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OBJETOS DE CONHECIMENTO:
O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados.
HABILIDADE (S):
(EF05HI01): Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o
espaço geográfico ocupado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
• Relação entre os modos da vida nômade e sedentário com o espaço geográfico.
• O surgimento das primeiras culturas sedentárias.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia.
Pré-História
O termo pré-história talvez seja um dos mais contraditórios de todo o conhecimento histórico.
A expressão em si transmite a ideia de que pré-história é tudo aquilo que tenha vindo,
supostamente, antes da História. Ou seja, antes dos primeiros registros escritos. A disciplina
histórica, etnocêntrica e excludente, especialmente a parir do século XIX, definiu que a História
deveria ser produzida com base em documentos oficiais, ou da burocracia geral do estado. Neste
sentido as populações que não dominavam a escrita ficaram subalternizadas e foram por muito
tempo consideradas irracionais ou pouco desenvolvidas.
Desta forma como dar conta então de grupos e sociedades ágrafas e sem domínio da
cultura escrita? Embora agrafes, não ficam de fora da História e tem seu lugar reservado nos estudos
históricos. O acesso ao passado se dá pelo trabalho de arqueólogos, antropólogos, biólogos e
paleontólogos em conjunto. O primeiro fóssil foi encontrado no século XIX, quando houve a definição
de campos científicos como Antropologia, História, Arqueologia.
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Neste mesmo século criaram-se as primeiras instituições voltadas para o estudo da cultura
material do passado remoto. [...]
A pré-história foi, portanto, um período rico em atividade humana, diverso em diferentes
experiências e que é caracterizado pelo desenvolvimento e sobrevivência do gênero Homo, sua
difusão pelo globo e pelo domínio de tecnologias, como o fogo, técnicas de manuseio de materiais,
como a pedra lascada e a pedra polida, e expressões artísticas como a arte rupestre.
Fonte: RODRIGUES, Pedro Eurico. Pré-História. Disponível em:
https://www.infoescola.com/historia/pre-historia/. Acesso em: 17 mar. 2021.
Glossário:
Ágrafa: Que não tem representação escrita; que não está escrito nem pode ser representado por meio da escrita.
Demográfico: Relativo à população de um determinado lugar; populacional.
Difusão: Ação de tornar público, conhecido pela maioria; divulgação.
Etnocêntrica: Que considera outras sociedades ou povos como inferiores ao seu próprio grupo étnico.
Subalternizar: Tornar subalterno, pôr em lugar ou ordem subalterna.
ATIVIDADES
1) Explique com suas palavras por que, de acordo com o texto, a Pré-História é um dos termos
mais contraditórios do conhecimento histórico?
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2) Podemos afirmar que os povos que não tinham escrita também não tinham História?
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https://vidadeprofessor.pro.br/arte-rupestre/ __________________________________________
acesso em 18/03/2021 __________________________________________
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SEMANA 2
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.
HABILIDADE:
(EF05HI07X): Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e dis-
cutir a presença e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses mar-
cos e referenciais de memória.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
• As diferentes formas de registros da História (oral, escrita, pictografia, imagética, eletrônica, musical etc.).
• A produção do conhecimento histórico. Os efeitos das fontes históricas na vida política, social e cultu-
ral da sociedade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia.
Como vocês devem saber, a História é a ciência que estuda a ação do homem no tempo
e espaço (BLOCH,2001). Sendo assim ela acumula conhecimentos sobre como o ser humano
vivia e vive, sua cultura, linguagem, crenças religiosas, organização social, entre outros. Com
isso conseguimos entender, por exemplo, o nosso presente e alguns acontecimentos e
costumes que perduram até os dias de hoje.
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Podemos afirmar então que o conhecimento histórico é feito através de estudos
sistematizados, adquiridos por meio da observação, identificação, pesquisa e explicação de
fatos formulados metodicamente e racionalmente. Mas o historiador não estuda apenas a fonte
em si. Ao se estudar um acontecimento, ele a relaciona ao tempo e espaço em que foi criada
e ao fato que está sendo estudado. Assim, o tempo é fundamental também no trabalho do
Historiador. Dizemos que além do tempo cronológico (que acompanhamos por meio de
relógios e calendários) existe o "Tempo Histórico". Para Braudel (LOPES,2008) por exemplo ,
o tempo histórico é aquele tempo em que o fato estudado está presente, ou seja, o tempo de
duração daquele fato.
O historiador não está sozinho... Em seus estudos ele acaba fazendo uso do
conhecimento de outras áreas para poder se aprofundar melhor no que estuda e assim, ter
uma compreensão mais completa. Se o historiador estuda por exemplo a queda da Bolsa de
Nova York, ele terá que recorrer a conhecimentos da área da economia para compreender de
forma mais completa o fato que está estudando. Da mesma forma ele também acaba
recorrendo a outras áreas.
Referências Bibliográficas:
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São
Paulo: Editora Contexto, 2005. Disponível em:
https://efabiopablo.files.wordpress.com/2013/04/dicionc3a1rio-de-conceitos-
histc3b3ricos.pdf. Acesso em: 19 mar. 2021.
LOPES, Marcos Antônio (org.). Fernand Braudel: tempo e história. Rio de Janeiro: FGV,2008,
184p
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ATIVIDADES
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SEMANA 3
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
As tradições orais e a valorização da memória.
HABILIDADE (S):
(EF05HI07X): Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e dis-
cutir a presença e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses mar-
cos e referenciais de memória.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
• As diferentes formas de registros da História (oral, escrita, pictografia, imagética, eletrônica, musical etc.).
• A produção do conhecimento histórico. Os efeitos das fontes históricas na vida política, social e cultural
da sociedade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia.
A forma mais antiga de se conhecer histórias é através da oralidade, a história ouvida pela sua
avó, cuja sua bisavó contou-lhe e que hoje sua mãe lhe conta. Talvez não tenha nenhum registro
escrito, você não irá até sua estante pegar um diário e ler em voz alta as histórias de centenas de
anos atrás, mas nem por isso você deixará de conhecer e encantar-se por aqueles mitos, contos,
ritos e ensinamentos. Talvez, naquela época sua bisavó sequer soubesse escrever, mas não é por
isso que lhe faltavam as palavras e, não por isso sua história não era ouvida e repassada por
gerações.
[...] A tradição oral tem a função de preservar histórias, de garantir às novas gerações indígenas
ou afro-brasileiras o conhecimento de seus antepassados. Para muitos grupos a oralidade é a única
forma de resgatar e preservar sua ancestralidade. Hoje, mais de um milhão de brasileiros não
possuem o português como sua língua materna. Temos mais de 200 línguas em nosso território,
onde muitas são indígenas e não possuem qualquer tradição escrita. Essas línguas aos poucos vêm
se perdendo. A cada ano a preservação pelas novas gerações tem se tornado um desafio maior.
Quando pensamos nos povos afro-brasileiros, a preservação da tradição oral como forma de
ligação com nossa ancestralidade tem papel fundamental, tendo em vista um país como o Brasil,
onde mais de 50% da população é composta por negros. O reconhecimento de nossos ancestrais
como um povo com riquezas culturais é necessário. Esse resgate talvez seja o grande segredo para
preservação da memória dos povos. Quando conhecemos a história de nossos ancestrais
conseguimos sentir orgulho de nossa trajetória, orgulho de todas as lutas que traçamos para
chegarmos aqui e, com esse orgulho e conhecimento nos tornamos agentes da memória, nos
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tornamos responsáveis por não deixar que esse conhecimento morra, somos responsáveis por
transmiti-lo e mantê-lo vivo.
Essa tradição tem como objetivo não só o repasse de histórias, mas também a construção
cultural de um povo, a criação dentro de uma coletividade da importância de cada história, a
importância das percepções individuais e repasse das mesmas, através da tradição oral é possível a
construção dos povos de tempos em tempos e esses valores, a tradição do coletivo, a ancestralidade
e a palavra não devem jamais deixar serem silenciados ou esquecidos.
Disponível em : http://www.revistacapitolina.com.br/tradicao-oral-e-a-preservacao-de-
culturas/> acesso em 18/03/2021
ATIVIDADES
1- Você conhece alguma História contada por seus pais ou avós? Se sim conta uma aqui pra
gente!
Pense e responda: Por que é importante se preservar as línguas indígenas existentes no Brasil?
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3 - Leia o trecho abaixo , pense e responda:
“Quando nos referimos à cultura afro-brasileira, sempre fazemos uso dos incontáveis
conhecimentos e saberes trazidos por outros povos e pelos africanos escravizados em suas
estratégias de resistência e construção de suas identidades – o canto, as rezas, os gestos
corporais, o som dos instrumentos, os usos da palavra cantada ou versada. Todos esses
elementos se entrelaçam e comunicam e nos comunicam algo sobre nosso território, nossa
cultura, nossa língua, enfim, nossa história.”
Disponível em : https://www.geledes.org.br/oralidade-cantos-e-re-encantos-vozes-africanas-e-
afro-brasileiras/
Pergunta: Por que conhecer melhor a cultura e história africana nos permite conhecer melhor
nossa cultura e história?
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