
Habrá Sol, amanecerá. ¿Cómo vivirá,
cómo habitará el pueblo bajo? Tonaz tlatviz: ¿quen nemiz quen onoz in
¡Se fue! Se llevaron lo negro, lo colorido. macevalli?
Pero, ¿cómo habitará el pueblo, cómo Ca oya ca oquitquique in tlilli in tlapalli.
permanecerá la tierra, el monte, Auh quen onoz in macevalli, quen maniz
cómo se habitará? ¿Qué será sostén, in tepetl,
qué será soporte de las cosas? ¿Quen onoaz? ¿Tleh tlaquiz tleh
¿Qué cosa llevará, qué encaminará las tlamamaz?
cosas? ¿Tleh tlavicaz tleh tlaotlatoctiz?
¿Qué modelo, qué dechado habrá? ¿Tleh machiotl tleh octacatl yez? ¿Tleh
¿Qué ejemplo para los ojos habrá? ixcuitilli yez?
¿De qué se dará principio? ¿Qué tea, ¿Tleh itech pevaloz? ¿Tleh ocutl tleh
qué luz se hará? tavilli mochivaz?
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http://www.adonde.com/historia/1616_garcilaso.htm
UNIDAD I
pró
LICENCIATURA
Inca Garcilaso de la Vega, o “El Inca” es el primero cronista verdaderamente
americano. Nació en Cuzco, la antigua capital del Viejo Perú, pocos años después de la 29
muerte de Atahualpa, el último soberano Inca.
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Perteneciente a dos genealogías de la nobleza, fue el hijo natural del capitán
extremeño Sebastián Garcilaso de la Vega Vargas, conquistador de noble linaje de
Castilla, y de Palla Chimpu Ocllo, bautizada como Isabel, hija del príncipe Huapa
Tupac, nieta del rey Inca Túpac Yupanqui. La mezcla de las dos culturas hizo con
que, debido al lado español, aprendiese gramática, latín, juegos ecuestres y por el lado
inca, aprendiese el quechua y la tradición indígena. Es el primer cronista que entiende
su condición de mestizo. En aquellos tiempos, los mestizos fueron llamados hijos
de la conquista, hombres de vidas destruidas, bastardos, hijos de ocasión y pecado o
primeros peruanos. Es lo que retrata El Inca en su obra Comentarios Reales de los
Incas.
Con base en los relatos que escuchó en su juventud de sus parientes indígenas, de
los pasajes vividos por él mismo y de las noticias recogidas de testigos de la conquista del
Perú escribe su obra inmortal Comentarios Reales de los Incas. Esta obra comprende
dos partes: en la primera se refiere a los hechos de los incas y su civilización; en la
segunda, a la conquista y las guerras civiles entre los conquistadores. La obra llegó
a ser vetada en el Virreinato del Perú y Buenos Aires, por la corona española, al ser
considerada sediciosa y peligrosa para sus intereses.
Trechos de la primera parte de esta obra es lo que estudiarás en seguida:
Libro I, Capítulo XV
El origen de los Incas Reyes del Perú
“Viviendo o muriendo aquellas gentes de la manera que hemos visto,
permitió Dios Nuestro Señor que de ellos mismos saliese un lucero del alba que
en aquellas oscurísimas tinieblas les diese alguna noticia de la ley natural y de
la urbanidad y respetos que los hombres debían tenerse unos a otros, y que los
descendientes de aquél, procediendo de bien en mejor cultivasen aquellas fieras y
las convirtiesen en hombres, haciéndoles capaces de razón y de cualquiera buena
doctrina, para que cuando ese mismo Dios, sol de justicia, tuviese por bien de
enviar la luz de sus divinos rayos a aquellos idólatras, los hallase, no tan salvajes,
sino más dóciles para recibir la fe católica y la enseñanza y doctrina de nuestra
Santa Madre Iglesia Romana, como después acá lo han recibido, según se verá lo
uno y lo otro en el discurso de esta historia; que por experiencia muy clara se ha
notado cuánto más prontos y ágiles estaban para recibir el Evangelio los indios
que los Reyes Incas sujetaron, gobernaron y enseñaron, que no las demás naciones
comarcanas donde aún no había llegado la enseñanza de los Incas, muchas de las
cuales se están hoy tan bárbaras y brutas como antes se estaban, con haber setenta
UNIDAD I
y un años que los españoles entraron en el Perú. Y pues estamos a la puerta de
30
este gran laberinto, será bien pasemos adelante a dar noticia de lo que en él había.
Después de haber dado muchas trazas y tomado muchos caminos para
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
entrar a dar cuenta del origen y principio de los Incas Reyes naturales que fueron
del Perú, me pareció que la mejor traza y el camino más fácil y llano era contar lo
que en mis niñeces oí muchas veces a mi madre y a sus hermanos y tíos y a otros
sus mayores acerca de este origen y principio, porque todo lo que por otras vías
se dice de él viene a reducirse en lo mismo que nosotros diremos, y será mejor
que se sepa por las propias palabras que los Incas lo cuentan que no por las de
otros autores extraños. Es así que, residiendo mi madre en el Cuzco, su patria,
venían a visitarla casi cada semana los pocos parientes y parientas que de las
crueldades y tiranías de Atahualpa (como en su vida contaremos) escaparon, en
las cuales visitas siempre sus más ordinarias pláticas eran tratar del origen de sus
Reyes, de la majestad de ellos, de la grandeza de su Imperio, de sus conquistas
y hazañas, del gobierno que en paz y en guerra tenían, de las leyes que tan en
provecho y favor de sus vasallos ordenaban. En suma, no dejaban cosa de las
prósperas que entre ellos hubiese acaecido que no la trajesen a cuenta. (…)
Adviértase, porque no enfade el repetir tantas veces estas palabras:
Nuestro Padre el Sol, que era lenguaje de los Incas y manera de veneración
y acatamiento decirlas siempre que nombraban al Sol, porque se preciaban
descender de él, y al que no era Inca no le era lícito tomarlas en la boca, que
fuera blasfemia y lo apedrearan. Dijo el Inca: Nuestro Padre el Sol, viendo los
hombres tales como te he dicho, se apiadó y hubo lástima de ellos y envió del
cielo a la tierra un hijo y una hija de los suyos para que los doctrinasen en el
conocimiento de Nuestro Padre el Sol, para que lo adorasen y tuviesen por su
Dios y para que les diesen preceptos y leyes en que viviesen como hombres en
razón y urbanidad, para que habitasen en casas y pueblos poblados, supiesen
labrar las tierras, cultivar las plantas y mieses, criar los ganados y gozar de ellos y
de los frutos de la tierra como hombres racionales y no como bestias. Con esta
orden y mandato puso Nuestro Padre el Sol estos dos hijos suyos en la laguna
Titicaca, que está ochenta leguas de aquí, y les dijo que fuesen por do quisiesen
y, doquiera que parasen a comer o a dormir, procurasen hincar en el suelo una
barrilla de oro de media vara en largo y dos dedos en grueso que les dio para
señal y muestra, que, donde aquella barra se les hundiese con solo un golpe que
con ella diesen en tierra, allí quería el Sol Nuestro Padre que parasen e hiciesen
su asiento y corte”.
Texto completo en:
http://www.bibliotecasvirtuales.com/biblioteca/LiteraturaLatinoamericana/
IncaGarcilasodelaVega/ComentariosReales/index.asp
Los Comentarios Reales de los Incas es la obra maestra de Inca Garcilaso de la Vega.
La obra retrata el mestizaje como resultado de la colonización del Nuevo Mundo.
Describe las costumbres, los ritos religiosos y el modo de vida de los incas. Notamos
en esa obra la mezcla de las dos culturas en sus descripciones, el Dios cristiano y el dios
Sol. Además, el autor intenta rescatar su historia, el imperio incaico como modelo de
sociedad y gobierno casi bucólico y paradisíaco.
UNIDAD I
pró
LICENCIATURA
31
Síntesis
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Esperamos que al final de esta unidad comprendas sobre el
origen de la literatura hispanoamericana. Hicimos un compendio
de los principales textos de la maravilla del Nuevo Mundo y sus
descripciones. Sabemos que muchos de estos textos no tuvieron
intención literaria, sino sólo descriptiva, sin embargo es ella que nos
cuenta como se dio el descubrimiento y como se colonizó América.
No sabemos al cierto también la historicidad de algunos.
Con todo, esta literatura de los cronistas, aunque tenga
valor más histórico y descriptivo que literario, es fundamental
para que puedas comprender la literatura posterior. De este modo,
a través de los cronistas, pudiste conocer el origen del hombre
hispanoamericano y comprenderás más adelante las razones de su
literatura. Así, tendrás bases para entender las contradicciones del
Barroco americano, del Romanticismo y así adelante.
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UNIDAD I
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LICENCIATURA
2. El fragmento del texto abajo es de Eduardo Galeano escritor y periodista
uruguayo. El texto fue publicado bajo el título Ser como ellos y otros artículos, 33
en la Editorial Siglo Veintiuno de España en 1992, al cumplirse los 500
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
años de la llegada de Cristóbal Colón a América. Lee el texto y promueve
una discusión por skype con tus compañeros. Después comparte de tu
opinión con tu tutor.
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UNIDAD I
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LICENCIATURA
EL BARROCO
UNIDAD II
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HISPANOAMERICANO
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
OBJETIVOS DEL APRENDIZAJE
Aplicar el concepto de Barroco literario
comparando los movimientos en Europa, Brasil e
Hispanoamérica.
Conocer el método de la lengua española para
el análisis formal de poemas
Conocer algunos datos de la historia de Sor
Juana Inés de la Cruz.
Conocer y analizar algunas obras de la autora
Sor Juana Inés de la Cruz.
GUIÓN DE ESTUDIO
Apartado 1 – El Barroco, movimiento cultural
Apartado 2 – Retomando algunos conceptos
de la poesía
Apartado 3 – Sor Juana Inés de La Cruz, La
Décima Musa
Apartado 4 – Arte, ingenio y profundidad en
la obra de Sor Juana Inés de La Cruz
pró UNIDAD I
LICENCIATURA
36 Para iniciar la charla
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
APARTADO 1
El Barroco, Movimiento Cultural
UNIDAD III
UNIDAD
pró
LICENCIATURA
La Literatura Barroca se desarrolla en Europa en el siglo XVII, a partir de la
búsqueda de nuevos caminos a veces opuestos, a veces complementares, a los caminos 37
propuestos por El Renacimiento Español. Algunos rasgos del Renacimiento permanecen
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
y son desarrollados, ya otros rasgos son contradictorios al nuevo movimiento. Lo que
sí es común a los dos movimientos literarios es la búsqueda por la belleza ideal, algunos
temas y algunas formas métricas.
Para algunos autores, el Barroco significa la negación del Renacimiento, ya que
inspira mucho pesimismo hacia la condición humana, visión opuesta al optimismo
vislumbrado por los renacentistas. Para otros, el Barroco literario representa la fase final
del Renacimiento, ya que al incorporar algunas características suyas, las descompone,
sometiéndolas a una metamorfosis total de modo a transformarla.
El término “barroco” evoca deformidad, ya que “barrueco” puede significar
“perla irregular”, lo que quizás justificaría el “deformar”de la literatura Renacentista
hacia una nueva manera de expresarse. Las hipótesis sobre el nombre, hicieron que por
algún tiempo la denominación tuviera un matiz despectivo, sin embargo, a lo largo del
tiempo pasó a designar el movimiento de la extravagancia, de lo exagerado y desforme,
sin que eso fuera visto de manera peyorativa, sino como una nueva forma de arte.
Unos dicen que el Barroco tuvo
origen en España, ya otros, al relacionar Contrarreforma: La Reforma
el movimiento literario al movimiento Católica o la Contrarreforma surgió
religioso de la Contrarreforma, consideran como una manera de contener el
su cuna en Alemania. A nosotros lo avance de la Reforma Protestante,
que nos interesa es que España aportó cuyos objetivos eran cambiar algunos
al movimiento dos nomenclaturas muy procedimientos de la Iglesia Católica,
utilizadas: el culteranismo o gongorismo considerados exagerados o fuera de
(en apología a Luis de Góngora) y el
los propósitos del cristianismo. La
conceptismo o quevedismo (referente a
Francisco de Quevedo). Esos dos autores Contrarreforma surge con el intento
fueron la mayor expresión de la poesía de fortalecer la religión católica que
barroca en España y tuvieron influencia se vio bastante debilitada frente al
directa en los autores de nuestra América, crecimiento del protestantismo.
como lo vamos a ver más adelante.
LA MÉTRICA
Ya sabes que a cada línea de un poema, llamamos verso. Los versos pueden
ser escritos de manera que, al ser medidos, se crean ritmos y musicalidad. La grande
arte de hacer poesía, en muchos movimientos literarios, se basaba en que el poeta
consiguiera escribir poemas bellos y de modo a hacer la medida correcta de cada verso,
dando ritmo y/o musicalidad perfectos.
La métrica de los versos de la lengua española es un poco distinta de la métrica
de la lengua portuguesa. Eso ocurre porque en español se cuenta hasta la última sílaba
del verso, lo que ni siempre ocurre en portugués, ya que sólo se cuentan las sílabas
hasta la última sílaba tónica del verso. Véanse los ejemplos, con la última sílaba métrica
destacada en negrita:
En Español (Que contiene una fantasía con amor decente, Sor Juana Inés
de la Cruz):
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
versos: pareado (dos versos); terceto (tres versos); cuarteto (cuatro versos); quinteto
(cinco versos); sextina (seis versos); séptima (siete versos); octava (ocho versos), décima
(diez versos) y soneto (catorce versos). Se pueden encontrar poemas en los cuales
se combinan distintos tipos de estrofas. El soneto es la combinación más famosa,
compuesta por dos cuartetos e dos tercetos y, en la literatura clásica, generalmente se
compone de versos endecasílabos.
También la rima pasa por el proceso formal de análisis. Ella se produce a partir
de la repetición de sonidos en dos o más versos contándose a partir de la última vocal
acentuada. Se clasifican por consonante o perfecta y asonante. La consonante repite
todos los sonidos a partir de la vocal acentuada, incluso las consonantes:
En el ejemplo anterior se puede ver que los pares llegado y tornado forman una
rima consonante, ya los en destaque, muevo y pruebo, una rima asonante, porque no
coinciden las consonantes v y b.
Además de todo, hay los versos que no tienen rima. El verso blanco es aquel
que no rima con otros versos, pero mantiene el ritmo de la estrofa ya que sigue la
misma métrica de los demás, este tipo de verso, por aparecer entre otros versos que sí,
poseen par de rima, también son llamados versos sueltos. También hay aquellos que
no se encuadran en ninguna métrica, los llamados versos libres, muy utilizados hoy
día y que fueron adoptados por los modernistas.
Ahora que ya te acordaste algunos conceptos y nombres, podemos seguir con
nuestros autores. Empezaremos por una maravillosa poetisa, ¡ya lo verás!
UNIDAD
UNIDADIIIII
UNIDAD
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APARTADO 3
Sor Juana Inés de la Cruz, La Décima Musa
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
http://www.analitica.com/Bitblio/juana_ines/default.asp
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
enviando mi madre a una hermana mía, mayor que yo, a que se enseñase a leer
en una de las que llaman Amigas, me llevó a mí tras ella el cariño y la travesura;
y viendo que la daban lección, me encendí yo de manera en el deseo de saber
leer, que engañando, a mi parecer, a la maestra, la dije que mi madre ordenaba
me diese lección. Ella no lo creyó, porque no era creíble; pero, por complacer
al donaire, me la dio. Proseguí yo en ir y ella prosiguió en enseñarme, ya no de
burlas, porque la desengañó la experiencia; y supe leer en tan breve tiempo,
que ya sabía cuando lo supo mi madre, a quien la maestra lo ocultó por darle
el gusto por entero y recibir el galardón por junto; y yo la callé, creyendo que
me azotarían por haberlo hecho sin orden. Aún vive la que me enseñó (Dios la
guarde), y puede testificarlo.
Acuérdome que en estos tiempos, siendo mi golosina la que es ordinaria
en aquella edad, me abstenía de comer queso, porque oí decir que hacía rudos, y
podía conmigo más el deseo de saber que el de comer, siendo éste tan poderoso
en los niños. Teniendo yo después como seis o siete años, y sabiendo ya leer
y escribir, con todas las otras habilidades de labores y costuras que deprenden
las mujeres, oí decir que había Universidad y Escuelas en que se estudiaban
las ciencias, en Méjico; y apenas lo oí cuando empecé a matar a mi madre con
instantes e importunos ruegos sobre que, mudándome el traje, me enviase a
Méjico, en casa de unos deudos que tenía, para estudiar y cursar la Universidad;
ella no lo quiso hacer, e hizo muy bien, pero yo despiqué el deseo en leer muchos
libros varios que tenía mi abuelo, sin que bastasen castigos ni reprensiones a
estorbarlo; de manera que cuando vine a Méjico, se admiraban, no tanto del
ingenio, cuanto de la memoria y noticias que tenía en edad que parecía que
apenas había tenido tiempo para aprender a hablar.
Empecé a deprender gramática, en que creo no llegaron a veinte las
lecciones que tomé; y era tan intenso mi cuidado, que siendo así que en las
mujeres --y más en tan florida juventud-- es tan apreciable el adorno natural
del cabello, yo me cortaba de él cuatro o seis dedos, midiendo hasta dónde
llegaba antes, e imponiéndome ley de que si cuando volviese a crecer hasta allí
no sabía tal o tal cosa que me había propuesto deprender en tanto que crecía,
me lo había de volver a cortar en pena de la rudeza. Sucedía así que él crecía y
yo no sabía lo propuesto, porque el pelo crecía aprisa y yo aprendía despacio,
y con efecto le cortaba en pena de la rudeza: que no me parecía razón que
estuviese vestida de cabellos cabeza que estaba tan desnuda de noticias, que era
más apetecible adorno. Entréme religiosa, porque aunque conocía que tenía el
estado cosas (de las accesorias hablo, no de las formales), muchas repugnantes a
mi genio, con todo, para la total negación que tenía al matrimonio, era lo menos
desproporcionado y lo más decente que podía elegir en materia de la seguridad
que deseaba de mi salvación; a cuyo primer respeto (como al fin más importante)
cedieron y sujetaron la cerviz todas las impertinencillas de mi genio, que eran
de querer vivir sola; de no querer tener ocupación obligatoria que embarazase
la libertad de mi estudio, ni rumor de comunidad que impidiese el sosegado
silencio de mis libros. Esto me hizo vacilar algo en la determinación, hasta que
UNIDAD
UNIDADIIIII
UNIDAD
44 alumbrándome personas doctas de que era tentación, la vencí con el favor divino,
y tomé el estado que tan indignamente tengo. Pensé yo que huía de mí misma,
pero ¡miserable de mí! trájeme a mí conmigo y traje mi mayor enemigo en esta
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
“(…) Con esto proseguí, dirigiendo siempre, como he dicho, los pasos
de mi estudio a la cumbre de la Sagrada Teología; pareciéndome preciso, para
llegar a ella, subir por los escalones de las ciencias y artes humanas; porque
¿cómo entenderá el estilo de la Reina de las Ciencias quien aun no sabe el de
las ancilas? ¿Cómo sin Lógica sabría yo los métodos generales y particulares
con que está escrita la Sagrada Escritura? ¿Cómo sin Retórica entendería sus
UNIDAD III
UNIDAD
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
cosas ya declaradas, y otras muchas que hay? ¿Cómo si el sanar Saúl al sonido
del arpa de David fue virtud y fuerza natural de la música, o sobrenatural
que Dios quiso poner en David? ¿Cómo sin Aritmética se podrán entender
tantos cómputos de años, de días, de meses, de horas, de hebdómadas tan
misteriosas como las de Daniel, y otras para cuya inteligencia es necesario
saber las naturalezas, concordancias y propiedades de los números? ¿Cómo
sin Geometría se podrán medir el Arca Santa del Testamento y la Ciudad
Santa de Jerusalén, cuyas misteriosas mensuras hacen un cubo con todas
sus dimensiones, y aquel repartimiento proporcional de todas sus partes tan
maravilloso? ¿Cómo sin Arquitectura, el gran Templo de Salomón, donde fue
el mismo Dios el artífice que dio la disposición y la traza, y el Sabio Rey sólo
fue sobrestante que la ejecutó; donde no había basa sin misterio, columna sin
símbolo, cornisa sin alusión, arquitrabe sin significado; y así de otras sus partes,
sin que el más mínimo filete estuviese sólo por el servicio y complemento del
Arte, sino simbolizando cosas mayores? ¿Cómo sin grande conocimiento de
reglas y partes de que consta la Historia se entenderán los libros historiales?
Aquellas recapitulaciones en que muchas veces se pospone en la narración
lo que en el hecho sucedió primero. ¿Cómo sin grande noticia de ambos
Derechos podrán entenderse los libros legales? ¿Cómo sin grande erudición
tantas cosas de historias profanas, de que hace mención la Sagrada Escritura;
tantas costumbres de gentiles, tantos ritos, tantas maneras de hablar? ¿Cómo
sin muchas reglas y lección de Santos Padres se podrá entender la oscura
locución de los Profetas? Pues sin ser muy perito en la Música, ¿cómo se
entenderán aquellas proporciones musicales y sus primores que hay en tantos
lugares, especialmente en aquellas peticiones que hizo a Dios Abraham, por
las Ciudades, de que si perdonaría habiendo cincuenta justos, y de este número
bajó a cuarenta y cinco, que es sesquinona y es como de mi a re; de aquí a
cuarenta, que es sesquioctava y es como de re a mi; de aquí a treinta, que es
sesquitercia, que es la del diatesarón; de aquí a veinte, que es la proporción
sesquiáltera, que es la del diapente; de aquí a diez, que es la dupla, que es
el diapasón; y como no hay más proporciones armónicas no pasó de ahí?
Pues ¿cómo se podrá entender esto sin Música? Allá en el Libro de Job le
dice Dios: Numquid coniungere valebis micantes stellas Pleiadas, aut gyrum
Arcturi poteris dissipare? Numquid producis Luciferum in tempore suo, et
Vesperum super filios terrae consurgere facis?, cuyos términos, sin noticia de
Astrología, será imposible entender. Y no sólo estas nobles ciencias; pero no
hay arte mecánica que no se mencione. Y en fin, cómo el Libro que comprende
todos los libros, y la Ciencia en que se incluyen todas las ciencias, para cuya
inteligencia todas sirven; y después de saberlas todas (que ya se ve que no es
fácil, ni aun posible) pide otra circunstancia más que todo lo dicho, que es una
continua oración y pureza de vida, para impetrar de Dios aquella purgación de
ánimo e iluminación de mente que es menester para la inteligencia de cosas tan
altas; y si esto falta, nada sirve de lo demás. (…)”
UNIDAD
UNIDADIIIII
UNIDAD
El carácter de sus escritos, los temas abordados y la manera de expresar su
opinión, hicieron con que Sor Juana se tornara un personaje polémico. Piense en la
46
situación de la mujer hoy día. ¿Ya has pensado en cuán reciente es la historia de la
emancipación femenina? ¿Cuánto tiempo hace que la mujer puede salir a trabajar fuera
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
del hogar? O, ¿cuánto tiempo hace que la mujer puede votar, o candidatizarse a un
cargo político o expresarse públicamente o hasta mismo puede divorciarse, tener hijos
sin ser casada o eligir no tenerlos si así lo prefiere y aún así vivir libre en sociedad?
Pensemos que, comparada con toda la trayectoria de la humanidad, la historia de la
liberación femenina es muy reciente, pues las amarras de la sociedad sólo se fueron
desanudando en el último siglo.
En la próxima sección irás probar, a través de sus poesías, un poco de sus ideas
e ideales, su visión de mundo y su capacidad increíble de expresar los más profundos
sentimientos.
APARTADO 4
Arte, Ingenio Y Profundidad En La Obra De Sor
Juana Inés De La Cruz
Ya hemos dicho que la obra de Sor Juana es muy extensa (¡ella escribió su primero
Auto Sacramental a los ocho años!), así, vamos examinar una pequeñísima parte de su
obra, a título de ejemplificar. Por supuesto, sugerimos que busques otras obras para
que puedas disfrutar de tamaña grandiosidad.
Ya debes haber percibido que para una buena comprensión de la Literatura es
necesario, además de mucha atención y lectura, el uso de un buen diccionario. A seguir,
iremos leer algunos trozos de la obra de Sor Juana. Indicaremos unos pasos para la
lectura y comprensión y sugerimos que sigas procediendo de la misma forma para que
eso te ayude a comprender mejor los poemas. Acuérdate que mismo usando un buen
diccionario, para la interpretación es necesario muchas veces elegir el término que
mejor se adecua al texto leído.
Empecemos nuestros análisis por una de sus más famosas Redondillas. Lee con
atención el poema siguiente:
UNIDAD III
UNIDAD
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
1 Hombres necios que acusáis 37 ¿Pues cómo ha de estar templada
2 a la mujer sin razón, 38 la que vuestro amor pretende,
3 sin ver que sois la ocasión 39 si la que es ingrata ofende
4 de lo mismo que culpáis. 40 y la que es fácil enfada?
21 ¿Qué humor puede ser más raro 57 ¿Pues para qué os espantáis
22 que el que, falto de consejo, 58 de la culpa que tenéis?
23 él mismo empaña el espejo 59 Queredlas cual las hacéis
24 y siente que no esté claro? 60 o hacedlas cual las buscáis.
UNIDAD III
UNIDAD
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LICENCIATURA
En lo que toca a la significación del poema, observa que se trata de una crítica
social muy fuerte para la época. Acusa a los hombres por provocar en las mujeres una 49
acción que ellos mismos, después, acaban por reprobar, por ser socialmente incorrecto
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
o inmoral. Para expresar esta contradicción, la propia autora usa de antítesis tales como
bien X mal, favor X desdén y la oposición de ideas en construcciones que usan palabras
que se contradicen, como observamos a seguir:
El formato de este poema es muy conocido, pues tiene dos cuartetos y dos
tercetos, componiendo un soneto. Como tú mismo lo puedes comprobar, todos los
versos del poema son endecasílabos, lo que lo pone en la clasificación de un soneto
clásico. Observe que la autora se utilizó de dos recursos para mantener la métrica
perfecta del poema. En los versos 1, 3, 5, 7, 8, 9, 11, 12, 13 y 14 hay sinalefas. Ya en el
UNIDAD III
UNIDAD
pró
LICENCIATURA
verso 6, para que el verso siguiera con 11 sílabas, la autora utilizó del recurso del hiato.
En lo que toca al contenido, se puede percibir un drama común entre los 51
enamorados y que sigue siendo, hasta hoy, un drama de los amantes: querer a uno que
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
no la quiere y no querer a otro, que sí, la quiere. Aquí, vemos el personaje Fabio, que
no quiere al Yo lírico y eso causa a ese Yo un grande dolor. Sin embargo, Silvio sí, le
quiere al Yo lírico, y eso incomoda, le provoca enfado en ese Yo.
1. Ahora tú irás analizar los dos poemas que siguen. De primero léelos con
mucha atención. Enseguida, arrolla todas las palabras que no conoces y búscalas
en el diccionario. Te recomendamos el diccionario de la Real Academia que
puedes consultar on line por el sitio: www.rae.es
3. Demarca cuántas sílabas hay en cada verso. Busca el nombre dado a cada
verso de acuerdo al número de sílabas.
5. ¿Qué fue lo que comprendiste de los dos poemas? Escribe un pequeño texto
sobre tus impresiones y entrégalo a tu tutor.
POEMA A
Al que ingrato me deja, busco amante;
al que amante me sigue, dejo ingrata;
constante adoro a quien mi amor maltrata,
maltrato a quien mi amor busca constante.
http://www.cervantesvirtual.com/bib_autor/sorjuana/pcuartonivel.
jsp?conten=obra
En las páginas:
http://www.cervantesvirtual.com/bib_autor/sorjuana/pcuartonivel.
jsp?conten=enlaces
http://www.ensayistas.org/antologia/XVII/sorjuana/sorjuana1.htm
UNIDAD III
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LICENCIATURA
53
Síntesis
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Con el fin de esta unidad tú debes estar ya más próximo a la
literatura hispanoamericana. Tuviste la oportunidad de comparar el
movimiento Barroco de España, con el de Brasil y el de Hispanoamérica,
conociendo más sobre el movimiento y aportando nuevas informaciones
a las que ya tenía del curso en lengua portuguesa.
El apartado que se refiere a la métrica de la poesía española
(o métrica castellana) irá ayudarte a lo largo del curso, ya que iremos
referirnos en varios momentos al análisis formal de poemas.
Conociste una breve historia de vida y la manera de expresarse de
Sor Juana Inés de la Cruz y has visto algunos ejemplos de la obra de la
autora, incluso pudiste analizar formalmente algunos poemas.
Con eso, esperamos que sigas estudiando los poemas con bases
en lo que empezamos ahora y que esa práctica se vuelva fácil y agradable
para ti en el decorrer de tus estudios, trayéndote mucho placer en tus
lecturas.
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Apuntes
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EL 55
ROMANTICISMO
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
OBJETIVOS DEL APRENDIZAJE
Conocer el contexto histórico que generó el
Romanticismo en América.
Estudiar las principales obras y autores del
período y sus particularidades, relacionándolas con el
contexto histórico en que fueron producidas.
Identificar las principales características del
movimiento romántico en las obras literarias.
GUIÓN DE ESTUDIO
Apartado 1 – Contexto histórico: el
Romanticismo en Europa y en Hispanoamérica.
Apartado 2 – Esteban Echeverría – El
matadero
Apartado 3 – Domingo Faustino Sarmiento –
Facundo
Apartado 4 – José Hernández – Martín Fierro
próUNIDAD
UNIDADIIIII
UNIDAD
LICENCIATURA
56 Para iniciar la charla
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
APARTADO 1
Contexto histórico: el Romanticismo en Europa
y en Hispanoamérica
EL ROMANTICISMO EN EUROPA
El Romanticismo fue un movimiento artístico, político y filosófico que surgió
en Europa en el final del siglo XVIII y se extendió por el siglo XIX. Surgió en una
época en que el ambiente intelectual estaba bajo grandes conflictos. En la política,
los sistemas de gobierno despóticos eran sustituidos y surgía el liberalismo político.
La Ilustración y la Revolución Industrial cambiaron todo el pensamiento europeo,
presentando como el ápice la Revolución Francesa y sus ideales de Libertad, Igualdad,
Fraternidad.
Ese movimiento se caracterizó por una visión de mundo contraria al racionalismo
neoclásico y de este modo, buscó el nacionalismo que a posteriori vino a consolidar los
estados nacionales en Europa. La visión del hombre también se modificó y la visión
del mundo pasa a ser centrada en el individuo.
En la literatura, el movimiento defiende la libertad política y estética, en las
imágenes, en las ideas, en los sentimientos, en la expresión y en los temas, buscando lo
UNIDAD IIII
pró
LICENCIATURA
humano, lo nacional, lo heroico, lo divino y lo extraordinario.
En España los cambios fueron casi que caóticos. Durante el siglo XIX, pasa 57
por varios gobiernos, constantes guerras, revolución burguesa y pierde las colonias.
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
La invasión francesa del territorio español comandada por Napoleón Bonaparte, la
conocida Guerra de la Independencia, fue la primera guerra romántica de la historia
de España. Llevada a cabo por el pueblo, organizado espontáneamente en las llamadas
Juntas Populares, originó un romanticismo popular y despertó en el pueblo el
sentimiento de nacionalismo.
EL ROMANTICISMO HISPANOAMERICANO
En la América Española, los ideales revolucionarios y liberales de la Ilustración
y de la Revolución Francesa trajeron inspiración para el profundo cambio social y
cultural de las colonias españolas.
Entre 1809 y 1818 varias colonias se tornan autónomas e independientes de
España. Sin embargo, la tan anhelada independencia no aseguró la implantación de los
ideales revolucionarios del liberalismo. No obstante, el sistema de gobierno adoptado
en muchas de las antiguas colonias fue la dictadura.
En la misma medida que los románticos europeos querían desvincularse del
neoclasicismo, los hispanoamericanos querían su independencia intelectual de la
Corona. De este modo, rechazan los modelos españoles y los buscan en los románticos
alemanes, ingleses y franceses, pues se intenta definir no sólo la producción literaria,
sino el hombre americano y su identidad.
Las características principales del estilo romántico son el subjetivismo, el
sentimentalismo y la libertad artística. Así como en Europa la temática romántica
consistía en el amor y la pasión, la muerte trágica, la libertad del individuo, la devoción
patriótica y la independencia. Añadidos a estos temas, en Hispanoamérica, el indio, el
esclavo y la historia política ganaron fuerza romántica.
Los románticos de la América Española rechazaron el lenguaje clásico y los
paisajes góticos. Sin embargo, renuevan el estilo lingüístico con los americanismos,
regionalismos, neologismos y el habla del pueblo indígena, los paisajes americanos y las
costumbres regionales de sus habitantes ingresan en la temática romántica.
Por esta senda, en la América recién emancipada, el romanticismo se centró
más en aspectos patrióticos, al retratar las identidades nacionales recién adquiridas. Se
describen los problemas americanos, vistos generalmente desde la acción política.
Sabiendo un poco sobre la historia del Romanticismo y sus características,
anímate a estudiar, en el próximo apartado, los autores del movimiento.
UNIDAD
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UNIDAD III
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APARTADO 2
Esteban Echeverría – El matadero
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ESTEBAN ECHEVERRÍA
UNIDAD IIII
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LICENCIATURA
EL MATADERO
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El cuento trata de la historia de la lucha entre Caudillo es un término
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
los unitarios (liberales) y los federales (rosistas). utilizado para referirse a un
Echeverría describe las figuras del caudillo Juan cabecilla o líder, sea político,
Manuel de Rosas y sus seguidores, atribuyéndoles militar o ideológico.
cualidades brutales y sanguinarias. Vale resaltar
que el cuento fue escrito bajo la óptica del mayor
oponente de Rosas.
Para comprender el cuento es necesario que tengas una visión de la situación
histórico-socio-política que se produce en Buenos Aires.
Argentina se torna independiente de la corona española en 1816, con todo,
tras la derrota de los españoles, las disputas internas ocurrieron entre los unitarios
y los federales. Se inició un largo conflicto para determinar el futuro de la Nación.
Los unitarios, partidarios del poder central de Buenos Aires, eran la parte burguesa,
comerciantes cosmopolitas que buscaban capital, inmigrantes e ideas europeas. Los
federales, partidarios de las autonomías provinciales, eran estancieros conservadores
que exigían autonomía provincial.
El caudillo Juan Manuel Rosas fue el gobernador de Argentina durante dos
periodos: de 1929 a 1832 y de 1835 a 1840. Durante el segundo periodo, el país sufrió
una fuerte dictadura. En su gobierno, Rosas se comprometió en conservar, defender
y proteger la iglesia Católica Apostólica Romana; sostener la causa nacional de la
Federación; determinó que el ejercicio de la suma del poder público duraría “todo el
tiempo que el Gobernador considere necesario”. Durante ese periodo, Rosas creó una
especie de policía política, llamada Mazorca (más horca), así denominada debido a la
característica violenta de la dictadura rosista, cuyos adversarios eran constantemente
ahorcados.
El Matadero es un irónico relato que hace Echeverría sobre el sistema del
gobierno federal. A través de metáforas el autor describe el momento crítico por lo
cual pasaba Argentina. Es un cuento de crítica social y denuncia política. De este modo,
el matadero es el pretexto para el autor describir a la Federación y la Mazorca.
Otro tema recurrente en la obra es la dicotomía civilización y barbarie. La
civilización se identificaba con la ciudad, con lo urbano, lo que estaba en contacto
con lo europeo, o sea lo que para ellos era el progreso - los ideales de los unitarios.
La barbarie, por el contrario, era el campo, lo rural, el atraso, el indio y el gaucho - los
ideales de los federales.
Te presentamos a seguir un fragmento del cuento.
EL MATADERO
UNIDAD
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UNIDAD III
sustine, abstine (sufre, abstente), ordena vigilia y abstinencia a los estómagos
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de los fieles, a causa de que la carne es pecaminosa, y, como dice el proverbio,
busca a la carne. Y como la Iglesia tiene ab initio y por delegación directa de
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UNIDAD IIII
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
predicadores atronaban el templo y hacían crujir el púlpito a puñetazos. Es el día
del juicio, decían, el fin del mundo está por venir. La cólera divina rebosando se
derrama en inundación. ¡Ay de vosotros, pecadores! ¡Ay de vosotros unitarios
impíos que os mofáis de la Iglesia, de los santos, y no escucháis con veneración
la palabra de los ungidos del Señor! ¡Ah de vosotros si no imploráis misericordia
al pie de los altares! Llegará la hora tremenda del vano crujir de dientes y de las
frenéticas imprecaciones. Vuestra impiedad, vuestras herejías, vuestras blasfemias,
vuestros crímenes horrendos, han traído sobre nuestra tierra las plagas del Señor.
La justicia del Dios de la Federación os declarará malditos.
Las pobres mujeres salían sin aliento, anonadadas del templo, echando,
como era natural, la culpa de aquella calamidad a los unitarios”.
El cuento completo está en:
http://www.e-libro.net/E-libro-viejo/gratis/matadero.pdf
¡Descárgalo y léelo!
Tras leer el cuento, haz los ejercicios y reflexiona a cerca de algunas cuestiones
que te presentamos.
2.1. Identifica todas las palabras que designan los Unitarios y los Federales.
Haz una lista. ¿Qué te parecen tales representaciones? ¿Cuál fue la intención del
autor?
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2.2. ¿Cuál es el punto de vista del autor sobre la Iglesia Católica? Explica la razón.
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APARTADO 3 63
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Domingo Faustino Sarmiento – Facundo
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64 estimación de muchos de los grandes hombres de la Tierra; he escrito algo
bueno entre mucho indiferente; y sin fortuna que nunca codicié, porque ere
bagaje pesado para la incesante pugna, espero una buena muerte corporal,
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LITERATURA HISPANOAMERICANA I
su presa. (...) En efecto, sus amigos habían visto el rastro del tigre y corrían
sin esperanza de salvarlo. El desparramo de la montura les reveló el lugar de
la escena, y volar a él, desenrollar sus lazos, echarlos sobre el tigre, empacado
y ciego de furor, fue la obra de un segundo. La fiera, estirada a dos lazos, no
pudo escapar a las puñaladas repetidas con que, en venganza de su prolongada
agonía, le traspasó el que iba a ser su víctima. ‘Entonces supe lo que era tener
miedo’ — decía el general don Juan Facundo Quiroga, contando a un grupo
de oficiales este suceso”.
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El personaje principal de su novela recibe el mismo nombre del caudillo, un
66 pretexto para criticar a los rosistas y el caudillismo. De este modo, debemos cuidar
para que los hechos ficcionales del libro no se confundan con los hechos históricos
transcurridos por el caudillo federal Juan Facundo Quiroga que lleva el mismo nombre
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“El que haya leído las páginas que preceden creerá que es mi ánimo trazar
un cuadro apasionado de los actos de barbarie que han deshonrado el nombre
de don Juan Manuel de Rosas. Que se tranquilicen los que abriguen este temor.
Aún no se ha formado la última página de esta biografía inmoral; aún no está
llena la medida; los días de su héroe no han sido contados aún. Por otra parte, las
pasiones que subleva entre sus enemigos son demasiado rencorosas aún, para
que pudieran ellos mismos poner fe en su imparcialidad o en su justicia. Es de
otro personaje de quien debo ocuparme: Facundo Quiroga es el caudillo cuyos
hechos quiero consignar en el papel.
Facundo Quiroga, empero, es el tipo más ingenuo del carácter de la guerra
civil de la República Argentina; es la figura más americana que la revolución
presenta. Facundo Quiroga enlaza y eslabona todos los elementos de desorden
que hasta antes de su aparición estaban agitándose aisladamente en cada
provincia; él hace de la guerra local, la guerra nacional, argentina, y presenta
triunfante, al fin de diez años de trabajos, de devastaciones y de combates, el
resultado de que sólo supo aprovecharse el que lo asesinó. He creído explicar
la revolución argentina con la biografía de Juan Facundo Quiroga, porque creo
que él explica suficientemente una de las tendencias, una de las dos fases diversas
que luchan en el seno de aquella sociedad singular.
He evocado, pues, mis recuerdos, y buscado para completarlos los detalles
que han podido suministrarme hombres que lo conocieron en su infancia, que
fueron sus partidarios o sus enemigos, que han visto con sus ojos unos hechos,
oído otros, y tenido conocimiento exacto de una época o de una situación
particular. Aún espero más datos de los que poseo, que ya son numerosos. Si
algunas inexactitudes se me escapan, ruego a los que las adviertan que me las
comuniquen; porque en Facundo Quiroga no veo un caudillo simplemente, sino
una manifestación de la vida argentina, tal como la han hecho la colonización y las
UNIDAD IIII
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LICENCIATURA
peculiaridades del terreno, a lo cual creo necesario consagrar una seria atención,
67
porque sin esto la vida y hechos de Facundo Quiroga son vulgaridades que
no merecerían entrar, sino episódicamente, en el dominio de la historia. Pero
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Facundo, en relación con la fisonomía de la naturaleza grandiosamente salvaje
que prevalece en la inmensa extensión de la República Argentina; Facundo,
expresión fiel de una manera de ser de un pueblo, de sus preocupaciones e
instintos; Facundo, en fin, siendo lo que fue, no por un accidente de su carácter,
sino por antecedentes inevitables y ajenos de su voluntad, es el personaje
histórico más singular, más notable, que puede presentarse a la contemplación
de los hombres que comprenden que un caudillo que encabeza un gran
movimiento social no es más que el espejo en que se reflejan, en dimensiones
colosales, las creencias, las necesidades, preocupaciones y hábitos de una nación
en una época dada de su historia”.
Ahora descarga y lee la novela en:
http://www.e-libro.net/E-libro-viejo/gratis/facundo.pdf
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APARTADO 4
José Hernández - Martín Fierro
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En este apartado tendrás una visión diferente del gaucho. Antes visto como
representación de la barbarie, por los ojos de Hernández es visto como héroe nacional.
JOSÉ HERNÁNDEZ
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LICENCIATURA
LA LITERATURA GAUCHESCA Y MARTÍN FIERRO
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LITERATURA HISPANOAMERICANA I
La literatura gauchesca empieza a desarrollarse a los fines del siglo XVIII, en el
territorio del Río de la Plata. La figura del gaucho, miembro de una clase social baja y
desfavorecida, fue elegida para dar origen a la manifestación literaria más original de
Hispanoamérica.
Escrita por hombres cultos que imitaban Payador es el nombre que
el habla del gaucho y ciertas formas estróficas llevaba el profesional de
campesinas de los payadores, la poesía la poesía y de la música,
gauchesca fue el género que tuvo más éxito en rapsoda o cantor errante que
esa literatura.
improvisaba y acompañaba
De carácter popular, la poesía gauchesca
presenta como característica principal la sus versos con la guitarra
descripción de las costumbres de los hombres
del campo y sus personajes típicos, a través de su tradición y su vocabulario.
Aunque refleja actitudes como culto de las armas y habilidad del jinete derivados
de la educación española, utiliza un lenguaje rústico y rural como un signo de
independencia y alejamiento da la tradición peninsular. La poesía gauchesca, cuyos
temas suelen ser rústicos, puede desarrollar acciones que pueden aproximar de la
epopeya o de naturaleza marginal.
El escritor y poeta Hilario Ascasubi en 1850, en una nota de su poema Santos
Vega o Los mellizos en flor, hizo la primera definición del hombre de los pampas.
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UNIDAD III
“El gaucho es el habitante de los campos argentinos; es sumamente
70 experto en el manejo del caballo y en todos los ejercicios del pastoreo. Por lo
regular es pobre, pero libre e independiente a causa de su misma pobreza y de
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LITERATURA HISPANOAMERICANA I
al poema las características de una narrativa. El poema está compuesto principalmente
por sextetos o sea, una estrofa creada por Hernández que rima: abbccb con ocho
sílabas en cada verso, formando un octosílabo.
Te traemos el primer capítulo del poema El Gaucho Martín Fierro (1872):
Martín Fierro
Capítulo I
007 Pido a los Santos del Cielo 037 Que no se trabe mi lengua
008 Que ayuden mi pensamiento; 038 Ni me falte la palabra:
009 Les pido en este momento 039 El cantar mi gloria labra
010 Que voy a cantar mi historia 040 Y poniéndome a cantar,
011 Me refresquen la memoria 041 Cantando me han de encontrar
012 Y aclaren mi entendimiento. 042 Aunque la tierra se abra.
025 Mas ande otro criollo pasa 055 Con la guitarra en la mano
026 Martín Fierro ha de pasar, 056 Ni las moscas se me arriman,
027 Nada la hace recular 057 Naides me pone el pie encima,
028 Ni las fantasmas lo espantan; 058 Y cuando el pecho se entona,
029 Y dende que todos cantan 059 Hago gemir a la prima
030 Yo también quiero cantar. 060 Y llorar a la bordona.
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061 Yo soy toro en mi rodeo 091 Mi gloria es vivir tan libre
72 062 Y torazo en rodeo ajeno; 092 Como el pájaro del cielo:
063 Siempre me tuve por güeno 093 No hago nido en este suelo
064 Y si me quieren probar, 094 Ande hay tanto que sufrir,
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UNIDAD IIII
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LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
(002) vigüela: instrumento musical parecido a la guitarra
(003) desvela: no le deja dormir
(006) consuela: encuentra alivio a las penas
(015) añuda: se da nudos
(027) recular: retroceder
(029) dende: desde
(049) letrao: letrado, con estudios
(056) arriman: acercan
(057) naides: nadie
(059) prima: cuerda más delgada de la guitarra
(060) bordona: cuerda más gruesa de la guitarra
(063) güeno: bueno
(067) lao: lado
(067) güeya: huella
(072) titubeando: dudando
(074) enancha: hace más ancho
(075) cancha: espacio amplio y llano
(078) hace pata ancha: enfrenta el peligro valientemente
(085) peje: pez
(089) truje: traje
(096) remuento: remonto, empiezo a volar
(098) querellas: problemas, disputas
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Para saber más sobre las aventuras de Martín Fierro hay dos
películas que puedes asistir. La primera es de 1968, de mismo nombre,
cuyo director es Leopoldo Torre Nilsson. La segunda de 2006, llamada
Martín Fierro, el ave solitaria, tiene como director Gerardo Vallejo.
Para mirar la primera película te indicamos el blog abajo:
http://berega.com.br/blog/archives/tag/martin-fierro-filme-
1968-jose-hernandez-argentina-poema-video
Síntesis
Estimado estudiante, en esta unidad has conocido las obras más importantes de
la literatura romántica en Hispanoamérica. Desarrollada después de la independencia
de los países americanos, tiene como objetivo la denuncia de la situación de esos
países y el alejamiento de los ideales peninsulares. Su máximo florecimiento se dio
en Argentina debido a los años de inestabilidad política y social del país. También en
esta unidad estudiaste tres géneros literarios distintos: el cuento El matadero, la novela
Facundo y el poema Martín Fierro. Has podido a través de estas obras verificar la
evolución de los temas tratados en el romanticismo.
Esperamos que esta unidad haya sido estimuladora para que continúes a buscar
informaciones y mismo otros autores de la literatura romántica en América.
UNIDAD IIII
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LICENCIATURA
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LITERATURA HISPANOAMERICANA I
1. El texto abajo fue escrito por el historiador argentino José María
Rosa. Léelo y haz un comentario crítico sobre su punto de vista, después
comparta tu punto de vista con tus compañeros por skype.
UNITARIOS Y FEDERALES
http://www.elortiba.org/obligado.html#UNITARIOS_Y_FEDERALES
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. En esta unidad hemos visto tres obras. ¿Qué características románticas ellas
76 tienen en común? ¿Qué características tienen en especial cada una de ellas? Da
ejemplos.
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Apuntes
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JOSÉ MARTÍ, 79
EL MODERNISMO Y
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
RUBÉN DARÍO
GUIÓN DE ESTUDIO
Apartado 1 – José Martí, el Apóstol de la
Libertad
Apartado 2 – El Modernismo Español e
Hispanoamericano
Apartado 3 – Rubén Darío
próUNIDAD
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UNIDAD III
LICENCIATURA
80 Para iniciar la charla
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
Empezar una nueva fase en la historia es siempre algo muy curioso. Para nosotros,
resulta fácil poner los hechos en capítulos, sin embargo ni siempre eso es posible en la
vida real, una vez que muchas cosas pueden ocurrir al mismo tiempo y no nos damos
cuenta de cuándo los cambios se fueron operando. Así es con la vida, así es con la
Literatura. Acabaste de estudiar al Romanticismo en Hispanoamérica y luego pasamos
al pre-modernismo y al modernismo, sin poder definir exactamente cuáles fueron los
últimos románticos y cuál fue la primera generación modernista.
En ese capítulo vas a estudiar lo que serían los primeros trazos del Modernismo
y también la importancia de la vida social para la transformación de la literatura.
¿Ya has pensado en cuán importante es saber sobre de la historia de las
civilizaciones y cuánto eso puede influenciar en la manera como actuamos y cómo la
cultura se establece, se perpetúa o se modifica?
Como ya sabes, España tomó a los países de Hispanoamérica y por largos años
comandó a esos países. Es natural que el pueblo colonizado no acepte por mucho
tiempo sujetarse al mando de otro país y con eso empiecen a surgir movimientos
revolucionarios en que el deseo de libertad hable más alto.
Eso seguramente ocurrió entre los países de Hispanoamérica, que tuvieron
sus representantes en la lucha por libertad. El siglo XIX es la representación mayor
de la liberación de esos países colonizados, con tantos autores literarios y militantes
de grande importancia política que merecerían nuestra atención. Para este momento,
escogemos para nuestros estudios a la figura de José Martí, de manera a representar el
ideal de libertad y de la literatura de la independencia, aunque sea Cuba, su país, uno
de los últimos países a liberarse de España.
En esta unidad, irás estudiar la obra de Martí, la construcción del Modernismo
en Hispanoamérica y su máximo representante, Rubén Darío. ¡A leer y a disfrutar!
APARTADO 1
Contexto histórico: el Romanticismo en Europa
y en Hispanoamérica
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
consideró precursor del Modernismo.
Escribió más de cuatrocientas
crónicas sobre Hispanoamérica, Estados
Unidos y Europa en periódicos como
La Nación de Buenos Aires, La Opinión
Pública de Montevideo, La Opinión
Nacional de Caracas, La República de
Tegucigalpa, El Partido Liberal de México
y Las Américas de Nueva York.
Sus tres obras de teatro no
alcanzaron grande éxito (Abdala, Adúltera
y Amor con amor se paga). Los cuentos
direccionados a los niños, que hacen parte
del libro La edad de oro tienen un tono
de didactismo y traen los problemas de
América Latina, pues tratan de temas
como la pobreza, la falta de recursos y
desigualdades sociales, (Los Zapaticos
de Rosa; La muñeca negra; Los dos
príncipes), el racismo (El Padre las Casas),
la libertad (La perla de la mora) y mismo
temas universales como la bondad, las
virtudes o la muerte (La perla de la mora,
Cada uno a su oficio, Nené traviesa, El camarón encantado).
Cronológicamente hablando, su obra se vería así:
1869 ABDALA
1871 EL PRESIDIO POLÍTICO EN CUBA
LA REPÚBLICA ESPAÑOLA ANTE LA
1873
REVOLUCIÓN CUBANA
1875 AMOR CON AMOR SE PAGA
1882 ISMAELILLO
1885 AMISTAD FUNESTA
1889 LA EDAD DE ORO
1891 VERSOS SENCILLOS
MANIFIESTO DE MONTECRISTI – CON
1895
MÁXIMO GÓMEZ
(…) “Ni ¿en qué patria puede tener un hombre más orgullo que en nues-
tras repúblicas dolorosas de América, levantadas entre las masas mudas de in-
dios, al ruido de pelea del libro con el cirial, sobre los brazos sangrientos de
un centenar de apóstoles? De factores tan descompuestos, jamás, en menos
tiempo histórico, se han creado naciones tan adelantadas y compactas. Cree el
soberbio que la tierra fue hecha para servirle de pedestal, porque tiene la pluma
fácil o la palabra de colores, y acusa de incapaz e irremediable a su república
nativa, porque no le dan sus selvas nuevas modo continuo de ir por el mundo
de gamonal famoso, guiando jacas de Persia y derramando champaña. La in-
capacidad no está en el país naciente, que pide formas que se le acomoden y
grandeza útil, sino en los que quieren regir pueblos originales, de composición
singular y violenta, con leyes heredadas de cuatro siglos de práctica libre en los
Estados Unidos, de diecinueve siglos de monarquía en Francia. Con un de-
creto de Hamilton no se le para la pechada al potro del llanero. Con una frase
de Sieyès no se desestanca la sangre cuajada de la raza india. A lo que es, allí
donde se gobierna, hay que atender para gobernar bien; y el buen gobernante
en América no es el que sabe cómo se gobierna el alemán o el francés, sino el
que sabe con qué elementos está hecho su país, y cómo puede ir guiándolos en
junto, para llegar, por métodos e instituciones nacidas del país mismo, a aquel
estado apetecible donde cada hombre se conoce y ejerce, y disfrutan todos de
la abundancia que la Naturaleza puso para todos en el pueblo que fecundan
con su trabajo y defienden con sus vidas. El gobierno ha de nacer del país. El
espíritu del gobierno ha de ser el del país. La forma de gobierno ha de avenirse
a la constitución propia del país. El gobierno no es más que el equilibrio de los
elementos naturales del país.
Por eso el libro importado ha sido vencido en América por el hombre
natural. Los hombres naturales han vencido a los letrados artificiales. El mesti-
zo autóctono ha vencido al criollo exótico. No hay batalla entre la civilización
y la barbarie, sino entre la falsa erudición y la naturaleza. El hombre natural es
bueno, y acata y premia la inteligencia superior, mientras esta no se vale de su
sumisión para dañarle, o le ofende prescindiendo de él, que es cosa que no per-
dona el hombre natural, dispuesto a recobrar por la fuerza el respeto de quien
le hiere la susceptibilidad o le perjudica el interés. Por esta conformidad con los
elementos naturales desdeñados han subido los tiranos de América al poder;
y han caído en cuanto les hicieron traición. Las repúblicas han purgado en las
tiranías su incapacidad para conocer los elementos verdaderos del país, derivar
UNIDAD IV
I
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LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
En pueblos compuestos de elementos cultos e incultos, los incultos go-
bernarán, por su hábito de agredir y resolver las dudas con su mano, allí donde
los cultos no aprendan el arte del gobierno. La masa inculta es perezosa, y
tímida en las cosas de la inteligencia, y quiere que la gobiernen bien; pero si el
gobierno le lastima, se lo sacude y gobierna ella. ¿Cómo han de salir de las uni-
versidades los gobernantes, si no hay universidad en América donde se enseñe
lo rudimentario del arte del gobierno, que es el análisis de los elementos pecu-
liares de los pueblos de América? A adivinar salen los jóvenes al mundo, con
antiparras yanquis o francesas, y aspiran a dirigir un pueblo que no conocen.
En la carrera de la política habría de negarse la entrada a los que desconocen
los rudimentos de la política. El premio de los certámenes no ha de ser para la
mejor oda, sino para el mejor estudio de los factores del país en que se vive. En
el periódico, en la cátedra, en la academia, debe llevarse adelante el estudio de
los factores reales del país. Conocerlos basta, sin vendas ni ambages; porque el
que pone de lado, por voluntad u olvido, una parte de la verdad, cae a la larga
por la verdad que le faltó, que crece en la negligencia, y derriba lo que se levanta
sin ella. Resolver el problema después de conocer sus elementos, es más fácil
que resolver el problema sin conocerlos. Viene el hombre natural, indignado y
fuerte, y derriba la justicia acumulada de los libros, porque no se administra en
acuerdos con las necesidades patentes del país. Conocer es resolver. Conocer
el país, y gobernarlo conforme al conocimiento es el único modo de librarlo
de tiranías. La universidad europea ha de ceder a la universidad americana. La
historia de América, de los incas acá, ha de enseñarse al dedillo, aunque no se
enseñe la de los arcontes de Grecia. Nuestra Grecia es preferible a la Grecia
que no es nuestra. Nos es más necesaria. Los políticos nacionales han de reem-
plazar a los políticos exóticos. Injértese en nuestras repúblicas el mundo; pero
el tronco ha de ser el de nuestras repúblicas. Y calle el pedante vencido; que no
hay patria en que pueda tener el hombre más orgullo que en nuestras dolorosas
repúblicas americanas.” (…)
UNIDAD
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UNIDAD III
LA POESÍA EN MARTÍ
84
Como ya hemos aludido, la obra de Martí es extensa, lo que nos obliga a elegir
algunas de ellas para representar al autor. Para nuestros estudios, nos interesan en ese
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momento, sus poesías, lo que no disminuye sus otros escritos. A la secuencia, observa
lo que dice Martí sobre sus propios versos:
Estos son mis versos. Son como son. A nadie los pedí prestados. Mien-
tras no pude encerrar íntegras mis visiones en una forma adecuada a ellas, dejé
volar mis visiones: oh, ¡cuánto áureo amigo que ya nunca ha vuelto! Pero la
poesía tiene su honradez, y yo he querido siempre ser honrado. Recortar ver-
sos, también sé, pero no quiero. Así como cada hombre trae su fisonomía, cada
inspiración trae su lenguaje. Amo las sonoridades difíciles, el verso escultórico,
vibrante como la porcelana, volador como un ave, ardiente y arrollador como
una lengua de lava. El verso ha de ser como una espada reluciente, que deja a los
espectadores la memoria de un guerrero que va camino al cielo, y al envainarla
en el Sol, se rompe en alas.
Tajos son éstos de mis propias entrañas -mis guerreros-. Ninguno me ha
salido recalentado, artificioso, recompuesto, de la mente; sino como las lágrimas
salen de los ojos y la sangre sale a borbotones de la herida.
No zurcí de éste y aquél, sino sajé en mí mismo. Van escritos, no en tinta
de academia, sino en mi propia sangre. Lo que aquí doy a ver lo he visto antes (yo
lo he visto, yo), y he visto mucho más, que huyó sin darme tiempo que copiara
sus rasgos. - De la extrañeza, singularidad, prisa, amontonamiento, arrebato de
mis visiones, yo mismo tuve la culpa, que las he hecho surgir ante mí como las
copio. De la copia yo soy el responsable. Hallé quebrados los vestidos, y otros no
y usé de estos colores. Ya sé que no son usados. Amo las sonoridades difíciles y
la sinceridad, aunque pueda parecer brutal.
Todo lo que han de decir, ya lo sé, y me lo tengo contestado. He querido
ser leal, y si pequé, no me avergüenzo de haber pecado.
Todo eso de lo que dice el autor, sólo lo podremos constatar si leemos los versos
de José Martí. En esta descripción, el poeta dice que no ha copiado a nadie ni a nin-
guno estilo de otros, mas ha escrito a su gusto. A veces viste su poesía con algo más
rebuscado, pero lo que quiere es impresionar por la belleza y por el contenido. Como
el mismo autor dijo, ama las sonoridades difíciles pero no quiere a sus poemas artifi-
ciosos. Para buscar el sentido que Martí le da a sus poemas, empecemos nuestro viaje
con dos poemas del libro Ismaelillo, de 1882:
UNIDAD IV
I
pró
LICENCIATURA
Mi Reyecillo 85
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
01 Los persas tienen 23 Llévame, hijo!—
02 Un rey sombrío; 24 Toca en mi frente
03 Los hunos foscos 25 Tu cetro omnímodo;
04 Un rey altivo; 26 Úngeme siervo,
05 Un rey ameno 27 Siervo sumiso:
06 Tienen los íberos; 28 ¡No he de cansarme
07 Rey tiene el hombre, 29 De verme ungido!
08 Rey amarillo: 30 ¡Lealtad te juro,
09 ¡Mal van los hombres 31 Mi reyecillo!
10 Con su dominio! 32 Sea mi espalda
12 Mas yo vasallo 33 Pavés de mi hijo;
13 De otro rey vivo, — 34 Pasa en mis hombros
14 Un rey desnudo, 35 El mar sombrío:
15 Blanco y rollizo: 36 Muera al ponerte
16 Su cetro — ¡un beso! 37 En tierra vivo: —
17 Mi premio — ¡un mimo! 38 Mas si amar piensas
18 ¡Oh! cual los áureos 39 El amarillo
19 Reyes divinos 40 Rey de los hombres,
20 De tierras muertas, 41 ¡Muere conmigo!
21 De pueblos idos 42 ¿Vivir impuro?
22 — ¡Cuando te vayas, 43 ¡No vivas, hijo!
UNIDAD
UNIDADIV
UNIDAD III
Este poema, así como los demás escritos en el libro Ismaelillo, fueron dedica-
86 dos al único hijo de José Martí, el entonces chiquillo José Francisco Martí Zayas Bazán.
Lo que puedes percibir en el poema es un cariño impar, de un padre completamente
entregue al amor de su hijo. Ya empezamos a percibir esa devoción por el propio título,
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
al decir que el hijo es su Rey y más, la manera cariñosa con la que pone las palabras
referentes a este rey en diminutivo, como el propio reyecillo. El rey es aquél que dicta
las reglas, quien da las órdenes, es el soberano de un pueblo; así el yo poético se pone
delante del reyecillo. En nuestra cultura también se dice que los niños son los reyes
de la casa, pues a partir del momento en que nacen, dictan nuevas reglas en la familia,
principalmente cuando se trata del primero hijo.
Al comparar su Rey a los otros reyes de otros pueblos, el yo poético deja claro
que el suyo es divino, contrario a los otros que son tiranos, soberbios. A la vez describe
su Rey como un niño rollizo y blanco, al cual el yo poético se dobla por un beso o un
mimo. Observa que el lado político social de Martí no se deja ocultar, pues, al referirse
al rey de los íberos, dice que tienen un rey ameno, de manera a no ofenderle como hace
con los otros reyes.
Las palabras usadas dan la idea de subordinación, dedicación y amor hacia ese
rey que se vuelve su hijo, señor de su vida, a quien el yo poético dedica su lealtad y
protección, expresada metafóricamente a través de la palabra pavés.
Parece interesante la relación que se hace del hombre con el “Rey Amarillo”. A
principio este rey puede evocar la imagen del astro rey, o sea, el sol. Sin embargo, el yo
poético dice que los hombres de los versos 09 y 10 no están bien con su Rey: “¡Mal van
los hombres/Con su dominio!”, y al final del poema, se enfada en pensar que su hijo
pueda querer amar al rey de los hombres y pídele que se muera con él, pues, mejor la
muerte que vivir impuro. Esa condición última nos hace pensar en qué tipo de impu-
reza este Rey Amarillo puede traer y luego, descartemos la hipótesis de que sea el Rey
Sol y pasemos a pensar en algo que pueda denigrar el carácter de un hombre hasta el
punto de que el padre prefiera verlo muerto a vivir con esta mancha. A nosotros nos
parece que sentimientos como la avaricia, el deseo de poder o hasta mismo el dinero
(representado por el amarillo, el color del oro), pueden ser reyes que comandan al
hombre a que el yo poético se refiere. ¿Y a ti, qué te parece?
MI CABALLERO
Por las mañanas Me espoleaba
Mi pequeñuelo Mi caballero:
Me despertaba ¡Qué suave espuela
Con un gran beso. Sus dos pies frescos!
Puesto a horcajadas ¡Cómo reía
Sobre mi pecho, Mi jinejuelo!
Bridas forjaba Y yo besaba
Con mis cabellos. Sus pies pequeños,
Ebrio él de gozo, ¡Dos pies que caben
De gozo yo ebrio, En sólo un beso!
UNIDAD IV
I
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Pequeñuelo: diminutivo de pequeño. Uso coloquial.
A horcajadas: manera de montar al caballo.
Bridas: parte de los arreos de una caballería que se emplea para
facilitar el manejo de ésta.
Forjar: fig. inventar, imaginar.
Jinejuelo: diminutivo de jinete: soldado de a caballo que lucha-
ba con lanza y adarga. Uso coloquial.
Nuevamente, en este poema, el diminutivo es una marca que denota cariño hacia
el “pequeñuelo”. Ya en este caso, el yo poético pasa a la condición de caballo del hijo,
que lo despierta con este juego. La sumisión al hijo sigue siendo la misma, está so su
comando, so sus órdenes, ya que el caballo está a servicio del hombre. Sin embargo, la
satisfacción de estar en este momento con el hijo es tamaña que llega a embriagar al yo
poético y al pequeño que cabalga, sin que se dé cuenta de esta condición de subordina-
ción, considerando el momento no de humillación sino de total placer.
Las cosas necesarias para cabalgar aparecen a través de la imaginación del niño:
primero sube a horcajadas en el padre, que es el caballo, los cabellos del padre son las
bridas y se imagina tener espuelas en los piececitos.
Las acciones expresas a través de palabras como a horcajadas, bridas, forjaba y
espoleaba, traen un sonido abrupto e ideas de cosas groseras, que son suavizadas por
los pies frescos del niño, pies tan pequeños que “caben en un solo beso”.
La expresión de amor que el autor dedica no se limita al hijo, mas se alarga a la
mujer, a la humanidad, a la vida. Observa el poema que sigue, sacado de Versos Sen-
cillos, 1896:
UNIDAD
UNIDADIV
UNIDAD III
Aquí encontramos dos símbolos de pureza, de suavidad, de paz y belleza: la rosa
88 y el color blanco. Lo que el yo poético dice es que siempre cultiva una rosa blanca, sea
cual sea el período del año y se la ofrece tanto al amigo como al cruel que le arranca el
corazón, o sea, el enemigo. Podemos percibir que esta rosa puede representar el amor
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puro hacia el amigo o el deseo de paz hacia el que le quiere mal. Es importante resaltar
que no se percibe un sentimiento de venganza hacia el que lo perjudica, mas un gesto
de delicadeza o hasta mismo de perdón.
Ahora lee tú los poemas que seleccionamos abajo, para que puedas conocer
más de las poesías de Martí y sentir la manera como él escribe:
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UNIDAD IV
I
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LICENCIATURA
APARTADO 2 89
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
El Modernismo Español e Hispanoamericano
Ya dijimos que José Martí fue considerado padre del Modernismo por Rubén
Darío. Lo que todavía no hemos comentado es que este movimiento, adoptado y llevado
a Europa por el nicaragüense Rubén Darío, fue el movimiento que mejor caracterizó
a Hispanoamérica en su literatura hasta entonces (finales del siglo XIX), con grande
destaque a las características propias y un movimiento suyo que fue, por primera vez,
seguido por países de otros continentes. El modernismo hispanoamericano tomó
rumbo a Europa e influenció la literatura de este sitio hasta el punto de que los críticos
literarios no saben decir si el movimiento es español o es hispanoamericano.
El movimiento modernista abarcó no sólo la literatura como también el arte,
de manera general, la ciencia, la religión, la política y los demás aspectos de la vida, ya
que reflejaba un momento de cambio histórico, siendo entonces considerado no un
movimiento literario, sino una nueva manera de vivir y enfrentar la vida.
Situado en un período de crisis políticas y guerras, pues se desarrolla más o
menos entre 1880 y 1915, el Modernismo surge como un deseo de expresión de un
profundo desacuerdo hacia la civilización burguesa. Hay un deseo grande de aislamiento
y de oposición hacia el sistema social y político, con
escapismo: actitud del que
eso el escapismo es una de sus marcas. Una de las más
famosas frases de ese momento es de Rubén Darío: se evade de la realidad.
“yo detesto la vida y el tiempo en que me tocó nacer”
(Prosas Profanas)
En el período más fuerte de instalación del Modernismo, el mundo pasaba por
transformaciones importantes en todos sus aspectos, en lo tocante a la política, a la
religión, a la ciencia, a las artes plásticas, a las costumbres, a la filosofía y a la literatura.
Varios factores influyen en la manera de pensar y de actuar del hombre del
nuevo siglo XX. Descubrimientos científicos, tales como el átomo de Rutherford o la
descubierta del Radio y del Polonio como elementos radioactivos; las transformaciones
filosóficas, en que ya se cuestiona el positivismo y se niega la razón como forma de
explicar la vida de los seres humanos, dando paso para el irracionalismo; el desarrollo
del psicoanálisis de Sigmund Freud; la presencia de Marx y sus ideas sobre el socialismo
en autores de fines del siglo, sirven de material para un grande cuestionamiento, la
reorganización de ideas y conceptos sobre la vida y un nuevo posicionamiento ante la
forma de expresarse.
La disconformidad con la situación política se expresa de dos maneras: o por
una rebeldía política, como en el caso de José Martí, o por aislamiento aristocrático, lo
que, muchas veces se ve acompañado de actitudes asociales o amorales.
CARACTERÍSTICAS DEL MODERNISMO
UNIDAD IV
I
pró
LICENCIATURA
Evidentemente el Modernismo
no se hizo únicamente a partir de 91
préstamos de tendencias de otros
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
movimientos. Algunos tópicos
modernistas fueron utilizados de manera
a darle al movimiento una identidad
y homogeneidad, acrecentando algo
nuevo a la mezcla de características
tomadas de otros movimientos. Es muy
común que encontremos en manuales
de literatura la citación de esos tópicos
que discutiremos a la secuencia.
El primero y uno de los más
citados, fue relacionado a una actitud
de vida heredada del Romanticismo,
el llamado esplín (Spleen) o taedio
vitae. El esplín es el sentimiento de
melancolía, estado de ánimo que se
debe a una causa moral. Es preferible,
para los modernistas, usar el término
esplín, porque el término melancolía
significaba en la época, una enfermedad
mental.
Otro posicionamiento marcado
por actitudes es el dandismo. Ser dandy,
entre otras cosas, es negar a los valores
burgueses de la época; es obtener el
máximo de placer de las cosas (lo que
lleva a muchos a la bohemia, a las
grandes juergas, el sexo desarreglado y
el abuso del alcohol). El placer por el
placer es la extensión del deseo del arte
por el arte y esta búsqueda por el placer
redunda muchas veces en el gusto por las drogas. Los dandies en general, forman un
grupo contra-corriente, contracultural, con manera propia de actuar, de vestirse, de
expresarse, yendo en contra la sociedad burguesa que le exige trabajo y no consume su
arte.
Junto a las características del esplín y del dandismo también podemos poner
el escapismo, o sea, el deseo de huir del tiempo y del lugar en que uno vive. El interés
se vuelve hacia otro tiempo, otro espacio, recreados, reencontrados o simplemente
imaginados. El retrato de países orientales, el viaje hacia antiguos castillos o a templos
antiguos, la descripción de suntuosas fiestas en edades antiguas es una constante en
muchas obras. El escapismo demuestra una inconformidad con el mundo, un deseo de
no encarar la realidad, de escapar hacia otro sitio. De este gusto, aparecen elementos
exóticos evocados desde otras épocas u otras culturas.
También en la preferencia por algunos vocablos el Modernismo se distingue. Son
comunes las apariciones de cisnes, pavos reales, cóndores, tórtolas, leones y mariposas.
Algunas plantas de la botánica heráldica, tales como el lotus, los lirios, las anémonas,
UNIDAD
UNIDADIV
UNIDAD III
los nenúfares, los pámpanos, los olivos, las adelfas, los jacintos.
92 Una forma de expresar el escapismo es la utilización de diversos instrumentos
musicales y tipos de danza ajenos a los hispanoamericanos o a los españoles, sea por su
localización espacial, sea por su distancia temporal. Las caracterizaciones de la nobleza
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clásica son frecuentes, así como vocablos nobiliarios, tales como princesas, pajes,
clavicordios, blasones. Lo noble es expreso a través también de objetos, de tejidos,
de joyas o piedras preciosas: alfombrillas persas, vasos chinos, oro, seda, mármol. El
deseo de belleza hace con que las descripciones de grandes fiestas suntuosas sean
llenas de objetos de grande valor monetario y de mucho brillo y suavidad.
La utilización del color es una característica fuerte. Hay una preferencia por
el color azul, representando lo inalcanzable, lo que viene del mundo ideal. También
se usa mucho el dorado, como representación de la riqueza de los nobles, el blanco,
representando pureza, luz, claridad, el violeta y el gris. El uso de colores tiene como
objetivo mecer con los sentidos, así como la utilización de perfumes, músicas y texturas,
que tienen el mismo propósito. A ese recurso se lo llama sinestesia, o sea, sensación
secundaria producida en una parte del cuerpo en consecuencia de un estímulo
provocado en otra parte del cuerpo (a través de los ojos, en la lectura, se consigue
imaginar los perfumes, los sonidos, las texturas).
Ya ves que el Modernismo es un movimiento riquísimo en detalles, ¡a estudiar
su grande idealizador!
APARTADO 3
Rubén Darío
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
sonoridad, de cromatismo; sus temas pasan por lo mitológico, lo exótico, lo sensual.
La búsqueda por la belleza por medio de la palabra fue una constante en su obra.
Sus principales obras fueron Azul… (1888); Prosas profanas (1896); Cantos
de vida y esperanza (1905); El canto errante (1907) y Poema de Otoño y otros poemas
(1910). Escribió también otros libros que no alcanzaron tanto éxito.
A pesar de que haya publicados otros libros anteriores, es Azul… el libro de
primero destaque, considerado el libro inaugural del Modernismo.
Mismo en su prosa, lo poético es muy presente, como se puede leer en el trozo
que sigue, que hace parte del prólogo de Prosas Profanas, libro que mezcla prosa y
poesía:
UNIDAD
UNIDADIV
UNIDAD III
Creemos ser interesante pensar en el título del libro a que pertenece este texto: el
94 término prosa se refería, en la Edad Media, a un poema en latín hecho para homenajear
los santos. El autor Darío tenía conciencia de eso y puso el nombre Prosas Profanas a
su libro de poemas que abordan temas mundanos y nada religiosos, más que eso, con
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una temática erótica en algunos puntos. Eso, obviamente, espantó a muchos religiosos
y fue motivo de muchas críticas por lo provocativo y ofensivo que lo juzgaron.
En ese pequeño prólogo de Darío ya podemos encontrar algunas de las varias
características del Modernismo. La principal es el deseo de evasión, el escapismo, que
encontramos a través del uso de varias referencias al pasado, usando términos de siglos
anteriores y tan lejanos a él, en ese caso, civilizaciones antiguas y “yo detesto la vida
y el tiempo en que me tocó nacer”. Esta frase, no sólo representa el escapismo (no
querer vivir en la época en que se está y con eso intentar huir de la realidad inventando
otros mundos), como también el tedio de la vida o el esplín (detestar la vida, sentirse
incómodo por la vida que se lleva).
Después de todo, hay una referencia a antiguos imperios y a la vida de la
nobleza, a través de las palabras “princesas, reyes, cosas imperiales”, “corte —oro,
seda, mármol” y la “silla de oro”, mas lo que más llama atención es cuando el autor
declara: “a despecho de mis manos de marqués”, o sea, que se considera de la nobleza,
mismo levantando la posibilidad de tener alguna descendencia de indios o de negros.
Además de todo, se presenta en el prólogo, el respeto hacia lo pasado, la
antigüedad “Si hay poesía en nuestra América, ella está en las cosas viejas” sin perder
de vista lo contemporáneo, “Lo demás es tuyo, demócrata Walt Whitman”. El autor
Walt Whitman era admirado y seguido por los modernistas.
El deseo de belleza y la búsqueda por el poema perfecto está muy evidente en el
poema que sigue:
UNIDAD IV
I
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Peristilo: galería de columnas, alrededor de un edificio o de un
patio.
Hallo: presente de indicativo del verbo hallar, encontrar.
Boga: presente de indicativo del verbo bogar: remar, navegar.
Chorro: golpe de un líquido o fluido que sale o cae con fuerza y
continuidad.
Este poema es el último del libro Prosas Profanas. En el aspecto formal del
poema, constatamos que se trata de un soneto, cuya rima obedece la secuencia ABBA
– ABBA – CCD – CCD. Los versos son alejandrinos (14 sílabas), con excepción del
verso 09, que es un endecasílabo. Este cambio rítmico es una demostración formal de
la quiebra del ritmo y musicalidad de los versos, lo que demuestra el rompimiento de
la esperanza que está expresa en los dos primeros cuartetos, pasando entonces para la
constatación de que la persecución del yo poético está en el plan de los sueños y no la
puede alcanzar.
Cuanto al análisis de contenido, si empezamos por el título, ya podemos ob-
servar el uso del verbo perseguir, que significa “seguir al que huye o se esconde para
cogerle; tratar de obtener, de alcanzar; infligir penas a una creencia, opinión, etc”. Ya
la palabra forma, entre otras cosas, significa modo, manera de hacer o proceder; modo
de expresar el pensamiento, cualidades del estilo; patrón, horma que sirve de modelo
para hacer una cosa. O sea, el yo poético está buscando una forma de expresión, un
modelo para su estilo y no la encuentra (verso 1). Los modernistas de una manera ge-
neral, buscan un ideal de belleza, buscan el conocimiento y desean capturar lo que no
se puede expresar con palabras y ponerlo en el lenguaje poético.
La metáfora de “botón de pensamiento que busca ser la rosa” en que el botón
se abrirá en rosa, trae la idea de algo que está transformándose, creciendo, desarrollán-
dose para entonces abrirse. Llega a anunciarse, a casi llegar, mas se vuelve imposible,
así como es imposible recibir un abrazo de Venus de Milo, ya que la estatua griega, tal
como se conoce, no tiene brazos.
Aparecen en los tercetos dos elementos comunes del modernismo: la referen-
cia a la música (melodía, flauta) y la figura del cisne, en una descripción muy interesan-
te: el cuello del cisne, conforme su posición, forma un punto de interrogación, dejando
la sensación de que el cisne le pregunta al yo poético sobre el acto de crear, sobre las
posibilidades del lenguaje poético.
El cisne, además de todo, representa la belleza, la elegancia, la pureza, la sabi-
duría, el equilibrio y a veces, la mujer.
UNIDAD
UNIDADIV
UNIDAD III
96 BOUQUET
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
UNIDAD IV
I
pró
LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Bouquet : palabra francesa que designa el aroma del vino, su
forma castellanizada es buqué. Ramo de flores.
Egregio: aquél que se destaca.
Alabó: pretérito perfecto del verbo alabar: celebrar con palabras
a una persona o hecho.
Síntesis
UNIDAD
UNIDADIV
UNIDAD III
98
Licenciatura em Letras Português / Espanhol
1. Observa el poema de José Martí que sigue y escribe sobre tus impresiones a
cerca de la manera de expresar el amor hacia su madre.
A MI MADRE
(José Martí)
UNIDAD IV
I
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LICENCIATURA
2. Observa el siguiente poema de Rubén Darío y relaciona las características del
Modernismo presentes en él, después haz un análisis del contenido del poema. 99
Piensa a respeto: ¿quién será esa princesa?
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
SONATINA
(Rubén Darío)
UNIDAD IV
I
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LICENCIATURA
33 Juventud, divino tesoro, 53 ¡Y las demás! En tantos climas,
34 ¡te fuiste para no volver! 54 en tantas tierras siempre son, 101
35 Cuando quiero llorar, no lloro... 55 si no pretextos de mis rimas
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
36 y a veces lloro sin querer... 56 fantasmas de mi corazón.
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Apuntes
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UNIDAD IV
I
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LICENCIATURA
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
Llegamos al fin de un grande viaje por el pasado. Rescatamos trazos de la historia
de la llegada de los españoles a América y fuimos observando como la Literatura
Hispanoamericana se fue desarrollando hasta encontrar una identidad propia.
Pasamos por algunos de sus tantos autores y leemos un pequeño extracto de su
grandiosa obra. Con eso esperamos que puedas seguir leyendo a esos y a otros autores
con los ojos de un análisis crítico bien respaldado, con consciencia y bien estructurado.
Si eso ocurre, nuestro objetivo está alcanzado, pues lo que deseamos es tu progreso en
la lengua, con un aporte en lo que toca los conocimientos lingüísticos, sean ellos dentro
del campo de la lectura y la interpretación, de la escritura, de la literatura o de lo social,
en la cultura y un poco de historia.
Tuvimos un enorme placer en realizar este fascículo y trazar juntos un camino
hacia el conocimiento de la cultura hispanoamericana a través de la Literatura.
.Esperamos que hayas apreciado esa primera parte, y que tengas ganas para
la segunda que vendrá con muchas novedades. Seguiremos estudiando algunos de los
autores más representativos y, seguro que iremos traer muchas cosas buenas y una
lectura atrayente, instigante, llena de curiosidades e indagaciones.
Luego nos encontraremos nuevamente, con mucho gusto. ¡Hasta el próximo
volumen!
Birgitta, L. In xochitl in cuicatl: flor y canto: la poesía de los aztecas. México, D.F.:
Instituto Nacional Indigenista, 1991.
LITERATURA HISPANOAMERICANA I
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Licenciatura em Letras Português / Espanhol