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LEI DE EXECUÇÃO

PENAL
Execução da Pena Privativa de
Liberdade
(arts. 105 a 146-D)

Professor Carlos Alfama


01) DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 105 a 109)
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de
liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição
de guia de recolhimento para a execução.
GUIA DE RECOLHIMENTO
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena
privativa de liberdade, sem a guia expedida pela autoridade
judiciária.
§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução passará
recibo da guia de recolhimento para juntá-la aos autos do
processo, e dará ciência dos seus termos ao condenado.
§ 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro especial,
segundo a ordem cronológica do recebimento, e anexadas ao
prontuário do condenado, aditando-se, no curso da execução, o
cálculo das remições e de outras retificações posteriores.
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as
folhas e a assinará com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da
execução e conterá:
I - o nome do condenado;
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação;
III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do
trânsito em julgado;
IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução;
V - a data da terminação da pena;
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento
penitenciário.
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento.
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto
ao início da execução ou ao tempo de duração da pena.
§ 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça
Criminal, far-se-á, na guia, menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°,
do artigo 84, desta Lei.
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado
em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto em
liberdade, mediante alvará do Juiz, se por outro motivo não estiver
preso.
02) DOS REGIMES (arts. 110 a 119)
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o
condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade,
observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal.
REGRAS DOS DIVERSOS REGIMES PRISIONAIS
REGIME FECHADO
• O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame
criminológico de classificação para individualização da execução (art. 34).
• O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento
durante o repouso noturno (art. 34, §1º, CP).
• O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade
das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que
compatíveis com a execução da pena (art. 34, §2º, CP).
• O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras
públicas (art. 34, §3º, CP).
SEMIABERTO

• O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período


diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (art.
35, §1º, CP).

• O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos


supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou
superior (art. 35, §2º, CP).
REGIME ABERTO
O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado.

O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância,


trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada,
permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga
(art. 36, §1º, CP).

ATENÇÃO! Para progredir para o regime aberto, o condenado deve


comprovar que está trabalhando ou que pode trabalhar imediatamente
(art. 114, I, da LEP).
SOMA E UNIFICAÇÃO DAS PENAS

Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no


mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime
de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das
penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-


se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para
determinação do regime.
03) PROGRESSÃO DE REGIME
CONCEITO: É a transferência do preso do regime mais rigoroso para o
menos rigoroso.

Obs.: A progressão de regime é uma manifestação do princípio da


individualização da pena, mais especificamente do princípio da
individualização da execução penal.
DECISÃO QUE DETERMINA:
• Será sempre motivada, nos termos do que determina
o art. 112, §1º, LEP.

• O art. 93, IX, CF/88 também determina a fundamentação


de toda decisão judicial.

• Será precedida de manifestação do MP e do


Defensor.
• Há de se observar o contraditório e ampla defesa na LEP.
PREVISÃO LEGAL
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um
sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas
as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei
nº 10.792, de 2003)

§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do


Ministério Público e do defensor.
REQUISITOS PARA PROGRESSÃO DE REGIME

REGRA GERAL:

• REQUISITO OBJETIVO: 1/6 (um sexto) do cumprimento da pena no


regime anterior, em caso de crime comum.

• REQUISITO SUBJETIVO: É o bom comportamento carcerário.


Comprovado por atestado, emitido pelo diretor do estabelecimento
penal.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Obs. 1: CÁLCULO SOBRE O REMANESCENTE DA PENA: Para uma nova


progressão, o cálculo deve ser feito sobre o remanescente da pena, pois
pena cumprida é pena extinta.

Obs. 2: PENA QUE ULTRAPASSA 30 ANOS: O prazo máximo de 30 anos de


encarceramento não é utilizado como parâmetro para livramento
condicional e progressão, mas sim o total da pena imposta.

SÚMULA Nº 715, STF: A pena unificada para atender ao limite de trinta


anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é
considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de execução.
PERGUNTA DE PROVA

Qual a data-base para subsequente progressão de regime?

( ) A data da progressão de regime anterior.

( ) A data em que o apenado preencheu os requisitos para


progressão de regime, ainda que esta só tenha sido autorizada
judicialmente em momento posterior.
STJ, 6ª Turma. HC 369.774/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 22/11/2016.
STF. 2ª Turma. HC 115254, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2015.
• A data-base para subsequente progressão de regime é aquela em
que o reeducando preencheu os requisitos do art. 112 da LEP e não
aquela em que o Juízo das Execuções deferiu o benefício.

• A decisão do Juízo das Execuções que defere a progressão de regime


é declaratória (e não constitutiva). Algumas vezes o reeducando
preenche os requisitos em uma data, mas a decisão acaba
demorando meses para ser proferida. Não se pode desconsiderar,
em prejuízo do reeducando, o período em que permaneceu
cumprindo pena enquanto o Judiciário analisava seu requerimento
de progressão.
IMPORTANTE!

A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para


progressão de regime.

Nesse caso, a data-base para a contagem de período aquisitivo de


novos benefícios é a do cometimento de falta grave e, em caso de fuga,
da recaptura.
PERGUNTA DE PROVA

O exame criminológico é obrigatório para progressão de regime


prisional?

RESPOSTA:
• SÚMULA nº 439, STJ: Admite-se o exame criminológico pelas
peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.

• SÚMULA VINCULANTE Nº 26: Para efeito de progressão de regime no


cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da
execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072,
de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício,
podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a
realização de exame criminológico.
PERGUNTA DE PROVA

A gravidade em abstrato do delito autoriza o exame criminológico?

RESPOSTA:

A gravidade em concreto do delito autoriza o exame criminológico?

RESPOSTA:
Para determinar a realização do exame em apreço, deve o Juízo da Execução
fundamentar, de forma concreta, a medida excepcional na conduta do
apenado a partir de fatos ocorridos no curso da execução, que demonstrem
não estar apto psicologicamente para o retorno social, como por exemplo o
cometimento de falta disciplinar, ou comportamento incompatível com o
procedimento de ressocialização. (STJ, HC nº 457.052/SP, Min. Laurita Vaz,
Julgado em 06/07/2018).

Ademais, ambos os argumentos, seja a gravidade em abstrato da conduta


como a em concreto, são circunstâncias que não se referem a eventos
ocorridos no curso da execução penal, como já deliberou o STJ “não houve
alusão a fato atual que recomendasse a medida”. (STJ, HABEAS CORPUS Nº
457.052 – SP, Rel. Min Jorge Mussi, Julgado em 06/07/2018)
INFORMATIVO 838, STF
O cumprimento de pena em penitenciária federal de segurança
máxima por motivo de segurança pública não é compatível com a
progressão de regime prisional!

A Segunda Turma afirmou que a transferência do apenado para o


sistema federal tem, em regra, como fundamento razões que atestam
que, naquele momento, o condenado não tem mérito para progredir
de regime. Observou que a transferência seria cabível no interesse da
segurança pública ou do próprio preso (Lei 11.671/2008, art. 3º).
INFORMATIVO 780, STF
O não pagamento voluntário da pena de multa impede a progressão no
regime prisional. O Plenário do STF decidiu o seguinte:

• Regra: o inadimplemento deliberado da pena de multa cumulativamente


aplicada ao sentenciado impede a progressão no regime prisional.

• Exceção: mesmo sem ter pago, pode ser permitida a progressão de


regime se ficar comprovada a absoluta impossibilidade econômica do
apenado em quitar a multa, ainda que parceladamente.
PROGRESSÃO DE REGIME NOS CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS:

• 2/5 (dois quintos) do cumprimento da pena no regime anterior,


em caso de crime hediondo e equiparados, se o condenado for
primário (Lei nº 8.072/90, art. 2º, § 2o, inserido pela Lei nº
11.464/07).

• 3/5 (dois quintos) do cumprimento da pena no regime anterior,


em caso de crime hediondo e equiparados, se o condenado for
reincidente (Lei nº 8.072/90, art. 2º, § 2o, inserido pela Lei nº
11.464/07).
• Obs. 1: Prevalece que não se trata de reincidência específica, que é a
reincidência em crimes hediondos ou equiparadas, mas a reincidência
comum, ou seja, em qualquer crime.

• Obs. 2: REQUISITOS OBJETIVOS NOS CRIMES HEDIONDOS


COMETIDOS ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI: SUMULA Nº 471, STJ: Os
condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes
da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112
da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de
regime prisional.
PROGRESSÃO PARA O REGIME ABERTO: Além dos requisitos acima
expostos, o reeducando deve:
a) Aceitar o programa do regime aberto (art. 115 da LEP) e as
condições especiais impostas pelo Juiz (art. 116 da LEP);

a) Estar trabalhando ou comprovar a possibilidade de trabalhar


imediatamente quando for para o regime aberto (inciso I do art.
114);

a) Apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames


a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com
autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime (inciso
II do art. 114).
ATENÇÃO!

Súmula 493, STJ: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44


do CP) como condição especial ao regime aberto”.
PROGRESSÃO ESPECIAL:
Gestantes ou mãe/responsável por crianças ou
deficientes
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime
anterior;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado
pelo diretor do estabelecimento;
V - não ter integrado organização criminosa.

O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a


revogação desse benefício.
VALE PARA CRIMES HEDIONDOS E
EQUIPARADOS?
Art. 2º, § 2º A progressão de regime, no caso dos condenados pelos
crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5
(dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três
quintos), se reincidente, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art.
112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal).
PROGRESSÃO DE REGIME NOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA:

Art. 33, § 4º O condenado por crime contra a administração pública


terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à
reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito
praticado, com os acréscimos legais.
O Plenário do STF decidiu o seguinte:

• Regra: o inadimplemento deliberado da pena de multa


cumulativamente aplicada ao sentenciado impede a progressão no
regime prisional.

• Exceção: mesmo sem ter pago, pode ser permitida a progressão de


regime se ficar comprovada a absoluta impossibilidade econômica do
apenado em quitar a multa, ainda que parceladamente.
ATENÇÃO!

Vale ressaltar, no entanto, que, mesmo sem previsão expressa, deve


ser permitido que o condenado faça o parcelamento do valor da
dívida.

STF, Plenário. EP 22 ProgReg-AgR/DF, Rel. Min. Roberto Barroso,


julgado em 17/12/2014 (Info 772).
PERGUNTA DE PROVA

A falta de estabelecimento penal adequado autoriza a manutenção


do condenado em regime prisional mais gravoso?

RESPOSTA:
SÚMULA VINCULANTE 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção
do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar,
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
STF, RE 641.320/RS
Havendo déficit de vagas, deverá determinar-se:

(i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas;

(ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai


antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas;

(iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao


sentenciado que progride ao regime aberto.
Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas,
poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.
É certo que a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso,
entretanto, não há que se descartar a possibilidade de cumprimento
das penas do regime semiaberto em estabelecimento que não se
caracteriza como colônia de trabalho, desde que respeitados os
parâmetros estipulados por esta Suprema Corte.
PERGUNTA DE PROVA

A falta de estabelecimento penal adequado autoriza a imediata


concessão de prisão domiciliar ou regime aberto?

RESPOSTA:
"A inexistência de estabelecimento penal adequado ao regime prisional
determinado para o cumprimento da pena não autoriza a concessão
imediata do benefício da prisão domiciliar, porquanto, nos termos da
Súmula Vinculante nº 56, é imprescindível que a adoção de tal medida
seja precedida das providências estabelecidas no julgamento do RE nº
641.320/RS [...]" (REsp n. 1.710.674/MG, Terceira Seção, Rel. Min.
Reynaldo Soares da Fonseca, DJe de 03/09/2018).

“(...) na ausência de vaga em estabelecimento destinado ao


cumprimento da pena em regime semiaberto, é possível o resgate da
reprimenda em local similar, garantidos os benefícios próprios do modo
intermediário [...]" (AgRg no HC n. 440.925/SC, Sexta Turma, Rel. Min.
Nefi Cordeiro, DJe de 19/06/2018).
“Eventual ausência de estabelecimento adequado na comarca não
autoriza a automática concessão de regime aberto ou domiciliar.
Incidência da Súmula Vinculante 56/STF, ao enunciar que “a falta de
estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do
condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar,
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS...”.

“(...) ao condenado que progride ao regime aberto, seria muito mais


proveitoso aplicar penas restritivas de direito, observando-se as
condições dos parágrafos do art. 44 do CP, do que aplicar a prisão
domiciliar.”
PERGUNTA DE PROVA

Admite-se a progressão “per saltum” de regime prisional?

RESPOSTA:
SÚMULA nº 491, STJ

É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.

A Exposição de Motivos da LEP, no item 120, dispõe que o condenado no


regime fechado não poderá ser transferido diretamente para o regime
aberto.
EXCEÇÃO:

Comprovada a culpa do Estado pela demora na transferência do


reeducando a regime mais brando já determinado, a progressão por
saltos é cabível, pois a manutenção do agente em situação mais grave
do que a estabelecida em decisão judicial caracteriza constrangimento
ilegal (STJ: HC 329266/TO, DJe 30/09/2015).
PERGUNTA DE PROVA

Admite-se a concessão de livramento condicional a apenado em


regime fechado?

RESPOSTA:
STF, HC 441701 / SP, DJe 17/04/2018

“(...) a jurisprudência deste Tribunal consolidou entendimento no


sentido de que não há obrigatoriedade de o apenado passar por
regime intermediário para que obtenha o benefício do livramento
condicional, ante a inexistência de previsão no art. 83 do Código Penal”.
PRISÃO DOMICILIAR (PRISÃO ALBERGUE
DOMICILIAR)
LEP. Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de
regime aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.

JURISPRUDÊNCIA: Na falta de vagas no estabelecimento adequado,


enquanto não forem estruturadas as medidas alternativas propostas.
REGRESSÃO DE REGIME
HIPÓTESES:
• Prática de fato definido como crime doloso; Não é necessário o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Prevalece o
entendimento de que não há violação ao princípio da presunção de
inocência.
• Prática de fato definido como falta grave;
• Condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da
pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
• Frustrar os fins da execução.
• Não pagar, podendo, a pena de multa cumulativamente imposta
ATENÇÃO!
Obs. 1.: Salvo no caso de unificação das penas, deverá ser ouvido
previamente o condenado para regressão definitiva.

Obs.2: A prática de falta grave pode ensejar a regressão cautelar do


regime prisional sem a prévia oitiva do condenado, que somente é
exigida na regressão definitiva (STJ, HC 184988/RJ).

Obs. 3: É admissível a regressão “per saltum”.

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