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O crédito pertence ao homem que está de fato na arena, cuja face está manchada
de poeira, suor e sangue; que luta valentemente; que erra, que “quase chega lá”
repetidamente, porque não há nenhum esforço sem erros e falhas; que realmente se
esforça para fazer as obras; que conhece o grande entusiasmo, grandes devoções;
que se entrega a uma causa nobre; que, no melhor dos casos, conhece, ao final,
o triunfo da grande conquista e que, no pior dos casos, se falhar, ao menos falha
ousando com grandeza, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas frias e
tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota.
Fonte: google.com/maps
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Programação
• 11:00 • 11:55 |
Direito Processual Penal & 13
• 17:20 • 18:15 |
Direito Civil & 34
• 18:15 • 19:10 |
Direito Processual Civil • Roberta Queiroz 50
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INTRODUÇÃO
BEM-VINDO(A), FUTURO(A) ANALISTA JUDICIAL OU OFICIAL DE
JUSTIÇA AVALIADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PIAUÍ.
“Ser reconhecido pela sociedade como instituição de credibilidade, independente e acessível, garan-
tidora da adequada distribuição da justiça.” - Visão do TJ-PI
Que alegria, que honra, nós, da família GRAN, sentimos quando percebemos
Gabriel Granjeiro que você nos confiou a sua preparação de reta final para ser aprovado no concurso
Presidente do TJ-PI! O propósito do Gran Dicas, o nosso tradicional aulão de revisão de véspera
de prova, é juntar a experiência dos melhores professores do Brasil com o talento dos
Sobre o autor:
melhores alunos candidatos e oferecer dicas e conteúdos que, certamente, os aju-
Empreendedor
darão a acertar valiosas questões na prova executada pelo IDECAN e colocar, você,
apaixonado pelo ensino a
candidato (a), na lista dos aprovados.
distância.
Começou a atuar na área Os nossos mestres destacados para essa operação sublime são experientes
de concursos aos 14 anos porque, além de ex-concurseiros, atuais servidores ou especialistas nas suas áreas
de idade. de atuação, ministram aulas em alto nível há anos, traduzem editais, percorrem o país
Fundador e respondendo provas de certames anteriores, elaboram gabarito extraoficial, oferecem
Diretor-Presidente do recursos para anulação de questões e/ou alteração de gabarito, comentam as ques-
Gran Cursos Online e da tões de provas em nossa plataforma, disponibilizam material em PDF e muito mais.
Gran Tecnologia e Nossos professores vivem no mundo dos concursos e o respiram.
Educação S.A. Os alunos que procuram os nossos eventos são irrefreáveis, imparáveis, sabem
o que querem – MUDAR DE VIDA – com a conquista da estabilidade financeira e
conhecem bem a vocação que carregam no coração. Você, nós sabemos, vem com o
intento de revisar os conteúdos mais importantes cobrados no edital, tirar dúvidas com os professores, receber
dicas proféticas de conteúdos que foram explorados em certames anteriores e com chances enormes de caírem
na prova. Foi assim em inúmeros Gran Dicas que realizamos Brasil afora.
Então, aproveite, desarme-se, encha o peito de alegria, curta o evento, troque experiências com os colegas,
registre tudo, concentre-se apenas no agora, no presente, no evento e nos bizus dos nossos mestres. É oportuno
lembrar que a diferença entre o aprovado e o reprovado está no detalhe, está – antes de tudo – no saber resolver
prova, conhecer o inimigo, que é o IDECAN.
Aproveito para fazer-lhe um pedido, como cidadão e contribuinte: quando estiver no exercício do cargo,
tenha em mente que você será regido pelos princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade e efici-
ência. Já os valores que nortearão o seu dia a dia no Tribunal, no exercício das suas funções, são: Credibilidade;
Eficácia; Transparência; Participação; Humanização do Atendimento; Ética: Combate à Morosidade; Inovação;
Sustentabilidade e Resolutividade.
Vá lá, futuro(a) servidor(a) do público, utilize a sua vocação e seu talento para contribuir com que o TJ-PI
seja modelo de excelência na prestação jurisdicional, e assim ajudar de forma direta a transformar a sociedade,
realizando Justiça no Piauí. Os cidadãos brasileiros precisam de você. A nossa nação conta com você.
Rumo à posse!
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METAMORFOSES SÃO NECESSÁRIAS ARTIGO
POR GABRIEL GRANJEIRO
MOTIVACIONAL
Em nossa casa, eu e minha esposa, Vivi, temos o privilégio de conviver com a natureza. Não raro, tomamos
café da manhã na companhia de passarinhos e borboletas coloridas que voam aqui por perto. Essas últimas,
em especial, costumam despertar em mim uma boa dose de reflexão, além de sentimentos como esperança,
confiança, fé. Fico pensando que esses mesmos seres um dia foram lagartas, criaturinhas, convenhamos, no
mínimo indesejadas. Ora, ninguém gosta de lagartas como gosta de borboletas, nem há naquelas um décimo da
beleza que vemos nestas, ou seja, no caso desses insetos, uma metamorfose muda tudo, e para melhor!
Então me pergunto: por que não mudaria também para nós, seres humanos? Cada homem e cada mulher
talvez devesse passar por alguma metamorfose de tempos em tempos… Talvez, se, como as borboletas, acei-
tássemos melhor as mudanças necessárias em nossa vida, nossa constante busca por aperfeiçoamento se tor-
naria um pouco menos penosa, ou no mínimo mais previsível.
A vida da borboleta começa com um ovo posto numa folha de planta. Quando as condições climáticas são
favoráveis, o ovo eclode e libera uma larva, que é a lagarta propriamente dita. A fase larval dura meses, até a
lagarta se converter em pupa, que constrói para si, com fios de seda produzidos por ela mesma, um casulo. Ali,
entra em repouso e, isolada do mundo, passa por uma transformação total, na escuridão absoluta. Quando está
finalmente pronta, a borboleta rompe o casulo, abre as asas e voa para a liberdade. O que era lagarta, capaz de
apenas rastejar e comer, agora paira sobre as matas, poliniza flores, espalha vida e encanta quem quer que a
observe. Uma senhora mudança, não?
Um dado interessante: as borboletas parecem se lembrar do que aprenderam enquanto lagartas. Para com-
provar essa hipótese, cientistas da Universidade de Georgetown realizaram um experimento em que os insetos
foram treinados a evitar certos odores. Durante a fase larval, eles recebiam choques elétricos sempre que se
aproximavam dos locais com os cheiros a serem evitados e, de fato, na fase adulta, continuaram com o compor-
tamento esquivo. Note como a natureza é perfeita. As experiências vividas por um simples inseto o marcam com
cicatrizes, lembranças amargas que têm o potencial de moldar sua forma de agir para todo o sempre.
E o que isso tem a ver com você, que fará a prova do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí amanhã?
Ora, há, entre nós, seres racionais continuamente em busca de realização pessoal e profissional, quem se sinta
como se estivesse estagnado na fase lagarta, na qual todos parecem nos olhar de maneira atravessada, sem
admiração nenhuma e talvez até com certo desprezo. Há também quem se considere um pouco mais avançado
no processo metamórfico, já na fase do casulo, o que pode ser um tanto angustiante e trazer sentimentos
como solidão, além da sensação de abandono. E há quem gostaria de apenas pular etapas e chegar logo à
fase borboleta. Para esses, todo cuidado é pouco! Metamorfoses são complicadas e exigem paciência. Do
grego metamórphosis (prefixo meta-, “mudar”, seguido do sufixo -morfo, “forma”), metamorfose significa mudança
no caráter, na estrutura, na forma ou aparência do corpo e até mesmo na forma de vida. Percebe? Não pode ser
algo simples e rápido como muitos de nós gostaríamos.
Então, futuro servidor, você sabe que, para alcançar um grande feito como o de ser aprovado para uma vaga
no serviço público, é preciso fazer algumas concessões, do mesmo modo que a larva sabe que, mais dia, menos
dia, precisará se aprisionar em crisálida por algum tempo. Com o intuito de evitar distrações, em algum momento
você terá de construir para si uma espécie de bunker ou quartel-general, um casulo do qual você só saia para o
estritamente necessário, a depender de quais são seus planos. É esse espaço bem controlado que lhe propiciará
o silêncio e a convivência consigo mesmo ou, no máximo, com os seus professores. Em outras palavras, enquanto
durarem os estudos, você não terá muito tempo para a família, para os amigos, para viagens e passeios… Mas é
tudo uma questão de tempo, só até você se transformar no feliz concursado pronto para alçar novos voos.
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A fase do casulo pode ser entediante, excessivamente silenciosa, árdua, dolorosa. Pode ser o símbolo maior
da renúncia a que você um dia venha a se submeter. É, contudo, absolutamente indispensável. É nessa etapa
que nos testamos contínua e diariamente, que descobrimos nosso verdadeiro potencial, que amadurecemos,
que expandimos nosso conhecimento. Só enfrentando uma grande provação, como essa de total isolamento,
podemos de fato ver até onde vai a nossa força, nossa resistência.
Trata-se de um aprendizado complexo, porém libertador aceitar-se como sua principal ou única companhia
dentro da crisálida. Pense, contudo, no seguinte: quem se mostra capaz de conviver tão bem consigo, e apenas
consigo, por tanto tempo, ao retomar o convívio com os outros, certamente terá mais humildade e disposição para,
por exemplo, no que interessa ao servidor público, atender bem o cidadão-cliente. Afinal, a faceta libertadora da
solidão permite enxergar o mundo com outros olhos, mais bondosos, tolerantes e otimistas que os antigos.
E eis que sua hora de voar chega, e você logra aprovação no concurso dos seus sonhos. Torna-se, enfim,
uma borboleta. Começa a atrair olhares de admiração, respeito, orgulho. Compreende, então, que as fases de
lagarta e de pupa valeram cada segundo e agradece pela bênção do esforço recompensado. Jamais se esque-
cerá, é claro, de tudo que enfrentou e sofreu, até porque essa lembrança o ajudará a seguir valorizando onde
está e o que conquistou.
Hoje, lagarta; amanhã, borboleta. Viver, como vimos, envolve diferentes fases, cada qual valorosa ao seu
tempo. A destinada a estudar e aprender, não há como negar, implica certo isolamento e algumas pausas. Os
que aprendem a lidar bem com isso conquistam o que quiserem.
Então sigamos juntos, aceitando nossas pequenas e grandes metamorfoses, certos de que elas nos tornam
seres melhores e nos aproximam do momento de voar mais alto.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes
Aragonê Fernandes
Juiz de Direito do TJDFT. Ex-Promotor de Justiça do MPDF. Ex-Assessor de Ministros do STJ. Ex-Analista
do STF. Aprovado em vários concursos públicos. Professor de Direito Constitucional no Gran Cursos Online.
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL: Constituição. Con- nalidade por omissão. Ação direta de inconstituciona-
ceito, objeto, elementos e classificações. Suprema- lidade interventiva. Controle concreto e abstrato de
cia da Constituição. Aplicabilidade das normas cons- constitucionalidade do direito estadual. Súmula vincu-
titucionais. Interpretação das normas constitucionais. lante; repercussão geral.
Métodos, princípios e limites. Poder Constituinte. Defesa do Estado e das instituições democráticas:
Características. Poder constituinte originário. Poder Estado de Sitio e Estado de Defesa. Segurança
constituinte derivado. Pública.
Princípios fundamentais. Ordem Econômica e Financeira: princípios gerais da
Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deve- atividade econômica.
res individuais e coletivos. Habeas corpus, mandado Finanças Públicas: normas gerais; dos orçamentos.
de segurança, mandado de injunção e habeas data. Ordem social: disposição geral; da seguridade social
Direitos sociais. Nacionalidade. Direitos políticos. Par- e da saúde.
tidos políticos.
Organização do Estado. Organização político-adminis- 1. (Q1895312/PC-CE/ESCRIVÃO/2021) A respeito
trativa. Estado federal brasileiro. A União. Estados fede- da repartição de competências entre a União, Esta-
rados. Municípios. O Distrito Federal. Territórios. Inter- dos, Distrito Federal e Municípios é correto afirmar que
venção federal. Intervenção dos Estados nos Municípios. a. a competência para legislar sobre direito tributário
Administração Pública. Disposições gerais. Servido- é exclusiva da União.
res públicos civis e militares. b. a competência para legislar sobre direito financeiro é
Organização dos poderes no Estado. Mecanismos de concorrente entre União, Estados e Distrito Federal.
freios e contrapesos. Poder Legislativo. Estrutura, fun- c. a competência para legislar sobre proteção à in-
cionamento e atribuições. Comissões parlamentares fância e à juventude é concorrente entre União,
de inquérito. Fiscalização contábil, financeira e orça- Estados, Distrito Federal e Municípios.
mentária. Tribunal de Contas da União (TCU). Pro- d. a competência para legislar sobre procedimentos
cesso legislativo. Prerrogativas parlamentares. em matéria processual é exclusiva dos Estados e
Poder Executivo. Presidente da República. Atribui- Distrito Federal.
ções, prerrogativas e responsabilidades. Ministros de e. a competência para legislar sobre juntas comer-
Estado. Conselho da República e de Defesa Nacional. ciais é exclusiva da União.
Poder Judiciário. Disposições gerais. Órgãos do Poder
Judiciário. Organização e competências. Conselho
Nacional de Justiça (CNJ).
Funções essenciais à Justiça. Ministério Público. Princí-
pios, garantias, vedações, organização e competências.
Advocacia Pública. Advocacia e Defensoria Pública.
Controle da constitucionalidade. Sistemas gerais e sis-
tema brasileiro. Controle incidental ou concreto. Con-
trole abstrato de constitucionalidade. Exame abstrato
da constitucionalidade de proposições legislativas.
Ação declaratória de constitucionalidade. Ação direta
de inconstitucionalidade. Arguição de descumprimento
de preceito fundamental. Ação direta de inconstitucio-
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
Gustavo Scatolino
Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Admi-
nistrativo e em Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concur-
sos públicos, dentre eles, para os cargos de Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante
cinco anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo.
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. (IDECAN/PC-CE/INSPETOR/2021) Se a Adminis- 4. (IDECAN/IFPA/ASSISTENTE EM ADMINISTRA-
tração Pública, diante da inviabilidade de competição ÇÃO/2022) Acerca dos atos administrativos comple-
numa licitação, decidir fazer a contratação direta do xos, analise as afirmativas a seguir:
particular, será um caso de
a. dispensa de licitação. I – Forma-se o ato administrativo complexo pela
b. licitação dispensada. conjugação de duas ou mais vontades inde-
c. flagrante ilegalidade. pendentes entre si.
d. inexigibilidade de licitação. II – O ato administrativo complexo tem várias eta-
e. licitação dispensável. pas na sua formação, razão pela qual tam-
bém é chamado de procedimento administra-
2. (IDECAN/IFPA/ASSISTENTE EM ADMINISTRA- tivo complexo.
ÇÃO/2022) Analise as afirmativas a seguir sobre a III – No ato administrativo complexo, não existe o
inexigibilidade de licitação: atributo da exequibilidade.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
Assinale
a. se apenas a afirmativa I estiver correta.
b. se apenas a afirmativa II estiver correta.
c. se apenas a afirmativa III estiver correta.
d. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Leonardo Castro
Leonardo Castro
Especialista. Professor de Direito Penal e de Prática Penal em cursos de graduação, de pós-graduação e em pre-
paratórios para concursos públicos e Exame de Ordem. Escritor com mais de dez livros publicados pelas editoras
Saraiva, Rideel e Impetus – alguns deles estão entre os mais vendidos do país, com milhares de cópias vendidas.
Funcionário público concursado, obteve aprovação, dentro das vagas, em mais de um concurso – dentre eles,
para os cargos de Analista Judiciário e Delegado de Polícia. Advogou pela Defensoria Pública.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Leonardo Castro
Súmula n. 546 – STJ: A competência para processar Súmula n. 347 – STJ: O conhecimento de recurso de
e julgar o crime de uso de documento falso é firmada apelação do réu independe de sua prisão.
em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresen-
tado o documento público, não importando a qualifica- Súmula n. 337 – STJ: É cabível a suspensão condi-
ção do órgão expedidor. cional do processo na desclassificação do crime e na
procedência parcial da pretensão punitiva.
Súmula n. 542 – STJ: A ação penal relativa ao crime
de lesão corporal resultante de violência doméstica Súmula n. 234 – STJ: A participação de membro do
contra a mulher é pública incondicionada. Ministério Público na fase investigatória criminal não
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o ofe-
Súmula n. 535 – STJ: A prática de falta grave não recimento da denúncia.
interrompe o prazo para fim de comutação de pena
ou indulto. Súmula n. 209 – STJ: Compete à justiça estadual pro-
cessar e julgar prefeito por desvio de verba transferida
Súmula n. 534 – STJ: A prática de falta grave inter- e incorporada ao patrimônio municipal.
rompe a contagem do prazo para a progressão de
regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a Súmula n. 208 – STJ: Compete à justiça federal pro-
partir do cometimento dessa infração. cessar e julgar prefeito municipal por desvio de verba
sujeita a prestação de contas perante órgão federal.
Súmula n. 526 – STJ: O reconhecimento de falta grave
decorrente do cometimento de fato definido como Súmula n. 140 – STJ: Compete à Justiça Comum
crime doloso no cumprimento da pena prescinde do Estadual processar e julgar crime em que o indígena
trânsito em julgado de sentença penal condenatória figure como autor ou vítima.
no processo penal instaurado para apuração do fato.
Súmula n. 64 – STJ: Não constitui constrangimento
Súmula n. 493 – STJ: É inadmissível a fixação de ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado
pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição espe- pela defesa.
cial ao regime aberto.
Súmula n. 21 – STJ: Pronunciado o réu, fica supe-
Súmula n. 491 – STJ: É inadmissível a chamada pro- rada a alegação do constrangimento ilegal da prisão
gressão per saltum de regime prisional. por excesso de prazo na instrução.
Súmula n. 455 – STJ: A decisão que determina a pro- Artigos mais cobrados em concursos públicos
dução antecipada de provas com base no artigo 366
do CPP deve ser concretamente fundamentada, não INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
a justificando unicamente o mero decurso do tempo.
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito
Súmula n. 439 – STJ: Admite-se o exame criminoló- policial será iniciado:
gico pelas peculiaridades do caso, desde que em deci- I – de ofício;
são motivada. II – mediante requisição da autoridade judiciá-
ria ou do Ministério Público, ou a requerimento
Súmula n. 441 – STJ: A falta grave não interrompe o do ofendido ou de quem tiver qualidade para
prazo para obtenção do livramento condicional. representá-lo.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Leonardo Castro
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código,
será admitida a decretação da prisão preventiva:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em I – nos crimes dolosos punidos com pena
flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e privativa de liberdade máxima superior a 4
quatro) horas após a realização da prisão, o juiz (quatro) anos;
deverá promover audiência de custódia com a II – se tiver sido condenado por outro crime doloso,
presença do acusado, seu advogado constituí- em sentença transitada em julgado, ressalvado o
do ou membro da Defensoria Pública e o mem- disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei
bro do Ministério Público, e, nessa audiência, o n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
juiz deverá, fundamentadamente: III – se o crime envolver violência doméstica e fa-
I – relaxar a prisão ilegal; ou miliar contra a mulher, criança, adolescente, idoso,
II – converter a prisão em flagrante em preven- enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir
tiva, quando presentes os requisitos constantes a execução das medidas protetivas de urgência.
do art. 312 deste Código, e se revelarem inade-
quadas ou insuficientes as medidas cautelares
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido
diversas da prisão; ou
das partes, revogar a prisão preventiva se, no
III – conceder liberdade provisória, com ou
correr da investigação ou do processo, verificar
sem fiança.
a falta de motivo para que ela subsista, bem
§ 1º. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em
como novamente decretá-la, se sobrevierem ra-
flagrante, que o agente praticou o fato em qual-
zões que a justifiquem.
quer das condições constantes dos incisos I,
Parágrafo único. Decretada a prisão preventi-
II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n.
va, deverá o órgão emissor da decisão revisar
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Pe-
nal), poderá, fundamentadamente, conceder ao a necessidade de sua manutenção a cada 90
acusado liberdade provisória, mediante termo (noventa) dias, mediante decisão fundamenta-
de comparecimento obrigatório a todos os atos da, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
processuais, sob pena de revogação.
PRISÃO DOMICILIAR
PRISÃO PREVENTIVA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão pre-
Art. 311. Em qualquer fase da investigação po- ventiva pela domiciliar quando o agente for:
licial ou do processo penal, caberá a prisão pre- I – maior de 80 (oitenta) anos;
ventiva decretada pelo juiz, a requerimento do II – extremamente debilitado por motivo de do-
Ministério Público, do querelante ou do assisten- ença grave;
te, ou por representação da autoridade policial. III – imprescindível aos cuidados especiais de
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decre- pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
tada como garantia da ordem pública, da ordem deficiência;
econômica, por conveniência da instrução crimi- IV – gestante.
nal ou para assegurar a aplicação da lei penal, V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de
quando houver prova da existência do crime e idade incompletos;
indício suficiente de autoria e de perigo gerado VI – homem, caso seja o único responsável pe-
pelo estado de liberdade do imputado. los cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
§ 1º. A prisão preventiva também poderá ser de- idade incompletos.
cretada em caso de descumprimento de qual- Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exi-
quer das obrigações impostas por força de ou- girá prova idônea dos requisitos estabelecidos
tras medidas cautelares (art. 282, § 4º). neste artigo.
§ 2º. A decisão que decretar a prisão preventiva
deve ser motivada e fundamentada em receio
de perigo e existência concreta de fatos novos
ou contemporâneos que justifiquem a aplicação
da medida adotada.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Leonardo Castro
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DIREITO PENAL
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DIREITO PENAL
Súmulas muito cobradas em concursos públicos Súmula 574 – STJ: Para a configuração do delito de
violação de direito autoral e a comprovação de sua
Súmula 711 – STF: A lei penal mais grave aplica-se materialidade, é suficiente a perícia realizada por
ao crime continuado ou ao crime permanente, se a amostragem do produto apreendido, nos aspectos
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou externos do material, e é desnecessária a identifi-
da permanência. cação dos titulares dos direitos autorais violados ou
daqueles que os representem.
Súmula 501 – STJ: É cabível a aplicação retroativa da
Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidên- Súmula 502 – STJ: Presentes a materialidade e a
cia das suas disposições, na íntegra, seja mais favo- autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto
rável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. no artigo 184, parágrafo 2º, do Código Penal, a con-
6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. duta de expor à venda CDs e DVDs piratas.
Súmula 567 – STJ: Sistema de vigilância realizado por Súmula 554 – STF: O pagamento de cheque emitido
monitoramento eletrônico ou por existência de segu- sem provisão de fundos, após o recebimento da denún-
rança no interior de estabelecimento comercial, por si só, cia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
não torna impossível a configuração do crime de furto.
Súmula 522 – STJ: A conduta de atribuir-se falsa
Súmula 511 – STJ: É possível o reconhecimento do identidade perante autoridade policial é típica, ainda
privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos que em situação de alegada autodefesa.
de crime de furto qualificado, se estiverem presentes
a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e Súmula 73 – STJ: A utilização de papel moeda gros-
a qualificadora for de ordem objetiva. seiramente falsificado configura, em tese, o crime de
estelionato, da competência da Justiça Estadual.
Súmula 442 – STJ: É inadmissível aplicar, no furto
qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante Súmula 17 – STJ: Quando o falso se exaure no estelio-
do roubo. nato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.
Súmula 610 – STF: Há crime de latrocínio, quando o Súmula 599 – STJ: O princípio da insignificância é
homicídio se consuma, ainda que não realize o agente inaplicável aos crimes contra a administração pública.
a subtração de bens da vítima.
Súmula 607 – STJ: A majorante do tráfico transnacional
Súmula 582 – STJ: Consuma-se o crime de roubo de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-
com a inversão da posse do bem mediante emprego -se com a prova da destinação internacional das drogas,
de violência ou grave ameaça, ainda que por breve ainda que não consumada a transposição de fronteiras.
tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente
e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a Súmula 587 – STJ: Para a incidência da majorante pre-
posse mansa e pacífica ou desvigiada. vista no artigo 40, V, da Lei n. 11.343/2006, é desneces-
sária a efetiva transposição de fronteiras entre estados
Súmula 443 – STJ: O aumento na terceira fase de aplica- da federação, sendo suficiente a demonstração inequí-
ção da pena no crime de roubo circunstanciado exige fun- voca da intenção de realizar o tráfico interestadual.
damentação concreta, não sendo suficiente para a sua
exasperação a mera indicação do número de majorantes. Súmula 600 – STJ: Para a configuração da violên-
cia doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei
Súmula 96 – STJ: O crime de extorsão consuma- n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), não se exige a
-se independentemente da obtenção da vantagem coabitação entre autor e vítima.
indevida.
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DIREITO PENAL
Leonardo Castro
1. Territorialidade e extraterritorialidade
No exemplo da gravura, o motorista que não observou
Territorialidade: nossa lei penal não deve se preocupar a placa “Pare” deve ser responsabilizado pelo resul-
com fatos ocorridos no exterior. Se um homicídio é pra- tado (ex.: lesão corporal culposa). A questão também
ticado em Estocolmo, na Suécia, nossa legislação nada pode ser resolvida por meio da teoria da imputação
tem a ver com isso. Não podemos violar a soberania objetiva. Explico: não houve a criação ou o incremento
de um Estado estrangeiro (ele que cuide dos seus pró- de um risco proibido pelo motorista do veículo abalro-
prios problemas!). Da mesma forma, em reciprocidade, ado, que nada fez para contribuir para o acidente, não
nossa soberania tem de ser respeitada. Para condu- havendo como responsabilizá-lo pelo ocorrido.
tas típicas praticadas em solo brasileiro, incide a nossa O artigo 13, § 2º, do CP trata da omissão imprópria, ou
legislação, por força do princípio da territorialidade. crime comissivo por omissão, hipótese em que alguém
deve – e pode – agir para evitar o resultado, mas se
Território nacional por extensão: são consideradas omite. Exemplo: pais em relação aos filhos menores.
território nacional por extensão as aeronaves e embar- A redação é a seguinte: “§ 2º. A omissão é penalmente
cações brasileiras, de natureza pública ou a serviço do relevante quando o omitente devia e podia agir para
governo brasileiro, onde quer que se encontrem (ex.: evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a)
levar drogas para a Espanha em um avião da FAB). tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigi-
São também consideradas território nacional por exten- lância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade
são as aeronaves e embarcações brasileiras, mer- de impedir o resultado; c) com seu comportamento
cantes ou de propriedade privada, que se achem em anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.”
alto-mar ou no espaço aéreo correspondente (ex.: um No clássico exemplo da ambulância que colide a cami-
homicídio no interior de uma aeronave da GOL, com nho do hospital, enquanto transportava paciente vítima
destino à Europa, enquanto esta sobrevoa o alto-mar). de tentativa de homicídio, a solução deve se dar pela
aplicação do artigo 13, § 1º, do CP: “a superveniência
Extraterritorialidade: em situações excepcionais, a de causa relativamente independente exclui a imputa-
lei penal brasileira pode ser aplicada a casos ocorridos ção quando, por si só, produziu o resultado; os fatos
fora do nosso território nacional. Foi o que aconteceu no anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.”
notório caso envolvendo o jogador Neymar, acusado de 2.3 Consumação, tentativa, desistência voluntária,
um estupro ocorrido em Paris. Esse fenômeno é deno- arrependimento eficaz e arrependimento posterior
minado extraterritorialidade e está previsto nos artigos
7º do CP e 2º da Lei n. 9.455/1997 (Lei de Tortura).
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DIREITO PENAL
Leonardo Castro
2.4 Erro de tipo e erro de proibição 2.5 Legítima defesa e estado de necessidade
Erro de tipo: no erro de tipo (CP, art. 20, caput), há Legítima defesa: na legítima defesa (CP, art. 25), há
uma falsa percepção da realidade por parte do indi- uma injusta agressão, atual ou iminente, e a vítima a
víduo que pratica a conduta típica, ou seja, seus sen- repele, fazendo uso dos meios necessários. Enquanto
tidos captam a realidade de forma distorcida. Ex.: o a ação se der em autodefesa ou em defesa de terceiro,
indivíduo que transporta cocaína por pensar se tratar a causa excludente da ilicitude estará presente.
de talco. Se inevitável (escusável), dolo e culpa são
afastados. Se evitável (inescusável), apenas o dolo é Estado de necessidade: no estado de necessidade,
afastado, mas a culpa é mantida. em razão de perigo atual, um bem jurídico terá de ser
sacrificado para que outro possa subsistir. Ex.: em um
Erro de proibição: no erro de proibição (CP, art. 21), naufrágio, em disputa por um único colete salva-vidas
não há falsa percepção da realidade. O agente capta existente, um passageiro mata outro.
a realidade sem qualquer distorção, mas erra em rela-
ção à ilicitude. Se o erro for inevitável (escusável), é 2.6. Inimputabilidade
excluída a culpabilidade por faltar potencial consciên-
cia da ilicitude. Caso, no entanto, seja evitável (inescu- O Código Penal prevê três hipóteses de inimputabili-
sável), a pena é aplicada, mas diminuída, de um sexto dade, em seus artigos 26, caput, 27 e 28, § 1º. Não
a um terço. afastam a imputabilidade: (a) a emoção ou a paixão;
e (b) a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool
ou substância de efeitos análogos, bem como (c) a
embriaguez resultante de caso fortuito ou força maior,
na hipótese do artigo 28, § 2º, e a (d) semi-imputabili-
dade (art. 28, parágrafo único), quando a pena poderá
ser diminuída, de um a dois terços.
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DIREITO PENAL
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Concurso material e crime continuado: no concurso Concurso formal: no concurso formal, há uma única
material (CP, art. 69), há duas ou mais condutas que conduta que produz dois ou mais resultados, devendo
produzem dois ou mais resultados. O mesmo ocorre ser aplicada a mais grave das penas cabíveis ou, se
em relação à continuidade delitiva, prevista no artigo iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qual-
71 do CP, que difere do concurso material em razão quer caso, de um sexto até metade (concurso formal
de os crimes serem de mesma espécie e, pelas con- próprio). As penas aplicam-se, entretanto, cumulativa-
dições de tempo, lugar, maneira de execução e outras mente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes
semelhantes, devem os subsequentes ser havidos concorrentes resultam de desígnios autônomos (con-
como continuação do primeiro. No concurso material, curso formal impróprio).
as penas devem ser somadas (cúmulo material). No
crime continuado, aplica-se-lhe a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois
terços (sistema da exasperação).
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Leonardo Castro
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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana
Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília.
Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração "Gramática – Teoria e Análise", com
enfoque em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em
vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e interpretação
de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de
Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
GRAMÁTICA E TEXTO
Três anos após tragédia, adoecimento mental da barragem. Em sua atuação ela também perce-
preocupa Brumadinho (MG) beu o aumento das tentativas de suicídio e do índi-
40 ce de medicalização da população de Brumadinho.
1 Três anos após o rompimento da barragem da Segundo ela, após um tempo, as pessoas co-
Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, a po- meçam a voltar a suas vidas normais, mas esse
pulação de Brumadinhno, em Minas Gerais, ainda processo pode ser lento devido ao luto envolvido.
lida com os transtornos psicológicos deixados pela A ONG desenvolveu ações como fornecimen-
5 tragédia. 45 to de terapia e grupos terapêuticos, oficinas e cur-
Segundo levantamento da prefeitura da cida- sos prolissionalizantes para a população. Segun-
de, o consumo de medicamentos ansiolíticos e an- do a psicóloga, um fator que ajuda na superação
tidepressivos cresceu na cidade desde a tragédia. desse tipo de situação é a união da comunidade
Em 2021, o uso desse tipo de remédio foi 31,4% em um sentimento de retomada.
10 maior que em 2018, ano anterior ao rompimento 50 Além disso, outro elemento importante, e mui-
barragem. tas vezes negligenciado pelo poder público e pe-
Para alguns medicamentos, como a sertrali- las pessoas, é a prevenção da saúde mental.
na, utilizada no tratamento de depressão, a distri- “Falta incentivo para a prevenção. Infeliz-
buição teve um aumento de 103% em 2021, em mente, não tem em grande escala. Ainda existe
15 relação a 2018. 55 um preconceito muito grande em relação à saúde
Outro elemento de atenção são os casos de mental e à busca por ajuda de psicólogos e psi-
tentativa de suicídio e automutilação. Em 2018, quiatras”, afirma Aline.
foram registrados 27 casos na cidade. Nos anos Desde o rompimento da barragem, em janeiro
seguintes, houve um aumento nesse tipo de ocor- de 2019, a prefeitura também ampliou os atendi-
20 rência, sendo registrados 50 casos em 2019, 47 60 mentos psicológicos e psiquiátricos na cidade. Os
casos em 2020 e 146 casos em 2021. serviços são disponibilizados em todas as unida-
De acordo com Eduardo Callegari, secretário des de saúde da família, bem como nos centros de
de saúde cle Brumadinho, os casos de violência atenção psicossocial.
doméstica e familiar também aumentaram nos últi- “Ampliamos o número de profissionais na
25 mos anos. Além disso, o consumo de álcool e dro- 65 rede, para conseguir atender a demanda do mu-
gas é outro ponto de atenção para a administração nicípio. A gente não tem uma previsão de quando
da cidade. vai conseguir controlar essa situação no município
“O impacto da tragédia é muito mais amplo e porque as pessoas ainda sentem isso até hoje. E
duradouro do que as pessoas imaginam”, afirma não apenas as pessoas que perderam familiares;
30 Callegari. 70 de certa forma, atingiu a cidade como um todo”,
De acordo com a psicóloga Aline Dutra de afirma o secretário de saúde.
Lima, por ser algo inesperado para a população, O levantamento sobre o uso de medicamentos
esse tipo de tragédia pode fazer com que pesso- controlados é utilizado como uma forma de monito-
as que lidam com problemas psicológicos tenham ramento da situação. Segundo a prefeitura, não há
35 momentos de crise intensificados. 75 pretensão de redução desses serviços. De acordo
Aline coordenou a equipe de psicólogos da com o secretário, apesar do aumento na demanda,
ONG NaAção em Brumadinho após o rompimento
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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana
a prefeitura tem conseguido manter o fornecimen- 4. [...] esse tipo de tragédia pode fazer com que pes-
to das medicações com recursos próprios. soas que lidam com problemas psicológicos tenham
Segundo ele, um exemplo para as ações de momentos de crise intensificados. (linhas 33-35)
80 atenção à saúde mental é a cidade de Mariana, As duas ocorrências do QUE no segmento acima se
que mais de seis anos após o rompimento da bar- classificam, respectivamente, como
ragem ainda demanda cuidados com a assistên- a. conjunção integrante e pronome relativo.
cia psicológica da população. b. conjunção integrante e conjunção integrante.
c. pronome relativo e pronome relativo.
(Isac Godinho. Folha de S. Paulo. Disponível em: https:// d. preposição e conjunção integrante.
www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/01/tres-anos-
-apos-tragedia-adoecimento-mental-preocupa-bruma-
5. ...a prefeitura também ampliou os atendimentos
dinho-mg.shtml#:~:text=Conselheiro%20Lafaiete%20
(MG),transtornos%20psicol%C3%B3gicos%20deixados%20 psicológicos e psiquiátricos na cidade. (linhas 59-60)
pela%20trag%C3%A9dia.). Sem levar em conta alterações de sentido, ao se rees-
crever o trecho acima, alterando-se o verbo, manteve-
1. Além disso, outro elemento importante, e muitas -se correção gramatical em
vezes negligenciado pelo poder público e pelas pes- a. a prefeitura também almejou aos atendimentos
soas, é a prevenção da saúde mental. (linhas 50-52) psicológicos e psiquiátricos na cidade.
Assinale a alternativa que apresente pontuação igual- b. a prefeitura também visou aos atendimentos psi-
mente correta para o período acima. cológicos e psiquiátricos na cidade.
a. Além disso, outro elemento importante, e muitas c. a prefeitura também assistiu nos atendimentos
vezes negligenciado – pelo poder público e pelas psicológicos e psiquiátricos na cidade.
pessoas, é a prevenção da saúde mental. d. a prefeitura também lembrou dos atendimentos
b. Além disso, outro elemento importante, e muitas psicológicos e psiquiátricos na cidade.
vezes negligenciado pelo poder público e pelas
pessoas – é a prevenção da saúde mental. 6. Segundo ele, um exemplo para as ações de aten-
c. Além disso, outro elemento importante – e muitas ção à saúde mental é a cidade de Mariana, que mais
vezes negligenciado pelo poder público e pelas de seis anos após o rompimento da barragem ainda
pessoas, é a prevenção da saúde mental. demanda cuidados com a assistência psicológica da
d. Além disso, outro elemento importante – e muitas população. (linhas 79-83)
vezes negligenciado pelo poder público e pelas No período acima, há quantas ocorrências de
pessoas – é a prevenção da saúde mental. preposição?
a. Seis.
2. Segundo ela, após um tempo, as pessoas come- b. Nove.
çam a voltar a suas vidas normais, mas esse processo c. Sete.
pode ser lento devido ao luto envolvido. (linhas 41-43) d. Oito.
O pronome sublinhado no período acima desempe-
nha papel
a. anafórico.
b. catafórico.
c. dêitico.
d. exofórico.
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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana
7. Em relação à leitura do texto e suas possíveis infe- 11. De acordo com o secretário, apesar do aumento
rências, analise as afirmativas a seguir: na demanda, a prefeitura tem conseguido manter o
fornecimento das medicações com recursos próprios.
I – Em Brumadinho, os casos de suicídio regis- (linhas 75-78) Assinale a alternativa que NÃO pode
trados se deram em função do rompimento da substituir o termo sublinhado no período acima, sob
barragem da Vale. pena de provocar grave alteração de sentido.
II – Os efeitos invisíveis da tragédia, como o de- a. porquanto haja
sequilíbrio psicológico da população, são par- b. não obstante haja
te das consequências do rompimento da bar- c. embora haja
ragem da Vale em Brumadinho. d. malgrado o
III – Não só efeitos psicológicos danosos à popu-
lação foram causados pelo rompimento da 12. Falta incentivo para a prevenção. Infelizmente, não
barragem, mas também sociais e familiares. tem em grande escala. Ainda existe um preconceito
muito grande em relação à saúde mental e à busca
Assinale por ajuda de psicólogos e psiquiatras... (linhas 53-57)
a. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. Assinale a alternativa em que a passagem para o
b. se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. plural e alterações estruturais no segmento acima
c. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. tenham sido feitas segundo a norma culta.
d. se todas as afirmativas estiverem corretas. a. Falta incentivos para a prevenção. Infelizmente,
não haviam em grande escala. Ainda existe pre-
8. Para compor o texto, o autor fez uso de diversos conceitos muito grandes em relação à saúde men-
recursos, como os listados nas alternativas a seguir, À tal e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras.
EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. b. Faltam incentivos para a prevenção. Infelizmente,
a. Argumentos de autoridade não haviam em grande escala. Ainda existe pre-
b. Exemplificação com ações efetivas conceitos muito grandes em relação à saúde men-
c. Citações de atores sociais tal e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras.
d. Referências a órgãos de credibilidade nacional c. Falta incentivos para a prevenção. Infelizmente,
não havia em grande escala. Ainda existem pre-
9. Assinale a alternativa em que a palavra indicada conceitos muito grandes em relação à saúde men-
tenha recebido acento gráfico seguindo regra DISTIN- tal e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras.
TA da de álcool (linha 25). d. Faltam incentivos para a prevenção. Infelizmente,
a. ansiolíticos (linha 7) não havia em grande escala. Ainda existem pre-
b. saúde (linha 23) conceitos muito grandes em relação à saúde men-
c. terapêuticos (linha 45) tal e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras.
d. público (linha 51)
13. Em automutilação (linha 17), grafou-se correta-
10. De acordo com a psicóloga Aline Dutra de Lima, mente o vocábulo com a união ao prefixo “auto-”. Assi-
por ser algo inesperado para a população, esse tipo nale a alternativa em que isso NÃO tenha acontecido.
de tragédia pode fazer com que pessoas que lidam a. autorregulatório
com problemas psicológicos tenham momentos de cri- b. auto-ônibus
se intensificados. (linhas 31-35) O segmento sublinha- c. auto-escola
do no período acima introduz valor semântico de d. auto-higienizável
a. tempo.
b. causa.
c. consequência.
d. concessão.
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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA E REGIMENTO
Weslei Machado
Weslei Machado
Weslei Machado é Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Amazonas, Promotor Eleitoral
da 17ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas, Professor do Gran Cursos Online e especialista em Direito
Constitucional (IDP). Também foi Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE, cedido ao TJDFT, Assessor de
Desembargador no TJDFT e Professor e Assessor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília.
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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA E REGIMENTO
Weslei Machado
6. (FGV/2015) São órgãos do Poder Judiciário do Es- 9. (CEBRASPE/2013) Acerca da organização judici-
tado do Piauí, entre outros, ária do estado do Piauí, assinale a opção correta.
a. o Conselho da Magistratura, os Juízes de Direito, a. Qualquer pessoa pode denunciar, por escrito, ao
o Tribunal de Impostos e Taxas e o Tribunal de CGJ/PI, irregularidades dos serventuários e fun-
Contas do Estado. cionários da justiça.
b. a Corregedoria da Justiça, o Conselho de Contri- b. Os secretários de Estado do Piauí são processa-
buintes, os Juízes de Direito e os Conselhos da dos e julgados pelos crimes comuns no TJ/PI e
Justiça Militar. pelos crimes de responsabilidade, na AL/PI.
c. o Tribunal de Justiça, o Conselho da Magistratura, c. A CGJ/PI realiza a distribuição de primeiro e se-
a Corregedoria da Justiça e o Tribunal de Contas gundo grau de jurisdição.
do Estado. d. Os juízes de paz são considerados órgãos auxilia-
d. o Tribunal de Justiça, os Juízes de Direito, os
res do Poder Judiciário do estado do Piauí.
Conselhos da Justiça Militar e o Tribunal do Júri.
e. As correições do CGJ/PI excluem sindicâncias,
e. a Presidência do Tribunal de Justiça, a Correge-
sob reserva, a respeito da conduta funcional e
doria da Justiça, o Tribunal de Contas do Estado
moral dos membros do MP e dos advogados.
e o Tribunal do Júri.
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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA E REGIMENTO
Weslei Machado
11. (FCC/2010) O Conselho da Magistratura, órgao disci- III – Somente após três anos de exercício na carrei-
plinar do Poder Judiciário do Estado do Piauí, composto de ra e um ano na entrância pode o Juiz ser promo-
a. cinco membros, o Presidente, o Corregedor da Justi- vido, ainda que não haja quem aceite o lugar.
ça, o Diretor Geral e dois Desembargadores mais anti- IV – Após a ocorrência da vaga no primeiro grau do
gos, tem como órgão superior as Câmaras Reunidas. Poder Judiciário será publicado edital para o seu
b. três membros, o Presidente, o Vice-Presidente do preenchimento no prazo de 15 (quinze) dias.
Tribunal e o Corregedor da Justiça, tem como ór- V – Ultimando o preenchimento das vagas de pro-
gão superior o Tribunal Pleno. moção, se mais de uma dava para ser provida
c. quatro membros, o Presidente, o Corregedor da por antiguidade, a lista conterá o número de
Justiça, o Diretor Geral e o Desembargador indi- Juízes igual ao das vagas mais um.
cado pelas Câmaras Reunidas, tem como órgão
superior o Tribunal Pleno. Está correto APENAS o que se afirma em
d. seis membros, o Presidente, o Vice-Presidente, o a. I e III.
Corregedor da Justiça, o Diretor Geral, dois Desem- b. II e IV.
bargadores eleitos pelas Câmaras Especializadas, c. III e IV.
tem como órgão superior as Câmaras Reunidas. d. I, II e V.
e. sete membros, o Presidente, o Vice-Presidente, e. I, IV e V.
o Corregedor da Justiça e quatro Desembarga-
dores eleitos pelos Juízes de Direito, tem como 14. (FCC/2010) No processo de remoção compulsória de
órgão superior as Câmaras Especializadas. Juiz de Direito de Primeiro Grau, iniciado por proposta do
a. Vice-Presidente do Tribunal de Justiça, o prazo de
12. (FCC/2010) Imposta pena disciplinar pelos Juízes defesa prévia do magistrado é de oito dias, contados
de Direito, caberá ao interessado a interposição de re- da data em que for pessoalmente notificado por ofí-
curso voluntário, com efeito cio do Desembargador Presidente do Procedimento.
a. devolutivo e suspensivo, no prazo de três dias da b. Corregedor-Geral de Justiça, o prazo de defesa
publicação do ato em Diário Oficial, para o Conse- prévia do magistrado é de cinco dias, contados
lho da Magistratura. da data em que for publicada a respectiva portaria
b. devolutivo e suspensivo, no prazo de dez dias da pu- em Diário Oficial.
blicação do ato em Diário Oficial para o Tribunal Pleno. c. Procurador-Geral da Justiça, o prazo de defesa
c. devolutivo e suspensivo, no prazo de sete dias da ci- prévia do magistrado é de quinze dias, contados
ência do ato para o Presidente do Tribunal de Justiça. da data em que receber a cópia do inteiro teor das
d. devolutivo apenas, no prazo de quinze dias da pu- acusações e das provas, a ele encaminhada por
blicação do ato em Diário Oficial para o Secretário ofício do Presidente do Tribunal de Justiça.
das Câmaras Reunidas. d. Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do
e. devolutivo somente, no prazo de cinco dias da ci- Brasil, o prazo de defesa prévia do magistrado é
ência do ato para o Corregedor-Geral da Justiça. de doze dias, contados da data em que receber a
contra-fé acompanhada de cópia da portaria inau-
13. (FCC/2010) Quanto às promoções de Juízes de gural, a ele entregue pessoalmente por Oficial de
Direito pelo Tribunal de Justiça do Piauí, considere: Justiça especialmente designado.
e. Chefe do Poder Executivo Local, mediante represen-
I – Apura-se na entrância a antiguidade e o me- tação, o prazo de defesa prévia do magistrado é de
recimento, tornando-se obrigatória a promo- dez dias, contados da data do seu afastamento provi-
ção do Juiz que figura pela terceira vez con- sório, determinado pelo Corregedor-Geral de Justiça.
secutiva em lista tríplice.
II – O Tribunal de Justiça recusa a promoção do
Juiz mais antigo pelo voto da maioria absoluta
de seus membros, no mínimo, repetindo-se o
escrutínio até que se faça a escolha.
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Weslei Machado
15. (FCC/2010) Considere os itens a seguir: 17. (FGV/2015) Para fins de divisão e organização do
serviço, o Estado do Piauí possui uma divisão judiciá-
I – Julgar os recursos, interpostos pelos interes- ria. A esse respeito, é correto afirmar que:
sados, contra ato decisório das Comissões a. a divisão judiciária somente contempla a organi-
examinadoras de concurso de provas para o zação em instâncias.
cargo de Juiz de Direito Adjunto. b. existem comarcas de entrância final, de entrância
II – Processar e julgar originariamente a repre- intermediária e de entrância inicial.
sentação do Procurador Geral da Justiça vi- c. as comarcas são sempre classificadas em duas
sando à intervenção em Município. categorias.
III – Convocar, na hipótese de falta ou impedimento de d. os Juizados Especiais são sempre enquadrados
Desembargador, os respectivos substitutos den- na primeira entrância.
tre os Juízes da Capital, mediante sorteio público. e. somente a Capital do Estado é uma comarca de
IV – Processar e julgar em material criminal os entrância final.
conflitos de competência entre as Câmaras e
o Conselho de Justiça Militar do Estado. 18. (FGV/2015) Considerando a divisão de competên-
V – Conhecer e julgar as suspeições opostas ao cias no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do
Diretor Geral, Diretores e demais funcionários Piauí, mais especificamente as atividades desenvol-
da Diretoria Geral da Secretaria do Tribunal. vidas pela Corregedoria Geral da Justiça, bem como
sua organização interna, é correto afirmar que:
Os itens I, II, III, IV e V são de competência, respecti- a. esse órgão deve fiscalizar os serviços forenses e admi-
vamente, do (das) nistrativos da justiça de primeiro e de segundo graus.
a. Tribunal Pleno; Tribunal Pleno; Presidente do Tri- b. somente a Corregedoria realiza correições ordi-
bunal; Câmaras Reunidas; Presidente do Tribunal. nárias e anuais nos órgãos de primeira instância.
b. Presidente do Tribunal; Tribunal Pleno; Câmaras c. o Desembargador, no exercício do mandato de
Reunidas; Tribunal Pleno; Presidente do Tribunal. Corregedor Geral, fica dispensado de sua função
c. Câmaras Reunidas; Presidente do Tribunal; Tribu- judicante normal.
nal Pleno; Tribunal Pleno; Presidente do Tribunal. d. as correições extraordinárias são sempre realiza-
d. Presidente do Tribunal; Tribunal Pleno; Presidente das por deliberação da Corregedoria Geral.
do Tribunal; Tribunal Pleno; Câmaras Reunidas. e. não estão sujeitas à correição da Corregedoria Ge-
e. Tribunal Pleno; Câmaras Reunidas; Presidente do ral as escrivanias das Varas de Fazenda Pública.
Tribunal; Presidente do Tribunal; Tribunal Pleno.
19. (FGV/2015) A respeito da organização interna do Tri-
REGIMENTO INTERNO DO TJ-PI bunal de Justiça do Piauí, para fins de prestação da tute-
la constitucional, é correto afirmar que ele funcionará:
16. (FGV/2015) Considerando a sistemática estabele- a. em plenário, em seções cíveis e criminais, bem
cida no Regimento Interno do Tribunal de Justiça do como em câmaras especializadas, sendo três cí-
Estado do Piauí, a respeito dos limites das decisões veis e duas criminais.
monocráticas passíveis de serem proferidas pelo rela- b. em plenário, em câmaras especializadas, sendo qua-
tor, é correto afirmar que ele: tro cíveis e duas criminais, e em câmaras reunidas.
a. não pode denegar ou decretar a prisão preventiva c. em seções cíveis e criminais, em câmaras espe-
nos processos criminais. cializadas, sendo duas cíveis e duas criminais, e
b. pode julgar o mérito dos recursos sempre que es- em câmaras reunidas.
tiver convencido da correção da tese sustentada. d. em seções cíveis e criminais e em câmaras reuni-
c. pode determinar que o Ministério Público ajuíze das, sendo três cíveis e três criminais.
a ação penal cabível sempre que demonstrada a e. em plenário e em câmaras especializadas, sendo
autoria de crime. duas cíveis e duas criminais.
d. pode denegar a ordem em mandado de segurança,
desde que siga a jurisprudência consolidada do Tribunal.
e. não pode expedir alvarás de soltura, o que é de
competência exclusiva do colegiado.
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DIREITO CIVIL
Roberta Queiroz
Roberta Queiroz
Mestra em Direito pela Universidade Católica de Brasília, com dissertação na área de Direito Processual Civil
– Negócios Jurídicos Processais. Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade do Sul de Santa
Catarina em novembro de 2009. Graduada em Direito pela Universidade Católica de Brasília em dezembro de
2005. Foi professora universitária do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília. Docente nas disci-
plinas de Direito Civil e Direito Processual Civil desde 2007 para pós-graduação, para preparatório de Exame
de Ordem e para concursos de carreiras jurídicas. Professora de cursos de aperfeiçoamento na advocacia em
Direito Civil e Processo Civil na Escola Superior da Advocacia de Brasília – ESA/DF. Coordenadora do curso
preparatório para Exame de Ordem do Gran Cursos Online. Advogada inscrita na OAB-DF.
DIREITO CIVIL
1. (FGV) Após regular tramitação na Assembleia Legislativa, lei que fixava o novo salário-mínimo estadual foi
publicada no Diário Oficial de Santa Catarina do dia 02. Verificando-se que do texto da lei não constou o valor
correto aprovado pelo Legislativo, foi providenciada nova publicação corretiva da lei, o que ocorreu no dia 03.
Considerando que não foi designada data para vigência da lei, o novo salário passa a vigorar:
a. a partir do dia 02.
b. a partir do dia 03.
c. 45 dias após a publicação do dia 02.
d. 30 dias após a publicação do dia 03.
e. 45 dias após a publicação do dia 03.
Comentário:
2. (FGV) Pedro ajuizou uma ação em face de João e se saiu vitorioso, sendo-lhe atribuído certo bem. Anos
depois, quando já não mais era cabível qualquer recurso, ação ou impugnação contra a decisão do Poder Judi-
ciário, foi editada uma lei cuja aplicação faria com que o bem fosse atribuído a João.
À luz da sistemática constitucional, o referido bem deve:
a. permanecer com Pedro, por força da garantia do ato jurídico perfeito.
b. ser transferido a João, com a base no princípio da eficácia imediata da lei.
c. permanecer com Pedro, por força da garantia do direito adquirido.
d. ser transferido a João, salvo se a lei estabelecer regra de transição.
e. permanecer com Pedro, por força da garantia da coisa julgada.
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DIREITO CIVIL
Roberta Queiroz
Comentário:
1) Ato jurídico perfeito – é o ato que já está consumado, de acordo com a norma vigente no tempo em que se efetuou;
com todas as formalidades exigidas pela lei. Por isso, o ato não pode ser alterado pela existência da lei posterior.
2) Direito adquirido – é o direito que já se incorporou ao patrimônio e à personalidade de seu titular, podendo
ser exercido a qualquer momento. Para ser considerado “direito adquirido”, são necessários dois requisitos: a)
existência de um fato e b) existência de uma norma que faça do fato originar-se direito. Enquanto não estive-
rem presentes esses elementos, não há direito adquirido, mas “expectativa de direito”.
3) Coisa julgada – é a decisão judicial que não cabe mais recurso (transitou em julgado). Assim, uma lei nova
não pode alterar aquilo que já foi apreciado em definitivo pelo Poder Judiciário.
3. (FGV) Jane dá aula de inglês para três estudantes: Cristiano, 16 anos, emancipado voluntariamente por seus
pais; Haroldo, 17 anos, universitário; e Andressa, 19 anos, parcialmente interditada e sob curatela porque dilapi-
dava descontroladamente todo o seu patrimônio.
De acordo com o Código Civil, entre os estudantes, são relativamente incapazes:
a. Cristiano, Haroldo e Andressa.
b. Haroldo e Andressa.
c. Cristiano e Haroldo.
d. Cristiano e Andressa.
e. somente Cristiano.
Comentário:
4. (FGV) Três irmãos pretendem comprar juntos um automóvel: Caio, 20 anos, pessoa com leve deficiência
mental; Joana, 16 anos, graduada em Turismo; e Natália, 17 anos, casada civilmente com Jorge. Para a celebra-
ção do negócio, deve-se levar em conta que Caio, Joana e Natália são, respectivamente:
a. absolutamente capaz, absolutamente capaz e absolutamente capaz.
b. absolutamente incapaz, absolutamente capaz e absolutamente incapaz.
c. relativamente incapaz, relativamente incapaz e absolutamente incapaz.
d. absolutamente incapaz, absolutamente capaz e relativamente incapaz.
e. relativamente incapaz, absolutamente incapaz e absolutamente capaz.
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6. (FGV) Bernardo encontrava-se no trânsito durante as chuvas torrenciais ocorridas em Salvador. No momento
em que transitava pela avenida litorânea, houve forte deslizamento de terra, que atingiu quatro carros, dentre os
quais estava o seu. Todos os veículos foram arrastados para o mar e, posteriormente, localizados pelo Corpo
de Bombeiros. O evento resultou na morte dos motoristas de três carros. O corpo de Bernardo, contudo, não foi
encontrado, permanecendo desaparecido mesmo após o encerramento das buscas.
Diante desta situação, assinale a afirmativa correta.
a. Sem a localização do corpo de Bernardo, não há o fim de sua personalidade, que apenas se encerra com a
prova da morte natural.
b. É possível declarar a morte presumida de Bernardo antes do fim das buscas.
c. A declaração de morte de Bernardo apenas poderá se realizar mediante decretação de ausência.
d. Diante do caso apresentado, é possível reconhecer a morte natural de Bernardo.
e. Pode ser declarada a morte presumida de Bernardo sem decreto judicial de ausência, ante a alta probabili-
dade do falecimento.
Comentário:
7. (FGV) Marcos, 29 anos, apresenta um quadro de bipolaridade controlado. Nessa situação, o Direito lhe confere
a. plena capacidade.
b. relativa incapacidade, sendo necessária sua assistência.
c. absoluta incapacidade, sendo necessária sua representação.
d. plena capacidade apenas para atos patrimoniais.
e. incapacidade adstrita a atos que afetem o seu patrimônio.
8. (FGV) Na noite do dia 09 de janeiro de 2019, um forte deslizamento de terra causou grande destruição em
região residencial de Salvador. Mariana, seu cônjuge Carlos e as duas filhas, Carla e Paula, estavam em sua
casa, a qual foi atingida pelo referido deslizamento e destruída por completo.
Após dois meses de buscas, os trabalhos foram encerrados e os corpos não foram encontrados. Desconfia-se
que os corpos da família foram levados pela enxurrada para o rio que passava logo abaixo da construção des-
truída e não foi possível localizá-los. Diante desta situação, é correto afirmar que
a. é viável a declaração de morte natural de todos os membros da família.
b. todos os membros da família, a partir do momento do desaparecimento, podem ser declarados presumida-
mente mortos pelo Corpo de Bombeiros.
c. poderá ser declarada a morte presumida por sentença, pela extrema probabilidade de morte de todos os
membros da família, após findas as buscas e averiguações.
d. a morte presumida, que pode ser declarada por sentença, somente o será após o decreto de ausência.
e. mesmo antes de esgotadas as buscas e averiguações poderá ser declarada a morte presumida.
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9. (IDECAN) Acerca das pessoas jurídicas de direito 12. (FGV) Sobre a teoria geral do Direito Civil, analise
público e de direito privado, analise os itens abaixo. as afirmativas a seguir.
I – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- I – Em uma interpretação do Direito Civil confor-
pios são pessoas jurídicas de direito público interno. me a Constituição Federal é inexigível o con-
II – As associações públicas e os partidos polí- sentimento da pessoa biografada em relação
ticos podem ser pessoas jurídicas de direito a obras biográficas literárias ou audiovisuais.
público ou privado. II – Para fins de desconsideração da personalidade jurídi-
III – Os Territórios não são pessoas jurídicas de ca, o Código Civil adotou a denominada teoria maior.
direito público ou privado. III – O protesto cambial é causa suficiente para a in-
terrupção da prescrição da pretensão creditícia.
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):
a. apenas I. Está correto o que se afirma em
b. apenas I e II. a. II, somente.
b. I e II, somente.
c. apenas II e III.
c. I e III, somente.
d. apenas III.
d. II e III, somente.
e. I, II e III.
10. (IDECAN) Quanto ao Código Civil Brasileiro, assi-
nale a afirmativa correta.
13. (FGV) Jorge, Felipe e Marcela pretendem exercer,
a. São pessoas jurídicas de direito público externo os
conjuntamente, atividade econômica voltada para pres-
Estados, o Município, o Distrito Federal e a União e
tação de serviços de barbearia, por meio da qual bus-
de direito público interno as autarquias e fundações.
carão distribuir lucros para o sustento de suas famílias.
b. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma
Para tanto, pretendem constituir uma pessoa jurídica,
ocasião, não se podendo averiguar se algum dos sendo-lhes adequado o tipo:
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão a. fundação.
simultaneamente mortos. b. associação.
c. Decai em 1 ano o direito de anular a constituição c. sociedade.
das pessoas jurídicas de direito privado, por defei- d. organização religiosa.
to do ato respectivo, contado o prazo da publica- e. empresa individual de responsabilidade limitada.
ção de sua inscrição no registro.
d. Os partidos políticos serão organizados e funcio- 14. (FGV) Vinte pescadores de São Miguel dos Milagres
narão conforme o disposto em lei específica, ad- decidem adquirir pequeno imóvel para beneficiar sua
quirindo a personalidade jurídica de direito público pesca. De modo que o imóvel fosse destinado apenas
quando instituídos pelo poder público. para esse fim, resolvem constituir uma fundação, o que
fazem mediante escritura pública e destacando o bem
11. (FGV) Renato, Luana, Celso e Bárbara se uniram adquirido para o patrimônio da nova entidade. Consig-
para constituir uma pessoa jurídica de direito privado para naram no ato, ainda, que, na hipótese de extinção, o
o exercício de atividade com finalidade não econômica. imóvel deveria ser incorporado ao patrimônio do Municí-
Nesse caso, é correto afirmar que: pio. Contudo, após lavratura do ato subscrito por todos,
a. haverá, entre os quatro, direitos e obrigações recíprocos. dois pescadores resolvem não mais participar do projeto
b. o estatuto poderá instituir categorias pelas quais e solicitam sua parte do bem. A pretensão deles é:
alguns deles tenham vantagens especiais. a. devida, visto que ninguém é obrigado a ficar asso-
c. sua participação na pessoa jurídica será transmitida aos ciado com outrem.
seus herdeiros, se o estatuto não dispuser o contrário. b. incabível, pois o ato constitutivo da fundação encontra-
d. competirá exclusivamente à assembleia geral al- -se perfeito e sua extinção se dará na forma do estatuto.
terar o estatuto. c. viável, sendo necessária a apuração de haveres.
e. sob pena de anulação, o estatuto deve conter, en- d. possível, desde que a quota parte dos dissidentes
tre outros elementos, a denominação, os fins e a seja entregue ao Município.
sede da pessoa jurídica. e. impossível, pois o retorno do bem ao patrimônio de to-
dos depende de distrato consensual dos fundadores.
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17. (FGV) Araújo ficou admirado com o caminhão de um colega e fez uma proposta para comprá-lo, que foi pron-
tamente aceita pelo vendedor. Ocorre que, quando o veículo foi entregue, não estava mais com o equipamento
de monitoramento eletrônico por GPS, que, quando examinado por Araújo, estava encaixado no painel. Como
eles não tinham combinado nada sobre o equipamento, o vendedor o retirou antes de fazer a entrega do bem.
O vendedor agiu:
a. corretamente, pois o equipamento é uma pertença.
b. corretamente, pois o equipamento é um fruto.
c. equivocadamente, pois o equipamento é uma parte integrante.
d. equivocadamente, pois o equipamento é um produto.
e. equivocadamente, pois o equipamento é um acessório.
18. (FGV) Gilvan resolveu adaptar um antigo moinho para, mantendo-o com sua arquitetura histórica, transformá-
-lo também em uma turbina eólica. Para tanto, chamou a restauradora de vidros de janelas antigas Maria, que os
retirou para depois reinseri-los nas mesmas janelas, realizando a sua manutenção. Contratou também Roberto
para fabricar tijolos artesanais idênticos aos originais, mas no final não foi necessário empregá-los na construção.
No que concerne à classificação dos bens considerados em si mesmos, a energia eólica, os vidros em restaura-
ção e os tijolos artesanais podem ser classificados, respectivamente, como:
a. bem imóvel, bens imóveis, bens móveis.
b. bem móvel, bens móveis, bens imóveis.
c. bem imóvel, bens imóveis, bens imóveis.
d. bem móvel, bens imóveis e bens móveis.
e. bem móvel, bens móveis e bens móveis.
19. (FGV) Quando os credores de Mariana investigaram o seu patrimônio, identificaram os seguintes bens:
crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã; automóvel ano 2018 placa XXX9999; material
de construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã; direito à sucessão aberta de sua
mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário e partilha; usufruto de ações de titularidade
de sua irmã. Entre esses bens, considera-se imóvel:
a. o crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã.
b. o automóvel ano 2018 placa XXX9999.
c. o material de construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã.
d. o direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário e partilha.
e. o usufruto de ações de titularidade de sua irmã.
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20. (FGV) Virgulino leva um estilo de vida livre e não gosta de se prender a bens materiais. Não tem residência
fixa e anda pelo Estado vivendo de trabalhos temporários em cada cidade pela qual passa. Em Caxias do Sul,
teve um desentendimento com Irineu, que culminou em vias de fato. Agora Irineu pretende acioná-lo judicialmen-
te. Descobriu que depois da briga ele esteve em Canela, onde trabalhou em uma obra por alguns dias. Consta-
tou também que ele tem uma namorada em Torres, a qual visita periodicamente. Por fim, soube que seus pais
residem em Garibaldi, onde ele costuma passar as festas.
Para efeitos legais, o domicílio de Virgulino será:
a. Caxias do Sul.
b. Canela.
c. Torres.
d. Garibaldi.
e. onde for encontrado.
Comentário:
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21. (IDECAN) Nos termos do Código Civil brasileiro, considera-se anulável o negócio jurídico, dentre outros ca-
sos, quando:
a. tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
b. celebrado por pessoa absolutamente incapaz.
c. o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.
d. houver vício resultante de erro, dolo, fraude contra credores.
Comentário:
22. (IDECAN) Nos termos do Código Civil brasileiro, quanto 24. (FGV) Ademir queria doar um de seus terrenos a
à validade do negócio jurídico, é INCORRETO afirmar que: seu sobrinho João, mas sabia que sua esposa Delma
a. Os negócios jurídicos devem ser interpretados con- não concordaria com isso. Assim, doou o terreno para
forme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. seu amigo Cleber que, após alguns meses, repassou
b. A validade da declaração de vontade não depen- o imóvel a João, conforme previamente acertado entre
derá de forma especial, senão quando a lei ex- Ademir e Cleber. Nesse caso, ocorreu:
pressamente a exigir. a. dolo.
c. O silêncio importa anuência, quando as circuns- b. fraude contra credores.
tâncias ou os usos o autorizarem, e não for neces- c. lesão.
sária a declaração de vontade expressa. d. simulação.
e. erro.
d. A incapacidade relativa de uma das partes deve
ser invocada pela outra em benefício próprio e
25. (FGV) Célio deseja vender uma sala comercial na
aproveita aos cointeressados capazes.
cidade de Florianópolis. Clara se interessou pelo imó-
vel e foi visitá-lo. Com receio de que Clara não fizesse
23. (FGV) Silvio vendeu dois automóveis no mesmo
uma proposta de compra, Célio omitiu o fato de que o
dia: o primeiro foi comprado por Cláudia, 15 anos, es-
imóvel não tinha a instalação elétrica adequada para
tudante; e o segundo por José, 17 anos, casado civil-
a atividade comercial que sabia que Clara pretendia
mente com autorização dos pais. exercer naquele local. Celebrada a compra e venda,
Tais atos serão considerados, respectivamente: posteriormente Clara descobre a verdade. Nesse caso,
a. nulo e válido. é possível invalidar o negócio com base em:
b. nulo e anulável. a. erro.
c. anulável e válido. b. lesão.
d. anulável e anulável. c. simulação.
e. válido e válido. d. dolo.
e. estado de perigo.
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26. (FGV) A pequena cidade de Salgueiro recebeu, 28. (FGV) Em face das normas do Código Civil sobre
de repente, uma enorme quantidade de pessoas, que a teoria das nulidades, considerando a situação de
estavam desabrigadas em razão de desastre am- fato em que seja celebrado ato nulo ou anulável, assi-
biental que devastara um vilarejo próximo. Perceben- nale a afirmativa correta.
do que precisavam de hospedagem e não existiam a. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confir-
mais acomodações na localidade, Gilberto decidiu mação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
se aproveitar da situação e ofereceu quartos de sua b. O negócio jurídico anulável não pode ser confir-
grande casa para hospedar algumas pessoas, cobran- mado pelas partes.
do o triplo do que as pousadas da região cobravam. c. É nulo o ato praticado por pessoa que, por enfer-
Nesse caso, o contrato celebrado por Gilberto com os midade ou doença mental, não tenha o necessá-
vizinhos está viciado por: rio discernimento para a prática desse ato.
a. fraude contra credores. d. É anulável o ato jurídico praticado mediante si-
b. estado de perigo. mulação.
c. erro. e. Mesmo que o negócio nulo contenha os requisitos
d. dolo. de outro, este não subsistirá em hipótese alguma,
e. lesão. ainda que o fim a que visavam as partes permitis-
se supor que o teriam querido.
Comentário:
29. (IDECAN) João, maior e capaz, possuía um terreno
no município X, que sempre interessou a Joaquim, seu
concorrente no ramo comercial. Ocorre que Joaquim
já havia proposto a compra de referido imóvel por inú-
meras vezes a João. Todavia, este se mostrava con-
trário a tal alienação, tendo em vista que referido bem
se encontrava em sua família há diversas gerações.
Joaquim, descobrindo que João mantinha relações ex-
traconjugais, ameaçou tornar público o fato caso João
27. (FGV) Nestor, filho de 30 anos de Ernesto e Clara, não celebrasse o contrato de compra e venda nas con-
disse que divulgaria imagens íntimas dos pais se eles dições exigidas por ele. Considerando as regras do
não aceitassem figurar como seus fiadores em con- Código Civil, é correto afirmar que o negócio jurídico é
trato em que ele seria locatário. Apavorados, Ernesto a. nulo, com prazo decadencial de quatro anos.
e Clara assinaram o instrumento do contrato. Nesse b. anulável, com prazo decadencial de dois anos.
caso, o contrato é: c. anulável, com prazo prescricional de dois anos.
a. anulável por coação moral. d. anulável, com prazo decadencial de quatro anos.
b. nulo por dolo. e. inexistente, por ausência de livre manifestação de
c. nulo por coação moral. vontade.
d. anulável por dolo.
e. nulo por estado de perigo.
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30. (FGV) Renato vendeu seu automóvel para Cláudio e. O pagamento de uma dívida já prescrita permite ao
pelo valor de R$ 30.000,00 a ser pago na data da efe- devedor, com base neste fato, requerer a repetição
tiva entrega do bem. A tradição do bem ocorreu, mas do valor pago.
Cláudio não efetuou o pagamento na data avençada.
Por ser amigo de Cláudio, Renato tolerou o inadimple- 34. (IDECAN) No Código Civil de 2002, são causas
mento por muito tempo. Quando consultou um advoga- que interrompem a prescrição, EXCETO:
do, descobriu que o prazo para deduzir a sua preten- a. protesto cambial.
são em juízo já havia terminado. Posteriormente a esse b. qualquer ato judicial que constitua em mora o
fato, Cláudio reconheceu o débito e pediu a Renato a devedor.
prorrogação do prazo para pagamento da dívida. c. apresentação do título de crédito em juízo de in-
Nesse caso, com relação à prescrição, ocorreu: ventário ou em concurso de credores.
a. renúncia. d. despacho do juiz, mesmo incompetente, que or-
b. interrupção. denar a citação, se o interessado a promover no
c. suspensão. prazo e na forma da lei processual.
d. impedimento. e. quando a ação se originar de fato que deva ser
apurado no juízo criminal, não correrá a prescri-
31. (FGV) Diante do receio de ser despejado, em virtu- ção antes da respectiva sentença definitiva.
de do atraso de três meses de aluguel, José escreveu
uma carta ao seu locador narrando dificuldades em 35. (IDECAN) De acordo com o Código Civil, a preten-
sua vida pessoal, reconhecendo as dívidas atrasadas são de ressarcimento de enriquecimento sem causa
e pedindo o seu parcelamento. prescreve em
Nesse caso, ocorreu: a. dois anos.
a. renúncia à prescrição. b. três anos.
b. suspensão da prescrição. c. quatro anos.
c. interrupção da prescrição. d. cinco anos.
d. impedimento da prescrição.
e. purgação da prescrição. 36. (IDECAN) O contrato pode ser conceituado como
ato jurídico bilateral que objetiva a criação, a alteração
32. (FGV) Em 15 de janeiro de 2020, André completou ou a extinção de direitos e deveres de conteúdo patri-
12 anos de idade. Enquanto passeava com seu pai monial. Considerando a regulamentação dos contratos
para celebrar a ocasião, André foi atingido por um cin- pelo Código Civil, assinale a alternativa INCORRETA.
zeiro caído de um edifício particular. André pode pre- a. Pela própria natureza transitória é dispensado o
tender a reparação civil dos danos sofridos até: registro competente do contrato preliminar.
a. 15 de janeiro de 2023. b. A resilição unilateral, nos casos em que a lei ex-
b. 15 de janeiro de 2024. pressa ou implicitamente o permita, opera me-
c. 15 de janeiro de 2026. diante denúncia notificada à outra parte.
d. 15 de janeiro de 2027. c. São nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
e. 15 de janeiro de 2029. antecipada do aderente a direito resultante da na-
tureza do negócio nos contratos de adesão.
33. (FGV) Sobre o instituto da prescrição e da deca- d. O estipulante pode reservar-se o direito de substi-
dência, no Código Civil, é correto afirmar que: tuir o terceiro designado no contrato, independen-
a. Não sendo fixado prazo diverso, o prazo prescri- temente da sua anuência e da do outro contratante.
cional legal é de cinco anos.
b. Tanto a prescrição como a decadência legal po-
dem ser reconhecidas de ofício pelo juiz.
c. Salvo disposição expressa em contrário, as nor-
mas que impedem, suspendem ou interrompem a
prescrição também aplicam-se à decadência.
d. Os prazos de prescrição podem ser alterados por vonta-
de das partes, desde que celebrado em contrato escrito.
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37. (IDECAN) Sobre a posse e propriedade, nos termos 40. (IDECAN) Nos termos do Código Civil brasileiro,
do Código Civil Brasileiro, assinale a afirmativa correta. quanto ao direito das obrigações, é correto afirmar que:
a. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto durar a a. nas obrigações alternativas, pode o devedor obrigar o cre-
posse, ao uso do bem, excetuado os frutos percebidos. dor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
b. A declaração de propriedade, mediante usuca- b. na obrigação de dar coisa certa, se a coisa se per-
pião, não constitui título hábil para o registro no der por culpa do devedor, responderá este pelo
Cartório de Registro de Imóveis. equivalente, mais perdas e danos.
c. O proprietário pode ser privado da coisa, nos ca- c. nas coisas determinadas pelo gênero e pela
sos de requisição, em caso de perigo público imi- quantidade, a escolha pertence ao credor, se o
nente, após justa e prévia indenização. contrário não resultar do título da obrigação.
d. Adquire-se a posse desde o momento em que se d. extingue-se a obrigação de não fazer quando, por
torna possível o exercício, em nome próprio, de culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-
qualquer dos poderes inerentes à propriedade. -se do ato, que se obrigou a não praticar.
38. (IDECAN) O atual Código Civil NÃO admite a 41. (IDECAN) Nos termos do Código Civil brasileiro, quan-
constituição de hipoteca sobre: to ao direito das obrigações, é INCORRETO afirmar que
a. os automóveis. a. na obrigação de dar coisa incerta, esta prescinde
b. o domínio útil. de indicação de gênero e quantidade.
c. o domínio direto. b. nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao
d. as estradas de ferro. devedor, se outra coisa não se estipulou.
c. não pode o devedor obrigar o credor a receber
39. (IDECAN) Analise as afirmativas a seguir. parte em uma prestação e parte em outra.
d. se a prestação do fato tornar-se impossível sem
I – Aquele que demandar por dívida já paga, no culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação.
todo ou em parte, sem ressalvar as quantias
recebidas ou pedir mais do que for devido, fi- 42. (IDECAN) O Código Civil brasileiro, no que se re-
cará obrigado a pagar ao devedor o dobro do fere à possibilidade de anulação dos negócios jurídi-
que houver cobrado. cos, aplica-se, no que couber, também aos contratos
II – No caso de homicídio, a indenização fica res- administrativos típicos firmados pela Administração
trita à prestação de alimentos às pessoas a Pública. É regra jurídica aplicável aos contratos priva-
quem o morto os devia, levando-se em conta dos e às contratações públicas:
a duração provável da vida da vítima. a. É garantido às partes alegar o direito à exceção
III – Ressalvados outros casos previstos em lei espe- do contrato não cumprido.
cial, os empresários individuais e as empresas b. Os negócios jurídicos são desfeitos por acordo
respondem pelos danos causados pelos produ- das partes ou mediante decisão judicial.
tos postos em circulação, cabendo à vítima a c. É defeso a qualquer das partes sanar o vício anu-
comprovação do nexo causal, culpa e dano. lável, cabendo essa atribuição ao Poder Judiciário.
IV – O direito de exigir reparação e a obrigação de d. A decisão judicial que decreta a anulação de um ato
prestá-la transmitem-se com a herança. jurídico produz efeito ex tunc em relação às partes.
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43. (IDECAN) “José tem um imóvel registrado, em seu 44. (IDECAN) Em relação aos Direitos Reais, nos ter-
nome, no Registro de Imóveis. No imóvel temos algu- mos do Código Civil Brasileiro e das normas de Direito
mas construções recentes. João, que era vizinho do Público aplicáveis à Administração Pública, assinale a
terreno, foi iludido por terceiro e, de boa-fé, pensou ter afirmativa correta.
adquirido a propriedade do terreno, motivo pelo qual a. O proprietário pode levantar em seu terreno as
começou a construir no mesmo, sem, contudo, efetuar construções que lhe aprouver, salvo o direito de in-
o registro do documento particular por ele celebrado denização ao vizinho ou à Administração Pública.
com este terceiro. Quando voltou de viagem de férias b. Aquele que, por 15 anos, sem interrupção, nem
ao exterior, José logo constatou a suposta invasão ao oposição, possuir como seu um imóvel público,
seu terreno e foi procurar João para saber o porquê adquire-lhe a propriedade, podendo requerer ao
dele estar construindo em seu imóvel.” juiz que assim o declare por sentença.
Considerando os dispositivos legais acerca das cons- c. O particular pode ser privado de sua propriedade,
truções e plantações existentes no Código Civil pátrio, nos casos de desapropriação, por necessidade ou
assinale a afirmativa correta. utilidade pública ou interesse social, bem como no
a. João é presumido como dono da construção exis- de requisição, em caso de perigo público iminente.
tente no terreno de José, pois toda construção ou d. O imóvel situado na zona rural poderá ser arreca-
plantação feita no imóvel, presume-se feita pelo dado, como bem vago, e passar à propriedade da
possuidor do boa fé. União, após um ano da comprovação do abandono
b. Mesmo que João consiga provar que custeou a ou da intenção de não conservação do patrimônio.
construção, jamais vai conseguir receber o valor
da mesma, já que a construção em terreno alheio, 45. (IDECAN) Sobre o tratamento que o Código Civil
sempre, pertencerá ao proprietário, não fazendo dá ao tema Responsabilidade Civil, assinale a alterna-
jus a nenhuma indenização. tiva INCORRETA.
c. Ainda que de boa-fé e o valor da construção ul- a. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem,
trapasse, consideravelmente, o valor do imóvel, fica obrigado a repará-lo.
João, mesmo que se proponha a indenizar José b. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano
pelo valor do solo, jamais, nem judicialmente, po- por este causado, mesmo que se comprove culpa
derá adquirir a propriedade do mesmo. exclusiva da vítima ou força maior.
d. João é presumido como dono da construção exis- c. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo
tente no terreno de José, pois toda construção ou ou em parte, sem ressalvar as quantias recebi-
plantação feita no imóvel, presume-se feita pelo das, ficará obrigado a pagar ao devedor, o dobro
possuidor, ainda que de má fé, cabendo a José do que houver cobrado.
afastar tal presunção com a prova do custeio da d. A indenização mede-se pela extensão do dano.
construção para não indenizar João. Se houve excessiva desproporção entre a gra-
e. José é presumido como dono da construção, pois vidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
há em seu favor a presunção de que toda cons- equitativamente, a indenização.
trução ou plantação feita num imóvel é feita pelo
proprietário e à sua custa, sendo possível, no en-
tanto, para João, afastar tal presunção com a pro-
va do custeio da construção com boa fé para fins
de recebimento de indenização.
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7. (IDECAN) “José, casado com Maria e pai de 5 fi- b. João equivocou-se quanto à cautelar interposta,
lhos, omitiu durante toda sua vida a existência de seu fi- uma vez que a medida pertinente seria o arresto
lho João, nascido antes do casamento, o qual foi por ele dos bens, garantindo, assim, uma futura penhora
devidamente registrado. Após o falecimento de José, e consequente expropriação dos bens, evitando a
Maria e seus filhos procederam com o inventário dos dilapidação do patrimônio que lhe cabe por direito.
bens por ele deixados, não indicando, contudo, João c. A cautelar de arresto é a medida pela qual João ob-
como herdeiro. João apenas veio tomar conhecimento terá a constrição de bens específicos, sobre os quais
da situação quando já era findo o inventário e, diante do pretende discutir judicialmente. Tal constrição busca
desejo de resguardar sua parte do quinhão, ingressou assegurar que estes não pereçam ou venham a ser
com medida cautelar de sequestro.” A respeito da medi- danificados e não será seguida de penhora.
da tomada por João, é correto afirmar que: d. A cautelar de sequestro se destina à constrição
a. João acertadamente ingressou com cautelar de se- de bens específicos, sobre os quais João discutirá
questro, a qual assegurará a qualidade e a quanti- judicialmente. Tal constrição busca assegurar que
dade dos bens, convertendo-se em penhora, quan- os bens não pereçam ou venham a ser danifica-
do declarada a dívida dos irmãos para com ele. dos. Não se seguirá de penhora, mas de possível
entrega do bem.
Comentário:
8. (IDECAN) No âmbito das tutelas provisórias, o atual Código de Processo Civil prevê que a tutela da evidência
será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do proces-
so, quando:
I – Houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, ainda que as alega-
ções de fato demandem a produção de prova testemunhal.
II – Ficar caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte.
III – Houver o abuso do direito de defesa.
9. (IDECAN) O prazo para os Procuradores da União, dos estados e dos municípios interporem recurso espe-
cial para o Superior Tribunal de Justiça é de:
a. 60 dias.
b. 30 dias.
c. 20 dias.
d. 10 dias.
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11. (FGV) José reconhece a procedência do pedido de cobrança de R$ 100.000,00 formulado por Paulo. Porém,
no mesmo processo, como fundamento de sua defesa, propõe reconvenção pedindo a condenação de Paulo na
quantia de R$ 200.000,00.
Nesse cenário, é correto afirmar que:
a. não é possível oferecer reconvenção sem a apresentação da peça de contestação.
b. a reconvenção não será admitida, por falta de interesse processual superveniente.
c. a reconvenção deverá vir em outro processo, pois apresenta uma pretensão própria.
d. a reconvenção será recebida como contestação, pelo princípio da instrumentalidade das formas.
e. é possível ao réu apresentar reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Comentário:
12. (FGV) Percebendo o juiz de uma vara cível, ao analisar a petição inicial e a resposta do réu em uma ação
de reparação de dano moral, que o autor é um menor com 12 anos de idade, devidamente representado por seu
genitor, agirá corretamente se:
a. prolatar sentença terminativa desde logo, por impossibilidade jurídica do pedido.
b. intimar o Ministério Público para, no prazo de trinta dias, intervir como fiscal da ordem jurídica.
c. intimar o autor para corrigir a polaridade ativa, uma vez que o menor não pode ser autor da ação.
d. intimar o autor para incluir também a genitora como sua representante processual.
e. prolatar sentença definitiva desde logo, pelo princípio da celeridade processual.
Comentário:
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13. (FGV) Antônia, civilmente capaz, inconformada com as fartas provas das agressões que sua filha Maria sofre
de seu genro Paulo, com quem Maria é casada, propõe ação de divórcio em face deste, por intermédio de seu
procurador constituído nos autos, para dissolver o casamento de sua filha.
Nesse cenário, é correto afirmar que:
a. Antônia tem legitimidade ordinária para a propositura da ação de divórcio.
b. Antônia tem legitimidade extraordinária para a propositura da ação de divórcio.
c. falta uma das condições para o legítimo exercício do direito de ação.
d. falta a capacidade postulatória para que Antônia ajuíze a ação de divórcio.
e. o juiz deve julgar desde logo procedente o pedido, uma vez que há provas do fato.
Comentário:
14. (FGV) Pedro e João são casados. Pedro aforou ação de cobrança contra João visando receber dívida con-
traída antes do casamento e requereu segredo de justiça.
O pedido
a. não deve ser deferido, porque a maior parte da comunidade sabe da existência da dívida.
b. deve ser indeferido, porque o conflito de interesses é meramente contratual.
c. deve ser deferido, para preservar a intimidade e a harmonia do casal.
d. deve ser deferido, porque autor e réu são casados.
Comentário:
15. (FGV) Tomando o primeiro contato com a petição inicial de uma demanda, o magistrado, embora tenha
procedido ao juízo positivo de admissibilidade da ação, indeferiu o requerimento autoral de concessão de tutela
provisória de urgência. Quanto a esse provimento judicial, é correto afirmar que se trata de:
a. sentença, contra a qual cabe a interposição de recurso de apelação.
b. sentença, contra a qual cabe a interposição de recurso de agravo de instrumento.
c. decisão interlocutória, contra a qual cabe a interposição de recurso de apelação.
d. decisão interlocutória, contra a qual cabe a interposição de recurso de agravo de instrumento.
e. despacho, contra o qual cabe o ajuizamento de mandado de segurança.
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Comentário:
16. (FGV) Menor absolutamente incapaz, regularmente representado por sua mãe, ajuizou ação em foro relativa-
mente incompetente, o que, todavia, deixou de ser arguido pelo réu na primeira oportunidade de que dispunha.
Todavia, ao ser intimado para atuar no feito, o Ministério Público suscitou o vício de incompetência, no prazo legal.
Nesse cenário:
a. a incompetência relativa se prorrogará, pois o Ministério Público não pode suscitá-la.
b. a incompetência relativa pode ser arguida pelo réu a qualquer tempo e grau de jurisdição.
c. caso a arguição de incompetência relativa seja acolhida, o processo deverá ser extinto sem resolução do
mérito.
d. o juiz da causa pode pronunciar de ofício a incompetência relativa, remetendo os autos ao juízo competente.
e. a incompetência relativa pode ser arguida pelo Ministério Público, nas causas em que atuar.
Comentário:
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17. (FGV) Tendo ajuizado uma ação que versa sobre direito real imobiliário, o seu autor deixou de apresentar o
consentimento do cônjuge, que estava hospitalizado e inconsciente.
Sendo ambos casados pelo regime da comunhão universal de bens, deve o juiz:
a. proceder ao juízo positivo de admissibilidade da ação, não sendo exigível a vênia conjugal para a propositu-
ra da ação.
b. suprir o consentimento faltante, dada a impossibilidade física do cônjuge de concedê-lo.
c. determinar a suspensão do processo até que o cônjuge possa oferecer o consentimento.
d. extinguir o feito sem análise do mérito, pois a ausência da vênia conjugal inviabiliza o regular exercício do
direito de ação.
e. determinar o encaminhamento do feito ao Ministério Público para exercer a curatela especial.
Comentário:
18. (FGV) Assinale a alternativa pertinente à modalidade de intervenção de terceiros classificada como forçada
e somente concretizável pela iniciativa de quem ocupe o polo passivo da relação processual:
a. Assistência
b. Oposição
c. Recurso de terceiro prejudicado
d. Denunciação da lide
e. Chamamento ao processo
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Comentário:
19. (FGV) No curso de determinado processo, a parte autora veio a falecer. Cumpridos os requisitos legais, o juiz de-
feriu a habilitação requerida pelo único herdeiro do autor primitivo, ordenando a efetivação das anotações cabíveis.
O fenômeno processual delineado na espécie é:
a. substituição processual.
b. sucessão processual.
c. nomeação à autoria.
d. assistência litisconsorcial.
e. litisconsórcio passivo superveniente.
Comentário:
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Comentário:
21. (FGV) No que concerne aos atos processuais, é correto afirmar que:
a. os meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de despacho do juiz.
b. as citações podem ser realizadas durante as férias forenses, desde que haja prévia autorização judicial
nesse sentido.
c. devem ser realizados, em regra, das 6 (seis) às 18 (dezoito) horas dos dias úteis.
d. em regra são públicos, podendo, excepcionalmente, ser decretado o segredo de justiça.
e. as partes não poderão exigir recibos de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em
cartório.
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Comentário:
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