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A Constituição da República menciona os crimes hediondos

no art. 5º, XLIII.


XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
A graça, o indulto e a anistia sã o formas de extinçã o da punibilidade.

Anistia é o ato do Poder Legislativo por meio do qual se extinguem as


consequências de um fato que em tese seria punível e, como resultado, qualquer
processo sobre ele. É uma medida ordinariamente adotada
para pacificaçã o dos espíritos apó s motins ou revoluçõ es.
A graça, diferentemente, é concedida a pessoa determinada, enquanto o indulto
tem cará ter coletivo. Ambos, porém, somente podem ser concedidos por ato do
Presidente da Repú blica, sendo possível a delegaçã o dessa competência a
Ministro de Estado, ao Advogado-Geral da Uniã o ou ao Procurador-Geral da
Repú blica.

>>> a LEI dos crimes Hediondos determina que a pena deve ser cumprida
inicialmente em regime fechado. Todavia, o STF já declarou este dispositivo
inconstitucional em sede de controle difuso.
>>> Prisã o temporá ria: em regra, pode ser decretada por até 5 dias, nas
hipó teses previstas na Lei n. 7.960/1989. Na Lei dos crimes Hediondos, porém,
há previsã o específica, com a possibilidade e decretaçã o da prisã o temporá ria
por até 30 dias, podendo haver prorrogaçã o em caso de extrema e comprovada
necessidade.
>> Caso um participante da associaçã o criminosa denuncie o grupo à s
autoridades, levando ao seu desmantelamento, sua pena será reduzida de 1 a 2
terços.
>>> Atualmente a progressã o de regime dos crimes hediondos é previsto na LEP
e o percentual nesse caso é de 2/5 (40%).
>> O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só , nã o impede a concessã o
da liberdade provisó ria, de acordo com o entendimento dos Tribunais
Superiores.
>> O sistema adotado pela legislaçã o brasileira para rotular uma conduta como
hediondo é o sistema legal de etiquetamento ou rotulaçã o;

LEP (lei de execuçõ es penais) :

 Os condenados, em geral, têm seus direitos políticos suspensos, mas nã o


os presos cautelarmente. Por essa razã o, o TSE já determinou a instalaçã o
de Seçõ es Eleitorais em estabelecimentos penais e unidades de internaçã o
de adolescentes, a fim de que essas pessoas possam exercer seu direito a
voto.
 O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a
pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou
por crime sexual contra vulnerá vel, será submetido, obrigatoriamente, à
identificaçã o do perfil genético, mediante extraçã o de DNA, por técnica
adequada e indolor, por ocasiã o do ingresso no estabelecimento prisional.
 Cumpre ao CONDENADO, além das obrigaçõ es legais inerentes ao seu
estado, submeter-se à s normas de execuçã o da pena. Aplica-se ao Preso
Provisó rio, no que couber, os deveres acima ditados.
 Nã o há necessidade de comunicaçã o ao juiz da execuçã o acerca da
imposiçã o de sançõ es disciplinares, salvo na hipó tese de cometimento de
FALTA GRAVE, em que a autoridade deve representar para os fins de:
regressã o de regime, revogaçã o de saídas temporá rias, perda dos dias
remidos, conversã o da pena restritiva de direitos em privativa de
liberdade;
 Seja qual for o tipo de falta, pune-se a TENTATIVA com a sançã o
correspondente à falta consumada.
 A prá tica de fato previsto como CRIME DOLOSO constitui falta grave e,
quando ocasione subversã o da ordem ou disciplina internas, sujeita o
preso provisó rio, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da
sançã o penal, ao REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD).
 Cabe destacar que o rol de faltas graves é taxativo, nã o cabendo
interpretaçã o extensiva dessas faltas.
 É UMA sançã o disciplinar aplicá vel aos presos condenados ou provisó rios,
que decorre da prá tica de fato previsto como crime doloso (falta grave),
ocasionando subversã o (tumulto) da ordem ou disciplina internas,
independentemente de trâ nsito em julgado da sentença condenató ria.

> Nã o se aplica a Sú mula nº 5 do STF: “ a falta de defesa técnica por advogado no


processo administrativo disciplinar nã o ofende a constituiçã o”.
> A decisã o do processo de apuraçã o de falta grave deverá ser sempre
MOTIVADA.
> Durante o processo da falta disciplinar, a autoridade administrativa poderá
decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até 10 dias;
 A decisã o judicial sobre a inclusã o do preso em regime disciplinar será
precedida de manifestaçã o do MP e da defesa e prolatada no prazo
má ximo de 15 dias.
 O preso provisó rio ficará SEPARADO do condenado por sentença
transitada em julgado;
Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderã o trabalhar os liberados ou
egressos que se dediquem a obras pú blicas ou ao aproveitamento de terrar
ociosas. É CONSIDERADO egresso:
 O liberado definitivo, pelo prazo de 01 ano a contar da saída do
estabelecimento;
 O liberado condicional, durante o período de prova;
 A Uniã o Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territó rios poderã o
construir Penitenciá rias destinadas, exclusivamente, aos presos
provisó rios e condenados que estejam em regime fechado, sujeito ao
Regime Disciplinar Diferenciado.
 Execuçã o das Penas Restritivas de Liberdade: transitando em julgado a
sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a
ser preso, o Juiz ordenará a expediçã o de guia de recolhimento para a
execuçã o.
 Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de
liberdade, SEM A GUIA expedida pela autoridade judiciaria. Ao Ministério
Pú blico se dará obrigatoriamente ciência da guia de recolhimento.
 O condenado por crime contra a administraçã o pú blica terá a progressã o
de regime do cumprimento da pena condicionado à reparaçã o do dano
que causou, ou à devoluçã o do produto do ilícito praticado, com os
acréscimos legais.
 Quando houver condenaçã o por mais de um crime, no mesmo processo ou
em processos distintos, a determinaçã o do regime de cumprimento será
feita pelo resultado da soma ou unificaçã o das penas, observada, quando
for o caso, a detraçã o ou remiçã o.
 A detraçã o é o tempo que o condenado esteve preso cautelarmente (preso
provisoriamente) e remiçã o é o tempo remido pelo trabalho ou estudo.
 Sobrevindo condenaçã o no curso da execuçã o, somar-se-á a pena ao
restante da que está sendo cumprida, para determinaçã o do regime.

 O cometimento de falta grave durante a execuçã o da pena interrompe o


prazo para a progressã o de regime;
 O bom comportamento é readquirido apó s 1 (um) ano da ocorrência do
fato, ou antes, apó s o cumprimento do requisitos temporal exigível para a
obtençã o do direito.
 Somente poderá ingressar no REGIME ABERTO o condenado que:
I – estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo
imediatamente;
II – apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a
que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com
autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime;
>> Somente se admitirá o recolhimento do beneficiá rio de Regime Aberto
em residência particular quando se tratar de:
1) condenado maior de 70 anos;
2) condenado acometido de doença grave;
3) condenado com filho menor ou doente físico ou menta;
4) condenada gestante.
>>> A prá tica de fato definido como crime DOLOSO é suficiente para dar ensejo à
regressã o de regime, nã o sendo necessá rio o trâ nsito em julgado da sentença
penal condenató ria.

A Remiçã o: é um benefício concedido, ao preso, submetido a regime fechado ou


semiaberto, que pode reduzir o tempo de duraçã o da pena privativa de liberdade
através do trabalho ou do estudo.
 Nã o se admite a remiçã o pelo trabalho no regime aberto;
 Pode-se concluir que a remiçã o pelo trabalho segue a regra do caput do
art. 126 da LEP (regimes fechado e semiaberto), permitindo-se, de forma
excepcional, a remiçã o também no regime aberto somente pela frequência
a curso de ensino regular ou de educaçã o profissional.
 A remiçã o será declarada pelo juiz da execuçã o, ouvidos o Ministério
Pú blico e a defesa;
 A remiçã o também se aplica à s hipó teses de prisã o cautelar;
 O tempo remido será computado como pena cumprida, para TODOS os
efeitos;
 Ao condenado será dada a relaçã o de seus dias remidos.
 Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido;
 Constitui o crime de falsidade ideoló gica, declarar ou atestar falsamente
prestaçã o de serviço para fim de instruir pedido de remiçã o.
 Livramento condicional: Se a revogaçã o for motivada por infraçã o penal
anterior à vigência do livramento, computar-se-á como tempo de
cumprimento da pena o período de prova, sendo permitida, para a
concessã o de novo livramento, a soma do tempo das 2 duas penas. No
caso de revogaçã o por outro motivo, , nã o se computará na pena o tempo
em que esteve solto o liberado, e tampouco se concederá , em relaçã o à
mesma pena, novo livramento.
 O juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do Ministério Pú blico ou
mediante representaçã o do conselho Penitenciá rio, julgará extinta a pena
privativa e liberdade, se expirar o prazo do livramento SEM REVOGAÇÃ O.

>>> Monitoraçã o eletrô nica:


 Para autorizar a saída temporá ria no Regime SEMIABERTO;
 Para determinar a Prisã o domiciliar.

>>> Penas Restritivas de Direito:


1) Prestaçã o de Serviço à comunidade: o trabalho terá a duraçã o de 8 horas
semanais e será realizado aos sá bados, domingos e feriados, ou em dias
ú teis, de modo a nã o prejudicar a jornada normal de trabalho, nos
horá rios estabelecidos pelo juiz. A execuçã o terá início a partir da data do
primeiro comparecimento.
2) Limitaçã o de fim de semana; consiste na obrigaçã o de permanecer, aos
sá bados e domingos, por 5 horas diá rias, em casa de albergado ou outro
estabelecimento adequado. Nos casos de violência doméstica contra a
mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento OBRIGATÓ RIO do
agressor a programas de recuperaçã o e reeducaçã o.
3) Interdiçã o temporá ria de direitos;

>>> Execuçã o da pena de multa: Extraída certidã o da sentença condenató ria com
trâ nsito em julgado, que valerá como título executivo judicial, o MP requererá ,
em autos apartados, a citaçã o do condenado para, no prazo de 10 dias, pagar o
valor da multa ou nomear bens à penhora;
>> Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o depó sito da respectiva
importâ ncia, proceder-se-á à PENHORA de tantos bens quantos bastem para
garantir a execuçã o;
>>> O juiz poderá suspender, pelo período de 02 a 04 anos, a execuçã o da pena
privativa de liberdade, nã o superior a 02 anos, na forma prevista nos artigos 77 a
82 do CP;

>>> Ó RGÃ OS DA EXECUÇÃ O PENAL:


I – O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciá ria:
II – Juízo da execuçã o;
III – Ministério PÚ BLICO;
IV- O Conselho Penitenciá rio;
V- Departamento Penitenciá rio Nacional;
VI – Patrono Pú blico ou particular;
VII – Conselho da Comunidade;
VIII – Defensoria Pú blica.

*** CUMPRIDA OU EXTINTA a pena, Nã o Constarã o da folha corrida, atestados ou


certidõ es fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da justiça, qualquer
notícia ou referencia à condenaçã o, salvo para instruir processo pela prá tica de
nova infraçã o penal ou outros casos expressos em lei.

>>> A penitenciá ria destina-se ao condenado à pena de reclusã o, apenas;


 O juiz poderá modificar as condiçõ es estabelecidas, de ofício, a
requerimento do Ministério Pú blico, da autoridade administrativa ou DO
CONDENADO, desde que as circunstâ ncias assim o recomendarem.
 Somente se admitirá o recolhimento do beneficiá rio de regime aberto em
residência particular quando se tratar de : condenado maior de 70 anos,
condenado acometido de doença grave, condenado com filho menor ou
deficiente físico ou mental; e condenada gestante.
 Atençã o: Condenados que cumprem pena em regime semiaberto e para a
frequência em curso supletivo profissionalizante ou curso superior é
permitida por meio da modalidade de saída temporá ria;
 Em relaçã o a permissã o para sair, essa modalidade nunca dispensará a
vigilâ ncia direta.
 A saída temporá ria pode ser concedida aos condenados que cumpram
pena em regime semiaberto, mediante ato motivado do juiz da execuçã o,
ouvidos o MP e a administraçã o penitenciá ria;

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