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DIREITO PENAL-

Acadêmica: Cleres do Nascimento Mansano

1. Quais as espécies de prisão cautelar, provisória ou processual?


 De acordo com Segundo Renato Brasileiro de Lima a doutrina majoritária
brasileira, apresenta classificação em três espécies de prisões cautelares e
processuais, que são: prisão temporária, prisão em flagrante e prisão preventiva;
 Já a prisão provisória apresenta as espécies: a prisão em flagrante (arts. 301
a 310 do CPP); a prisão temporária (Lei n°7.960/89); a prisão preventiva (arts. ...
282 e 408, §1º); e a prisão por sentença condenatória recorrível (art. 393, I).

2. Quais os requisitos para a decretação da prisão preventiva?

R: Para decretar a prisão preventiva deve seguir os requisitos para garantia da


ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade
do imputado.

Também, conforme o art. 312 do CPP, e, conforme o § 1 do mesmo art. também


poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações
impostas por força de outras medidas cautelares necessárias.

3. Quando pode ser decretada e quando será admitida a prisão preventiva? Qual
seu prazo de duração?

R: De acordo com o art. 312 do CPP, pode ser decretada a prisão preventiva como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado
de liberdade do imputado; e conforme o § 1 do art. supracitado, a prisão preventiva
também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.
De todo modo, cabe a prisão preventiva nas hipóteses previstas no art. 313 do
CPP, mas sua duração é definido no CPP, mas, deve se respeitar os princípios da
proporcionalidade e da necessidade da prisão preventiva.

4. Quais são as hipóteses autorizadoras da prisão em flagrante?

A) flagrante próprio (art. 302, I e II): é a hipótese em que o agente é surpreendido


praticando o crime (ou logo após cometê-lo);

B) flagrante impróprio (art. 302, III): também chamado de quase flagrante. É a


situação em o autor da infração é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração;

C) flagrante presumido ou ficto (art. 302, IV): trata-se de hipótese em que, logo
depois do crime, alguém é encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam com que se presuma ser, essa pessoa, a autora da infração. Não há
perseguição.

D) flagrante preparado ou provocado: é a situação em que o autor do crime é


induzido a praticar o ato, em cenário montado para tal fim.

E) flagrante esperado: não se confunde com o provocado, pois, aqui, o agente


não foi induzido a praticar o crime. Consiste no ato (por isso o nome) de esperar a
ocorrência do delito, para que seja possível a prisão em flagrante do criminoso.

F) flagrante prorrogado ou retardado: como já comentado anteriormente,


quando vimos o art. 301 do CPP, a autoridade policial e os seus agentes tem o
dever legal de efetuar a prisão de quem se encontre em flagrante delito. Portanto,
trata-se de ato vinculado, e não discricionário.

g) flagrante forjado: é o caso em que o flagrante é criado. No flagrante provocado,


o agente pratica fato que é considerado crime, mas é atípica a conduta, pois não
passa de mero fantoche nas mãos de quem o induziu a praticar o ato. No forjado,
a suposta pessoa em flagrante não praticou qualquer ato.
5. Qual o procedimento a ser observado em caso de prisão em flagrante?

R: Em caso de prisão em flagrante deve ser observado: a captura, em


conformidade com o art. 302 do CPP; a conduta coercitiva; a lavratura do APF; e
o reconhecimento da prisão, em conformidade com o art 322, do CPP. (LIMA,
2020)

6. O que é necessário para a decretação de prisão temporária? Qual o prazo?

R: De acordo com, o art. 1 da Lei 7.960/89 é necessário para a decretação da


prisão temporária: que ela seja imprescindível para a investigação do inquérito
policial, que o indiciado não tenha residência fixa ou não forneça os elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade e que haja fundadas razões, de
acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
participação do indiciado nos crimes das alíneas “a” até “p” do mesmo artigo

De acordo com o art. 2 da Lei 7.960/89, o prazo é de 5 (cinco) dias, prorrogável


por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

7. A prisão decorrente da pronúncia é obrigatória? Após a prolação de sentença


condenatória recorrível, o réu necessariamente deve ser recolhido à prisão?

R: A prisão decorrente da pronuncia não é obrigatória. Contudo, depois da


prolação de sentença condenatória recorrível o juiz deve decidir de forma motivada
se o réu vai ou não ser recolhido à prisão ou se outra medida vai acontecer,
conforme CPP arts. 312 e 413, §3 .

8. Em que consiste a prisão domiciliar? Quais as hipóteses em que é cabível?

R: De acordo com os artigos 317 e 318 do CPP, a prisão domiciliar consiste no


recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo se ausentar
com autorização judicial e é cabível quando o agente for: a) maior de 80 anos; b)
extremamente debilitado por motivo de doença grave; c) imprescindível aos
cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
d) gestante; e) mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; f)
homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze)
anos de idade incompletos.

9. Em que consiste a liberdade provisória? Cabe concessão de liberdade


provisória em caso de cessar a razão que determinou prisão preventiva ou
temporária?

R: De acordo com os artigos 282, § 5 e 6 e art. 316 do CPP, a liberdade provisória


é a espera em liberdade do acusado até o trânsito e julgado processual, em caso
de cessar a razão que determinou a prisão preventiva ou temporária cabe
revogação da prisão preventiva ou temporária e não liberdade provisória.

10. Em que consiste a fiança? Quem pode conceder fiança? Qual o valor da fiança?
O que se leva em consideração para determinação desse valor? Qual a
destinação do valor da fiança?

R: . De acordo com os artigos 322, 325, 326, 330, 336 do CPP, a fiança consiste
no deposito de dinheiro ou equivalente e quem concede a fiança é o juiz ou a
autoridade que preside o respectivo auto, seu valor será definido de 1 a 100
salários-mínimos quando a pena não for superior a 4 anos e de 10 a 200 salários-
mínimos quando a pena for superior a 4 anos, podendo ainda ser reduzido o valor
da fiança ou aumentado em até 1000 vezes, a depender da situação econômica
do preso, para a determinação do valor da fiança se leva em consideração a
natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do
acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a
importância provável das custas do processo, até final julgamento. O destino do
valor da fiança será para o pagamento das custas, da indenização do dano, da
prestação pecuniária e da multa, se o réu for condenado.
11. Quais são as hipóteses em que não será concedida fiança?

R: . De acordo com o artigo. 323 do CPP, a fiança não será concedida nos crimes
de racismo; de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e
nos definidos como crimes hediondos; nos crimes cometidos por grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático do Estado
Brasileiro.

12. Quando se dá a quebra e a cassação da fiança? Quando será exigido o reforço


da fiança?

R: De acordo com o artigo 341 do CPP, a quebra da cassação da fiança ocorre


quando o acusado regularmente intimado para ato do processo, deixar de
comparecer, sem motivo justo; deliberadamente praticar ato de obstrução ao
andamento do processo; descumprir medida cautelar imposta cumulativamente
com a fiança; resistir injustificadamente a ordem judicial, ou praticar nova infração
penal dolosa.

Já de acordo com o 340 do CPP o reforço da fiança será exigido quando a


autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; quando houver depreciação
material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação
dos metais ou pedras preciosas; quando for inovada a classificação do delito.

De acordo com Parágrafo único do mesmo artigo “A fiança ficará sem efeito e o
réu será recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for
reforçada”.

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