SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

COLÉGIO ESTADUAL CECÍLIA MEIRELES

Nome: nº turma:
MAIAS, ASTECAS E INCAS
A América que os europeus encontraram no final do século XV era habitada por mais de 60
milhões de pessoas. Destacavam-se três grandes civilizações: os maias, astecas e incas.

OS MAIAS
Os maias viviam na península de Yucatán, situada ao sul do México, e espalharam-se pelos
territórios dos atuais Guatemala, Honduras, Belize e El Salvador.
Por volta do século IV a.C passaram a se organizar em cidades independentes que muitas
vezes guerreavam entre si.
As principais cidades eram Palenque, Tikal e Uxmal.
A maior autoridade local era o rei, líder político, militar e religioso. Os nobres e os sacerdotes
o auxiliavam a governar. Viviam na zona urbana juntamente com os artesãos, comerciantes e
militares.
A principal atividade econômica era a agricultura, sendo o milho a base da alimentação. Os
camponeses formavam a maior parte da população.
Profundos conhecedores de matemática e astronomia, os maias construíram observatórios
astronômicos para estudar os corpos celestes. Baseado nesses estudos desenvolveram um
calendário que previa as estações do ano, podendo assim estabelecer as épocas de
semeadura, de cultivo e das colheitas.
Os maias foram os únicos povos pré-colombianos a desenvolverem a escrita. Até hoje ela
não está totalmente decifrada, pois foi baseada numa complicada combinação de figuras.
 Quando os espanhóis chegaram à região ocupada pelos maias, essa civilização já estava em
decadência. É possível que esse declínio tenha sido causado por problemas ambientais que
afetaram a produtividade agrícola.
O calendário maia
Os maias elaboraram um calendário solar complexo, que previa as estações do ano e os
auxiliava na agricultura.
Esse calendário era dividido em um ano de 365 dias, distribuídos em 18 meses com 20 dias.
Sobravam 5 dias que eram considerados “dias de desgraça”, nos quais eram feitos sacrifícios
aos deuses.
Os maias registravam em hieróglifos o seu conhecimento em astronomia. Os livros por ele
escritos ficaram conhecidos pelo nome da cidade em que são conservados. Na imagem, a
página do Código Maia de Dresden.

OS ASTECAS
O povo asteca é originário do norte do atual México. Inicialmente viviam da caça e da
coleta de frutos e outros alimentos de origem vegetal ou animal eram nômades. No século XIV
dirigiram-se para o sul, entrando em contato com povos que praticavam a agricultura e
construíam cidades.
Devido à sua superioridade militar, os astecas dominaram essas populações, permitindo
que mantivessem os mesmos governantes e tradições, desde que lhes pagassem tributos.
Em pouco tempo, os astecas formaram um grande império na parte central do México. A
capital era Tenochtlán, localizada na atual cidade do México. Eram governados por um
imperador que tinha poder absoluto, sendo auxiliado por nobres, sacerdotes e guerreiros.
Assim como na sociedade maia, os nobres, sacerdotes e altos funcionários do governo
tinham prestígio e poder. O restante da sociedade era formado pelos artesãos, comerciantes e
agricultores.
Os camponeses formavam a grande maioria da população. Eles eram obrigados a entregar
ao Estado parte de tudo o que produziam, além de prestar serviço militar e trabalhar na
construção e manutenção das obras públicas. Havia também escravos que, em geral, eram
prisioneiros de guerra.
A agricultura foi a base da economia asteca. A terra pertencia ao Estado, que distribuía
lotes entre os camponeses. As colheitas eram repartidas conforme o trabalho de cada
agricultor.
Os astecas foram grandes arquitetos, matemáticos e astrônomos. Preservavam as
edificações construídas pelos povos dominados e erguiam outras baseadas em técnicas já
existentes, como as pirâmides escalonadas.
A pirâmide do Sol em Teotihuachán, México.

A origem do chocolate
O deus asteca Quetzalcóati era representado por uma serpente coberta de plumas. Os astecas
acreditavam que Quetzalcóati trouxera do céu as sementes de cacau para a terra, com as
quais faziam a bebida amarga, o Xoclatl. Festejavam as colheitas com rituais que envolviam
sacrifícios humanos, oferecendo às vítimas taças de Xoclatl, bebida considerada refinada,
consumida apenas pelos ricos e poderosos. O cacau era tão importante que era usado
também como uma moeda de troca. Os europeus acrescentavam leite e açúcar ao cacau,
inventando uma bebida próxima do que hoje chamamos de chocolate.
OS INCAS
Entre os séculos XIII e XIV, os incas formaram um vasto império que se estendeu da região do
atual Equador até o Chile. Dominaram mais de cem povos que habitavam a Cordilheira dos
Andes, impondo sua língua, leis e crenças religiosas. O auge do império inca ocorreu no final
do século XV.
O poder político e religioso concentrava-se em um soberano, o Inca, que controlava os
governadores e os chefes locais. Ele era considerado um descendente do Sol, a principal
divindade cultuada pelos incas. A capital do império era Cuzco, no atual Peru, centro
administrativo e religioso.
Um vasto império
Para melhor administrar o império, foi construída uma rede de caminhos com mais de 40 mil
quilômetros. Neles havia postos de envio e recebimento de mensagens que facilitavam a
comunicação, o controle militar, o comércio e a cobrança de impostos.
Como nas outras civilizações pré-colombianas, a agricultura era a base da economia inca,
destacando-se o cultivo do milho e da batata. A maioria da população vivia nas aldeias e só ia
à cidade para tratar de negócios.
A terra pertencia ao Estado, que dividia em lotes, entre famílias camponesas. Nessas terras
podiam cultivar o necessário para a sua sobrevivência. Porém, eram obrigadas a cultivar os
lotes do governo e dos sacerdotes, trabalhar na construção de obras públicas e participar das
guerras. Essas obrigações eram chamadas de mita.
Na região dos Andes, as áreas de cultivo eram poucas por causa do relevo acidentado. Os
incas resolveram o problema cultivando encostas das montanhas em degraus, criando
verdadeiros terraços, ampliando as áreas de cultivo. Essa técnica agrícola inca é utilizada
ainda hoje pelas populações andinas.
 A cidade perdida
Os incas construíram a cidade de Machu Picchu, próxima a Cuzco, no alto de uma montanha.
Um caminho de poucos quilômetros ligava as duas cidades.
O local foi estrategicamente escolhido, pois que está no sopé da montanha onde está Machu
Picchu, não consegue vê-la. Assim, acredita-se que ela foi um posto avançado na defesa da
cidade sagrada de Cuzco. Outros creem que ela tinha funções religiosas.
Após a conquista espanhola, Machu Picchu foi abandonada e recoberta pela vegetação. Só em
1911 um arqueólogo descobriu a cidade “perdida” e preservada.

Questões:
1- Quais grandes civilizações destacavam-se na América que os europeus encontraram no final
do século XV?
2-Onde os mais viviam?
3-Quais eram as principais cidades maias?
4-Qual era a base da alimentação dos maias?
5-Como era o calendário maia?
6-Qual era a capital dos astecas?
7-Como era representado o deus asteca Quetzalcóati?
8-O que o deus asteca, Quetzalcóati, trouxe do céu?
9-Qual era a capital o império inca?
10-No império inca, como eram chamadas as obrigações dos camponeses de cultivar os lotes
do governo e dos sacerdotes, trabalhar na construção de obras públicas e participar das
guerras?
11-O que havia na rede de caminhos, com mais de 40 mil quilômetros, no império inca?
12-Como se chama a cidade perdida dos incas?