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INTRODUÇÃO / ASPECTOS INICIAIS / A vara de execuções é chefiada por um juiz, que se

SUJEITOS / NATUREZA JURÍDICA se encarrega de fiscalizar o cumprimento da pena


da pessoa que foi condenada.
➢ INTRODUÇÃO: Assim, por exemplo, se alguém foi julgado pelo juiz
“XYZ” da “5ª Vara Criminal”, a própria 5ª Vara, do
Onde a Lei de Execução Penal está inserida no
juiz “XYZ”, irá elaborar essa guia e encaminhar para
processo criminal?
uma outra vara – a de Execuções Criminais – a
A apuração de um crime normalmente passa por cargo agora do juiz “ABC”, que, com essa guia, dará
algumas fases: início ao processo de execução.
a) uma fase policial ou de investigação; Até a chegada da guia de recolhimento o
condenado não poderá fazer nenhum pedido
b) inicia-se, na sequência, um processo (no âmbito
relacionado ao cumprimento de sua pena (como,
criminal) em que ao término será proferida uma
por exemplo, um pedido para progredir de regime).
sentença em que se concluirá pela absolvição ou
Isso porque, sem ela, o processo de execução
pela condenação do acusado. Quando condenado,
(cumprimento) não se inicia, e é nele que são
o acusado receberá uma pena, que poderá ser
discutidas essas questões.
tanto uma pena privativa de liberdade (redução do
direito de ir e vir) quanto uma pena restritiva de Além disso, no caso das penas privativas de
direitos, como por exemplo a prestação de serviços liberdade, a execução poderá ser provisória se o
de serviços à comunidade. réu 2 estiver aguardando preso o julgamento do
recurso.
De qualquer forma, independentemente da
natureza da pena atribuída, o fato é que a sentença Nesse caso, será expedida uma guia de
precisará ser cumprida, iniciando-se aímarcelo
o que sede sousa
recolhimento
silva provisória para que o condenado não
chama de execução da pena, é que aí que entra a tenha seus benefícios afetados e mesmo antes do
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importância da LEP. início da pena efetiva, já seja contabilizado o tempo
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de prisão.

Mas, afinal, o que é a Lei de Execução Penal?


As garantias da Lei de Execução Penal:
Para que se concretize o cumprimento da Pena, é
necessário que se realize uma série de atos, tanto Agora que já ficou claro o que é a LEP e a sua
administrativos como judiciais. Nesse sentido, a Lei importância para a execução da pena, a, passamos
de Execução Penal nada mais é que o instrumento para algumas previsões importantes trazidas pelas
que reúne as principais regras a respeito dessa LEP.
fase – ainda que muitas delas também sejam
a) Assistência do Estado ao preso durante a
encontradas em legislações diversas.
execução da pena:
O artigo 12 da LEP, por exemplo, institui que é
Como se inicia o processo de execução? dever do Estado fornecer ao preso assistência
material (alimentação, vestuário, higiene etc.),
Com o objetivo efetivar o que está na sentença ou
assistência à saúde, e assistência jurídica,
decisão criminal, o processo de execução se inicia
educacional, social e religiosa.
com a guia de recolhimento.
A guia de recolhimento é um formulário que contém
os principais dados da ação penal. Ela é elaborada b) O trabalho do preso:
pela vara em que tramitou o processo que gerou a
Ao contrário do que muitos costumam pensar, o
condenação e enviada para uma vara de
trabalho do preso condenado em definitivo é
execuções, onde será iniciado um novo processo
obrigatório – ao menos para o artigo 31 da LEP.
para administrar e fiscalizar o cumprimento da
pena.

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Na prática, a obrigatoriedade do trabalho do Execução Penal, com “ç”, é aquela que indica o
condenado esbarra na falta de oferta de postos de perdão conquistado por esforços e méritos.
trabalho, além da proibição de trabalhos forçados
Prevista no artigo 126, a remição é o desconto
pela Constituição Federal. No final das contas, isso
como pena cumprida pelo tempo de trabalho ou de
acaba se relacionando muito mais com os
estudo realizados pelo preso. Assim, conforme
benefícios que serão acessados (ou não) a
esse mesmo artigo, o preso terá direito de reduzir 1
depender da realização do trabalho.
(um) dia de pena para cada 12 horas de estudo ou
Dito isso, além da obrigatoriedade, a Lei de para cada 3 (três) dias de trabalho.
Execução penal também disciplina outras questões
Há uma situação, porém, em que o preso poderá
relacionadas ao trabalho no período de reclusão,
perder uma parte dessa redução conquistada. É o
como, por exemplo, a remuneração e a jornada de
caso da ocorrência de falta grave. Faltas graves
trabalho.
são infrações cometidas pelos presos,
No artigo 29, por exemplo, a LEP estabelece que a normalmente de natureza disciplinar, como fugir,
remuneração do preso não seja inferior a ¾ do utilizar celular na prisão, incitar rebeliões etc. (art.
salário-mínimo, e determina, ainda, que parte do 50, Lei de Execuções Penais). Diante desse tipo de
valor tenha uma destinação específica. situação, a Lei de Execução Penal autoriza o juiz a
determinar perda de até 1/3 dos dias remidos.
No caso, a princípio, o valor deve servir para:
1) ressarcir danos causados pelo crime;
d) Bônus na remição
2) assistir à família;
Por outro lado, conquistas significativas também
3) cobrir pequenas despesas pessoais; e
podem fazer com que os dias remidos se
4) ressarcir o Estado pelas despesas marcelo
com ade sousa silva
multipliquem. É o caso dos sentenciados que
manutenção do condenado. marceloalencar1505@gmail.com
concluírem o ensino fundamental, médio ou
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superior na prisão. Quando isso acontecer, o preso
Somente quando satisfeitas essas aplicações é que
o restante do valor poderá constituir pecúlio receberá um bônus que aumentará em 1/3 os dias
(poupança), a ser entregue ao condenado quando remidos pelo estudo.
for colocado em liberdade.
A respeito da jornada de trabalho, o preso terá uma ➢ PORTANTO:
jornada mínima de 6 horas e máxima de 8 horas.
A Lei de Execução Penal de um conjunto de regras,
normas, princípios que visa regular a relação entre
c) Trabalho: externo ou na própria prisão? o Estado e o preso (condenado ou provisório), ou
entre o Estado e o condenado à Pena Restritiva de
O trabalho muitas vezes é realizado no próprio
Direitos. Nessa relação bilateral, o Estado assegura
estabelecimento prisional. Para presos em regime os direitos do apenado, visando sua
fechado, o trabalho externo é possível desde que
ressocialização, bem como exige dele alguns
sejam tomadas todas as cautelas para impedir a
deveres, visando manter o controle dentro das
fuga, muito embora ele não seja comum. Já no
unidades;
regime semiaberto, o trabalho externo é um pouco
mais comum e dispensa escoltas. Além disso, o ART. 1º A EXECUÇÃO PENAL TEM POR
trabalho externo dependerá de avaliação de OBJETIVO EFETIVAR AS DISPOSIÇÕES DE
autorização do juiz (vide art. 37, Lei de Execução SENTENÇA OU DECISÃO CRIMINAL E
Penal). PROPORCIONAR CONDIÇÕES PARA A
HARMÔNICA INTEGRAÇÃO SOCIAL DO
Sim, com cê-cedilha. Diferentemente da remissão,
CONDENADO E DO INTERNADO.
com “ss”, que indica o perdão voluntário e
misericordioso do crime, a remição da Lei de Em seu art. 1º a LEP explica que a execução penal
tem por objetivo efetivar as disposições de
sentença ou decisão criminal e proporcionar

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condições para a harmônica integração social do Inimputável ou semi-imputável.
condenado e do internado. A execução penal,
– Art. 26 - É isento de pena o agente que, por
portanto, é a fase do processo penal em que o
doença mental ou desenvolvimento mental
Estado faz valer a sua pretensão punitiva, ora
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou
convertida em pretensão executória. Trata-se
da omissão, inteiramente incapaz de entender o
preponderantemente de processo jurisdicional,
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
vinculado à atividade administrativa, que tem por
com esse entendimento.
fim a efetividade da pretensão punitiva estatal.
Portanto, a execução da pena caracteriza-se como Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um
atividade complexa, desenvolvida simultaneamente a dois terços, se o agente, em virtude de
nos planos jurisdicional e administrativo. A regra perturbação de saúde mental ou por
geral para a execução penal é a existência de uma desenvolvimento mental incompleto ou retardado
sentença penal condenatória transitada em julgado, não era inteiramente capaz de entender o caráter
impondo pena privativa de liberdade, restritiva de ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
direitos ou multa, bem como sentença absolutória esse entendimento. Observação – Menor Infrator
imprópria, que imponha medida de segurança. – O menor infrator não está submetido aos ditames
Execução penal é a fase em que a pena imposta, a Lei de Execução Penal, uma vez que a ele será
após o devido processo legal, é efetivamente aplicada medidas socioeducativas da Lei 8069/90 -
colocada em prática. Assim sendo, ela entra em ECA. O regulamento da execução das medidas
cena após uma sentença criminal transitada em socioeducativas praticadas por adolescente tem
julgado, que impõe uma pena privativa de previsão no Sistema Nacional de Atendimento
liberdade, restritiva de direitos ou penas Socioeducativo (Sinase), conforme a Lei Nº 12.594,
pecuniárias (multa). Há aplicação, ainda,marcelo de 18 de janeiro de 2012.
nos casosde sousa silva
de sentenças absolutórias imprópria, as quais
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impõem medidas de segurança.
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➢ NATUREZA JURÍDICA:
O que é Natureza jurídica?
Aprofundando: Sentença absolutória imprópria é
aquela em o agente é absolvido em razão de ser A natureza jurídica é um conceito que busca
inimputável, sofrendo, assim, a incidência de uma 4 explicar o princípio ou a essência de um instituto
medida de segurança, que pode ser detentiva jurídico, ou seja, de uma medida, situação ou um
(cumprida em hospital de custódia e tratamento fato que existe no Direito. Por exemplo: os
psiquiátrico – art. 96, I, do CP comum) ou restritiva conceitos de propriedade, casamento, bens, tutela
(tratamento ambulatorial – art. 96, II, do CP e processo são institutos do Direito.
comum). A execução penal possui natureza eminentemente
judicial, na medida em que qualquer incidente no
curso da aplicação da pena deverá ser apreciado
➢ SUJEITOS DA EXECUÇÃO PENAL:
pelo Poder Judiciário. Vale destacar que o fato de
✓ Sujeito Ativo – Quem executa a pena: Estado que todos os atos da execução penal se
concretizarem no âmbito administrativo não muda a
✓ Sujeito Passivo – Quem sofre a pena: sua natureza jurídica.
condenado, provisório, internado.
Preso Condenado (Regime Fechado, semiaberto
Atos Administrativos: Competência do Diretor do
ou aberto)
Estabelecimento Prisional para:
Preso Provisório – o preso provisório é aquele que
A) Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser
ainda não tem condenação definitiva e foi recolhido
autorizada pela direção do estabelecimento,
em razão de prisão em flagrante, prisão temporária,
dependerá de aptidão, disciplina e
por decretação de prisão preventiva.

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responsabilidade, além do cumprimento mínimo de especialmente evitando tratamentos desumanos,
1/6 (um sexto) da pena. cruéis e degradantes sobre os presos e internados.
B) Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 No âmbito nacional, possui como fundamentos a
serão aplicadas por ato motivado do diretor do dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III, da
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e CF/88), a prevalência dos direitos humanos (art. 4º,
fundamentado despacho do juiz competente; inciso II, da CF/88), bem como a proibição de
aplicação das penas de morte, de caráter perpétuo,
C) Art. 120 – Permissão de Saída – Parágrafo
de trabalhos forçados, de banimento e cruéis (art.
único. A permissão de saída será concedida pelo
5º, inciso XLVII, da CF/88).
diretor do estabelecimento onde se encontra o
preso. Também encontramos exemplos de positivação do
princípio da humanidade de forma expressa na
própria Lei de Execução Penal, a exemplo do teor
Atos Jurisdicionais: Competência do Juiz para: do seu art. 45:
A) Art. 53 – Regime Disciplinar Diferenciado – § 2o Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar
A decisão judicial sobre inclusão de preso em sem expressa e anterior previsão legal ou
regime disciplinar será precedida de manifestação regulamentar. § 1º As sanções não poderão colocar
do Ministério Público e da defesa e prolatada no em perigo a integridade física e moral do
prazo máximo de quinze dias. condenado. § 2º É vedado o emprego de cela
B) Art. 66 – Competências do Juiz da Execução escura. § 3º São vedadas as sanções coletivas.
para decidir sobre: Não é permitida a busca da verdade real a qualquer
- soma ou unificação de penas; custo. Assim, é vedado, no interrogatório, o uso de
tortura,
marcelo de sousa física ou psicológica, maus-tratos e de
silva
- progressão ou regressão nos regimes; qualquer outro meio que retire a vontade do
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- detração e remição da pena; acusado. Além disso, a Constituição Federal proíbe
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as penas cruéis, de trabalhos forçados, perpétuas,
- suspensão condicional da pena;
de banimento e de morte, salvo no caso de guerra
- livramento condicional; externa.
- incidentes da execução No âmbito internacional, podemos encontrar o
princípio da humanidade positivado nos seguintes
- autorizar saídas temporária
diplomas normativos:  Declaração Universal dos
Direitos do Homem (art. 5º);  Pacto Internacional
PRINCÍPIOS sobre Direitos Civis e Políticos da ONU (art. 10); 
Regras Mínimas das Nações Unidas para
Os princípios são valores capazes de nortear os
tratamento de Presos (art. 43);  Convenção
ramos do direito com força normativa, ou seja, com
Americana de Direitos Humanos (art. 5º). Além
força de lei. No caso da execução penal, muitos
disso, o princípio em estudo deve ser invocado para
princípios decorrem da Constituição Federal
evitar retrocessos na execução da pena sobre
(expressa ou implicitamente) e de Tratados e
condenados sempre que se fizer necessário.
Convenções Internacionais que versam sobre
Direitos Humanos. Em geral, são valores que visam São exemplos de violação ao princípio da
limitar o poder punitivo do Estado sobre a esfera humanidade: prisão de pessoas em contêineres,
individual do cidadão. ausência de alimentação e água adequados,
proibição de uso de sanitários, superlotação
carcerária, etc.
➢ PRINCÍPIO DA HUMANIDADE:
O princípio da humanidade é importante vetor que ➢ PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO DAS
visa limitar o poder punitivo do Estado, PESSOAS PRESAS OU INTERNADAS:

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Visando erradicar preconceitos e desigualdades, a da pena (ou da intranscendência da pena),
execução penal deve assegurar o bem de todos e segundo o qual “nenhuma pena passará da pessoa
o tratamento igualitário, sem preconceitos de do condenado, podendo a obrigação de reparar o
origem, raça, cor, sexo, idade, orientação sexual e dano e a decretação do perdimento de bens ser,
quaisquer formas de discriminação (art. 3º, inciso nos termos da lei, estendidas aos sucessores e
IV, da CF/88). contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido” (inciso XLV do art. 5º da
A título de exemplo, podemos destacar a
CF/88).
Resolução nº 01/2014 estabelecido pelo Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária e pelo Cada preso deve ser trado diante de sua
Conselho Nacional de Combate à Discriminação individualidade, observado suas características
que cria tratamentos peculiares aos encarcerados pessoais, para que as finalidades da pena
LGBTQI+. (retribuição e ressocialização) sejam alcançadas de
maneira efetiva.
Exemplos:
Tal princípio tem previsão Constitucional (Art. 5º,
- Chamamento pelo nome social, de acordo com o
XLVI6 ) e está na própria LEP (Art. 5º7 ). Isso traz
gênero;
diversos desdobramentos tanto na aplicação
- Revista não humilhante; quanto na execução da pena, que veremos mais
- Visita íntima, inclusive com internos e internas de adiante.
outros estabelecimentos penais.
➢ PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
➢ PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA Princípio constitucional (inciso XXXIX do art. 5º)
PENA: marcelo de sousa silva
aplicável à todas as ciências criminais normativas
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Previsto no inciso XLVI do art. 5º da CF/88: XLVI - (Direito Penal e Direito Processual Penal),
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a lei regulará a individualização da pena e adotará, funcionando como um real limitador (formal e
entre outras, as seguintes: material) do poder punitivo estatal, evitando-se
punições arbitrárias e sem prévia e específica
a) privação ou restrição da liberdade; previsão em lei.
b) perda de bens; No âmbito da execução penal, o princípio da
c) multa; legalidade está previsto expressamente no art. 45
da LEP:
d) prestação social alternativa;
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar
e) suspensão ou interdição de direitos
sem expressa e anterior previsão legal ou
Seguindo o princípio em estudo, o art. 5º da LEP de regulamentar
forma ainda mais específica assim determina:
Dessa forma, por força do princípio da legalidade
Art. 5º Os condenados serão classificados, evita-se a criação e aplicação de faltas e sanções
segundo os seus antecedentes e personalidade, disciplinares não previstas previamente em lei ou
para orientar a individualização da execução regulamento.
penal.
Exemplos de violações ao princípio da
➢ PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
individualização da pena, segundo o STF, é a
fixação do regime inicialmente fechado Segundo tal princípio, o Direito Penal (abrangendo
(anteriormente, integralmente fechado) sobre os a fase de execução penal) só poderá ser invocado
condenados por crimes hediondos (art. 2º, §1º, da quando estritamente necessário, de modo que sua
Lei nº 8.072/1990). aplicação fica condicionada ao fracasso das demais
esferas de controle (Princípio da Subsidiariedade),
Da individualização da pena surgem outros
apenas nos casos em que houver relevante lesão
princípios, a exemplo do princípio da pessoalidade

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ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado Princípio constitucional implícito, desdobramento
(Princípio da Fragmentariedade). lógico do mandamento da individualização da pena.
Visa evitar iniquidades no âmbito da execução
penal, proibindo excessos no tratamento dos
➢ PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
presos e custodiados.
O Estado só pode impor sanção penal ao agente
Importante alertar que o princípio em estudo não
imputável (penalmente capaz), com potencial
pode compreender apenas a proibição do excesso.
consciência da ilicitude e quando exigível
Considerando a missão do Direito Penal em
comportamento diverso do realizado.
proteger bens jurídicos, o P. da Proporcionalidade
De igual modo, no âmbito da execução penal o também proíbe a proteção deficiente.
princípio da culpabilidade impõe um tratamento
específico conforme as peculiaridades de cada
preso (crime objeto da condenação, ➢ PRINCÍPIO DA LESIVIDADE/ OFENSIVIDADE
comportamento, perfil, etc.).
Tal princípio, em regra, exige que do fato praticado
A título de exemplo, por força do princípio em ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
estudo o art. 45, §3º, da LEP proíbe a aplicação de tutelado.
sanções coletivas:
No âmbito da execução penal tem a função político-
Art. 45. [...] § 3º São vedadas as sanções criminal de orientar a atividade legiferante, evitando
coletivas que o legislador crie punições e sanções sobre
comportamentos ínfimos, incapazes de ofender
A LEP também proíbe a responsabilização do
efetivamente bens jurídicos constitucionalmente
custodiado pelas condutas praticadas por aqueles
marcelo de tutelados.
sousa silva
que com ele dividam cela, bem como pelos
respectivos visitantes. marceloalencar1505@gmail.com
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➢ PRINCÍPIO NUMERUS CLAUSUS
➢ PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO Decorre da dignidade da pessoa humana e visa
PROCESSO DE EXECUÇÃO PENAL evitar a superlotação carcerária. Em síntese, parte
do raciocínio lógico de que para cada nova entrada
Encontra previsão no artigo 5º, inciso LXXVIII, da
de um condenado ao sistema carcerário deve
Constituição Federal:
necessariamente corresponder ao menos a uma
“A todos, no âmbito judicial e administrativo, saída de outro preso com o objetivo de manter o
são assegurados a razoável duração do equilíbrio entre presos e vagas.
processo e os meios que garantam a celeridade
À evidência, tal princípio deve servir como um norte
de sua tramitação”
aos gestores públicos pois, na prática, a sua
A celeridade (rapidez) do processo jamais poderá concretização mostra-se utópica, seja pela
colocar em risco garantias constitucionais do réu. ineficiência e descaso dos gestores públicos no
Dessa forma, no âmbito da execução penal o âmbito da restruturação do sistema penitenciário,
princípio em estudo funciona como uma garantia de seja pelo crescimento desenfreado da
que os procedimentos e tramitações de eventuais criminalidade (o que, por conseguinte, acaba
recursos e pedidos não tramitem de forma desequilibrando a equação de presos novos e
demasiadamente lenta, e, por outro lado, que presos em fim de cumprimento de pena).
também não tramitem rápido demais a ponto de Podemos encontrar a previsão desse princípio no
desrespeitar garantias fundamentais do preso ou art. 185 da LEP:
custodiado (busca-se o equilíbrio).
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução
sempre que algum ato for praticado além dos
➢ PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE limites fixados na sentença, em normas legais
ou regulamentares.

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em causa própria, que é aquela exercida pelo
próprio réu quando advogado. Nesta modalidade,
➢ PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA
além de ser disponível, o réu exerce o direito de
AMPLA DEFESA
defesa em algumas fases processuais.
O princípio do contraditório encontra previsão no
Divide-se em direito de audiência (direito de ser
artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal:
ouvido no processo) e direito de presença (direito
“Aos litigantes, em processo judicial ou de comparecer a todos os atos processuais, ainda
administrativo, e aos acusados em geral são que não fisicamente, como no exemplo da
assegurados o contraditório e ampla defesa, videoconferência).
com os meios e recursos a ela inerentes”.
Vale ainda destacar que em sede de Tribunal do
Tal princípio corresponde, em resumo, ao binômio Júri, aplica-se o princípio da plenitude de defesa,
ciência e participação. Logo, do ponto de vista previsto no art. 5º, inciso XXXVIII, “a”, da
prático, devem as partes ser cientificadas da Constituição Federal, sendo permitido ao réu
realização dos atos processuais, de forma a utilizar-se de argumentos jurídicos ou
possibilitar que participem de toda relação jurídica, suprajurídicos (metajurídicos, além do Direito),
podendo influir no convencimento do juiz. apresentando, por exemplo, teses filosóficas,
sociológicas, econômicas, psicológicas, etc.
Já o princípio da ampla defesa, por sua vez,
encontra previsão no mesmo artigo 5º, inciso LV, da
Constituição Federal anteriormente citado:
DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE
“Aos litigantes, em processo judicial ou EXECUÇÃO PENAL
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa,de sousa silva
marcelo
com os meios e recursos a ela inerentes”. Art. 1º. A execução penal tem por objetivo
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efetivar as disposições de sentença ou decisão
Se o contraditório possibilita a ciência 613.620.653-66
e a
criminal e proporcionar condições para a
participação das partes, a ampla defesa
harmônica integração social do condenado e do
disponibiliza os meios para tanto. São princípios
internado.
que não se confundem, mas que se complementam
entre si. Em seu art. 1º a LEP explica que a execução penal
tem por objetivo efetivar as disposições de
Em relação ao processo penal, o direito de defesa
sentença ou decisão criminal e proporcionar
pode ser colocado em prática por meio de defesa
condições para a harmônica integração social do
técnica e por meio da autodefesa.
condenado e do internado.
a) Defesa técnica: é a defesa realizada por
A execução penal, portanto, é a fase do processo
advogado ou defensor público (se o réu for
penal em que o Estado faz valer a sua pretensão
advogado, poderá atuar em causa própria), sendo
punitiva, ora convertida em pretensão executória.
indisponível no processo penal. Logo, se o acusado
Trata-se preponderantemente de processo
não tiver advogado, o juiz deverá nomear defensor
jurisdicional, vinculado à atividade administrativa,
dativo, preferencialmente defensor público. Nesse
que tem por fim a efetividade da pretensão punitiva
sentido, segundo a Súmula nº 523 do STF, a
estatal. Portanto, a execução da pena caracteriza-
ausência de defesa técnica constitui hipótese de
se como atividade complexa, desenvolvida
nulidade absolutas.
simultaneamente nos planos jurisdicional e
“Súmula nº 523 do STF: No processo penal, a administrativo.
falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas
A regra geral para a execução penal é a existência
a sua deficiência só o anulará se houver prova
de uma sentença penal condenatória transitada em
de prejuízo para o réu”.
julgado, impondo pena privativa de liberdade,
b) Autodefesa: trata-se da defesa exercida pelo restritiva de direitos ou multa, bem como sentença
próprio réu. Não se confunde com a defesa técnica

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absolutória imprópria, que imponha medida de 3. Finalidade ressocializadora ou reeducativa –
segurança. Essa finalidade tem previsão no art. 1° da Lei de
Execução Pena (LEP). Ela atua na fase da
Aprofundando: Sentença absolutória imprópria é
execução da pena. Dessa forma, o Sistema
aquela em o agente é absolvido em razão de ser
Prisional deve proporcionar meios para que, após o
inimputável, sofrendo, assim, a incidência de uma
cumprimento de sua pena, o indivíduo possa
medida de segurança, que pode ser detentiva
retornar à sociedade.
(cumprida em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico – art. 96, I, do CP comum) ou restritiva 4. Teoria eclética - mista - unificadora – Essa teoria
(tratamento ambulatorial – art. 96, II, do CP une as finalidades da teoria absoluta (que visa a
comum). retribuição ao mal causado) em conjunto com teoria
Relativa (que visa a prevenção do crime; bem como
Pode-se ainda aplicar a Lei de execuções penais a
visa a ressocialização do condenado. Nesse
presos provisórios (prisões cautelares – preventiva
sentido, a Lei de Execução Penal, e seu artigo 1º,
e temporária), além da, atualmente, tão comentada
adota a teoria eclética ou mista.
execução provisória (quando possível) da pena que
comentaremos melhor adiante. Art. 2º. A jurisdição penal dos juízes ou tribunais
da justiça ordinária, em todo o território
Observe que a parte final do art. 1º da LEP é
nacional, será exercida, no processo de
taxativo em dizer que é objetivo da execução penal
execução, na conformidade desta lei e do
propiciar a integração social do condenado ou
código de processo penal.
internado. Com isso, concluímos que há direta
aplicação das funções das penas, que são estudas Parágrafo único. Esta lei aplicar-se-á
no Direito Penal e criminologia. igualmente ao preso provisório e ao condenado
pela justiça eleitoral ou militar, quando
1. Finalidade Retributiva - A teoria absoluta defendede sousa silva
marcelo
recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição
unicamente a ideia de retribuição,marceloalencar1505@gmail.com
ou seja, aquele
ordinária.
que cometeu um delito é merecedor de um613.620.653-66
mal,
como forma de retribuição pelo crime causado. Assim, em regra, compete à Justiça comum
Dessa forma, a pena configura mais um estadual a execução, ressalvando-se os casos de
instrumento de vingança do que de justiça efetiva. pena cumprida em estabelecimento federal de
segurança máxima, como veremos mais adiante. A
2. Finalidade Preventiva - A Teoria Relativa
aplicação do CPP na fase de execução é sempre
defende que a pena deverá ter como finalidade a
subsidiária, quando não houver disposição
prevenção de novos crimes, ou seja, evitar que os
expressa acercada matéria na LEP. Havendo
condenados voltem a praticar infrações penais. A
conflito, deve prevalecer a LEP, por ser norma
finalidade preventiva se divide em Prevenção Geral
especial e posterior.
e Prevenção Especial.
Quanto aos condenados pelas Justiças Eleitoral e
2.1. Prevenção Geral - A prevenção geral visa à
Militar, as execuções das sentenças proferidas
sociedade, ou seja, a coletividade, sendo que sua
nessas justiças especializadas competem à justiça
atuação ocorre antes da prática dos crimes. Por
estadual quando os presos estiverem recolhidos
exemplo, com a cominação de uma pena para
em estabelecimentos penais estaduais,
determinado crime, o legislador quer, em seu fim,
submetendo-se ao regramento da LEP. Assim, por
evitar que os membros da sociedade pratiquem
exemplo, um militar condenado pela justiça militar à
aquele crime.
pena superior a 2 (dois) anos, que tenha sido
2.1. Prevenção Especial - Diferentemente da excluído (praça) ou perdido o posto e a patente
prevenção geral, no qual a finalidade não tem (oficial), será recolhido a estabelecimento penal
pessoa determinada, aqui na prevenção especial a comum e executado à luz da LEP.
pena destina-se aquele que praticou o crime. Desta
Jurisdição ordinária é a jurisdição comum, seja ela
forma, tem por fim evitar não mais a prática do
Federal ou Estadual. Já a justiça especial é aquela
crime (pois já o fez), e sim a sua reincidência.

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com matéria específica definida pela CF, como a políticos suspensos. O TSE, inclusive, já
Justiça Militar e Eleitoral. determinou a instalação de Seções Eleitorais em
estabelecimentos penais e unidades de internação
O dispositivo em tela diz que, independente da
de adolescentes, a fim de que essas pessoas
justiça que proferir a sentença sujeita à execução
possam exercer seu direito a voto.
penal, será ela regida pela LEP, desde que o
condenado esteja sujeito à jurisdição ordinária. Por
exemplo, caso um militar seja julgado e condenado
Art. 4º. O estado deverá recorrer à cooperação
pela Justiça Castrense e tiver como penalidade a
da comunidade nas atividades de execução da
perda do cargo, a pena será executada perante a
pena e da medida de segurança.
Justiça Estadual, aplicando-se, assim, a LEP.
Com o objetivo de viabilizar e facilitar a
ATENÇÃO: Súmula 192 do STJ: Compete ao juízo
ressocialização dos condenados e dos internados,
das execuções penais do Estado a execução das
a comunidade terá um papel crucial na
penas impostas a sentenciados pela justiça federal,
aproximação entre o cárcere e a sociedade.
militar ou eleitoral, quando recolhidos a
estabelecimentos sujeitos a administração Nesse sentido, em momento oportuno de nosso
estadual. curso estudaremos dois importantes órgãos:
Patrono (arts. 78 e 79) e Conselho da Comunidade
De igual forma, como dito anteriormente, aplica-se
(arts. 80 e 81).
a Lei no caso de presos provisórios, aqueles que
estão em prisão cautelar, antes do encerramento
do processo ou durante o inquérito policial. CLASSIFICAÇÃO
A regra geral é que a pena seja cumprida em
estabelecimento penal estadual, e, como exceção,de sousa silva
marcelo
em estabelecimentos mantidosmarceloalencar1505@gmail.com
pela União. Art. 5º. Os condenados serão classificados,
Contudo, caso o detento esteja recolhido em um segundo os seus antecedentes e personalidade,
613.620.653-66
presidio federal, a competência para execução da para orientar a individualização da execução
pena pertencerá à Justiça Federal comum da penal.
subseção judiciaria na qual se encontrar o A classificação dos presos tem amparo
estabelecimento. constitucional, especificamente na individualização
ATENÇÃO: Não há aplicação da LEP em medidas da pena (art. 5°, inciso XLVI). A classificação será
socioeducativas de menores infratores. Nesse feita de acordo com os antecedentes e
caso, aplica-se o Estatuto da Criança e do personalidade, e tem por fim orientar a
Adolescente (ECA). individualização da execução penal. A competência
para a classificação e individualização na fase de
Art. 3º. Ao condenado e ao internado serão execução fica a cargo da Comissão Técnica de
assegurados todos os direitos não atingidos Classificação.
pela sentença ou pela lei.
A principal função da CTC é definir o perfil dos
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção condenados, de modo a individualizar a execução
de natureza racial, social, religiosa ou política. penal, como separando os presos de acordo com o
A sentença penal condenatória atinge uma série de perfil criminológico, com os crimes, idade etc,
direitos constitucionais. A liberdade de locomoção, sempre visando a ressocialização. O art. 84 da LEP
obviamente, é cerceada, mas junto com ela traz algumas regras nesse sentido.
também outros direitos, a exemplo dos direitos O princípio da individualização da pena garante que
políticos. Os condenados, portanto, não podem a penas aplicadas aos agentes não sejam
votar ou candidatar-se a cargos eletivos. igualadas mesmo que os crimes praticados sejam
Cabe a você lembrar, contudo, que as pessoas idênticos, vez que devem ser consideradas não só
presas em razão de decisões cautelares não foram a conduta, mas também o seu histórico pessoal,
condenadas, e por isso não têm seus direitos devendo cada um receber a pena que lhe é cabível,

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sendo respeitadas as diferenças existentes entre O exame de antecedentes é extremamente útil e é
eles, visando à adequação as suas condições e relativo a vida pregressa do condenado,
necessidades, tão quanto sua reinserção social. verificando-se os processos criminais pelos quais
tenha o ele já respondido, com destaque para a
Tal princípio encontra-se amplamente positivado na
condição de reincidência. Importante sopesar que,
legislação brasileira, seja na Carta Magna em seu
embora a jurisprudência já tenha pacificado que os
artigo 5º, XLVI que giza “a lei regulará a
inquéritos policiais não podem ser considerados
individualização da pena e adotará, entre outras, as
para agravar a pena no momento da
seguintes”; no artigo 34 do Código Penal “o
individualização, é certo que, se o agente está
condenado será submetido, no início do
envolvido em várias investigações, tal fato deve ser
cumprimento da pena, a exame criminológico de
considerado no âmbito executório no que concerne
classificação para individualização da execução”;
à personalidade do condenado.
bem como na Lei de Execução Penal, nos artigos
5º “os condenados serão classificados, segundo os A personalidade, por sua vez, envolve uma
seus antecedentes e personalidade, para orientar a cognição sumária no que diz respeito às tendências
individualização da execução penal”, no artigo 8º “o e ao caráter do condenado, como os traços que
condenado ao cumprimento de pena privativa de podem ser considerados permanentes ou
liberdade, em regime fechado, será submetido a dinâmicos, devendo se levar em conta não só o seu
exame criminológico para a obtenção dos histórico anterior, bem como também o histórico
elementos necessários a uma adequada atual, vez que o ambiente de cárcere é difere da
classificação e com vistas à individualização da realidade anterior vivida.
execução”, artigo 41, XII “igualdade de tratamento
Nos termos dos artigos 6º e 9º da LEP, a
salvo quanto às exigências da individualização da
classificação a que se alude é realizada pela
pena” e artigo 92, § único, alínea b “o limite dede sousa silva
marcelo Comissão Técnica de Classificação, a qual elabora
capacidade máxima que atenda marceloalencar1505@gmail.com
os objetivos de
o programa individualizador da pena adequada ao
individualização da pena”.
613.620.653-66
agente, avaliando as condições subjetivas e
A individualização da pena ocorre em âmbito agrupando-os conforme suas particularidades,
trifásico (legislativo, judicial e executório). O como grau de instrução, periculosidade, natureza
legislativo, também chamado de individualização do delito, etc.
legislativa ou formal, é o âmbito no qual ocorre a
Tal comissão, segundo a artigo 7º da LEP deve
tipificação penal do delito, ou seja, o legislador
existir em cada estabelecimento penal e sua
estabelece a mínima e a máxima da pena
composição se diferencia quanto ao tipo de
cominada.
cumprimento da pena, sendo que quando o
Já a individualização judicial é a fase em que, diante indivíduo é condenado a pena privativa de
do caso concreto, o juiz do processo de liberdade a composição será presidida pelo diretor
conhecimento fixa a pena cabível ao agente e, por do estabelecimento penal e por, no mínimo, dois
último, a individualização executória, onde o juiz da chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e
execução penal adapta a pena aplicada, um assistente social.
concedendo ou denegando benefícios à sentença
Já, no tange ao indivíduo que cumpre as penas
do agente, tais como remissão, livramento
restritivas de direito, a lei possui um menor rigor
condicional, dentre outros.
sendo composta por apenas fiscais do Serviço
É na fase executória que adentramos no artigo 5º Social.
da LEP, o qual prevê a necessidade de
A comissão pode especificar aspectos como o tipo
classificação dos condenados a pena privativa de
de trabalho que o condenado poderá executar, as
liberdade, o qual leva em conta os seus
atividades de lazer indicadas, se poderá estudar, se
antecedentes criminais e o exame de sua
necessita de acompanhamento psiquiátrico,
personalidade. Ainda, outros aspectos podem ser
psicológicos e terapias, etc.
avaliados, tais como análise dos aspectos
familiares, social e capacidade laboral.

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Em outras palavras, a Comissão Técnica de Parágrafo único. Ao exame de que trata este
Classificação tem como verdadeiro papel auxiliar o artigo poderá ser submetido o condenado ao
magistrado no início e no curso do processo cumprimento da pena privativa de liberdade em
elaborando um parecer acerca do cumprimento da regime semi-aberto.
pena.
Exame criminológico: Trata-se de um exame de
No que tange ao artigo 9º da LEP preconiza que natureza jurídico científica que tem por fim observar
para a obtenção de dados pode a Comissão a periculosidade e personalidade do condenado,
Técnica de Classificação entrevistar pessoas (art. sua disposição para o crime, sensibilidade quanto à
9º, I da LEP); requisitar, de repartições ou pena e sua possível reincidência.
estabelecimentos privados, dados e informações a
O objetivo é traçar um diagnóstico sobre o
respeito do condenado (art. 9º, II da LEP); realizar
condenado, trazendo uma discrição da sua
outras diligências e exames necessários (art. 9º, III
personalidade; bem como um prognóstico, ou seja,
da LEP).
uma projeção, previsão sobre sua nova fase de
O parecer da Comissão Técnica assume papel vida. Dessa forma, realizada a observação quanto
importante ao convencimento do magistrado, em aos critérios citados, temos um diagnóstico quanto
especial ao que tango ao deferimento ou a à probabilidade de reincidência e a possibilidade de
denegação de benefícios ao condenado, sendo reeducação.
certo que tal convencimento é livre, podendo o juiz
O exame, para o juiz, serve de base orientadora,
decidir diferente do parecer desde que
auxiliando juiz quanto à personalidade do
fundamentadamente.
condenado para fins de progressão de regime bem
Extrai-se de tudo o que foi elucidado que a como no livramento condicional. Assim, propicia ao
individualização da pena é garantia fundamental juiz elementos e dados necessários para uma
marcelo de sousa silva
que serve para que o condenado tenha uma correta decisão durante a execução penal.
marceloalencar1505@gmail.com
punição justa e por óbvio, individualizada, com a
O exame criminológico será realizado em dois
613.620.653-66
norte precípuo de reinserção do mesmo na vida
momentos:
social.
início da execução da pena e na progressão de
Art. 6º a classificação será feita por comissão
regime (quando necessário):
técnica de classificação que elaborará o
programa individualizador da pena privativa de 1) Início do cumprimento da pena - Um dos
liberdade adequada ao condenado ou preso momentos da realização do exame criminológico
provisório. será no início do cumprimento da pena. A depender
do preso, poderá ser obrigatório ou facultativo.
Art. 7º a comissão técnica de classificação,
existente em cada estabelecimento, será Obrigatório - regime fechado -Conforme podemos
presidida pelo diretor e composta, no mínimo, extrair do Artigo 8º, caput da LEP, e do art. 34 do
por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, Código Pena (CP), o referido exame será
1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, obrigatório para o condenado ao cumprimento de
quando se tratar de condenado à pena privativa pena privativa de liberdade, em regime fechado,
de liberdade. que tem por finalidade a obtenção dos elementos
necessários a uma adequada classificação e com
Parágrafo único. Nos demais casos a comissão
vistas à individualização da execução.
atuará junto ao juízo da execução e será
integrada por fiscais do serviço social. Facultativo - Regime semi-aberto - De acordo com
o parágrafo único do art.8°, o exame criminológico
Art. 8º o condenado ao cumprimento de pena
poderá ser submetido o condenado ao
privativa de liberdade, em regime fechado, será
cumprimento da pena privativa de liberdade em
submetido a exame criminológico para a
regime semi-aberto.
obtenção dos elementos necessários a uma
adequada classificação e com vistas à Facultativo - Preso provisório - Como podemos
individualização da execução. perceber, por óbvio, em razão do princípio da

11
presunção de inocência, não será obrigatório para
o preso provisório.
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso
2) Progressão de regime – Conforme o art. 112 da praticado com violência grave contra a pessoa,
LEP, a pena privativa de liberdade será executada bem como por crime contra a vida, contra a
em forma progressiva com a transferência para liberdade sexual ou por crime sexual contra
regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à
quando o preso tiver cumprido parte da pena no identificação do perfil genético, mediante
regime anterior e ostentar bom comportamento extração de DNA (ácido desoxirribonucleico),
carcerário, comprovado pelo diretor do por técnica adequada e indolor, por ocasião do
estabelecimento, respeitadas as normas que ingresso no estabelecimento prisional. (redação
vedam a progressão. dada pela lei nº 13.964, de 2019)
➢ SÚMULAS IMPORTANTES: Não é ilegal o recolhimento de material descartado
de forma voluntária ou involuntária, a exemplo da
STF - Súmula Vinculante 26 - Para efeito de
saliva, fios de cabelo, esperma, sangue expelidos
progressão de regime no cumprimento de pena por
pelo corpo. Nesse caso, não há que se falar
crime hediondo, ou equiparado, o juízo da
constrangimento.
execução observará a inconstitucionalidade do art.
2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem A produção de prova por meio de exame de DNA
prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou sem o consentimento do investigado é permitida se
não, os requisitos objetivos e subjetivos do o material biológico já está fora de seu corpo e foi
benefício, podendo determinar, para tal fim, de abandonado. Ou seja, o que não se permite é o
modo fundamentado, a realização de exame recolhimento do material genético à força, mediante
criminológico. constrangimento moral ou físico.
marcelo de sousa silva
STJ- Súmula 439 - Admite-se o exame O que não se permite é o recolhimento do material
marceloalencar1505@gmail.com
criminológico pelas peculiaridades do caso, 613.620.653-66
desde genético à força (violência moral ou física). O
que em decisão motivada. (Súmula 439, material genético obtido a partir de utensílios
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe descartados pelo investigado não é recolhido de
13/05/2010) forma clandestina, pois, uma vez que deixou de
fazer parte do corpo do acusado, tornou-se objeto
O laudo do exame criminológico não vincula o juiz,
público.
desta forma, o juiz fica livre para decidir com base
no resultado do exame ou não. Ao juízo também é § 1º A identificação do perfil genético será
lícito negar o benefício quando recomendado pelas armazenada em banco de dados sigiloso,
peculiaridades da causa, desde que também haja a conforme regulamento a ser expedido pelo
necessária fundamentação, em observância do poder executivo. (incluído pela lei nº 12.654, de
princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, 2012)
da CF/1988).”
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar
Art. 9º. A comissão, no exame para a obtenção garantias mínimas de proteção de dados
de dados reveladores da personalidade, genéticos, observando as melhores práticas da
observando a ética profissional e tendo sempre genética forense. (incluído pela lei nº 13.964, de
presentes peças ou informações do processo, 2019) (vigência)
poderá:
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual,
I - entrevistar pessoas; poderá requerer ao juiz competente, no caso de
inquérito instaurado, o acesso ao banco de
II - requisitar, de repartições ou
dados de identificação de perfil genético.
estabelecimentos privados, dados e
(incluído pela lei nº 12.654, de 2012)
informações a respeito do condenado;
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados
III - realizar outras diligências e exames
genéticos o acesso aos seus dados constantes
necessários.
nos bancos de perfis genéticos, bem como a

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todos os documentos da cadeia de custódia que C) O condenado por crime doloso praticado com
gerou esse dado, de maneira que possa ser violência grave contra a pessoa, bem como por
contraditado pela defesa. (incluído pela lei nº crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por
13.964, de 2019) (vigência) crime sexual contra vulnerável, será submetido,
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético,
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no
mediante extração de DNA (ácido
caput deste artigo que não tiver sido submetido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e
à identificação do perfil genético por ocasião do
indolor, por ocasião do ingresso no
ingresso no estabelecimento prisional deverá
estabelecimento prisional.
ser submetido ao procedimento durante o
cumprimento da pena. (incluído pela lei nº D) O condenado por crimes hediondos que não
13.964, de 2019) (vigência) tiver sido submetido à identificação do perfil
genético por ocasião do ingresso no
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser
estabelecimento prisional deverá ser submetido ao
utilizada para o único e exclusivo fim de permitir
procedimento antes do cumprimento da pena.
a identificação pelo perfil genético, não estando
autorizadas as práticas de fenotipagem
genética ou de busca familiar. (incluído pela lei
02) PEDRO foi condenado por crime de roubo a 9
nº 13.964, de 2019) (vigência)
(nove) anos de reclusão, tendo a sentença
§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a transitada em julgado. Tem início a execução da
amostra biológica recolhida nos termos do pena. PEDRO foi encaminhado à penitenciária.
caput deste artigo deverá ser correta e Marque a alternativa CORRETA.
imediatamente descartada, de maneira a
A) O condenado por crime doloso praticado com
impedir a sua utilização para qualquer outro fim.
violência
marcelo de sousa silvagrave contra a pessoa, bem como por
(incluído pela lei nº 13.964, de 2019) (vigência)
crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por
marceloalencar1505@gmail.com
§ 7º A coleta da amostra biológica 613.620.653-66
e a crime sexual contra vulnerável, será submetido,
elaboração do respectivo laudo serão obrigatoriamente, à identificação do perfil genético,
realizadas por perito oficial. (incluído pela lei nº mediante extração de DNA (ácido
13.964, de 2019) (vigência) desoxirribonucleico), por técnica adequada e
indolor, por ocasião do ingresso no
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado
estabelecimento prisional.
em submeter-se ao procedimento de
identificação do perfil genético. (incluído pela B) A assistência ao preso e ao internado é dever do
lei nº 13.964, de 2019) (vigência) Estado e dos Municípios, objetivando prevenir as
contravenções e orientar o retorno à convivência
em sociedade.
QUESTÕES
C) A assistência material ao preso e ao internado
01) Sobre a classificação dos condenados, marque consistirá somente no fornecimento de alimentação
a alternativa correta: e vestuário segundo a lei de execução penal.
A) A Comissão Técnica de Classificação será D) O estabelecimento prisional disporá de
presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 3 instalação e serviços que atendam aos presos nas
(três) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) suas necessidades pessoais, sendo proibida a
psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se venda de produtos e objetos permitidos e não
tratar de condenado à pena privativa de liberdade. fornecidos pela Administração.
B) O condenado ao cumprimento de pena privativa E) Por razões de segurança nas prisões de
de liberdade, em regime aberto, será submetido a segurança máxima será assegurando o
exame criminológico para a obtenção dos acompanhamento médico à mulher no pré-natal
elementos necessários a uma adequada não sendo possível no pós-parto.
classificação e com vistas à individualização da
execução.

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03) Considerando que o cumprimento de pena deve E) Presidente do Conselho Criminal
ser pautado pela individualização da respectiva
execução, bem como objetivar a integração social
do condenado, a Lei no 7.210/1984 dispõe acerca 05) A exposição de motivos da Lei de Execução
das medidas a serem tomadas. Nesse sentido, no Penal entende que: “26. A classificação dos
que diz respeito às regras de classificação dos condenados é requisito fundamental para demarcar
condenados dispostas na Lei de Execução Penal, o início da execução científica das penas privativas
assinale a alternativa correta. de liberdade e da medida de segurança detentiva...”
De acordo com a Lei de Execução Penal, os
A) Os condenados serão classificados segundo a
condenados serão classificados segundo os seus
respectiva periculosidade, que será medida, entre
antecedentes e personalidade, tal classificação tem
outros critérios, pelo fato de integrarem ou não
por finalidade:
facção criminosa.
A) assegurar ao condenado e ao internado todos os
B) A classificação será feita por Comissão Técnica
direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.
de Classificação, que elaborará o programa
individualizador da pena privativa de liberdade B) estabelecer distinções de natureza racial, social,
adequada ao condenado ou preso provisório. religiosa ou política.
C) O condenado ao cumprimento da pena privativa C) orientar a individualização da execução penal.
de liberdade em regime aberto deverá ser D) atribuir trabalho ao preso.
submetido, no início da execução da pena, ao
exame criminológico para a obtenção dos
elementos necessários a uma adequada 06) Segundo a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984
classificação e com vistas à individualização da – Lei silva
marcelo de sousa de Execução Penal, os condenados serão
execução. classificados, segundo os seus antecedentes e
marceloalencar1505@gmail.com
D) Apenas os condenados por crime hediondo personalidade, para orientar a individualização da
613.620.653-66
praticado dolosa ou culposamente serão execução penal. A classificação será feita por
submetidos, obrigatoriamente, à identificação do Comissão Técnica de Classificação que elaborará
perfil genético, mediante extração de ácido o programa individualizador da pena privativa de
desoxirribonucleico (DNA), por técnica adequada e liberdade. Esta Comissão deverá ser composta, no
indolor. mínimo, por dois chefes de serviço e:

E) A Comissão Técnica de Classificação, no exame A) Um psiquiatra, um psicólogo e um assistente


para a obtenção de dados reveladores da social.
personalidade, poderá apenas se valer de exames B) Um psicólogo, um assistente social e um
psiquiátricos os quais deverão ser realizados por enfermeiro.
profissionais específicos da área, e nada mais.
C) Um psiquiatra, um assistente social e um
enfermeiro.
04) Consoante a Lei de Execução Penal, os D) Um assistente social, um farmacêutico e um
condenados serão classificados, segundo seus psicólogo.
antecedentes e sua personalidade, para orientar a
individualização da execução penal. Essa
classificação será feita por Comissão Técnica de 07) A Comissão Técnica de Classificação é
Classificação presidida pelo: composta, no mínimo:
A) Diretor do estabelecimento A) pelo juiz da Execução Penal, bem como por
fiscais do serviço social, quando se tratar de
B) Juiz da Execução
condenado à pena privativa de liberdade.
C) Promotor de Justiça
B) por fiscais do serviço social, quando se tratar de
D) Secretário de Justiça condenado à pena privativa de liberdade.

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C) pelo diretor do estabelecimento, que a presidirá, 1 (um) assistente social, quando se tratar de
bem como por um chefe de serviço e um psiquiatra, condenado à pena privativa de liberdade.
quando se tratar de condenado à pena privativa de
C) A Comissão, no exame para a obtenção de
liberdade.
dados reveladores da personalidade, observando a
D) por dois chefes de serviço, um psicólogo, um ética profissional e tendo sempre presentes peças
psiquiatra e um assistente social, quando se tratar ou informações do processo, poderá, dentre outras
de condenado à pena privativa de liberdade ou ações, entrevistar pessoas.
restritiva de direitos.
D) A Comissão Técnica de Classificação não
E) pelo diretor do estabelecimento, que a presidirá, poderá requisitar, de repartições ou
bem como por dois chefes de serviço, um estabelecimentos privados, dados e informações a
psicólogo, um psiquiatra e um assistente social, respeito do condenado.
quando se tratar de condenado à pena privativa de
E) O condenado ao cumprimento de pena privativa
liberdade.
de liberdade, em regime aberto, será submetido a
exame criminológico para a obtenção dos
elementos necessários a uma adequada
08) A fim de orientar a individualização da execução
classificação e com vistas à individualização da
penal, os condenados devem ser classificados
execução.
levando em consideração:
A) Comportamento e Situação Econômica.
GABARITO
B) Nível Cultural e Situação Econômica.
C) Vida pregressa e Comportamento. 01) C
02) A silva
marcelo de sousa
D)Nível Cultural e Vida pregressa. marceloalencar1505@gmail.com
03) B
E) Antecedentes e Personalidade. 04) A
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05) C
06) A
09) Analise o enunciado da questão abaixo e 07) E
assinale "CERTO" (C) OU "ERRADO" (E) 08) E
09) Errada
Consoante a Lei n. 7210/84, os condenados serão
10) C
classificados, na sua totalidade, segundo os seus
antecedentes, personalidade e culpabilidade, para
GABARITO COMENTADO
orientar a individualização da execução penal.
01) Gabarito: C
10) A Lei de Execução Penal dispõe sobre o
condenado e o internado. Acerca desse assunto A) Comissão Técnica de Classificação será
tratado na Lei n° 7.210/84, assinale a alternativa presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 3
correta. (três) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um)
psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se
A) Os condenados serão classificados, segundo os tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
seus antecedentes, independentemente dos
aspectos de sua personalidade, para orientar a → são 2 (dois) chefes de serviço - Art. 7º
individualização da execução penal. B) O condenado ao cumprimento de pena privativa
B) A classificação dos condenados será feita por de liberdade, em regime aberto, será submetido a
Comissão Técnica de Classificação existente em exame criminológico para a obtenção dos
cada estabelecimento, que será presidida pelo elementos necessários a uma adequada
diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes classificação e com vistas à individualização da
de serviço, 2 (dois) psiquiatras, 1 (um) psicólogo e execução.

15
→ em regime fechado - Art. 8º (D) Art. 9-A. Os condenados por crime praticado,
dolosamente, com violência de natureza grave
C) O condenado por crime doloso praticado com
contra pessoa, ou por qualquer dos crimes
violência grave contra a pessoa, bem como por
previstos no art. 1 da Lei n 8.072, de 25 de julho de
crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por
1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à
crime sexual contra vulnerável, será submetido,
identificação do perfil genético, mediante extração
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético,
de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica
mediante extração de DNA (ácido
adequada e indolor.
desoxirribonucleico), por técnica adequada e
indolor, por ocasião do ingresso no (E) Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção
estabelecimento prisional. de dados reveladores da personalidade,
observando a ética profissional e tendo sempre
→ Art. 9º-A [redação de 2019]
presentes peças ou informações do processo,
D) O condenado que não tiver sido submetido à poderá:
identificação do perfil genético por ocasião do
I - entrevistar pessoas;
ingresso no estabelecimento prisional deverá ser
submetido ao procedimento antes do cumprimento II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos
da pena. privados, dados e informações a respeito do
condenado;
→ Art. 9º-A, § 4º O condenado pelos crimes
previstos no caput deste artigo que não tiver sido III - realizar outras diligências e exames
submetido à identificação do perfil genético por necessários.
ocasião do ingresso no estabelecimento prisional
deverá ser submetido ao procedimento durante o
cumprimento da pena. 04) Gab:
marcelo de sousa A
silva
marceloalencar1505@gmail.com
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação,
613.620.653-66
existente em cada estabelecimento, será presidida
02) Gabarito: A Artigo 9-A
pelo Diretor e composta, no mínimo, por dois chefes
de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um
assistente social, quando se tratar de condenado à
03) Gabarito: B
pena privativa de liberdade.
(A) Art. 5º Os condenados serão classificados,
segundo os seus antecedentes e personalidade,
para orientar a individualização da execução penal. 05) Gabarito: C
(B) Art. 6 A classificação será feita por Comissão Lei 7.210/84 Artigos 5° - Os condenados serão
Técnica de Classificação que elaborará o programa classificados, segundo os seus antecedentes e
individualizador da pena privativa de liberdade personalidade, para orientar a individualização da
adequada ao condenado ou preso provisório. execução penal.
(C) Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena
privativa de liberdade, em regime fechado, será
06) Gabarito: A
submetido a exame criminológico para a obtenção
dos elementos necessários a uma adequada Lei nº 7.210, Art. 7º A Comissão Técnica de
classificação e com vistas à individualização da Classificação, existente em cada estabelecimento,
execução. será presidida pelo diretor e composta, no mínimo,
por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo
(um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando
poderá ser submetido o condenado ao
se tratar de condenado à pena privativa de
cumprimento da pena privativa de liberdade em
liberdade.
regime semi-aberto.

07) Gab: E

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Presidente : Diretor. psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se
tratar de condenado à pena privativa de liberdade
Mínimo : Psicólogo. Assistente Social. Psiquiatra. 2
Chefe de Serviço C) CORRETO: A Comissão, no exame para a
obtenção de dados reveladores da personalidade,
Parágrafo único. NO DEMAIS casos a Comissão
observando a ética profissional e tendo sempre
atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada
presentes peças ou informações do processo,
por FISCAIS DO SERVIÇO SOCIAL.
poderá, dentre outras ações, entrevistar pessoas.
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de
08) Gab: E dados reveladores da personalidade, observando a
Lei 7210 Art. 5º Os condenados serão classificados, ética profissional e tendo sempre presentes peças
segundo os seus antecedentes e personalidade, ou informações do processo, poderá:
para orientar a individualização da execução penal. I - entrevistar pessoas;
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos
09) Gab: errada privados, dados e informações a respeito do
condenado;
Basta analisar a Lei de Execução Penal (7.210/84):
III - realizar outras diligências e exames
Art. 5º Os condenados serão classificados, necessários.
segundo os seus antecedentes e personalidade,
para orientar a individualização da execução penal. D) ERRADO: A Comissão Técnica de Classificação
não poderá requisitar, de repartições ou
Ou seja, o critério culpabilidade torna a questão estabelecimentos privados, dados e informações a
errada, e, diferentemente do que diz a assertiva, os respeito do condenado.
marcelo de sousa silva
condenados não serão classificados EM SUA
marceloalencar1505@gmail.com
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de
TOTALIDADE segundo os requisitos ora
613.620.653-66
dados reveladores da personalidade, observando a
elencados.
ética profissional e tendo sempre presentes peças
ou informações do processo, poderá:
10) Gab: C II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos
A) ERRADO: Os condenados serão classificados, privados, dados e informações a respeito do
segundo os seus antecedentes, condenado;
independentemente dos aspectos de sua E) ERRADO: O condenado ao cumprimento de
personalidade, para orientar a individualização da pena privativa de liberdade, em regime aberto, será
execução penal. submetido a exame criminológico para a obtenção
Art. 5º Os condenados serão classificados, dos elementos necessários a uma adequada
segundo os seus antecedentes e personalidade, classificação e com vistas à individualização da
para orientar a individualização da execução penal. execução.

B) ERRADO: A classificação dos condenados será Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena


feita por Comissão Técnica de Classificação privativa de liberdade, em regime fechado, será
existente em cada estabelecimento, que será submetido a exame criminológico para a obtenção
presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 dos elementos necessários a uma adequada
(dois) chefes de serviço, 2 (dois) psiquiatras, 1 (um) classificação e com vistas à individualização da
psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se execução. Parágrafo único. Ao exame de que trata
tratar de condenado à pena privativa de liberdade este artigo poderá ser submetido o condenado ao
cumprimento da pena privativa de liberdade em
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação,
regime semiaberto.
existente em cada estabelecimento, será presidida
pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois)
chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um)

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