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Pós – Penal

e Processo Penal
Legale
PRISÃO E LIBERDADE
PRISÃO PROVISÓRIA
Prisão Provisória
 A prisão provisória, também chamada de
prisão processual ou prisão cautelar se
destaca no processo penal brasileiro por ser
uma forma de isolar o agente da sociedade
antes do mesmo ser condenado com trânsito
em julgado.
Prisão Provisória
 outras formas de prisão:
 prisão civil decretada na esfera cível por
prazo determinado para o devedor de
alimentos;
 prisão disciplinar que é a prisão do militar
que inclusive não é passível de Habeas
corpus;
 prisão definitiva ou prisão-pena que se dá
quando o agente se recolhe à prisão para
cumprir a pena imposta, após o trânsito em
julgado da sentença condenatória.
Prisão em flagrante
Prisão Provisória
Flagrante

 é a única que não é decretada pela


Autoridade Judiciária.
Prisão Provisória
Flagrante

 De acordo com o artigo 301 do CPP sempre


que alguém estiver em estado de flagrância
(art. 302,CPP) qualquer um do povo pode e a
Autoridade Policial e seus agentes devem
prendê-lo em flagrante
Prisão Provisória
Flagrante

 As hipóteses de estado de flagrância estão


previstas no art. 302 do CPP, e são elas:
Prisão Provisória
Flagrante

 a) estar cometendo a infração;


Prisão Provisória
Flagrante

 b) acabar de cometer a infração;


Prisão Provisória
Flagrante

 c) ser perseguido após cometer a infração


 - inclusive podendo ser preso em outra
comarca
 - flagrante impróprio ou quase-flagrante
Prisão Provisória
Flagrante

 d) ser apanhado, num momento posterior,


com instrumentos, armas ou objetos que
façam presumir ser o agente o autor da
infração
 - flagrante presumido
Prisão Provisória
Flagrante

 Não podem ser presos em flagrante:


Prisão Provisória
Flagrante

 - Menores de 18 anos
Prisão Provisória
Flagrante

 - Diplomatas Estrangeiros (por Tratados


ou Convenções)
Prisão Provisória
Flagrante

 - Presidente da República (art. 86, §3º da


CF)
Prisão Provisória
Flagrante

 - Membros do Congresso Nacional (art.


53, §1º da CF) – em crimes afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Deputados Estaduais (art. 27, §1º c/c


art. 53, § 1º da CF) – em crimes
afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Magistrados (art. 33, II, da LOMN) – em


crimes afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Membros do Ministério Público (art.


40, III, da LONMP) – em crimes
afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Advogado (art. 7º,§3º da Lei 8.906/94),


salvo no exercício da profissão em crime
inafiançável
 OBS: Na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (nº 1.127), promovida
pela Associação dos Magistrados Brasileiros,
o STF deu interpretação ao referido artigo de
lei no sentido de que o mesmo não abrange
o delito de desacato
Prisão Provisória
Flagrante

ATENÇÃO - Autoridade Policial no prazo de


24 (vinte e quatro) horas da lavratura do
auto de prisão em flagrante deverá:
Prisão Provisória
Flagrante

 encaminhar cópia à Autoridade Judicial;


Prisão Provisória
Flagrante

 encaminhar cópia à Defensoria Pública (se o


preso for pobre e não tiver condições de
constituir defensor); e
Prisão Provisória
Flagrante

 entregar ao preso a nota de culpa que é a


informação ao preso do motivo de sua prisão
e quem a determinou
Prisão Provisória
Flagrante

OBS: Da lavratura do auto de prisão em


flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa.
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção: Diferenças entre


 Flagrante Preparado
 Flagrante Forjado
 Flagrante Esperado
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção: Direitos do réu preso em


flagrante
 - Assistência da Família e de Advogado
 - Permanecer calado
 - Prisão especial (em alguns casos)
 - Outros
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Flagrante no JECRIM
 - Flagrante na ação privada
 - Flagrante em crime habitual
 - Flagrante em crime permanente
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Vício no flagrante X Força probatória e
Força Coercitiva
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Apresentação espontânea
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Cabe RDD (isolamento preventivo para o
preso em flagrante) (Vejamos:)
 Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso
constitui falta grave e, quando ocasione subversão da
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou
condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime
disciplinar diferenciado, com as seguintes características:
 I - ...
 II - ...
 III - ...
 IV - ...
 § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá
abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
Prisão Preventiva
Prisão Provisória
Preventiva

* A prisão preventiva poderá ser decretada


pela Autoridade Judiciária, de ofício ou a
requerimento, tanto na fase de inquérito
quanto na fase judicial. Para isso, por ser
medida extrema são necessários dois
requisitos:
Prisão Provisória
Preventiva

1) materialidade delitiva e os indícios de


autoria;
Prisão Provisória
Preventiva

2) Um dos fatores a seguir expostos:


 Garantia da ordem pública ou econômica
 Conveniência da instrução criminal
 Assegurar a aplicação da lei penal
 Descumprimento de medida cautelar ou
protetivas de urgência
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 Existe previsão para a prisão preventiva


somente para crimes dolosos e não para os
culposos.
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 A prisão preventiva pode ser decretada e


revogada quantas vezes forem necessárias.
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 A prisão preventiva não pode (em regra) ser


decretada para crimes com pena de até 4
anos
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 Cabe RDD Provisório (Isolamento


Preventivo) na Prisão Preventiva (vide
observação do flagrante)
Prisão Temporária
Prisão Provisória
Temporária

 A prisão temporária não está prevista no


Código de Processo Penal, mas é na Lei
7960/89
Prisão Provisória
Temporária

 Essa prisão será decretada para


 1) facilitar as investigações de crimes graves,
previstos na lei
 2) Quando o indiciado não tiver residência
fixa ou não fornecer elementos necessários
para o esclarecimento de sua identidade,
nos crimes previstos na lei
Prisão Provisória
Temporária

 Crimes que cabem a prisão temporária (rol


taxativo):
Prisão Provisória
Temporária

 a) homicídio doloso;
 b) seqüestro ou cárcere privado;
 c) roubo;
 d) extorsão (OBS: não está incluído o
sequestro relâmpago);
 e) extorsão mediante seqüestro;
Prisão Provisória
Temporária

 f) estupro (OBS: não está incluído o estupro


e vulnerável);
 g) atentado violento ao pudor (revogado);
 h) rapto violento (revogado);
 i) epidemia com resultado de morte;
 j) envenenamento de água potável ou
substância alimentícia ou medicinal
qualificado pela morte;
Prisão Provisória
Temporária

 l) quadrilha ou bando (agora chamado


Associação Criminosa);
 m) genocídio;
 n) tráfico de drogas;
 o) crimes contra o sistema financeiro.
 p) crime de terrorismo (Lei 13.260/16)
Prisão Provisória
Temporária

 Diferentemente da prisão preventiva, que


pode ser decretada de oficio ou
requerimento, a prisão temporária deve ser
requerida pela Autoridade Policial ou pelo
Ministério Público.
Prisão Provisória
Temporária

 o magistrado tem um prazo de 24 (vinte e


quatro) horas para decidir se decreta ou não
a prisão temporária. Se o juiz decretá-la,
sempre fundamentadamente, está será por
um prazo certo e determinado.
Prisão Provisória
Temporária

 O prazo da temporária, em regra geral, será


de 5 (cinco) dias e poderá ser renovado por
mais 5 (cinco) dias.
Prisão Provisória
Temporária

 Contudo, crimes hediondos ou equiparados


a hediondos o prazo será de 30 (trinta) dias
que poderá ser renovado por mais 30 (trinta)
dias.
Prisão Provisória
Temporária

 Esgotado o prazo da temporária e, se o preso


não ficar detido por outro motivo, deverá ser
colocado em liberdade independentemente
de alvará de soltura
LEI 12.403/11
Lei 12.403/11
 A Lei 12.403 de 04 de maio de 2011 altera
dispositivos do Código de Processo Penal no
que diz respeito a:
 - Prisões Provisórias
 - Liberdade Provisória
 - Relaxamento da Prisão
 - Criação de Medidas Cautelares
 - outros
Introdução
 Principais alterações:
Comunicação da Prisão
 O novo artigo 283 traz novas formas de
comunicação da prisão entre comarcas,
incluindo além da Carta Precatória, outros
meios de comunicação (como a rede
mundial de computadores – Internet)
Separação dos Presos Provisórios
 Antes, a lei mencionava que os presos
provisórios “sempre que possível”
deveriam ficar separados dos presos
condenados com trânsito em julgado.
Doravante a lei é taxativa impondo que os
presos provisórios deverão ficar separados
dos presos condenados com trânsito em
julgado
Art. 310
 Agora, quando o Juiz receber o auto de
prisão em flagrante deverá,
fundamentadamente tomar uma das
seguintes decisões:
Art. 310
 relaxar a prisão ilegal
 converter a prisão em flagrante em prisão
preventiva, quando presentes os requisitos
dessa modalidade de prisão ou quando
forem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão
 conceder a liberdade provisória, com ou sem
fiança, podendo impor ou não uma das
medidas cautelares abaixo analisadas
Art. 310
 relaxar a prisão ilegal
 observações
Art. 310
 converter a prisão em flagrante em prisão
preventiva, quando presentes os requisitos
dessa modalidade de prisão ou quando
forem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão
 observações
Art. 310
 conceder a liberdade provisória, com ou sem
fiança, podendo impor ou não uma das
medidas cautelares abaixo analisadas
 observações
Art. 310
 Permanece a regra de concessão da
liberdade quando for o caso da presença de
uma excludente de ilicitude (estado de
necessidade, legítima defesa, estrito
cumprimento do dever legal e exercício
regular do direito) (não mais no “caput” e
sim no par. Único do art. 310 do CPP)
Da Prisão Domiciliar
 O Capítulo IV mudou o seu foco. Antes
tratava “Da Apresentação Espontânea do
Acusado” e passa a tratar “Da Prisão
Domiciliar”
Da Prisão Domiciliar
 Poderá o agente ficar em prisão domiciliar
(na sua própria residência) quando:
Da Prisão Domiciliar
 for maior de 80 (oitenta) anos;
 extremamente debilitado por motivo de
doença grave
 quando imprescindível aos cuidados
especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência
(segue)
Da Prisão Domiciliar
 Gestante
 mulher com filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos
 homem, caso seja o único responsável pelos
cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos
Da Prisão Domiciliar
 Para a substituição da prisão preventiva por
prisão domiciliar o juiz deverá ter prova
idônea da ocorrência de um dos casos retro
expostos
Das Outras Medidas Cautelares
 Talvez a mudança mais expressiva é a
criação do capitulo V “Das Outras Medidas
Cautelares” em substituição ao antigo
capítulo V “Da Prisão Administrativa”
Das Outras Medidas Cautelares
 A Lei em apreço cria as seguintes medidas
cautelares:
Das Outras Medidas Cautelares
 * comparecimento periódico em juízo, no
prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
informar e justificar atividades;
 * proibição de acesso ou frequência a
determinados lugares quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas
infrações;
Das Outras Medidas Cautelares
 * proibição de manter contato com pessoa
determinada quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou
acusado dela permanecer distante;
 * proibição de ausentar-se da Comarca
quando a permanência seja conveniente ou
necessária para a investigação ou instrução;
Das Outras Medidas Cautelares
 * recolhimento domiciliar no período
noturno e nos dias de folga quando o
investigado ou acusado tenha residência e
trabalho fixos;
 * suspensão do exercício de função pública
ou de atividade de natureza econômica ou
financeira quando houver justo receio de sua
utilização para a prática de infrações penais;
Das Outras Medidas Cautelares
 * internação provisória do acusado nas
hipóteses de crimes praticados com
violência ou grave ameaça, quando os
peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e
houver risco de reiteração;
 * monitoração eletrônica
Das Outras Medidas Cautelares
 a proibição de ausentar-se do País deverá ser
comunicada pelo juiz às autoridades
encarregadas de fiscalizar as saídas do
território nacional, intimando-se o
indiciado ou acusado para entregar o
passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas
Das Outras Medidas Cautelares
 * fiança, nas infrações que a admitem, para
assegurar o comparecimento a atos do
processo, evitar a obstrução do seu
andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;
Fiança
 É um depósito em garantia;
Fiança
 pode ser em dinheiro,
 título da dívida pública estadual, federal ou
municipal,
 pedras ou metais preciosos, ou hipoteca de
imóvel
 – art. 330 do CPP.
Fiança
 A fiança poderá ser: cassada, quebrada,
perdida ou reforçada.
Fiança
 A fiança será considerada quebrada,
conforme vigente art. 341 do CPP, quando o
réu:
 a) não comparecer a ato processual
regularmente intimado imotivadamente;
 b) obstruir de propósito o andamento do
processo;
Fiança
 c) praticar novo crime doloso;
 d) resistir sem motivo à ordem judicial;
 e) descumprir medida cautelar imposta
cumulativamente coma fiança.
Fiança
 Já a perda da fiança (atual art. 344 do mesmo
Codex) ocorre:
 quando o condenado não se apresenta para
o início do cumprimento da pena imposta
Fiança
 É chamado de reforço de fiança quando o
valor arbitrado se mostre inexato ou
insuficiente aos fins visados pelo instituto
(art. 340 do CPP).
Fiança
 A fiança será cassada quando reconhecida a
existência de crime inafiançável – arts. 338 e
339 do CPP.
Fiança
 Atenção
 1/2 (metade) do valor da fiança no caso de
quebra de fiança passa a fazer parte do
Fundo Penitenciário Nacional, conforme
determina o art. 2º, VI, da Lei
Complementar n. 79, de 7 de janeiro de
1994.
Fiança
 Antes, a Autoridade Policial somente
poderia conceder fiança se a infração fosse
punida com detenção ou prisão simples.
Com a nova redação, independente da pena
ser de detenção ou reclusão, a Autoridade
Policial poderá conceder a fiança se a
pena máxima for de até 4 (quatro) anos e
nos demais casos a fiança será requerida à
Autoridade Judiciária que decidirá em até 48
(quarenta e oito) horas
Fiança
 Será inafiançável:
 * crimes de racismo;
 * crimes de tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e
nos definidos como crimes hediondos;
 * crimes cometidos por grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
Fiança
 * as infrações em que o agente, no mesmo
processo, tiverem quebrado fiança
anteriormente concedida ou infringido, sem
motivo justo, qualquer das obrigações a que
se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
 * a prisão civil ou militar;
 * quando presentes os motivos que
autorizam a decretação da prisão preventiva
(art. 312 do CPP)
Fiança
 Valor da fiança
 A Lei traz parâmetros em salários-mínimos
para a fiança:
Fiança
 * de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos,
quando se tratar de infração cuja pena
privativa de liberdade, no grau máximo, não
for superior a 4 (quatro) anos;
Fiança
 * de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários
mínimos, quando o máximo da pena
privativa de liberdade cominada for superior
a 4 (quatro) anos.
Fiança
 Dependendo da capacidade econômica do
agente, a fiança poderá ser dispensada,
reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços)
ou aumentada em até 1.000 (mil) vezes
Outras alterações da Lei 12.403/11
 O artigo 595 também foi revogado,
acabando com a deserção do recurso pela
fuga da prisão por parte do recorrente
Formas de Libertação
Formas de Libertação
 Relaxamento;
 Liberdade Provisória;
 Revogação de Prisão Preventiva;
 Revogação de Prisão Temporária;
 HC e
 ROC
QUESTÕES PREJUDICIAIS
Questões Prejudiciais

 Questão prejudicial é uma questão exterior


ao processo, mas que pode influenciar
diretamente no mérito do processo

 (Questões que envolvem os fundamentos da


ação, a origem, a própria definição de crime)
Questões Prejudiciais

 A própria existência da infração pode depender


da solução de uma controvérsia extra-processo
Questões Prejudiciais

 As questões prejudiciais podem ser:

 * Homogêneas (comum ou imperfeita) –


quando pertence ao mesmo ramo do direito da
questão prejudicada

 * Heterogêneas (perfeita ou jurisdicional) –


pertencem a ramos do direito diversos
Questões Prejudiciais

 As questões prejudiciais podem ser:

 * Obrigatórias – são resolvidas unicamente na


jurisdição cível – estado civil de pessoas
(suspende o prazo prescricional)
 * Facultativas – depende do juízo e
conveniência da jurisdição penal (p. ex.
propriedade nos crimes patrimoniais)
Questões Prejudiciais

 No caso das questões prejudiciais facultativas, a


suspensão da ação penal deve seguir os
seguintes requisitos:
 - é necessária a existência prévia de uma ação
no juízo cível para a solução da questão
 - a matéria há de ser de difícil solução e deve
versar sobre direito cuja prova não seja limitada
pela lei civil
Questões Prejudiciais

 Quando o juiz criminal determinar a suspensão


do processo, poderá haver inquirição das
testemunhas e formação de outras provas de
natureza urgente
Questões Prejudiciais
 O juiz marcará o prazo da suspensão, que
poderá ser razoavelmente prorrogado, se a
demora não for imputável à parte.
 Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha
proferido decisão, o juiz criminal fará
prosseguir o processo, retomando sua
competência para resolver, de fato e de direito,
toda a matéria da acusação ou da defesa
Questões Prejudiciais

 Se for o crime de ação pública, o Ministério


Público, quando necessário, promoverá a ação
civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada,
com a citação dos interessados
Questões Prejudiciais
 Do despacho que denegar a suspensão não
caberá recurso.
 Suspenso o processo, e tratando-se de crime de
ação pública, incumbirá ao Ministério Público
intervir imediatamente na causa cível, para o
fim de promover-lhe o rápido andamento.

fim
EXCEÇÕES
Exceção
 Exceções são defesas indiretas (não entram no
mérito) apresentadas no processo penal no
momento da resposta
 As exceções não negam o crime ou a autoria,
mas podem extinguir a pretensão, prorrogar ou
retardar a pretensão.
 Por isso, se diz que as exceções são dilatórias ou
peremptórias
Exceção
Podem ser:
 de suspeição
 de incompetência
 de ilegitimidade de parte
 de litispendência
 de coisa julgada
Exceção - Suspeição
 A argüição de suspeição precederá a qualquer
outra, salvo quando fundada em motivo
superveniente.
Exceção - Suspeição
 Se dará quando o Juiz for considerado suspeito
Exceção - Suspeição
 O juiz que espontaneamente afirmar suspeição
deverá fazê-lo por escrito, declarando o motivo
legal, e remeterá imediatamente o processo ao
seu substituto, intimadas as partes.
Exceção - Suspeição
 Para arguir essa exceção, se deve fazer em
petição acompanhada de prova documental ou
do rol de testemunhas.
Exceção - Suspeição
 Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a
marcha do processo, mandará juntar aos autos
a petição do recusante com os documentos que
a instruam, e por despacho se declarará
suspeito, ordenando a remessa dos autos ao
substituto.
Exceção - Suspeição
 Se não aceitar a suspeição, o juiz mandará
autuar em apartado a petição, dará sua resposta
dentro em três dias, podendo instruí-la e
oferecer testemunhas, e, em seguida,
determinará sejam os autos da exceção
remetidos, dentro em 24 vinte e quatro horas,
ao juiz ou tribunal a quem competir o
julgamento.
Exceção - Suspeição
 Reconhecida, preliminarmente, a relevância da
argüição, o juiz ou tribunal, com citação das
partes, marcará dia e hora para a inquirição das
testemunhas, seguindo-se o julgamento,
independentemente de mais alegações.
Exceção - Suspeição
 Se a suspeição for de manifesta improcedência,
o juiz ou relator a rejeitará liminarmente.
Exceção - Suspeição
 Julgada procedente a suspeição:
 - ficarão nulos os atos do processo principal
 - deverá, nesse caso, o juiz pagar as custas, no
caso de erro inescusável;

 Rejeitada, evidenciando-se a malícia do


excipiente, a este será imposta a multa.
Exceção - Suspeição
 Quando a parte contrária reconhecer a
procedência da argüição, poderá ser sustado, a
seu requerimento, o processo principal, até que
se julgue o incidente da suspeição.
Exceção - Suspeição
 Nos Tribunais, o magistrado que se julgar
suspeito deverá declará-lo nos autos e, se for
revisor, passar o feito ao seu substituto na
ordem da precedência, ou, se for relator,
apresentar os autos em mesa para nova
distribuição.
Exceção - Suspeição
 Se não for relator nem revisor, o juiz que
houver de dar-se por suspeito, deverá fazê-lo
verbalmente, na sessão de julgamento,
registrando-se na ata a declaração.
Exceção - Suspeição
 Se o presidente do tribunal se der por suspeito,
competirá ao seu substituto designar dia para o
julgamento e presidi-lo.
Exceção - Suspeição
 A suspeição, não sendo reconhecida, será
julgada pelo tribunal pleno, funcionando como
relator o presidente.
Exceção - Suspeição
 Se o recusado for o presidente do tribunal, o
relator será o vice-presidente.
Exceção - Suspeição
 Se for argüida a suspeição do órgão do
Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo,
decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a
produção de provas no prazo de três dias.
Exceção - Suspeição
 As partes poderão também argüir de suspeitos
os peritos, os intérpretes e os serventuários ou
funcionários de justiça, decidindo o juiz de
plano e sem recurso, à vista da matéria alegada
e prova imediata.
Exceção - Suspeição
 A suspeição dos jurados deverá ser argüida
oralmente, decidindo de plano do presidente
do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada
pelo recusado, não for imediatamente
comprovada, o que tudo constará da ata.
Exceção - Suspeição
 Não se poderá opor suspeição às autoridades
policiais nos atos do inquérito, mas deverão
elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer
motivo legal.
Exceção - Suspeição
 Impedimento
 Se dá quando houver uma relação objetiva para
com o réu, vítima ou para com a causa
Exceção - Suspeição
 O juiz, o órgão do Ministério Público, os
serventuários ou funcionários de justiça e os
peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no
processo, quando houver incompatibilidade ou
impedimento legal, que declararão nos autos.
 Se não se der a abstenção, a incompatibilidade
ou impedimento poderá ser argüido pelas
partes, seguindo-se o processo estabelecido
para a exceção de suspeição
Exceção - Incompetência
 À evidência, a exceção de incompetência do
juízo poderá ser oposta quando as regras
atinentes à competência não forem obedecidas
Exceção - Incompetência
 Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a
declinatória, o feito será remetido ao juízo
competente, onde, ratificados os atos
anteriores, o processo prosseguirá.
Exceção - Incompetência
 Recusada a incompetência, o juiz continuará
no feito, fazendo tomar por termo a
declinatória, se formulada verbalmente.
Exceção - Incompetência
 Se em qualquer fase do processo o juiz
reconhecer motivo que o torne incompetente,
declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da
parte
Exceção
 Nas exceções de litispendência, ilegitimidade
de parte e coisa julgada, será observado, no que
Ihes for aplicável, o disposto sobre a exceção de
incompetência do juízo.
 Diferença entre:
 - ilegitimidade de parte
 - litispendência
 - coisa julgada
Exceção
 Se a parte houver de opor mais de uma dessas
exceções, deverá fazê-lo numa só petição ou
articulado.
Exceção
 A exceção de coisa julgada somente poderá ser
oposta em relação ao fato principal, que tiver
sido objeto da sentença.

 As exceções serão processadas em autos


apartados e não suspenderão, em regra, o
andamento da ação penal.

fim
RESTITUIÇÃO DE COISAS
APREENDIDAS
Restituição de coisas apreendidas

 Os bens apreendidos (do réu, da vítima ou


de terceiro) podem ser restituídos ?
Restituição de coisas apreendidas

 Podem, quando não interessarem ao


processo
Restituição de coisas apreendidas

 A restituição deve ser autorizada pelo Juiz


ou pela Autoridade Policial, desde que
comprovado o direito de propriedade

 Se o direito não for líquido e certo o pedido


será autuado em apartado, podendo a parte
provar o alegado, sempre ouvido o
Ministério Público
Restituição de coisas apreendidas

 Se a dúvida sobre a propriedade persistir, o


Juízo Criminal remeterá as partes para o
Juízo Cível
Restituição de coisas apreendidas

 Da decisão sobre a restituição de coisas


apreendidas caberá apelação (art. 593, II do
CPP)
Restituição de coisas apreendidas

 No caso de apreensão de coisa adquirida


com os proventos da infração, não se
restituirá e os bens serão vendidos em hasta
pública
Restituição de coisas apreendidas

 Fora dos casos de restituição ou de bens


adquiridos com o proveito do crime, se
dentro no prazo de 90 dias, a contar da data
em que transitar em julgado a sentença
final, condenatória ou absolutória, os
objetos apreendidos não forem reclamados
ou não pertencerem ao réu, serão vendidos
em leilão, depositando-se o saldo em conta
judicial
Restituição de coisas apreendidas

 Os instrumentos do crime, cuja perda em


favor da União for decretada, e as coisas
confiscadas, serão inutilizados ou recolhidos
a museu criminal, se houver interesse na sua
conservação

fim
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
Medidas Assecuratórias

 São medidas tomadas na esfera criminal,


para possibilitar a reparação de danos na
esfera cível
Medidas Assecuratórias

 São três as medidas assecuratórias:


 - sequestro
 - arresto
 - hipoteca legal
Medidas Assecuratórias - sequestro

 Caberá o seqüestro dos bens móveis ou


imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham
sido transferidos a terceiro, bastando a
existência de indícios veementes da
proveniência ilícita dos bens
Medidas Assecuratórias - sequestro

 O seqüestro poderá ser determinado de


ofício ou a requerimento, tanto na fase de
inquérito quanto na fase judicial
Medidas Assecuratórias - sequestro

 O seqüestro autuar-se-á em apartado e


admitirá embargos de terceiro, do acusado, sob
o fundamento de não terem os bens sido
adquiridos com os proventos da infração ou do
terceiro, a quem houverem os bens sido
transferidos a título oneroso, sob o fundamento
de tê-los adquirido de boa-fé.
Medidas Assecuratórias - sequestro

 Transitada em julgado a sentença condenatória,


o juiz, de ofício ou a requerimento do
interessado, determinará a avaliação e a venda
dos bens em leilão público.
 Do dinheiro apurado, será recolhido ao Tesouro
Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro
de boa-fé.
Medidas Assecuratórias - sequestro

 O seqüestro será levantado:


 - se a ação penal não for intentada no prazo de
sessenta dias, contado da data em que ficar
concluída a diligência;
 - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os
bens, prestar caução;
 - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido
o réu, por sentença transitada em julgado
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 Caberá arresto de bens móveis e hipoteca
legal de bens imóveis, na fase judicial,
quando se tenha certeza da infração e
indícios suficientes de autoria e o agente
estiver se desfazendo de bens para frustrar
futura indenização na esfera cível
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 Pedida a especialização de hipotece mediante
requerimento, em que a parte estimará o valor
da responsabilidade civil, e designará e
estimará o imóvel ou imóveis que terão de ficar
especialmente hipotecados, o juiz mandará
logo proceder ao arbitramento do valor da
responsabilidade e à avaliação do imóvel ou
imóveis.
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 A petição será instruída com as provas ou
indicação das provas em que se fundar a estimação
da responsabilidade, com a relação dos imóveis
que o responsável possuir, se outros tiver, além dos
indicados no requerimento, e com os documentos
comprobatórios do domínio
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou
em títulos de dívida pública, pelo valor de sua
cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar
proceder à inscrição da hipoteca legal.
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 Se o responsável não possuir bens imóveis ou os
possuir de valor insuficiente, poderão ser
arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos
termos em que é facultada a hipoteca legal dos
imóveis
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 O arresto será levantado ou cancelada a
hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu
for absolvido ou julgada extinta a
punibilidade
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 Passando em julgado a sentença
condenatória, serão os autos de hipoteca ou
arresto remetidos ao juiz do cível, para a
ação civil “ex delicto”

 Entretanto, ...
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 O juiz determinará a alienação antecipada
para preservação do valor dos bens sempre
que estiverem sujeitos a qualquer grau de
deterioração ou depreciação, ou quando
houver dificuldade para sua manutenção.
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 O leilão far-se-á preferencialmente por meio
eletrônico e os bens deverão ser vendidos pelo
valor fixado na avaliação judicial ou por valor
maior.
 Não alcançado o valor estipulado pela
administração judicial, será realizado novo leilão,
em até 10 (dez) dias contados da realização do
primeiro, podendo os bens ser alienados por valor
não inferior a 80% (oitenta por cento) do
estipulado na avaliação judicial
Medidas Assecuratórias – arresto e hipoteca
legal
 O produto da alienação ficará depositado em conta
vinculada ao juízo até a decisão final do processo,
procedendo-se à sua conversão em renda para a
União, Estado ou Distrito Federal, no caso de
condenação, ou, no caso de absolvição, à sua
devolução ao acusado

fim
INCIDENTE DE FALSIDADE
Incidente de Falsidade

 A falsidade deve ser arguida por escrito,


embora o Juiz possa reconhecê-la de ofício.
Incidente de Falsidade

 Argüida, o juiz:
 - mandará autuar em apartado a
impugnação, e em seguida ouvirá a parte
contrária, que, no prazo de 48 horas,
oferecerá resposta;
 - assinará o prazo de três dias,
sucessivamente, a cada uma das partes, para
prova de suas alegações;
Incidente de Falsidade

 Se reconhecida a falsidade por decisão


irrecorrível, mandará desentranhar o
documento e remetê-lo, com os autos do
processo incidente, ao Ministério Público.
Incidente de Falsidade

 Tal qual na queixa-crime, a argüição de


falsidade, feita por procurador, exige
poderes especiais

fim
INCIDENTE DE INSANIDADE
MENTAL
Incidente de Insanidade Mental

 Instalado de ofício ou a requerimento (Ministério


Público, do defensor, do curador, do ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado)
Incidente de Insanidade Mental

 Instalado de ofício ou a requerimento (Ministério


Público, do defensor, do curador, do ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado)
 Quando houver dúvida sobre a integridade mental
do acusado
Incidente de Insanidade Mental

 Instalado de ofício ou a requerimento (Ministério


Público, do defensor, do curador, do ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado)
 Quando houver dúvida sobre a integridade mental
do acusado

 OBS: na fase de inquérito, por representação da


Autoridade Policial
Incidente de Insanidade Mental

 O juiz nomeará curador ao acusado


Incidente de Insanidade Mental

 O juiz nomeará curador ao acusado


 Suspende o processo
Incidente de Insanidade Mental

 O juiz nomeará curador ao acusado


 Suspende o processo
 Prazo do exame: 45 dias (ampliado)
Incidente de Insanidade Mental

 O juiz nomeará curador ao acusado


 Suspende o processo
 Prazo do exame: 45 dias (ampliado)
 O incidente da insanidade mental processar-se-á
em auto apartado, que só depois da apresentação
do laudo, será apenso ao processo principal.

fim
BUSCA E APREENSÃO
Busca e apreensão

 A busca será domiciliar ou pessoal.


Busca e apreensão

 A busca domiciliar será para:


 - prender criminosos;
 - apreender coisas achadas ou obtidas por
meios criminosos;
 - apreender instrumentos de falsificação ou
de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
(segue)
Busca e apreensão

 - apreender armas e munições,


instrumentos utilizados na prática de crime
ou destinados a fim delituoso;
 - descobrir objetos necessários à prova de
infração ou à defesa do réu;

(segue)
Busca e apreensão

 - apreender cartas, abertas ou não,


destinadas ao acusado ou em seu poder,
quando haja suspeita de que o
conhecimento do seu conteúdo possa ser
útil à elucidação do fato;
 - apreender pessoas vítimas de crimes;
 - colher qualquer elemento de convicção.
Busca e apreensão
 A busca poderá ser determinada de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes e o
mandado deverá:
 - indicar, o mais precisamente possível, a casa
em que será realizada a diligência e o nome do
respectivo proprietário ou morador; ou, no caso
de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de
sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
(segue)
Busca e apreensão
 - mencionar o motivo e os fins da diligência;
 - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela
autoridade que o fizer expedir.
Busca e apreensão
 As buscas domiciliares serão executadas de
dia, salvo se o morador consentir que se
realizem à noite, para prestar socorro ou no
caso de flagrante delito
Busca e apreensão
 Antes de entrarem na casa, os executores
mostrarão e lerão o mandado ao morador,
ou a quem o represente, intimando-o, em
seguida, a abrir a porta e, em caso de
desobediência, será arrombada a porta e
forçada a entrada.
 Finda a diligência, os executores lavrarão
auto circunstanciado, assinando-o com duas
testemunhas presenciais
Busca e apreensão
 Em casa habitada, a busca será feita de
modo que não moleste os moradores mais
do que o indispensável para o êxito da
diligência.
Busca e apreensão
 Proceder-se-á à busca pessoal quando
houver fundada suspeita de que alguém
oculte consigo arma proibida ou objetos de
forma irregular
Busca e apreensão
 A busca pessoal independerá de mandado
Busca e apreensão
 A busca em mulher será feita por outra
mulher, se não importar retardamento ou
prejuízo da diligência
PARTES ENVOLVIDAS NO
PROCESSO
JUIZ
Partes envolvidas no processo

 Ao juiz incumbirá prover à regularidade do


processo e manter a ordem no curso dos
respectivos atos, podendo, para tal fim,
requisitar a força pública.
Partes envolvidas no processo

 O juiz não poderá exercer jurisdição nos


casos de suspeição e impedimento
 Também não poderá atuar:
 - ele próprio houver desempenhado
qualquer dessas funções ou servido como
testemunha;

(segue)
Partes envolvidas no processo
 - tiver funcionado como juiz de outra
instância, pronunciando-se, de fato ou de
direito, sobre a questão;
 - nos juízos coletivos (em que não poderão
servir no mesmo processo os juízes que
forem entre si parentes, consangüíneos ou
afins, em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive)
(segue)
Partes envolvidas no processo
 - se ele, seu cônjuge, ascendente ou
descendente, estiver respondendo a processo
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso
haja controvérsia;
 - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo,
ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar
demanda ou responder a processo que tenha de
ser julgado por qualquer das partes;
 - se tiver aconselhado qualquer das partes;
MINISTÉRIO PÚBLICO
Partes envolvidas no processo

 Ao Ministério Público cabe promover,


privativamente, a ação penal pública e
fiscalizar a execução da lei.

 Os órgãos do Ministério Público são


estendidos todos os casos de suspeição e
impedimento do Juiz.
ACUSADO E SEU DEFENSOR
Partes envolvidas no processo

 Nenhum acusado, ainda que ausente ou


foragido, será processado ou julgado sem
defensor
 (Ampla defesa corresponde a autodefesa e
defesa técnica)
Partes envolvidas no processo

 Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado


defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito
de, a todo tempo, nomear outro de sua
confiança, ou a si mesmo defender-se, caso
tenha habilitação.
Partes envolvidas no processo

 O defensor não poderá abandonar o


processo senão por motivo imperioso,
comunicado previamente o juiz, sob pena de
multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários
mínimos, sem prejuízo das demais sanções
cabíveis.
Partes envolvidas no processo

 A audiência poderá ser adiada se, por motivo


justificado, o defensor não puder
comparecer, mas incumbe ao defensor
provar o impedimento até a abertura da
audiência. Não o fazendo, o juiz não
determinará o adiamento de ato algum do
processo, devendo nomear defensor
substituto, ainda que provisoriamente ou só
para o efeito do ato.
Partes envolvidas no processo

 A constituição de defensor independerá de


instrumento de mandato, se o acusado o
indicar por ocasião do interrogatório.
ASSISTENTES
Partes envolvidas no processo

 Em todos os termos da ação pública, poderá


intervir, como assistente do Ministério
Público, o ofendido ou seu representante
legal, ou, na falta o “CADI”.
Partes envolvidas no processo

 O assistente será admitido enquanto não


passar em julgado a sentença e receberá a
causa no estado em que se achar.
Partes envolvidas no processo

 Ao assistente será permitido propor meios


de prova, requerer perguntas às
testemunhas, participar do debate oral e
arrazoar os recursos interpostos pelo
Ministério Público, ou por ele próprio, nos
casos do RESE e da Apelação.
Partes envolvidas no processo

 O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá


acerca da realização das provas propostas
pelo assistente.
Partes envolvidas no processo

 O processo prosseguirá independentemente


de nova intimação do assistente, quando
este, intimado, deixar de comparecer a
qualquer dos atos da instrução ou do
julgamento, sem motivo de força maior
devidamente comprovado.
Partes envolvidas no processo

 O Ministério Público será ouvido


previamente sobre a admissão do assistente.
Partes envolvidas no processo

 Do despacho que admitir, ou não, o


assistente, não caberá recurso, devendo,
entretanto, constar dos autos o pedido e a
decisão.
FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA,
PERITOS E INTÉRPRETES
Partes envolvidas no processo

 Estão sujeitos a todos os casos de suspeição e


impedimento do Juiz os funcionários da
justiça, peritos e interpretes.
Partes envolvidas no processo

 As partes não intervirão na nomeação do


perito (mas podem nomear assistentes
técnicos).
Partes envolvidas no processo

 Não poderão ser peritos:


 - os que estiverem sujeitos à interdição de
direito;
 - os que tiverem prestado depoimento no
processo ou opinado anteriormente sobre o
objeto da perícia;
 - os analfabetos e os menores de 21 anos.
Partes envolvidas no processo

 Os intérpretes são equiparados aos peritos ,


para todos os efeitos.

fim

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